Questões de Vestibular

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Questões de Vestibular: Língua Portuguesa - Figuras e vícios de
linguagem
(PUC-RIO) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro -
Questão 1:
Explique o uso do termo eufemismo no texto.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Discursiva Manual
(UNEMAT/MT) - Universidade do Estado de Mato Grosso Questão 2:
A Gramática da Língua Portuguesa define metáfora como sendo a “alteração do sentido de uma palavra, pelo acréscimo de
um significado segundo, quando entre o sentido de base e o acrescentado há uma relação de semelhança, de intersecção, isto
é, quando eles apresentam traços semânticos comuns”.
Fonte:Platão & Fiorin, 2003.
Com base na definição, assinale a alternativa em que a frase contém a figura de linguagem denominada metáfora.
A
Quase sempre a síndica é a bruxa do condomínio.
B
Depois da piada, a plateia explodiu em risos.
C
Ele trabalha como um burro de cargas.
D
A criança corria e arfava e chorava depois do susto.
E
O rio morre, a cada dia, em função da ação do homem.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UNEMAT/MT) - Universidade do Estado de Mato Grosso Questão 3:
Leia os excertos do conto “A hora e vez de Augusto Matraga”, da obra Sagarana, de Guimarães Rosa.
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I. “E também no setor sul estalara, pouco antes, um mal entendido, de um sujeito com a correia desafivelada – lept!...
lept!... -, com um outro pedindo espaço, para poder fazer sarilho com o pau.” (p.321)
II. “– Eu vou p’ra o céu, e vou mesmo, por bem ou por mal!... – E a minha vez há de chegar... P’ra o céu eu vou, nem que
seja a porrete!...”(p.337)
III. “Um vento frio, no fim do calor do dia... Na orilha do atoleiro, a saracura fêmea gritou, pedindo três potes, três potes,
três potes para apanhar água” (p.343)
IV. “Todos tinham muita pressa: os únicos que interromperam, por momentos, a viagem, foram os alegres tuins, os
minúsculos tuins de cabeçinhas amarelas, que não levam nada a sério, e que choveram nos pés de mamão e fizeram recreio,
aos pares, sem sustar o alarido – rrrl-rrril! Rrrl-rrril!...” (p.352-3)
V. “Uma tarde cruzou, em pleno chapadão, com um bode amarelo e preto, preso por uma corda e puxando, na ponta da
corda, um cego, esguio e meio maluco.” (p.356)
Assinale a alternativa correta que contempla os fragmentos em que o autor faz uso da figura de linguagem denominada
onomatopeia.
A
Apenas II, III e V
B
Apenas III, IV e V
C
Apenas I, III e IV
D
Apenas I, II e IV
E
Todas estão corretas.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí Questão 4:
Em uma das opções, os substantivos “prato” e “pirão” (linha 12) integram uma construção linguística que
se constitui um exemplo de metonímia.
A
Havia pirão no prato.
B
C
D
E
-
Pirão no prato, fineza de trato.
Venha que o pirão já está no prato.
Prato e pirão na mesa, fome longe dela.
Comi um prato de pirão.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí Questão 5:
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Síndrome do excesso de informação
O eterno sentimento humano de ansiedade diante do desconhecido começa a tomar uma forma óbvia
nestes tempos em que a informação vale mais que qualquer outra coisa. As pessoas hoje parecem estar
sofrendo porque não conseguem assimilar tudo que é produzido para aplacar a sede da humanidade por
mais conhecimento.
Como toda ansiedade, a angústia típica de nosso tempo machuca. Seu componente de
irracionalidade é irrelevante para quem se sente mal. O escritório de estatísticas da Inglaterra divulgou
recentemente uma pesquisa que é ao mesmo tempo um diagnóstico. Cerca de um sexto dos ingleses entre
16 e 74 anos se sente incapaz de absorver todo o conhecimento com que esbarra no cotidiano. Isso
provoca tal desconforto que muitos apresentam desordens neurológicas. O problema é mais sério entre os
jovens e as mulheres. Quem foi diagnosticado com a síndrome do excesso de informação tem dificuldade
até para adormecer.
O sono não vem, espantado por uma atitude de alerta anormal da pessoa que sofre. Ela simplesmente
não quer dormir para não perder tempo e continuar consumindo informações. Os médicos ingleses
descobriram que as pessoas com quadro agudo dessa síndrome são assoladas por um sentimento constante
de obsolescência, a sensação de que estão se tornando inúteis, imprestáveis, ultrapassadas. A maioria não
expressa sintomas tão sérios. O que as persegue é uma sensação de desconforto – o que já é bastante
ruim.
