Para os novatos em FreeBSD e UNIX®

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Para os novatos em FreeBSD e UNIX®
Para os novatos em
FreeBSD e UNIX®
Annelise Anderson <[email protected]
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Revisão: 43184
FreeBSD is a registered trademark of the FreeBSD Foundation.
IBM, AIX, OS/2, PowerPC, PS/2, S/390, and ThinkPad are trademarks of International Business
Machines Corporation in the United States, other countries, or both.
Microsoft, IntelliMouse, MS-DOS, Outlook, Windows, Windows Media and Windows NT are
either registered trademarks or trademarks of Microsoft Corporation in the United States
and/or other countries.
Netscape and the Netscape Navigator are registered trademarks of Netscape Communications
Corporation in the U.S. and other countries.
Motif, OSF/1, and UNIX are registered trademarks and IT DialTone and The Open Group are
trademarks of The Open Group in the United States and other countries.
Many of the designations used by manufacturers and sellers to distinguish their products are
claimed as trademarks. Where those designations appear in this document, and the FreeBSD
Project was aware of the trademark claim, the designations have been followed by the “™” or
the “®” symbol.
15 de agosto de 1997 por .
Resumo
Parabéns pela instalação do FreeBSD! Esta introdução é para os novatos no FreeBSD e no
UNIX®—, então ela começa com o básico. Este artigo assume que você está usando a versão
2.0.5, ou mais atual, do FreeBSD distribuído pela FreeBSD.org, seu sistema, por agora, tem um
único usuário (você) e você provavelmente está muito bem com o DOS/Windows® ou OS/2®.
Índice
1. Entrando e saindo do sistema ..................................................................................................... 1
2. Adicionando um Usuário com Privilégios de Root ............................................................................ 2
3. Explorando ............................................................................................................................. 3
4. Obtendo Ajuda e Informação ...................................................................................................... 3
5. Editando Texto ........................................................................................................................ 4
6. Imprimindo Arquivos no DOS ..................................................................................................... 6
7. Outros comando úteis ............................................................................................................... 7
8. Próximos Passos ...................................................................................................................... 7
9. Seu Ambiente de Trabalho ......................................................................................................... 9
10. Outros ................................................................................................................................ 10
11. Comentários São Bem-vindos ................................................................................................... 10
1. Entrando e saindo do sistema
Entre no sistema (quando você vê login: ) como o usuário que você criou durante a instalação ou como root . (Sua
instalação do FreeBSD já terá uma conta root ; que pode ir para qualquer lugar e fazer qualquer coisa, incluindo
Adicionando um Usuário com Privilégios de Root
remover arquivos essenciais, então seja muito cuidadoso!) Os símbolos % e # nos exemplos a seguir representam o
prompt (o seu pode ser diferente), com o % indicando o prompt de um usuário comum e o # indicando o prompt
do root .
Para sair do sistema (e obter uma novo prompt de login: ) escreva:
# exit
quantas vezes forem necessárias. Você precisa pressionar enter após os comandos, e lembre-se que UNIX® é
sensível a letras maiúsculas e minúsculas — exit não é o mesmo que EXIT .
Para desligar a máquina escreva:
# /sbin/shutdown -h now
Ou para reinicializar, escreva:
# /sbin/shutdown -r now
ou
# /sbin/reboot
Você também pode reiniciar com Ctrl+Alt+Delete. Dê-lhe um pouco de tempo para trabalhar. Isso é o equivalente
ao /sbin/reboot nas versões recentes do FreeBSD e é muito, muito melhor do que pressionar o botão de reset .
Você não quer ter que instalar tudo de novo, não é?
2. Adicionando um Usuário com Privilégios de Root
Se você não criou nenhum usuário durante a instalação do sistema e, portanto, está logado como root , você
provavelmente precisa criar um usuário agora com:
# adduser
Na primeira vez que você usar o adduser , ele pode pedir por valores padrões para salvar. Você pode querer denir o
shell padrão como csh(1) ao invés do sh(1), se ele sugerir o sh como padrão. Do contrário, apenas pressione enter
para aceitar os valores padrões. Os valores padrões serão salvos em /etc/adduser.conf , o qual pode ser editado.
