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Transcrição

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Ano V • no 15
Jul/Ago/Set 2007
Revolução no
tratamento do
Parkinson
Implante de neuroestimulador
permite que pacientes apresentem
significativa redução dos sintomas
É hora
de agir
Conheça o Programa
Social Medtronic
Foundation
ESTUDO: RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA EM PORTADORES DE CARDIODESFIBRILADOR
SUMÁRIO
Editorial
3
Fazendo a diferença
Matéria de capa
4
Revolução no tratamento do mal de Parkinson
Depoimento
6
Uma operação de estimulação profunda bem-sucedida
É hora de agir
7
Programa social investirá em saúde, educação
e comunidades carentes no Brasil
Medtronic em destaque
8
• Trabalho reconhecido
• Governador do Rio de Janeiro visita Medtronic
• Eventos médicos
Tecnologia médica
9
Imagens cirúrgicas intra-operatórias
Tecnologia médica
10
Novo tratamento para bexiga hiperativa
Novidades Medtronic
12
Endeavor comprova eficiência
Estudo clínico
14
Terapia de ressincronização cardíaca em pacientes
portadores de cardiodesfibrilador
Entretenimento
15
Inverno é ideal para consumir queijos
Diabetes
16
Eficácia do sistema de monitorização contínua de glicose (CGMS) na
detecção de hiperglicemia pós-prandial e hipoglicemia silenciosa em
pacientes com diabetes melito tipo 1 (DM1)
Saiba mais
18
Atualização tecnológica
Caso clínico
19
Marcapasso não tem idade
Cirurgia cardíaca
20
Novos dispositivos para anastomoses arteriais
Editada por Segmento Farma Editores. Avenida Vereador José Diniz, 3.300, 15º andar, Campo Belo – 04604-006
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é uma publicação trimestral da
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Edição: Zenilda Gil e David dos Santos Reportagem: Andrea Polimeno (MTB 32.125) e Giuliano Agmont
Coordenadora de projetos internacionais: Valéria dos Santos Silva Coordenadora editorial: Caline Devèze
Assistente editorial: Fabiana Souza Projeto gráfico: Eduardo Magno Diagramação: Carlos Eduardo Müller
Revisão: Patrizia Zagni e Renata Del Nero Produção gráfica: Fabio Rangel Cód. da publicação: 3615.07.07
EDITORIAL
Fazendo a diferença
É com satisfação e com a certeza de que temos um
grande trabalho pela frente que assumo a direção geral
da Medtronic no Brasil. Será um desafio enriquecedor e
espero poder compartilhar e contribuir com todos com
a experiência de mercado que adquiri no Brasil e na
América Latina.
Uma parte essencial na missão da Medtronic é “manter uma
boa cidadania como empresa”. Tanto a Medtronic como a
Medtronic Foundation suportam um número significativo de
iniciativas que contribuem para a vitalidade das comunidades
locais e melhora a saúde das pessoas das regiões onde a
empresa atua.
A Medtronic Foundation passa a ser cada vez mais atuante no Brasil e tem como objetivo apoiar pacientes, familiares,
profissionais da saúde e instituições que precisam de incentivos para continuar atendendo esse público.
A Medtronic é líder mundial em tecnologia médica, e
liderar é dar o exemplo e mostrar o caminho. O trabalho
com as comunidades que atuamos é uma maneira de trazer
para nossa realidade os valores da empresa.
Seja por intermédio da empresa, da fundação ou do voluntariado de cada um, é tomando a iniciativa que podemos
fazer a diferença na comunidade onde vivemos.
Oscar Porto
Diretor geral da Medtronic Brasil
MATÉRIA DE CAPA
Revolução no
tratamento do mal
de Parkinson
Dr. Manoel Jacobsen Teixeira
O implante de
neuroestimuladores
permite que os
portadores da doença
apresentem significativa
redução dos sintomas
ou voltem a ter uma
vida normal. Além disso,
preserva o sistema
nervoso e dá ao paciente
a chance de se beneficiar
com tratamentos que
ainda estão por vir,
como a regeneração por
células-tronco
4 • Destaque
O mal de Parkinson é uma doença degenerativa que compromete estruturas do sistema nervoso envolvidas na organização do ato motor de um
indivíduo. Não existem números epidemiológicos oficiais no Brasil, mas
estima-se que afete uma em cada cem pessoas com mais de 50 anos
em regiões como o Sul e o Sudeste do País. Ou seja, há uma crescente
ocorrência da doença possivelmente em função do aumento da longevidade observado a partir da década de 1960. Os médicos acreditam que
o mal de Parkinson esteja relacionado a fatores genéticos, embora haja
uma identificação de tais anormalidades em apenas 10% dos casos.
O neurocirurgião funcional Manoel Jacobsen Teixeira, professor titular da
disciplina de Neurocirurgia do Departamento de Neurologia da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), garante que a medicina hoje dispõe de recursos capazes de melhorar significativamente
a qualidade de vida do paciente com mal de Parkinson e até reverter
os sintomas da doença. “Além de medicações e técnicas de reabilitação, dispomos de um método bastante eficaz no combate ao Parkinson,
que é a cirurgia não-ablativa com uso de neuroestimuladores”, informa o
também diretor da Divisão de Neurocirurgia e Neurocirurgia Funcional do
Hospital das Clínicas da FMUSP. “É o método mais seguro e eficiente no
tratamento da doença de Parkinson”.
O uso da neuroestimulação em pacientes com Parkinson ocorre há mais
de uma década. Os únicos equipamentos aprovados no mundo inteiro para
implantes destinados a tratamentos de movimentos anormais são os da
Medtronic. O mais utilizado é o Kinetra, um gerador de pulsos que permite a estimulação dos dois lados do cérebro com um único aparelho (leia
mais no box da página 6). O Soletra (unilateral) é menos utilizado em pacientes com Parkinson porque a doença costuma ser bilateral. “A principal
vantagem dos neuroestimuladores
é que o tratamento reverte os sintomas do Parkinson sem efeitos
colaterais, ou seja, controlam o
processo degenerativo e preservam a integridade do sistema nervoso”, explica Dr. Jacobsen. “As
cirurgias ablativas, que também
são utilizadas no tratamento da
doença, acabam interrompendo
estruturas nervosas e comprometendo as funções do paciente”.
Vantagens da neuroestimulação
Existem dois métodos de operação
para tratar o Parkinson: os ablativos,
que interrompem uma estrutura
nervosa no tálamo (talamotomia),
no globo pálido (palidotomia) ou
nas fibras que alcançam o tálamo
(campotomia); e os métodos que
estimulam eletricamente o tálamo,
o globo pálido, o campo de Forel e
o núcleo subtalâmico. “A neuroestimulação do núcleo subtalâmico
é a mais aplicada, tendo em vista
que melhora todos os sintomas
da doença de Parkinson, inclusive
algumas questões relacionadas à
memória”, aponta o neurocirurgião
Manoel Jacobsen. “A expectativa
é que a estimulação do núcleo pedúnculo-pontino também possa ser
utilizada no futuro para tratar alterações de marcha em pessoas com
doença de Parkinson”.