O ambulatório de ansiedade da USP ainda não pesquisa a ansiedade de informação especificamente. Mas
tem atendido um número crescente de ansiosos que mencionam como causa de suas apreensões a
incapacidade de absorver informações ao ritmo que consideram ideal. “Ler e aprender sempre foi tido como
algo bom, algo que devíamos fazer cada vez mais. Não sabíamos que haveria um limite para isso. Está
acontecendo com a informação o mesmo que já acontece com o hábito alimentar. Em vez de ficarmos bem
nutridos, estamos ficando obesos de informação”, diz Anna Verônica Mautner, psicanalista em São Paulo.
(Cristina Baptista. Veja. São Paulo: Abril, set. 2001, Fragmento.)
No trecho a seguir: “Em vez de ficarmos bem nutridos, estamos ficando obesos de informação”, o
fragmento sublinhado:
A
é típico de um texto literário.
B
exemplifica uma aliteração.
-
C
D
manteve seu sentido literal.
produz um efeito de ambiguidade.
E
-
constitui uma metáfora.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UFRN/RN) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte Questão 6:
Os fragmentos textuais abaixo foram extraídos de crônicas de Luis Fernando Verissimo (2001). Aquele em
que o termo sublinhado constitui uma onomatopeia é:
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“Originalmente, portanto, ‘tintim por tintim’ indicava um pagamento feito
A minuciosamente, moeda por moeda.” (Tintim, p. 64)
“Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.” (Defenestração,
B p. 60)
“Depois de dizer ‘quatrilhão’ você tem que pular para trás, senão ele esmaga os
C seus pés.” (Pudor, p. 70-71)
“É dizer ‘Sílfide’ e ficar vendo suas evoluções no ar, como as de uma borboleta.”
D (Pudor, p. 69)
Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha
(PUC-SP) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Questão 7:
Pátria amada, mãe gentil?
MIGUEL SROUGI
Como lembrava o arcebispo Desmond Tutu, incansável na luta pelos direitos civis: “Se ficarmos neutros
numa situação de injustiça, teremos escolhido o lado do opressor”. Presidente, principalmente você, que
tem história para ser o exemplo, pode atender ao grito ensurdecedor de tantos filhos da nação.
Assumindo o combate sem limites ao grupo de predadores assentados no poder. Exigindo que a Justiça
faça das leis instrumentos verdadeiros de defesa dos direitos, e não objetos de proteção aos ímprobos e
poderosos.
E, tomado por compaixão, adotando ações genuínas para reduzir os efeitos da desigualdade e para
resgatar a condição humana desses brasileiros. Só assim, perfilado no dia da pátria, você conseguirá,
marejado, declamar com a multidão: “Dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil”.
MIGUEL SROUGI, 62, médico, pós-graduado em urologia pela Harvard Medical School (EUa), é
professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho do Instituto Criança
é Vida. In: Folha de S. Paulo. Opinião, 06/09/2009
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Texto 2
Nossa pátria mãe gentil
Intérprete: Beth Carvalho
Composição: Vaguinho / Boneco
Preserve a Amazônia, mãe gentil
Com sua beleza sem igual
Ela é o tesouro do Brasil
Com suas riquezas naturais
Estão vendendo nossa nação
Estão entregando nosso quinhão
A gente tem que gritar
PUC – NOVEMBRO/2009
PUC
Não vamos nos acomodar
Pois isso aqui é nossa terra
Esses homens vão ter que entender
Que isto aqui é o nosso Brasil
Nosso chão, nossa vida, nossa pátria mãe gentil
Isso um dia vai ter que mudar
A justiça vai ter que acordar
E a igualdade um dia vai raiar
In: PAGODE de mesa: Ao Vivo – Vol. 2. Indie Records – 2000
Texto 3
PAINEL DO LEITOR
Mãe gentil
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“O artigo do doutor Miguel Srougi de domingo ("Pátria amada, mãe gentil?", "Tendências/Debates') é um
grande alento, principalmente por tratar-se de alguém que, sendo um dos nossos mais ilustres e
respeitados profissionais da medicina, optou por não se omitir, colocando sua liderança e credibilidade a
serviço da cidadania ativa e da justiça social.