Suponha que você criou um usuário jack , cujo nome completo seja Jack Benimble. Dê a jack uma senha se segurança
(mesmo crianças ao redor que possam por as mãos no teclado) é um problema. Quando for questionado se você
deseja incluir jack em outros grupos, escreva wheel :
Login group is ``jack''. Invite jack into other groups: wheel
Isso tornará possível entrar no sistema como jack e usar o comando su(1) para tornar-se root . Então você não
será mais repreendido por logar como root .
Você pode interromper o adduser à qualquer momento apenas pressionando Ctrl+C, e no m você poderá aprovar
o novo usuário ou simplesmente escrever n para não. Você pode querer criar um segundo usuário para o caso de
algo sair errado na edição dos arquivos de login do usuário jack .
Uma vez que você tenha concluído, use exit para voltar ao prompt de login e entrar como o usuário jack . Em
geral, é uma boa idéia fazer tudo quanto for possível como um usuário comum, que não tem o poder — e o risco
— do root .
Se você já criou o usuário e quer que ele tenha permissão de utilizar o su para tornar-se root , você pode entrar
como root e editar o arquivo /etc/group , adicionando jack ao grupo presente na primeira linha (o grupo wheel ).
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Mas primeiro você precisa praticar com vi(1), o editor de texto instalado nas versões mais recentes do FreeBSD —
ou usar um editor de texto mais simples, como o ee(1).
Para remover um usuário, use o comando rmuser .
3. Explorando
Ao entrar como um usuário comum, explore e tente alguns comandos que irão acessar as fontes de ajuda e
informação do FreeBSD.
Aqui estão alguns comandos e o que eles fazem:
id
pwd
ls
Diz quem você é!
Mostra onde você está — o diretório corrente de trabalho
Lista os arquivos no diretório corrente.
ls -F
Lista os arquivos no diretório corrente com um * depois de arquivos executáveis, um / depois de diretórios,
e um @ depois de links simbólicos.
ls -l
Lista os arquivos com detalhes — tamanho, data, e permissões.
ls -a
Lista os arquivos ocultos, que iniciam com “ponto”, com os outros. Se você está como root , os arquivos ocultos,
que iniciam com “ponto”, são mostrados sem a necessidade da opção -a.
cd
Muda o diretório corrente. cd .. sobe um nível com relação ao diretório atual; note o espaço depois do cd.
cd /usr/local entra no diretório especicado. cd ~ entra no diretório home do usuário logado — e.g., /usr/
home/jack . Tente cd /cdrom , e execute ls, para descobrir se seu CDROM está montado e funcionando.
view filename
Permite que você visualize um arquivo (chamado filename ) sem modicar seu conteúdo. Tente view /etc/
fstab . Escreva :q para sair.
cat filename
Mostra o conteúdo de filename na tela. Se ele é muito longo e você só consegue ver o nal do arquivo,
pressione ScrollLock e use up-arrow para navegar até o topo do arquivo; você pode usar ScrollLock também
com páginas de manual. Pressione ScrollLock novamente para interromper o rolamento de conteúdo. Você
pode querer experimentar o cat em alguns arquivos ocultos no seu diretório home — cat .cshrc , cat .login ,
cat .profile .
Você vai encontrar aliases em seu .cshrc para alguns comandos ls (estes são muito convenientes). Você pode
criar outros aliases editando .cshrc . Você pode criar aliases disponíveis para todos os usuários colocando-os
no arquivo de conguração principal do csh o qual afeta todo o sistema, o /etc/csh.cshrc .
4. Obtendo Ajuda e Informação
Aqui estão algumas fontes de ajuda úteis. Text representa um termo de sua escolha, para o qual você precisa de
informação ou ajuda — usualmente um comando ou arquivo.
