A LINGUAGEM AUDIOVISUAL ENQUANTO RECURSO PEDAGÓGICO: SOCIALIZANDO

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A LINGUAGEM AUDIOVISUAL ENQUANTO RECURSO PEDAGÓGICO: SOCIALIZANDO
A LINGUAGEM AUDIOVISUAL ENQUANTO RECURSO PEDAGÓGICO: SOCIALIZANDO UMA EXPERIÊNCIA
Arinalda Silva Locatelli
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Fabíola Andrade Pereira
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RESUMO: O presente artigo busca socializar um trabalho interdisciplinar desenvolvido pelas autoras nas
disciplinas de Fundamentos e metodologia do trabalho em Educação Infantil e Alfabetização e letramento no
curso de Pedagogia do Campus de Tocantinópolis. O mesmo tem como propósito trazer à tona elementos que
acreditamos serem essenciais na formação do profissional que atua na Educação Infantil e no primeiro ano do
Ensino Fundamental. Na tentativa de buscar verificar qual a contribuição do recurso audiovisual na sala de aula,
lançamos nosso olhar em dois aspectos fundamentais, a ludicidade e o processo de alfabetização, visando
entender a complexidade do objeto em questão. Para isso contamos com o suporte valioso do projeto de
extensão Cineclubinho UFToca, sob nossa coordenação, que objetiva promover o audiovisual como um agente
de desenvolvimento cultural e social para as crianças tocantinopolinas. Contudo, entendemos que para iniciar
nossa busca deveríamos compreender de perto como se via a linguagem audiovisual enquanto um recurso
pedagógico que pode enriquecer o processo de alfabetização de uma forma lúdica, num espaço altamente
importante, ou seja, a escola, pois partimos do pressuposto que para de fato ocorrer uma educação lúdica, é
necessário recuperar o verdadeiro sentido da palavra escola: o que para nós deve significar lugar de satisfação,
alegria e prazer intelectual, além de se fazer necessário repensar a própria consciência do profissional da
educação em relação a esta temática. Em se tratando do uso do audiovisual em sala de aula, percebemos que
na maioria das vezes é visto como uma estratégia de ocupar o tempo ocioso ou deixar as crianças entretidas,
desperdiçando a oportunidade de utilizá-lo como uma ferramenta didático- pedagógica voltada para a formação
cognitiva e sócio afetiva.
ABSTRACT: This article seeks to socialize interdisciplinary work developed by the authors in the disciplines of
Foundations and methodology of work in Early Childhood Education and Literacy and literacy in the Faculty of
Education Campus Tocantinópolis. The same aims to bring out elements that we believe are essential in the
formation of professionals working in Early Childhood Education and the first years of elementary school. In
attempting to determine what contribution the visual aid in the classroom, we launched our look at two key
aspects, the playfulness and the literacy process, in order to understand the complexity of the object in
question. For this we rely on the valuable support of the extension project Cineclubinho UFToca under our
coordination, which aims to promote the audiovisual as an agent of cultural and social development for children
tocantinopolinas. However, we believe that we ought to start our quest to understand how closely you could
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Professora Assistente da Universidade Federal do Tocantins (UFT) [email protected]
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Professora Assistente da Universidade Federal do Tocantins (UFT) [email protected]
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see the audiovisual language as a teaching resource that can enrich the process of literacy in a playful way, a
highly important area, namely the school, because we assume that to actually experience a fun education, it is
necessary to recover the real meaning of school: what should mean for us instead of satisfaction, joy and
intellectual pleasure, and do need to rethink their awareness of professional education in relation to this theme.
In the case of the use of audiovisual classroom, we realize that most often is seen as a strategy to occupy idle
time or let the kids entertained, wasting the opportunity to use it as a didactic and pedagogic tool focused on
social cognitive and affective education. Our aim therefore is to make them think more and more in his role,
encouraging them to seek unity with theoretical knowledge in practice.