Sua voz qualificada renova as esperanças de que o Estado brasileiro, sistematicamente saqueado ao
longo de sua história por vorazes minorias públicas e privadas, que o manipulam em benefício próprio,
venha a tornar-se, um dia, a mãe gentil de todos os brasileiros.”
JOSÉ BENJAMIM DE LIMA, promotor de Justiça aposentado (Assis, SP) In: FOLHA de S. Paulo. Opinião,
08/09/2009
Relacione os trechos da Coluna A aos recursos de linguagem presentes na Coluna B:
COLUNA A
1. Ela é o tesouro do Brasil [texto 2]
2. A justiça vai ter que acordar [texto 2]
3. Sua voz qualificada renova as esperanças [texto 3]
4. Vorazes minorias públicas e privadas [texto 3]
5. Benefício próprio [texto 3]
COLUNA B
( ) Metonímia, por designar o todo pela parte.
( ) Eufemismo como recurso intencional para suavizar a carga conotativa de roubalheira.
( ) Hipérbole como recurso intencional para aumentar a carga expressiva de outra palavra.
( ) Metáfora para qualificar designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa
outro objeto.
( ) Personificação, por atribuir características humanas a algo.
A
B
C
D
E
-
3–4–2–1–5
5–3–2–1–4
1–4–2–5–3
3–5–2–1–4
3–5–4–1–2
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular Questão 8:
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[José Dias] Teve um pequeno legado no testamento, uma apólice e quatro palavras de louvor. Copiou as
palavras, encaixilhou-as e pendurou-as no quarto, por cima da cama. “Esta é a melhor apólice”, dizia ele
muita vez. Com o tempo, adquiriu certa autoridade na família, certa audiência, ao menos; não abusava, e
sabia opinar obedecendo. Ao cabo, era amigo, não direi ótimo, mas nem tudo é ótimo neste mundo. E não
lhe suponhas alma subalterna; as cortesias que fizesse vinham antes do cálculo que da índole. A roupa
durava-lhe muito; ao contrário das pessoas que enxovalham depressa o vestido novo, ele trazia o velho
escovado e liso, cerzido, abotoado, de uma elegância pobre e modesta. Era lido, posto que de atropelo, o
bastante para divertir ao serão e à sobremesa, ou explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do
frio, dos polos e de Robespierre.
Contava muita vez uma viagem que fizera à Europa, e confessava que a não sermos nós, já teria voltado
para lá; tinha amigos em Lisboa, mas a nossa família, dizia ele, abaixo de Deus, era tudo.
Machado de Assis, Dom Casmurro.
Considerado o contexto, qual das expressões sublinhadas foi empregada em sentido metafórico?
A
B
C
D
E
-
“Teve um pequeno legado”.
“Esta é a melhor apólice”.
“certa audiência, ao menos”.
“ao cabo, era amigo”.
“o bastante para divertir”.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UNIMONTES/MG) - Universidade Estadual de Montes Claros Questão 9:
“Gigante pela própria natureza
és belo, és forte, impávido colosso (...)”
Nesse trecho do Hino, faz-se largamente uso de uma linguagem figurada. Está presente nele
A
-
o eufemismo, já que a intenção é atenuar algo.
B
o oxímoro, já que a intenção é a associação paradoxal de ideias.
C
a hipérbole, já que a intenção é magnificar algo.
-
a antífrase, já que se exprime o oposto do que se quer exprimir.
D
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Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha
(UFLA/MG) - Universidade Federal de Lavras Questão 10:
Minha mulher, a solidão,
Consegue que eu não seja triste.
Ah, que bom é ao coração
Ter este bem que não existe!
Recolho a não ouvir ninguém,
Não sofro o insulto de um carinho
E falo alto sem que haja alguém:
Nascem-me os versos do caminho.
Senhor, se há bem que o céu conceda
Submisso à opressão do Fado,
Dá-me eu ser só - veste de seda –,
E fala só – leque animado.
(Fernando Pessoa, Poesias coligidas. Inéditas 1919-1935. Em: Obra poética em um volume, 1986)
Na primeira estrofe, Fernando Pessoa se vale de duas figuras para expressar a atitude do “eu lírico”
diante da solidão; trata-se, respectivamente, de
A
B
C
D
E
-
metonímia e metáfora.
onomatopeia e aliteração.
personificação e paradoxo.
metáfora e metonímia.
paradoxo e antítese.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
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(UFPel/RS) - Universidade Federal de Pelotas Questão 11:
MULHERES NO CÁRCERE E TERAPIA DO APLAUSO
Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea.
