Desde - Turismo de Granada
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Desde - Turismo de Granada
TURISMO DE GRANADA - PATRONATO PROVINCIAL Plaza Mariana Pineda, 10, 2ª - 18009 - Granada Telefone: 958 247 146 • Fax: 958 247 129 e-mail: [email protected] • www.turismodegranada.org POSTO DE TURISMO Telefone: 958 247 128 • Fax: 958 247 127 e-mail: [email protected] S ol e neve, terra e mar, História e lenda. A província de Granada alberga desde a mítica cidade que Guía provincial de Granada viu partir o último rei de Al-Andalus até lugares onde reina a natureza Índice Entre dois mundos Cruzamento de culturas Granada monumental Legado Andalusí Granada cultural Congressos e incentivos Paisagens granadinas Espaços naturais Turismo rural Desde o nível do mar até os 3.481 m. Para os mais activos Viver a tradição Granada Serra Nevada Uma província com encanto Na peugada de García Lorca No sopé da Serra Nevada Do Vale de Lecrín aos Guájares Alpujarra Alta: de Lanjarón aos Guájares Alpujarra Baixa: de Órgiva a La Contraviesa A Costa Tropical A Costa Tropical Oriental Poente Granadino Serra Tejeda, Almijara e Alhama A leste e norte de Granada Grutas com História Serra de Huétor Guadix e Marquesado O Altiplano Artesanato Gastronomia Dados praticos mais virgem. A terra que apaixonou 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 34 38 38 40 44 46 50 54 60 62 68 72 74 76 78 84 90 92 94 os viajantes românticos continua a deslumbrar todos os que a visitam. E n t r e d N o i s m u n d o s o sudeste da Andaluzia, está Verão situada a província que, desde As aldeias celebram as suas festas e a costa bril- tempos imemoriais, tem sido a ponte ha com todo o seu de união entre o Oriente e o esplendor; respira-se a Ocidente. alegria. É uma época per- Situação feita para desfrutar da natureza e do ar livre. Clima Granada, uma terra milenária desde cujos cumes com neves eternas é possível vislumbrar a África ao alcance da mão. Europa Andalucía Granada Baza - Huéscar: El Altiplano Costa Tropical Outono A paisagem veste-se com tonalidades ocres incríveis, convidando para a contemplação e o descanso. As primeiras neves na Serra Nevada preludiam a chegada do Inverno. Guadix y Marquesado España Poniente Granadino Granada Sierra Nevada Alpujarra-Valle de Lecrín Inverno A neve, com o seu manto branco, cobre as montan- Costa Tropical has granadinas tão impressionantes, paraíso Primavera dos apaixonados pelo Campos em flor e verdes esqui. É uma época de vales. O sol brilha na recolhimento, para des- costa e as serras são frutar do calor da lareira regadas pelas águas do em boa degelo. A vida torna a compan- fluir após o Inverno. 2 G r a n hia. a d a e a s u a p r o v í n c i a 3 C r u z a m e n t o d e c u l t u s Jazigo de La Solana del Zamborino (Fonelas) Jazigo Cueva de Horá (Darro) 650.000-9.500 a.C.: Paleolítico Pré-história a Indústrias líticas (Cuenca Guadix-Baza) 1 milhão de anos a.C. aproximadamente Jazigo de la Carigüela, vestígios do homem do Neanderthal (Píñar) Gruta de las Majólicas (Alfacar). 6.000-2.600 a. C.: Neolítico Gruta dos Murciélagos (Albuñol). 3.000-2.000 a. C.: Idade do cobre 2.000-1.200 a.C.: Idade do bronze Idade Antiga Proto-história r VIII-VI a. C.: Tartessos VIII-III a. C.: Fenícios e Púnicos V-III a. C.: Iberos s. III a. C.-s. V d. C: Roma s. VI-VIII: Visigodos Cueva de la Mujer (Alhama de Granada) La Carigüela y Las Ventana (Píñar) Dólmenes Peña de los Gitanos (Montefrío) Dólmenes de Sierra Martilla (Loja) Dólmenes de Gorafe Pinturas esquemáticas (Sierra Arana) Povoação do Culantrillo (Gorafe). Cuesta del Negro (Purullena). Outeiro de la Encina (Monachil). Tartessos: Cerro de los Infantes (Pinos Puente). Fenícios y púnicos: Sexi (Almuñécar), VIII a. C. Iberos: Iliberis (Granada). Ilurco (Pinos Puente). Salambina (Salobreña). Iliberis (Granada), torso de Ganímedes. Feitorias de salga do peixe, Acueducto (Almuñécar) Iberos: Povoação Cerro de la Mora (Moraleda de Zafallona) Povoação del Castellón Alto (Galera). Iberos: Acci (Guadix). Iberos: Basti (Baza), IV a. C.: Dama de Baza. Iberos: Povoação de Montealegre (Gorafe) Tútugi (Galera). Fundação da colónia Julia Gemella Acci (Guadix). 218 a. C., II Guerra Púnica entre Roma e Cartago, os romanos chegam à Península 711-712: Chegada a Granada de Abd Al-Aziz, filho de Musa. Idade Média 755: Abd al-Rahman I desembarca em Almuñecar, antes de instaurar o emirato Omeya S. X: Rebelião da Cora de Ilvira esmagada por Abd al-Rahman III S. XI: Taifa da dinastía Zirí, capital do reino de Granada. 1090: Chegada dos almorávidas. 1162: Triunfo dos Almóadas 711-1492: Al-Andalus 1238: Muhammad I instaura o Reino Nazarí de Granada. XIV: La Alhambra 1482: Os cristãos conquistam Alhama. I. Contemporânea Idade Moderna 1492:Capitulações de Granada assinadas entre Boabdil e os Reis Católicos 4 1499: Rebelião de Albayzín. S. XVI-XIX: Edad Moderna 1526: Fundação da Universidade de Granada 1808: Rebelião dos estudantes contra Godoy 1482 -1492: Guerra de Granada entre os Reis Católicos e Muley Hacén. 1499: Ordem de conversão forçosa dos mudéjares ao cristianismo 1500: Rebelião das Alpujarras,chefiada por Ibn Hafsun. 1526: Trégua de Carlos V para as conversões forçosas 1567: Felipe II volta a ordenar as conversões forçosas 1568-1571: Rebelião das Alpujarras,chefiada por Aben Humeya. 1571: Decreto de expulsão dos mouriscos de Granada 1861: Rebelião campesina em Loja chefiada por Rafael Pérez del Álamo. 1832: execução de Mariana Pineda. S.XIX-XX: Idade Contemporânea S. XIX: Viajantes românticos descobrem Granada 1884: Tremor de terra, 1873: Declaração do cantão de Granada durante a Primeira Republica epicentro em Arenas del Rey. 1936: fuzilamento de Federico García Lorca no Barranco de Víznar. G r a n a d a 1810-1812: Invasão napoleónica. e a s u a p r o v í n c i a 5 G r a n a d a m H 2 n u m e n a l 8 6 9 10 11 7 3 Património 4 t visitantes desde banhos árabes, Alcáçovas muçulmanas, castelos e torreões até templos monumentais e edifícios góticos, renascentistas ou barrocos. erança das diversas culturas que habitaram as suas povoações a as suas cidades, o património histórico/artístico de Granada faz da antiga capital do Reino Nazarita e da sua província uma jóia autêntica para os apaixonados da arte. A Alhambra, o Generalife e o Albayzín, considerados pela UNESCO Património da Humanidade, são apenas um exemplo da enorme riqueza monumental de Granada. Outras povoações como Guadix, Montefrío, Loja, Alhama de Granada, Orce ou Huéscar oferecem aos 1 o 123456789101112- Castelo islâmico de Lanjarón Castelo de La Calahorra Igreja de Santa María de Orce La Alhambra, Pátio de los Leones Hospital Real, Granada Cúpula Cartuxa de Granada Igreja de la Encarnación, Loja. Catedral de Guadix Colegiata de Baza Igreja de Santa Fe Castelo de Salobreña La Alhambra 12 í n 5 6 G r a n a d a e a s u a p r o v c i a 7 e g a d o N o intuito de promover a conserva- Percursos L A n d a l u s í ção e difusão das povoações e can- tinhos andaluzes onde ainda se conservam os vestígios de Al-Andalus, o projecto do Legado Andalusi criou diversos percursos com um denominador comum: Banhos árabes de Baza Originários do s. X, são uns dos banhos mais antigos da Península da época islâmica. Estão situados no bairro de Santiago, o antigo bairro judeu. todos confluem na cidade de Granada, a última capital andalusi. Pormenor de pintura Nazarita Pormenor de pintura sobre cabedal (s. XIV). Tecto da Sala de los Reyes do Palácio de los Leones, Alhambra de Granada. Huéscar O Caminho de Münzer (Desde Murcia) Percurso dos Nazaritas (Desde Navas de Tolosa) Baza Percurso do Califado (Desde Córdoba) Moclín Montefrío Guadix Percurso Washington Irving Loja (Desde Sevilha) Santa Fe GRANADA Alcáçova de Guadix Construída nos séculos X e XI como palácio/fortaleza, desde os seus torreões contempla-se uma paisagem impressionante da cidade, a veiga e a Serra Nevada. Caminho de Ibn-Battuta (Desde Málaga) Percurso de Al Isidri (Desde Algeciras) Percurso de La Alpujarra Capileira Percurso dos Almorávidas e Almóadas Ugíjar (Desde Almería) (Desde Marraquexe) Punhal e bainha de Boabdil A queda do reino Nazarita de Granada trouxe consigo a desaparição de Al-Andalus. Boabdil entregou a cidade aos Reis Católicos em 1492. Lanjarón Percurso de Leão o Africano (Desde Almería) Castelo de Montefrío Coroando a povoação de Montefrío foi mandada erigir esta fortaleza muçulmana (s. XIV), onde os cristãos construíram no s. XVI a Igreja da Vila. 8 G r a Saída de Boabdil de La Alhambra Cena do século dezanove do pintor granadino Manuel Gómez-Moreno. Recreia a saída de Boabdil da Alhambra após a conquista cristã de Granada. n a d a e a s u a p r o v í n c i a 9 G r a n a Durante todo o ano, a Costa Tropical alberga eventos musicais como o Certame de Guitarra Clássica Andrés Segóvia e o Concurso de Composição de Motril, a Amostra de Jazz da Costa d a c u l t u A cidade de Granada variado. O flamenco, uma das é um ponto de senhas de identidade de Granada, xonados da cultura: nas “Cuevas del Sacromonte”, museus, teatros, o auditó- onde são dançadas as populares rio… e um calendário cul- “zambras” ciganas. E, no Parque tural que se prolonga das Ciências, tanto os durante todo o ano. adultos como os mais Eventos como o pequenos poderão Festival descobrir o mundo Internacional de apaixonante das Música e Dança, o Ciências e o Universo. Novas Tendências no de Tango, o de Jazz Castelo de Salobreña. a l pode ser desfrutado diariamente encontro para os apai- e Motril, e o Festival de celebrada em Almuñécar r e o de cinema de Jovens Realizadores Muito perto da capital são já compromissos imprescindí- granadina está situada veis para muitos. No resto da província Santa Fé, a antiga O Teatro Alhambra conta com também é possível des- cidade/acampamento uma programação estável, e no frutar de inumeráveis Auditório Manuel de Falla, a pres- actividades culturais, tigiada Orquestra sobressaindo o Festival de Cidade de Música Clássica de Granada oferece Guadix, as Jornadas um programa Cinematográficas de anual completo e Baza, o Festival da fundada pelos Reis Católicos quando assediavam a Granada de Boabdil, onde Cristóvão Colombo chegou a um acordo definitivo para iniciar a Descoberta da Canção de Andaluzia cel- América. Outra povoação ebrado em Alhama de perto de Granada com Granada, o Festival um grande interesse cul- Internacional Parapanda- tural é Fuente Vaqueros, Folk de Íllora e o Festival onde nasceu o insigne Internacional de Teatro poeta e dramaturgo na Rua e Animação de Federico García Lorca. 