toca a estudar!! - NEEMAAC
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toca a estudar!! - NEEMAAC
PARA LERES NA PAUSA DOS TEUS ESTUDOS ... DEZ 2013 TOCA A ESTUDAR!! MUNDO AUTOMÓVEL CIRCUITO INTER. DE VILA REAL CALENDÁRIO DOS EXAMES FESTA DAS LATAS SABIAS QUE TEMOS UM RECORDISTA DE QUEDA LIVRE NO DEM? T.I.M.E.S. E MUITO MAIS NO TEU PISTON! ÍNDICE 3Editorial 4 A Excitação Que Vem Tão Depressa Quanto Vai 5 Quando A Política É Boa, Mas Parece Não Chegar 6 O Futuro Da Engenharia Mecânica Queres colaborar connosco? 10 ESTIEM T.I.M.E.S. Encontraste algum erro ou informação errada? 11 Ciclo de Conferências Queres agradecer ou elogiar o nosso trabalho? 12 Palestra da Comunicação Escreve-nos para 12 Magusto do DEM [email protected] 13 Torneio DEM 12h de Futsal 13 Gala 15 Anos NEEMAAC 14 Festa das Latas 14 Jornadas Pedagógicas 15 Uma Aventura Em... Floripa 16 À Conversa Com... Francisco Sinde Filipe 19 911, a Lenda... 21 Circuito Internacional de Vila Real 26 WRC Fafe Rally Sprint 2014 27 Test Drive Seat Leon SC 1.4 TSI 29 Mão de Ouro em Bola de (B)Lata 31 Ao Ritmo de Ronaldo 32 Mundial 2014: O que Espera Portugal? 34 Se em Novembro Ouvires o Trovão, o Ano Será Bom 35 Planeta Académica 36 Almanaque Cultural 38 Visita ao Passado RÚBRICAS 39 Football Manager 2014 43Passatempos 44 Calendário de Exames 4 UNIVERSO UC 2 6 ENGENHARIA DE TOPO 15 ERASMUS WORLD 16 À CONVERSA COM... 19 VICÍOS URBANOS 21 MUNDO AUTOMÓVEL 29 CÍRCULO CENTRAL 36 ALMANAQUE CULTURAL 38 WHAT’S HOT? Dezembro 2013 EDITORIAL O final do primeiro semestre aproxima-se a passos largos e com ele a chegada de tempos de (muito) estudo, frequências e exames. É também um tempo de descanso, de recuperar forças junto da família, e de permitir que o fraternal espírito natalício compense umas agitadas últimas semanas de aulas. Neste primeiro semestre, o NEEMAAC desenvolveu mais de quinze actividades, de todos os pelouros integrantes da nossa equipa. Interrogo-me muitas vezes sobre quais os motivos para a fraca participação em algumas das nossas actividades: se, por um lado, é certo que o corrupio eleitoral que se vivenciou ofuscou um pouco o trabalho do Núcleo, por outro as actividades desenvolvidas são suficientemente abrangentes e interessantes para apelar à tua participação. A tua presença nas nossas actividades é a melhor recompensa que podemos ter, e um auditório/sala cheio de pessoas interessadas só nos dá ainda mais força para continuar a trabahar para ti! Ser estudante de Coimbra não passa só por manifestarmos o nosso amor à Académica nos meses de Outubro e Novembro. Ser estudante de Coimbra é ser activo e participativo no teu próprio Departamento e nas actividades que o teu Núcleo organiza para ti! Mas como o primeiro semestre ainda não acabou, e porque a época natalícia é propícia a que demos mais de nós a quem menos tem, desafio-te a participar na Recolha Solidária de Roupa, Comida e Brinquedos, a serem doados à Casa de Infância Dr. Elísio de Moura. E no dia 20 de Dezembro, a primeira gala do NEEMAAC, com o intuito de celebrar os nossos 15 anos, promete ser uma divertida noite de convívio entre alunos e professores do nosso Departamento. Com a motivação de querer fazer sempre mais e melhor pelos estudantes e para os estudantes do nosso querido DEM, temos vindo a preparar as actvidades do 2º semestre, entre as quais destaco a Academia do Emprego. Terás a oportunidade de conhecer o mundo empresarial e contactar directamente com empresas da nossa área de estudos, valorizando-te pessoal e profissionalmente. Espero contar com a tua presença! Até lá, desejo uma excelente época de exames, e um Feliz Natal! JOÃO MARQUES PRESIDENTE DO NEEMAAC FICHA TÉCNICA Propriedade NEEMAAC - Comunicação e Imagem Director António Almeida Editor António Almeida Miguel Clemente Fotografia Hugo Matos José Miguel Nunes Produção Gráfica António Almeida Miguel Clemente Colaboradores Designados em cada texto Impressão AAC Distribuição NEEMAAC Tiragem XX exemplares Piston NEEMAAC A Excitação Que Vem Tão Depressa Quanto Vai Fogos certamente há muitos, ventos também e os factores parecem convergir em magistral festa pirotécnica de quando em vez. Desminta-se, no entanto, a aparente ocasionalidade do fenómeno. Até os mais distraídos notarão um clima de invulgar euforia em meados do mês de Novembro que nada tem que ver com a proximidade do Natal. A euforia guarda-se para aqueles que acendem com leves ignições, já que os outros, a quem se exige dar vida às grandes causas, ardem cautelosamente e em tensão. E os ventos? Esses são caricatos e fazem o Isaac Newton dar voltas no túmulo. Embora mantenham o vector com a mesma direcção, chegam sempre a todo o lado. Distinção seja feita sobre a matéria pela qual se consomem. A regra geral é pela moral, mas não garantidamente pela moral pessoal, visto que a apropriação da moral dos outros é também um modo de estar na vida e tem as suas inegáveis vantagens sociais. Bem, assim sendo é a moral mais ou menos própria que se convence que está em terrenos ora de mato-grosso ora de roseirais. Para o efeito é tudo o mesmo. Digo regra geral da moral, porque regras particulares as há em que os escrúpulos são enviados para parte incerta sem intenção de retorno. Mas postas estas considerações sobre a excitação eleitoral do mês de Novembro, pergunto: quantos, após o acto de lealdade, dignidade e consciência que é dar a cara por um projecto, continuam a prática do seu amor mais que proclamado à Academia? É que nos poucos meses em que acompanhei o trabalho da Direcção-Geral com os Núcleos, deparei-me com um problema gravíssimo de mobilização, de falta de sensibilização para 4 Dezembro as lutas a decorrer. Para além disso, os pelouros da DG que mais estão em contacto connosco são realizáveis e assegurados apenas pela figura do efectivo. Na prática, que vem afinal a ser um colaborador? Mais um cromo da caderneta? A culpa é dividida pelas partes. Mas tirese-lhe a devida causa tão somente pela crueldade dos factos. A ideia que dá é de uma máquina humana meticulosamente montada que protege os fortes e dignifica os fracos, que atende aos interesses de quem os tem em troca de múltiplos do valor unitário que é a figura humana neste mês de Novembro. Volvendo este mês, a máquina desmonta-se, o valor de cada um passa a ser o seu ego. Uns cumprirão bem os seus desígnios pessoais respeitantes à actividade da AAC, outros esquecerão que os têm e outros ainda apagarão o fogo, cessarão a excitação e guardarão todo o seu amor até daqui a um ano. Por isso desafio a quem de autocolantes se enche, que de imagens de Facebook partilha, que em reuniões participa, que passa a palavra de voto em voto, ou ainda, que passa o voto de palavra em palavra (engane-se quem pensar que é a mesma coisa), que pratique ainda mais a sua dedicação durante todo o ano, que se interesse pelas actividades da AAC, que participe nas acções políticas, que se envolva terrenamente. Deixem a vossa melhor fatiota de peões manobráveis no armário e tragam à AAC a força que mostram neste mês ao longo de todo o ano. Caso contrário, poderão voltar ao armário e vestir o dito fato. Resultará sempre daí a mesma conclusão. Catarina Barradas 2013 Quando A Política É Boa, Mas Parece Não Chegar Tomara que o frenesim da política educativa tivesse equiparação e o impacto da política eleitoral. Perguntarão vocês, “mas que política educativa?” É certo que conhecimento fazem dela tantos quantos nela participaram e uns poucos mais se acrescentam, que a comunicação e a divulgação parecem ser, em plena era das redes sociais, um terreno pantanoso ao qual nem perto se quer chegar. Culpados não serão os homens da comunicação, se estratégia e objectivos não lhe foram transmitidos. Desconfiança é, verdade será se aos factos me remeter. No último mês, como fiz notar, decorreu uma intensa, mas discreta actividade política sob a responsabilidade da AAC e alguns movimentos estudantis e em parte concertados com outras associações estudantis do país. A propósito da crise no ensino superior, retifico. Não significa, no entanto, que essa actividade tenha espontaneamente nascido no contexto socioeconómico imediato. Foi devidamente sustentada durante o verão com formações oferecidas aos núcleos. Note-se que os núcleos foram chamados a intervir na política educativa, mas sem descurar a sua preparação sobre as temáticas em causa. A força numérica das grandes massas é una se o valor for para todos o mesmo. Parabenizo esta iniciativa. Começo, então, pelas quintas-feiras negras. Uma acção simbólica comum a vários pontos do país que em Coimbra ficou marcada pela entrega de um congelador ao Reitor. Não que o Reitor tenha necessidade de apetrechar a sua cozinha, mas porque parece que ainda não encontrou o devido lugar para arrumar a propina. Seguiu-se o cortejo fúnebre na abertura do cortejo da Latada. Inversão do sentido temporal, parece-me, que mortos estariam todos no fim do cortejo. Bem, a morte celebrada foi a morte do ensino superior. Teve direito a um caixão e tudo. Ainda durante a Latada, recorreu-se à sátira política pe- las barracas dos núcleos e politizou-se o recinto. O NEEMAAC decidiu focar as deficiências nos serviços académicos, um problema interno da UC, popularizando-o com a sensualidade de uma mulher com as pernas em ângulo de 120º graus que dispensam qualquer tipo de espera. Findadas estas acções, deliberou-se em Assembleia Magna levar a política ao encontro dos problemas e de quem os vive. Foram as acções que melhor recepção tiveram, talvez porque o cliché dos nossos representantes de “aproximar a AAC dos estudantes” tenha finalmente acontecido. Fomos em três dias consecutivos visitar serviços académicos, cantinas e residências, com o propósito de recolher opiniões, críticas e problemas afectos a essas realidades. Descentralizouse a acção e rumou-se aos vários pólos da UC. Curioso foi perguntarem-nos se “aquilo era para as listas”. Bem