Apostila

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Apostila
Montagem e Manutenção de
Computadores
SUMÁRIO
Módulo 1 – História do Computador ........................................ 2
Módulo 2 – Placa-mãe e Fonte de Alimentação.......................... 5
Módulo 3 – Memória ........................................................... 11
Módulo 4 – Processadores, Slots e Barramentos...................... 19
Módulo 5 – Drives e Placas de Expansão ................................ 27
Módulo 6 – Interfaces, Softwares de Controle e Gabinetes ........ 32
Módulo 7 – Erros................................................................ 35
Módulo 8 – Setup ............................................................... 37
Módulo 9 – Instalação do Windows XP ................................... 42
Módulo 10 – Instalação do Linux - Ubuntu 9.10 ..................... 48
Módulo 11 – Redes de Computadores.................................... 53
Módulo 13 – Cabos de Rede................................................. 57
Módulo 14 – Configuração de Máquinas na rede...................... 58
Bibliografia e Sites Interessantes...................................... 61
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MÓDULO 1 – HISTÓRIA DO COMPUTADOR
No dicionário encontramos: "Computador, s.m. - aquele que faz cômputos ou que
calcula; máquina à base de circuitos eletrônicos que efetua grandes operações e
cálculos gerais, de maneira ultra-rápida".
Um computador é formado por hardware e software.
Hardware: parte física do computador. Ex: HD, placa-mãe, processador, memória,
etc.
Software: parte lógica do computador. São todos os programas do computador
como os sistemas operacionais (Linux, Windows), os programas que utilizamos para
editar textos, planilhas, gravar músicas, etc.
Fases Cronológicas da Tecnologia:
Ábaco: Criado aproximadamente 3.500 a.C. Surgiu entre os povos
do Mediterrâneo e ainda é utilizado por comerciantes de algumas
culturas;
Blaise Pascal – Pascalina: Criada em 1642, pelo francês Blaise
Pascal e calculava operações simples como a soma;
Tear automático – Criado em 1801, por Joseph Marie Jackuard. Os
dados eram manipulados através de cartões perfurados e era utilizado
por vários tecelões franceses da época;
Máquina de Diferenças: Projetada em 1822, por Charles Babbage. Em
1833, Babbage projetou a Máquina Analítica capaz de efetuar uma
grande variedade de operações matemática, mas nunca foi construída,
pois seria tão grande como uma locomotiva;
Máquinas Tabuladoras – Criada em 1890, por Herman Hollerith. Criada
devido a necessidade de apurar o censo dos Estados Unidos que levava
cerca de 7 anos para ser apurado. Utilizava cartões perfurados, que
possuíam 12 fileiras de 20 orifícios e registravam dados como idade,
nacionalidade, profissão, etc. Após a utilização da máquina levou um
terço do tempo para tabular o censo. A companhia que fundou a máquina
tabuladora hoje é conhecida como IBM (International Business Machines
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Corporation).
MARK 1 - Primeiro computador eletromecânico construído
(1944). Foi criado devido a necessidade de descobrir
maneira rápidas de combater o inimigo na Segunda Guerra
Mundial. Possuía cerca de 15 metros de comprimento e 2,5
metros de altura, era envolvido por uma caixa de vidro e
de aço inoxidável brilhante e possuía as seguintes
características: 760.000 peças, 800 km de fios, 420
interruptores para controle, realizava uma soma em 0,3 s,
realizava uma multiplicação em 0,4 s e uma divisão em cerca de 10 s;
IBM PC -Personal Computer (Computador Pessoal), surgiu
em 1981 e se tornou um padrão de microcomputador;
Evolução dos Computadores
1ª Geração – Utilizada para aplicações científico-militares, baseados em válvulas
eletrônicas;
2ª Geração - Um dispositivo eletrônico chamado transistor substituiu a válvula
eletrônica em 1947, consumindo menos energia e muito mais rápido;
3ª Geração – Em 1965 os circuitos integrados substituíram os transistores, onde os
transistores passam a serem montados em um único chip;
4ª Geração – É marcada pelo uso dos microprocessadores;
5ª Geração – Utiliza a Inteligência Artificial para os computadores atuarem como os
seres humanos.
Código Binário
O código binário é um sistema que utiliza apenas dois algarismos: 0 e 1. A partir do
momento em que os computadores passaram a funcionar a base de energia
elétrica, verificaram a necessidade de utilizar o código binário. Com corrente
elétrica 1, sem corrente 0.
Um bit é um algarismo 0 ou 1. Um conjunto de 8 bits forma um byte, 1024 bytes
forma um KB (Kbyte), 1024 KB forma 1MB (Megabyte), 1024 MB forma 1 GB
(Gigabyte) e 1024 GB forma 1 TB (Terabyte). Esses valores são muito empregados
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entre usuários de computadores (ex: HD 160 GB, memória de 512 MB).
Frequência do computador
Existe um relógio (system clock) dentro de cada computador que é utilizado para
definir o tempo de início da execução de cada instrução. Por isso a velocidade de
processamento depende da velocidade do relógio, sendo que cada operação de
processamento demora um ciclo de relógio para ser executada.
As medidas são:
•
Hz (Hertz) é uma medida de ciclos de relógio por segundo;
•
Kz (KHertz) mil ciclos por segundo;
•
MHz (MHertz) milhões de ciclos por segundo;
•
GHz (GHertz) bilhões de ciclos por segundo;
Esses valores você pode verificar ao comprar um computador, exemplo Dual Core
2.2 GHz.
Exercícios
1- O que é bit e byte?
2- Qual o sistema numérico que os computadores utilizam?
3- Ordene em ordem crescente de tamanho as seguintes medidas:
Kbyte, GByte, bit, MByte, TByte e Byte.
4- Ordene em ordem crescente de velocidade as seguintes medidas:
GHertz, KHertz, Hertz e MHertz.
5- Coloque o valor correspondente:
a) 1 TByte =
________ GByte
b) 1 Byte =
________ bit
c) 1 MByte =
________ Kbyte
d) 1 GByte =
________ Mbyte
e) 1 MHertz = ________ KHertz
f) 1 KHertz = ________ Hertz
g) 1 GHertz = ________ MHertz
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MÓDULO 2 – PLACA-MÃE E FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Placa-Mãe
Conhecida também como Motherboard, a placa-mãe é uma placa de circuito
impresso, sendo a parte mais importante do computador, pois é nela que estão
localizados o processador, a memória e todos os demais componentes e periféricos.
Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas mais
conhecidas são: Asus, Abit, Gigabyte, Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS.
A figura a seguir mostra um modelo de placa-mãe:
Slots
Controladora
de disquete
Soquete
processador
Chipset Ponte
Norte
Bateria
Porta IDE
Conector
fonte ATX
Soquete
memória
Chipset Ponte
Sul
Porta Sata
Porta IDE
Conector
Fonte ATX
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Placa-mãe on-board
Uma placa-mãe é on-board quando possui integrado pelo menos um dos seguintes
dispositivos de expansão: placa de vídeo, placa de som ou placa de rede.
Vídeo
Rede
Som
A vantagem de se utilizar uma placa on-board é a redução de custo do computador,
pois os dispositivos já estão integrados na placa-mãe. A desvantagem é o
desempenho, já que é o processador quem executa as tarefas dos dispositivos
integrados. As placas de som e rede não fazem tanta diferença no desempenho,
mas sim as de vídeo.
Placa-mãe off-board
Uma placa-mãe é off-board quando as placas de som, vídeo e rede são ligadas à
placa-mãe através dos slots de expansão. A vantagem é que não utiliza o
processador, sendo praticamente todo o processamento realizado pelo chipset. A
desvantagem é o alto custo dos dispositivos off-boards.
Conector da Fonte de Alimentação
A placa-mãe é classificada de acordo com seu conector da fonte de alimentação,
podendo ser do padrão AT (12 pinos), ATX (20 ou 24 pinos) ou mista.
AT
O padrão AT possuía pouco espaço interno e requeria a instalação de cabos flats,
que dificultava a ventilação, acarretando danos ao computador devido ao super
aquecimento. Para desligar o computador era necessário desligar pelo sistema
operacional e aguardar uma mensagem “Seu computador já pode ser desligado
com segurança” e clicar no botão “Power”. A placa AT possui apenas um conector
de teclado DIM e utiliza mouse serial.
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ATX
ATX (Advanced Technology Extended) é o padrão AT melhorado. Foi criado para
solucionar os problemas do padrão AT.
Possui maior espaço interno possibilitando maior circulação de ar.
Conectores de teclado e mouse no formato mini-DIM PS/2;
Conectores serial e paralelo ligados diretamente na placa-mãe.
MISTA
Quando AT e ATX são encontrados simultaneamente na placa-mãe.
Chipset
O chipset é formado por um conjunto de chips, ele é responsável por controlar a
transferência de dados entre o processador, barramentos, cache, definir a
quantidade de memória que o computador aceita, ou seja, praticamente tudo
dentro do computador. Nas placas-mãe atuais é comum encontrar dois chips, o
chipset Ponte Norte e Ponte Sul.
O chipset Ponte Norte é responsável pela comunicação do processador com as
memórias através do FSB (Front Side Bus – barramento que realiza a transferência
de dados), e atua como controlador das memórias e do AGP, além de algumas
vezes integrar o vídeo. Ele fica localizado embaixo de um dissipador de calor, para
mantê-lo resfriado já que o mesmo realiza o trabalho mais pesado.
O Chipset Ponte Sul trabalha com as comunicações mais lentas como
Entrada/Saída, USB (Universal Serial Bus), barramento PCI, portas seriais e
paralelas, controle de HDs, dentre outras tarefas.
Bateria
Em cada placa-mãe existe uma bateria, sua utilidade é manter o funcionamento do
relógio permanente, e também os dados de configuração de hardware existentes no
chip CMOS.
