Formar leitores literários – contributos para uma perspectiva global

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Formar leitores literários – contributos para uma perspectiva global
Este artigo está publicado na obra Lectura y Universidad, Universidad de
Extremadura Ediciones, 2007, p. 188-193.
TÍTULO – Formar leitores literários – contributos para uma perspectiva global
NOME – Ângela Balça
PROFISSÃO – Professora
CENTRO DE TRABALHO –Departamento de Pedagogia e Educação, Universidade de
Évora, Évora, Portugal – E-mail: [email protected]
1 - Neste texto pretendemos reflectir sobre a formação de leitores literários, ou
seja, leitores de literatura, leitores capazes de ler uma obra literária de forma
competente, crítica, reflexiva, leitores capazes de olhares plurais, múltiplas leituras e
distintas interrogações sobre o texto literário.
Como este Simpósio se integra no âmbito da Rede de Cidades Leitoras, daremos
ainda conta de um projecto municipal de promoção da literacia e do livro, promovido e
coordenado pelo Município de Évora, em parceria com outras instituições da cidade,
nomeadamente a Universidade de Évora.
2 – De acordo com Cerrillo (2005), o ensino-aprendizagem da literatura deve
pretender que a criança aprenda a ler, mas também deve levar a criança a sentir prazer
com os livros, a valorizá-los e a ter uma experiência pessoal de leitura. Esta experiência
pessoal de leitura permitirá ao leitor ter um conhecimento cultural amplo, fazer uma
análise do seu mundo interior, ter a capacidade para interpretar a realidade exterior.
O leitor literário é aquele lê um texto literário, tendo o papel de co-construtor
activo de significados textuais (Azevedo, 2006), sendo capaz de activar as enciclopédias
e os intertextos pessoais, alicerçados em leituras anteriores, que lhe permitirão captar a
intencionalidade de um texto.
De facto, quando consideramos a formação do leitor literário, pensamos sempre
no papel do docente, um dos mais importantes mediadores de leitura, cuja função é
orientar o aluno, dando-lhe a conhecer os textos e permitindo-lhe usufruir na plenitude
todas as leituras consentidas pelo texto literário, potenciando o estabelecimento de
ligações intertextuais.
É este convívio textual que possibilita e prepara o aluno para se relacionar com o
mundo, de forma consciente e crítica, uma vez que a leitura literária vai muni-lo de um
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conjunto de saberes literários, sociais e culturais, que lhe permitirão reagir
individualmente face a um texto literário.
A formação do leitor literário assenta, quanto a nós, na conjugação de quatro
factores: os tempos, os contextos, os textos e os gestos. A interligação entre estes
factores, ao longo de toda a escolaridade, é capital, para que possamos formar leitores
polivalentes, mas também leitores literários.
2.1 – Os tempos - A formação do leitor literário começa desde o nascimento da
criança, sendo continuada imediatamente na educação pré-escolar e acompanha a
criança, ao longo de toda a sua escolaridade.
A formação do leitor literário exige um investimento constante, para que
possamos conquistar novos leitores, manter os leitores conquistados e não perder
leitores.
Diversos estudos (Castro e Sousa, 1998; Escarpit, 1999; Santos, 2000) indicam
que à medida que avança a faixa etária das crianças se vão perdendo leitores. Várias
serão as razões que contribuem para este problema.
De acordo com Escarpit (1999), a razão para a perda de leitores entre os jovens
dever-se-ia ao facto destes abandonarem as leituras juvenis e nem sempre acederem de
imediato às leituras adultas, conjugado com o facto de a escola, muitas vezes, apresentar
apenas para leitura as obras obrigatórias, presentes nos programas escolares, esquecendo
por completo a leitura recreativa e as leituras selvagens dos seus alunos.
De facto, segundo Castro e Sousa (1998), haveria uma tendência para que os
professores (e também os pais) considerassem que a formação de leitores estaria
completa nos primeiros anos de escolaridade, não promovendo a escola actividades de
fomento da leitura, para os níveis mais adiantados de escolaridade, deixando de
proporcionar o contacto entre os jovens leitores e materiais de leitura cativantes.
No entanto, num pequeno estudo exploratório, que realizámos numa escola da
cidade de Évora, sobre os hábitos de leitura dos estudantes do ensino secundário (Balça,
2005), apercebemo-nos de que os alunos mais velhos liam sobretudo nas férias e liam
livros, que não eram do agrado do circuito escolar e do circuito letrado da sociedade.
Deste modo, a família, a escola e a sociedade têm de entender que a formação do
leitor literário não termina nos primeiros anos de escolaridade, pelo contrário, a
formação do leitor literário é um desígnio diário e permanente. Todas as crianças e
todos os jovens são, então, leitores em formação, pelo que a aposta da família, da escola
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e da sociedade em geral deverá centrar-se ao longo de toda a escolaridade dos
indivíduos.