se vê a imagem concebida pelo estudante comum na época mais activa de Coimbra em que todos fazem, em que tudo acontece. O objectivo seria os estudantes escreverem em ardósias as suas críticas e serem fotografados. Pois digo, melhor seria para o ambiente se se tivesse poupado em giz e em esforço que é tirar as fotografias, visto que em todas as acções, a imagem passada pelos meios de comunicação da AAC foi a de Ricardo Morgado. Que sentido faz, quando o centro das acções eram os estudantes e as suas críticas? Material não faltava. E aqui volto ao ponto inicial da crónica. A falta de comunicação e divulgação. É desconcertante discutir durante horas em reuniões onde nos prometem uma divulgação eficaz e implacável quando o mais que é apresentado é a imagem saturadíssima do Ricardo Morgado com o seu discurso já decorado e sabido, pois que lindo é fazer política para lindo parecer. Catarina Barradas Piston NEEMAAC O Futuro da Engenharia Mecânica Aplicando directamente os princípios da física para analisar, projectar, fabricar e manter sistemas mecânicos com recurso a conceitos como mecânica, cinemática, termodinâmica, ciências dos materiais, análise estrutural e electricidade, a Engenharia Mecânica é uma das mais antigas e amplas áreas da engenharia. No último século emergiu como fonte de importantes contribuições para o progresso da engenharia e desenvolvimento económico-social. MAIORES CONTRIBUTOS DURANTE O SEC. XX • Programa Espacial • Geração de Energia • Mecanização da Agricultura • Produção em Massa de Circuitos Integrados • Tecnologias de Design e Fabrico Computorizadas • Bioengenharia • Códigos e Normas • Ar Condicionado e Refrigeração • Aviação • Automóvel Rapidamente se pode perceber que a sua história e desenvolvimento estão aliados à percepção de como a maquinaria melhora a qualidade da vida humana, e como nos situamos num ciclo contínuo com necessidade de avanços tecnológicos que permitam a produção de sistemas mecânicos mais seguros, baratos e eficientes que os anteriores. É a função de um engenheiro mecânico procurar constantemente empurrar os limites do fisicamente possível de forma a alcançar esses avanços. Então as perguntas que se colocam são, o que nos espera o futuro? Que desafios enfrentam 6 Dezembro os engenheiros mecânicos? Que limitações teremos de enfrentar ou que obstáculos nos serão impostos na corrida para alcançar tais avanços? A verdade é que o mundo evolui de forma inesperada em sentidos e direcções extravagantes que por um lado aumentam a gama de áreas que podemos vir a desenvolver mas que por outro aumentam os obstáculos a enfrentar. Muito possivelmente nas próximas duas décadas a evolução da globalização contribuirá para que a engenharia tenha de melhorar a sua capacidade de partilhar informação entre indivíduos, mas terá também que enfrentar a limitação de concretizar com eficiência as necessidades básicas de uma população global em expansão, num panorama onde obter água potável, saneamento, energia e alimento poderá ser um objectivo difícil de alcançar. Enquanto isso, à medida que a engenharia evolui com os efeitos da globalização e continua num processo de se fundir com a actividade empresarial, ocorrerá também o aumento de oportunidades de trabalho e negócio em países e economias emergentes, levando a uma dispersão e aumento do número de engenheiros a trabalhar no estrangeiro e o aumento de redes de trabalho internacionais. Isto irá requerer uma maior mobilidade e domínio sobre diversas línguas. Assistiremos também a uma expansão de conhecimentos científicos que não levará apenas a uma diversificação das áreas de desenvolvimento mas também a um aumento da interdisciplinaridade entre áreas científicas. Isto irá requerer dos engenheiros um treino contínuo sobre um conjunto de capacidades interdisciplinares de forma a manter a sua competitividade. Aqui o estudo 2013 de disciplinas para além das comummente ensinadas nas escolas de engenharia será provavelmente uma ferramenta de grande valor. Mas então, que áreas, tecnologias e ferramentas necessitaremos de desenvolver de forma a ultrapassar os obstáculos? Que avanços serão necessários de forma a que possamos garantir e evoluir numa dinâmica de desenvolvimento sustentável? Enquanto pensamos em avanços tecnológicos a ideia de representações da ficção científica desenvolvida e explorada pela indústria de entretenimento pode até nos passar pela cabeça, mas a realidade é que, pelo menos nas próximas décadas, tais avanços decorram da durabilidade de tecnologias mais antigas e da emergência de tecnologias mais recentes. Portanto os avanços a que viermos a assistir decorreram da necessidade de melhorar os sistemas mecânicos existentes. Qualquer grande contributo que possa vir a acontecer dependerá de uma grande alteração no panorama mundial. Será certo que o ciclo em que nos encontramos não quebre, mas não será de esperar que estes avanços tenham um impacto tão drástico como os que decorreram no século passado. A Engenharia Mecânica tem estado presente desde os primórdios da civilização e certamente estará presente durante muitos mais séculos, isto a menos que por algum milagre avanços científicos permitam à humanidade ignorar as leis da física. Até lá, o futuro tem tudo para ser nosso… Segue-se um conjunto de tecnologias e ferramentas consideradas de ponta e que certamente abrem caminho a inúmeras inovações e alterações no panorama da engenharia. Sistemas Micro Electromecânicos (MEMS) Componentes mecânicos à escala de microns tais como molas, engrenagens e mecanismos de transferência de fluidos e calor são fabricados a partir de uma variedade de materiais de substrato como silício, vidro e polímeros como o SU8. Exemplos de componentes MEMS são os acelerómetros usados nos sensores dos airbags, smartphones, giroscópios de posicionamento preciso e dispositivos de microfluidos usados em aplicações biomédicas. Mecanismos de fechaduras complexas podem ser accionados por micromotores e forças electrostáticas. Soldagem por Fricção Linear (FSW) Soldagem por fricção linear, um novo tipo de soldagem, foi descoberta em 1991 pelo The Welding Institute. Esta inovadora técnica de soldagem estacionária (sem fusão) une materiais que eram previamente insoldáveis, incluindo inúmeras ligas de alumínio. Deverá tomar um papel de extrema importância no futuro da aviação, podendo potencialmente vir a substituir os rebites. Representação esquemática do processo de FSW Compósitos Compósitos são uma combinação de materiais que fornecem diferentes características físicas do que cada material separado. A pesquisa em materiais compósitos na engenharia mecânica foca-se normalmente na projecção, e subsequentemente na sua aplicação, de materiais mais fortes e rígidos enquanto se tenta reduzir o seu peso, susceptibilidade de corrosão e outros factores indesejáveis. Piston NEEMAAC ENGENHARIA DE TOPO Exemplo da organização de materiais numa estrutura compósita. Possível aplicação de nanotecnologia no corpo humano. Nanotecnologia Na mais pequena das escalas, a engenharia mecânica torna-se nanotecnologia. Um dos objectivos especulados é a criação de um mecanismo molecular que permita construir moléculas e materiais via síntese mecânica. Actualmente a investigação sobre nanotecnologia foca-se em nanofiltros, nanofilmes, nanoestruturas, entre outros. Análise de Elementos Finitos (FEA) Esta área não é nova, as suas bases remontam a 1941, no entanto a evolução da computação possibilitou que a FEA seja uma opção viável na analise de problemas estruturais. Existem vários códigos comerciais que são largamente usadas na industria para pesquisa e projecção de componentes. Alguns programas de modelação tridimensional e CAD contam agora com módulos de FEA. A FEA pode ser usada para determinar as especificações do produto que melhor se acomodam às condições necessárias. 8 Dezembro 2013 Mecatrónica Mecatrónica é a combinação sinergética de engenharia mecânica, electrónica e de informática. O suposto desta engenharia interdisciplinar é o estudo da automação numa perspectiva de controlar sistemas híbridos avançados. Biomecânica Biomecânica é a aplicação dos princípios mecânicos a sistemas biológicos, como o corpo humano, animais, plantas, órgãos e células. Está intimamente relacionada com a engenharia porque aplicações simples de mecânica newtoniana e ciência dos materiais fornecem aproximações suficientemente correctas na mecânica de sistemas biológicos. Exemplo de aplicação da mecatrónica e do estudo da biomecânica. Dinâmica de Fluidos Computacional (CFD) CFD é um ramo da mecânica de fluidos que utiliza métodos numéricos e algoritmos para solucionar e analisar problemas que envolvam fluxos fluidos. Computadores são usados para realizar os cálculos necessários à simulação da interacção de fluidos com superfícies definidos pelas condições de fronteira. Com supercomputadores podem-se atingir melhores soluções. As investigações em progresso têm resultado em software que melhora a precisão e velocidade de cenários de simulação complexa, tal como fluxos transónicos e fluxos turbulentos. MIGUEL CLEMENTE Simulação e visualização da aerodinâmica num F1. Piston NEEMAAC T.I.M.E.S. Decorreu no passado dia 27 de Novembro a Qualificação Local de Coimbra do TIMES (Tournament in Management and Engineering Skills). O TIMES é uma competição pan-europeia que testa as competências dos alunos em Engenharia e Gestão Industrial através da resolução de um caso de estudo sem o auxílio de qualquer tipo de material informático. Em apenas 3 horas as equipas tiveram de trabalhar na resolução do caso e preparar a respectiva apresentação, que viria a ser feita perante um painel de 3 júris. Tanto o caso de estudo como a apresentação da resolução do mesmo foram feitas em língua inglesa. Competiram 4 equipas, num total de 15 elementos, e a equipa vencedora irá agora representar a Universidade de Coimbra na Semi-Final organizada pelo Local Group Porto, da FEUP. No final do dia, a equipa vencedora foi a liderada por Daniel Ventura, embora todas as equipas tenham reconhecido que foi uma óptima experiência e uma grande oportunidade que serviu para testara não só conhecimentos de estratégia mas também de gestão de tempo, capacidade de trabalho em equipa e nível de inglês. Nesta 2ª fase da competição a equipa do Daniel irá colocar novamente à prova as suas competências contra 7 outras equipas de toda a Europa. Após decorrem todas as 8 Semi-Finais espalhadas por toda a Europa, os vencedores de cada uma irão, por fim, concorrer pelo título de “IEM Student’s of the Year” em Trondheim, na Noruega. 