Faltam absorventes. Não existem creches. Excluem-se afetividades. Celas apertadas para mulheres que convivem com a superposição de TPMs, ansiedades,
alegrias e depressões.
A distância da família e a falta de recursos fazem com que mulheres fiquem sem ver suas crianças. Crianças privadas do direito fundamental de estar com
suas mães. Crianças que perdem o contato com as mães para não crescerem no cárcere.
Uma presa, em Garanhuns, Pernambuco, luta para recuperar a guarda de sua criança, que foi encaminhada para adoção por ela não ter familiares
próximos. Uma criança com cerca de 2 anos de idade, em Teresina, Piauí, nasceu e vive no cárcere, não fala e pouco sorri; a mãe tem pavor de perdê-la para a
adoção, sua família é de Minas Gerais.
Essas mulheres são vítimas do machismo, da necessidade econômica e do desejo de consumir. São flagradas nas portas dos presídios com drogas para os
companheiros; são seduzidas por traficantes que se especializaram em abordar mulheres chefes de família com dificuldades econômicas; também são
vaidosas e, apesar de pobres, querem consumir o que a televisão ordena que é bom.
Um tratamento ofensivo as afeta emocionalmente. A tristeza facilmente se transforma em fúria. Muitas escondem de suas crianças que estão presas.
Sentem vergonha da condição de presas. Na maioria dos casos, estão convencidas de que são culpadas e que merecem o castigo recebido. Choram, gritam e
se comovem. O cárcere é despreparado e pequeno demais para comportar a complexidade das mulheres.
Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário não se prepara nem para recebêlas, nem para as ressocializar. Faltam presídios femininos, assim como capacitação específica para servidores penitenciários que trabalham com mulheres no
cárcere. Falta estrutura que considere a maternidade e que garanta os direitos fundamentais das crianças.
Assim como na sociedade, no cárcere o espaço da mulher ainda é precário. O sistema é masculino na sua concepção e essência. Em cidades como Caicó,
Rio Grande do Norte, não existe penitenciária feminina. As mulheres presas são alojadas numa área improvisada dentro da unidade masculina. Em Mossoró,
no mesmo estado, mulheres presas, ainda sem sentença, aguardam julgamento numa área minúscula dentro da cadeia pública masculina. A presença
improvisada das mulheres cria problemas legais e acarreta insegurança para servidores penitenciários quanto à garantia da segurança geral e da integridade
física das mulheres.
Santos, Bárbara. (Adapt.) http://carosamigos.terra.com.br/do_site/reportagem_barbara.asp.Acesso em 22/08/2008
A personificação é uma figura de linguagem que consiste na atribuição de características humanas a seres inanimados ou animais, ou simplesmente na
atribuição de características de seres vivos a coisas inanimadas. Essa figura aparece em todas as frases, EXCETO em:
A
“(...) querem consumir o que a televisão ordena que é bom.” (4º parágrafo)
B
“Falta estrutura que considere a maternidade (...)” (6º parágrafo)
C
“(...) o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea.” (1º parágrafo)
D
“Elas estão no cárcere” (1º parágrafo)
E
“(...) o sistema penitenciário não se prepara nem para recebê-las (...)” (6º parágrafo)
F
I.R.
Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha
(CEFET/RS) - Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Sul Questão 12:
FAÇA O BEM SEM OLHAR A QUEM
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Terezinha Pasqualotto - Jornalista e licenciada em Filosofia – Obra em prelo, 2008.
Faça o bem sem olhar a quem. Eu me criei ouvindo esta frase. Dentro deste espírito, quero propor um ato de amor e de solidariedade. Quero propor
que você seja um doador de órgãos, já que nem eu e nem você, caro leitor, ficaremos para semente. Será um gesto de bondade que, se não garantir uma
cadeira no céu ou a redenção dos pecadilhos, proporcionará um sentimento de satisfação, que só o desprendimento e a caridade podem propiciar, na certeza
de que alguém fará uso de algo que já não nos servirá mais.
Para ser um doador não é preciso deixar nada escrito, basta avisar à família. Se a consciência sobre a importância da doação se
multiplicar, poderemos possibilitar cenas como estas: Maria apaixonada pelo Marcos com o coração da Priscila. João lendo notícias, por
causa da córnea da Lúcia, com a qual ele voltou a enxergar. A Cristina bebendo uma cervejinha gelada com o fígado do Pedro. A Karen
comendo saborosos docinhos com o pâncreas da Neuza. O rim poderá ir para o Felipe, aquele filho da vizinha que há anos espera na fila,
lembra?