Soquete para processador
Local onde o processador é instalado. O tipo de soquete varia de acordo com o
processador, e classificamos a placa mãe conforme o tipo de soquete que ela utiliza.
Soquete para memória RAM
Local onde é instalada a memória RAM do computador. O processador utiliza a
memória RAM para executar as tarefas enviadas pelo usuário.
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Slots de expansão
Através deles podemos instalar placas adicionais como as de vídeo, som, rede e
fax-modem.
Portas IDE e Controladores de Disquete
Local onde são conectados os drives de CD, DVD, disquete e HD.
Fonte de Alimentação
O computador, assim como a grande maioria dos circuitos eletrônicos precisa ser
alimentado com energia na forma de corrente contínua, em níveis de tensão da
ordem de 3 a 12 V. As tomadas da rede elétrica das cidades fornecem energia na
forma de corrente alternada, nas tensões de 127 ou 220 V. A fonte de alimentação
é o dispositivo responsável pela redução do nível de tensão para os valores
adequados e também pela transformação da corrente alternada em corrente
contínua e pela distribuição de energia elétrica a todos os componentes do
computador.
Os níveis de tensão mais importantes são 5 e 3,3 V. Os barramentos de PCI,
circuitos de memória e o chipset são alimentados em 3,3 V, enquanto os periféricos
internos tais como discos rígidos, drives de leitores e gravadores de CD e DVD e
drives de disquete recebem energia em 5 V. Os dispositivos menos sensíveis, como
os coolers são alimentados em 12 V.
A fonte também fornece o sinal Power Good: um sinal de 5 V que indica se todos os
periféricos estão prontos para inicialização, ou se ocorreu alguma sobrecarga nos
circuitos da placa-mãe. A fonte deve desligar o sistema automaticamente quando
recebe um aviso do Power Good para evitar que os componentes sejam danificados.
A fonte de alimentação normalmente pode receber energia em dois níveis de
tensão: 127 V ou 220 V, dependendo da posição de uma chave seletora que vem de
fábrica ajustada para 220 V. Portanto, para que funcione em 127 V, devemos mudar
a posição da chave1.
A fonte de alimentação fornece energia em tensões baixas, que não oferecem risco
de choque elétrico, mas internamente existem circuitos que trabalham com a
tensão da rede elétrica. Portanto deve ser sempre desligada da rede elétrica e
manuseada com cuidado durante a instalação e manutenções do computador.
1 Muitas vezes a chave tem as posições 110V e 220 V. Neste caso, na posição 110 V ela pode ser usada em redes de
127 V sem problemas.
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Fonte do padrão AT
O padrão AT (Advanced Technology) é antigo, tendo sido utilizado entre 1983-1996.
O conector possui dois plugs parecidos (cada um com seis pinos). Caso esses
conectores sejam ligados invertidos, a placa-mãe pode ser totalmente queimada. A
fonte AT fornece quatro tensões de saída, de acordo com as cores dos fios:
Tensão de saída
Cor do Fio
+5 V
Vermelho
-5 V
Branco
+12 V
Amarelo
-12 V
Azul
Power Good
Laranja
Terra
Preto
Fonte do padrão ATX
No padrão ATX (Advanced Technology Extended) o conector de saída possui apenas um plug com
duas fileiras de terminais, em um formato que facilita a conexão e impede sua ligação invertida, pois
cada orifício do conector possui um formato diferente.
Existem fontes do padrão ATX com conectores que possuem 20 ou 24 conexões
elétricas.
As fontes do padrão ATX fornecem os seguintes níveis de tensão de saída:
Tensão de saída
Cor do Fio
+5 V
Vermelho
-5 V
Branco
+12 V
Amarelo
-12 V
Azul
+3,3 V
Roxo
Power Good
Cinza
Terra
Preto
20 pinos
24 pinos
As fontes ATX e AT possuem conectores diferentes, mas existem cabos conversores
que permitem que uma fonte ATX seja utilizada em uma placa-mãe AT. Entretanto,
não podemos usar uma fonte AT para alimentar uma placa-mãe ATX, já que a fonte
AT não fornece uma saída em 3,3 V.
Cabos de Saída da Fonte de Alimentação
Além do cabo que é ligado à placa-mãe, as fontes possuem outros cabos para
alimentar os periféricos, sendo que os principais são:
Conector trapezoidal – para alimentar o HD, leitor e gravador de CD e
DVD, podendo ser usado também para o cooler do processador.
Conector chanfrado – para alimentar drives de disquete de 3½.
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Exercícios
1. Qual a função da fonte de alimentação?
2. Explique padrão on-board e off-board de placa-mãe e explique as
vantagens e desvantagens de cada um.
3. O que é o chipset? Quais são as suas funções?
4. Qual a função da bateria?
5. Qual a diferença do padrão AT e ATX?
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MÓDULO 3 – MEMÓRIA
Memória é o local onde os dados e programas são armazenados de forma
temporária ou permanente. A memória principal é formada por chips localizados em
vários pontos da placa-mãe. A memória secundária localiza-se em diversas mídias
de armazenamento, tais como HDs, CDs, DVDs, disquetes. Vamos tratar apenas da
memória principal, ou seja, da memória formada por chips. A memória principal
pode ser volátil ou permanente (não-volátil).
Memórias permanentes
As memórias permanentes são aquelas que não necessitam de energia para
guardar as informações. Existem diversos tipos de chips de memória permanente,
sendo que o mais conhecido é o chip ROM (Read Only Memory – memória que
permite apenas leitura) onde é armazenado um programa conhecido como BIOS
(Basic Input/Output System ou Sistema Básico de Entrada e
Saída).
O BIOS (Basic Input/Output System – Sistema Básico de
Entrada/Saída) é armazenado num chip ROM que se encontra na
placa-mãe
além
de
mais
dois
programas
o
CMOS
(Complementary metal-oxide-semicondutor, semicondutor metalóxido complementar) e o POST (Power On Selt Test – Autoteste
de partida).
A tarefa mais importante do BIOS é carregar o sistema operacional.
Quando o computador é ligado o BIOS verifica todas as informações que
relacionadas as configurações iniciais do computador, os periféricos instalados que
estão localizados em um chip chamado de CMOS, além do relógio e calendário.
Após essas verificações o POST realiza vários testes de hardware (HD, processador,
placa de vídeo, etc), caso encontre algum problema o BIOS emite sons para que
possam ser identificados os erros. Mesmo após o carregamento do sistema
operacional, o BIOS continua provendo muitas informações e executando tarefas
indispensáveis ao sistema.
Memórias voláteis
As memórias voláteis são as que necessitam de energia para manter a informação
armazenada, ou seja, os dados se perdem ao reiniciar o computador. É por isso
que, ao ligá-lo, é necessário sempre refazer todo o processo de carregamento, em
que o sistema operacional e aplicativos usados são transferidos do HD para a
memória, onde podem ser executados pelo processador.
As memórias voláteis usadas nos computadores são do tipo RAM (Random Access
Memory), ou seja, memórias de acesso aleatório. Sua principal característica é o
fato de permitir o acesso direto a qualquer um dos endereços disponíveis e de
forma bastante rápida.
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É na memória RAM que os dados são armazenados, para que o processador possa
ler e escrever informações. Quanto mais memória RAM tiver o seu computador,
mais rápido ele será, pois isto evita que ele acesse constantemente o HD, onde a
obtenção de dados é muito mais lenta.
Existem memórias voláteis dinâmicas, também chamadas DRAM (Dynamic RAM) e
memórias voláteis estáticas, as memórias SRAM (Static RAM). Vamos falar um
pouquinho sobre cada uma delas.
Memória dinâmica
Os chips dos processadores são formados por uma estrutura muito complexa e
necessita operar em frequências muito altas, o que dificulta muito sua fabricação e
torna seu preço elevado. Ao contrário, os chips de memória dinâmica são formados
pela repetição de uma estrutura bem simples, formada por um transistor e um
capacitor bem pequeno. A função do transistor é controlar o fluxo da corrente
elétrica e a do capacitor é armazenar esta corrente durante alguns milissegundos.
Desta forma, são armazenados os bits de informação: capacitor carregado
corresponde a bit igual a 1 e capacitor descarregado corresponde a bit igual a 0,
sendo que cada transistor é capaz de processar um único bit de cada vez.
Como os capacitores se descarregam muito rapidamente, os dados seriam perdidos
se na placa-mãe não houvesse um circuito de refresh, que recarrega os capacitores
uma vez a cada 64 milissegundos. O processo de refresh, além de consumir energia
e gerar calor, atrasa o processo de leitura dos dados da memória. Este atraso,
enquanto o processador fica esperando a recarga dos capacitores, recebe o nome
de latência.
Curiosidades
Os módulos de memória dinâmica utilizam apenas 1 transistor por bit, mas mesmo
assim, utilizam uma enorme quantidade de transistores muito maior que os
processadores. Para você ter idéia, um pente de memória de 1 GB (1 GBytes)
normalmente é composto por 8 chips, cada um deles com 1024 MB (1024 Mbyte).
Ou seja, cada chip utiliza 1024 milhões de transistores, num total de 8192 milhões
de transistores por pente. Para se ter uma idéia do que isto representa, um
processador Athlon 64 X2 usa “apenas” 233 milhões de transistores. Entretanto,
um processador é muito mais caro do que um pente de memória, já que sua
estrutura é complexa e sua fabricação muito mais difícil.
Com relação ao preço, também, a evolução das técnicas de fabricação trouxe
muitos benefícios. Por exemplo, na época dos computadores 486, cada MB de
memória chegava a custar 40 dólares. Hoje é possível encontrar pentes com 1 GB
de memória por este valor.