10 O TIMES é um dos eventos mais importantes da ESTIEM (European Students of Industrial Engineering and Management), embora exista todo um enorme leque de opções para conhecer novas pessoas, novas culturas e novos países, muitas das vezes a preços reduzidos. Se quiseres saber que eventos são estes de que falamos basta dirigires-te a estiem.org ou até mesmo à sala da AEGI-UC/LG Coimbra. A Europa espera por ti! Work hard, play hard! Dezembro 2013 P’lo LG Coimbra, Pedro Maça Ciclo de Conferências O NEEMAAC, uma vez mais, procura demonstrar a mais-valia que as competências extra curriculares têm no percurso académico e futuramente profissional de um estudante. Com este efeito, através da actividade o "Ciclo de Conferências", realizada nos dias 16 e 30 de Outubro, o NEEMAAC recebeu: o Licor Beirão, a Whyse Madness, a Efapel e a Metalomecânica Curados. As duas primeiras entidades tiveram maior vocação para explicitar que um bom produto não é suficiente se não o soubermos vender e divulgar da forma mais eficiente possível, revelando-se a publicidade para a engenharia uma ferramenta fundamental para atacar e conquistar o mercado de trabalho. As duas últimas focaram-se no sentido de esclarecer as competências de que um engenheiro necessita, caso assuma um perfil profissional numa área mais técnica da engenharia. Ficando a ideia de que o simples é genial e uma ou duas dicas sobre como construir um CV atractivo aos olhos de quem avalia e selecciona. Finalizando, fiquem atentos a uma próxima actividade deste género porque o NEEMAAC acredita que o caminho deve ser este, e irá continuar a investir na educação das competências extra curriculares como facilitadoras de uma transição para o mercado de trabalho mais natural e eficiente. Filipe Amaro Piston NEEMAAC Notícias Palestra da Comunicação No passado dia 6 de Novembro foi realizada uma palestra no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, com o intuito de promover e esclarecer alguns pontos fulcrais da comunicação, como a interacção com o público, comunicar em público e argumentação. A interacção com o nosso palestrante tornou se mais fácil sendo ele João André Sá, um nosso colega do Departamento de Engenharia Informática. Durante a palestra a interacção com público foi constante, conseguindo sempre manter o interesse e boa disposição dos que assistiam. Durante a palestra houve várias surpresas, começando com a mímica e citações para quem chegasse atrasado. Já no decorrer deste evento houve uma disputa entre duas equipas, cada elemento de cada equipa teve de falar 1,45 minutos sobre uma imagem aleatória, e assim adquirir pontos para a sua equipa. Depois de saber como falar em público, postura a adoptar e aspectos a evitar eis que passamos a um confronto de pró e contra. Neste debate os pares defendiam e contrariavam um certo tema proposto, inicialmente pelo palestrante depois pelo par que debateu an- teriormente. Concluindo, valeu a pena assistir e participar neste evento dinâmico, divertido e disciplinador, onde aprendemos a melhor forma de comunicar nas diferentes ocasiões da nossa vida. Obrigada a todos os presentes. TELMA MORGADO Magusto do DEM Mais um ano, mais um magusto. Como manda o calendário, foi no passado dia 11 de Novembro, na esplanada do bar do DEM que os estudantes do nosso departamento se juntaram com o S. Martinho numa tarde de castanhas…e jeropiga! Em tal ambiente, ajudado pelo célebre verão desta altura, a nossa comunidade entreteuse e conviveu por algumas horas, relembrando histórias, amigos e acentuando a forte harmonia que brinda o nosso departamento. Foi mais uma actividade promovida pelo NEEMAAC, que demonstra que a simplicidade da mesma não peca por falta de qualidade. ZÉ PEDRO MARTINS 12 Dezembro 2013 Torneio DEM 12h de Futsal Dia 13 de Novembro realizou-se no campo de Santa Cruz o torneio 12 horas de futsal, organizado pelo NEEMAAC. Esta actividade, possível pela boa adesão por parte dos estudantes do nosso departamento e alguns amigos de ‘’fora’’, correu como o esperado, prevalecendo acima do espírito competitivo, o convívio entre todos os participantes. Largas horas de diversão e desporto, acompanhadas na maioria do tempo por uma ou umas cervejas, que fizeram esquecer o cansaço dos participantes e alimentaram ainda mais o espírito presente neste recinto. No final da noite saiu vitoriosa a equipa Ma’Máquina Minha, que se demonstrou mais forte no derradeiro jogo. Um dia diferente, que possivelmente terá uma 2ª edição no próximo semestre e que poderá contar com mais participantes, competição e divertimento. ZÉ PEDRO MARTINS Gala 15 Anos NEEMAAC Dia 20 de Dezembro irá realizar-se pela primera vez uma gala do núcleo. Será uma festa gigante com muita diversão mas sempre com aquele toque formal. Haverá uma entrega de prémios para alunos, como o mais rebarbado ou o mais esponja do DEM mas também prémios para os docentes, tal como o prémio carreira. Decorrerá nas Piscinas do Mondego, onde vais ter DJ e serviço de bebidas, para não falar que vais poder tirar fotos numa passadeira vermelha! Por 20 euros faz a festa e junta-te a nós num dia para homenagear e celebrar o NEEMAAC e o DEM! ANTÓNIO ALMEIDA Piston NEEMAAC Notícias Festa das Latas A Festa das Latas e Imposição de Insígnias realizou-se entre os dias 17 e 23 de Outubro, e como não podia deixar de ser o NEEMAAC esteve presente na melhor barraca de todo o recinto. Sendo uma festa académica com forte politização, a sátira centrou-se este ano sobre o tempo de espera nos Serviços Académicos, problema transversal a qualquer estudante do Pólo II. Com o mote “Serviços Não-Académicos: É uma delícia não ter de esperar” e uma decoração criativa e original, a barraca do NEEMAAC foi bastante solicitada, ainda que as filas para conseguir uma bebida nunca tenham sido comparáveis às que se registam nos Serviços Académicos. Entre caloiros, padrinhos ou grelados, a boémia e diversão da emblemática Festa das Latas foram uma constante junto da barraca do NEEMAAC. JOÃO MARQUES Jornadas Pedagógicas No passado dia 9 de Outubro, realizou-se a quarta edição das Jornadas Pedagógicas reportadas ao 2º semestre do ano lectivo anterior. A exposição dos problemas denunciados pelos estudantes no Inquérito Pedagógico do NEEMAAC levou ao debate entre alunos e professores sobre as temáticas sugeridas. Os problemas que mais confronto e críticas geraram foram, por um lado, a questão de cadeiras com o mesmo programa dadas por professores diferentes que mostram uma desigualdade severa na taxa e média de aprovação e a relação que estas têm com os conhecimentos adquiridos, e por outro lado, os critérios de atribuição de classificação nas teses de mestrado. Isto porque existe a “regra dos 3 valores” que dificulta o aluno em ter uma classificação de tese superior em 3 valores à sua média de curso. As várias horas de debate tiveram ainda outros pontos de interesse. Após a exposição das alterações mais significativas do novo regulamento pedagógico, procurou-se descortinar quais os procedimentos que deveriam ser corrigidos, nomeadamente na questão da avaliação. Foi-nos assegurado que tudo se manteria igual no presente semestre. No entanto, o próximo semestre poderá trazer algumas alterações na forma como as avaliações decorrem no departamento, nomeadamente quanto ao número de oportunidades de avaliação. Por fim, é assinalável o bom ambiente que se vive entre os docentes e os estudantes. O diálogo foi desprendido de qualquer constrangimento parte a parte. No DEM serão sempre ouvidas as nossas críticas. CATARINA BARRADAS 14 Dezembro 2013 UMA AVENTURA EM... FLORIPA Pediram-me para falar sobre a minha experiência de intercâmbio no Brasil. Pois bem, é um pouco difícil descrever num texto tudo aquilo que vivi durante 5 meses no outro lado do Atlântico. Uma viagem de 11h até ao Rio de Janeiro, seguido de um voo de escala que me iria levar finalmente até Floripa foi só o início de uma grande aventura. As pequenas diferenças começaram a fazer-se notar logo quando aterramos. As caixas multibanco não funcionavam como as nossas, os autocarros pareciam uma tremenda confusão, haviam macacos e répteis estranhos por todo o lado, não sabia sequer se estava a caminhar para norte ou para sul. Viajei com uma colega minha, na primeira noite não tínhamos onde ficar e dormimos no chão da sala de um conhecido. Depois começamos a conhecer a ilha. A Praia Mole, a Barra da Lagoa, a Joaquina, eram só algumas das praias que ficavam a apenas 10 minutos de autocarro mas haviam muitas outras. Fiquei boquiaberta quando vi que nas praias se vendiam caipirinhas e cocktails na areia! A adaptação foi bastante fácil, conheci pessoas de diferentes nacionalidades e fiz muitas amizades. Tijela de açaí com banana e granola, frutas tropicais, churrascos são algumas das muitas comidas típicas que eram fantásticas. A universidade (UFSC) tinha um campus bastante grande e renovado e as aulas eram dadas de maneira semelhante à UC. Enquanto estive lá aproveitei para ir a outros sítios como o Paraguai, a Argentina e a Foz do Iguaçu que é uma das 7 maravilhas naturais do mundo! Se estás a pensar ir de eramus ou intercâmbio não hesites porque com certeza não te vais arrepender, é uma experiência inesquecível que fará com que cresças muito a nível pessoal. MARA PEREIRA Piston NEEMAAC Francisco Sinde Filipe, originário de Coja (concelho de Arganil), vive há mais de 10 anos em Coimbra, tem 27 anos, e encontra-se já no 4º ano de Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica. Participou no ano passado no Recorde Mundial de Atmonauti (uma das muitas técnicas de voo em queda livre) no Dubai, e neste momento é detentor desse mesmo recorde. A técnica de voo consistiu numa formação em “X” constituida por 20 atletas “voadores”. Quando e como surgiu o interesse por queda livre? O interesse pela queda livre foi despoletado em 2005 pelo meu primo (Engenheiro Mecânico formado no DEM) que já era praticante e que, em conjunto com a minha mãe me ofereceram um salto tandem (salto acompanhado por 1 instrutor) como prenda pelos 18 anos. Sempre gostei de adrenalina, talvez herdada do meu Pai, um amante de motos, carros e rallys, e com a experiência deste salto, depressa o ‘bichinho’ do pára-quedismo se instalou. No mesmo ano fiz o curso de abertura automática e progressão para queda livre. Com apenas 2 saltos de queda livre decidi ir ao Túnel de vento, no Reino Unido, onde fiz um campo intensivo de ‘Freefly’. Regressado do Túnel fiz um salto com um instrutor que rapidamente me disse estar mais que apto para ‘voar’ sozinho em queda livre, e aí começou o meu voo autónomo. 