Introdução
A tentativa de tecer este texto nos conduz inicialmente a uma reflexão sobre a necessidade de colocar
em pauta um tema recorrente: a alfabetização, uma vez que nos dias atuais o fracasso da escola brasileira neste
campo - embora seja um fenômeno reconhecido e denunciado já há várias décadas - tem se transformado em
preocupação prioritária na área educacional do País.
Esse reconhecimento tem se manifestado não só em iniciativas tomadas no âmbito do sistema
educacional e operacional de ensino (encontros e seminários sobre alfabetização, capacitação de professores
alfabetizadores, desenvolvimento de projetos e programas nos níveis diversos de ensino), mas, sobretudo numa
multiplicação, na área acadêmica e científica, de estudos e pesquisas sobre o tema, o que faz com que este
tenha maior notoriedade.
De acordo com Freire (1996, p.17), a ‘alfabetização significa adquirir língua escrita através de um
processo de construção do conhecimento, dentro de um contexto discursivo de intervenção e interação, com
uma visão crítica da realidade’. O posicionamento do autor já sinaliza para a perspectiva contemporânea de
alfabetização, onde para uma pessoa ser considerada alfabetizada, não basta somente decodificar as letras,
tornou-se necessário a compreensão e uso adequado dos códigos linguísticos. Códigos estes que nas sociedades
atuais foram ampliados, a partir da expansão e relevância adquirida pela linguagem audiovisual no cotidiano das
pessoas. Assim, nesta perspectiva a leitura e a escrita devem ser concebidas dentro de práticas sociais
diversificadas.
Segundo Soares (1998, p. 45)
‘*...+ à medida que o analfabetismo vai sendo superado, um número cada vez
maior de pessoas aprende a ler e a escrever, e à medida que,
concomitantemente, a sociedade vai se tornando cada vez mais centrada na
escrita [...], um novo fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a
escrever.’
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A criança convive diariamente com a linguagem midiática, sobretudo através da televisão, internet,
etc. Hoje uma criança já chega à escola portadora de um novo tipo de alfabetização, a audiovisual, que carrega
em si a perspectiva de uma aprendizagem lúdica, onde a aquisição do conhecimento se dá de uma forma
prazerosa, mas significativa, por isso duradoura. Sob este ponto de vista a escola não pode ignorar e se eximir
de refletir sobre o significado desta mudança no processo de alfabetização das crianças. Torna-se necessário
repensar algumas questões para assim estabelecer uma análise sobre determinados elementos considerados
importantes no corpo deste debate. Nesse sentido, alguns questionamentos tornam-se essenciais: que tipo de
relação há entre o que chamamos de forma tradicional de ensino (baseada em livros) e a nova forma de ensino
(com base nos recursos audiovisuais)? A escola entende a ludicidade como um fator importante na vida da
criança? Em que medida a intervenção da ludicidade contribui para o processo de aquisição de conhecimentos
tornando o processo de alfabetização uma prática diferenciada?
Estes e outros questionamentos tem subsidiado as discussões realizadas nas disciplinas de
Alfabetização e letramento e Fundamentos e Metodologia do Trabalho em Educação infantil, tendo como
suporte metodológico o projeto de extensão Cineclubinho UFToca, que objetiva promover o audiovisual como
um agente de desenvolvimento cultural e social para as crianças tocantinopolinas.
Destarte, inicialmente apresentaremos o projeto em questão, em seguida abordaremos a cerca da
interface entre ludicidade e alfabetização e por fim, teceremos algumas considerações a cerca de algumas
observações realizadas com base no uso do recurso audiovisual.
E por falar no Projeto
O Projeto de Extensão denominado Cineclubinho UFToca, teve início em outubro de 2009, fruto da
parceria entre a Universidade Federal do Tocantins (UFT) - Campus de Tocantinópolis, a Secretaria Municipal de
Educação e o Cineclube do Campus. A intenção era criar um espaço propício ao público infantil, haja vista que,
em Tocantinópolis não existe cinema, o que impede o acesso de grande parte das crianças a formação da cultura
midiática, em outro molde que não seja só o televisivo.