2.2 – Os contextos - A formação do leitor literário entronca em grandes
contextos que devem estar em contínuo diálogo: a família, a escola, a biblioteca da
escola, a biblioteca pública, as livrarias e outros contextos sociais.
Todos estes contextos se configuram como contextos colectivos de
aprendizagem, na medida em que, em cada um deles, a criança aprende as diversas
funções do livro e da leitura.
Na verdade, é no contexto familiar que tudo começa em relação à leitura, pelo
que a promoção da literacia familiar é algo em que a escola, a universidade, a sociedade
devem investir. A partilha de leituras, o estabelecimento de uma relação afectiva com o
livro são vectores a serem desenvolvidos em contexto familiar.
À escola pensamos que cabe o papel de divulgar o livro de literatura infantil e de
promover a leitura do texto literário, possibilitando aos alunos estabelecer com a leitura
e com o texto literário uma relação afectiva, uma relação de prazer, condição
imprescindível para a formação do leitor literário.
Todos os outros contextos sociais se podem configurar, igualmente, como
contextos educativos, potenciadores da formação de comunidades de prática de leitura,
onde os livros marcam presença e fazem a diferença.
2.3 – Os textos – A formação do leitor literário é promovida com textos / com
livros de literatura infantil e juvenil, que conjuguem a estética literária e a estética
plástica, alargando o universo literário e o universo visual da criança e fomentando não
só o seu desenvolvimento cognitivo, mas também o desenvolvimento do seu espírito
crítico face a um mundo globalizado, onde tudo tende a ser idêntico.
A leitura do texto literário promove, desde cedo, não só a aprendizagem das
regras e convenções da língua escrita, mas também a construção, por parte da criança,
do seu projecto pessoal de leitor, ou seja, a criança deve descobrir e perceber porque
quer aprender a ler. Para que a criança possa construir o seu projecto pessoal de leitor,
para que a criança possa desejar ser ela própria leitora, tem de ouvir ler textos que lhe
interessem e com os quais sinta prazer (Martins, 1991).
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O texto literário possibilita também à criança a aprendizagem de modelos
narrativos e poéticos literários, bem como o progressivo domínio de códigos culturais e
de códigos axiológicos, capitais para um entendimento do mundo, onde identidade e
alteridade dialogam.
A dimensão estético-literária, que os textos literários encerram, potencia o
actualizar de referências intertextuais e intericónicas, indispensáveis para o
desenvolvimento na criança da sua competência literária e da sua competência icónica.
2.4 – Os gestos - A formação do leitor literário é promovida com o olhar
vigilante da família e com as práticas dos professores, bibliotecários, livreiros e outros
actores sociais, mediadores atentos, que informam, mostram, aconselham, observam,
abrem, folheiam, lêem e partilham livros e leituras com as crianças.
Os gestos da família centram-se em facilitar à criança o contacto e o manipular
do objecto livro, oferecendo-lhe e permitindo-lhe escolher os livros que gosta. Por outro
lado, a família deve proporcionar à criança o convívio com os diversos contextos, onde
os livros se encontram, levando a criança, nomeadamente, às bibliotecas e às livrarias.
Finalmente, mas não menos importante, a família deve ler para a criança, deve partilhar
leituras com ela e a criança tem de sentir que os livros fazem parte do quotidiano
familiar.
Os gestos do professor deverão estar de acordo com o perfil, não só de
divulgador do livro e da literatura infanto-juvenil, mas também com o perfil de
mediador atento, que trabalha diariamente para a formação de leitores literários. Deste
modo o professor deve dar a conhecer os textos, deve ler e deve partilhar leituras com
os seus alunos. Por outro lado, o professor deve fomentar o diálogo entre o texto e os
seus leitores, fomentando a reflexão e a interrogação dos textos, promovendo as
relações intertextuais e intersemióticas, contribuindo assim para a construção e para a
consolidação de comunidades de leitores.
3 - Uma vez que este Simpósio se integra no âmbito da Rede de Cidades Leitoras,
pretendemos agora apresentar um projecto municipal de promoção da literacia e do
livro, denominado A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas, promovido e
coordenado pelo Município de Évora.
Muito embora a cidade de Évora não pertença a esta Rede de Cidades Leitoras,
pensamos que este projecto municipal de promoção da literacia e do livro responde aos
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propósitos enunciados, por esta rede, de partilhar leituras, cooperar pedagogicamente e
crescer na pluralidade, de modo a construir um futuro mais equitativo na região e
contribuir para a melhoria da condição humana de todos os indivíduos (Cf.
http://www.ciudades-lectoras.com.ar).