16 Dezembro 2013 Existem vários tipos de queda livre? Por qual optaste e por que razões? Digamos antes que dentro do paraquedismo existem várias modalidades que tanto podem ser em queda livre como já de asa aberta. Em queda livre há várias técnicas desde o voo relativo (RW) , em que o atleta está na posição tradicional, de barriga para o solo; o FreeFly, como o nome nos indica, é a ‘arte’ de voar livre. Através do voo livre, o corpo pode ser posicionado em diversas posições nas 3 dimensões, permitindo-nos deslocar e ‘dançar’ no ar; Wingsuit, que se trata de saltar com um ‘fato-asa’ que insufla e nos permite voar grandes distâncias com baixas velocidades verticais. De certo modo relacionado com o Freefly existem também o Atmonauti. Atmonauti foi inventado em 1998 pelo italiano Marco Tiezzi. Esta técnica consiste em usar o corpo humano como uma asa, com uma determinada relação entre ângulo, trajectória e velocidade do indivíduo, para obter um escoamento de ar que permita a sustentação do corpo, possibilitando ao saltador permanecer no ar mais tempo em relação ao voo vertical. Uma verdadeira capacidade de voo humana. Revolucionando o conceito de ‘pára-quedismo’, onde todas as diferentes disciplinas (em queda livre) são executadas na trajectória vertical (graças à gravidade), o atmonauta cria a sua própria trajectória diagonal. Graças a esta técnica consegue-se sincronizar, com extrema precisão, diferentes velocidades e trajectórias tornando-se o atmonauta um verdadeiro “piloto” do seu próprio corpo. Com esta capacidade de ‘navegação’, onde são fundamentais alguns conceitos de aerodinâmica, o atmonauta fica capaz de voar em formação (de 2 ou mais pessoas) no mesmo nível e ângulo, e ainda realizar variados jogos aéreos de voo em formação tridimensional, com ou sem contacto entre os atletas, e também realizar manobras acrobáticas. O termo ‘Atmonauti’, criado por Marco está definido como ‘Atmosphere Navigators’ (Navegadores da Atmosfera), tal como ‘astronautas’, junção de astro (espaço) e nautas (navegadores). Se qualquer pessoa quiser começar a fazer queda livre por onde tem que começar, e qual o processo para um dia poder saltar sozinha? Pode começar por me contactar e eu tratarei do resto! Pode fazer um salto acompanhado (salto tandem) que consiste num salto acoplado a um instrutor que terá o prazer de proporcionar a melhor viagem possível ao passageiro, ou pode tirar o curso que consiste em aulas teóricas e 8 saltos, 7 deles com instrutores, sendo o último o primeiPiston NEEMAAC à CONVERSA COM... ro salto sozinho. A partir daí a pessoa estará apta construí pequenas ‘engenhocas’ e invenções. Na a saltar sozinhoa(mediante a supervisão dos in- escola inclinava-me mais para as ciências, físicas e strutores na fase inicial). matemáticas e tinha bastante interesse por astronomia. Engenharia Mecânica pareceu-me então o Quais os pontos em Portugal onde uma mais indicado. Agora tenho o sonho de um dia pessoa pode experimentar mesmo que acom- poder conjugar a Engenharia com o pára-quedismo, e estar ligado ao estudo e desenvolvimento de panhada? novos equipamentos para saltar e testá-los, coisa Em Portugal existem várias escolas e cen- que em Portugal não passa de uma utopia. Penso tros de paraquedismo, de Braga ao Algarve (Bra- que será mais fácil chegar lá através da vertente do ga, Maia, Espinho, Proença-a-Nova, Évora, Beja, pára-quedismo, para onde acabo por estar mais Portimão). Eu recomendo a SkyFunCenter, em inclinado, não desprezando a engenharia, pois ela Proença-a-Nova pois está aqui pertinho e possui será uma ferramenta sempre útil no futuro. as melhores instalações e condições em Portugal para a prática deste desporto. O que sentes, quando saltas? Não é fácil descrever. É uma sensação úni E engenharia mecânica, como aparece ca! aqui, o que te levou a tomar essa opção? A paisagem é sempre a melhor de to A Engenharia Mecânica aparece antes do das! Lá de cima conseguimos ver quilómetros e paraquedismo. Sempre tive muita curiosidade so- quilómetros de ‘Terra’. Sair pela porta de um avião é dos momenbre como as coisas funcionam e desde pequeno tos mais poderosos que já senti, depois temos a queda livre, onde a única coisa que ouvimos e sentimos são o vento e o ar. Podemos voar de cabeça para baixo ou para cima e é possível deslocarmo-nos como que a dançar, aproveitando os poucos segundos de queda livre até à abertura do pára-quedas. Aí podemos aproveitar a vista e desfrutar de um voo mais sereno até à aterragem. Francisco tenciona voltar ao Dubai para ultrapassar esse mesmo recorde, com a maior quantidade de apoios e patrocínios que conseguir, devido aos custos ainda elevados do desporto em questão. Um grande obrigado da equipa do jornal Piston pela sua colaboração e amabilidade, e que tudo corra como planeado! JOANA PESTANA PS: Créditos das fotos: Capa - Francisco Filipe 1º Foto - Franciso Filipe 2º Foto - Dani Lo 3º Foto - Noah Bahnson 18 Dezembro 2013 911, a Lenda… Num país mergulhado em plena crise financeira, as mudanças de mentalidade e hábitos serão, certamente, incontornáveis, a começar por uma diminuição no despesismo imponderado de que a Europa tanto nos culpa. Reflexo disso é a redução drástica nas vendas de automóveis em Portugal, exceptuando-se as vendas de veículos de alta gama, que ao contrário dos restantes registam um acentuado aumento nas suas vendas, sinal de um país fraturado, em que o fosso entre ricos e pobres aumenta culminando na extinção da classe média, prova disso são as 4 unidades de Porsches 918 Spyder já encomendadas para Portugal, um veículo extremamente exclusivo que ronda os 900 mil euros. É altura das marcas de alta gama apostarem forte, e já se aperceberam disso e a Porsche não foi excepção, com o lançamento do 911 (991) em que a apresentação mundial da sua versão Turbo até foi feita em Cascais, em plenas comemorações dos 50 anos do 911, que sete gerações depois (901, G-series, 964, 993, 996, 997 e 991) continua a ter as mesmas linhas, o mesmo espírito, e o mesmo enquadramento na sociedade que a primeira geração (901). O 911 é um desportivo que pretende ter um comportamento dinâmico e veloz como qualquer outro desportivo mas que possa perfeitamente ser utilizado como carro de dia a dia, com um conforto, versatilidade e fiabilidade muito acima da média de qualquer outro superdesportivo. Como a própria Porsche dizia aquando do seu lançamento, no Salão de Frankfurt em 1963, “Um carro para um senhor usar no seu dia-a-dia, mas apto a levar aos fins de semanas para os autódromos”. Ao longo destes 50 anos de existência, muita foi a inovação implementada nos seus modelos, mas mantendo sempre a tradição. O motor boxer situado na traseira, que tantos críticos dizem estar no Piston NEEMAAC VÍCIOS URBANOS sítio errado, mas que os apaixonados pela marca e pelo modelo adoram, manteve-se. A mudança mais significativa teve lugar na passagem da geração 993 para a 996, em que o motor boxer deixou de ser refrigerado a ar, uma herança que vinha já do VW Carocha, um “pre-Porsche” desenhado pelo próprio Ferdinand Porsche, fundador da marca e do 356, para passar a ser refrigerado a água, em prol da fiabilidade e dos consumos. Muitas foram as edições mais exclusivas, que ao longo destes 50 anos apimentaram a vida do 911, algumas para lhe darem um carácter mais exclusivo e que os colecionadores tanto adoram 20 (speedster, sport classic), outras para lhe dar um caracter ainda mais desportivo e um pedigree racing ou para permitir a simples homologação em competições (Carrera RS, GT3 RS, GT2 RS, GT1 Straßenversion) sendo este último uma versão extremamente rara, limitada a 25 exemplares, com 700 cavalos, lançada para permitir a homologação do modelo similar em LeMans. Os sucessos desportivos, a par das suas linhas e carácter intemporal ajudaram a atingir este reconhecimento de “Lenda”. Muitos foram os prémios recebidos pelo modelo, sendo diversamente referido por revistas da especialidade, como pertencente à lista dos melhores desportivos de todos os tempos. 