Os órgãos da menina Eloá, falecida recentemente, foram doados a sete pessoas. Sete pessoas que serão eternamente gratas à
Eloá e à família dela. Sete pessoas que voltaram a ter vida, a ter sonhos e a ter esperanças. Hoje, mais do que nunca, todos vivenciam um
tempo em que são acometidos pela dor de uma perda insuperável, e a doação de órgãos pode trazer maior alento do que apenas rezar
missas e colocar flores. É o ato de fé mais significativo para manter viva aquela pessoa entre nós. Aí poderemos afirmar: morreu coisa
nenhuma. Está doando vida a outro ser humano. É uma ressurreição possível e real, que sai das páginas da Bíblia e vira milagre
testemunhado por todos nós.
Nenhum de nós quer morrer, nenhum de nós quer perder ninguém, nenhum de nós quer, nem mesmo, comentar tal assunto. Antes de
prosseguir com o seu dia a dia, aparentemente inabalável, expresse, inúmeras vezes e com ênfase, sua vontade de viver até os 90 ou 100
anos (amém) e, caso o destino seja mais rápido no gatilho, isto é, passar desta para outra, você sobreviverá através do corpo de outra
pessoa. Não é um assunto mórbido. Estamos comentando sobre esperança. Doe-se em vida e depois dela.
Leia as afirmativas abaixo, relacionadas ao uso de figuras de linguagem:
I - Observa-se a presença de um eufemismo na expressão: “o destino seja mais rápido no gatilho” (linhas 27-28).
II - Constata-se a presença de um paradoxo na expressão “que sai das páginas da Bíblia” (linhas 22-23).
III - Constitui-se em antítese o uso das palavras “mórbido” (linha 24) e “esperança” (linha 29).
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
A
B
C
D
-
I e III apenas.
I, II e III.
I apenas.
II e III apenas.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UNIR/RO) - Fundação Universidade Federal de Rondônia Questão
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No texto, Rubem Fonseca cita duas figuras de linguagem, a metáfora e o eufemismo, e trabalha amplamente a segunda. A primeira ocorre quando uma
palavra é empregada em um contexto de significação que não lhe é próprio, com base em uma relação de similaridade. Numere os exemplos dados na coluna
da direita de acordo com as figuras de linguagem da coluna da esquerda.
1 – Eufemismo
2 – Metáfora
( ) Senti a seda de sua pele em meu rosto.
( ) A propaganda é a alma do negócio.
( ) Falta-lhe inteligência para compreender a situação.
( ) O pavão é um arco-íris de plumas.
( ) No confronto entre policiais e bandidos, muitos adormeceram para sempre.
Assinale a sequência correta.
A
B
C
D
E
-
2, 1, 1, 2, 2
1, 1, 2, 1, 2
2, 2, 1, 2, 1
1, 2, 2, 1, 1
2, 1, 2, 2, 1
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UEA/AM) Universidade do Estado do Amazonas Questão 14:
Um coqueiro, vendo-me inquieto e adivinhando a causa, murmurou de cima de si que não era feio que os meninos de quinze anos andassem nos cantos
com as meninas de quatorze; ao contrário, os adolescentes daquela idade não tinham outro ofício, nem os cantos outra utilidade. Era um coqueiro velho, e eu
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cria nos coqueiros velhos, mais ainda que nos velhos livros. Pássaros, borboletas, uma cigarra que ensaiava o estilo, toda a gente viva do ar era da mesma
opinião.
Com que então eu amava Capitu, e Capitu a mim? Realmente, andava cosido às saias dela, mas não me ocorria nada entre nós que fosse deveras secreto.
