O que as seguintes pessoas têm em comum: Madonna, Elton John

Transcrição

O que as seguintes pessoas têm em comum: Madonna, Elton John
O que as seguintes pessoas têm em comum: Madonna,
Elton John, Jennifer Aniston, Naomi Campbell, o Papa e
Robbie Williams? Pode haver uma variedade de respostas,
mas uma resposta é que todos usam uma cruz.
Não há nada de errado com isso. Claro, muitas pessoas
usam cruzes hoje em dia – em brincos, pulseiras, lapelas e
até mesmo em tatuagens! Mas o mais comum é ver uma pequena cruz dourada ou prateada
pendurada no pescoço de alguém. Às vezes uma cruz de madeira, uma pequena ou talvez
uma grande.
E não há nada de errado com isso, mas você já parou para pensar que de certa forma é uma
coisa surpreendente de se fazer, por que a cruz era uma forma de execução? O que você
sentiria hoje se eu viesse lhe cumprimentar usando isto – esta é uma bela forca que fiz! Ou
suponha que eu estivesse usando uma cadeira elétrica ao redor do meu pescoço, o que você
sentiria?
A cruz era uma forma de execução tão cruel que até mesmo os romanos a aboliram em 337
D.C.
Então por que as pessoas usam a cruz?
Bem, a cruz é o símbolo do Cristianismo, é como uma logo do Cristianismo. Cerca de um
terço dos evangelhos tratam da morte de Jesus. A metade do evangelho de Marcos é sobre
sua morte. Grande parte do restante do Novo Testamento explica porque ele morreu. A
celebração dominical central da igreja Cristã é sobre o corpo partido, o sangue derramado de
Jesus.
Por quê?
A maioria dos líderes que influenciaram nações ou mesmo modificaram o mundo são
lembrados pelo impacto de suas vidas. Jesus, que muito mais que qualquer outra pessoa,
mudou a face da história mundial, é lembrado principalmente por sua morte, e não tanto por
sua vida.
Por que tão grande concentração na morte de Jesus? Em quê sua morte difere da morte de,
digamos, um herói da guerra ou um mártir? Por que ele morreu? O que sua morte
conquistou? Por que é importante? O que significa? Existe uma expressão que aparece no
Novo Testamento: Ele morreu pelos nossos pecados. O que isso significa? E como isso pode
ser relevante para sua vida esta noite, ou para minha vida?
João, capítulo 3, versículo 16. Provavelmente este seja o versículo mais famoso em toda a
Bíblia, e de certa forma ele resume toda a mensagem da Bíblia:
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Em síntese, a resposta para o porquê é porque Deus te ama.
1. O PROBLEMA
Então qual era o problema? Às vezes as pessoas dizem “Eu não preciso do Cristianismo.
Sinto-me feliz assim, entende? E minha vida está completa, tento ser legal com os outros e
levo uma vida decente".
É verdade que, de acordo com o Novo Testamento, todos os seres humanos são criados à
imagem de Deus. Então existe algo bom, nobre, em todo ser humano. Às vezes as pessoas
dizem, “Conheço uma pessoa maravilhosa que não é Cristã”. Claro – todo ser humano, de
certa forma, é maravilhoso, pois foi criado à imagem de Deus.
Mas existe o outro lado da moeda. Certamente em minha vida tenho que admitir que existam
coisas que sei que estão erradas. Eu cometo erros.
Abram em Romanos, capítulo 3, versículo 23. Paulo escreve o seguinte:
…pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus…
...pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus...
Para começar, quem? Ele diz que todos pecaram. Acho muito difícil admitir que já fiz coisas
erradas. As palavras “eu estava errado” ficam presas na minha garganta e acho difícil dizer
que é culpa minha.
Minha esposa me mandou um cartão apropriado há uns anos atrás, se referindo a alguém
teimoso. É a foto de um homem com o carrinho de supermercado cheio de compras, e ele está
andando pelas montanhas, seguido de sua mulher a um metro trás. E no cartão estava escrito:
“Tendo insistido que este era o caminho de volta para o carro, Paulo é incapaz de admitir que
esteja errado”.
Vejo que estou sempre arrumando desculpas, estou sempre tentando culpar outra pessoa –
geralmente minha esposa! E eu percebo que quando dois carros se chocam e os motoristas
discutem de quem foi a culpa, a reação imediata (eu sei, você não deve dizer isso – por
questões de seguro e tudo mais), mesmo assim a reação imediata não é: “Ah, me desculpe, foi
minha culpa!” Arrumamos todo tipo de desculpa.