10 G r a n Loja. Granada cultural a d a e a s u a p r o v í n c i a 11 C o n g r e s s o s Além de ser uma cidade com uma beleza única, Granada, membro da Federação Europeia de Cidades de Congressos, é o cenário ideal para as viagens de incentivos e a celebração de congres- Palácio de Exposições e Congressos de Granada Edifício moderno e inteligente dotado com as mais modernas tecnologias das comunicações, incluindo vídeo - conferência via satélite, central digital telefónica com vários protocolos de comunicações, mais de 3.000 pontos de voz - dados em todo o edifício, sistema de tradução simultânea e os mais avançados meios audiovisuais. metros quadrados de superfície distribuídos entre os dois andares do vestíbulo do edifício são perfeitos para feiras e exposições. E o Anfiteatro Carlos I, ao ar livre e com uma capacidade para 1.700 pessoas, é o quadro idóneo para actividades culturais, concertos nocturnos e jantares de cerimónia. Dotado com nove salas com uma capacidade total de 3.560 pessoas, salas com capacidade para mais de 2.000 pessoas e outras com menos capacidade, oferecem a possibilidade de celebrar desde grandes congressos e convenções até pequenas reuniões de empresa, sempre com o ambiente mais confortável. Os 3.000 A província granadina conta com numerosos hotéis e centros para albergar todo tipo de reuniões e eventos, como o recinto para a celebração de feiras de Fermasa, em Armilla, o Centro de Convenções e Congressos Montebajo, na Serra Nevada, o Auditório de la Villa em Salobreña e a Casa da Cultura em Almuñecar. Existem inumeráveis empresas dedicadas à organização de congressos que oferecem serviços de protocolo, secretaria, hospedeiras, tradução e imprensa. sos, convenções ou reuniões de empresa. A sua moderna rede de comunicações e infra-estruturas, para além de instalações como o Palácio de Exposições e Congressos, o Auditório Manuel de Falla, o “Carmen de los Mártires” e o Palácio dos Córdova, fazem de Granada um ponto de encontro escolhido por milhares de pessoas de todo o mundo para celebrar todo tipo de eventos. 12 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 13 P a i s a g e n s g r a n a d i n a s Os cumes da Serra Nevada erguem-se, como enormes atalaias, sobre a Veiga granadina. As paredes argilosas ver- Na Alpujarra, durante o pôr-do-sol, é habitual contemplar um belo mar ticais tingem-se com os de nuvens que, literalmente, trepam pelas encostas das montanhas. diferentes tons consoante o momento do dia, deixando ao descoberto Saída da lua cheia na os diversos estratos geo- Serra de Baza duran- lógicos. te um dia de Inverno. Paisagem outonal de os seus tons cromáticos incríveis no interior da província. Cenas que inspiram tranquilidade e sossego, cores Paisagens que parece terem sido extraídas da paleta de um pintor. Paisagem invernal na foi conhecida como a Durante a primavera a paisagem veste-se com Serra Nevada, onde a Serra do Sol durante a belíssimas cores. Ao fundo, a Serra Tejeda. brancura da neve con- época medieval brilha trasta com o azul perante a intensa luz limpo do céu. A que do rei dos astros. O azul intenso das Tipica paisagem da Costa águas da Represa do Tropical, com pequenas e Negratín sobressai escondidas enseadas e perante o aspecto falesias banhadas pelo árido e misterioso da G r a com um ar alpino no extremo norte da província. Um exemplo mais da grande variedade paisagística de Granada. Mediterrâneo paisagem. 14 Panorama da Serra da Sagra, uma paisagem n a d a e a s u a p r o v í n c i a 15 E s p a ç o s n a t u r a i s Parque Natural Serra de Castril Uma paisagem com abundantes superfícies arbóreas dentre as que sobressai o pinheiro salgarenho, que chega a atingir 40 m. de altura. Alberga a “Cueva de Don Fernando”, a mais comprida e profunda da província de Granada. Natureza A província de Granada alberga uma grande diversidade de espaços naturais, desde o Parque Nacional da Serra Parque Natural Serra de Huétor Situado a poucos quilómetros da cidade de Granada, é constituído por um conjunto de serras nas quais abundam as superfícies com bosques, fendas profundas, barrancos e ribeiros. Nevada, lar dos cumes mais altos da Península, até cinco Parque Natural Serra de Baza Maciço montanhoso abrupto e escarpado onde habitam numerosas aves de rapina; na sua flora estão representados perto de um centena de endemismos do sul da Península. parques naturais, para além do “Paraje Natural Acantilados de Maro” - Cerro Gordo, uma paisagem costeira com 395 h., constituída pela erosão, onde a Parque Nacional da Serra Nevada Considerado Parque Nacional em 1999. Um espaço com um grande valor ambiental onde crescem mais de 60 espécies vegetais exclusivas, como a estrela das neves, a violeta da Serra Nevada ou a macela da serra. Serra de Almijara se abre para o Mediterrâneo; no fundo do seu mar crescem pradarias muito valiosas de “possidónia”. Parque Natural Serras de Tejeda, Almijara e Alhama Uma paisagem cheia de contrastes coroada pelos cumes mais altos do Poente Granadino: a Maroma e o Lucero. É o habitat de espécies como a cabra brava ou a águia real. Parque Natural da Serra Nevada Um valioso ecossistema de montanha partilhado pelos municípios da comarca da Serra Nevada, a Alpujarra Alta e parte do Marquesado do Zenete. 16 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 17 T u r i s m o r u r a l interior da província encerra asmelhores matérias- povoações e cantinhos muito primas, produtos sem- fascinantes. Alpujarra-Valle de pre saudáveis e natu- Lecrín, o Poente Granadino, rais; participar nas fes- Guadix - Marquesado e Baza - tas e tradições mais Huéscar: (O Altiplano), comarcas arraigadas; passar que têm sabido conservar a sua umas férias no meio essência ao longo da História onde transmitidas de pais para filhos… Uma o visitante encontrará uma vasta forma de vida que nos transporta para e variada oferta de alojamen- o passado, quando não existiam as tos, desde um hotel de cinco inumeráveis actividades de casas/gruta turismo activo. granadinas. onde parece que o tempo parou, gente que vive em harmonia perfeita com o ambiente envolvente, Viver a experiência de se hospedar numa tradições que são casa/gruta; saborear pratos caseiros deliciosos elaborados com 18 G r a n a d a Granada adapta-se a todos desde o turismo rural até hedoras e confortá- Povoações da natureza, etc. A oferta de turismo rural em os gostos, abrangendo angústias nem as pressas. estrelas até às acolveis Carácter próprio O e a s u a p r o v í n c i a 19 D e s d e o n í v e l d o m a r a t é Mar: M o s 3 . 4 8 1 m . Neve: A otril, Salobreña e Almuñécar são as povoaçõ- Estação de Esqui da Serra Nevada, sede do Campeonato do Mundo de Esqui Alpino em 1996, es mais turísticas da Costa Tropical. Rodeadas por um vergel de cultivos tropicais, desfrutam de um microclima subtropical As único na Península, com uma tem- águas quentinhas do peratura média de 20º C. Dotadas Mediterrâneo são o lugar magnificamente com todos os servi- idóneo para praticar os ços, são o enquadramento perfeito desportos náuticos, desde para desfrutar de umas boas férias alberga todos os anos milhares de pes- o windsurf até à vela, pas- sem a massificação de outros luga- soas que escolhem as suas pistas para sando pelos mergulhos e a natação submarina. Neve res turísticos andaluzes. Sem nos esquecer da zona mais oriental, com as suas pequenas povoações costei- desfrutar da neve. O cume da ras salpicadas por torres de vigia Península Ibérica, um lugar donde é centenárias. Desde as crianças até os possível avistar as costas africa- esquiadores profissionais nas, é um verdadeiro paraíso desfrutam da neve na para os apaixonados pelos Serra Nevada. desportos brancos: esqui alpino, snowboard, motos de neve, etc. As mais modernas instalaçõ- Mar e es e uma tempora- 20 da de esqui que se prolonga até à primavera. G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 21 T u r i s m o a c t i v o cem-se todas as variedades de actividades de turismo activo, para viver a natureza plenamente. Os passeios a pé pelas veredas e o cicloturismo são uma alternativa para conhecer os lugares mais belos, ao mesmo tempo que podem ser praticados desportos saudáveis. Durante o Inverno é possível praticar esqui de fundo nas zonas com neve, sem esquecer um grande leque de desportos da neve na Serra Nevada. O Poente granadino é o lugar perfeito para caçar na montanha, e para os mais ousados, a asa delta e o parapente permitir-lhes-ão contemplar a província desde o ar, enquanto que com a espeleologia poderão descobrir o mundo subterrâneo cheio de mistérios ocultos em grutas como a da Água, em Iznalloz. D Granada conta com inumeráveis lugares ideais para a esportos aquáticos, actividades na neve, barranquismo, pesca, escalada, passeis a pé pelas veredas… Em Granada é possível desde levantar voo num parapente na Serra para ir aterrar à beira do mar até desfrutar de uma tranquila estância em balneários como o de Lanjarón ou o de Alhama de Granada. prática da escalada. No interior da província ofere- Em Granada é possível desfrutar do golfe tanto com sol em Motril, em plena Costa Tropical, como na cidade da Alhambra, onde pode ser alternado com a prática do esqui. Para os mais activos Uma das opções para perA pesca desportiva pratica-se correr os lugares naturais em lugares como Riofrío (Loja), são os passeios de cavalo. famosa pelas suas trutas. 