50 anos depois, com uma oferta para todos gostos que vão desde o Carrera S ao Turbo S, o mais potente da gama, em versões coupé ou cabrio, a lenda permanece no mercado, mais jovem do que sempre, com as mesmas curvas, os mesmos painéis multifunções, o mesmo espírito e a mesma intemporalidade. Dezembro 2013 JOSÉ MIGUEL NUNES Circuito Internacional de Vila Real: o Regresso de um Ícone Mítico traçado da capital transmontana volta a acolher no ano de 2014 corridas de automóveis. Tendo começado em 1931 esta será a primeira edição desde a comemoração dos 80 anos do circuito vilarealense. Piston NEEMAAC MUNDO AUTOMÓVEL Como tudo começou... A aventura das corridas em Vila Real remonta ao já longínquo ano de 1931 quando um grupo de entusiastas do desporto motorizado liderado por Aureliano Barrigas idealizou um traçado urbano composto pelas principais artérias da “Princesa do Marão”. A configuração do Circuito, inicialmente disputado em piso de terra batida, foi-se alterando ao longo dos tempos fruto das modificações sociais e morfológicas ocorridas em Vila Real, tendo dado origem a diversos percursos que atravessavam toda a cidade e que chegaram a atingir mais de sete quilómetros de perímetro. Atualmente é utilizada uma versão mais curta do que o traçado original, versão essa utilizada pela primeira vez numa prova de automóveis em 2007 tendo já sido usada para provas de motociclismo na década de 90. Na atual configuração é dada primazia ao espetáculo bem como à segurança dos pilotos e do sempre numeroso público que acorre a presenciar as provas aí disputadas. Evolução do traçado... 1933 1931 1958 22 Dezembro 2013 Páginas de Ouro... Episódios e factos memoráveis... Em todas as suas edições, que atravessam já oito décadas de história, Vila Real atraiu sempre os melhores pilotos nacionais. Fascinados pelo seu difícil e desafiante traçado este sempre foi o palco dos melhores duelos de pilotos e máquinas. Mas o Circuito não se ficou por aqui. Até à década de 70 os nomes mais sonantes do automobilismo mundial passearam toda a sua classe e talento pelas ruas de Vila Real. Desde representantes do expoente máximo do automobilismo, a Fórmula 1, até pilotos de Sport-protótipos que participavam regularmente em provas tão grandiosas como as 24 horas de Le Mans, pilotos de outras disciplinas como fórmula 3, fórmula Ford, fórmula V e pilotos de motociclismo. Nenhum deles quis deixar de estar presente nas diversas edições da prova. Aqui ficam alguns dos seus testemunhos: • Em 1972 o piloto Vic Elford partiu de 16º lugar da grelha, fez, segundo as suas palavras, a “volta da sua vida”, e ao cruzar a meta no final da primeira volta... já liderava a prova! “Vila Real foi de longe o melhor Circuito onde já corri”…“ Para quem corre em Vila Real nenhuma outra pista de automóveis conta”. – John Miles • A primeira vitória da marca britânica Jaguar fora do Reino Unido foi obtida em Vila Real com o modelo SS100. • A primeira internacionalização do Circuito ocorreu em 1936, apenas 5 anos depois da primeira edição. Esta deveu-se à presença da equipa oficial da marca germânica Adler com as suas viaturas a serem conduzidas pelos pilotos Paul Von Guilleaume e Rudolph Sauerwein. A edição de ’36 contou ainda com a participação do cineasta Manuel de Oliveira na prova principal. • O interesse em torno das Corridas de Vila Real sempre foi muito grande junto das principais Escuderias como se comprova pela chegada a Vila Real diretamente de Maranello do camião de transporte da equipa Ferrari. “Foi um enorme prazer correr no vosso fantástico Circuito. Raramente vi um publico tão entusiasta como o vosso. O Circuito tem o cenário de uma verdadeira prova de automobilismo” – David Piper • No ano de 1969 “Taf” Gosselin e Teddy Pilette ao volante de um Lola T70 utilizaram um sistema de refrigeração…. peculiar. Por forma a combater o excessivo calor que se fazia sentir em Vila Real por essa altura, a equipa decidiu trocar a habitual água do sistema de refrigeração por… vinho do Douro! A solução trouxe frutos devido ao mais elevado ponto de ebulição do vinho relativamente à agua. Já o odor dentro do habitáculo da viatura não era o mais indicado para quem estava a conduzir… Piston NEEMAAC MUNDO AUTOMÓVEL “Uma belíssima cidade entre as colinas do Marão com um ambiente acolhedor e corridas organizadas por pessoas genuinamente boas e simpáticas como nunca tinha conhecido. É uma bela pista para grandes festejos” – Mike d’ Udy “Sempre guardei boas memórias de Vila Real: o público, a linda paisagem e o grande entusiasmo dos Portugueses pelo automobilismo. Regressar a Vila Real foi um enorme prazer” – Sir Stirling Moss “Vila Real mantém no seu traçado actual as características que me levaram a considerá-lo como o meu Circuito preferido”…”Regressar a Vila Real deu-me tanta alegria como quando aqui venci em 1973” – Carlos Gaspar “Correr em Vila Real é para mim melhor do que participar em provas disputadas nos circuitos de Spa-Francorchamps ou Nurburgring Nordschleife.” – Tony Goodwin 24 Dezembro 2013 Desafios para o futuro... Neste novo fôlego que é dado ao desporto automóvel em Vila Real o grande objectivo da organização é devolver o prestígio que a Cidade e as Corridas merecem. Num renovado formato organizativo o Circuito parte nesta nova edição da liderança de uma Comissão composta por um grupo de pessoas ligadas de várias formas ao mundo do automobilismo. O regresso do Circuito e das provas que o caracterizaram são obviamente o objectivo principal mas a valorização do traçado e das suas condições envolventes são aspectos que não irão ser descurados e que todos sabem ser essencial para que a evolução da pista não pare. Com as Corridas a reavivarem a tradição automóvel de Vila Real devolve-se ao povo vilarealense e a todos os adeptos de automobilismo a hipótese de presenciarem e participarem naquele que é mais que um Circuito, um evento ou um fim de semana. As Corridas de Vila Real são, para além de tudo, uma festa para quem as visita, um desafio para quem nelas participa e um acontecimento ímpar para quem faz do desporto automóvel a sua vida. Um acontecimento a não perder nos dias 21 e 22 de Junho do próximo ano. FRANCISCO VIEIRA E BRITO Piston NEEMAAC MUNDO AUTOMÓVEL WRC Fafe Rally Sprint 2014: Confirmado! A magia dos ralis vai voltar mais uma vez à zona norte do País! A Câmara Municipal de Fafe e o ACP uniram novamente esforços para realizar o evento que se tem pautado por um estrondosa adesão ao cabo das 2 edições já realizadas. A estrutura do WRC Fafe Rally Sprint 2013 permanecerá inalterada nesta nova edição, estando prevista uma tripla passagem pelos míticos 6 quilómetros da especial Fafe/Lameirinha onde estão incluídas as habituais quatro zonas espetáculo (“Monte do Marco”, “Salto de Pereira”, “Confurco” e o “Salto da Pedra Sentada”). A prova, que atrai anualmente muitos milhares de espectadores a Fafe, será realizada a 29 de Março do próximo ano, uma semana antes da edição de 2014 do Vodafone Rally de Portugal. CARLOS FIGUEIRAL 26 Dezembro 2013 Test-drive Seat Leon SC 1.4 TSI O dia 5 de Novembro foi uma agradável surpresa. À chegada ao Departamento de Engenharia Mecânica fui surpreendido com a chegada da caravana da Tour Seat Leon Fora de Portas, que percorreu o país dando a conhecer o novo Seat Leon. De todos os Leon que chegaram, e eram muitos e para todos os gostos, com as diversas motorizações que equipam a gama, quer diesel quer a gasolina e dada a minha simpatia por automóveis de três portas e com motores a gasolina, a minha preferência caiu logo sobre o Seat Leon SC 1.4 TSI de 122cv que até na cor era bonito, num irreverente Azul Alor. Pouco tempo depois estava ao lado do mesmo Leon SC, a contemplar as suas linhas que lhe dão um carácter agressivo e desportivo, que é o que nós esperamos de um coupé. O SC é o primeiro coupé da gama Leon, daí deriva a designação SC “Sport Coupé”. Não tardou até me sentar ao volante deste coupé com linhas de carácter vincado, e desde cedo me apercebi que também na condução esse carácter está presente. Mesmo não sendo esta a motorização mais potente é de surpreender as suas prestações, bastante ágil com um motor muito constante, sempre disposto a entregar potência desde baixas rotações, a caixa de 6 velocidades não fica nada atrás, muito bem escalonada e precisa que permite passagens de caixa rápidas e de forma suave. Mas é na posição de condução e no volante que estão os pontos fortes deste carro, com uma posição de condução excelente e um volante que contraria, e bem, a tendência que agora existe para volantes extremamente pequenos e grossos, este pelo contrário possui o diâmetro ideal, fino onde as mãos encaixam de forma natural. A nível de qualidade de interiores a Seat subiu a fasquia em relação aos modelos anteriores, com um excelente acabamento e seleção de materiais. Também a nível tecnológico possui diversas novidades como o funcional assistente de faixa de rodagem que deteta as marcas da estrada e caso o condutor estiver a sair da faixa de rodagem ele corrige automaticamente a trajetória. E como testar um coupé com carácter desportivo apenas em cidade era pena e ainda dispunha de algum tempo ao volante, dando sentido ao nome da Tour, levei-o para “Fora de Portas”, em curvas e contracurvas em direção à praia fluvial de Coimbra. Aí deu para levar ao limite a experiência de condução deste novo Leon SC, o chassis extremamente bem afinado e equilibrado permitia fazer curvas fechadas de forma rápida transmitindo uma elevada segurança e sempre de forma muito precisa mesmo em piso molhado. Piston NEEMAAC MUNDO AUTOMÓVEL Em suma, O Seat Leon SC é marcadamente um desportivo, com bom chassis e boas motorizações, algumas ainda mais potentes do que esta, mas esta é das mais equilibradas, alia performance a economia. Possui um carácter dinâmico e divertido, quer em cidade quer como em “Fora de Portas”. CLASSIFICAÇÃO Prestações: 4,5 Consumo: 4 Conforto: 4 Qualidade/acabamentos: 5 Qualidade/custo: 4.5 Posição de condução: 5 Global JOSÉ MIGUEL NUNES 28 Dezembro 2013 Mão de ouro em Bola de (B)Lata Uma decisão bafejada por contornos sem precedentes. Messi ou Ronaldo? O Mundo do futebol divide-se insistentemente em tão aclamada troca de palavras mas o que inflama a decisão de 2013 acaba por ser a nefasta contribuição do alto responsável da FIFA, Joseph Blatter. Na corrida ao prémio que tem como vencedor único, desde a sua criação em 2010, Lionel