Deparei-me com algumas coisas que as pessoas enviam para suas empresas de seguros,
formulários de acidentes, tentando explicar, e às vezes dando motivos absurdos de porque o
acidente aconteceu.
—Um homem escreveu: “Voltando para casa eu entrei na casa errada e colidi com a árvore
que não estava lá”.
—Outro homem escreveu: “O outro carro colidiu com o meu, sem dar aviso de sua intenção”.
—Outra pessoa escreveu: “Esta pessoa estava ocupando a estrada toda. Eu tive que cortar várias
vezes antes de bater nele”.
—Outro escreveu: “Eu estava dirigindo meu carro há 40 anos quando dormi ao volante e tive
um acidente”.
—Outro escreveu o seguinte: “O pedestre não sabia pra que lado ir, então passei por cima
dele”.
—E finalmente este: “Eu saí do acostamento, olhei para minha sogra, e fui em direção ao
barranco”.
Mas de acordo com Paulo, todos nós erramos, todos nós pecamos. O que significa
“pecamos”? Às vezes as pessoas dizem, “Eu levo uma vida boa.” E acho que depende de com
quem estamos nos comparando. Existem tantos padrões diferentes.
Quero dizer, é verdade em todas as áreas, correto? É verdade nos esportes. Semana passada
eu disse que jogo squash, e jogo regularmente. E ao longo dos anos que jogo, pelo tanto que
jogo, eu deveria ser muito bom. Mas na verdade não sou. Mas eu me vejo como um bom
jogador de squash social. Isso significa que existem muitas pessoas melhores que eu, mas
também existem pessoas que são bem piores que eu.
Uma vez eu combinei de jogar com um amigo, e cheguei um pouco cedo. Um homem
chegou, uns 15 anos mais velho que eu, duas vezes mais pesado, e perguntou se eu queria
jogar. Eu pensei, “Eu tenho tempo antes do meu amigo chegar, então tudo bem”. E ele disse,
“Isso é aquecimento o suficiente pra mim. Vamos para a quadra”. Então fomos para a quadra
e eu disse: “Você saca” – eu queria que ele tivesse pelo menos uma chance de bater na bola
então dei o primeiro saque pra ele.
E ele teve um golpe de sorte – foi direto para o ar e caiu no canto. Um a zero. Bom, fiquei
feliz que ele ganhou um ponto porque seria vergonhoso se ele não ganhasse ponto nenhum!
Então ele foi para o outro lado, outro saque – direto para o ar, boom, no canto. E então ele
começou a fazer jogadas e me deixou correndo pelo jogo! Eu pingava de suor. Ele ficava em
pé no meio, tacada por tacada, me fazendo correr. Finalmente descobri porque ele era duas
vezes mais pesado – ele não se mexia!
Ele era muito melhor do que eu. Ele ganhou três de nove a zero. Mas na verdade ele não era
muito bom. Se ele tivesse jogado contra um bom jogador do clube, ele não teria ganhado
pontos. E se um bom jogador do clube jogasse contra um jogador internacional, ele não
ganharia um ponto. Uma vez vi dois jogadores profissionais jogando squash em nosso clube;
eles estavam treinando ali. E eu olhei, e olhei o jogo e pensei, “Se isso é squash então o que
jogamos não deveria ser chamado de squash!” Porque existem tantos padrões diferentes. E o
mesmo é verdade, digamos, no mundo moral e espiritual.
Há alguns anos o pároco desta igreja era John Collins, que hoje tem mais de oitenta anos.
John é o homem mais amável, charmoso, gracioso, santo e humilde que você poderia querer
conhecer em sua vida, e também é ótimo para explicar a Bíblia. E ele tinha um jeito de
explicar este versículo. Às vezes um jovem arrogante pode vir a ele e dizer, “Olhe, eu levo
uma vida decente, não tenho necessidades” e John usaria a seguinte ilustração. Ele diria,
“Olhe, suponha que nesta parede tenha uma escala de todas as pessoas que já viveram. E a
pior pessoa está embaixo e a melhor pessoa está no topo”. Ele diria: “Agora, quem você
colocaria embaixo?" E eles diriam Adolf Hitler ou Stalin, ou o chefe deles.