Antes dela ir para o colégio, eram tudo travessuras de crianças; depois que saiu do colégio, é certo que não estabelecemos logo a antiga intimidade, mas esta
voltou pouco a pouco, e no último ano era completa. Entretanto, a matéria das nossas conversações era a de sempre. Capitu chamava-me às vezes bonito,
mocetão, uma flor; outras pegava-me nas mãos para contar-me os dedos. E comecei a recordar esses e outros gestos e palavras, o prazer que sentia quando
ela me passava a mão pelos cabelos, dizendo que os achava lindíssimos. Eu, sem fazer o mesmo aos dela, dizia que os dela eram muito mais lindos que os
meus. Então Capitu abanava a cabeça com uma grande expressão de desengano e melancolia, tanto mais de espantar quanto que tinha os cabelos realmente
admiráveis; mas eu retorquia chamando-lhe maluca. Quando me perguntava se sonhara com ela na véspera, e eu dizia que não, ouvia-lhe contar que sonhara
comigo, e eram aventuras extraordinárias, que subíamos ao Corcovado pelo ar, que dançávamos na lua, ou então que os anjos vinham perguntar-nos pelos
nomes, a fim de os dar a outros anjos que acabavam de nascer. Em todos esses sonhos andávamos unidinhos. Os que eu tinha com ela não eram assim,
apenas reproduziam a nossa familiaridade, e muita vez não passavam da simples repetição do dia, alguma frase, algum gesto. Também eu os contava. Capitu
um dia notou a diferença, dizendo que os dela eram mais bonitos que os meus; eu, depois de certa hesitação, disse-lhe que eram como a pessoa que
sonhava... Fez-se cor de pitanga.
(Machado de Assis, Dom Casmurro.)
Assinale a alternativa em que, no fragmento selecionado do texto, se verifica a figura de linguagem conhecida como “prosopopeia” ou “personificação”.
A
Um coqueiro, vendo-me inquieto e adivinhando a causa [...]
B
[...] andava cosido às saias dela [...]
C
Capitu chamava-me às vezes bonito, mocetão, uma flor [...]
D
[...] subíamos ao Corcovado pelo ar [...]
E
[...] os anjos vinham perguntar-nos pelos nomes [...]
Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha
(UFAM) - Universidade Federal do Amazonas Questão 15:
Às 6 horas apontamos a proa para a ilha Rasa e às 12 e meia já estávamos de volta. Foi uma pescaria curta e modesta, pois trouxemos apenas um dourado
de 10 quilos que o patrão do barco fisgou, eu ajudei a tentear e Chico Brito puxou com o bicheiro. Não o choreis. Era na verdade lindo, a correr e saltar na água
azul, todo verde e dourado e azul; lutou pela vida, foi bravo e morreu.
Não o choreis: era um belo animal cruel e, além disso, guloso. Quando foi aberto o seu bucho, havia dentro dele várias sardinhas e vários baiacus, todos
abocanhados inteiros, alguns evidentemente há bem pouco tempo. Ele estava, portanto, de barriga cheia, e com uma grande parte da digestão por fazer; se
engoliu nossa modesta sardinha não foi por fome e sim por mania predatória. Como somos democráticos e defensores dos fracos e pequenos, choramos as
sardinhas e baiacus. Quanto ao dourado o dividimos em postas e o almoçamos tranquilamente, ao som de um vinho branco Santa Rita, devidamente chileno.
Após o que deitei-me, na minha branca e cearense rede, cuja varanda é bordada de leões, e cochilei cerca de meia hora, a sonhar vagamente com minha
amada e com o mar.
Enfim, tudo isso são prazeres que um intelectual modesto pode usufruir em um país subdesenvolvido a esta altura do século, após 30 anos de labor
relativamente honesto. Nos prazeres referidos não vai incluída a amada, que, por desamante, antes seria motivo de melancolia; mas, se sua presença é
esquiva, sua lembrança às vezes é doce, principalmente quando servida com peixe, vinho e rede.
Como o leitor está vendo, ao fim de tudo isso deixei a rede e abri a máquina de escrever. Aqui estou. Que poderia contar além da minha pequena
experiência pessoal do dia de hoje? Não sou homem de inventar coisas, mas de contá-las. Seria preciso talvez dar-lhes um sentido, mas não encontro nenhum.
As coisas, em geral, não têm sentido algum.
Pescaria de barco, Rubem Braga
Sendo “sinestesia” a relação entre dois sentidos diferentes, observa-se a presença dessa figura de linguagem no seguinte trecho:
A
“Quanto ao dourado o dividimos em postas e o almoçamos tranquilamente, ao som de um vinho branco Santa Rita,
devidamente chileno”.
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B
“Era na verdade lindo, a correr e saltar na água azul, todo verde e dourado e azul”.
C
“Após o que deitei-me, na minha branca e cearense rede, cuja varanda é bordada de leões”.
D
“Não sou homem de inventar coisas, mas de contá-las. Seria preciso talvez dar-lhes um sentido, mas não encontro
nenhum”.