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Editando Texto
apropos text
Tudo que contiver o texto text na whatis database.
man text
Exibe a página de manual do text . A maior fonte de documentação para sistemas UNIX®. man ls vai lhe
mostrar todos os detalhes de como usar o comando ls. Pressione Enter para navegar através do texto, Ctrl+B
para voltar uma página, Ctrl+F para avançar uma página, q ou Ctrl+C para sair.
which text
Informa onde, no path do usuário, o comando text é encontrado.
locate text
Informa todos os caminhos onde o termo text é encontrado.
whatis text
Informa o que o comando text faz e qual sua página de manual. Executar whatis * vai lhe informar sobre
todos os binários no diretório corrente.
whereis text
Encontra o arquivo text , informando seu caminho completo.
Você pode querer experimentar usar whatis em alguns comandos comuns, como cat , more , grep , mv, find , tar ,
chmod , chown , date , e script . more permite que você leia uma página de cada vez, do mesmo modo como no DOS,
e.g., ls -l | more ou more filename . O * funciona como curinga — e.g., ls w* vai mostrar os arquivos que
começam com w.
Algum desses programas não está trabalhando muito bem? Ambos, locate(1) e whatis(1), dependem de uma base
de dados recompilada semanalmente. Se sua máquina não vai permanecer ligada (e rodando o FreeBSD) durante
o nal de semana, convém executar manualmente os comandos de manutenção diários, semanais, e mensais de
vez em quando. Execute-os como root e, por agora, dê a cada um deles um tempo para nalizar antes de você
iniciar o próximo.
# periodic daily
output omitted
# periodic weekly
output omitted
# periodic monthly
output omitted
Se você cansar de esperar, pressione Alt+F2 para acessar outro virtual console, e entre no sistema novamente. Anal,
ele é um sistema multiusuário e multitarefa. No entanto, é provável que esses comandos exibam mensagens na sua
tela enquanto eles estão rodando; você pode executar clear em seu prompt para limpar a tela. Uma vez que eles
tenham executado, você pode querer olhar em /var/mail/root e /var/log/messages .
Executar tais comandos é parte da administração do sistema — e como o único usuário do sistema UNIX®, você é seu
próprio administrador de sistemas. Praticamente tudo que você precisa fazer como root será para administração
de sistemas. Tais responsabilidades não são muito bem exploradas, mesmo nos grossos livros sobre UNIX®, que
parecem dedicar um grande espaço para opções de menus em gerenciadores de janelas. Você pode querer obter
um dos dois livros principais sobre administração de sistemas, ou Evi Nemeth et.al.'s UNIX System Administration
Handbook (Prentice-Hall, 1995, ISBN 0-13-15051-7) — a segunda edição da capa vermelha; ou Æleen Frisch's Essential
System Administration (O'Reilly & Associates, 2002, ISBN 0-596-00343-9). Eu uso Nemeth.
5. Editando Texto
Para congurar seu sistema, você precisará editar arquivos de texto. Muitos deles estarão no diretório /etc ; e você
precisará do su para tornar-se root e poder modicá-los. Você pode utilizar o ee, por ser fácil de usar, mas à longo
prazo vale a pena aprender o editor de texto vi. Um excelente tutorial sobre o vi pode ser encontrado em /usr/
src/contrib/nvi/docs/tutorial , se você tiver os fontes do sistema instalado.
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Antes de editar um arquivo, você provavelmente deveria fazer um backup dele. Suponha que você queira editar o
/etc/rc.conf . Você pode simplesmente usar cd /etc para ir até o diretório /etc e fazer:
# cp rc.conf rc.conf.orig
Isso vai copiar o rc.conf para rc.conf.orig , e depois você poderá copiar o rc.conf.orig para rc.conf para
recuperar o original. Mas o melhor mesmo seria mover (renomear) e copiar novamente:
# mv rc.conf rc.conf.orig
# cp rc.conf.orig rc.conf
pelo fato do comando mv preservar a data e o dono originais do arquivo. Você pode agora editar o rc.conf . Se você
quiser o original de volta, você faria mv rc.conf rc.conf.myedit (assumindo que você queira preservar a versão
modicada) e então:
# mv rc.conf.orig rc.conf
para voltar as coisas do jeito que estavam.