Messi, a FIFA já anunciou o ramalhete de 23 jogadores, dos quais apenas três podem ansiar por uma presença em Zurique no dia 13 de Janeiro. Por agora não existe qualquer dúvida que o trio de 2013 vai ser composto por Cristiano Ronaldo (Portugal/Real Madrid), Lionel Messi (Argentina/ Barcelona) e pelo estreante em galas Bola de Ouro FIFA, o francês da turma Bávara de Guardiola, Franck Ribéry (França/Bayern Munique). Joseph Blatter revelou a sua preferência por Lionel Messi. O economista suíço de 77 anos tornou pública a sua preferência pelo astro argentino ao não medir a consequência do seu ato com o presidente do organismo, que tutela o futebol internacional, a não optar pela melhor abordagem para opinar sobre a temática que move mundos e fundos no hemisfério do ‘desporto rei’. ‘Sepp’ Blatter como é conhecido, levou para além do desejado os limites da liberdade de expressão e vê-se assim envolto numa polémica que acaba por tornar o prémio Bola de Ouro FIFA 2013 numa autêntica Bola de Lata já manchada pela suspeição provocada por este episódio. Ribéry (ao meio) intromete-se no duelo entre Cristiano Ronaldo e Messi. Se a lógica lapalissiana implementada em anos transatos for novamente aplicada em 2013, então Ribéry pode muito bem já reservar um lugar na sua vitrina de troféus para acolher a Bola de Ouro em sua casa pois entra na corrida após ter conquistado todos os troféus em disputa referentes ao ano de 2013 incluindo a distinção para melhor jogador UEFA 2012/2013. Piston NEEMAAC CÍRCULO CENTRAL Campeão Europeu, campeão alemão, vencedor da taça da Alemanha, da supertaça alemã e da supertaça europeia, ao ‘Scar Face’ falhou apenas a qualificação direta para o Campeonato do Mundo com os ‘bleus’ a necessitarem de se apurar via playoff, algo que não surge como demérito para os gauleses pois no seu grupo de apuramento estava a campeã mundial e bicampeã europeia, Espanha. Portugal faz-se representar por Cristiano Ronaldo. O ‘CR7’ surge como bandeira do futebol português além-fronteiras e vive um dos melhores momentos da sua carreira apesar de em 2013 não ter conquistado qualquer troféu relevante. A título pessoal, o madeirense do Real Madrid está em vias de se tornar o maior goleador de sempre na seleção nacional, o que confirma o enorme poderio ofensivo do ‘7’ da seleção das Quinas. Contudo, o extremo português já deixou a dica de não marcar presença na gala de dia 13 de Janeiro. Sob protesto ou apenas e só por não se sentir em ‘casa’ numa gala chancelada pela equipa de Blatter, o certo é que qualquer que seja o veredicto final, esta edição da Bola de Ouro FIFA fica para sempre marcada como a Bola de Lata devido aos cenários alimentados nos seus bastidores. Ao mencionar os bastidores no Universo FIFA, torna-se impossível não se dissociar e não se refletir sobre a organização do Mundial de 2022, uma vez que a entidade reguladora do futebol mundial vê-se ainda envolta em mais uma polémica, desta feita referente à calendarização do já referido campeonato do mundo que, como já é do conhecimento público vai ser organizado na Península Arábica, mais concretamente no Qatar, país sem tradição no mundo futebolístico e cuja seleção ocupa somente o 105º lugar no ranking da FIFA. A falta de cultura futebolística desde muito cedo nesta candidatura fez elevar fatores económicos num aclamado conflito de interesses mas a verdade nua e crua é que o campeonato do mundo de futebol 2022 vai ser disputado num país constituído por um vasto deserto na sua grande maioria e composto por menos de 2 milhões de habitantes – cerca de 2/10 da população portuguesa! – sendo que 1,5 milhões habitam na capital Doha. Posto isto e, dado o elevado calor sentido no deserto Qatari, foram levantados entraves 30 no que diz respeito à construção de estádios e, mais recentemente na calendarização do próprio campeonato do mundo sendo o próprio Joseph Blatter a colocar a hipótese de um Mundial se disputar pela primeira vez durante o Inverno Europeu entre os meses de Novembro e Dezembro de 2022. O líder máximo da FIFA admitiu que se vai tornar impossível de jogar com o calor sentido naquela península do Médio Oriente no pico do Verão pelo que ‘Sepp’ Blatter vai procurar chegar a um entendimento para que a proposta possa ver ‘luz verde’ nos próximos tempos. Certo é que para já a decisão avançada não é do agrado de todas as partes uma vez que, a ser organizada no Inverno de 2022, o Mundial de futebol iria coincidir com os Jogos Olímpicos de Inverno pelo que os organizadores dos Jogos temem que a ‘febre’ do futebol se sobreponha à organização do certame de Inverno, indo assim dificultar a vida de uma FIFA que vai ter de procurar uma solução rápida sob pena de o Mundial do Qatar se tornar rapidamente num fiasco sem precedentes. Qatar 2022 - Conflito de interesses ou um hino ao futebol? Dezembro 2013 VÁLTER FERREIRA “Alô Brasil, Portugal vai a caminho!”. Ao ritmo de Cristiano Ronaldo, a seleção portuguesa garantiu um lugar entre as 32 seleções finalistas do Campeonato do Mundo de 2014. Depois de meses de especulação e de dúvida, os selecionados de Paulo Bento levaram de vencida a sua congénere sueca com grande contribuição do seu capitão. Ronaldo foi a figura do apuramento ao apontar todos os golos da seleção das Quinas no ‘playoff’, o que permitiu ao astro português alcançar Pedro Pauleta na lista de melhores marcadores ao que resta apenas um golo a ‘CR7’ para se assumir como o maior goleador de todos os tempos da seleção nacional. Com o apuramento finalmente alcançado, Portugal garante assim a sua sexta presença em fases finais de um campeonato do mundo (1966, 1986, 2002, 2006, 2010 e 2014) ao confirmar também a hegemonia do país no futebol mundial visto que, desde a sua presença no EURO 2000, Portugal não falha o apuramento para as fases finais das grandes competições de seleções. Neste momento a equipa passa por uma renovação com a inclusão de nomes como William Carvalho, Bruma, Cédric Soares, André Almeida, Josué e Ivan Cavaleiro a perfilarem-se como uma possibilidade para incluir o lote final de 23 convocados para o certame do futebol internacional a ter “Eu estou aqui!” – Cristiano Ronaldo lugar de 12 de Junho a 13 de Julho de 2014, por terras de Vera Cruz. O colocou Portugal no Mundial 2014 Mundial está de volta ao país do futebol e certo é que Portugal já tem lugar marcado para descobrir o Brasil, uma vez mais, 514 anos depois da proeza de Pedro Álvares Cabral. VÁLTER FERREIRA Piston NEEMAAC CÍRCULO CENTRAL Mundial 2014: O que espera Portugal? As 32 seleções apuradas são organizadas em 4 potes consoante o seu ranking e confederação. Alguns puristas argumentam que o mais difícil já foi alcançado e que a presença num campeonato do Mundo de futebol pela quarta vez consecutiva é já um feito histórico a ser considerado por gerações futuras. No entanto, o comum e fiel adepto exige sempre mais e melhor da sua seleção independentemente do momento que a formação de Paulo Bento atravesse. É certo que o conjunto orientado pelo antigo internacional português está ainda longe do potencial evidenciado pelas seleções de 2002, 2004 e 2006 mas, também não é menos errado referir que o futuro se augura como promissor com jovens como William Carvalho, Bruma, Ivan Cavaleiro, Rafa Silva, Bernardo Silva, André Gomes, entre outros a darem cartas nas seleções jovens de Portugal pelo que é expectável que alguns destes ilustres (desconhecidos para alguns) figurem no lote de 23 convocáveis tendo já em vista o certame de 2014. Assim, o que espera Portugal em Junho e Julho do próximo ano? Com que outras seleções vai Portugal dividir o seu grupo no Campeonato do Mundo do Brasil? Alguns resultados menos prósperos num passado recente devem empurrar Portugal para o Pote 2 do sorteio a realizar no próximo dia 6 de Dezembro que se vê assim ultrapassada por seleções teoricamente menos expressivas como são os casos da Suíça, da Colômbia e da Bélgica, se bem que estas duas últimas são seleções a considerar para chegarem às fases decisivas do próximo Mundial. Se a Bélgica apresenta um coletivo jovem - com jogadores como Hazard, Lukaku, De Bruyne, Verthongen, Courtois, Witsel, Kompany, Dembelé e Chadli que têm créditos já firmados no futebol internacional -, do lado colombiano, ao serviço do país do café devem marcar presença no Brasil jogadores bem conhecidos dos adeptos portugueses como Radamel Falcao, James Rodriguez, Quintero, Guarín e Jackson Martinez. Deste modo e, olhando para o Pote 1, relativo aos cabeças de série, torna-se possível um embate Ronaldo/Messi ou Ronaldo/Neymar logo a abrir o Campeonato do Mundo sendo que velhas conhecidas como a Alemanha e a Espanha também podem tocar em sorte à formação lusa neste sorteio assim como a sensação do último mundial, o Uruguai, que tal como Portugal só logrou apuramento para a ‘Copa do Brasil’ via playoff continental onde ‘deixou pelo caminho’ a modesta seleção da Jordânia. Ao olhar para a constituição dos potes que vão estar presentes em sorteio e, assumindo que a sua composição vai ser semelhante à vivenciada no mundial da África do Sul há quatro anos atrás e que, portanto vai ter uma constituição igual à da imagem em cima apresentada, convém referir que existe a possibilidade de na fase de grupos termos um grupo com 3 seleções candidatas ao cetro mundial devido à presença da França no Pote 3. Se se decidir analisar qual a situação que mais e menos convém à seleção portuguesa desde logo é possível deduzir que as equipas que menos se encaixam no estilo de jogo de Portugal são Brasil, França e Japão respetivamente dos Potes 1, 3 e 4. Se o Brasil em tempos foi uma seleção acessível para Portugal, neste Mundial a equipa de Scolari parte como grande favorita à conquista final. 