E
“Como o leitor está vendo, ao fim de tudo isso deixei a rede e abri a máquina de escrever”.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UFAC) - Universidade Federal do Acre Questão 16:
Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector:
“Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O
banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha.
A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se
comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como a
repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que
apodrecia.
Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral
do jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam
monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era
profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa
se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheio adocicado... O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.”
(LISPECTOR, C. Amor. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 25)
Em “... o mundo era tão rico que apodrecia.”, a antítese revela uma extraordinária capacidade de percepção da personagem porque:
A
torna a personagem incapaz de futuramente compreender fora das imagens figuradas.
B
deduz aquele universo a uma compreensão pobre da sua própria dinâmica de funcionamento.
C
induz a um equívoco em relação ao real valor dos fenômenos percebidos.
D
subentende a limitação da herança do universo doméstico da personagem que não descola de qualquer possível
compreensão fora dele.
E
revela a necessidade de compreensão total do movimento das coisas que naquele momento só possa ser captado por
meio de uma imagem figurada.
-
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UNAMA/PA) - Universidade da Amazônia Questão 17:
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Teresa
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.
(Manuel Bandeira)
Na seguinte passagem do poema “Quando vi Teresa de novo/Achei que os olhos eram muito mais velhos
que o resto do corpo/ (Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)” os
versos, ao comparar, revelam que os olhos representam sensualidade, maturidade, o que o corpo de
Teresa, infantil, ainda não desperta no poeta. Nesse contexto, olhos velhos, portanto, é uma:
A
B
hipérbole.
ironia.
C
D
-
metáfora.
onomatopeia.
Nível da questão: Fácil
Tipo da questão: Simples Escolha
(UEMS)- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Questão 18:
Sugestão
Antes que venham ventos e te levem
do peito o amor — este tão belo amor,
que deu grandeza e graça à tua vida —,
faze dele, agora, enquanto é tempo,
uma cidade eterna — e nela habita.
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Uma cidade, sim. Edificada
nas nuvens, não — no chão por onde vais,
e alicerçada, fundo, nos teus dias,
de jeito assim que dentro dela caiba
o mundo inteiro: as árvores, as crianças,
o mar e o sol, a noite e os passarinhos,
e sobretudo caibas tu, inteiro:
o que te suja, o que te transfigura,
teus pecados mortais, tuas bravuras,
tudo afinal o que te faz viver
e mais o tudo que, vivendo, fazes.
Ventos do mundo sopram; quando sopram,
ai, vão varrendo, vão, vão carregando
e desfazendo tudo o que de humano
existe erguido e porventura grande,
mas frágil, mas finito como as dores,
porque ainda não fincado — qual bandeira
feita de sangue, sonho, barro e cântico —
no próprio coração da eternidade.
Pois de cântico e barro, sonho e sangue,
faze de teu amor uma cidade,
agora, enquanto é tempo.
Uma cidade
onde possas cantar quando o teu peito
parecer, a ti mesmo, ermo de cânticos;
onde possas brincar sempre que as praças
que percorrias, dono de inocências,
já se mostrarem murchas, de gangorras
recobertas de musgo, ou quando as relvas
da vida, outrora suaves a teus pés,
brandas e verdes já não se vergarem
à brisa das manhãs.
Uma cidade
onde possas achar, rútila e doce,
a aurora que na treva dissipaste;
onde possas andar como uma criança
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indiferente a rumos: os caminhos,
gêmeos todos ali, te levarão
a uma aventura só — macia, mansa —
e hás de ser sempre um homem caminhando
ao encontro da amada, a já bem-vinda
mas, porque amada, segue a cada instante
chegando — como noiva para as bodas.
Dono do amor, és servo. Pois é dele
que o teu destino flui, doce de mando:
A menos que este amor, conquanto grande,
seja incompleto. Falte-lhe talvez
um espaço, em teu chão, para cravar
os fundos alicerces da cidade.
Ai de um amor assim, vergado ao vínculo
de tão amargo fado: o de albatroz
nascido para inaugurar caminhos
no campo azul do céu e que, entretanto,
no momento de alçar-se para a viagem,
descobre, com terror, que não tem asas.
Ai de um pássaro assim, tão malfadado
a dissipar no campo exíguo e escuro
onde residem répteis: o que trouxe
no bico e na alma — para dar ao céu.
É tempo. Faze
tua cidade eterna, e nela habita:
antes que venham ventos, e te levem
do peito o amor — este tão belo amor
que dá grandeza e graça à tua vida.