Para editar um arquivo, faça:
# vi filename
Mova-se através do texto com as setas do teclado. Esc (a tecla de escape) coloca o vi em modo de comando. Aqui
estão alguns comandos:
x
dd
i
a
Remove o caractere onde está o cursor
remove a linha inteira (mesmo que ela quebre na tela)
para inserir texto a partir do cursor
para inserir texto após o cursor
Uma vez que você digite i ou a, você pode inserir o texto. Esc coloca você de volta no modo de comando
:w
:wq
:q!
para salvar suas modicações no disco e continuar editando
para salvar as modicações e sair
para sair sem salvar as modicações
/text
para mover o curso para text ; /Enter (a tecla enter) para encontrar a próxima ocorrência de text .
G
nG
vai para o nal do arquivo
vai para a linha n no arquivo, onde n é o número.
Ctrl+L
para redesenhar a tela
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Imprimindo Arquivos no DOS
Ctrl+b e Ctrl+f
volta e avança na tela, respectivamente, assim como fazem no more e view .
Pratique com o vi em seu diretório home , criando um novo arquivo com vi filename , adicionando e removendo
texto, salvando o arquivo, e chamando-o de novo. vi oferece muitas surpresas, pois ele é realmente bastante
complexo, e algumas vezes você vai inadvertidamente executar um comando que vai fazer alguma coisa que você
não espera. (Algumas pessoas realmente gostam do vi — ele é mais poderoso que o DOS EDIT — procure sobre o
comando :r.) Use Esc uma ou mais vezes para estar seguro de que você está no modo de comando e continuar a
partir daí se você tiver problemas, salve frequentemente com :w, e use :q! para sair e começar novamente (a partir
do seu último :w) quando você precisar.
Agora você pode entrar no diretório /etc com o cd, usar o su para tornar-se root , usar o vi para editar o arquivo /
etc/group , e adicionar um usuário no grupo wheel para que ele tenha privilégios de root . Só adicione uma vírgula
e o login do usuário no m da primeira linha do arquivo, pressione Esc, e use :wq para escrever suas alterações no
disco e sair. Efeito instantâneo. (Você não colocou um espaço depois da vírgula, colocou?)
6. Imprimindo Arquivos no DOS
Neste ponto você provavelmente não tem uma impressora funcionando, então aqui vai uma maneira de criar um
arquivo a partir de uma página de manual, movê-lo para um disquete, e então imprimi-lo do DOS. Suponhamos que
você queira ler cuidadosamente sobre mudança de permissões em arquivos (muito importante). Você pode usar
man chmod para ler a respeito. O comando
% man chmod | col -b > chmod.txt
irá remover códigos de formatação e enviar a página de manual para o arquivo chmod.txt em vez de mostrá-lo
na tela. Agora coloque um disquete formatado no DOS em seu drive de disquete a, use o su para tornar-se root ,
e escreva
# /sbin/mount -t msdosfs /dev/fd0 /mnt
para montar o drive de disquete em /mnt .
Agora (você não precisa mais estar como root , e você pode executar exit para voltar para o usuário inicial jack )
você pode ir até o diretório onde você criou o chmod.txt e copiar o arquivo para o disquete com:
% cp chmod.txt /mnt
e usar ls /mnt para obter a listagem do diretório /mnt , que deveria mostrar o arquivo chmod.txt .
Você pode querer criar um arquivo a partir do /sbin/dmesg executando:
% /sbin/dmesg > dmesg.txt
e copiar o dmesg.txt para o disquete. /sbin/dmesg é o registro das mensagens de boot , e ele é útil para entender
o que o FreeBSD encontra durante a inicialização. Se você enviar perguntas para a lista de discussão para perguntas
gerais sobre o FreeBSD ou para o grupo da USENET — como “O FreeBSD não encontra a minha unidade de ta, o
que eu faço?” — as pessoas vão querer saber o que o dmesg diz.