O problema é que as necessidades de memória dos sistemas operacionais e dos
aplicativos também cresceram muito. Enquanto o MS-DOS funcionava bem com
4 MB de memória, o Windows 95 já precisava de pelo menos 16 MB, o Windows XP
não roda com menos de 128 MB e o Ububtu 9.04 precisa de pelo menos 256 MB de
memória para ser instalado, sendo que o Windows Vista requer, no mínimo, 1 GB.
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Evolução das Tecnologias Empregadas
Para reduzir a diferença entre a velocidade das memórias e dos processadores (ou
pelo menos impedir que ela aumente ainda mais), os fabricantes de memória estão
sempre desenvolvendo novas tecnologias e aprimorando seus processos de
fabricação.
Nos computadores XT, 286 e nos primeiros 386 os chips de
memória eram instalados diretamente na placa-mãe, soldados
em colunas de soquetes. Cada coluna formava um banco de
memória. Evidentemente esta não era uma solução prática e
o acréscimo de memória não podia ser feito facilmente.
Os módulos de memória apareceram para tornar mais prática a instalação das
memórias: os chips passaram a ser soldados em placas de circuito e as placas-mãe
passaram a ser dotadas de soquetes onde os módulos de memória eram instalados.
As placas em geral têm mais de um soquete de forma que possam ser instalados
módulos de memória adicionais com muita facilidade.
Com a evolução houve diversas mudanças nos formatos dos módulos de memória.
Veremos abaixo alguns tipos de memória RAM.
Memória SIMM
A memória SIMM (Single In Line Memory Module) foi utilizada no início da década
de 80 em computadores como 386 e 486. Nestes módulos há apenas uma única via
de contatos, podendo ter 30 ou 72 vias. Os contatos na parte de trás dos módulos
SIMM têm apenas a finalidade de aumentar a área de contato com o soquete. Se
observarmos com cuidado, veremos um orifício em cada contato, unificando os dois
lados.
Os módulos de 30 vias possuíam sempre 8 ou 9 chips de memória. Cada chip
fornecia um único bit de dados em cada transferência, de forma que 8 deles
formavam um módulo capaz de transferir 8 bits por ciclo. No caso dos módulos com
9 chips, o último era destinado a armazenar os bits de paridade, que melhoravam a
confiabilidade, permitindo identificar erros. Hoje em dia os módulos de memória
são mais confiáveis, de forma que a paridade não é mais usada. No lugar dela,
temos o ECC, um sistema mais avançado, usado em módulos de memória
destinados a servidores.
Os módulos de 30 vias foram utilizados em micros 386 e 486 e foram fabricados
em várias capacidades. Os mais comuns foram os módulos de 1 MB, mas era
possível encontrar também módulos de 512 KB, 2 MB e 4 MB. Existiram também
módulos de 8 e 16 MB, mas eles eram muito raros devido ao custo.
Os processadores 386 e 486 utilizavam um barramento de 32 bits para o acesso à
memória, o que tornava necessário combinar 4 módulos de 30 vias para formar um
banco de memória. Os 4 módulos eram então acessados pelo processador como se
fossem um só. Era preciso usar os módulos em quartetos: 4 módulos ou 8 módulos,
mas sempre um múltiplo de 4.
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A exceção ficava por conta dos micros equipados com processadores 386SX, onde
são necessários apenas 2 módulos, já que o 386SX acessa a memória usando
palavras de 16 bits:
Para resolver o problema da necessidade de usar 4 módulos de memória idênticos
para formar um banco, foram desenvolvidos os módulos SIMM de 72 vias, de 32
bits. Com isto, pode-se usar apenas um módulo de memória nos computadores
486.
O Pentium acessa a memória usando palavras de 64 bits. Portanto, nestes
computadores é necessária a utilização de 2 módulos de memória SIMM de 72 vias
para formar um banco, ou seja, a memória deve ser usada em pares. O acesso à
memória em 64 bits foi desenvolvido porque, já que o processador é muito mais
rápido do que a memória e precisa esperar vários ciclos de clock para poder
acessá-la, quando consegue o melhor a fazer é pegar a maior quantidade possível
de dados. Depois os dados eram processados em blocos de 32 bits.
Como dentro de um banco todos os módulos são acessados ao mesmo tempo,
como se constituíssem uma mesma unidade de memória, o recomendável era que
os módulos fossem iguais. Nada impedia, entretanto, que, se fossem usados 2
pares de memória que cada par tivesse um valor diferente. Por exemplo, um par de
16 MB usado juntamente com outro de 8 MB dando um total de 48 MB de memória
RAM.
Resumindo:
SIMM 30 → São módulos de 30 vias e utilizados apenas em computadores 386 e
486. Cada pente de memória era de 8 bits;
SIMM 72 → São módulos de 72 vias e utilizados apenas em computadores 486 e na
primeira versão do Pentium. Cada pente de memória era de 32 bits e devia ser
utilizada
em pares nos computadores Pentium.
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Memória DIMM
Os módulos de memória DIMM (Double In-Line
Memory Module – módulo de memória com
dupla linha de contato), usados atualmente,
possuem contatos em ambos os lados do
módulo. Todos são por módulos de 168 vias e 64 bits, o que eliminou a necessidade
de serem usados em pares para formar um banco de memória.
Os módulos DIMM são fabricados em dois formatos básicos: SDR e DDR. As
memórias SRD são o tipo tradicional – o controlador de memória realiza uma leitura
por ciclo, enquanto nas memórias DDR são realizadas duas leituras por ciclo. O
desempenho não chega a dobrar, mas melhora consideravelmente. As memórias
DIMM SDR são popularmente conhecidas como memórias DIMM, enquanto as do
tipo DDR são referenciadas como DDR, DDR2 e DDR3.
Memória DDR
A memória DDR-SDRAM (Double data rate synchronus dynamic random access
memory – memória de acesso aleatório dinâmica síncrona de dupla taxa de
tranferência) obtém o dobro de velocidade da memória DIMM, pois transfere dois
dados por pulso de clock. Possui 184 terminais.
Trabalha com 2.5V e consume menos energia do que a DIMM.
Memória DDR2
Evolução da memória DDR, trabalha com 240 terminais e consome menos energia
1.8V. Trabalha com o dobro da frequência dos chips de memória, permitindo que
faça duas operações de leitura por ciclo, acessando dois endereços diferentes. Com
isto, transfere 4 dados por pulso de clock, duplicando a velocidade da memória
DDR.
Memória DDR3
Evolução da memória DDR2. Transfere 8 dados por pulso de clock, consome 1.5V e
também possui 240 terminais.
Apesar do maior número de contatos, os módulos DDR são do mesmo tamanho que
os módulos SDR. Para evitar que os módulos fossem encaixados em placas
incompatíveis, os módulos SDR possuem dois chanfros de encaixe e os módulos
DDR apenas 1.
Os módulos DDR2 e DDR3 também utilizam apenas um chanfro, mas em posições
diferentes, como pode ser observado na figura abaixo. Isto é necessário porque
cada tipo de módulo DDR possui um número de contatos diferente e utiliza uma
tensão também diferente. Se um módulo que trabalha em 1,8 V fosse instalado em
uma placa de 2,5 V, por exemplo, ele seria rapidamente queimado.
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Atualmente, muitos pentes de memória são vendidos com um dissipador metálico,
para ajudar na dissipação do calor, permitindo que os módulos trabalhem em
frequências maiores.
Tempo de Acesso ao Conteúdo da Memória
Vamos analisar o tempo que o processador leva para acessar o conteúdo da
memória RAM e do HD, para verificar o impacto da quantidade de memória RAM
sobre o desempenho do computador. Para isto, vamos considerar um tipo de
memória, denominada Swap. Esta memória fica em um setor do HD e é usada
como uma área de troca: quando a memória RAM já está cheia e o processador
precisa de outras instruções, o conteúdo da memória RAM é transferido para a área
de Swap, antes que a memória RAM seja apagada e carregada com novas
informações. Isto reduz o tempo, caso seja necessário acessar novamente o
conteúdo antigo.
Vamos comparar o tempo de uma sequência de 4 leituras em um módulo de
memória DDR2-800 com o de um HD rápido, de 7200 rpm: enquanto a leitura ao
módulo de memória demora cerca de 35 bilionésimos de segundo, a leitura ao HD
demora pelo menos 10 milésimos de segundo. A taxa de transferência nominal
deste módulo de memória é de 6,4 GB/s, enquanto a do HD dificilmente supera a
taxa de 60 MB/s. Ou seja, a memória RAM possui um tempo de acesso quase
300000 vezes menor e uma taxa de transferência mais de 100 vezes maior que o
HD.
Não podemos nos esquecer de que a memória RAM é muito mais lenta do que o
processador. Então se precisarmos usar a memória swap por falta de memória RAM,
o desempenho do computador ficará seriamente comprometido.
Limitação do tamanho da memória
Os processadores de 32 bits não conseguem acessar mais do que 4 GB de memória
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RAM, decorrendo daí o grande sucesso dos processadores de 64 bits, que não
possuem esta limitação.
À primeira vista, pode parecer que não haveria a necessidade de termos mais de
4 GB de RAM, mas em um futuro próximo esta poderá ser uma limitação bastante
inconveniente. Basta observarmos que há duas décadas os computadores eram
vendidos com 128 KB de memória, há uma década, com 4 ou 8 MB e hoje não são
encontrados com menos de 512 MB.
Memória estática
Até o final da década de 70 os módulos de memória eram do tipo estático, no qual
cada célula, onde será armazenado um bit, é formada por 4 a 6 transistores e um
capacitor, ligados na forma de um circuito chamado de flip-flop. Este circuito
mantém a corrente elétrica circulando através do capacitor, eliminando a
necessidade de se fazer o refresh. Desta forma, a memória estática pode trabalhar
praticamente na mesma velocidade do processador.