Destarte, este tem como objetivo promover o audiovisual como um agente de desenvolvimento cultural
e social, atuando como ferramenta no processo de educação, tornando-se um elemento de colaboração na inserção
e integração social das crianças tocantinopolinas, o que de certa forma, nos faz acreditar que trata-se de um
espaço rico em possibilidades, pois conduz a promoção do estímulo da fantasia, do imaginário infantil
fomentando a ludicidade com vistas a contribuir para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança.
Assim, compartilhamos com a perspectiva de Napolitano (2003, p. 11) quando diz,
‘Trabalhar com cinema em sala de aula é ajudar a escola a reencontrar a cultura,
ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o cinema é o campo no qual a
estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados
numa mesma obra de arte’.
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Além disto, consideramos que o mesmo propicia ainda a realização de estudos, pesquisas e atividades
ligadas as disciplinas do Curso de Pedagogia, que visem ampliar as possibilidades de utilização do recurso da
linguagem audiovisual na atuação do(a) educador(a).
Para tanto, temos realizado uma vez por semana, a cada quinze dias, sessões fílmicas com crianças das
escolas locais, de acordo com um agendamento prévio. Após cada exibição pede-se aos professores (as) que
desenvolvam atividades complementares que priorizem o caráter lúdico. Neste sentido, o projeto prioriza o
desenho livre, a pintura, a conversa sobre aspectos do filme, a relação com histórias infantis e outras.
Durante o primeiro semestre de funcionamento (2009), foram atendidas 09 escolas e 13 turmas. Em
2010 foram atendidas 11 escolas e 25 turmas de Educação Infantil. Além, da realização de sessões durante a IV
Semana Acadêmica do de Pedagogia do Campus da UFT de Tocantinópolis e uma sessão em comemoração ao
dia Internacional da Animação – Mostra de Curtas infantis do Projeto Petrobrás. Ao todo o projeto já atendeu
aproximadamente 300 crianças das escolas locais.
Concomitante as essas sessões, tem-se levado os acadêmicos do curso de Pedagogia no intuito de
desenvolverem observações subsidiados por discussões teóricas já realizadas em sala de aula. Perceber como a
criança se relaciona com a linguagem audiovisual? Que leitura fez da história assistida e como relaciona essa
história a conhecimentos já adquiridos? Qual a postura dos professores (as) durante a sessão fílmica? A
ludicidade esteve presente durante o desenvolvimento das atividades? Que importância tem o aspecto lúdico
no desenvolvimento infantil? São essas algumas das questões que nortearam os debates nas disciplinas
Alfabetização e letramento e Fundamentos e Metodologia do Trabalho em Educação Infantil, possibilitando um
novo olhar a respeito de questões como a ludicidade, o conceito de alfabetização e a linguagem audiovisual.
Atualmente, seu caráter interdisciplinar tem se consolidado, pois além das ações de caráter
extensionistas (e isto inclui o intercâmbio entre projetos do Campus, como é o caso da parceria com o Programa
de Iniciação à Docência – PIBID e a UMA- Universidade da Maturidade), e da realização de atividades
integrantes da área de ensino, a questão do audiovisual e seu uso em sala de aula tem sido temática de
pesquisa do Núcleo de Estudos sobre Infância e Linguagem (NEIL), cujo desdobramento implica na feitura de
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC’s) por parte dos alunos (as) que participam do grupo, a exemplo, está em
processo de conclusão a monografia da acadêmica Raiolene Matos com o tema: ‘Cineclubinho UFToca: a relação
existente entre os objetivos do projeto e as reais intenções do público atendido’.
Segundo a acadêmica o interesse por realizar este estudo se deu em função de ter percebido ser este
a primeira experiência do gênero na UFT, além de apresentar uma procura constante por parte de suas colegas
bolsistas do Projeto PIBID e ainda, pelos acadêmicos estagiários, que buscavam o projeto como subsídio
metodológico na disciplina de estágio supervisionado. Estas observações levaram-na a entender o que induz
essa procura e qual a intenção do público atendido em relação aos objetivos do projeto.
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Vale ressaltar, conforme já mencionado, o Cineclubinho UFToca foi o primeiro projeto de filme para
criança no âmbito da Universidade Federal do Tocantins, e a partir de então outras experiências foram surgindo,
como é o caso do Campus de Porto Nacional.