Por outro lado, estando o município de Évora integrado na Rede de Cidades
Educadoras, através deste projecto procura igualmente dar resposta aos compromissos
assumidos no âmbito desta associação. De facto, no Preâmbulo à Carta das Cidades
Educadoras, na sua última redacção (2004), diz-se claramente que a cidade deve
exercer e desenvolver a sua função educadora, em paralelo com as suas funções
tradicionais, com vista à formação, promoção e desenvolvimento de todos os seus
habitantes.
As preocupações subjacentes ao lançamento deste projecto prendem-se não só com
a elevada taxa de analfabetismo registada na região alentejana (17,1% em 2001,
segundo resultados do Instituto Nacional de Estatística), mas também com os maus
resultados obtidos pelos estudantes portugueses nos sucessivos estudos nacionais e
internacionais, como o PISA 2001 ou o PISA 2003 (Programme for International
Student Assessment, promovido pela OCDE).
Este projecto municipal de promoção da literacia e do livro, coordenado pela
Câmara Municipal de Évora, tem como parceiros, para além da Universidade de Évora,
a Biblioteca Pública de Évora, algumas livrarias e associações sócio-culturais da cidade.
O objectivo deste projecto é, fundamentalmente, contribuir para a formação de
leitores, de leitores polivalentes, de leitores literários, e terá uma duração mínima de 3
anos, tendo tido início no ano lectivo 2005/2006.
O projecto será gerido durante 3 anos, tendo em conta linhas de acção estratégicas
para cada ano lectivo. Deste modo, o primeiro ano do projecto (o único sobre o qual
podemos dar conta) centrou-se em torno de um fio condutor, a actividade artística em
torno de um texto, onde se pretendia estimular o contacto das crianças com os livros,
através da exploração artística do seu conteúdo. Os dois próximos anos lectivos terão
como fios condutores a escrita criativa e a palavra na comunicação, respectivamente.
A autarquia implementou à volta do projecto um Processo Acumulativo de
Competências Básicas em Literacia e Leitura, que consistia num plano de formação,
para professores e alunos, que se centrava em três pólos de acção distintos - a Ludoteca,
a Loja dos Sonhos (recurso sócio-educativo do Município) e a Biblioteca Pública de
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Évora – com o qual se pretendia promover competências nas áreas da literacia em
leitura, da literacia da informação, das multiliteracias.
O projecto tem ainda um site World Wide Web, cujo endereço é www.cmevora.pt/FadaPalavrinha, que pretende ser não só um espaço de divulgação, mas
também um espaço de trabalho e um recurso eficaz à disposição de professores, pais e
alunos.
Ao olharmos para este projecto, estamos convictas de que houve o cuidado, na sua
concepção, em pensar nos quatro factores que, quanto a nós, se conjugam para a
formação do leitor literário, pelo que vamos iluminá-lo à luz destes mesmos factores.
3.1 - Os tempos - Como a formação de leitores se faz ao longo de toda a
escolaridade do indivíduo, este projecto destina-se a crianças e jovens que
frequentam desde a educação pré-escolar até ao ensino secundário.
3.2 - Os contextos – Como para a formação de leitores contribuem diversos
contextos, que devem estar em permanente diálogo, este projecto envolve as
famílias, os jardins de infância, as escolas e as bibliotecas escolares, para além dos
parceiros já referidos anteriormente.
3.3 - Os textos – Neste projecto procura-se que os livros, infelizmente escassos
na grande maioria dos estabelecimentos de ensino do concelho de Évora, cheguem
até às crianças, gratuitamente, das mais variadas formas, para que os diversos
mediadores os coloquem ao seu alcance.
De um modo geral, tenta-se que as crianças contactem com textos de literatura
infantil, tendo porém à sua disposição, igualmente, textos informativos e textos
recreativos.
Por parte dos diversos mediadores de leitura, houve a tentativa e o cuidado de
levar até às crianças textos de qualidade literária e plástica, que estivessem de
acordo com o seu nível de desenvolvimento cognitivo, com a sua faixa etária e até
com os seus interesses literários.
3.4 – Os gestos – Para o sucesso deste projecto contribuíram certamente os
gestos, as práticas, quer em contexto de sala de aula quer noutros contextos, que se
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assumiram, no fundo, também eles como contextos educativos, dos diversos
mediadores de leitura / parceiros, que integraram o projecto.
3.4.1 - Os gestos da família – Sendo a família o primeiro mediador e o
mediador por excelência entre a criança e o livro, ela foi automaticamente envolvida
neste projecto. O seu papel, de acordo com o projecto, é sobretudo o de ler para e
com a criança, partilhar leituras com a criança. Neste sentido, instituíram-se os
Contratos de Ler, Ouvir e Divertir. De acordo com estes contratos, a família
compromete-se a ler em casa com as crianças e, para isso, leva da escola os
denominados sacos de leitura, sacos com livros, que pode ter na sua posse durante
15 dias. Os livros destes sacos de leitura são emprestados pela Biblioteca Pública de
Évora e podem ser levantados na sala de aula da criança.