32 Dezembro 2013 Com uma seleção remodelada e com um estilo de jogo que mistura o típico virtuosismo do futebol canarinho com a eficácia do futebol europeu, o Brasil já provou recentemente que tem um coletivo superior a Portugal. Quanto a França e Japão, o historial contra os gauleses é negativo para Portugal que sempre que encontra os franceses em fases finais, regra geral, não consegue progredir pelo que por isso mesmo a França de Ribéry é uma seleção a evitar pelo menos numa fase ainda prematura da competição. Já o Japão surge como uma seleção guerreira que raramente deita a toalha ao chão e que nos grandes palcos tem por hábito constituir surpresa. Do outro lado da barricada existe uma combinação potencialmente mais favorável para a estirpe lusitana com Suíça, Argélia e Irão a serem os adversários mais acessíveis para Portugal se apurar para os oitavos-de-final. Um possível confronto entre Portugal e Irão vai agudizar a imprensa nacional com Carlos Queiroz a ter a oportunidade de defrontar Portugal pela primeira vez desde que se viu forçado a abandonar o cargo de selecionador nacional em Outubro de 2010. Nota final ainda para a única seleção estreante neste Mundial, a Bósnia e Herzegovina, que depois da separação da Jugoslávia aquando da sua independência enquanto nação nos Balcãs, marca presença pela primeira vez numa grande competição depois de ter adiado essa estreia em 2010 e 2012 depois de ter sido eliminada em ambas as vezes pela seleção portuguesa em playoffs de apuramento. Portugal vai marcar presença no sorteio para o Mundial 2014 no próximo dia 6 de Dezembro. A seleção nacional vai, ao que tudo indica, figurar no Pote 2 do sorteio. VÁLTER FERREIRA Piston NEEMAAC CÍRCULO CENTRAL “SE EM NOVEMBRO OUVIRES O TROVÃO, O ANO SERÁ BOM” Diz o ditado popular que se em Novembro ouvires o trovão, o ano será bom e a verdade é que Novembro foi um mês em que a Académica se transfigurou e marcou um encontro com a história ao reescrever capítulos com mais de quatro décadas de ‘inexistência’. Foi um mês em que a Briosa perdeu por apenas uma única vez – derrota por 3-0 na receção ao Benfica de Jorge Jesus – numa passeata de Novembro que culminou com uma vitória que já não surgia há 43 anos em jogos a contar para o campeonato Nacional. Ao 30º dia do mês de Novembro, o último dia do mês, a turma orientada por Sérgio Conceição levou de vencido o tri-campeão nacional instalando em definitivo o mau estar nas hostes azuis e brancas. O golo solitário de Fernando Alexandre em cima do intervalo permitiu à Académica derrubar um Porto que já não perdia desde Janeiro de 2012 em jogos a contar para a Liga Portuguesa para gaudio dos cerca de 5000 adeptos que marcaram presença no velho ‘calhabé’. Com a lição bem estudada, a Académica passou com distinção a um mês que se augurava difícil ao ficar apenas a mágoa de uma eliminação prematura na Taça da Liga. Mais-a-mais e, apesar de já não se tratar do mês de Novembro, o último encontro no mês de Outubro permitiu escrever mais uma página de ouro no longo historial da Académica na visita à cidade dos arcebispos. Os ‘estudantes’ bateram o pé ao Sporting de Braga europeu, algo que já não acontecia há 46 anos, alcançando assim a sua 500ª vitória em jogos no principal escalão do futebol nacional. Uma vez mais Fernando Alexandre foi o homem-golo da formação de Coimbra com o médio ex-Olhanense a mostrar que está a ter uma estreia apoteótica no plantel da Briosa. Fora da orla Briosa, Novembro foi mês de revolta na Liga Portuguesa visto que a derrota do Porto em Coimbra permitiu ao Sporting ser líder do campeonato, mais de cinco anos depois, apesar de desta feita ter de partilhar a liderança com o rival de Lisboa, o Benfica, que depois de um início conturbado de época começa a apresentar resultados. Do lado do Porto, Paulo Fonseca vive um momento hostil no universo do Dragão. O jovem técnico atravessa uma fase difícil com os azuis e brancos a vencerem apenas um dos seus últimos seis jogos. Novembro foi mês de agonia europeia para as equipas portuguesas. Se de Paços de Ferreira, Estoril Praia e Vitória de Guimarães pouco se esperava, certo é que Benfica e Porto pouco têm dignificado o futebol nacional além-fronteiras com ambas as formações a terem hipóteses reduzidas de seguirem em frente na Liga dos Campeões, o que num ano em que a final da liga milionária se vai re34 Dezembro 2013 alizar no Estádio da Luz, acaba por saber a pouco. Resta apenas confiar que na Liga Europa – caso se verifique o afastamento de ambas as equipas da ‘Champions’ – os eternos rivais consigam dar a volta à situação atual de modo a limpar a imagem do futebol português na Europa depois de um primeiro trimestre no mínimo desastroso! Em Novembro soou o trovão. Em Novembro foi reescrita história. Em Novembro soou o alarme mas, se o ditado for para ser cumprido fica a certeza de que o ano vai ser bom! VÁLTER FERREIRA Planeta académica: o dia em que o gigante caiu em Coimbra. Europa rendida a um feito brioso 8 de Novembro de 2012 é uma data que jamais será esquecida por todos os amantes e simpatizantes da Académica. Por Coimbra passava o campeão em título da Liga Europa e segundo classificado da Liga Espanhola, o Club Atlético de Madrid. As tropas de Diego Simeone chegavam à cidade dos ‘estudantes’ com um pecúlio invejável de 16 jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota em encontros europeus o que tornava a tarefa da Académica hercúlea mas não impossível. Num jogo que contou com uma assistência abaixo do desejado, fruto também da hora do encontro, apoio foi algo que acabou por não faltar com a Briosa a corresponder com mestria e com Wilson Eduardo em foco ao apontar os dois tentos que valeram a vitória da Académica. O Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra encontrava-se em perfeita ebulição e o público presente já não aguentava sentado pelo apito final do árbitro britânico Lee Probert. Não só estava prestes a cair o recorde averbado pela equipa madrilena como a Académica estava a minutos de voltar às vitórias na montra europeia depois de décadas em jejum, ao passo que o 2º golo da Académica surgia no mítico minuto 69’ da Rádio Universidade de Coimbra, que tão majestosamente adornou mais uma vitória épica da Académica. O colosso espanhol caía em Coimbra. A Académica fazia história e tinha a europa rendida a seus pés! VÁLTER FERREIRA Piston NEEMAAC Película Recordações da Casa Amarela (1989) de João César Monteiro Duração: 119min País: Portugal Com : João César Monteiro, Ruy Furtado e Manuela de Freitas Um homem nos seus cinquenta anos chamado João de Deus (interpretado pelo próprio realizador) vive numa pensão barata em Lisboa. Subnutrido e em precárias condições de saúde, alimenta-se de cultura tanto quanto possível. Certo dia, após não ter sucesso na tentativa de violar a filha da dona da Pensão (Manuela de Freitas) é expulso. Abandonado, João de Deus vê o quão dura e atroz a vida citadina pode ser. É internado num hospício e magicamente sai de lá com uma missão que lhe foi proposta por um amigo que é utente lá. César Monteiro tenta destruir todas a convenções sobre Cinema que até então tinham sido construídas. Sem se alinhar com correntes artísticas ou estilos, na sua filmografia é predominante os filmes onde ele protagoniza sobre a forma de um alter-ego, ora João de Deus como é o caso no presente filme, que faz parte da “Trilogia de Deus”, ora João Vuvu como é o caso do seu último filme “Vai e Vem (2003) ” meses antes de falecer. Disco Álbum: Noctourniquet Interprete: The Mars Volta Ano: 2012 36 Dezembro 2013 O último álbum da banda de El Paso, Texas antes de um curto período de hiato e consequentemente o fim da banda. Conhecidos por se apropriarem de muitos estilos de música, desde do rock psicadélico e experimental de bandas como Can e King Crimson passando por salsa, jazz, funk ou até o dub. Noctourniquet não conta com o contributo do guitarrista John Frusciante (mais conhecido por ser o primeiro guitarrista dos Red Hot Chill Peppers) não deixando Livro mesmo assim de ser um álbum incrivelmente fértil em arranjos de guitarra a transbordar de electricidade e de pedais (da autoria do guitarrista principal Omar Rodríguez-López) Com letras surrealistas, da autoria do vocalista Cedric Bixler-Zavala, cheias de referências às mais diversas culturas, Noctourniquet é uma incrível forma de a banda cessar as suas funções, uma despedida à medida da obra que tinha feito até então. A Explicação dos Pássaros Autor: António Lobo Antunes Editora: Dom Quixote 1981 Um casal desloca-se para um congresso em Tomar mas um certo conjunto de factores inesperados faz com que venham acabar em Aveiro. Rui quer deixar Marília mas não tem coragem e conforma-se numa relação pouco frutuosa. Rui, um professor, desde pequeno que cultiva uma pequena obsessão, saber a explicação dos pássaros. Inadaptado, tenta sempre sentir-se parte integrante, da família, de um grupo de amigos (entre os quais um barítono de classe mundial), mas conclui que o seu lugar não existe. Certo dia um corpo é encontrado na Ria de Aveiro. É um dos seus primeiros livros mas já se pode ver claramente as linhas gerais da sua forma de escrever: Fragmentada, onde actos, tempos e personagens colidem num processo construtivo, António Lobo Antunes consagra um estilo único, uma narrativa riquíssima, incrivelmente metafórica e lírica. É em conjunto com outros escritores portugueses do Século XX como Saramago e Jorge de Sena, uma voz necessária para a Literatura trilhar novos caminhos. Eventos Cinema no TAGV (3€ estudante): Destaque para o filme “A Vida de Adele” do realizador franco-tunisino Abdellatif Kechiche que venceu a Palma de Ouro este ano. Um filme que se debate com a descoberta a identidade e mais especificamente com a sexualidade. Exibições: 2 de Dezembro (estreia nacional) e 9 Dez às 21h30. O Grande Mestre de Wong Car Wai que já nos deixou filmes incrivelmente sensitivos como é o caso “In the Mood For Love” ou “Chunking Express”. Wong arrisca agora em fazer um filme sobre artes marciais sobre o mentor de Bruce