A grande desvantagem da memória estática é seu custo, pois suas células são bem
maiores: na mesma área onde existe apenas uma célula de memória estática, seria
possível acomodar centenas de células de memória dinâmica. Um exemplo de
memória estática é a memória cache.
Memória Cache (três níveis)
A solução encontrada para diminuir o impacto de se usar uma memória RAM muito
mais lenta do que o processador (o acesso à memória pode demorar o equivalente
a 100 ciclos do processador) foi usar uma pequena quantidade de memória estática
entre o processador e a memória RAM. Esta técnica é chamada cache de memória.
Quando o processador precisa ler dados da memória RAM, estes são transferidos
para a cache por um circuito especial, chamado controlador de cache. O
processador obtém os dados diretamente da cache e, enquanto estes estão sendo
lidos, o controlador da cache se antecipa e acessa mais dados da memória RAM,
transferindo-os para a memória cache. O resultado é que, na maior parte do
tempo, o processador encontra dentro da cache as informações de que precisa.
Inicialmente, tínhamos apenas alguns Kbytes de cache fixado na placa mãe, mas,
quando a Intel desenvolveu o 486, embutiu uma pequena quantidade de memória
cache dentro do processador. Tínhamos agora dois tipos de cache diferentes, um
interno ao processador, e outro fixado na própria placa mãe.
Para diferenciar os dois, receberam nomes diferentes:
“L1” ou cache nível um = cache incorporado ao processador, trabalha na frequência
do processador, possuindo tempos de acesso extremamente baixos.
“L2” ou cache nível dois = cache da placa mãe, trabalha na frequência da placa
mãe, sendo bem mais lento do que o cache L1, por isso, é mais barato,
possibilitando o uso de quantidades maiores. Mesmo nos processadores atuais,
17
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
onde o cache L2 também faz parte do processador, a velocidade é mais baixa.
“L3” ou cache nível três = um cache bem mais lento e maior. Arquitetura
compartilhada, localizada dentro do próprio processador.
Exercícios
1. O que é memória volátil e não-volátil? Dê exemplos.
2. Qual a diferença de memória estática e memória dinâmica?
3. Explique: BIOS, POST e CMOS.
4. Qual a funcionalidade da memória cache?
5. Explique: cache L1, L2 e L3.
18
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
MÓDULO 4 - PROCESSADORES, SLOTS E BARRAMENTOS
Processador
Um programa é composto de passos (instruções) que são executadas pelo
processador. Assim o processador sabe como processar os dados que estão na
memória do computador.
O processador é uma das principais peças do computador, pois ele é responsável
por executar todas as instruções como o editor de texto, planilha, o sistema
operacional que seu computador utiliza. Por isso é importante escolher um bom
processador na hora de comprar seu computador, pois ele determinará a velocidade
de execução dos programas. Mas para isso é necessário que você verifique qual o
soquete que está na sua placa-mãe.
A velocidade do processador é medida em MHertz ou em GHertz. Todos os
processadores trabalham com dois clocks um interno e outro externo. O clock
interno corresponde ao número de operações que o processador realiza por
segundo. O clock externo corresponde ao número de acessos externos como os
acessos à memória realizados por segundo.
Os principais fabricantes de processadores são a Intel e a AMD.
Processadores Intel
Celeron, Dual Core, Core 2 Duo e Core 2 Quad
O Celeron é um processador de apenas 1 núcleo indicado para
aplicativos de escritório e internet. Hoje é possível encontrar
Celeron de 2 núcleos.
Os processadores Pentium Dual Core e Core 2 Duo possuem dois
núcleos.
O Pentium Dual Core é indicado para usuários que desejam navegar na internet,
editar textos, usar ferramentas que não necessitam de um grande desempenho do
computador. Para usuários que desejam jogar ou necessitam obter um melhor
desempenho, o processador indicado é o Core 2 Duo, porque possui maior
velocidade e maior quantidade de memória cache.
O Core 2 Quad é um dos processadores de maior desempenho. Possui 4 núcleos.
Processador
Modelo
Celeron
420-430-440-450
E1200-E1400E1500
E6500K-E6500E6300-E5400E5300-E5200
E2220-E2210E2200-E2180E2160-E2140
E8600-E8500E8400-E8300E8190-E8200
Celeron
Dual Core
Dual Core
Core 2 Duo
Memória Cache
L2
Núcleo
Frequência (GHz)
Soquete
512 KB
1
1.6-1.8-2.0-2.2
775
512 KB
2
1.6-2.0-2.2
775
2 MB
2
2.93-2.93-2.8-2.72.6-2.5
775
1 MB
2
2.4 – 2,2- 2.2 – 2.0 1.8 – 1.6
775
6 MB
2
3.33-3.16-3.00-2.832.66-2.66
775
19
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Processador
Core 2 Duo
Core 2 Duo
Core 2 Duo
Core 2 Quad
Core 2 Quad
Core 2 Quad
Core 2 Quad
Modelo
Memória Cache
L2
Núcleo
Frequência (GHz)
Soquete
3 MB
2
3.6-2.93-2.8-2.662.53
775
4 MB
2
3.0-2.66-2.66-2.402.33-2.33-2.13
775
2 MB
2
1.86-2.60-2.40-2.201.80
775
12 MB
4
3.0-2.83-2.66
775
6 MB
4
2.66-2.50
775
4 MB
4
2.66-2.50-2.33
775
8 MB
4
2.66-2.40
775
E7600-E7500E7400-E7300E7200
E6850-E6750E6700-E6600E6550-E6450E6420
E6300-E4700E4600-E4400E4300
Q9650-Q9550sQ9450
Q9400S-Q9300
Q8400s-Q8300Q8200S
Q6700-Q6600
Os mais novos processadores da intel são o Core i3, Core i5 e Core i7.
Nas versões anteriores a quantidade máxima de memória suportada pelo
computador era determinada pelo chipset, agora são os processadores da família
Core que determinam. Entretanto, algumas placas mãe possuem limitações em
relação á quantidade máxima de memória que suportam.
Core i3
O processador Core i3 é voltado para computadores de baixo custo. Possui 2
núcleos de processamento, controlador de memória DDR interno, controlador de
vídeo integrado, memória cache de 4 MB (L3) e suporta memória RAM DDR3 de até
1333 MHz.
Cada núcleo consegue realizar duas atividades ao mesmo tempo, simulando ter 4
núcleos.
Os modelos encontrados são o Core i3-530 com frequência de 2,93 GHz e o Core
i3- 540 com frequência de 3,06 GHz. Utiliza o soquete LGA 1156.
Core i5
O Core i5 foi criado para atender usuários intermediários. Possui modelos de 2 ou 4
núcleos e pode chegar até 8 MB de memória cache (L3). Suporta memória DDR3
de até 1333 MHz.
Foi criado utilizando a tecnologia Turbo Boost que permite que o processador
aumente a velocidade em até 800 MHz automaticamente, quando necessário para
executar alguma operação mais pesada. Utiliza o soquete LGA 1156.
Modelo
Frequência
Núcleos
i5-650
i5-660 e 661
i5-670
i5-750
i5-750s
3,2 GHz
3,33 GHz
3,56 GHz
2,66 GHz
2,40 GHz
2
2
2
4
4
Memória Cache
4
4
4
8
8
MB
MB
MB
MB
MB
(L3)
(L3)
(L3)
(L3)
(L3)
Simulação de
núcleos
Turbo Boost
4
4
4
Não
Não
Até 3,46 GHz
Até 3,6 GHz
Até 3,73 GHz
Até 3,2 GHz
Até 3,2 GHz
20
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Core i7
O Core i7 foi criado para atender profissionais que necessitam de alto desempenho
dos computadores. Possui controlador de memória integrado, tecnologia Turbo
Boost, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Intel HD Boost e o recurso Intel
QPI.
A tecnologia Intel Hyper-Threading possibilita a realização de várias tarefas ao
mesmo tempo.
A tecnologia HD Boost é responsável pela compaTBilidade entre processador e
programas, possibilitando um maior desempenho em aplicativos que necessitam de
maior processamento.
A tecnologia Intel QPI permite a transmissão de mais dados, tornando o
processador mais rápido.
Memória
Cache
Simulação de
núcleos
Turbo Boost
(L3)
(L3)
(L3)
(L3)
(L3)
(L3)
8
8
8
8
8
8
Até 3,46 GHz
Até 3,46 GHz
Até 3,6 GHz
Até 2,93 GHz
Até 3,2 GHz
Até 3,32 GHz
LGA
LGA
LGA
LGA
LGA
LGA
4
8 MB (L3)
8
Até 3,46 GHz
LGA 1366
4
6
8 MB (L3)
12 MB (L3)
8
12
Até 3,6 GHz
Até 3,6 GHz
LGA 1366
LGA 1366
Modelo
Frequência
Núcleos
i7-860
i7-860s
i7-870
i7-920
i7-940
i7-950
i7-960 e
965
i7-975
i7-980X
2,8 GHz
2,53 GHz
2,93 GHz
2,66 GHz
2,93 GHz
3,06 GHz
4
4
4
4
4
4
8
8
8
8
8
8
3,2 GHz
3,33 GHz
3,33 GHz
MB
MB
MB
MB
MB
MB
Soquete
1156
1156
1156
1366
1366
1366
Processadores AMD
Sempron
Os processadores Sempron possuem apenas 1 núcleo, com
memória cache (L2) de 512 KB, soquete AM2, frequências de
2.1, 2.2 e 2.3 Ghz e são indicados para usuários que não
necessitam de grande desempenho.
Processadores Athlon
A principal linha de processadores da AMD é a Athlon, são processadores para
usuários que necessitam de alto desempenho com menor custo.