A neuroestimulação é mais
vantajosa que os métodos ablativos porque reverte os sintomas da
doença, oferece a possibilidade de
tratar de forma bilateral o problema
e não interrompe nenhuma estrutura nervosa, permitindo que no futuro o sistema nervoso esteja intacto
para o uso de novas tecnologias,
como o implante de células-tronco
regenerativas. A propriedade de reversibilidade dos neuroestimuladores da Medtronic está comprovada.
Os pacientes recuperam a qualidade de vida. “Alguns até voltam a ter
uma vida normal, sem os sintomas
do Parkinson. Os demais obtêm redução importante das dificuldades
de marcha e equilíbrio, permitindo
diminuição na dosagem dos medicamentos”, informa o neurocirurgião. “Conseguimos aliviar de modo
significativo e global a sintomatologia em mais de 70% dos pacientes
do Hospital das Clínicas que receberam neuroestimulação”.
A maioria dos implantes é feita
em pacientes em estado crítico e,
por isso, o resultado mais freqüente é a melhora dos sintomas. Mas o
que aconteceria se a neuroestimulação fosse utilizada de modo mais
precoce? “Possivelmente evitaríamos
o efeito agressivo da medicação
e prolongaríamos a sobrevida útil
do doente, uma vez que os neurotransmissores que causam a
degeneração do sistema nervoso
deixariam de atuar de modo tão liberal”, acredita Dr. Jacobsen. “Por
isso, sou favorável ao uso mais
precoce dos neuroestimuladores.
Poderíamos ter um número crescente de parkinsonianos que voltariam a ter uma vida normal, já que
a degeneração aparentemente não
evolui tão rapidamente com o uso
dos neuroestimuladores. Mas essa
é uma impressão clínica que faço
ao comparar a qualidade de vida de
pacientes operados com não-operados. Os estudos sobre a utilização
precoce estão em fase intermediária, ou seja, precisaremos de mais
alguns anos até que isso seja comprovado cientificamente”.
As características da doença
Os sintomas clássicos da doença de
Parkinson são tremores, movimentos lentos (acinesia) e rigidez muscular, por isso recebeu o nome de
“paralisia agitante”. Os portadores
do distúrbio apresentam também
alterações importantes em algumas
ações, tais como equilíbrio, fala,
controle da diurese, transpiração,
deglutição, produção de gordura
da pele, sensibilidade (dor e olfato),
psíquicas (depressão), tônus (distonia) e caminhar (marcha em passos
pequenos e dificuldade para iniciar
o movimento). “Na doença de Parkinson predomina a degeneração
de uma região chamada ‘substância
negra’, que é onde se produz grande parte da dopamina no sistema
nervoso central”, explica professor
Jacobsen. A dopamina é um neurotransmissor, precursor natural da
adrenalina e da noradrenalina.
O diagnóstico do mal de Parkinson
é feito com exame físico. O clínico
nota a presença de sinais característicos da doença de Parkinson, como
tremor e movimentos lentos. Muitas
vezes também observa alterações
em alguns reflexos no organismo,
Destaque • 5
MATÉRIA DE CAPA
perda da espontaneidade da
face (o chamado rosto hipomínico), traços de depressão,
caligrafia menos legível ou
com tamanho diminuído, fala
monótona e menos articulada
(voz hipofônica), eliminação
abundante de saliva, entre
outras anormalidades. “Exames bioquímicos, radiográficos, ressonância e mesmo
os que utilizam radioisótopos
não mostram anormalidades
decorrentes do Parkinson”,
revela Jacobsen.
O tratamento deve-se iniciar
com o uso de remédios. A medicina de reabilitação também
DEPOIMENTO
é uma importante aliada dos
médicos. Fisioterapia, terapia
ocupacional, fonoaudiologia e
psicologia oferecem aos pacientes com Parkinson um importante
suporte. Com o tempo, porém,
nem todos os doentes apresentam boa evolução. Alguns
reagem de modo insatisfatório
ao tratamento, outros apresentam diminuição da eficácia da
terapia e há ainda aqueles que
sofrem efeitos colaterais induzidos pelos medicamentos, como
o surgimento de movimentos
anormais. E são justamente
esses pacientes que precisarão de tratamento cirúrgico.
COMO FUNCIONA O KINETRA
O neuroestimulador de dois canais Kinetra, da Medtronic,
é similar a um marcapasso cardíaco. Implantado na região
subcutânea do peito, o gerador libera pulsos elétricos para
os dois lados do cérebro do paciente, através de eletrodos
implantados cerca de 10 centímetros abaixo do osso do
crânio. Os principais alvos das estimulações elétricas são
o núcleo subtalâmico e o globo pálido do cérebro. A neuroestimulação controla principalmente a rigidez muscular,
a lentidão nos movimentos e os tremores. O ajuste da
estimulação é feito por telemetria de acordo com as necessidades do paciente. O implante do Kinetra pode durar
de 4 a 8 horas. “Se a demanda não for grande, é possível
que o aparelho dure até 10 anos. Em breve, devem chegar
ao Brasil modelos com baterias recarregáveis”, antecipa o
neurocirurgião funcional Manoel Jacobsen, diretor do HC.
Brasília, 21 de abril de 2007.
Do presidente da Associação Parkinson Brasília (APB)
Aos amigos e a todos os portadores da doença de Parkinson (PDP)
Uma operação de estimulação profunda bem-sucedida
Estou com 60 anos, casado, tenho dois filhos, uma nora e um neto. Fui piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) por 34
anos e comandei helicópteros em diversas missões. Escrevi um livro e já plantei muitas árvores. Recebi o diagnóstico da doença de Parkinson há 17 anos. Cheguei a ter mais de 20 sintomas motores e não-motores, fenômenos
on/off e freezing, problemas com a fala e a deglutição, dores e dificuldade para levantar e iniciar a marcha.
Em um dia, realizei ressonância magnética, em outro, fui sedado e, com um aro metálico preso à cabeça, realizei
tomografia computadorizada. Com esses dois exames, a equipe de neurocirurgia realizou os cálculos necessários
para colocar os eletrodos.
Numa primeira etapa, em que permaneci sedado, realizaram-se a trepanação e, a seguir, a condução dos
eletrodos até os alvos, por meio de varetas, as quais foram posteriormente retiradas. Numa segunda etapa, já
anestesiado, a equipe colocou debaixo da pele de meu peito o neuroestimulador. Passei a noite no centro de terapia
intensiva, em Goiânia, como procedimento de rotina, e recebi alta em menos de dois dias.
A operação foi um sucesso absoluto. Recomendo-a àqueles que apresentarem pouca resposta à levodopa. Hoje
estou sem tremor, sem rigidez e com o distúrbio da marcha sob controle. O neuroestimulador é uma excelente
opção para prolongar a longevidade com qualidade de vida, ao lado de outros cuidados conhecidos dos portadores
da doença de Parkinson.