22 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 23 F e s t a s e T r a d i ç õ e s com uma procissão marítima muito pitoresca. L es fêtes et traditions sont l’expression de l’âme d’un peuple. Héritage du passé, elles sont toujours vivantes grâce aux générations qui se les transmettent et elles perdurent à travers le temps. “Semana Santa” Uma celebração religiosa com uma grande tradição na Andaluzia. Podese respirar a emoção quando as procissões percorrem as ruas das povoações mais importantes da província. O “Cascamorras” de Guadix Durante as Festas da “Virgen de la Piedad” (6 Setembro) o Cascamorras, uma personagem de Guadix bastante esquisita, parte para Baza para tentar apanhar a imagem da Virgem que ali é custodiada, sendo sacolejado por grupos de jovens, O “Dia da Cruz” Tradição com um carácter popular celebrada em Granada e no resto da província no dia 3 de Maio, quando os quintais, as varandas, as ruas e as casas são engalanadas com flores e utensílios artesanais e os moradores se reúnem em redor das cruzes floridas para comer, beber e dançar. A “Feira do Corpus” Granada. A procissão do Corpus Christi tem a sua origem na época da conquista de Granada pelos Reis Católicos. Por volta desta data tem lugar em “Moros y Cristianos” (Mouros e Cristãos) Festividade celebrada em diversas povoações da província, nomeadamente na Alpujarra, com uma representação protagonizada pelos próprios moradores. Sobressai pelo seu colorido e grande tradição a de Válor, berço do mourisco Abén Humeya, onde os papéis representados, de mouros e cristãos, são uma herança de pais para filhos. untado com alcatrão e azeite e submergido em duas fontes antes da sua chegada a Baza, onde passará dois dias de festa antes de regressar a Guadix com as mãos vazias. Granada a Feira do Corpus, uma semana inteira em que a cidade se veste de gala e diversão, especialmente durante as noites no recinto da feira. A “Virgem do Carmo” A Festa da “Virgen del Carmen” (16 Julho), padroeira dos marinheiros, é celebrada nas localidades costeiras Viver a tradição 24 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 25 G r a n a d a E m Granada, a última capital de Al-Andalus, a magia e a lenda O Sacromonte: Bairro pitoresco de casas/gruta. Granada O Generalife: Jardins, fontes e o som incessante da água quando corre. Um lugar mágico. vão de mãos dadas. Cantinhos e monumentos carregados de História Albayzín: O bairro com mais sabor de Granada, herança viva da cultura andalusi. Imprescindível a visita ao “Mirador de San Nicolás”. Praça Isabel A Católica: Presidida pelo Monumento a Isabel La Católica, erigido no século XIX por Mariano Benlliure, está rodeada de edifícios que mostram o poderio da burguesia do século dezanove. falam-nos de um passado muito rico acentuado pelas oito centúrias de presença islâmica, lembranças que podem ser entrevistas através das pedras centenárias das suas muralhas, das ruas sinuosas do bairro mourisco do Albayzín e da Alhambra, orgulho dos reis nazaritas. A Alhambra: Residência da dinastia Nazarita baptizada em árabe como “Castelo Vermelho”. De uma beleza indescritível, os seus pátios e as suas salas mostram o refinamento alcançado pela arquitectura andalusi. Catedral: Um dos exemplos mais bonitos do estilo renascentista, edificada por Diego de Siloé no s. XVI. Junto da mesma, a Capela Real na qual foram sepultados os Reis Católicos. 26 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 27 A A l h a m b r a e o G e n e r a l i f e A A Alhambra é o monumento mais visitado da Espanha, com mais de dois milhões de pessoas por ano. Sobressaem pela sua beleza o Palácio de Comares, em cujo interior se encontra o Pátio de los Arrayanes e a Sala dos Embaixadores, coberta por uma cúpula magnífica de madeira talhada, e o Palácio de los Leones, com salas como a dos Moçárabes, das Duas Irmãs, dos Abencerragens e dos Reis, com o tecto decorado com pinturas nazaritas, sem esquecer-nos do Pátio de los Leones. cidade palaciana da Alhambra, emblema da cultura andalusi, erigida sobre a colina vermelha da Sabika dominando a cidade; com a Serra Nevada como pano de fundo constitui um bilhete postal imortalizado milhares de vezes. As suas praças, muralhas, torres, jardins, banhos e salas requintadamente decoradas com azulejos e estuques representam o cimo da arte islâmica em Al-Andalus. Considerada Património da Humanidade junto com o Generalife, a qa´lat al-Hamra árabe tem a sua origem no século IX, sendo construída na sua maior parte durante o reinado nazarita de Yusuf I e Muhammad V, no s. XIV. Após a conquista cristã o imperador Carlos V mandará erigir nesse lugar o seu Palácio renascentista, hoje em dia sede do Museu de Arte Hispano - Muçulmano. 28 G r a n a d a N o Generalife, antigos jardins de recreio dos monarcas granadinos, ainda se respira a essência romântica de Al-Andalus; as suas fontes e os seus jardins foram e são uma fonte de inspiração para todos os tipos de artistas. e a s u a p r o v í n c i a 29 D a C C a t e d r a l S a c r o m o n t e D ristiana e moura, A Alcaçaria Reprodução fiel do primitivo mercado medieval onde se concentrava a actividade comercial da Granada muçulmana. Perto encontra-se o Curral do Carvão, o celeiro islâmico utilizado pelos cristãos como albergue de carvoeiros e curral de comédias. em Granada dá-se a fusão do gótico da Capela Real com a Alcaçaria muçulmana, a Catedral, jóia do Renascimento, com o Curral do Carvão, antigo a o celeiro islâmico… esde a Plaza Nueva, onde se encontram monumentos como a Chancelaria Real, edifício renascentista que alberga na actualidade Superior o de Tribunal Justiça Andaluzia, até Sacromonte, o da o caminho encontra-se salpicado por Uma cidade moderna e lugares muito interessantes como a ao mesmo tempo tradi- igreja mudéjar de Santa Ana, a cional onde o barroquis- Carrera del Darro, a Casa de mo da Cartuxa e o Castril… ambiente típico do Carrera do Darro Passei Romântico que decorre paralelo ao rio Darro, entre o Albayzín e a Alhambra, onde se encontram edifícios tão emblemáticos como os banhos árabes do Bañuelo (s. IX), a Igreja de San Pedro e San Pablo ou a renascentista Casa de Castril, sede do Museu Arqueológico de Granada. Sacromonte dão lugar aos edifícios modernos, mais como o Palácio de Exposições e das Ciências Auditório ou o Manuel de Falla. Catedral Diego de Siloé construiu a igreja mor granadina no s. XVI, uma verdadeira jóia do Renascimento. No seu exterior sobressai a Puerta del Perdón pela sua sumptuosidade. Capela Real Templo gótico onde repousam os restos dos conquistadores de Granada, os Reis Católicos. Junto à mesma encontra-se a bolsa dos Comerciantes. Ambos os edifícios datam de princípios do s. XVI. 30 G r a n a d a Granada Congressos, o Parque Vista do Sacromonte O bairro do Sacromonte, originário do s. XVIII, surpreende pela brancura das fachadas e as chaminés caiadas das suas grutas, definindo uma paisagem peculiar com uma beleza única. e a s u a p r o v í n c i a 31 A l b a y z í n O u t r o s O S utras visitas interessantes são a Cartuxa, jóia do barroco; a igreja de San Juan de Dios, também barroca; a igreja dos Santos Justo e Pastor, em cujo interior se encontram as colunas salomónicas mais antigas de Espanha; o Mosteiro renascentista de San Jerónimo; a igreja de San José, uma das mais antigas de Granada, cuja torre é o minarete da mesquita e fosse necessário representar a essência da cidade de Granada bastaria com um dos seus bairros, o Albayzín. Típicos “cármenes” ou casas com grandes jardins, cisternas, vielas estreitas e vivendas mou- O “carmen” é a vivenda mais representativa do Albayzín; possivelmente de origem muçulmano, consiste numa vivenda com umas dimensões reduzidas rodeada por hortas e jardins orientada para a Alhambra. Na sua maior parte datam de fim do s. XIX e princípios do s. XX. m o n u m e n t o s Vista de Granada desde a Alhambra: desde a colina da Alhambra pode-se contemplar uma vasta panorâmica da capital granadina. monumental O A Cartuxa: constitui o expoente máximo do barroco granadino. Sobressai a exuberante decoração da Sacristia e a colecção de pinturas do frade cartuxo Sánchez Cotán. riscas que nos falam dos vestígios profundos herdados da cultura andalusi. Conserva-se ainda parte do recinto amuralhado que o rodeava em tempos dos muçulmanos, bem como as Portas de Monayta e de Elvira (s. IX). dos marabutos (s. VIII-X); a antiga Universidade, fundada em tempos de Carlos V, actual Faculdade de Direito; o Carmen de los Mártires, etc. Desde o Mirador de San Nicolás, junto da igreja com o mesmo nome, contemplam-se os mais belos pôrdo-sol de Granada, diante da estampa da Alhambra. 