Athlon 64
Os processadores Athlon 64 possuem apenas 1 núcleo, com memória cache (L2) de
512 KB ou 1MB e tem encaixe para soquetes 754, 939 e AM2.
Athlon X2
Os processadores Athlon X2 possuem dois núcleos e 1 MB de cache L2. Os modelos
7750 e 7550 possuem cache L3 de 2 MB e utilizam o socket AM2+. Os outros
21
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
modelos utilizam o soquete AM2 e não possuem cache L3. As frequências variam de
2.5 GHz a 5.8 GHz.
Athlon II X2
Os processadores AMD Athlon II X2 possuem dois núcleos e 2 MB de cache L2,
utilizam o soquete AM3 e as frequências variam de 2.7 GHz a 3.0 GHz. Essa nova
linha consome menos energia do que a linha Athlon X2.
Athlon II X3
Os processadores AMD Athlon II X3 possuem 3 núcleos, 1.5 MB de cache L2,
soquete AM3, não possuem cache L3, frequências de 2.2 GHz a 2.9 GHz, suportam
memória DDR3 de até 1333 MHz. Alguns desses modelos dessa nova linha
consomem menos energia, mas trabalham em uma menor frequência.
Athlon II X4
Os processadores Athlon II X4 possuem 4 núcleos, 2 MB de cache L2, soquete AM3
e as frequências variam de 2.2 GHz a 2.8 GHz;
AMD Phenom
Indicada para usuários que necessitam de maior desempenho para jogos ou edição
de imagens.
Phenom X3
Os processadores Phenom X3 possuem 3 núcleos, 1.5 MB de cache L2, 2 MB de
cache L3, soquete AM2+ e frequências de 1.9 GHz a 2.5 GHz.
Phenom X4
Os processadores Phenom X4 possuem 4 núcleos, suportam DDR2 de até 1066
Mhz, possuem 2 MB de cache L2, 2MB de cache L3, soquete AM2+ e frequências de
1.8 GHz a 2.6 GHz.
Phenom II X2, X3 e X4
Todos modelos Phenom II utilizam o soquete AM3.
O Phenom II X2 possui dois núcleos e apenas dois modelos: o 545 com 3.0 GHz e o
550 com 3.1 GHz. Ambos com 1 MB de cache L2, 6 MB de cache L3 .
O Phenom II X3 possui três núcleos, dois modelos de processadores comuns e dois
modelos econômicos.
Os modelos comuns trabalham nas frequências de 2.6 GHz e 2.8 Ghz e os modelos
econômicos, em 2.4 GHz e 2.5 GHz. Ambos os modelos possuem 1.5 MB de cache
L2 e 6 MB de cache L3.
O Phenom II X4 possui 4 núcleos, 2 MB de cache L2 e 6 MB de cache L3 trabalham
nas frequências de 2.4 GHz a 3.4 Ghz.
22
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Dissipador de calor e Cooler
O processador produz muito calor durante o seu funcionamento, necessitando de
um dispositivo capaz de dissipar o calor produzido por ele. Esse dispositivo é
chamado de cooler e é formado por três partes: um composto térmico, usado para
facilitar a transferência de calor entre o processador e dissipador de calor; um
dissipador de calor, que é o corpo metálico do cooler, que pode ser de alumínio ou
cobre; e uma ventoinha, para transferir o calor presente no dissipador de calor para
o ar.
A informação sobre qual processador o cooler é recomendado está especificada na
caixa do cooler ou ainda em uma etiqueta sobre o próprio cooler. Se essa
informação não existir, com certeza você está diante de um cooler de baixa
qualidade.
Segue abaixo uma tabela mostrando os principais processadores encontrados hoje:
Processador
Clock (mínimo e máximo)
Temperatura Máxima (°C)
Core 2 Duo
1,8 GHz – 3 GHz
60,1 – 73,3
Core 2 Quad
2,4 GHz – 2,66 GHz
62,2 – 71
Core 2 Extreme
2,60 GHz – 2,93 GHz
60,4 – 100
Pentium Dual Core
1,60 GHz – 2 GHz
61,4 – 100
Pentium D
2,66 GHz – 3,60 GHz
63,4 – 69,8
Pentium 4
1,30 GHz - 3,80 GHz
67 – 78
Celeron D
2,13 GHz – 3,60 GHz
64,4 – 69,2
Celeron
2,66 MHz – 2,80 GHz
67,3 – 90
Athlon 64
1,8 GHz - 2,6 GHz
65 – 70
Athlon 64 FX
2,2 GHz – 3 GHz
56 – 70
Relação completa por modelos no site: http://www.clubedohardware.com.br/artigos/645
Barramentos e Slots
Barramento
O barramento é utilizado para realizar a comunicação de dois ou mais componentes
dentro do computador, entre eles memória, processador, placas de expansão.
Quanto mais largo for um barramento maior será a quantidade de informação que
ele transportará.
Slots
Local onde são encaixadas as placas de expansão como as placas de vídeo, placas
de som, placas de rede, placas de modem, dentre outras. Os slots permitem que
as placas de expansão façam parte do barramento onde estão conectadas, ou seja,
23
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
cada slot dá acesso a um determinado barramento.
Os três principais slots de expansão encontrados hoje são: PCI-Express, PCI e AGP,
mas ainda encontramos em placas antigas o ISA e o AMR, dentre outros.
ISA (Industry Santard Architecture)
O slot ISA é um padrão encontrado apenas em placas antigas. Era utilizada por
periféricos lentos, como a placa de som e a placa de fax-modem. Em sua primeira
versão trabalhava com transferência de 8 bits por vez e em sua segunda versão 16
bits.
AMR (Audio Modem Riser)
O AMR é utilizado apenas para placas de modem e áudio, todo
o seu controle é feito pelo processador deixando o computador
mais lento.
CNR (Communications and Network Riser)
Similar ao AMR onde todo o controle é realizado pelo
processador, com baixo custo e é utilizado para placas
de som, rede e fax-modem.
PCI (Peripheral Component Interconnect – Componente de Interconexão
de Periféricos)
O slot PCI possui como característica principal sua
capacidade de transferir dados a 32 bits e clock
de 33 MHz. Permite ler e gravar dados direto na
memória RAM sem utilizar o processador. Outra
característica é o recurso Plug and Play, o
computador reconhece a placa de expansão
automaticamente ao ser instalada.
24
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
AGP (Accelerated Graphics Port – Porta Gráfica Acelerada)
Os slots AGP são utilizados exclusivamente por
placas de vídeo.
Trabalha a 32 bits e possui um clock de 66 MHz.
Slots PCI Express
O slot PCI Express surgiu para substituir simultaneamente
o PCI e AGP. O PCI Express não é um barramento e sim
uma conexão ponto-a-ponto, ou seja, ele conecta apenas
dois dispositivos e nenhum outro dispositivo pode
compartilhar a conexão ao contrário do barramento onde
vários dispositivos compartilham o mesmo caminho.
Comparação entre as taxas de transferências dos principais
barramentos:
Barramento
Taxa de Transferência
PCI
133 MB/s
AGP 2X
533 MB/s
AGP 4X
1.066 MB/s
AGP 8X
2.133 MB/s
PCI EXPRESS x1 (8 bits)
250 MB/s
PCI EXPRESS x2 (16 bits)
500 MB/s
PCI EXPRESS x4 (32 bits)
1.000 MB/s
PCI EXPRESS x16 (128 bits)
4.000 MB/s
PCI EXPRESS x32 (256 bits)
8.000 MB/s
Já se encontra no mercado o PCI-Express 2.0;
PCI-Express 2.0 x1 transfere 500MB/s o dobro do PCI-Express 1.0 x1 que é
250MB/s;
PCI-Express 2.0 x16 transfere 8000MB/s o dobro do PCI-Express 1.0 x16 que é
4000MB/s;
Interface USB (Universal Serial Bus – Barramento Serial Universal)
USB permite que você conecte ao computador mouse, teclado, máquina digital,
dentre outros dispositivos.
Hoje você encontra interfaces USB em todos os
computadores modernos, permitindo conectar e desconectar periféricos com muita
25
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
facilidade.
No USB 1.0 as portas transmitem 12 MB/s, mas no padrão atual USB 2.0 a
velocidade passou para
480 MB/s.
Barramento Firewire
Similar ao USB e em sua primeira versão já operava a 400 MB/s. É um barramento
plug-and-play e permite a conexão de vários periféricos na mesma porta, onde um
periférico é ligado diretamente ao outro, sem necessidade de centralizadores, como
por exemplo, ligar um HD externo e ligar ao HD uma máquina digital, o computador
conseguirá enxergar os dois simultaneamente.
Hoje é encontrada uma versão que atinge 800 MB/s e deverá atingir brevemente a
velocidade de 3.200 MB/s.
Bluetooth
O Bluetooth permite a comunicação entre vários dispositivos como celular,
computador, impressora, câmera digital, etc, utilizando um sistema via rádio.
O Bluetooth tem um alcance que pode ser de 1 metro (1 mW), 10 metros (2.5 mW)
ou 100 metros (100 mW) dependendo da potência.
Alguns computadores já possuem o Bluetooth instalado internamente através de
um chip, caso contrário é necessário comprar um adaptador para que você possa
utilizar este recurso.
Exercícios
1. Qual a diferença entre slot e barramento?
2. Qual a diferença entre barramento e conexão ponto-a-ponto? Dê exemplos.
3. Qual a diferença entre USB e Firewire?
4. Quais as tarefas do processador?
5. Qual a função do dissipador?
6. Qual a funcionalidade do Bluetooth?
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
MÓDULO 5 – DRIVES E PLACAS DE EXPANSÃO
Drive de disquete
A unidade de disquete é o elemento responsável pela
leitura/gravação em um disquete. É uma unidade de
armazenamento de dados, cuja capacidade é de 1,44
MB.