E então ele diria, “Agora, quem você acha que é a melhor pessoa que já viveu?” E eles diriam
Madre Teresa, ou a mãe deles, ou alguém, e iria lá para o topo.
E então o John diria, “Acho que você concordaria que todos nós estamos em algum lugar
aqui no meio”. Ele era um homem humilde, e dizia: “Eu devo estar mais ou menos aqui em
baixo e você um pouco pra cima”, e o homem concordaria dizendo, “Sim, provavelmente”. E
então o John diria, “Qual você acha que é o padrão?” O homem diria “Provavelmente o teto é
o padrão”, e o John diria, “Não, olhe para o versículo”:
...todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus...
O padrão não é o teto – é o céu. Porque a glória de Deus foi revelada em Jesus, e comparado
com ele, todos falhamos grandemente.
Então talvez alguém diga, “Se este é o caso estamos todos no mesmo barco. De que
importa?” Importa sim, porque existem conseqüências. E elas podem ser resumidas em
quatro pontos. Coloquei nesta ordem para facilitar a memorização.
1) Primeiro é a contaminação do pecado. A contaminação de um ambiente é agora reconhecida
como um grande problema. Mas Jesus disse que também é possível contaminar nossas vidas.
Por favor, abram em Marcos, capítulo 7, versículo 20. Jesus disse o seguinte:
Marcos
Capítulo 7
Versículos 20–23
…“O que sai do homem é que o torna ‘impuro’.
Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais,
os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a
inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o
homem ‘impuro’ ”.
Ocasionalmente um carro vinha à pista de ônibus, e era tão irritante porque você estava
pedalando e não esperava carros. Então eu colocava minha bicicleta no meio para não
poderem passar. E eu sempre torcia – porque eu sabia que tinham duas armadilhas policiais
— eu sempre esperava que esses carros que entrassem na pista de ônibus fossem pegos,
porque eles mereciam. Eles não deveriam estar lá... É perigoso para os ciclistas se você tem
estes carros vindo. Eles merecem ser pegos. Então eu gostava de fazer isso.
Permita-me um exemplo trivial. Até recentemente, por muitos anos vim de bicicleta ao
trabalho. Eu amava vir de bicicleta para o trabalho porque se viesse de carro levaria entre 35
e 45 minutos. Vindo de bicicleta levaria apenas 15 minutos. A razão para isso é que no meu
caminho para cá tem duas pistas: uma para ônibus e bicicletas, e uma para carros. A pista
para carros de manhã sempre estava engarrafada - uma grande fila de carros. Eu amava vir de
bicicleta porque passava rapidamente pelos carros. Isso me dava grande satisfação!
Eu acho muito fácil dizer isso sobre outras pessoas: “É, você merece isso!” É muito mais
difícil dizer isso sobre mim mesmo. Acho que sou um hipócrita: Fico feliz em julgar outros,
mas não a mim mesmo.
3) Existe a pena pelo pecado. Há algo na natureza humana que clama por justiça. Quando
lemos no jornal sobre crianças sendo molestadas, abusadas; velhinhos sendo atacados em
seus lares, algo dentro de nós diz, “Isso é errado! As pessoas que fizeram isso devem ser
presas e trazidas à justiça. Deveria haver uma penalidade para isso”.
2) Em segundo lugar, o poder do pecado. Eu não sei sobre você, mas eu acho que coisas ruins
viciam. Elas têm um poder viciante. E Jesus diz que quem peca é escravo do pecado — pois ele
se agarra em nós. Todos sabemos isso sobre certas coisas. Quero dizer, todos sabemos que se
você usar heroína durante um período de tempo provavelmente ficará viciado. Mas não são
apenas drogas pesadas que viciam, Jesus disse: é possível viciar-se em mau humor, inveja,
arrogância, orgulho, egoísmo, imoralidade sexual ou fofoca ou qualquer coisa que pode se
agarrar às nossas vidas.
O apóstolo Tiago diz que: “Quem cumprir toda a lei e quebrá-la em um só ponto é culpado de
quebrar toda a Lei”.
E com os Dez Mandamentos não adianta dizer... É como a lei de um país: não adianta dizer,
se foi condenado por uma ofensa, “Eu não quebrei nenhuma das outras leis”. Com os Dez
Mandamentos não adianta dizer, “Eu cumpri nove dos dez mandamentos; é só o assassinato
que acho um pouco difícil!”.