32 G r a n a d a Granada e a s u a p r o v í n c i a 33 N e v a d a Estação de Esqui S e r r a 34 G r S E s t a ç ã o d e E s q u í erra Nevada, a principal estação sede dos Campeonatos do Mundo do sul da Europa e onde se des- de Esqui Alpino em 1996 e albergou fruta de mais dias de sol ao ano, é a Final da Taça do Mundo de Esqui um verdadeiro paraíso para os apai- em 1999. xonados dos deportes brancos. Para praticar o esqui de fundo, 2.500 h. de neve, 53 pistas (um conta com dois circuitos de 8,6 km.; total de 61,4 km.), 338 canhões de este desporto também pode ser pra- neve artificial, snowpark, 2 circuitos de ticado em La Ragua, a segunda esqui de fundo, slalom paralelo, diver- estação de Inverno da província. sos restaurantes nas pistas… As melhores instalações da Espanha para praticar o esqui, snowboard, motos de As noites na Serra Nevada estão cheias de diversões: restaurantes, discotecas, aperitivos e beberetes à beira da pista, esqui nocturno… neve, e até passeios de trenó puxados por cães ou cavalos. Com uma temporada de esqui que se prolonga desde o Outono até os primeiros dias de Maio, Serra Nevada foi a a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 35 S e r r a N e v a d a E s t a ç ã o M o n t a n h a de montanha Estação A Estação albergou os Jogos Aéreos Mundiais de 2001, tendo sido o ponto de encontro dos melhores desportistas de parapente a nível mundial. Todos os Verãos, na Estação de Montanha, sede dos Campeonatos do Mundo de Bicicleta de Montanha do ano 2000, são organizados percursos com diversas durações e dificuldades. d e Podem ser percorridos inumeráveis percursos para passear a pé e bicicleta de montanha, para além de desportos como a escalada ou o parapente. Além disso, a CETURSA (a empresa que gere a estação) organiza sessões de astronomia, para observar as estrelas a mais de 2.000 m. de altitude. C om uma temperatura média de 20º C., a Serra Nevada durante o Verão transforma-se no lugar perfeito para praticar todas as modalidades do turismo activo. A Estação de Montanha oferece uma gama muito vasta de actividades para toda a família: cursos de línguas, cursos de Verão da Universidade de Granada, competições desportivas, acampadas infantis… 36 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 37 N a p e u g a d a d e G a r c í a L o r c a García U Alfacar Fuentevaqueros Valderrubio Víznar GRANADA Casa de Valderrubio: também na Veiga de Granada encontrase este pequeno anexo de Pinos Puente onde o pai de Federico García Lorca possuía uma quinta, tendo-se deslocado até aqui a família em 1907. Ainda se respira o ambiente em que viveu a família antes de se mudar para a cidade de Granada, e que inspirou obras como “Yerma” ou “La Casa de Bernarda Alba”, baseada numa família de Valderrubio cuja casa ainda se conserva: a casa de Frasquita Alba. Parque Federico García Lorca, Alfacar: Inaugurado em 1986, ano comemorativo do cinquentenário da morte do poeta, este Parque é dedicado “à memória de Federico García Lorca, e de todas as vítimas da guerra civil”. O Parque está situado no Barranco de Víznar, onde Federico foi fuzilado na madrugada do 19 de Agosto de 1936. Lorca Casa Natal, Fuente Vaqueros: no meio da Veiga granadina encontra-se a Casa Natal de Federico García Lorca, onde o poeta viu a luz no dia 5 de Junho de 1898. Após a sua fiel restauração foi aberta ao público como Casa - Museu, albergando fotografias, documentos, desenhos, cartas, manuscritos e primeiras edições de algumas das obras lorquianas. Os visitantes podem adquirir diversas produções do Patronato Cultural Federico García Lorca. m percurso pela terra que viu nascer e morrer o poeta granadino mais universal, Federico García Lorca. Desde a casa natal de Federico em Fuente Vaqueros, a casa de Valderrubio, onde morou durante alguns anos com a sua família e a casa de férias durante o Verão na Huerta de San Vicente, na capital granadina, até o Parque de Alfacar, onde se encontra a fossa comum onde repousam os restos do poeta. Huerta de San Vicente, Granada: A Horta de São Vicente, residência de Verão da família García Lorca até à morte do poeta em 1936 onde o poeta escreveu obras como Bodas de Sangue, hoje em dia é uma Casa – Museu onde se conservam os móveis e os utensílios originais tal como os conheceu Lorca, bem como uma sala de exposições. Rodeada na sua origem pelos cultivos férteis da Veiga granadina, hoje está rodeada pelo Parque Federico García Lorca. Foi erigido um monólito junto de uma oliveira em cujo pé se supõe que se encontra a fossa comum onde repousam os restos de García Lorca. O Patronato Cultural García Lorca organiza todos os anos durante a noite do 18 de Agosto um singelo sarau literário ou musical no Parque. 38 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 39 N o s o p é La Zubia, aldeia típica que surge dentre uma paisagem de hortas e acéquias. Recomenda-se visitar a sua azinheira centenária e os Banhos Árabes. d a E S i e r r a N e v a d a ntre a Alhambra e a Serra Nevada estão situadas povoaHuétor Vega. Passagem natural entre a Serra Nevada e a Veiga granadina desde a Pré-história, conservando testemunhos importantes de vestígios arqueológicos. ções onde a natureza se combina perfeitamente com os serviços e as infra-estruturas mais modernas. Integradas na “Mancomunidad de Municípios del Río Monachil”, La Zubia, Cájar e Monachil abrangem desde a paisagem fértil da Veiga granadina, regada por acéquias que nos falam do passado muçulmano, até aos cumes da Serra Nevada. Monachil, município composto por três núcleos de povoações definidos pelas suas paisagens diferentes, desde a veiga até à Serra Nevada: o Bairro de la Vega, Monachil e Pradollano. Recomenda-se visitar o Jardim Botânico de La Cortijuela, onde poderá observar a rica e variada flora da Serra Nevada. Cájar era conhecida na época islâmica pela sua indústria muito próspera da seda. Uma aldeia em cujas ruas se respira tranquilidade e sossego. O "Camino de los Neveros" desce desde os cumes com neve até Granada; era utilizado na antiguidade pelos homens da neve, (neveros) que transportavam o gelo até à cidade. 40 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 41 N o s o p é Cenes de la Vega. Como o seu nome indica, está situada na Veiga granadina, à beira do rio Genil. É o lugar perfeito para desfrutar da tranquilidade e do ar livre. d a S e r r a N e v a d a A companhando o fluir do rio Genil desde a cidade da Alhambra em direcção à Serra Nevada, a Serra do Sol como era denominada na época medieval, encontramo-nos com as aldeias de Cenes de la Vega e Pinos Genil. Uma vez passada a Represa de Canales o percurso conclui em Güéjar Sierra, situada a mais de mil metros de altitude, uma povoação onde a oferta de turismo activo A Represa de Canales, situada no sopé da Serra Nevada, na Primavera mostra todo o seu esplendor. se une às visitas culturais. Recomenda-se realizar uma excursão a El Charcón, na estrada de Güéjar Sierra a La Vereda de la Estrella, um lugar sombreado por cerejeiras donde partem inumeráveis veredas, e a visita a Maitena, para desfrutar das suas “piscinas naturais” durante o Verão. Güéjar Sierra era em tempos de Al-Andalus uma povoação produtora de seda conhecida com o nome de Qaryat Walyar; no Cerro del Castillejo conservam-se ainda as ruínas de uma das suas duas fortalezas islâmicas. Recomenda-se visitar a igreja renascentista, com o seu valioso emoldurado mudéjar nos tectos, a Fuente de los Dieciséis Caños, a Fuente de la Plaza, os antigos lavadeiros, e a Estación del Antiguo Tranvía. Pinos Genil é a última povoação antes de subir à Serra Nevada. A paisagem embelece-se com as amendoeiras em flor e durante o degelo, a época ideal para realizar um bonito passeio desde o bairro do Zaidín até à represa de Canales caminhando ao longo do leito do rio Genil, o rio que divide a povoação em dois bairros. 