Os computadores atuais não possuem drives de
disquetes, devido à sua baixa capacidade de
armazenamento.
Drive de CD-ROM
Os drives de CD-ROM permitem utilizar discos de CD-ROM, com capacidade em
média 700 MB de dados. São encontradas duas mídias de CD no mercado, o CD-R e
o CD-RW.
O CD-R (Compact Disc Recordable) permite gravar apenas uma vez.
O CD-RW (Compact Disc Recordable Rewritable) permite gravar e regravar um CD,
apagando e acrescentando dados novamente.
Drive de DVD
Em todos os computadores atuais é comum encontrar um
drive de DVD que permite a leitura e gravação de DVDs quanto
de CDs.
Sua capacidade é de 4,7 GB.
Drive Blu-Ray
É o mais novo formato de disco e surgiu para substituir o DVD,
pois possui capacidade de armazenamento de 25GB (camada
simples) a 50 GB (camada dupla). Permite ler e gravar CDs e
DVDs. Ainda não é comum encontrar esse drive nos
computadores devido ao seu elevado preço.
Disco Rígido
O Disco Rígido ou HD (Hard Disk) é utilizado para armazenar programas e dados
assim como as memórias, mas no caso do HD a capacidade de armazenamento é
muito maior, como HD 160 GB, 250 GB, etc.
Os dados armazenados no HD não são perdidos quando o computador é desligado,
ou seja, os dados são armazenados de forma permanente.
27
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Existem dois padrões de HDs utilizados nos computadores o IDE e o SATA que está
substituindo o padrão anterior.
Padrão IDE
A porta IDE ou como também é conhecida
Parallel ATA (PATA) ou simplesmente ATA
transfere os dados de forma paralela, ou seja
transmite vários bits por vez, onde sua
transferência máxima é de 133 MB/s. A
desvantagem desse padrão está relacionada
ao ruído, devido ao grande número de fios,
um fio gera interferência no outro.
A conexão do HD com a placa-mãe é
realizada através de cabo flat de 80 vias.
Padrão SATA
O Serial ATA ou SATA foi criado para substituir os
discos IDE. A primeira versão do SATA trabalha
com taxa de transferência máxima de 150 MB/s
e a sua segunda versão transfere 300 MB/s.
No SATA a transmissão de dados é realizada de
modo serial, ou seja, 1 bit por vez, mas o que o
torna mais rápido do que o IDE é a utilização de
um clock maior.
O cabo SATA é formado por dois caminhos de
dados separados, um para a transmissão e outro
para recepção ao contrário do IDE que utiliza
apenas um caminho que é compartilhado tanto
para transmissão quanto para recepção.
Outra vantagem do SATA é a utilização de poucos
fios, contribuindo para circulação de ar, evitando o
superaquecimento.
28
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Sistemas de Arquivos
O HD é dividido em cilindros, cada cilindro é dividido em trilhas, cada trilha é
dividida em setores. Os setores formam conjuntos chamados clusters, ou seja, um
cluster é um grupo de setores, sendo a menor parte do disco que pode ser
atribuída a um arquivo e pode ter no máximo 64 setores (32 KB).
Um sistema de arquivos é uma estrutura que indica como os arquivos devem ser
gravados, guardados, alterados, nomeados e até apagados. Através dele que se
determina também o espaço utilizado no disco. Quanto menores forem os clusters,
menor será a quantidade de espaço desperdiçada no HD, sobretudo ao gravar
vários arquivos pequenos, já que mesmo com apenas um byte de tamanho,
qualquer arquivo ocupará um cluster. Alguns sistemas de arquivos são: FAT, NTFS,
EXT3 e ReiserFs.
FAT
O FAT (File Allocation Table – Sistema de Alocação de Arquivos) é utilizado no DOS
e Windows 95.
O FAT16 agrupa os setores em clusters utilizando 16 bits que permitem endereçar
65526 clusters, sendo o tamanho máximo de uma partição de 2 GB.
Após a criação do Windows 95 passou a ser utilizado o FAT32, permitindo a criação
de partições maiores que 8 GB e cluster com apenas 4 KB de tamanho, ao contrário
do FAT16 com cluster de 32 KB, reduzindo o desperdício de espaço no disco. O
tamanho máximo da partição é 2 TB (2048 GB).
NTFS
O NTFS (New Technology File System) foi criado pela Microsoft para ser utilizado
inicialmente em versões do Windows para servidores e utilizado no Windows NT.
Suas principais características são: confiança, pois permite que o sistema
operacional se recupere de problemas sem perder informações; segurança, onde é
possível ter controle de acesso; armazenamento, pois permite trabalhar com
grande quantidade de dados.
EXT4
O EXT4 (Third Extend File System) é um dos sistemas de arquivos mais utilizados
no LINUX. Dentre suas principais vantagens estão a recuperação após queda de
energia ou queda do sistema de forma inesperada; integridade dos dados e
velocidade.
ReiserFS
O ReiserFS é um sistema de arquivos utilizados geralmente em Linux.
Mantêm a integridade dos dados, suporta arquivos com mais de 2 GB e organiza os
arquivos em uma estrutura de dados em forma de árvores.
29
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Placas de Expansão
As placas de expansão são dispositivos utilizados para estender as funcionalidades
e o desempenho do computador como as placas de rede, vídeo, som e modem.
Placa de rede
A placa de rede é responsável pela comunicação entre os
computadores em uma rede. Sua função é controlar o envio e
recebimento de dados na rede. É possível encontrar placas de 10
Mbps / 100 Mbps / 1000 Mbps.
Placa de rede sem fio
Permite a comunicação entre
necessitar a utilização de fios.
computadores
na
rede
sem
Placa de vídeo
A placa de vídeo desempenha um papel primordial, pois é
responsável pela comunicação do computador com o monitor de
vídeo. Elas podem ter memória e processador próprio, aliviando o
processador que é utilizado pelas placas on-boards.
Placa de som
A placa de som envia e recebe sinais sonoros entre equipamentos
de som e um computador, convertendo com mínimo de qualidade
e também para gravação e edição.
Placa de modem
A placa de modem transforma os sinais digitais do micro em
sinais analógicos e vice-versa. Permite conectar o micro à
linha telefônica para utilizar os recursos de som e fax ou para
conectar o micro à Internet.
Placa USB
Permite acrescentar ou substituir entradas USB no computador.
30
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Placa Firewire
Permite acrescentar ou substituir entradas Firewire no computador.
Exercícios
1. O que é um disco rígido? Quais são as diferenças dos padrões IDE e SATA?
2. Cite os sistemas de arquivos utilizados pelos sistemas operacionais Windows
e Linux.
3. O que é placa de expansão?
31
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
MÓDULO 6 – INTERFACES, SOFTWARES DE CONTROLE E
GABINETES
Interfaces
Quando usamos o termo interface, estamos nos referindo ao circuito capaz de
controlar um determinado dispositivo.
As interfaces mais comuns encontradas nos computadores são: serial, paralela,
USB, teclado, mouse PS/2, joystick e rede.
Interface Serial
As interfaces seriais (ou portas seriais) são portas de
comunicação, comumente chamadas de COM1 e COM2,
utilizadas para conectar modems, mouses, algumas
impressoras, scanners e outros equipamentos de
hardware. Alguns computadores mais antigos usam para a
COM1, um conector DB-9, com 9 pinos, e para a COM2 um
conector DB-25, com 25 pinos, ambos do tipo MACHO. A
interface serial transfere 1 bit de dados de cada vez.
Interface Paralela
A interface paralela também pode ser chamada de:
porta paralela, interface de impressora ou porta de
impressora. As referências às impressoras devem-se
ao fato desta interface ter sido originalmente criada
para a conexão de impressoras.
Interface USB (Universal Serial Bus)
É uma conexão plug-and-play que permite a conexão de
periféricos sem a necessidade de desligar o computador.
Tanto os fabricantes de placas mãe e computadores
quanto os fabricantes de periféricos (teclado, mouse,
impressora, etc). Hoje encontramos interfaces USB em
todos os computadores modernos e praticamente todos os
fabricantes de periféricos produzem modelos USB.
Interface para teclado
As placas mais antigas utilizavam um conector padrão
DIN, de 5 pinos. As mais novas utilizam um conector
menor, chamado padrão PS/2 ou mini-DIN e hoje são
encontrados mouses USB.
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Interface para mouse PS/2
Até aproximadamente 1997, o mouse era tipicamente conectado em
uma porta serial. A partir de então surgiram modelos com
conectores PS/2 (mini-DIN) e hoje são encontrados mouses USB.
Interface para joystick
As placas-mãe mais modernas aboliram a interface de joystick, os
novos modelos de joystick utilizam o padrão USB.
Interface de rede
Quase todas as placas-mãe atuais possuem interface de rede onboard. Interfaces de rede on-board normalmente funcionam com
tanta confiabilidade e velocidade quanto os modelos “off-board”.
Softwares de Controle ou Drivers
Os softwares de controle, ou como são conhecidos, DRIVERS, são responsáveis pelo
funcionamento do hardware instalado. Sua configuração pode ser manual ou podem
vir embutidos no sistema operacional.
A instalação manual é feita quando o sistema operacional não contém o driver de
controle para o componente instalado. Neste caso, usamos o driver disponibilizado
pelo fabricante do hardware. Este pode estar em disquete, CD, DVD, ou no próprio
CD da placa-mãe.
Se não tivermos o driver, precisaremos procurá-lo na internet. Neste caso, é muito
importante conhecer o equipamento para o qual se busca os drivers e reunir o
maior número possível de informações tais como: nomes, identificações de
fabricantes, tipos de chips utilizados, e outros detalhes que auxiliam na busca pelo
driver.