Você pode desmontar o drive de disquete agora (como root ) para retirá-lo com:
# /sbin/umount /mnt
e reiniciar para ir para o DOS. Copie os arquivos para um diretório do DOS, chame-os com o DOS EDIT, Windows®
Notepad ou Wordpad, ou algum outro processador de texto, faça uma pequena alteração para o arquivo ser salvo, e
imprima como você normalmente faz a partir do DOS ou Windows. Espero que funcione! Páginas de manual saem
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melhor se impressas com o comando print do DOS. (Copiar arquivos do FreeBSD para uma partição DOS montada
ainda é, em alguns casos, um pouco arriscado.)
Obter uma impressora imprimindo do FreeBSD envolve criar uma entrada apropriada em /etc/printcap e criar
um diretório de spool correspondente em /var/spool/output . Se sua impressora está na lpt0 (nos DOS é chamada
de LPT1), você só precisa ir para /var/spool/output e (como root ) criar o diretório lpd executando: mkdir lpd ,
se ele ainda não existe. Em seguida, a impressora deve responder se ela estiver ligada durante a inicialização, e lp
ou lpr deve enviar um arquivo para a impressora. Se o arquivo vai ser impresso ou não, depende da conguração,
esta é coberta no FreeBSD handbook.
7. Outros comando úteis
df
mostra os dispositivos montados e o espaço em disco.
ps aux
mostra os processos rodando. ps ax exibe uma lista compacta.
rm filename
exclui o arquivo filename .
rm -R dir
remove o diretório dir e todos os seus subdiretórios — seja cuidadoso!
ls -R
lista os arquivos no diretório corrente e todos os subdiretórios; eu usei uma variante, ls -AFR > where.txt ,
para obter uma lista de todos os arquivos de / e (separadamente) /usr , antes de descobrir um jeito melhor
de encontrar arquivos.
passwd
para mudar a senha do usuário (ou a senha do root )
man hier
exibe a página de manual sobre o sistema de arquivos do UNIX®
Use find para localizar filename em /usr , ou qualquer de seus subdiretórios, com
% find /usr -name "filename"
Você pode usar * como curinga em "filename " (que deve estar entre aspas). Se você diz para find procurar em /,
em vez de /usr , ele vai procurar o arquivo em todos os dispositivos montados, incluindo CDROM e as partições DOS.
Um excelente livro que explica os comandos e utilitários UNIX® é Abrahams & Larson, Unix for the Impatient (2nd
ed., Addison-Wesley, 1996). Existe também uma grande quantidade de informações sobre UNIX® na Internet.
8. Próximos Passos
Agora você deve ter as ferramentas que você precisa para explorar e editar arquivos, então você pode ter tudo ligado
e funcionando. Existe uma grande quantidade de informações no FreeBSD handbook (que provavelmente está em
seu disco rígido) e no web site do FreeBSD. Uma grande variedade de pacotes e ports estáo disponível no CDROM,
bem como no site web. O handbook diz mais sobre como usá-los (obter um pacote, se ele existir, com pkg_add /
cdrom/packages/All/nomepacote , onde nomepacote é o nome do pacote). O CDROM tem uma lista dos pacotes
e ports com uma breve descrição em cdrom/packages/index , cdrom/packages/index.txt , e cdrom/ports/
index , com as descrições completas em /cdrom/ports/*/*/pkg/DESCR , onde os * representam subdiretórios das
categorias e dos nomes dos programas, respectivamente.
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Próximos Passos
Se você achar o handbook muito sosticado (com lndir e tudo) sobre a instalação de ports a partir do CDROM,
aqui está o que normalmente funciona:
Encontre o port que você quer, digamos que seja o kermit . Haverá um diretório para ele no CDROM. Copie o
subdiretório para /usr/local (um bom lugar para adicionar programas que estarão disponíveis para todos os
usuários) com:
# cp -R /cdrom/ports/comm/kermit /usr/local
Isso deve resultar em um subdiretório /usr/local/kermit onde estarão todos os arquivos do subdiretório kermit
do CDROM.
Em seguida, crie o diretório /usr/ports/distfiles , se ele ainda não existe, usando mkdir . Agora verique em
/cdrom/ports/distfiles por um arquivo com o nome que indique o port que você quer. Copie o arquivo para
/usr/ports/distfiles ; nas versões recentes você pode pular este passo, o FreeBSD vai fazer isso por você. No
caso do kermit não existe distfile .