42 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 43 D o V a l e d e L e c r í n a o s G u á j a r e s Guájar Fondón: aldeia muito pitoresca à beira do rio de la Toba. A sul do Vale de Lecrín está situado o município de Los Guájares, constituído por três núcleos de populacionais: Guájar Fondón, Guájar Alto e a sede da Câmara Municipal, Guájar Faragüit. Pequenas povoações da serra cujas origens recuam até as antigas alcarias muçulmanas agrupadas como as antigas “tahá”, unidade administrativa de época nazarita. As três povoações contam com igrejas paroquiais do s. XVI. Lecrín: município constituído como as antigas “tahás” muçulmanas, por vários núcleos de povoações, onde ainda se respira a herança andalusi. Dúrcal: comunicada com Granada pela autoestrada, constitui um exemplo evidente das povoações do Vale de Lecrín. Situada dentro do Parque Natural da Serra Nevada, além de uns arredores banhados pelas águas do rio Dúrcal sugere-se visitar a sua igreja Paroquial, do estilo mudéjar. U m percurso pela zona mais ocidental da Alpujarra, o Vale de Lecrín. Um vergel onde os cultivos se alternam com pequenas povoações que conservaram a sua essência mourisca ao longo dos séculos. Lugares naturais, igrejas mudéjares como a de Dúrcal, com as suas imagens e os seus retábulos muito valiosos, laranjeiras e oliveiras, aguardam o visitante apenas a 33 km. da cidade de Granada. Igreja de Mondújar 44 U m a p r o v i n c i a Represa de Béznar: situada no coração do Vale de Lecrín, alimentada pelos vários rios que descem desde a Serra Nevada. Guájar Faragüit: a cabeça do município está situada apenas a 22 km. de Motril; em árabe Faragüit significa “jardim escondido”. c o m e n El Valle: do mesmo modo que Lecrín, este município é constituído por diversas povoações com um carácter rural muito definido, como Restábal, aldeia pequenina com o sabor das Alpujarras. c a n t o 45 Alpujarra Alta: A de Lanjarón a Laroles Alpujarra - Vale de Lecrín, uma comarca onde o tempo parece ter parado: aldeias pitores- Poqueira, La Tahá, Trevélez ou Válor. Desde Lanjarón até Laroles, no limite com a província de Almería. Pampaneira é um exemplo muito bonito da arquitectura popular da Alpujarra. Durante o fim-de-semana celebra-se uma feira de artesanato. cas a salpicar as encostas das serras, uma arquitectura popular herdada dos antigos povoadores muçulmanos, paisagens com Lanjarón, a cidade das águas saudáveis, alberga lugares como o Bairro Hondillo, o Balneário, o Castelo islâmico e a ermida de San Sebastián. uma beleza indescritível, acéquias e cultivos em socalcos, gente singela e acolhedora, e a Serra Nevada sempre ao fundo. O último reduto dos mou- Em Soportújar surpreendem os seus abundantes “tinaos” (vielas estreitas e cobertas), ruas íngremes e a brancura das sua casas. riscos granadinos, exemplo vivo da simbiose entre os homens e o meio Barranco do Poqueira, com as povoações de Pampaneira, Bubión e Capileira, é um dos cantinhos mais belos da Alpujarra. Em Capileira recomenda-se visitar o museu de arte popular e costumes da Alpujarra e a igreja. alcançada pela cultura andalusi. Um percurso pelas aldeias e as paisa- Bubión é a povoação mais pequena do Poqueira. A sua igreja mudéjar conserva vestígios de um torreão da época nazarita. gens com um sabor alpujarrenho mais acentuado, como o Barranco 46 U m a p r o v í n c do i a c o m e n c a n t o 47 Alpujarra Alta: de Lanjarón a Laroles Pitres é a cabeça do município de La Tahá. Sobressai a sua igreja paroquial mudéjar edificada sobre uma antiga mesquita. Pórtugos mostra uma praça muito bonita com arcos, fachadas coloridas e varandas cheias de vasos de flores. Válor, berço do mourisco Fernando de Córdoba, Abén Humeya, líder da Rebelião das Alpujarras. Não é de estranhar que as suas festas de Mouros e Cristão sejam as mais populares da comarca. Trevélez, a povoação situada no lugar mais alto da Península (1.476 m.), está situada na vertente sul do Mulhacén. É conhecida pelo seu presunto delicioso, curado com os ares frios da Serra Nevada. Mecina-Bombarón, sede da Câmara Municipal do município de Alpujarra da Serra e berço de Abén Abó, primo de Abén Humeya. Recomenda-se visitar a ponte romana. 48 U m a Em Yegen viveu Gerald Brenan entre 1920 e 1934, autor do livro Ao Sul de Granada, que recompila os seus conhecimentos etnográficos sobre a Alpujarra. Mairena, a varanda da Alpujarra donde se contempla uma panorâmica maravilhosa da comarca Laroles, uma aldeia típica da Alpujarra, dominada pelo campanário da igreja do Rosário. p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 49 Alpujarra Baixa: L de Órgiva a la Contraviesa e parcours passe entre le massif montagneux de Sierra Nevada et les Sierras de Lújar et la Contraviesa, Órgiva é a povoação de mais importante da Alpujarra ocidental. É imprescindível visitar a seu castelo/palácio dos Condes de Sástago e a igreja Mor, ambos do século XVI. parallèle au bassin du Guadalfeo. Depuis Órgiva, capitale de la Alpujarra de la province de Grenade, jusqu’à Ugíjar, a travers de profon- Em Juviles, capital da “tahá” na época islâmica, sobressai a igreja de Santa Maria da Graça, com a sua forte torre de pedra. Conserva-se os vestígios do castelo medieval “El Fuerte”. des vallées où s’intègrent des villages au goût alpujarreño. Bérchules, onde sobressai a sua Igreja mudéjar e a Fonte de Las Carmelas. Recomenda-se provar as trutas deliciosas pescadas nos rios Chico e Grande. Torvizcón, onde se pode visitar a Igreja do s. XVI e degustar o excelente pão de figo elaborado nesta povoação. Cádiar, povoação de origem árabe (cádi significa juiz), berço do tio de Abén Humeya, Abén Xaguar. Conserva exemplos muito belos da arquitectura popular, a Igreja Paroquial e a antiga pousada. Entre Cádiar e Narila está situada a oliveira, onde, contam as lendas, foi coroado Abén Humeya “rei dos mouriscos”. Em Lobras e Tímar continuam a ser confeccionadas as “jarapas” tradicionais. (mantas de retalhos). 50 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 51 Alpujarra O passado muçulmano de Ugíjar reflecte-se na sua Igreja mudéjar, construída sobre uma mesquita. Aqui está situado o Santuário de La Virgen del Martirio, padroeira da Alpujarra. Baixa: A de Órgiva a la Contraviesa Serra de La Contraviesa, coração de La Alpujarra gra- nadina, é uma zona tradicional de produção vitícola. Além de provar o vinho “costa”, povoações como Murtas, a capital do “trovo” ou Albondón, onde têm lugar as festas Em Sorvilán conserva-se um dos teares mais antigos de “jarapas” (mantas de retalhos) de toda a comarca. Uma paisagem de amendoeiras, figueiras e vinhedos rodeia a povoação. tradicio- nais de Mou- ros e Cristãos, O município de Albuñol alberga a Cueva de los Murciélagos (Gruta dos Morcegos), conhecida pelos vestígios neolíticos que ali foram encontrados. oferecem todo o encanto de uma zona com um carácter rural muito Órgiva, coroada pela silhueta das torres gémeas da sua Igreja. Jorairátar, onde se recomenda a visita do seu interessante museu de lavoura. Desde o Tajo de la Cruz avista-se uma vasta panorâmica da Serra Nevada. acentuado. Desde o pico do Cerrajón, o cume mais alto da Contraviesa (1.508 m.), pode-se completar umas vistas muito bonitas tanto do Mediterrâneo como da Serra Nevada. 52 U m a p r o Polopos, uma aldeia muito tranquila onde parece que o tempo parou. v í n c i a c o m e n c a n t o 53 A C o s t a T r o p i c a l M o t r i l M A s águas do Mediterrâneo banham o litoral granadino, porta de acesso ao longo da História das civilizações mais diversas, desde os fenícios que fundaram Sexi (Almuñécar) e Salambina (Salobreña) até Abd alRahman I, criador do emirato Omeya de Al-Andalus. otril, a cidade com mais população da província depois de Granada capital, oferece aos visitan- tes as suas praias cheias de sol, os seus produtos tropicais excelentes e um património herdado da sua longa História: igrejas, ermidas, edifícios civis e o Museu do Açúcar, dedicado à que durante séculos foi a principal indústria da cidade, a cana de açúcar. Sem Motril esquecer o seu porto de pesca, um dos elementos mais atraentes da cidade. Com um clima subtropical, as suas águas tranquilas, sempre quentinhas, são idóneas para praticar todas as modalidades de desportos aquáticos. Os apaixonados pela natação submarina podem desfrutar de alguns dos fundos marinhos mais belos do litoral andaluz. Ayuntamiento Além disso, conta com três praias de nudistas: as de Cantarriján e do Muerto em Almuñécar, e a praia de la Joya em Motril. Santuario Virgen de la Cabeza Calahonda: praia de Motril com águas profundas e cristalinas, ideais para praticar a natação submarina e a pesca. 54 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 55 A C o s t a T r o p i c a l S a l o b r e ñ a E Playa del Peñón: uma praia muito vasta aberta para o Mediterrâneo, perfeita para desfrutar de boas férias. ntre um mar de cultivos tropicais e o Mediterrâneo surge o perfil inconfundível de Salobreña: uma povoação com as suas casas brancas a trepar por um penhasco em cujo cimo se ergue a construção imponente e maciça do seu Castelo Árabe. O seu centro antigo conserva o sabor de uma aldeia branca e típica da Andaluzia, com as suas ruas estreitas e sinuosas e os seus cantinhos pitorescos. Salobreña Os que procuram a tranquilidade e o descanso em Salobreña encontrarão pequenas enseadas tranquilas e solitárias. Castelo Árabe: as suas origens recuam até o s. XIII, alcançando o seu esplendor durante as duas centúrias seguintes. Residência de Verão dos reis nazaritas de Granada foi utilizado pelos cristãos como Prisão Real e recinto militar. Na actualidade é sede de actividades recreativas e culturais. As suas águas cristalinas são sulcadas por muitos windsurfistas. 