Podemos necessitar instalar o driver para fazer sua atualização, correção ou
melhoria. Esta geralmente feita manualmente pelo usuário, quando detectada falha
crítica pelo sistema operacional e a atualização se faz obrigatória.
Gabinete
O gabinete é a caixa metálica na qual são instaladas as peças que formam o
computador: placas, drives, disco rígido, etc. Nele também está localizada a fonte
de alimentação, responsável pela geração da corrente elétrica que faz os circuitos
do computador funcionarem. Todos os gabinetes já vêm acompanhados da fonte de
alimentação.
Os gabinetes podem ser encontrados em diversos modelos e preços.
Os tipos mais comuns são o desktop, o mini-torre e o torre:
Desktop
É usado na posição Horizontal.
Sua característica é que ocupa pouco espaço em uma
mesa, pois pode ser colocado sob o monitor.
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Uma desvantagem é que normalmente possui pouco espaço para a colocação de
novas placas e periféricos.
Outra desvantagem é a dificuldade na manutenção deste tipo de equipamento, mas
em alguns casos os ganhos de espaço podem ser mais importantes que outras
considerações.
Mini-torre
É usado na posição Vertical. É o modelo mais usado. Sua principal
característica é o espaço interno para expansão e manipulação de
periféricos. A desvantagem é o espaço ocupado em sua mesa.
Torre
Possui as mesmas características do Mini-torre, mas tem uma altura
maior e mais espaço para instalação de novos periféricos.
Existem algumas pequenas diferenças na montagem do micro dependendo da
marca e do modelo de gabinete usado. Por isso devemos:
•
Observar o tipo da placa mãe antes de
adquirir o gabinete.
•
Identificar a quantidade de Drives a
serem instalados.
•
Escolher o modelo (Desktop, MiniTorre, Torre).
Gabinetes ATX possuem uma ranhura em sua parte traseira para o encaixe dos
conectores dos periféricos on-board da
placa-mãe. Essa ranhura possui um tamanho maior do que o necessário. já que não
há como prever que tipo de placa-mãe você instalará no gabinete. Por esse motivo,
os gabinetes ATX vêm com uma série de acabamentos metálicos para serem usados
nessa ranhura.
Exercícios
1- O que é interface?
2- Qual a diferença entre drive e driver?
3- Quais são os modelos de gabinetes?
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MÓDULO 7 - ERROS
Quando ligamos o computador aparece uma tela com várias informações sobre a
placa-mãe, versão do BIOS, processador e memória. Durante a inicialização o POST
verifica a funcionalidade de todas as peças.
Caso o POST seja executado com sucesso é emitido um bip curto. Se o seu sistema
estiver inicializando normalmente sem apresentar este bip, verifique se o speaker
está ligado à placa mãe corretamente.
Se for detectado algum erro será mostrado através de bips ou mensagens na tela.
Segue abaixo uma lista com os erros mais comuns:
1- Detecting HDD Primary Master: None – HD não encontrado.
Causas possíveis:
-cabo de conexão do HD danificado ou desconectado;
-cabo de energia danificado ou desconectado;
-HD queimado;
2- Primary Master drive fails e Primary Slave drive fails - HD e CD não
foram encontrados.
Causas possíveis:
-A configuração do setup não corresponde a ligação dos cabos.
3- Keyboard error or no keyboard present – Erro no teclado (às vezes este
erro simplesmente não aparece e a gente não consegue digitar).
Causas possíveis:
-Fio quebrado
-Desconectado
-Teclado queimado
4- CMOS checksum error e CMOS battery failed – bateria sem carga.
5- Apitos curtos e contínuos (no computador AT) ou apitos longos e com
pausa (no computador ATX) – Erro na memória.
Causas possíveis:
- Memória mal encaixada ou queimada (Obs: a memória SIMM deve ser usada
em pares).
-Memórias de frequências diferentes.
6- Apito longo seguido de 3 apitos curtos – erro na placa de vídeo.
Causas possíveis:
-Placa de vídeo queimada ou mal conectada.
7- Sem sinal – erro no monitor.
Causas possíveis:
- Plug mal conectado ou cabo danificado;
- Placa de vídeo mal conectada ou queimada no computador AT.
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8- Hardware monitor found an error - Enter Power Setup menu for
details – erro no cooler.
Causas possíveis:
- O fio do cooler está desconectado na placa-mãe.
- Cooler queimado.
9- Computador desligando enquanto está sendo utilizado.
Causas possíveis:
- Problema com a fonte.
- Processador super aquecido (verificar a temperatura, limpar o cooler e
dissipador).
- Vírus.
10- bips curtos – falha geral, não foi possível iniciar o computador.
Causas possíveis:
- Este problema é causado por uma falha grave em algum componente, que o
BIOS não foi capaz de identificar. Em geral o problema é na placa mãe ou nos
módulos de memória.
Para obter informações sobre outros erros procure na internet ou acesse os links
abaixo:
http://www.gdhpress.com.br
http://forum.clubedohardware.com.br/bips-erro/162494
http://www.guiadohardware.net/comunidade/bios-tutorial/145689/
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MÓDULO 8 - SETUP
O setup é um programa de configuração do computador, gravado no BIOS. Para
entrar no setup pressione a tecla Delete durante a inicialização.
O Setup varia de acordo com a versão do BIOS. Vamos considerar a versão do
BIOS dos computadores do laboratório. Para outras versões vocês deverão
consultar os manuais das placas.
Vamos ver apenas os campos que podemos ajustar. Os outros são configurados
automaticamente e o computador pode até não ligar mais se alterarmos alguma
coisa que não pode.
Menu Main
•
•
•
•
•
System Time → acertar a hora
System Date → acertar a data: mês dia ano
Legacy Diskette → 1,44 MB
Supervisor Password → Senha para entrar no SETUP.
Enter → Colocar a senha 123 → Enter
Confirmar a senha 123
Disabled → Enabled
Apertar F10 → Enter → Delete para entrar no SETUP
Pediu a senha para entrar no SETUP
Entrar com a senha
Tirar a senha → Enter → Esc com o campo da senha em branco
Se esquecer a senha, o único jeito de entrar no SETUP é tirando a
bateria
User Password → Senha para ligar o computador
É diferente da senha do Windows, onde cada usuário tem sua senha.
Neste caso, o SO não chega nem a ser carregado. O boot pára pedindo a
senha e não faz mais nada.
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•
Mudar a senha para 123 → Enter → 123 → 123 ⇒ habilitou a senha.
F10 → Enter (sem segurar Delete) → Pede a senha
123 → Enter → carrega o SO
Reiniciar → apertar Delete → Entrar no SETUP → User Password →
Enter → Enter para tirar a senha
Memória Instalada → mostra a memória que está instalada na máquina.
•
Primary Master → User Type HDD ou a série do HD
Para ajustar, apertar Enter → Enter → andar com a setinha
selecionar
User Type HDD → Esc
Quando fica sem bateria, ele coloca tudo eu Auto.
• Primary Slave → CD-ROM
• Secondary Master → None
até
•
Secondary Slave → None
•
Keyboard Features → Enter → Boot to NumLock Status (On | Off) → Esc
(só vale para quando entrar no Windows
ou no Linux)
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Menu Advanced
•
CPU Speed → Enter → (1600 | 2633) ou (1800 | 2400 | 3600)
Dá até para dobrar a velocidade do processador, mas este fica
sobrecarregado. O melhor para o processador é deixar na menor. Os outros
valores são alterados automaticamente
Menu Power
•
•
Hardware Monitor
→ CPU Temperature → olhar a temperatura da CPU
→ CPU Fan Speed → olhar a velocidade do cooler
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Menu Boot
1- IDE Hard Drive
2- CD-ROM
3- Diskette – Legacy Floppy
Descer com a seta até o IDE Hard Drive e colocá-lo na primeira opção (usando a
tecla +).
40
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Menu Exit
Utilizado para sair do Setup. Marque a primeira opção e aperte a tecla Enter ou a
tecla F10 e Enter.
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MÓDULO 9 - INSTALAÇÃO DO WINDOWS XP
1- Ligar o computador e entrar no Setup (pressione delete).
2- Alterar o Boot para que a primeira opção fique CD-ROM. Inserir o CD do
Windows no computador, salvar a alteração pressionando F10 e Enter.
3- Surgirá a seguinte mensagem na tela: “Pressione uma tecla para iniciar o
CD”, a tecla deve ser pressionada rapidamente. Quando a mensagem se repetir,
NÃO pressionar nada, senão o processo é reiniciado.
4- A tela abaixo é mostrada, para fazer a instalação pressione ENTER.
5- Aceitar a Licença: apertar F8. Se a máquina já tiver o Windows XP instalado, ele
detecta e pergunta se quer reparar ou instalar uma Nova Cópia. Selecionar
Nova cópia → Esc.
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
6- A tela para realizar o particionamento do disco é mostrada, faça uma partição
com todo o tamanho do disco. Para isso pressione ENTER.
OBS: Nesse caso não há nenhuma partição no HD, caso contrário deveria ser
excluída.
Excluir a partição C:. Selecionar C: → apertar D → apertar L → confirmar (3
vezes).
7- Após o particionamento o disco deve ser formatado com o sistema de arquivos
NTFS, não utilize a formatação rápida, pois se algum defeito no disco for
encontrado durante a formatação o Windows irá mostrar na tela.
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
8- Esperar até terminar a formatação e a máquina ser reiniciada - NÃO pode
apertar nenhuma tecla porque senão começa tudo de novo.
9- Automaticamente já foi selecionado o layout de teclado Português (Brasil), clique
em Avançar.