A Ludicidade e o Processo de Alfabetização
A gênese da educação lúdica advém das primeiras comunidades primitivas onde os jogos assinalavam a
própria cultura, sendo esta entendida como a educação e a educação por sua vez tida como fonte de
sobrevivência. Desde a Grécia Antiga, passando por Platão, Comênio, Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori,
Piaget e outros teóricos, a
‘educação lúdica esteve presente em todas as épocas, povos, contextos de
inúmeros pesquisadores, formando, hoje, uma vasta rede de conhecimento não
só no campo da educação, da psicologia, fisiologia, como nas demais áreas do
conhecimento’. (Almeida, 2003, p. 33)
Quando se pensa numa perspectiva de educação lúdica ou escola lúdica, Almeida (2003) explicita que
ela não se diferencia das outras instituições de ensino, no sentido de formar cidadãos críticos, criativos,
conscientes e que dominem os conhecimentos historicamente acumulados. Sua principal característica reside
no prazer que a criança deve sentir em frequentar a escola e aprender coisas novas relativas ao seu mundo, à
linguagem escrita e oral, em aguçar a curiosidade e a formulação de conceitos referentes a diversos campos do
conhecimento.
Assim, o aspecto lúdico de alfabetização consiste em alfabetizar crianças de forma prazerosa,
participativa, por meio de textos, frases e palavras significativas, relacionadas ao seu mundo e a diversidade de
linguagem existente. Segundo Freire (1996, p.160),
‘a alegria não chega apenas ao encontro do achado, mas faz parte do processo
da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza
e da alegria’.
Para que aconteça uma educação lúdica, é necessário recuperar o verdadeiro sentido da palavra
escola: lugar de alegria, prazer intelectual, satisfação. É preciso também repensar a formação do educador, para
que cada vez mais reflita sobre a sua função (consciência histórica) e adquira competências, não só na busca do
conhecimento teórico, mas numa unidade deste com a prática alimentada pela experiência cotidiana.
O processo de alfabetização vem passando por várias transformações ao longo dos anos. Nesse
processo de interação e trocas de experiências, as crianças se conhecem, pensam, divergem, discutem e trocam
conhecimentos e informações, isto é, ‘a leitura e a escrita se tornam necessárias em função do desejo de ter
acesso a outras modalidades de linguagem para participar do mundo’. (Vygotsky, 1998, p.10). Nesse sentido,
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podemos afirmar que o uso do cinema dentro do contexto escolar se traduz como uma poderosa fonte de
conhecimento, cujos reflexos se dão na reconstrução da realidade, uma vez que a linguagem cinematográfica
propicia a interrelação entre os filmes e o imaginário social.
Desta feita, ratifica-se a idéia de que a linguagem audiovisual se constitui numa modalidade que vem
ganhando força atualmente no cotidiano infantil, onde a criança passa a ter contato com novos signos, códigos
e valores, que levam para todos os espaços onde convivem, dentre eles, a escola. Local onde passam boa parte
de seu dia, principalmente em se tratando de Educação Infantil.
Segundo Ferreiro e Teberosky (1999, p. 193)
‗o processo de alfabetização passa por níveis de construção de conhecimentos e
estes devem ser respeitados e considerados pelo educador durante o processo de
alfabetização‘, pois, para que a criança chegue a ser alfabetizada ela necessita
passar gradativamente e compreender cada nível‘.
Ou seja, Ferreiro e Teberosky (1999) nos oferece instrumentos que nos possibilita ver a criança no seu
processo de aquisição da escrita, nos permitindo então verificar o que ela sabe e o que ela não sabe, até porque
entendemos ser este o caminho a ser trilhado, é no que ela ainda não sabe, no que ela pode e tem condições de
fazer com ajuda, com interferência do adulto, que o professor deve atuar. Assim, a descrição evolutiva ultrapassa
o nível do diagnóstico e da avaliação inicial e contribui efetivamente para informar o desenho de situações de
ensino/aprendizagem.