Ao me ouvir falar a lista você pode ter dito “Eu não faço todas estas coisas”, mas só uma
delas é suficiente. É como fazer ovos mexidos com um ovo podre e onze ovos bons, isto vai
afetar todos os ovos.
“…as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a
insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’” - tudo isso
contamina nossas vidas.
E na verdade Jesus disse que se estamos com ódio de alguém, estamos cometendo homicídio
em nossos corações. Adultério – ele disse, vocês sabem que mais uma vez é algo que
podemos fazer em nossos corações.
Jesus disse isso: “O que sai do homem é que o torna ‘impuro’- em outras palavras, o que nos
mancha. Do interior do coração vêm os maus pensamentos, imoralidades sexuais, os roubos,
os homicídios…”
Às vezes estava chovendo e eu não queria vir de bicicleta, então ocasionalmente eu vinha de
carro. Eu estava ali sentado na fila, com todos estes terríveis ciclistas passando rapidamente
por mim! E parecia tão absurdo, porque são duas pistas – uma com alguns ciclistas, e fora
isso completamente vazia, e todos estes carros em fila! Porque ter tantos carros na fila quando
tem uma pista vazia bem ali! Eu iria tão mais rápido, e eu achava que eu podia ir na pista de
ônibus. E eu sabia onde eram as armadilhas da polícia, então eu ia na pista do ônibus. E
também, dizia “ônibus e ciclistas”, e eu sou um ciclista! Então pra mim não tem problema.
Em Romanos, Paulo escreve: Vocês não têm desculpa, os que julgam a outros, pois no que
julgarem os outros, estão se condenando, porque os que julgam se comportam da mesma
forma.
Quando apontamos um dedo para os outros, três apontam de volta para nós.
Romanos
Capítulo 6
Versículo 23
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus nosso Senhor.
4) Em quarto lugar, a separação pelo pecado. Abram em Romanos 6, versículo 23. Paulo
escreve o seguinte: Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.
O salário do pecado é a more. E “morte” para o apóstolo Paulo não significa somente morte
física, ele está falando de uma morte espiritual que resulta em isolamento de Deus:
poderíamos dizer que é de fato uma separação entre nós e Deus, causada pelas coisas que
fazemos de errado.
O profeta Isaías diz que não é que Deus não possa lhe ouvir, ele diz: são as suas iniqüidades
que causam separação entre você e o seu Deus. Estas coisas que fazemos de errado têm o
potencial, na realidade, de nos separar dele eternamente.
É como quando você tem um problema em um relacionamento humano e você não consegue
olhar nos olhos da outra pessoa. Às vezes as pessoas dizem, “Eu tentei orar, mas minhas
orações não passam do teto. Parece que ninguém está lá. Há um tipo de separação".
E todas estas coisas são más notícias. Mas claro que a própria palavra “evangelho” significa
boas novas. A mensagem do Cristianismo é de irresistíveis boas novas. E a boa nova é que
Deus ama a você e a mim. E ele não nos deixa simplesmente ali, ele escolheu fazer algo a
respeito disso. Deus amou o mundo de tal maneira – isto sou eu e você – que deu seu Filho
Unigênito para fazer algo a respeito disso.
Então qual é a solução?
2. A SOLUÇÃO
Na verdade é um completo mistério. É tão difícil... Tão maravilhoso, tão belo, mas é tão
profundo. Basicamente é isso: Deus veio a este mundo na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo,
para morrer por você e por mim.
Por favor, abra em I Pedro, capítulo 2, versículo 24. Pedro escreve o seguinte:
Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que
morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram
curados.
Ele mesmo – isto é, Jesus – levou em seu corpo nossos pecados sobre o madeiro - em outras
palavras, na cruz - a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por
suas feridas vocês foram curados.
Esta não é qualquer pessoa inocente sendo punida; isso obviamente seria cruel. É o que John
Stott chama de “auto-substituição de Deus”. O que isto significa?
Em 31 de Julho de 1941 um prisioneiro fugiu de Auschwitz. Como represália, a Gestapo
selecionou arbitrariamente dez homens para morrerem de fome em uma vala subterrânea. Um
dos homens selecionado para morrer era um homem chamado Francis Gajowniczek. E
quando Francis Gajowniczek foi selecionado, ele gritou, “Pobre da minha mulher e de meus
filhos. Eles nunca mais me verão”.