Vá até o subdiretório /usr/local/kermit , onde estará o arquivo Makefile . E execute
# make all install
Durante este processo o port vai obter a partir do FTP quaisquer arquivos compactados que sejam necessários e não
estejam presentes no CDROM ou em /usr/ports/distfiles . Se sua rede ainda não está funcionando e não existe
arquivo para o port em /cdrom/ports/distfiles , você vai precisar obter este arquivo de outra máquina e copiálo para /usr/ports/distfiles de um disquete ou de sua partição DOS. Leia o Makefile (com o cat , ou more , ou
view ) para descobrir aonde ir (o site de distribuição principal) para obter o arquivo e qual o seu nome. O nome
do arquivo será truncado se ele for obtido a partir do DOS, e depois de colocá-lo em /usr/ports/distfiles você
precisa renomear o arquivo (com o comando mv) para seu nome original para que ele possa ser encontrado. (Use
o modo de transferência binária!) Então volte para /usr/local/kermit , encontre o diretório com o Makefile , e
execute make all install .
Outra coisa que pode acontecer quando da instalação de um port ou pacote é que algum outro programa seja
necessário. Se a instalação parar com uma mensagem can't nd unzip ou algo parecido, você pode precisar instalar
o pacote ou port do unzip antes de continuar.
Uma vez instalado, execute rehash para fazer o FreeBSD reler os arquivos no path , então ele saberá o que existe lá.
(Se você obter uma série de mensagens path not found quando usar whereis ou which , você pode querer adicionar
entradas para a lista de diretórios na declaração do path no .cshrc em seu diretório home . A declaração do path
no UNIX® funciona do mesmo modo que no DOS, exceto pelo diretório corrente que não é (por padrão) incluído
no path por razões de segurança; você precisa digitar ./ antes do comando para executa-lo; sem espaços depois
da barra.
Você pode querer obter a versão mais recente do Netscape® a partir de seu site FTP. (O Netscape® requer o
X Window System .) Agora existe uma versão para o FreeBSD, então explore com cuidado. Basta usar o gunzip
filename e tar xvf filename no arquivo, mover o binário para /usr/local/bin ou algum outro lugar onde os
binários são mantidos, execute rehash , e então coloque as seguintes linhas no .cshrc de cada diretório home dos
usuários ou (mais fácil) em /etc/csh.cshrc , o arquivo de conguração principal de inicialização do csh :
setenv XKEYSYMDB /usr/X11R6/lib/X11/XKeysymDB
setenv XNLSPATH /usr/X11R6/lib/X11/nls
Isso assume que o arquivo XKeysymDB e o diretório nls estão em /usr/X11R6/lib/X11 ; se eles não estiverem,
encontre-os e coloque-os lá.
Se você instalou o Netscape® originalmente a partir de um port usando o CDROM (ou o site FTP), não substitua o
/usr/local/bin/netscape com o novo binário do Netscape®; isso é só um shell script que dene as variáveis
de ambiente para você. Em vez disso, renomeie o novo binário para netscape.bin e mova o binário antigo para
/usr/local/netscape/netscape .
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9. Seu Ambiente de Trabalho
Seu shell é uma parte muito importante do seu ambiente de trabalho. No DOS, o shell usual é o command.com .
O shell é quem interpreta os comandos que você executa na linha de comando, e, portanto, se comunica com o
resto do sistema operacional. Você também pode escrever shell scripts , que são como arquivos de lotes do DOS:
uma série de comando para serem executados sem sua intervenção.
O FreeBSD vem com dois shells instalados: csh e sh. csh é bom para trabalhar com a linha de comando, mas
scripts devem ser escritos com sh (ou bash ). Você pode descobrir qual shell você está utilizando executando
echo $SHELL .
O shell csh é bom, mas tcsh faz tudo que o csh faz e mais. Ele aceita que você chame novamente os comandos,
com as setas do teclado, e edite-os. Ele completa nomes de arquivos através da tecla TAB (csh usa a tecla Esc), e
ele permite que você mude para seu último diretório com cd -. É muito fácil alternar seu prompt com tcsh . Ele
torna sua vida muito fácil.