Nesse sentido, só será possível alcançar essas aspirações, se as instituições educativas conseguirem
construir uma nova constituição escolar, regulada pela compreensão, pelo respeito à diferença e a diversidade
baseada na participação ativa dos educandos (as) na vida escolar e social.
Algumas considerações
No (re) encontro com as literaturas que discutem acerca da linguagem audiovisual enquanto recurso
lúdico na alfabetização, e na experiência vivenciada por nós enquanto educadoras, vimos que existem uma
diversidade de idéias que explicam o surgimento, conceitos e concepções, idéias estas que tem tentado
explicar, ao menos em parte, a heterogeneidade que as caracterizam. Assim, tendo em vista que este trabalho
parte da iniciativa de introduzir dentro do Campus uma linha de investigação que propicie pesquisas futuras,
vemos que a princípio seria perigoso pontuar conclusões, visto que o processo de amadurecimento implicará
nas múltiplas tentativas de aperfeiçoamento no qual este passará. Mas, por outro lado, sentimos a necessidade
de frisar que em se tratando de um trabalho que está em processo de construção, um dos componentes
essenciais na constituição deste tem sido suas possíveis contribuições.
Assim, às atividades realizadas até o momento têm por um lado, ratificado a importância de projetos
como esse, tanto para a comunidade interna do Campus como para a comunidade local. Por outro lado, vem se
observando a fragilidade de nosso sistema de ensino em ter profissionais que tenham a consciência do papel da
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ludicidade no processo de aprendizagem das crianças e o uso adequado da linguagem audiovisual no processo
de alfabetização, tendo em vista que a discussão sobre cinema enquanto recurso pedagógico torna-se uma
necessidade, haja vista que nos induz a (re)pensar sobre nós mesmos, sobre diversas culturas, outros olhares,
outros modos de pensar, sentir e ser. Tendo como base primordialmente o que é questionado, o que discorda
ou coloca em evidência, nos proporcionando buscar ativamente novas e relevantes relações entre cinema,
infância e educação.
Temos percebido que o uso do cinema em sala de aula é uma questão ainda complexa nas escolas
atuais, na maioria das vezes ele é visto como uma estratégia de ocupar o tempo ocioso ou deixar as crianças
entretidas, o que a nosso é uma interpretação equivocada (observada na prática docente). Acreditamos que a
telona e a sala escura deveriam funcionar como uma preciosa ferramenta didático pedagógica para a discussão
de temáticas fundamentais para a formação cognitiva e sócio afetiva.
O cinema aproxima as crianças das diversas linguagens tanto específicas como artísticas, além de
auxiliar os(as) professores(as) nas suas aulas, enriquecendo a forma metodológica de abordagem dos assuntos.
O filme pode ser usado para discutir diversas áreas da educação como: arte e movimento, música, linguagem
oral e escrita, estudos da sociedade e da natureza, diversidade e muito mais, como por exemplo, a obra
cinematográfica A princesa e o sapo, onde pela primeira vez a representação de uma princesa discute questões
étnicas.
Nesta perspectiva, podemos afirmar que a realização deste projeto tem nos permitido pensar que
compete ao professor (a) ter clareza do como, para que e por que utilizar determinada obra cinematográfica.
Está sob sua responsabilidade levar a criança a realizar cada vez mais leituras críticas sobre as temáticas
abordadas, possibilitando, o questionamento de determinados estereótipos, ou mesmo papéis sociais. Tais
práticas a nosso ver implicam o desenvolvimento das mais diversas habilidades e atitudes essenciais na
formação do indivíduo.
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Referências Bibliográficas
Almeida, P. N. (2003). Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 11 ed. São Paulo: Edições Loyola.
Ferreiro, E. & Teberosky, A. (1999). Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Napolitano, M. (2003). Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto.
Santos, S. M. P. dos. (2000). Brinquedoteca A criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis: Vozes.
Soares, M. B. (1998). Letramento: um tema em três gêneros. BH-MG: Autêntica.
Vygotsky, L. S. (1998). Pensamento e Linguagem. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes.
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