56 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 57 A C o s t a A Estátua de Abderramán: No ano 755, Abd al-Rahman I desembarcou na costa de Almuñécar, donde partiu para Córdoba para fundar o Emirato Omeya. T r o p i c a l A l m u ñ é c a r antiga Sexi fenícia, uma povoa- ção turística por excelência, tem a sua origem no século VIII a. C. Cueva de los Siete Palácios: Uma cisterna muito grande que hoje em dia alberga o Museu Arqueológico, onde se encontra exposta uma colecção muito valiosas de vestígios arqueológicos encontrados em jazigos dos arredores. Testemunhos da sua Columbários e as galerias conservadas longa história são a na Cueva de los Siete Palácios, sede Necrópole fenícia de actual do Museu Arqueológico, além Puente de Noy, a do seu Castelo islâmico reconstruído Feitoria de Salga púnica/romana, romanas por Carlos V. edificações como Castillo de San Miguel o ur op a Aqueduto, Av da .d eE Palacio de la Najarra Bi kin seo ne os Lo sG er Pa i de las Fl ore Pa s to rie P seo o ren Mo Parque Ornitol gico Loro-Sexi Pe n del Santo La Herradura: Fronteiriça com a província de Málaga, esta grande baía pertencente a Almuñécar é o lugar adequado para praticar os desportos náuticos, especialmente a natação submarina, dada a grande riqueza natural dos seus fundos marinhos. Protegida sempre dos ventos e com o mar sempre em calma, vai desde a Punta de la Mona até à Penhasco de Cerro Gordo. Almuñécar 58 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 59 A C o s t a O T r o p i c a l O r i e n t a l ù la Alpujarra se penche sur Enseada tranquila em La Rábita, uma das praias onde Albuñol se abre para o mar Mediterrâneo. Um paraíso onde se respira tranquilidade e sossego. la mer, depuis Castell de Ferro jusqu’au Château de Huarea, une infinité de plages et de criques paisibles jalonnées par des tours de guet centenaires s’étendent jusqu’à la province d’Almeria. Des châteaux islamiques comme celui de Castell de Ferro, des tours de guet comme celle de Cautor à La Mamola ou la Tour de Melicena, sont des témoignages de l’époque où les musulmans surveillaient les côtes à cause de possibles attaques des Chrétiens. Des forteresses côtières chrétiennes comme le Château de Baños, du Um mar de cultivos tropicais que se prolonga desde Castell de Ferro com a Serra de la Contraviesa na Alpujarra como pano de fundo. XVIème, reflètent la peur de Felipe II face aux attaques des Turcs. Castell de Ferro, pequena povoação costeira coroada por um Castelo da época andalusi. Nas imediações conserva-se a Torre da Instância. Castelo Árabe de La Rábita, antiga fortaleza costeira que protegia as costas granadinas dos ataques das tropas cristãs. A Costa Oriental Castell de Ferro, ponto estratégico durante a Rebelião das Alpujarras de 1568 chefiada por Abén Humeya. 60 U m a p r o v í n c i a c o m e n c a n t o 61 P o e n t e g r a n a d i n o Povoações monumentais como Moclín, Íllora, Montefrío e Loja conjugam-se perfeitamente com lugares arqueológicos como a Peña de los Gitanos e Sierra Martilla, com os seus dólmenes O interessantes. Poente Granadino, fronteira entre o Reino Nazarita de Granada e os territórios cristãos, foi a chave para a conquista de Loja, conhecida com o nome de “flor entre espinhas” pela rainha Isabel La Católica, é uma das povoações mais interessantes desde o ponto de vista monumental da Província de Granada. Do seu rico património sobressai o recinto da Alcáçova e a Igreja da Encarnação. Granada pelos Reis Católicos. Com um povoamento humano que recua até à Pré-história, dólmenes, Peña de los Gitanos: lugar natural que alberga um dos conjuntos arqueológicos mais interessantes da comarca, com vestígios de diferentes culturas, sobressaindo os enterramentos megalíticos. torres, castelos e igrejas falam-nos das diversas culturas que passaram por estas terras. Montefrío: aldeia branca coroada por um penhasco no qual ainda se encontram os vestígios do Castelo islâmico, em cujo extremo os cristãos edificaram a Igreja da Vila. Torres vigía: encontram-se dispersadas por todo o território do Poente Granadino. Foram construídas no tempo de Al-Andalus, para vigiar a fronteira com os cristãos. Nos arredores de Moclín podem ser visitadas torres como La Solana, de Mingoandrés e de Tózar ou as Porquerizas, todas da época islâmica. 62 U m a p r o v í n c i a Íllora: baptizada como “olho direito de Granada” pela sua importância estratégica na defesa do Reino de Granada na época da conquista cristã. Entre o conjunto das suas casas sobressaem a Igreja renascentista da Encarnação e o Castelo muçulmano, originário da época do califado. c o m e n c a n t o 63 P o e n t e g r a n a d i n o N Castelo de Montefrío, : Enorme fortaleza que domina a povoação. Considerado Monumento Nacional foi residência da corte nazarita durante sete anos, tendo sido abandonado após a conquista cristã. Hoje em dia cresce uma densa vegetação no interior do recinto amuralhado. o sopé da Serra Montefrío da Parapanda e rodeada por uma paisagem de quintas e oliveiras, está situada esta povoação considerada Conjunto Histórico / hasco impressionante onde hoje Artístico. Presidida pelo Castelo em dia surge a Igreja da Vila, cons- islâmico, erigido truída após a reconquista do lugar em 1486. num penDe lC De arm en lA rco Iglesia de la Encarnación, Com um estilo neoclássico, evoca o Panteão de Agripa em Roma. É conhecida como a “redonda”. s a ev nu illa Pedro V ero ar ch Cu 64 U m a p r o v í n c i a El F Iglesia de la Villa: Mandada construir pelos Reis Católicos no mesmo lugar onde tinha existido uma antiga mesquita. Na actualidade alberga o Centro de Interpretação do Poente Granadino, a Última Fronteira de Al-Andalus. uert e Plaza de Esp a a Alcal ia ac Gr Sebasti n San Convento de San Antonio: a sua Igreja, com um interior gótico e um exterior renascentista, sobressai por cima das casas caiadas. c o m e n c a n t o 65 P o e n t e g r a n a d i n o Loja B aptizada com o nome de “flor entre espinhas” pela rainha Isabel a Católica, a antiga Medina Lawsa muçulmana foi conquistada pelos cristãos em 1486. Pode-se respirar a herança islâmica quando se passeia pelo bairro da Alcáçova. Os cristãos edificaram templos e edifícios civis grandiosos, e já no s. XIX a família Narváez engrandecerá o seu património com palácios e jardins. U m a Fuente de los 25 Caños: Em Loja existem uma imensidade de mananciais, como o que brota desta fonte, conhecida também com o nome de “Fuente de la Mora”. Iglesia de la Encarnación: Edificada no s. XVI no mesmo lugar onde fora construída a antiga mesquita, sobressai a sua grande torre, um dos emblemas da povoação. É atribuída a Diego de Siloé. Ermita de Jesús Nazareno: Pequena ermida que alberga no seu interior um retábulo barroco com um quadro atribuído a Alonso Cano. 66 Alcazaba e Caserón de los Alcaides Cristianos: Recinto amuralhado originário do s. X situado numa colina no coração de Loja. No seu interior os cristãos erigiram o casarão renascentista dos Alcaides Cristãos. p r o v í n c i a Iglesia de San Gabriel: Considerada Bem de Interesse Cultural foi construída no s. XVI no estilo renascentista. Sobressai o relevo da Anunciação da fachada lateral. Antigua Casa de Cabildos: Exemplo maravilhoso da arquitectura civil do s. XVI, situada na Plaza de la Constitución. É a sede actual da Biblioteca Pública. c o m e n c a n t o 67 S e r r a T e j e d a , A l m i j a r a A Hospital de la Reina, com um estilo gótico/mudéjar, foi o primeiro Hospital de Sangue do Reino de Granada. Sobressaem as armaduras mudéjares dos seus tectos. Castelo, edificado sobre as ruínas da fortaleza islâmica Plaza Los Presos An gu ba s stia jos a Caño Wamba, Antiga fonte com os escudos de armas dos Reis Católicos e Carlos I. am Hi no Iglesia de la Encarnación, A jóia mais apreciada de Alhama. Mandada erigir sobre uma mesquita mor na época dos Reis Católicos, com um estilo gótico tardio, a sua silhueta sobressai sobre a parte alta da vila. oW Plaza de la Constituci n A l h a m a Ca lhama de Granada, uma povoação pitoresca que toma o seu nome dos seus Banhos termais, al-hammam em árabe. Uma fortaleza inexpugnável pendurada de um “Tajo” (fenda) muito profundo cuja conquista pelos Reis Católicos em 1482 foi um das derrotas mais duras para os muçulmanos do Reino de Granada, inspirando o romance "Ay de mi Alhama!”. Passear pelo Bairro Árabe é toda uma experiência para os sentidos. e Llana Paseo Montes Jovellar Portillo Naveros Masmorras: Desde a Igreja das Angustias pode-se aceder às Masmorras escavadas pelos muçulmanos na rocha. Iglesia del Carmen, Renascentista e barroca, à beira da enorme e profunda fenda. 68 U m a p r o v i n c i a Alhama c o m e n c a n t o 69 S e r r a T e j e d a , E A l m i j a r a e ntre o Poente Granadino e a “Tajos” de Alhama, província de Málaga, forman- paredes verticais do uma barreira natural com o impressionantes sobre Mediterrâneo, as quais está situada prolonga-se o Parque Natural das Serras de A l h a m a Alhama de Granada. Tejeda, Almijara e Alhama. Uma paisagem de pin- Embalse de los Bermejales. (represa) heiros, sobreiros e carvalhos coroada pelos cumes da Maroma (2.080 m.) e do Lucero (1.638 m.) onde se integram Arredores do rio Cacín, lugar ideal para desfrutar de um tranquilo dia de pesca perfeitamente povoações como Alhama de Granada, Arenas del Rey e Jayena. O Poente sul também alberga lugares como los Tajos del río Cacín (fendas), a represa Balneario de Alhama de Granada: os Banhos termais de Alhama, originários da época romana, ainda conservam as estruturas da época de AlAndalus. As águas surgem dos mananciais a uma temperatura de 57º C. dos Arenas del Rey mostra um urbanismo de ruas rectas e largas, por ter sido reconstruída após o terramoto de 1884. Bermejales e os Jayena, em plena Serra de Tejeda, Almijara e Alhama, é uma povoação com ares mouriscos, com vielas estreitas cantinhos fascinantes. 