Carlos Anibal Pyles Patto
Presidente da Associação Parkinson Brasília (APB)
6 • Destaque
É HORA DE AGIR
Xênia Quirino
Programa social investirá em
saúde, educação e comunidades
carentes no Brasil
Ao redor do mundo, a Medtronic beneficia comunidades carentes há quase 60 anos, por meio da Medtronic
Foundation, em parceria com a United Way International (UWI). O programa filantrópico, que já atende
a países da América do Norte, da Europa, do Oriente Médio, da África e da Ásia, agora chega ao Brasil. A
responsável por esse trabalho é a assistente executiva Xênia Quirino, que o explica na entrevista a seguir:
REVISTA DESTAQUE: O QUE FAZ A
MEDTRONIC FOUNDATION?
XÊNIA QUIRINO: Nossa missão é melhorar a saúde
das pessoas e das comunidades alocando recursos
onde puderem ser úteis. Temos um compromisso com
nossa responsabilidade social, e por isso investimos
em nossa atuação como empresa cidadã.
que diz respeito às diretrizes, indicando e encaminhando
os projetos que estão dentro do foco do programa.
MUITAS EMPRESAS BENEFICIAM-SE
COM ESSE PROGRAMA?
Sim, somente entre maio de 2006 e abril deste ano a Medtronic Foundation alocou cerca de US$ 2,5 milhões em 58
instituições de 23 países. Apoiamos campanhas de conscientização de prevenção e tratamento de doenças crônicas
para comunidades e profissionais de saúde nas áreas de
cardiologia, cardiovascular, neurologia, diabetes, dor crônica
e coluna, apoiando programas de educação de cuidadores
(familiares de pacientes); capacitação de equipes multidisciplinares; treinamentos em desfibrilação e ressuscitação.
O Brasil ainda não tem nenhuma associação contemplada
pelo programa, mas estamos trabalhando para mudar isso.
QUAL O INTUITO DA PARCERIA COM
A UNITED WAY INTERNATIONAL?
A Medtronic Foundation estabeleceu uma parceria de
concessão de fundos com a UWI com o intuito de fazer
doações a organizações estabelecidas fora dos Estados
Unidos. Nós criamos um fundo do tipo donor advised gift
na UWI. Todas as doações internacionais da Medtronic
são realizadas por intermédio desse fundo.
As propostas de solicitação de apoio da Medtronic Foundation seguem um processo composto por duas fases. Na
primeira, as propostas são analisadas pelos colaboradores da
Medtronic Foundation em seus escritórios internacionais, bem
como pelos colaboradores nos Estados Unidos. Posteriormente, são recomendadas para fundos pela Medtronic Foundation
e enviadas a UWI, que conduzirá a análise com autoridade
para liberar a aprovação final. Uma vez confirmada a aprovação, a UWI se encarregará de supervisionar o andamento dos
trâmites da doação e o órgão para o qual deverá ser encaminhada toda a documentação e relatórios envolvidos.
QUAL É EXATAMENTE SEU TRABALHO NO BRASIL?
Entrar em contato com associações de pacientes e entidades sem fins lucrativos e intermediar o contato dessas
instituições com a Medtronic Foundation. A decisão sobre
a doação dos recursos depende da matriz da fundação nos
Estados Unidos e aprovação final da United Way International (UWI). O meu trabalho é orientar as organizações no
COMO UMA INSTITUIÇÃO FAZ
PARA OBTER DOAÇÕES?
Caso haja interesse em solicitar à Medtronic doação de
fundos, a instituição deverá preencher um formulário
próprio da UWI, em inglês, enviando-o (preferencialmente por e-mail) aos cuidados do contato do escritório regional da Medtronic Foundation.
Destaque • 7
MEDTRONIC EM DESTAQUE
Trabalho reconhecido
Medtronic recebe prêmio em homenagem aos profissionais da área de diabetes
A Medtronic recebeu o Prêmio Lions de Empresa Cidadã, em reconhecimento a seu trabalho voltado para
pessoas com diabetes, com ênfase na participação
da II Campanha Gratuita de Detecção e Educação em
Diabetes dos Lions Clubes e do I Congresso Lions para
Diabéticos do Rio de Janeiro, referente ao Dia Mundial
do Diabetes de 2006.
O prêmio fez menção especial ao trabalho do representante Mário Alves, da Medtronic, e foi entregue em cerimônia no dia 14 de maio na Confederação
Nacional do Comércio, na Capital do Rio de Janeiro.
A Medtronic parabeniza todos os profissionais envolvidos nesse trabalho e comunica sua grata satisfação
por esse reconhecimento.
Governador do Rio de Janeiro visita Medtronic
Sérgio Cabral esteve com o diretor da Medtronic para América Latina, Joaquin Azpilicueta, em Miami, para
entrega simbólica de um dos equipamentos para controle de diabetes que serão doados aos cariocas
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, durante
sua visita aos Estados Unidos em abril deste ano para
atrair investimentos, fortalecer parcerias em andamento e trazer novos negócios e oportunidades de investimento para o Estado, esteve na Medtronic, em Miami.
O diretor da Medtronic para América Latina, Joaquin
Azpilicueta, fez a entrega simbólica de um dos equipamentos de controle do diabetes que serão doados
para a Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do
Rio de Janeiro. “É muito importante contar com uma
empresa que tem produtos com inovação tecnológica,
que pode melhorar significativamente a qualidade de
vida de pessoas com doenças crônicas, como o diabetes”, afirmou o secretário de Saúde e Defesa Civil do
Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, que também participou
do encontro. Durante a visita aos Estados Unidos, o governador manteve contato com outras empresas que
possuem negócios no País, como Exxon, FedEx, SAIC,
Transamerica Insurance, Oracle, Prudential, Standard &
Poor’s e Taylor-DeJongh.
EVENTOS MÉDICOS
JULHO
4a6
• XIII Solaci (Sociedade Latinoamericana
de Cardiologia Intervencionista)
Local: Hotel Hilton
Buenos Aires, Argentina
27 a 29
• Associação Nacional de
Assistência ao Diabético (Anad)
Local: São Paulo (SP)
8 • Destaque
SETEMBRO
31 AGO a 1 SET
• XIII Encontro Gaúcho de Diabetes/
V Simpósio de Obesidade Mercosul
Local: Bento Gonçalves (RS)
1a5
• Congresso ESC
Gerenciamento do distúrbio
do ritmo cardíaco (CRDM)
Local: Viena, Áustria
2a6
• 37o Congresso Brasileiro de
Angiologia e Cirurgia Vascular
Local: Goiânia (GO)
7 a 11
• 62o Congresso da Sociedade
Brasileira de Cardiologia 2–
Gerenciamento do distúrbio
do ritmo cardíaco (CRDM)
Local: Transamérica Expo Center
São Paulo (SP)
TECNOLOGIA MÉDICA
IMAGENS CIRÚRGICAS
intra-operatórias
Medtronic lança no Brasil o O-arm, plataforma que
permite ao cirurgião fazer a integração das imagens
de raio X intra-operatórias com o procedimento de
navegação cirúrgica
A Medtronic disponibilizará no mercado brasileiro, a
partir do segundo semestre de 2007, um equipamento
revolucionário, o O-arm, que consolidará a Medtronic
Navigation como líder mundial em tecnologia para cirurgias assistidas por computador, contando com mais
de 2 mil sistemas instalados no mundo, servindo várias
especialidades médicas, as quais incluem-se neurocirurgia, coluna, ortopedia e otorrino.