Este projecto procurou ainda não descurar a formação da família, sabendo nós
que nem todas as famílias têm a formação necessária para poderem ser mediadores
de leitura competentes. Neste sentido, sob a responsabilidade do Município,
realizaram-se acções de formação para as famílias, no âmbito da promoção da
literacia, do livro e da literatura para a infância e a juventude.
3.4.2 - Os gestos da escola –O papel dos educadores de infância, dos
professores e dos professores bibliotecários centra-se fundamentalmente na
implementação da leitura recreativa, no espaço escolar. Deste modo, pretende-se
fomentar o contacto com o livro, a manipulação e a exploração do livro pela criança.
Práticas como o ouvir ler ou o ler textos literários em contexto pedagógico são
incentivadas bem como explorar os textos através das expressões artísticas.
Às escolas, muitos livros são também emprestados pela Biblioteca Pública de
Évora, através dos baús de leitura. Estes baús de leitura contêm livros destinados à
leitura recreativa na sala de aula.
3.4.3 - Os gestos das livrarias – Algumas livrarias da cidade de Évora aderiram
ao projecto, através do Cartão da família leitora, criado pelo Município. Com este
cartão, as famílias, que assinaram os Contratos de Ler, Ouvir e Divertir, obtêm
descontos na compra de livros infanto-juvenis nestes estabelecimentos.
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3.4.4 - Os gestos das associações sócio-culturais – Algumas associações sócioculturais da cidade juntaram-se ao projecto, promovendo actividades que pretendiam
fomentar nas crianças o gosto pela leitura e pelo livro. Estas actividades
privilegiaram sobretudo a tripla relação entre texto escrito / texto icónico (presente
no livro de literatura infantil) e expressões artísticas.
3.4.5 - Os gestos da Biblioteca Pública de Évora – A Biblioteca Pública de
Évora dá a conhecer e apresenta às crianças a biblioteca como um espaço de leitura.
Por outro lado, na biblioteca procuram-se promover aprendizagens em redor da
literacia da informação.
Neste projecto, é capital o seu papel no empréstimo de livros às crianças, através
dos estabelecimentos de ensino, nomeadamente com os sacos de leitura, para as
famílias, e os baús de leitura, para as escolas.
3.4.6 - Os gestos da Universidade de Évora – A Universidade de Évora faz a
assessoria científica ao projecto bem como a formação contínua de educadores de
infância e de professores de todos os ciclos de ensino, no âmbito da literacia e da
literatura para a infância e a juventude.
A avaliação do primeiro ano deste projecto passa não só por uma avaliação
quantitativa, mas também por uma avaliação qualitativa. Neste primeiro ano lectivo,
aderiram ao projecto 34 estabelecimentos de ensino, dos 73 existentes no concelho de
Évora: 15 jardins de infância, 14 escolas do 1º ciclo do ensino básico, 2 Instituições
Particulares de Solidariedade Social e 1 escola do ensino secundário, num total de 2000
alunos e 95 docentes.
As acções de formação realizadas, quer para pais (80 presenças) quer para docentes
(370 presenças), foram avaliadas de forma notoriamente positiva bem como o
acompanhamento técnico, proporcionado pelo Município, e o site do projecto.
Os Contratos de Ler, Ouvir e Divertir envolveram 800 famílias, com um total de
1600 livros em circulação, através dos sacos de leitura. Em circulação andaram também
10 baús de leitura, com um total de 300 livros.
No segundo ano, que começou agora, o projecto vai alargar-se a outros contextos
sociais, nomeadamente a centros que acolhem crianças institucionalizadas, dando corpo
a um objectivo da Rede de Cidades Leitoras (Cf. http://www.ciudades-lectoras.com.ar),
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que é, justamente, alargar a rede de leitores a diversos espaços da comunidade,
diferentes dos contextos educativos canónicos, mas certamente também eles
configurados, através do livro e das práticas de leitura, em contextos de aprendizagem,
que se poderão constituir como comunidades de práticas de leitura.
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Pai Natal. Olhares sobre a Literatura para a Infância. Comunicações dos Encontros
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MARTINS, Margarida Alves. (1991): “O que é preciso para poder aprender a ler”.
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Sites World Wide Web
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http://www.dce.ua.pt/caipi/DOCU/Cartadascidadeseducadoras.pdf
(Acedido em 22/10/2006)
Rede de Ciudades Lectoras
http://www.ciudades-lectoras.com.ar (Acedido em 04/10/2006)
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