Naquele momento um homem Polonês – inexpressivo em muitas formas, de olheiras e óculos
redondos - deu um passo e falou, “Olhe, sou um padre Católico. Não tenho esposa e filhos”.
Ele disse, “Eu quero morrer no lugar daquele homem”. E para espanto de todos, sua oferta foi
aceita.
Maximilian Kolbe era o nome do padre Católico. Ele tinha 47 anos naquela época. Ele foi
com os outros para a vala de fome. Ele era um homem notável – ele fez com que todos
fizessem orações e cantassem hinos; isso transformou a atmosfera daquela vala. Ele foi o
último a morrer - na verdade ele recebeu uma injeção letal de ácido carbólico em 14 de
Agosto de 1941.
41 anos depois, no dia 10 de outubro de 1982, a morte de Maximilian Kolbe foi colocada na
perspectiva devida. Na Praça de São Pedro em Roma, entre uma multidão de 150.000 pessoas
– incluindo 26 cardeais, 300 bispos e arcebispos – estava o homem, Francis Gajowniczek. O
papa descreveu a morte de Maximilian Kolbe nos seguintes termos. Ele disse: “Esta foi uma
vitória semelhante àquela conseguida pelo nosso Senhor Jesus Cristo”.
Certa vez eu estava folheando o jornal The Independent e vi o obituário de Francis
Gajowniczek. O obituário dizia que ele passou o resto de sua vida falando do que Maximilian
Kolbe tinha feito por ele porque ele morreu em seu lugar. E de uma forma mais incrível e
maravilhosa, Jesus morreu em nosso lugar.
Ele suportou a crucificação por nós. Cícero descreveu a crucificação como “a mais cruel e
hedionda das torturas. Jesus foi despido e amarrado a um poste, ele foi açoitado com quatro
ou cinco tiras de couro reforçadas com ossos ásperos e chumbos pontiagudos”.
Eusébio, historiador eclesiástico do século III, descreve os açoites romanos nos seguintes
termos: “As veias do sofredor ficavam descobertas, e até os músculos, tendões e as vísceras
da vítima ficavam expostos”. Ele foi, então, levado ao Pretório, onde cravaram uma coroa de
espinhos em sua cabeça. Ele foi forçado a carregar nos ombros ensangüentados um barrote
pesado em forma de cruz, até que caiu.
“Quando chegaram ao lugar da crucificação eles o despiram novamente. Então o deitaram na
cruz e enfiaram cravos de cerca de quinze centímetros em seus braços logo acima do pulso.
Seus joelhos foram torcidos para fora, de forma que os dois tornozelos pudessem ser
perfurados entre a tíbia e o tendão de Aquiles. Ele foi erguido na cruz, e esta, largada em um
buraco no chão. E lá o deixaram, sob calor intenso e uma sede insuportável, exposto ao
ridículo diante da multidão. Ali ele ficou pendurado durante seis horas, em dor inimaginável,
enquanto sua vida ia pouco a pouco se esvaindo. Era o máximo da dor e a profundidade da
vergonha”.
Entretanto o Novo Testamento não se concentra na agonia física de Jesus, e nem mesmo na
dor emocional de ser rejeitado pelo mundo, desertado por seus amigos. Ele se concentra nisso
– e isso é único: porque outras pessoas já sofreram fisicamente – mas o que foi único em
Jesus foi o sofrimento espiritual, porque ele foi separado de seu Pai ao carregar nossos
pecados.
Vamos novamente à Bíblia em Isaías 53, versículo 6.
Todos andávamos perdidos, como ovelhas; cada um seguia seu próprio caminho, mas o
Senhor fez recair sobre ele todos as nossas iniqüidades.
Todos andávamos perdidos, como ovelhas; cada um seguia seu próprio caminho, mas o
Senhor fez recair sobre ele todos as nossas iniqüidades.
Eu tinha dificuldades de entender Jesus morrendo na cruz. Eu ouvia conversas a respeito, e eu
pensava – “Não faz sentido! Alguém morrendo há 2.000 anos por mim? Quero dizer, isso não
funciona”. Eu não entendia de forma alguma. E eu fui ouvir uma conversa com um homem
chamado David McInnes: ele falava deste versículo e ele dizia o seguinte:
Ele dizia: Deixe esta mão representar eu e você – sua vida e minha vida. Deixe este livro
representar as coisas que fazemos de errado, as coisas que causam esta barreira entre nós e
Deus. E ele disse, deixe esta mão representar Jesus. Jesus nunca fez nada de errado. Ele viveu
uma vida sem pecado. Não havia barreira entre ele e seu Pai.