Desde 2005, a Medtronic possui exclusividade na
tecnologia intra-operatória que permite a realização de
imagens bidimensionais (fluoroscopia), bidimensionais
em vários planos e tridimensionais, tal qual um sistema
de tomografia computadorizada. O O-arm é atualmente
o mais avançado e mais completo sistema de imagens
existente no mercado mundial e a única plataforma capaz de realizar toda essa gama de imagens em tempo
real durante o procedimento cirúrgico.
Essa tecnologia foi concebida originalmente para a
utilização em procedimentos de neurocirurgia e de ortopedia, mas seu uso provou ser extremamente eficiente
nas cirurgias assistidas por computador. O O-arm permite
que o cirurgião faça a integração das imagens de raio X
intra-operatórias com o procedimento de navegação
cirúrgica. A cirurgia navegada por computador (CAS)
é um dos grandes focos de investimento da Medtronic,
pois possibilita maior precisão cirúrgica nos procedimentos minimamente invasivos. Essa integração representa uma oportunidade significativa de introduzir
O-arm é a primeira inovação baseada em imagens cirúrgicas intra-operatórias
uma inovação tecnológica que não somente possibilita
a realização de novos procedimentos, mas também
aumenta a eficiência da utilização do bloco cirúrgico e
melhora o resultado final dos pacientes.
O O-arm é a primeira inovação baseada em imagens cirúrgicas intra-operatórias desde a introdução
do arco em C. Além das vantagens citadas acima, o
O-arm possui outras vantagens sobre o arco em C,
tais como maior qualidade e rapidez na aquisição das
imagens e emissão consideravelmente menor de radiação, além da possibilidade de posicionar
a fonte de raio X na
posição oposta ao
cirurgião, reduzindo
também a exposição
do operador.
Destaque • 9
TECNOLOGIA MÉDICA
Novo tratamento para
bexiga hiperativa
Dr. Carlos Arturo Levi D’Ancona, professor titular
e chefe da disciplina de Urologia da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp)
Terapia InterStim, da
Medtronic, é o método mais
avançado para diminuir ou
reverter os desconfortáveis
sintomas dessa alteração
funcional. Um pequeno
implante cirúrgico envia pulsos
elétricos para o nervo sacral
e neutraliza as contrações
involuntárias da bexiga
10 • Destaque
A síndrome da bexiga hiperativa é uma das alterações funcionais que mais
compromete a qualidade de vida das pessoas, pois interfere na saúde, na
higiene e na convivência social. O indivíduo passa a urinar mais vezes do
que estava acostumado (freqüência), tem pressa de ir ao banheiro (urgência) e, em alguns casos, perde urina na roupa antes de chegar ao sanitário
(urgeincontinência). Isso acontece porque a bexiga torna-se ativa demais
e acaba contraindo-se antes de estar cheia. Estima-se que esse distúrbio
atinja pelo menos 15% da população adulta brasileira, embora seja mais
prevalente em homens e mulheres com mais de 55 anos de idade.
Até pouco tempo, o tratamento da bexiga hiperativa consistia em mudanças de hábitos, medicamentos, fisioterapia e, nos casos mais graves,
cirurgia. Mais recentemente surgiu um novo método em que o paciente
recebe injeções de drogas como a toxina botulínica diretamente na bexiga
através de uma sonda. Porém, a principal novidade no tratamento da bexiga hiperativa é a terapia InterStim, da Medtronic. “Trata-se de um avanço
médico importante, com sucesso em mais de 70% dos casos. Fazemos
o implante cirúrgico de um gerador que envia pulsos elétricos através de
eletrodos para o nervo sacral, que controla a bexiga”, explica o urologista
Carlos Arturo Levi D’Ancona, professor titular e chefe da disciplina de Urologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O InterStim estimula eletricamente as raízes nervosas que inervam a
bexiga. Conforme a freqüência dos pulsos, a terapia pode inibir as contrações da bexiga, melhorando os casos de incontinência de urgência.
O implante ocorre em duas etapas. Na primeira, um eletrodo é colocado
por punção com agulha na região do osso sacro, que fica no final da
coluna vertebral. Esse cabo-eletrodo é ligado inicialmente a um estimulador portátil externo, preso à cintura do paciente. Se os sintomas
melhorarem ou desaparecem, um estimulador definitivo é implantado
internamente acima da região glútea ou no abdômen. Os ajustes da
intensidade da estimulação podem ser feitos no consultório médico com
um programador de mão que transmite as informações para o estimulador via telemetria, e o paciente pode ligar e desligar o gerador de pulso
com esse mesmo controle remoto.
Segundo Dr. D’Ancona, cerca
de 50% dos pacientes com bexiga
hiperativa abandonam o tratamento
medicamentoso, muitas vezes por
causa de efeitos colaterais. “O InterStim é uma terapia intermediária
entre os remédios e a cirurgia”, diz
o urologista da Unicamp. “As principais vantagens do tratamento com
estimulação nervosa são a segurança e a perspectiva de bons resultados”. Na cirurgia convencional, a
bexiga do paciente é ampliada com
a colocação de tecido de outra região do corpo. “É uma intervenção
de grande porte que pode acabar
com as contrações espontâneas da
bexiga, obrigando a pessoa a retirar a urina por sonda, além de aumentar o risco de infecção urinária,
formação de cálculos e tumores”,
explica Dr. D’Ancona.
O diagnóstico da bexiga hiperativa é clínico. Na verdade, como não
se trata de uma doença, o que o
médico faz é identificar os sintomas
a partir do relato do paciente. Mas
para receber o implante do sistema
InterStim, é necessário se submeter
a uma avaliação urodinâmica, isto
é, um estudo funcional do trato urinário inferior que inclui a medição
das pressões vesical, uretral e abdominal. “Diante da constatação de
que o paciente apresenta hiperatividade do detrusor (o músculo da
bexiga), o médico pode submetê-lo
à terapia InterStim”, esclarece o
urologista. Na prática, há uma diferença entre a bexiga hiperativa
e a hiperatividade do detrusor: a
primeira é identificada a partir de
relatos do paciente, e a segunda,
por meio de exame urológico.
A principal novidade no tratamento
da bexiga hiperativa é a terapia
InterStim, da Medtronic
DIÁRIO MICCIONAL
O diagnóstico da bexiga hiperativa é clínico e o diário miccional de 24 horas feito pelo paciente ajuda a
quantificar as queixas do paciente. Isso porque a avaliação do médico está relacionada ao grau de incômodo causado pelo distúrbio. “Quando o desejo de urinar
começa a interferir na vida da pessoa, seja em reuniões
de trabalho, sessões de cinema, em viagens de carro,
é provável que ela tenha bexiga hiperativa”, explica o
urologista. Nesse diário a pessoa deve anotar a quantidade de vezes que precisou ir ao banheiro e o volume
de urina que elimina em cada episódio. Deve ainda registrar a quantidade e o que bebeu durante o período.