70 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 71 A l e s t e e n o r t e d e G r a n a d a La Sagra 2.382 Puebla Don Fadrique Parque Natural Sierra de Castril Castril Dólmenes de Gorafe Gorafe alberga a maior concentração de dólmenes da Península, um bom convite para os apaixonados pela arqueologia. Huéscar Galera Huéscar: O Altiplano. Orce Lugares naturais, cidades monumentais, dólmenes, ruíCúllar Baza nas arqueológicas e aldeia pitorescas salpicam este itinerário pela zona de levante e o norte gra- Gorafe Parque Natural Sierra de Baza Píñar nadino. Parque Natural Sierra de Huétor Iznalloz Cogollos Vega Nívar Víznar HuétorSantillán Guadix Jérez del Alquife Marquesado Lanteira Aldeire GRANADA D La Calahorra: Diante da encosta norte da Serra Nevada está situada a capital do Marquesado do Zenete, dominada pelo seu Castelo renascentista. La Calahorra Ferreira esde a cidade de Granada até o extremo nordeste da província, seguindo pela auto-estrada A-92, encontramo-nos com as comarcas de Guadix e Marquesado, e Baza - Um percurso por um caminho milenário que comunicava o Levante peninsular com a Andaluzia ocidental, ponto de encontro das culturas mais diversas desde a Pré-história, Orce: Além da sua enorme riqueza arqueológica, o valioso património monumental de Orce faz desta povoação um lugar muito atraente desde o ponto de vista cultural. cujos vestígios ainda podem ser contemplados nestas povoações carregadas de História e de lendas. 72 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 73 G r u t a s c o m Grutas A U m Nesta zona rica em vestígios arqueológicos pode-se visitar, mediante uma autorização prévia da Câmara Municipal, a Cueva del Agua (Gruta da Água), que alberga pinturas rupestres interessantes. Um pouco mais ao norte está situado Píñar, coroado pelo Castelo Árabe. Um lugar com um povoamento remoto, como demonstram os vestígios arqueológicos encontrados em grutas como a da A Serra Arana é um espaço natural muito rico em vestígios arqueológicos. Para além da Cueva del Agua, no município de Iznalloz existem vários abrigos da época Neolítico e da Idade do Bronze com pinturas rupestres, bem como vestígios dos períodos musteriense e aurinaciense. 74 muito poucos quilómetros da capital granadina está situada Iznalloz, uma povoação muito pitoresca cujo nome em árabe significa “Castelo da amendoeira”, onde é possível visitar o “Pósito” e a Igreja de Nossa Sra. dos Remédios, originária do s. XVI, além das ruínas do Castelo islâmico. Carigüela. h i s t ó r i a gruta da província granadina que pode ser visitada pelo público, recebendo aproximadamente 50.000 visitantes por ano, especialmente grupos de alunos das escolas. A visita guiada da Gruta realiza-se mediante um percurso perfeitamente habilitado para qualquer pessoa, dada a ausência de barreiras arquitectónicas. Maquetas, painéis interactivos e instalações a escala real ilustram o processo de formação da gruta no decurso do tempo, bem como as diferentes etapas de ocupação animal e humana. O percurso estabelecido pelo interior da Cueva de las Ventanas não tem barreiras arquitectónicas, o que facilita o acesso para qualquer tipo de pessoas. Na circunscrição municipal está situada a Cueva de las Ventanas (gruta das janelas), onde podemos observar uma combinação entre o interesse geológico do seu impressionante modelado cársico, com o cultural, pois apresenta vestígios de uma sequência de ocupação humana que teve a sua origem no Paleolítico. É a única a p r o v i n c i a Durante o percurso podem observar-se maquetas que reconstroem o habitat dos povoadores pré-históricos da gruta. c o m e n c a n t o 75 S e r r a d e H u é t o r Serra de Huétor Cogollos-Vega: rodeado por uma paisagem de montanha de meia altura, com carvalhos e azinheiras. Recomenda-se visitar a Igreja Paroquial do s. XVII, cujo interior alberga uma imagem da Imaculada atribuída ao escultor Alonso Cano, e aos Banhos Árabes. O itinerário decorre pelas povoações que fazem parte da sua circunscrição municipal com o Parque Natural da Serra de Huétor, desde Cogollos Vega até Diezma. Um paraíso natural a muito poucos quilómetros da capital granadina. Alfacar: povoação com uma longa tradição padeira conhecida como “la tahona de Granada” (a padaria de Granada), cujas origens recuam até à época muçulmana. A Igreja Paroquial da Encarnação foi edificada por Diego de Siloé no s. XVI. Huétor-Santillán: imersa numa paisagem com uma grande beleza, no Parque Natural ao que dá o nome, conserva uma Igreja Paroquial originária do s. XVI. Nívar: pequena povoação serrana onde sobressai a Praça da Igreja, exemplo da arquitectura popular da zona. 76 U m a p r o Víznar: no Palácio de “El Cuzco”, edificado em 1800, esteve preso Federico García Lorca antes de ser fuzilado num barranco próximo da povoação. v i n c i a c o m e n c a n t o 77 A e M a r q u e s a d o Guadix G u a d i x Acci ibérica, posteriormente colónia Iulia Gemella Acci romana, tomou o seu nome do árabe Guad-Haix, “rio da vida”. Durante o século XV foi a corte de El Zagal, quem entregou a cidade aos Reis Católicos em 1489. Uma cidade monumental donde sobressaem edifícios como a Alcáçova e a Catedral, onde se fundem os estilos gótico, renascentista e barroco. Desde o Mirador de la Magdalena pode-se contemplar umas vistas muito bonitas. Catedral, construída sobre o mesmo lugar da mesquita mor, começou a ser edificada no s. XVI; gótica e renascentista no interior, foi rematada na época barroca. A fachada principal faz lembrar o estilo de Borromini, enquanto que a sua torre imponente coroa a cidade. Buen A ire Na parte alta da povoação estão situados os bairros de casas/gru- Ayuntamiento (Câmara Municipal): El Balcón de los Corregidores (A Varanda dos Corregedores), do s. XVII, é um dos lugares mais bonitos da Praça da Constituição, uma praça rodeada de arcos que reflecte o estilo da repovoação dos cristãos chegados após a reconquista. tas, criando uma pai- a Mig an eb as ist Vil San Barrad Sa nt o c n Alar chaminés caiadas. lalt am a terra vermelhona e as fachadas e as Plaza Huerto Al pelo contraste entre Concepci n sagem caracterizada uel P. A lta A Alcazaba: considerada Monumento Nacional é originária da época do califado; a Alcáçova, ou seja, fortaleza e ao mesmo tempo palácio, desde os seus torreões avista-se uma panorâmica da cidade e a veiga. Cruz de Pi 78 U m a p r o v i n c i a Iglesia de Santiago, construída sobre uma antiga mesquita, a sua torre mudéjar faz lembrara a herança do Islão, fundida com a porta renascentista de Diego de Siloé. a edr c o m e n c a n t o 79 E l M a r q u e s a d o El Marquesado G uadix, ville d’histoire, est le point de départ pour connaître des zones comme le Marquesado Ferreira, pequena povoação com ruas estreitas e empinadas muito rica em jazigos de ferro. del Zenete, dans les contreforts du versant nord de Sierra Nevada. Une région de grand intérêt pour son paysage parsemé de petits Jérez del Marquesado: Situado junto à nascente do rio Verde, a paisagem que a rodeia contrasta com a cal das suas paredes e as telhas vermelhonas. villages agricoles blancs qui surgissent entre châtaigniers et petites Alquife, povoação com uma origem mineira, cujo topónimo em árabe Al-Kahf significa “a gruta”. As sua minas ao ar livre dão lugar a uma paisagem muito peculiar. rivières, en formant alors des cartes postales d’une grande beauté. Lanteira aparece entre leitos de água e arvoredos. Além da Igreja de Santa Maria da Anunciação, conserva vestígios de duas fortalezas e uma cisterna árabe. Castillo de La Calahorra: considerado Monumento Histórico/Artístico Nacional, esta fortaleza de estilo plateresco começada a edificar em 1509 alberga no seu interior um palácio renascentista muito bonito, o que constituiu toda uma novidade na sua época. Foi erigido sobre uma colina dominando toda a paisagem, coroando a antiga capital do senhorio de D. Rodrigo de Mendoza, marquês del Zenete. 80 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 81 G u a d i x A e M a r q u e s a d o D ó l m e n e s d e G o r a f e Os dólmenes são umas das primeiras manifestações arquitectónicas que a humanidade conheceu; trata-se de edificações funerárias construídas com pedras de grande tamanho ou megálitos cuja aparição nesta zona surgiu no Neolítico Final, no princípio do III milénio. Integrados perfeitamente com a paisagem circundante, constituem um conjunto com um valor histórico e patrimonial enorme. circunscrição municipal de Gorafe alberga a maior con- centração de dólmenes da Península Ibérica, aproximadamente duzentos enterramentos megalíticos com tipologias diversas. Para dar a conhecer este interes- Megálitos sante património arqueológico foi criado o Parque Temático gral Inte- sobre o Megalitismo, incluindo diversos percursos que levam até os diferentes dólmenes. 82 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 83 A l t i p l a n o B a z a Baza O A cidade milenária de Baza, a primitiva Basti ibérica e romana baptizada com o nome de Batza pelos muçulmanos, conserva um património Colegiada da Catedral de la Encarnación (s. XVI), considerada Monumento Nacional; um templo imponente de origem gótico e traça renascentista edificado sobre a antiga mesquita, com um magnífico tecto lavrado no seu interior. sto he Mayor Banhos Árabes (s. X), uns dos mais antigos conservados da época islâmica. Está situado no Barrio de la Judería (Bairro Judeu). 