O que o versículo diz é que: Todos nós como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós, para
seu próprio caminho.
E então diz o seguinte: o Senhor colocou sobre ele (sobre Jesus, na cruz) toda a nossa
iniqüidade.
Na cruz Jesus carregava o seu e o meu pecado. E, portanto ele foi separado de Deus, não por
causa do que ele tinha feito, mas por causa do que fizemos. É por isso que ele clamou, “Deus
meu, Deus meu, porque me abandonaste?”.
Ele foi separado não devido a seu próprio pecado, mas pelo nosso pecado. E então o
palestrante disse o seguinte: Você vê onde isto nos coloca, onde eu e você ficamos? Livres
para ter um relacionamento com Deus.
3. O RESULTADO
Então qual é o resultado? Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito,
para que - aí estão os resultados!
A cruz é como um belo diamante. Se você tiver um belo diamante você poderá olhá-lo de
diferentes ângulos e ver diferentes cores, diferentes luzes. E você pode olhar para a cruz de
diferentes ângulos, e independente de quantos ângulos olhar, você nunca compreenderá sua
total profundidade e beleza. E, como sempre digo, de certa forma é um mistério.
Mas o Novo Testamento nos diz que existem muitos ângulos diferentes. Um deles é que
mostra o quanto Deus lhe ama. Se você duvidar que Deus lhe ama, olhe para a Cruz. Jesus
disse que não há prova de amor maior que esta, que daria sua vida pela vida de seus amigos.
Isso também nos diz algo sobre a natureza de Deus. Às vezes as pessoas dizem... bom, é a
maior pergunta já feita, a maior objeção moral à fé cristã: “Como pode haver tanto sofrimento
no mundo? Como Deus permite tanto sofrimento?” E não temos respostas simples. É uma
pergunta muito, muito difícil. Mas sabemos isso: Deus não está afastado do sofrimento. Ele
veio na pessoa de seu Filho e sofreu por nós, e agora ele sofre conosco.
A Cruz e a Ressurreição – porque de certa forma é como um só evento, a Cruz e a
Ressurreição – também nos dizem que na realidade o mal foi vencido: porque Jesus
ressuscitou dos mortos, a Cruz realmente funcionou, e os poderes da morte e demoníacos
foram derrotados.
Existem tantos aspectos diferentes. Mas eu quero olhar quatro ilustrações no Novo
Testamento. O que o Novo Testamento tenta fazer é dizer, “Olhe esta ilustração, veja se te
ajuda!”.
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Primeiramente, vemos isto: o resultado da Cruz é, digamos, que a página foi limpa e
podemos começar de novo. Esta é a ilustração do Templo. No Velho Testamento existiam
leis bem detalhadas sobre o que acontecia quando você fazia algo errado. Basicamente,
você precisava ir ao Templo, pegar um animal e confessar seus pecados sobre o animal. A
ilustração era – e era apenas uma ilustração – a ilustração era que seu pecado passava de
você para o animal, que era então sacrificado.
Mas as pessoas sabiam que isso não funcionava. O escritor de Hebreus diz: é impossível que
o sangue de touros e bodes tire pecados; é apenas uma sombra.
Quando João Batista viu Jesus, ele disse: “Vejam – o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo”. Ele era o sacrifício perfeito.
João nos diz que o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado - ele lava a impureza de
pecado em nossas vidas, limpa a página, permite que tenhamos um novo começo.
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Outro resultado é que agora podemos ser libertos das coisas ruins, dos hábitos, dos vícios.
Isto é uma ilustração tirada do mercado. O que aconteceu no mundo antigo é que, como
hoje, as pessoas se endividavam. E uma das formas de sair da dívida era se vender como
escravo. Você iria ao mercado e teria um preço ao redor de seu pescoço e alguém
compraria – para pagar suas dívidas – te compraria para escravidão. Isso era chamado
“preço de resgate”.
Uma pessoa gentil poderia vir e oferecer para pagar aquilo e te libertar. Jesus disse: “Eu vim
para dar minha vida como resgate” – para nos libertar.