As respostas para as perguntas a seguir também podem ajudar o médico a diagnosticar com segurança a
bexiga hiperativa:
1. Urino freqüentemente durante o dia?
2. Tenho vontade urgente e desconfortável de urinar?
3. Tenho vontade repentina e urgente de urinar sem
aviso prévio?
4. Perco acidentalmente pequenas quantidades de
urina na roupa?
5. Acordo durante a noite para urinar?
6. Urino na cama durante a noite?
7. Tenho uma vontade incontrolável e urgente de urinar?
8. Perco urina e tenho forte vontade de urinar?
Destaque • 11
NOVIDADES MEDTRONIC
Endeavor comprova eficiência
Medtronic atualiza os dados clínicos de longo prazo sobre tecnologia, apresentando segurança sustentável
e significativa redução do índice de reoperações
O estudo Endeavor II
demonstrou
também que o stent
de cromo-cobalto
Driver da Medtronic
oferece resultados
clínicos de longo
prazo consistentes
e duráveis
12 • Destaque
A Medtronic apresenta novas informações de longo prazo do programa
clínico Endeavor, reforçando o perfil
já existente de segurança e eficácia do sistema de stent coronário
farmacológico Endeavor. O anúncio
aconteceu em maio, em Barcelona,
Espanha. Resultados de quatro anos
do estudo first-in-man (primeiro em
homens) Endeavor I com cem pacientes e os resultados de três anos do
estudo Endeavor II com quase 1.200
pacientes demonstram que o Endeavor está associado a uma segurança
sustentável, a uma significante redução na incidência de reoperações,
e à ausência de trombose por stent
em ambos os estudos, tendo sido
utilizadas definições pré-estipuladas
por protocolo. O estudo Endeavor II
demonstrou também que o stent de
cromo-cobalto Driver da Medtronic
oferece resultados clínicos de longo
prazo consistentes e duráveis.
EXCELENTES
RESULTADOS DE
LONGO PRAZO
As informações foram apresentadas por Andreas Zeiher, M.D., da
J.W. Goethe-University de Frankfurt,
Alemanha, durante a sessão de
estudos clínicos mais recente da
EuroPCR. O stent Endeavor é aprovado em mais de cem países ao redor
do mundo e encontra-se atualmente
sob análise pela U.S. Food and Drug
Administration (FDA), cuja aprovação está prevista para o segundo
semestre de 2007.
As estatísticas do Endeavor I
continuam a apresentar excelentes
resultados de longo prazo, com apenas um evento clínico ocorrido entre os anos três e quatro, um óbito
não-cardíaco causado por câncer.
O índice de revascularização da lesão-alvo (TLR) aos quatro anos foi
de 3,1% e o de revascularização do
vaso-alvo (TVR), de 5,2%. A taxa de
eventos cardíacos adversos maiores (MACE), um dos desfechos primários do estudo, foi de 7,2% sem
eventos de trombose tardia nesta
coorte de pacientes.
O índice de TLR ao longo dos três
anos de acompanhamento do estudo
Endeavor II foi de 7,3%, comparado
aos 14,7% do braço-controle de metal não-revestido Driver (p = 0,001),
representando uma redução de 50%
da necessidade de reoperações. A
falência do vaso-alvo, o desfecho primário do estudo, foi de 12,8% para
o Endeavor e 21,4% para o Driver, uma
redução de 40% (p ≤ 0,001). O Endeavor apresentou uma taxa de MACE
de 12,0% aos três anos, comparada
aos 20,7% do Driver (p ≤ 0,001),
enquanto que a taxa de infarto do
miocárdio (IM)/óbito cardíaco do Endeavor foi de 4,5% e do Driver, 6,7%
(p = 0,125). Comparado ao Driver, o
Endeavor apresentou menor incidência de óbitos totais, óbitos cardíacos
e de IMs aos três anos.
OPINIÃO DOS
ESPECIALISTAS
“Estes estudos clínicos são bem
concebidos e bem gerenciados. Os
resultados são excelentes e os investigadores clínicos atingiram um
nível admirável de acompanhamento do paciente”, Jean Fajadet, M.D.,
da Clinique Pasteur Unité de Cardiologie Interventionelle em Toulouse,
França, e um dos principais investigadores do estudo Endeavor II.
Prosseguiu: “O número de reoperações é baixo, existem poucos eventos cardíacos adversos e a ausência
de trombose tardia por stent é verdadeiramente extraordinária”.
SOCIEDADE
DE PESQUISA
ACADÊMICA (ARC)
Utilizando-se dados pré-especificados
definidos por protocolo adjudicados
pelo Instituto de Pesquisa Clínica de
Harvard, constatou-se não ter havido instâncias de trombose tardia ou
muito tardia por stent entre os mais
de 1.300 pacientes que receberam
o stent Endeavor. Durante sessão
mais recente, o Dr. Zeiher também
apresentou dados do Endeavor com
uso das definições mais amplas da
Sociedade de Pesquisa Acadêmica
(ARC) sobre trombose por stent.
Dentro das definições de trombose
por stent positiva e provável, o índice
cumulativo do Endeavor nos estudos
Endeavor I-III é de 0,5% aos três
anos enquanto o stent de metal nãorevestido Driver apresenta um índice
de 1,5%. Além disso, uma análise
composta com infarto do miocárdio
e mortalidade cardíaca apresentou
uma não-suscetibilidade ao óbito e
ao IM de 96,0% no caso do Endeavor e de 93,4% para o stent de metal
não-revestido Driver.
“A maior parte dos dados agora
disponíveis sobre o Endeavor é significativa, e os resultados são impressionantes”, disse Scott Ward,
vice-presidente sênior da divisão
cardiovascular da Medtronic. “Fizemos diversas apresentações de
porte sobre os dados do Endeavor
durante o ano passado, com resultados previsíveis e consistentes.
Seja com a utilização das definições
pré-especificadas por protocolo ou
as novas definições da ARC, esses
dados demonstram que o Endeavor
é altamente efetivo na prevenção de
reoperações sem aumento de risco
em segurança, e com uma incidência favoravelmente baixa de óbito e
infarto do miocárdio”.
Estes estudos
clínicos são bem
concebidos e bem
gerenciados. Os
resultados são
excelentes e os
investigadores
clínicos atingiram
um nível admirável
de acompanhamento
do paciente
Jean Fajadet, M.D., da
Clinique Pasteur Unité de
Cardiologie Interventionelle
em Toulouse, França, e um
dos principais investigadores
do estudo Endeavor II
Destaque • 13
ESTUDO CLÍNICO
Terapia de ressincronização
cardíaca em pacientes portadores
de cardiodesfibrilador
Estudos recentes sugerem que a
terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é uma opção bastante
eficaz no tratamento de pacientes
com grau avançado de insuficiência cardíaca. Esses ensaios clínicos
demonstraram que a terapia de TRC
melhora o desempenho cardíaco,
diminui o risco de internações e a
incidência de mortalidade.