MELLO, Thiago de. Vento Geral. Poesia 1951/1981. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984.
No início da sexta estrofe, em “Dono do amor, és servo“, pode-se verificar o emprego da figura de linguagem denominada:
A
B
-
comparação.
zeugma.
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C
polissíndeto.
D
hipérbole.
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E
-
paradoxo.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UEMS)- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Questão 19:
Capítulo XVII
Os Vermes
“Ele fere e cura”! Quando, mais tarde, vim a saber que a lança de Aquiles também curou uma ferida que fez, tive tais ou quais veleidades de escrever uma
dissertação a este propósito. Cheguei a pegar em livros velhos, livros mortos, livros enterrados, a abri-los, a compará-los, catando o texto e o sentido, para
achar a origem comum do oráculo pagão e do pensamento israelita. Catei os próprios vermes dos livros, para que me dissessem o que havia nos textos roídos
por eles.
– Meu senhor, respondeu-me um longo verme gordo, nós não sabemos absolutamente nada dos textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem
amamos ou detestamos o que roemos; nós roemos.
Não lhe arranquei mais nada. Os outros todos, como se houvessem passado palavra, repetiam a mesma cantilena. Talvez este discreto silêncio sobre os
textos roídos fosse ainda um modo de roer o roído.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Record, 1999.
No enunciado “Cheguei a pegar em livros velhos, livros mortos, livros enterrados”, é possível identificar uma:
A
B
antítese
gradação
C
D
E
-
catacrese
hipérbole
silepse
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
(UEG) - Universidade Estadual de Goiás Questão 20:
PEGO EM FLAGRANTE
Certos alimentos parecem inocentes, mas têm uma ficha criminal capaz de assassinar sua dieta – ou mesmo sua saúde
Alguns alimentos saudáveis não são o que parecem. Não dá para se contentar com as aparências: é preciso investigar fundo para descobrir os riscos.
Muitos desses alimentos dotados de obscuras intenções criminosas estão muito bem camuflados sob a roupagem de comida saudável. Entretanto,
transbordam calorias, sódio ou gorduras saturadas. “Daí, o risco é consumi-los em excesso”, alerta a nutricionista Mariana Del Bosco Rodrigues, da Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO).
Um desses vilões é o vinho. Uma taça dessa bebida por dia pode afastá-lo dos problemas cardíacos, mas a segunda anula o benefício. Após uma taça os
vasos sanguíneos ficam mais relaxados, o que reduz a força que o coração tem de fazer para bombear o sangue. Mas depois de dois drinques, o sistema
nervoso simpático entra em ação e anula o efeito relaxante dos vasos. E um vinho de má qualidade pode esconder mais perigos. A bebida de procedência ruim
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recebe a adição de nitratos, que funcionam como conservantes. Além de alterar o sabor, são ligeiramente tóxicos e podem provocar dor de cabeça, bem como
neutralizar os efeitos benéficos da uva. Os especialistas sugerem que se escolham vinhos de boa qualidade e moderação no consumo.
Outro alimento sob suspeita é o chocolate, pois contém muita gordura saturada, prejudicial à saúde por se acumular nas paredes das artérias. “Embora
sejam comprovados os benefícios do chocolate na prevenção das doenças cardiovasculares, o consumo deve ser em pequenas quantidades”, afirma Daniel
Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração, de São Paulo. “Os mais perigosos são o chocolate ao leite e o branco”, diz a nutricionista Vandeli
Marchiori. Assim, a recomendação é o chocolate amargo, que tem maior teor de flavonoides, substâncias presentes na semente do cacau que agem como
protetores cardiovasculares.
LUCÍRIO, Ivonete. Pego em flagrante. In: Men’s health. n. 24, abr 2008. p. 54-55. (Adaptado).
As expressões “ficha criminal” e “intenções criminosas”, relacionadas a certos alimentos, são usadas com sentido:
A
B
-
eufemístico.
hiperbólico.
C
metafórico.
D
metonímico.
Nível da questão: Médio
Tipo da questão: Simples Escolha
GABARITO:
questão 1: - questão 2: A - questão 3: C - questão 4: E - questão 5: E - questão 6: A - questão 7: E - questão 8:
B - questão 9: C - questão 10: C - questão 11: D - questão 12: A - questão 13: C - questão 14: A - questão 15: A - questão
16: E - questão 17: C - questão 18: E - questão 19: B - questão 20: C
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