Ouvi o cantor Lionel Ritchie sendo entrevistado por Jeremy Vine na televisão, e ele estava
dizendo que veio de uma vida pobre, mas começou a ganhar dinheiro cantando. E uma vez no
aniversário do pai dele e ele lhe deu um grande presente, e seu pai ficou muito feliz com isso.
Mas ao tirar o papel de presente ele viu que tinha mais papel de presente dentro. E ele tirou
outra camada e viu que tinha mais, e mais papel de presente. E este presente ficava cada vez
menor e menor, e ele via o rosto de seu pai se entristecendo.
Finalmente ele chegou ao centro, que era apenas um pedacinho pequeno de papel. No pedaço
de papel dizia apenas o seguinte: “Todas as dívidas quitadas”. E seu pai falou, “Você pagou
minha conta de cartão de crédito?” E ele disse, “Sim, paguei todos os seus cartões de
crédito”. Ele disse, “E o carro?", e ele disse, "Sim, eu paguei o carro". Seu pai disse, “E a
hipoteca?” Ele disse, “Sim, eu paguei a hipoteca”. Todas as dívidas quitadas - é isso que
Jesus fez na cruz: todas as dívidas quitadas. E Jesus disse: “Se o filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres” – você realmente será livre!
Agora, certamente em meu caso, é um processo. Algumas coisas eu descobri quando
encontrei Jesus, instantaneamente eu fui liberto. Outras coisas têm levado um longo tempo. É
um processo. Mas Jesus nos liberta.
Lembro de um homem, Billy Nolan, que por vinte anos, o víamos sentado do lado de fora da
nossa igreja. Era só isso que ele fazia durante o dia todo – sentava ali fora bebendo vinho.
Ele fugiu da marinha mercante com 18 anos; ele era alcoólatra há 38 anos.
No dia 13 de Maio de 1990 ele olhou-se no espelho e pensou: “Você não é mais o Billy
Nolan que eu conheci um dia!” Usando suas próprias palavras, ele pediu ao Senhor Jesus
Cristo que entrasse em sua vida. Naquele instante ele foi liberto do vício do álcool. Ele nunca
mais tocou numa gota sequer de álcool. Você o verá muitas vezes no fundo da igreja, bem
vestido, mãos para o ar, adorando a Deus. Encontrei com ele no estacionamento um dia. Eu
disse, “Billy, você parece feliz”, ele respondeu, “Estou feliz, sim. A vida é como um
labirinto, e eu finalmente achei a saída através de Jesus Cristo”.
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Terceiro resultado: podemos receber perdão total. Ele vai para o templo, ele vai ao
mercado e ele vai ao tribunal. Paulo diz que através da morte de Cristo nós fomos
justificados. “Justificação” é um termo jurídico. Se você fosse levado a julgamento e fosse
absolvido, então estaria “justificado”.
Eu disse que tinha dificuldade de entender a Cruz - Eu... as pessoas diziam, “Jesus morreu
por você” – “hummm, isso não funciona”. Esta ilustração foi a que mais me ajudou. Alguém
me disse: Havia dois amigos na escola. Eram grandes amigos. Foram para a universidade
juntos. Eram grandes amigos na universidade. Então cada um seguiu o seu caminho. Um
deles se tornou advogado e então juiz. O outro entrou para uma vida de crime. Um dia o
criminoso apareceu perante seu velho amigo o juiz.
O juiz ficou diante de um dilema: por amar o seu amigo, ele tinha que fazer justiça. Este é o
dilema de Deus: ele nos ama, mas precisa haver justiça. Ele não pode simplesmente dizer,
como um juiz não poderia dizer: “Ah, você é um velho amigo, vou deixar você ir”.
Então, nesta ilustração, o juiz aplicou a multa devida (ele havia sido declarado culpado) – e
aplicou a multa devida pela ofensa – digamos 40.000 dólares. E depois o juíz tirou sua beca,
foi até o outro lado e preencheu um cheque de 40.000 dólares. Ele mesmo pagou a
penalidade.
É isso que Deus fez por nós em Cristo. É claro que a ilustração é falha porque o amor de
Deus é muito maior que apenas um amigo, a ofensa é muito maior que apenas uma multa, e o
custo é muito mais alto que apenas preencher um cheque – custou a Jesus sua própria vida na
cruz.
Mas a ilustração é que a penalidade foi paga, e, portanto é possível sermos completamente
perdoados.