Nesse contexto, a Medtronic,
por meio do Departamento de Estudos Clínicos da América Latina,
propôs o estudo “ICD Registry”
que incluiu 500 pacientes em sua
primeira fase (de 2004 a 2007), em
centros de pesquisa na América
Latina. Os resultados preliminares
foram divulgados no XXI Congresso
Interamericano de Cardiologia no
Peru, em abril de 2007.
O cardiologista brasileiro Dr.
Mitermayer Reis Brito, especialista
em estimulação cardíaca artificial e
eletrofisiologia, representando os
pesquisadores do estudo, apresentou o trabalho na sessão de Tema
Livre Oral do Congresso. A seguir,
o médico dos hospitais Madre Teresa, Socor e Prontocor, todos de
Belo Horizonte (MG), dá detalhes
sobre esse trabalho.
14 • Destaque
REVISTA DESTAQUE: No
que consistiu o trabalho
apresentado no XXI
Congresso Interamericano
de Cardiologia?
Dr. Mitermayer Reis Brito: Foi
apresentada uma análise preliminar realizada a partir dos dados
dos 318 pacientes que receberam
cardiodesfibriladores implantáveis
(CDIs) entre dezembro de 2004 e
dezembro de 2006, nos 75 centros
médicos de 12 países da América
Latina. Observamos o quadro clínico desses pacientes e procuramos
identificar em quais casos era necessário o uso de terapias de ressincronização cardíaca. Isso nos
possibilitou conhecer a taxa efetiva de implante de CDI combinados
com a terapia de ressincronização
cardíaca (CRT-D).
Quais foram os resultados
dessa análise?
Observamos que 34 pacientes, ou
seja, 11%, cumpriram todos os critérios para implante do dispositivo
de CRT-D, mas que, destes, apenas
13 (38%) receberam efetivamente
CRT-D. Isto é, mais de 60% dos pa-
cientes que deveriam dispor desse
tratamento não o receberam. O dispositivo CRT-D permite que a arritmia
cardíaca maligna seja tratada e também promove melhor desempenho
do coração dilatado do paciente.
Já é possível saber a
conclusão desse trabalho?
Os resultados são preliminares, mas
demonstram que os médicos devem
utilizar mais adequadamente os critérios de diagnóstico para que um
maior número de pessoas se beneficie das terapias de ressincronização
cardíaca. O custo-benefício é bastante favorável aos pacientes.
E quais seriam esses
benefícios?
Segundo a literatura médica mundial,
mais de 70% dos pacientes que preenchem os critérios para utilizar terapia
de ressincronização cardíaca e recebem o dispositivo CRT-D apresentam
melhor qualidade de vida, aumentam
a capacidade funcional do coração,
cansam-se menos diante dos esforços, ampliam a sincronia de contração
entre os ventrículos, são internados
com menor freqüência e têm menos
chance de sofrer morte súbita.
ENTRETENIMENTO
INVERNO É IDEAL PARA CONSUMIR
Na terra do Tio Sam, os americanos
estão se iniciando na arte de produzir
e consumir queijos ao modo da tradição européia. Aqui no Brasil, na terra
dos populares queijos “de Minas”, “de
coalho” e do requeijão, uma parcela
de brasileiros já aderiu à moda dos
queijos de fama internacional. Para
se ter uma idéia, redes de supermercados populares promovem por aqui
festivais de queijos com descontos
especiais durante este inverno.
Além de ser um alimento muito
conceituado, o queijo é também uma
arte milenar. Cada cultura desenvolveu técnicas próprias de fabricação,
o que, por consequência gerou diversos tipos de queijos. São centenas
produzidos ao redor do mundo hoje.
Diferentes estilos e sabores são resultado da utilização do leite de diversas
espécies de mamíferos (como ovelha,
vaca, cabra, búfala), com diferentes
conteúdos de gordura. O queijo é um
alimento rico em proteínas e vitaminas, muito concentradas, quando
comparado com a carne de qualquer
espécie animal de consumo humano.
Deguste esses queijos!
Camembert
É macio e cremoso, produzido com
leite de vaca. É originário da vila
de Camembert, na França. Dica de
degustação: retirar da geladeira
com antecedência de uma hora.
Na temperatura ambiente, fatie
sempre do centro para a extremidade. Sirva com vinho tinto leve.
Brie
De sabor delicado, é produzido com
leite de vaca. Seu nome vem da
província Brie, na França, da qual
é originário. Dica de degustação:
retirar da refrigeração 30 minutos
antes de ser servido. Pode ser acompanhado de um bom vinho tinto.
Gouda
Queijo holandês, também feito de
leite de vaca, de massa semico-
zida e consistência semidura, cremosa e gorda. Tem sabor suave.
Combina com azeitonas e carnes
vermelhas e um bom vinho tinto.
Emmental
Originário da Suíça, apresenta cor
amarelada, consistência média e
característicos buracos internos.
É geralmente conhecido apenas
como “queijo suíço”. Dica de degustação: sirva com um bom vinho
tinto frutado.
Gruyère
O nome vem da cidade de Gruyères
na Suíça. É duro, levemente salgado e picante. Quando totalmente
maturado (três a doze meses) tende a ter pequenos buracos. Dica de
degustação: pode ser servido tanto
com vinhos brancos ou tintos.
Destaque • 15
DIABETES
Dr. Levimar Araújo
Eficácia do sistema de monitorização contínua
de glicose (CGMS) na detecção de hiperglicemia
pós-prandial e hipoglicemia silenciosa em
pacientes com diabetes melito tipo 1 (DM1)
Dr. Levimar Araújo - Endocrinologista, Belo Horizonte, MG e Dr. Frederico Maia - Endocrinologista, Belo Horizonte, MG
A monitorização do DM1 pela
glicemia capilar (GC) fornece
apenas dados intermitentes do
controle metabólico, impedindo uma visão completa do perDr. Frederico Maia
fil glicêmico do paciente. Com
o sistema de monitorização contínua da
glicose (CGMS) tem sido possível avaliar com exatidão as variações glicêmicas ao longo do dia, com intervenção
terapêutica mais eficaz e redução da
glicohemoglobina (A1c). Estima-se que
as mensurações constantes da glicose
durante esse procedimento, em relação
às medidas episódicas de glicemia capilar, proporcionam otimização do controle
glicêmico em pacientes com DM1 e diabetes melito tipo 2 (DM2).
Diversos estudos internacionais
têm demonstrado a eficácia desse
método de monitoramento da glicose,
com repercussões importantes sobre o
perfil metabólico dos pacientes. Dada a
escassez de dados de base populacional em nosso país, procuramos avaliar
a eficácia desse método de monitorização na detecção de hipoglicemia
silenciosa e hiperglicemia pós-prandial
(HPP) em pacientes com DM1, atendidos em um centro de diabetes, em
Belo Horizonte/MG, dados disponíveis
na íntegra em Diabetes Res Clin Pract
2007; 75(1):30-4.
16 • Destaque
OBJETIVOS
RESULTADOS
Primários
• Número de leituras pelo CGMS significativo em 92% (837,3 ± 235,6; VR
> 680);
• Avaliar a eficácia do CGMS na detecção de
HPP em pacientes com DM1;
• Avaliar a eficácia do CGMS na identificação de hipoglicemia assintomática (silenciosa) em pacientes com DM1;
• Observar a sensibilidade do sensor CGMS
para estados de hipo, normo e hiperglicemia em portadores de DM1.