Aqui estão os passos para a instalação de um novo shell :
1.
Instale o shell a partir de um port ou pacote, como você faria para qualquer outro port ou pacote. Use
rehash e which tcsh (assumindo que você instalou o tcsh ) para ter certeza que ele foi instalado.
2.
Como root , edite o /etc/shells , adicionando uma linha no arquivo para o novo shell , nesse caso /usr/
local/bin/tcsh , e salve o arquivo. (Alguns ports vão fazer isso por você.)
3.
Use o comando chsh para mudar seu shell para o tcsh permanentemente, ou execute tcsh no prompt para
mudar seu shell sem precisar realizar o login novamente.
Nota
Pode ser perigoso mudar o shell do root para qualquer coisa diferente de sh ou csh nas
versões anteriores do FreeBSD e em muitas outras versões do UNIX®; você pode não ter um
shell funcional quando o sistema colocar você em modo monousuário. A solução é usar su m para tornar-se root , o que lhe dará o tcsh como root , pois o shell é parte do seu ambiente.
Você pode tornar isso permanente adicionando para seu arquivo .tcshrc um alias com:
alias su su -m
Quando tcsh inicia, ele lê os arquivos /etc/csh.cshrc e /etc/csh.login , assim como o csh . Ele também irá ler
o arquivo .login em seu diretório home e o arquivo .cshrc , a menos que você providencie um arquivo .tcshrc .
Para isso você pode simplesmente copiar o .cshrc para .tcshrc .
Agora que você já instalou o tcsh , você pode ajustar o seu prompt . Você encontra os detalhes na página de manual
do tcsh , mas aqui está uma linha para você incluir em seu .tcshrc que vai lhe dizer quantos comandos você
digitou, que horas são, e em que diretório você se encontra. Ele também mostra um > se você está como um usuário
comum e um # se você está como root , mas tcsh vai fazer isso em qualquer caso:
set prompt = "%h %t %~ %# "
Isso deve ser incluído no mesmo lugar do set prompt existente, ou sob "if($?prompt) then" se este não existir.
Comente a linha antiga; você poderá voltar para o prompt antigo se preferir. Não esqueça o espaço e as aspas. Você
pode recarregar o .tcshrc executando source .tcshrc .
Você pode obter uma lista de outras variáveis de ambiente que foram denidas executando env no prompt . O
resultado vai lhe mostrar seu editor padrão, paginador, e o tipo de terminal, e possivelmente muitos outros. Um
comando útil se você está logado remotamente e não pode executar um programa, pois o terminal não é compatível,
é setenv TERM vt100 .
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Outros
10. Outros
Como root você pode desmontar o CDROM com /sbin/umount /cdrom , retirá-lo do drive , inserir outro, e montálo com/sbin/mount_cd9660 /dev/cd0a /cdrom ,assumindo que cd0a é o nome do seu dispositivo de CDROM. As
versões mais recentes do FreeBSD deixam você montar o CDROM apenas com /sbin/mount /cdrom .
Usar o sistema de arquivos live — o segundo dos discos de CDROM do FreeBSD — é útil se você tem um espaço
limitado. O conteúdo do sistema de arquivos live varia de versão para versão. Você pode tentar jogar a partir
do CDROM. Isso envolve o uso do lndir , que é instalado com o X Window System , para informar aos programas
onde encontrar os arquivos necessários, pois eles estão no sistema de arquivos de /cdrom , em vez de /usr e seus
subdiretórios, que é o local onde eles esperam estar. Consulte man lndir .
11. Comentários São Bem-vindos
Se você usou este guia, eu estou interessado em saber onde ele não está claro, o que foi deixado de fora que você
acha que deve ser incluído, e se ele foi útil. Meus agradecimentos para Eugene W. Stark, professor de ciência da
computação em SUNY-Stony Brook, e John Fieber pelos comentários úteis.
Annelise Anderson, <[email protected] >
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