84 U m Tr Plaza Bo lic a illo ia nc die u A a ag M is Lu res re a olo ter pa Za as D Ar ner Te e C a s t r i l monumental muito rico, legado pelas diferentes culturas que a habitaram ao longo da História. Uma povoação que oferece desde vestígios muito interessantes conservados no Museu Arqueológico até à monumental colegiada da Catedral de la Encarnación, passando por um dos Banhos Árabes mais antigos da Península. Entre Baza e Castril, prolonga-se uma paisagem lunar salpicada de casas/gruta como as de Benamaurel, onde as águas azuis da represa do Negratín contrastam com as tonalidades ocres da terra. Castril, cujas casas brancas trepam pela ladeira do enorme penhasco sobre a que ainda se erguem os vestígios do Castelo islâmico, é a porta do Parque Natural da Sierra de Castril; neste lugar encontra-se a Gruta de Dom Fernando, a mais comprida e profunda da província de Granada. a uan Ad a p r o v Plaza de las Eras i n c i a Alcáçova islâmica (s. XII): situada na zona mais alta da cidade, desde aqui pode avistar-se uma bela panorâmica de Baza. c o m e n c a n t o 85 O A l t i p l a n o C ú l l a r, G a l e r a e O r c e A U m percurso por uma das zonas de maior valor arqueo- lógico da província. Um lago imenso cobria a paisagem actual de aspecto lunar, onde se acumulam vestígios arqueológicos que abrangem desde o Paleolítico até à Deserto de Galera: paisagem com uma origem lacustre sulcada por rios que formam corredores verdes. época ibérica, passando pelo Calcolítico e la cultura Argárica. lém de ser conhecida pelos vestígios como o de Venta Micena, onde foram encontrados vestígios paleontológicos importan- Orce tes , esta povoação oferece também um património monumental interessante. Os povoadores muçulmanos deixaram os seus vestígios em monumentos como a Alcáçova das Sete Torres, em cuja Torre de Menagem está situado o Museu de Pré-história e Paleontologia, onde são expostas peças arqueológicas e vestígios ósseos encontrados nas escavações arqueológicas realizadas no município. Alcazaba de las Siete Torres, originária do século XI, a parte alta do edifício foi construída na época renascentista. A Torre de Menagem, sede actual do Museu arqueológico, foi edificada no século XVI. Recomenda-se visitar o Palácio dos Belmonte, também chamado “Casa Grande”, situado na Praça, centro neurálgico da povoação; a Igreja, do século XVII, e o Passeio dos Canos, um passeio muito agradável salpicado por árvores e fontes onde se encontra a Pousada dos Canos, da qual era proprietária a família dos Segura. Cúllar: de origem romana, entre os seus monumentos sobressaem a Igreja renascentista (s. XVI), a Câmara Municipal e o Palácio dos Marqueses de Candino, do século XVII. Palácio de los Segura: foi construído durante os séculos XVI e XVII. Galera alberga na sua circunscrição municipal vestígios arqueológicos de diferentes épocas, como o Castellón Alto, pertencente à cultura argárica, e a Necrópole Ibérica de Tútugi, entre cujos vestígios sobressai a Deusa de Galera, de origem fenícia. 86 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 87 A l t i p l a n o C H u é s c a r a L a S a g r a Após atravessar uma paisagem salpicada de serras chega-se até Puebla de Don Fadrique, em cujo património é bem patente os vestígios dos povos que vieram do norte da Península para repovoar esta zona após a conquista cristã. E das igrejas e das casas/palácio passamos para a imponente Serra da Sagra, com os seus 2.382 m. de altitude, uma paisagem alpina em cujo sopé crescem, caminho da Represa de San Clemente, imensas sequóias importadas da América. asas senhoriais com brasões com escudos de armas, igrejas e cantinhos carregados de História constituem esta povoação monumental, denominada Osca na Convento de Santo Domingo: Originário do s. XVI foi transformado no Teatro Oscense no s. XIX; la igreja conserva um emoldurado mudéjar nos tectos muito valioso. época romana. Entre o seu rico património sobressai a imponente Colegiata de Nuestra ril Car Señora de la Encarnación ou Santa María Morer a la Mayor, considerada Monumento Nacional. Ceballos Casa de los Penalva, Exemplo de arquitectura civil oscense. O passado nobiliário da povoação fica reflectido no elevado número de casas/palácio. Santa Ana Nueva nas Campa Colegiada de Nuestra Señora de la Encarnación ou Santa María la Mayor: Autêntico emblema da povoação foi construída a princípios do s. XVI sob a direcção de Diego de Siloé no estilo gótico - renascentista. Alh ndiga Huéscar O Iglesia de Santiago, Erigida a princípios do s. XV sobre os vestígios da mesquita mor no estilo gótico, está situada junto de ruas que fazem lembrar o passado muçulmano da povoação como Morería (mouraria) ou Alhóndiga (celeiro). Tiendas Comercio Paseo del Santo Cristo Parque Rodríguez Penalva, Autêntico pulmão da povoação, com arvoredos e cantinhos deliciosos e perfeitos para desfrutar de passeios muito aprazíveis. 88 U m a p r o v i n c i a c o m e n c a n t o 89 A r t e s a n a t o O artesanato, uma actividade em declínio faz já alguns anos, passou a ser considerada como um trabalho artístico. Utensílios que antes eram elaborados para a vida quotidiana são valorados hoje em dia como objectos de arte aos quais cada autor conferiu umas A herança mourisca torna-se patente no artesanato gra- nadino, especialmente na cerâmi- características únicas, Vime e esparto: em toda a província Marcenaria artística: Granada, Capileira e Baza Marchetaria: Granada Tecelagem em teares: Granada, la Alpujarra, Alhendín, Beas de Granada, La Zubia Cerâmica: Granada, Otura, Jun, Monachil, la Alpujarra, Alhama, Loja, Huéscar, Guadix, Purullena, Motril, Almuñécar Bordados em tule: Poente Granadino Metal: Granada, Armilla, Cájar Instrumentos musicais de corda: Granada, Baza e Huéscar Ourivesaria: Granada, la Alpujarra Cabedal: Granada, la Alpujarra, Salobreña, Almuñécar fruto da sua dedicação pessoal para cada um deles. ca e na marchetaria. Outras actividades que têm a sua origem em épocas mas antigas, como a cestaria e o esparto ou a cerâmica de Guadix. 90 G r a n a d a e a s u a p r o v í n c i a 91 G a s t r o n o m i a Gastronomia em Granada e a “Potajes y Pucheros” (Legumes guisados e Sopas): sua província A extraordinária gastro- Os Invernos frios do interior granadino são acompanhados por refeições consistentes confeccionadas à base de legumes, carne e plantas aromáticas. É difícil escolher entre pratos como a “Olla de San Antón” (Panela de Santo Antão), bacalhau guisado com grão, a sopa de caldo com erva-doce, cabrito guisado com alho, borrego à moda de Segura, “gachas” (papas), migas, coelho de escabeche… nomia granadina é o fruto da mestiçagem de culturas, herança dos inumeráveis povos que passaram pela pro- La Alpujarra: víncia: fenícios, romanos, Comer na Alpujarra é um prazer para os apaixonados da cozinha tradicional. Pratos baseados nos produtos da terra como o “Puchero de Hinojo” (sopa de erva-doce), “Truchas con jamón” (trutas com presunto), “Potaje de muçulmanos, judeus e cristãos. G r a n Com uma evidente raiz mourisca, com contribu- tos judeus e cristãos, na A Veiga: repostaria granadina Rodeando a cidade de Granada prolonga-se a fértil Veiga que proporciona a matéria-prima para uns pratos singelos e ao mesmo tempo saborosos, como as favas com presunto, “pipirranas” ou as “papas a lo pobre” (batatas guisadas). Um prato excelente da capital granadina é a “tortilla Sacromonte” (omeleta), sem nos esquecer das sopas frias como o gaspacho andaluz ou o “ajo blanco” (sopa fria de alho branco). Castañas” (guisado de castanhas), “gachas” (papas), “Estofado de conejo” (coelho guisado), “gachas de ajo” (papas de alho), “quemao” (queimado), perdiz de escabeche e saborosos produtos derivados do porco, sobressaindo o extraordinário presunto com Denominação de Qualidade de Trevélez. Tudo isto acompanhado com os “Vinhos da Terra” da comarca “Contraviesa Alpujarra”. 92 La repostería (Os doces):: a d a sobressaem as coalhadas mouriscas, rosquilhas de Loja, soprados de amêndoa e o pão de figo da Alpujarra, leite frito, Costa Tropical: bolinhos de creme de Santa Fé, toucinhos do céu O Mediterrâneo fornece às povoações costeiras peixes deliciosos pescados, que são cozinhados sem acompanhamento ou combinados com arroz e produtos da horta, elaborando guisados, sopas e saladas. Escabeches à base de peixe azul, lulas recheadas ou guisadas, peixe salgado, salada de tamboril, molhos de peixe e as populares espetadas de sardinhas, assadas na brasa na praia. Para finalizar, frutos tropicais como chirimoyas, caquis, papaias e mangas, e um copo de rum da cana de açúcar de Motril. e a s u a p r o v de Guadix, torta real de Motril e produtos dos conventos de Granada como marmeladas, doces com batata-doce, bolos manteiguentos e frutas cristalizadas. í n c i a 93 P l a n o P r o v i n c i a l N E O S DISTÂNCIAS DESDE GRANADA ATÉ Km. Aeropuerto Alhama de Granada Almuñécar Baza Calahorra, La Castril Fuente Vaqueros Gorafe Guadix Huéscar Illora Lanjarón Loja Moclín Montefrío Motril Orce Órgiva Salobreña Santa Fe Trevélez 11 50 75 101 75 143 15 77 55 149 29 37 47 29 55 60 141 46 58 11 81 Km. Club Golf Moriscos Motril Club Golf Granada Coto intensivo Pesca Embalse Bermejales Embalse de Negratín Estación Esquí S. Nevada Guájares Cueva de las Ventanas P. Nat. Sª Húetor P. Nat. Sª Tejeda P. Nat. Sª Nevada P. Nat. Sª Castril P. Nat. Sª Baza P. Nacional Sª Nevada Peña de los Gitanos Poqueira Puerto de la Ragua Sierra de la Sagra Valle de Lecrín Venta Micena 58 7 52 32 109 26 49 41 10 41 10 143 74 12 39 62 86 163 24 153
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