Secundários
• Avaliar a acurácia do CGMS em relação à
GC em portadores de DM1;
• Duração média do exame de 69,1 ±
10,5 horas;
• Alta correlação entre GC e sensor
CGMS: 191,8 ± 46,2 versus 190,9 ±
42,1 mg/dL (p = 0.001);
• Maior identificação de excursões glicêmicas pelo CGMS versus GC (p =
0.001);
• Avaliar possíveis complicações técnicas/
clínicas do método.
• Detecção de hiperglicemia duas horas
pós-prandial (HPP) em 76,9% dos pacientes com DM1;
PACIENTES E MÉTODOS
• Valor médio da glicose duas horas
pós-prandial: 172,2 ± 50,8 mg/dL;
(VR < 140mg/dL);
• Quarenta e seis pacientes com DM1,
sendo 43,4% do sexo masculino e 56,6%
do sexo feminino;
• Idade de 1 a 20 anos, com média de 25,9
± 12,8 anos;
• Usuários de múltiplas doses de insulina
(MDI) em 75% e 25% em uso de bomba de infusão;
• Controle glicêmico inadequado (A1c > 7%;
variação de 7% a 10,5%) antes do CGMS;
• Uso do CGMS por 72 horas, aplicação de quatro glicemias capilares ao dia no mínimo;
• Preenchimento do diário do paciente e orientações alimentares e de tratamento;
• Hipoglicemia silenciosa detectada em
58,2% dos pacientes (Figura 1);
• Os pacientes permaneceram 46,2% ±
20,9% do tempo de CGMS em hiperglicemia;
• O sensor CGMS apresentou menor
sensibilidade para estado de hipoglicemia versus normo e hiperglicemia
(Tabela 1);
• Não houve complicações importantes
em nenhum caso; complicações leves
ocorreram em 6% dos casos;
• Foram avaliadas a presença de hipoglicemia silenciosa, HPP, A1c e complicações;
• O sinal de desconexão foi a complicação
mais comum (10,1%);
• Foram avaliadas excursões glicêmicas e sensibilidade do sensor para hipo e hiperglicemia.
• O ajuste terapêutico foi realizado em
100% dos casos.
400
mg/dL
300
200
180
100
70
0
0
6
9
12
15
18
21
Figura 1. Hipoglicemia silenciosa em paciente com DM1
Tabela 1. Sensibilidade e especificidade da monitorização contínua de glicose (CGMS)
na detecção de hipo, hiper e normoglicemia em pacientes com DM1
Glicemia
Sensibilidade (%)
Especificidade (%)
Valor de p
Hipoglicemia
79,1
97,5
0,16
Normoglicemia
94,5
93,2
0,05
Hiperglicemia
96,8
95,4
0,002
COMENTÁRIOS FINAIS
Os achados de nosso grupo, publicados na Revista Diabetes Research
and Clinical Practice, jan. 2007 (index
Medicus/Medline), comprovam para
nossa população uma tendência de
alguns estudos internacionais. Verificamos maior capacidade do método
na detecção de hipoglicemia silenciosa e hiperglicemia pós-prandial, além
de excursões glicêmicas, com baixo
índice de complicações e alta taxa
de ajuste terapêutico (100%), sendo mais uma importante ferramenta para monitoramento e controle
metabólico de pacientes com DM1.
Tais achados são bem semelhantes
aos demonstrados por Sachedina &
Pickup e Steil GM et al.
Em outras duas análises de nosso
grupo, verificamos também impacto
na redução da A1c em um período
de três meses, inclusive em crianças
e adolescentes (p = 0.034). Nessa
população, o método também se
mostra eficaz na detecção de hipoglicemia silenciosa, excursões glicêmicas e HPP, com baixa taxa de
complicações, achados semelhantes aos da população adulta (tanto
DM1 quanto DM2).
Quanto à eficácia do sensor
CGMS na identificação de excursões
glicêmicas, observamos alta eficácia
do CGMS em relação à GC episódica na casuística apresentada (p <
0,01), o que vem sendo amplamente
comprovado pela literatura.
Guerci et al. evidenciaram uma
sensibilidade de 33% do sensor para
detecção de hipoglicemia. Dados
recentes comprovam menor eficácia do CGMS para detectar níveis
glicêmicos reduzidos, sendo a principal indicação do CGMS a melhora
do controle metabólico (redução de
A1c) nesses pacientes.
Chico et al. observaram hipoglicemia assintomática em 62,5%
dos pacientes com DM1 (n = 40)
e 46,6% (n = 30) dos pacientes
com DM2, sendo que 73,7% dos
eventos ocorreram no período noturno, dados semelhantes aos observados nesse estudo. Kovatchev
et al. observaram baixa sensibilidade do sensor para hipoglicemia
(76%) versus hiperglicemia (99%).
Em estudo recente do JCEM 2005,
verificou-se que apenas 10% dos
pacientes diabéticos conseguiram
manter a GC oito vezes ao dia versus uso do CGMS.
Em resumo, o CGMS mostrou-se
um método seguro e com alta acurácia nos valores glicêmicos detectados. Verificou-se maior eficiência
na detecção de excursões glicêmicas em relação à GC, na detecção
de hipoglicemia noturna assintomática e da hiperglicemia pós-prandial,
com baixo índice de complicações e
nenhum caso de abandono dentre
os 46 portadores de DM1.
As referências bibliográficas podem ser obtidas com os autores:
[email protected][email protected]
Destaque • 17
SAIBA MAIS
Atualização tecnológica
Um grupo de dez cardiologistas
brasileiros participou de 12 horas
de treinamento sobre estimulação
cardíaca na sede da Medtronic, em
Minneapolis, nos Estados Unidos. O
encontro ocorreu entre os dias 8 e 9
de maio último e contou com a presença dos supervisores de vendas
da Medtronic do Brasil. De acordo
com Walter Furia, gerente de vendas do CRDM (Gerenciamento do
Distúrbio do Ritmo Cardíaco), além
Médicos e funcionários
da Medtronic do
Brasil participam de
treinamento sobre
estimulação cardíaca
em Minneapolis, nos
Estados Unidos
18 • Destaque
da atualização tecnológica, o evento teve como objetivo apresentar
a estrutura da empresa para os visitantes e promover o trabalho dos
médicos brasileiros e da equipe de
vendas da Medtronic para os norteamericanos. “Hoje nossos produtos
implantáveis e serviços prestados na
área de estimulação cardíaca estão
igualados com os de qualquer lugar
do mundo”, garante Furia.
O principal destaque do treinamento foi o sistema de telemetria sem
fio (wireless) dos novos aparelhos
Concerto e Virtuoso, da Medtronic.
O Virtuoso é um cardiodesfibrilador
implantável (CDI) para pessoas com
taquiarritmias, como taquicardia e
fibrilação ventricular. Já o Concerto
incorpora, além do CDI, um marcapasso multissítio para pacientes com
insuficiência cardíaca. “São os únicos
do mercado com a tecnologia wireless, reduzindo o risco de contaminação durante o implante e facilitando
as avaliações futuras no consultório,
em virtude da velocidade e praticidade”, ressalta Walter Furia.