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E, em quarto lugar, podemos nos tornar parte da família de Deus – esta é a imagem do
lar. A raiz e o resultado do pecado são um relacionamento rompido. É como um pai e um
filho que se afastaram. Você sabe como é quando você se afasta em um relacionamento e não
quer olhar nos olhos da pessoa porque sabe que há algo entre vocês; há uma barreira. E o
resultado da cruz é a possibilidade de um relacionamento restaurado com Deus.
Em 2 Coríntios 5, versículo 19, Paulo diz: Deus estava reconciliando o mundo – isto sou eu e
você - consigo em Cristo. Esta é a resposta para algo que, de outra forma, teria sido
completamente cruel. Fosse qualquer pessoa inocente que Deus puniu ao invés de nós, isto
seria cruel. Mas o que o versículo diz é que: Deus estava em Cristo. É por isso que a conversa
de semana passada foi tão importante: porque se Jesus não é Deus, não funciona. Mas Deus
estava em Cristo. Deus veio na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, para morrer por mim e por
você.
Portanto, é possível sermos reconciliados com Deus. E quando somos reconciliados com
Deus – esta é uma das coisas que amo sobre o Alpha, ver isto – os outros relacionamentos
vão sendo restaurados: maridos e esposas, às vezes; pais e filhos.
Deus nos ama – este é o coração da mensagem cristã: ele ama você e ele me ama. E a forma
como Paulo coloca em Gálatas 2, versículo 20 é: o filho de Deus, que me amou e se entregou
por mim. É pessoal assim. Se você fosse a única pessoa no mundo, Jesus teria morrido por
você.
Quanto eu finalmente entendi – a ficha caiu: que Jesus tinha morrido por mim – isso mudou
minha vida. Mas eu percebi que era preciso dar uma resposta. O versículo diz: Porque Deus
tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna. A resposta é crer – aceitar o presente que ele oferece.
Voltando à ilustração dos dois amigos na universidade, um se tornando juiz e um se tornando
um criminoso – você lembra que nesta ilustração o juiz foi e ofereceu um cheque: com efeito,
Deus te oferece um cheque esta noite. Eu preenchi o cheque: é no Banco do Céu, é por
perdão, libertação, cura, reconciliação, vida eterna. No local do valor eu escrevi Todas as
riquezas do céu. E está assinado Senhor Jesus Cristo, porque Jesus fez com que isto fosse
possível através do que fez na cruz. Está datado com a data de hoje porque é hoje que ele te
oferece isto. E no lugar do nome eu deixei em branco, para que você preencha seu nome.
Ele te oferece um presente. Mas ele nunca nos forçará. Ele nos ama, mas o amor nunca se
impõe. Ele oferece um presente. E nós temos a escolha: podemos rasgar o cheque e dizer
“Não, obrigado”, ou podemos recebê-lo e dizer “Obrigado por morrer por mim”.
Eu gostaria que tivéssemos um momento de silêncio e possivelmente, se alguém quiser fazer
uma oração, que tenha esta oportunidade. Porque em oração aceitamos este presente. E eu
quero fazer com que isto seja possível. Talvez tenha apenas uma pessoa aqui que gostaria de
aceitar, receber este presente hoje. E eu quero fazer uma oração – é uma oração simples,
pedindo perdão, dizendo, por favor e obrigado. É uma forma de acreditar, uma forma de
receber o presente.
É claro que temos bastante tempo, e não quero que ninguém se sinta forçado – porque
estamos no começo do curso, e teremos muitas outras oportunidades, então se você não está
pronto não se sinta sob pressão para fazer nada. Mas se você gostaria de fazer esta oração esta
noite, aqui está uma oração que você pode fazer no silêncio de seu coração. Eu não vou te
envergonhar pedindo que ore em voz alta, mas no silêncio de seu coração você pode fazer
uma oração que é uma forma de receber este presente. Apenas ecoe estas palavras em seu
coração.
Senhor Jesus Cristo, obrigado por morrer por mim na cruz. Peço perdão pelas coisas em
minha vida que estão erradas. Eu agora me afasto de tudo que sei ser errado. E eu recebo seu
presente de perdão.
Coloco minha confiança no que fizestes por mim na cruz. E peço, por favor, que venha me
encher com teu Espírito Santo, para me dar a força para viver o tipo de vida que em meu
íntimo eu tenho desejado viver. Obrigado Senhor Jesus. Amém.

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