Lee. Exibições: 16 Dez às 21h30 ANDRÉ PORTUGAL Piston NEEMAAC Visita ao Passado Em ano de lançamento da nova consola da sony, que a termo de curiosidade em 24h vendeu 1 milhão de exemplares, deu-me uma certa nostalgia e resolvi “desenterrar” a minha, agora velhinha e antiquada PlayStation 2. Lançada a 24 de Novembro de 2000, é verdade já lá vão 14 anos, vendeu aproximadamente 150 milhões de exemplares ao longo dos tempos e existem mais de 11000 títulos disponíveis para jogar e para matar muitas horas. Apesar de o fabrico de novas unidades já ter sido cancelado e esta ter sido substituida pela Playstation 3 em 2006 e agora em 2013 pela Playstation 4, ainda continuam a ser produzidos jogos para esta consola. No início, a consola foi só lançada no Japão, mas ouve certos atrasos na produção que levou a que demora-se mais tempo até chegar ao resto do mundo. Mas, a ancia de experimentar a nova consola que dava continuação ao sucesso da PlayStation foi tanta que havia pessoas a pagar mais de mil dólares em sites de leilões, como por exemplo o eBay. A PlayStation 2 é até ao dia de hoje a consola de 6ª geração mais vendida de sempre, sendo apenas ultrapassada pela Nintendo Ds que até ao fim de 2012 já tinha vendido mais de 155 milhões de exemplares. Além disso, todos nos conhecemos grandes titulos que foram produzidos para esta consola, como por exemplo GTA San Andreas, Black, Ratchet & Clank, Driver, Jak, Guitar Hero, Metal Gear entre uma lista enorme de muitos outros titulos que para sempre ficaram na nossa memória. Mas este ano é ano de lançamento de uma nova consola, e quantos mais anos passam mais velhinha fica a nossa PlayStation 2, mas as memórias das horas passadas a criar a destruição e o caus no GTA, ou a tocarmos as nossas músicas de rock favoritas e imaginarmos e sonharmos um dia nós mesmos sermos umas grandes estrelas de rock, para sempre ficaram guardadas na memória. SÉRGIO ALMEIDA 38 Dezembro 2013 Para alguns a época futebolística só começa verdadeiramente aquando do lançamento de um novo FM. A série da Sports Interactive celebrou no ano passado duas décadas de existência e é um jogo de sucesso na indústria dos jogos, por mais estranho que isso possa parecer para as pessoas mais afastadas deste fenómeno. Na calma de casa, no Departamento de Engenharia Mecânica, em qualquer lado, onde existe um PC lá estará o belo do FM instalado para os mais “colados” neste jogo que revolucionou a definição de simulador de gestão desportiva. Para quem joga, chegou finalmente a altura em que desligamos de tudo e de todos e ouvimos o tão frequente: “ Passas demasiado tempo a jogar FM” ou “Ainda estás nisso?” da mãe ou namorada. Mas decerto que aquele que mais gosto de ouvir é aquele inicial, na altura em que se compra o jogo, o tal: “ Pronto agora não me vais ligar nenhuma”. É simplesmente espantoso como um simples jogo de computador tem esta capacidade de nos colar, de nos hipnotizar, conseguindo levar os mais susceptíveis a demonstrar um impressionante alheamento da realidade. O vício, tal como a virtude, cresce em passos pequenos, mas para quem joga FM essa é realmente uma questão mais complexa. Piston NEEMAAC what’s hot? Football Manager Classic Assim como no jogo anterior, FM 2014 conta com o modo Football Manager Classic (FMC). Foi perante a complexidade do jogo e do número de horas que é necessário despender para desfrutar em pleno da experiência actual que o modo FMC foi criado. Na prática, trata-se de uma vertente simplificada do habitual modo carreira, oferecendo um conjunto de características únicas no sentido de responder as expectativas de treinadores mais casuais. Disponível a partir do menu inicial do jogo, o FMC conta com uma interface concebida especialmente para que este modo, oferecendo uma base de dados mais condensada e onde o treinador apenas pode ter ligas activas de três países simultâneos. O detalhe estará desta forma limitado, em especial nas áreas de treino, estatísticas, imprensa, agentes, bem como na interactividade com a direcção do clube e membros da equipa técnica. No próprio dia do jogo não existirão palestras com a equipa, nem será necessário dar instruções adversárias. O jogo poderá ser acompanhado através de opções habituais, mas também será possível “saltar” o desafio e conhecer de imediato o resultado final. Este modo contém tudo o que faz do FM um colosso, mas grande parte das características passou para os bastidores. Em suma, um modo para agradar os treinadores com pouco tempo para jogar e onde apenas têm de se preocupar com quatro áreas do jogo: treino, tácticas, transferências e contractos. Grandes Desafios Tal como no jogo anterior, este FM tem uma série de desafios para os que jogam o jogo. Tal como o nome indica, este modo serve para colocar ao treinador uma série de missões predefinidas para cumprir, onde também pudemos introduzir um grau de dificuldade. Alguns dos desafios presentes no jogo. 40 Dezembro 2013 Ser Um Treinador A primeira alteração prende-se com o design da interface. Existem pequenas afinações que vão obrigar os treinadores mais antigos da série a um pequeno período de habituação, mas no geral a informação favorece ainda mais a fluidez global do jogo. A navegação pelos menus continua a ser intuitiva e nota-se que os índices de personalização também aumentaram, com a possibilidade de o treinador escolher que tipo de informação deseja ver num determinado ecrã ou menu. A forma como os jogadores são apresentados no ecrã facilita-nos a vida, ao ser muito mais intuitivo perceber onde cada jogador pode encaixar na nossa equipa, algo ainda mais importante quando chegarem a épocas futuras onde não conhecem nenhum dos jogadores disponíveis. Com uma interface mais simplificada é nos mais fácil aceder a informações importantes e evitar perder tempo à sua procura. Um dos maiores destaques da série sempre foi o realismo da base de dados e o módulo associado às transferências, e neste particular existem várias melhorias. Os treinadores geridos pela IA tentarão agora encontrar futebolistas que se enquadrem melhor na filosofia específica do clube que orientam, e o processo de negociação na venda de jogadores transparece uma maior sabedoria por parte do clube vendedor, apesar de existir uma maior facilidade em relação ao jogo anterior a comprar jogadores de equipas “rivais”. Outro aspecto adicionado este ano, também relacionado com as transferências é a possibilidade de vender e comprar percentagem de passes ao agente do jogador, incentivar agentes a comprar passes de jogadores de outras equipas de modo a reduzir o custo dos jogadores alvos de transferências, apesar de tal apenas ser permitido em algumas ligas e proibido noutras. Com um bom treino podemos transformar um miúdo maravilha num jogador de classe mundial. Piston NEEMAAC what’s hot? É também notório, ao fim de algumas semanas de jogo, que os jogadores apresentam uma personalidade melhorada, mais diversificada e imprevisível, retirando-nos a capacidade de antever uma reacção positiva ou negativa, e sendo assim também mais difícil reverter uma situação negativa (nada que um tempinho nas equipas de reserva não resolva). A nova estrutura de diálogos é mais complexa, os discursos são mais interligados, criando mais opções e reacções, mostrando também neste aspecto o quão empenhada a SI esta em criar um jogo o mais real possível. Por fim, talvez a melhor melhoria seja mesmo a maior profundidade táctica que o jogo exige. É de realçar que ainda existem algumas formas de contornar as dificuldades e alcançar o sucesso, mas quem jogue pelo prazer de jogar e não apenas pela febre dos títulos, irá encontrar aqui uma experiência de jogo mais complexa e profunda, onde cada vez mais é necessário ler o jogo e também os jogadores, e garantir que conhecimentos acima da média sobre este desporto terão aqui resultados. FM2014 é o melhor jogo de sempre no seu género, não tendo concorrência. É um título forte, capaz de nos prender até ao próximo ano. Nota-se a falta de algumas licenças mas aos poucos vamos esquecendo esses problema e m erg ul ha m o s numa excelente experiência de jogo que só será melhorada pelo futuro FM2015, daqui a um ano. DAVID CABRAL CLASSIFICAÇÃO: 95 OUTROS JOGOS RECOMENDADOS: League of Legends PES 2014 Battlefield 4 Grand Turismo 6 Watch Dogs 42 Dezembro 2013 passatempos SUDOKU ANTÓNIO ALMEIDA Piston NEEMAAC calendário de exames MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA FREQUÊNCIAS ÉPOCA NORMAL ÉPOCA DE RECURSO A CONSULTA DESTE CALENDÁRIO NECESSITA DE CONFIRMAÇÃO NO INFORESTUDANTE, OS HORÁRIOS PODEM SER ALTERADOS! 44 Dezembro 2013 ENGENHARIA E GESTÃO INDUSTRIAL A) Licenciatura B)Mestrado FREQUÊNCIAS ÉPOCA NORMAL ÉPOCA DE RECURSO LUÍS BASTOS Piston NEEMAAC “Neste primeiro semestre, o NEEMAAC desenvolveu mais de quinze actividades, de todos os pelouros integrantes da nossa equipa. Interrogo-me muitas vezes sobre quais os motivos para a fraca participação em algumas das nossas actividades: se, por um lado, é certo que o corrupio eleitoral que se vivenciou ofuscou um pouco o trabalho do Núcleo, por outro as actividades desenvolvidas são suficientemente abrangentes e interessantes para apelar à tua participação. A tua presença nas nossas actividades é a melhor recompensa que podemos ter, e um auditório/sala cheio de pessoas interessadas só nos dá ainda mais força para continuar a trabahar para ti! Ser estudante de Coimbra não passa só por manifestarmos o nosso amor à Académica nos meses de Outubro e Novembro. Ser estudante de Coimbra é ser activo e participativo no teu próprio Departamento e nas actividades que o teu Núcleo organiza para ti!” - João Marques Participa nas actividades que criamos para ti!! O PISTON DESEJA-TE UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO VISITA-NOS NA NOSSA PÁGINA DE FACEBOOK https://www.facebook.com/Piston.NEEMAAC
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