As novas terapias OptiVol, PainFree e MVP, que são utilizadas nos
aparelhos de gerenciamento de
doenças cardíacas, também chamaram bastante atenção durante
o encontro. OptiVol faz o monitoramento da impedância intratorácica,
permitindo um diagnóstico precoce
de congestões pulmonares e evitando possíveis internações. Já o PainFree monitora a ação do desfibrilador
com o objetivo de evitar choques
desnecessários e, assim, melhorar
a qualidade de vida dos pacientes.
Por fim, a nova terapia MVP reduz ao
máximo a estimulação no ventrículo
direito em pacientes com condução
intrínseca, minimizando o risco de
fibrilação atrial, mortalidade e internação por insuficiência cardíaca.
Os médicos tiveram ainda a
oportunidade de conversar com
executivos da Medtronic. Sara
Rottunda, diretora de Soluções de
Sistema de Qualidade, falou sobre
o compromisso da empresa não só
com o controle de qualidade na produção, mas também com a eficácia
de cada aparelho vendido no mundo. Eddy Warmam, diretor de Pesquisa, conversou sobre fibrilação
atrial. Após a visita à sede da Medtronic, os médicos seguiram para
The 27th Annual Scientific Sessions
of the Heart Rhythm Society, que
ocorreu em Denver, Colorado.
Os presentes no evento
Médicos
Dr. Eduardo Bartholomay, Dr. Eduardo Costa,
Dr. Júlio César Oliveira, Dra. Kátia Nascimento Couceiro, Dr. Luiz Antonio B. Sá, Dr.
Marcos Guimarães, Dr. Ricardo Teixeira, Dr.
Rogério Gaspar, Dra. Érika Olivier V. Bragança e Dr. Luis Eduardo Camanho.
Medtronic
Eder Mota, Luiz Villela, Lúcio Ávila, Ione Albrecht, Walter Furia e Rose Ometo.
CASO CLÍNICO
MARCAPASSO
não tem idade
A dona de casa Virgínia Felipe Ferreira da Silva é um exemplo de vida.
Aos 104 anos de idade, esta goiana, filha de agricultor, ouve bem,
enxerga melhor ainda, anda sem ajuda de bengalas ou andadores,
passeia sozinha, tem discernimento para escolher o que vestir, come o
que tem vontade e vai aonde decidir. Aprendeu a ler sozinha quando
tinha 90 anos e viu o mar pela primeira vez ao completar sua centésima primavera. Problemas de saúde? Somente um bloqueio atrioventricular total intermitente.
Um problema grave que poderia ser
fatal. Surgiu subitamente, em abril
de 2004. Dona Virgínia teve um
desmaio e foi parar no Hospital de
Base de Brasília. Na ocasião, não
detectaram o bloqueio, justamente
por ser uma alteração intermitente. Mas o quadro se agravou e os
episódios de tontura e mal-estar
Dona Virgínia, de 104
anos, usa um modelo
fisiológico dupla-câmara
desde 2004, que garante
qualidade de vida a esta
senhora que esbanja
saúde e energia
passaram a se suceder. De volta ao
hospital, os médicos diagnosticaram
o bloqueio e, finalmente, decidiram
pelo implante de um marcapasso, o
Sigma, da Medtronic, realizado por
Dr. José Joaquim.
“Trata-se de um modelo duplacâmara que mantém a sincronia do
ritmo atrioventricular. É um marcapasso fisiológico, pois adapta a
freqüência cardíaca à atividade que
seu usuário está praticando”, explica a cardiologista Lucia Cristina
Dumaresq Sobral, responsável pelo
acompanhamento da dona de casa.
“A história de Dona Virgínia é importante para mostrar que a idade não deve ser um impedimento
para usarmos o que a medicina
tem de mais sofisticado no tratamento de um paciente. Não basta
às pessoas sobreviver, e sim viver
bem, com qualidade”.
Dona Virgínia está com o marcapasso há dois anos e as únicas
restrições que têm são próprias da
idade. Continua lúcida: conversa
com todo mundo e dirige magistralmente sua casa. Tem filhos, netos,
bisnetos e trinetos. Visita Dra. Lucia de seis em seis meses. “Se ela
estiver como está hoje daqui cinco
anos, em 2012, poderá trocar o marcapasso por um novo, ainda mais
sofisticado. A cirurgia é de pequeno
porte e a terapia bastante segura”,
opina a médica.
Moradora de Taguatinga (DF), Dona
Virgínia tem uma vida simples. Nunca
faltou nada, é verdade. Mas sua trajetória é de uma mulher humilde. O
que não significa triste. Ela esbanja
alegria e bom humor. Talvez seja esse
o segredo de tanta longevidade. E, se
depender do coração centenário dela,
tudo indica que ainda vai longe.
Destaque • 19
CIRURGIA CARDÍACA
NOVOS DISPOSITIVOS PARA
anastomoses arteriais
Desde o advento da cirurgia de revascularização do miocárdio há
mais de 50 anos, os cirurgiões cardíacos têm empregado, à custa de
muito esforço, suturas delicadas nas anastomoses entre o enxerto e
a artéria coronária, um dos aspectos mais desafiadores da cirurgia.
A qualidade dessa conexão é o ponto-chave para o sucesso desse
tipo de cirurgia no longo prazo.
Empenhada mais uma vez em ajudar
os cirurgiões a reduzir riscos para
seus pacientes submetidos à revascularização e a outros procedimentos cirúrgicos, a Medtronic lançou
uma série de novas tecnologias projetadas especialmente para realizar
anastomoses dos vasos sanguíneos
com segurança.
A tecnologia U-Clip é um dispositivo alternativo à sutura convencional e aos grampos cirúrgicos que
permite realizar anastomoses de
alta qualidade. A nova tecnologia é
composta por um grampo self-closing unido por uma haste flexível a
uma agulha cirúrgica convencional.
É fácil de usar e requer apenas a
técnica cirúrgica padrão. O grampo self-closing dispensa o nó para
amarrar a sutura e o manuseio.
O dispositivo está sendo utilizado, a princípio, para a cirurgia de
revascularização do miocárdio e, futuramente, será destinado a outras
aplicações nas áreas cardíaca, vascular periférica, de transplantes, de
cirurgia geral e plástica.
PREVENÇÃO DE
EMBOLIAS CEREBRAIS
Diversos estudos recentes demonstram que as complicações embólicas
têm sido uma realidade na cirurgia
cardíaca. Por isso, juntamente com a
tecnologia U-Clip, a Medtronic também lança o Spyder que, com uma
simples rotação, cria uma anastomose proximal sem clampeamento
aórtico com a liberação simultânea
de seis U-Clips em menos de um
segundo. O resultado é a criação
de uma anastomose complacente e
flexível, reduzindo a quantidade de
material estranho. Mesmo com ou
sem o auxílio de circulação extracorpórea, o aparelho Spyder permite a
opção de rapidez durante a anastomose proximal.
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