10- Digite o Nome, ex: CIDS e a Organização é opcional.
11- Agora digite o serial do Windows XP.
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12- Nome do Computador: CIDS, a Senha do Administrador é opcional. Clique em
Avançar.
13- Acerte as configurações de dia, hora e fuso horário.
14- Marcar a opção Configurações típicas e clicar em Avançar.
15- O Windows irá perguntar se essa máquina forá parte de um grupo de trabalho
ou de um domínio. Clique em Avançar.
45
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
16- Bem Vindo! ... → Avançar.
17- Ajude a proteger... → escolha a opção e clique em Avançar.
18- Ignorar a rede por enquanto (cancelar a busca da rede) e Avançar.
19- Registro online: escolha a opção e clique em Avançar.
20- Nome: CIDS → Avançar.
21- Concluir.
22- A tela inicial do Windows XP é mostrada.
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Inserindo atalhos na Área de trabalho (Desktop) e Instalar Pacote Office
1- Iniciar → Meu Computador → clicar com o botão direito → Mostrar na área de
trabalho. Fazer o mesmo com Meus documentos.
2- Iniciar → clicar com o botão direito em Internet Explorer → não aparece Mostrar
na área de trabalho → clicar, segurar e arrastar para a Área de trabalho (Desktop).
Crie o número de atalhos que julgar necessário.
3- Instalar o pacote Office.
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MÓDULO 10 - INSTALAÇÃO DO LINUX – UBUNTU 9.10
12no
3-
Ligar o computador e entrar no Setup (pressione delete).
Alterar o Boot para que a primeira opção fique CD-ROM. Inserir o CD do Linux
computador, salvar a alteração pressionando F10 e Enter.
Escolha o idioma Português do Brasil e pressione Enter.
4- Escolha a opção Instalar Ubuntu e pressione Enter.
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5- Clique em Avançar.
6- Escolha a localização e clique em Avançar.
7- Escolha o layout do teclado: Brasil→Avançar.
8- Marque a opção Especificar particionamento manual e clique em Avançar.
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9- Selecione a partição que deseja excluir e clique em Apagar partição. Após excluir
todas partições desejadas é necessário criar uma Nova Partição.
Para instalar o Linux é necessário criar 2 partições, porque ele necessita de uma
partição SWAP que funciona como uma memória virtual. O tamanho do SWAP deve
ser igual ao dobro da memória RAM instalada, até o máximo de 2 GB (2048 MB).
10-
Criar o SWAP: clicar no espaço livre → Alterar.
Escolher tipo de partição -> Lógica;
50
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Novo Tamanho → dobro da memória (ex: se o computador tiver 512 MB de
memória instalada digite 1024)
Localização → Início (observe que as escolhas ideais já vão aparecer marcadas)
Usar como → Área de troca – swap → OK.
11-
Criar a partição que será instalada o Linux. Clique no espaço livre -> Alterar.
Escolher Tipo de partição -> Primária (instalar o Linux sempre na partição
primária;
Novo Tamanho → restante do HD;
Localização → Início (observe que as escolhas ideais já vão aparecer marcadas)
Usar como → EXT4;
Ponto de montagem → / (é como se fosse o C:)
Clique em OK.
12- Clicar no EXT4 → Avançar. Se aparecer uma mensagem → Continuar.
13- Digite o nome de usuário e a senha. Clique em Avançar.
Se a senha escolhida for considerada fraca surgirá uma mensagem na tela, pode
clicar em Continuar.
51
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
14- Clique em Instalar.
15- Com a instalação concluída clique em Reiniciar agora. Será apresentada a tela
de retirada do CD do drive, retire-o e pressione ENTER.
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
MÓDULO 11 – REDES DE COMPUTADORES
Uma rede de computadores é formada por 2 ou mais computadores conectados
entre si, com a finalidade de compartilhar dados, recursos, distribuir internet.
Podendo ser utilizada para uso doméstico ou empresarial.
Uma rede pode ser classificada quanto a sua extensão física: LAN (Local Area
Network) e WAN (Metropolitan Area Network).
LAN (Rede Local)
Uma rede que liga computadores próximos, normalmente em um mesmo prédio ou,
no máximo, entre prédios próximos e podem ser ligados por cabos de rede. Ex:
redes de computadores das empresas em geral.
WAN (Rede Extensa)
Redes que se estendem além das proximidades físicas dos computadores. Como,
por exemplo, redes ligadas por conexão telefônica, por satélite, ondas de rádio, etc.
Tipos de Redes
Ponto-a-ponto
Em uma rede ponto a ponto os computadores são conectados em grupos para
compartilhar dados e recursos, não existe um computador central onde todos
podem acessar.
Pontos positivos: fácil de instalar, o controle de acesso é feito através de senha e
baixo custo.
Pontos negativos: difícil gerenciamento e não é segura.
Cliente-Servidor
Em uma rede cliente-servidor, o servidor é o computador que centraliza os recursos
e as informações da rede e os clientes são os computadores que acessam o
servidor.
Pontos positivos: maior segurança, controle de acesso dos usuários, é possível
acessar as informações de qualquer computador da rede através de usuário e
senha, os recursos são controlados através de permissões.
Pontos negativos: difícil de implementar, custo elevado, exige um grande
conhecimento do administrador da rede.
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Topologias de Rede
A topologia de rede defina o modelo utilizado para que as informações trafeguem
na rede, dentre as topologias estão: Barra, Anel, Estrela e Árvore.
Barra
Todos os computadores são ligados a um mesmo barramento de
dados. Enquanto um computador estiver enviando informações os
outros devem esperar para que o caminho fique livre, e todas as
máquinas na rede recebem os dados enviados.
O barramento utilizado é o cabo coaxial, possui baixo custo e a
velocidade pode alcançar no máximo 16 Mbps.
Anel
Os computadores formam um circuito fechado. Os dados enviados
de um computador circulam pelo anel até chegar ao destino.
Trabalha com a velocidade de 10 Mbps a 150 Mbps.
Possui um custo elevado e o número de máquinas tem que ser
limitado para que não reduza o desempenho.
Estrela
A topologia Estrela é a mais utilizada, pois as informações são
enviadas diretamente ao destino, sem passar por outros
computadores da rede, tornando-se mais segura e confiável. Um
nodo central (hub, switch, roteador) controla e direciona o acesso
aos recursos da rede.
A velocidade pode alcançar até 100 Mbps e possibilita a conexão de
grande número de máquinas sem prejudicar o desempenho.
Árvore
A topologia Árvore é fomado por várias Estrelas conectadas.
Protocolos de Comunicação
Os protocolos de comunicação são uma espécie de linguagem através do qual
vários computadores e outros dispositivos podem transmitir e receber dados.
54
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
No caso de redes, o mais comum é o TCP/IP.
Protocolo TCP/IP
O protocolo TCP (Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (Protocolo de
Internet) permite que vários computadores sejam interligados através de uma
rede.
Dentro de uma rede TCP/IP cada computador recebe um endereço IP único que o
identifica na rede. O endereçamento IP é dividido em 3 classes: A, B e C.
Exemplo de endereço IP: 192.168.0.1
Se o primeiro valor do endereço tiver na faixa de 192 e 223 este número pertence
a uma rede classe C (como no exemplo em que o endereço inicia com 192 – rede
classe C). O mais comum para rede classe C são os IPs 192.168.0.X (sendo X o
número que varia de 1 a 255).
Se valor for um número entre 128 e 191, classe B e finalmente se o valor for um
número entre 1 e 126, classe A.
O endereço IP é acompanhado por uma máscara de rede.
Classe
A
B
C
Máscara de rede
255.0.0.0
255.255.0.0
255.255.255.0
Número de computadores na
rede
16.777.214
65.534
254
Diferenças entre Hub, Switch, Roteador
Hub
O hub transmite as informações que recebe para todos os computadores
conectados a ele. Enquanto um computador tiver transmitindo os dados os outros
tem que esperar. Não é muito utilizado devido ao congestionamento que ocorre na
rede.
Switch
O switch possui um canal exclusivo de comunicação entre o computador que envia
e o que recebe, sendo assim é possível que vários computadores troquem dados ao
mesmo tempo.
Roteador
O roteador escolhe o caminho mais rápido para realizar a comunicação entre os
computadores, se o caminho mais curto estiver ocupado ele procura outra rota,
tornando-o mais rápido.
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Exercícios
1- O que é uma rede e o que posso compartilhar?
2- Descreva redes LAN e WAN?
3- Qual a diferença de rede ponto-a-ponto e rede cliente-servidor? Quais são as
vantagens e desvantagens?
4- Marque a topologia mais confiável e explique-a:
( ) Barra;
( ) Estrela;
( ) Anel;
5- O que é IP?
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
MÓDULO 12 – CABOS DE REDE
Existem basicamente dois tipos de conexão no cabo de rede: Direto (ou normal) e
Invertido (cross-over ou par trançado).
O cabo direto é utilizado em rede cliente-servidor. O cabo invertido é utilizado em
rede ponto-a-ponto.
Materiais necessários para confecção do cabo de rede:
• Pedaço de cabo de rede padrão CAT 5 (4 pares de fios);
• Conectores RJ45;
• Alicate crimpador;
• Testador de cabos;
Direto:
12345678-
Verde claro ou branco
Verde escuro
Laranja claro ou branco
Azul escuro
Azul claro ou branco
Laranja escuro
Marrom claro ou branco
Marrom escuro
12345678-
Verde claro ou branco
Verde escuro
Laranja claro ou branco
Azul escuro
Azul claro ou branco
Laranja escuro
Marrom claro ou branco
Marrom escuro
12345678-
Laranja claro ou branco
Laranja escuro
Verde claro ou branco
Azul escuro
Azul claro ou branco
Verde escuro
Marrom claro ou branco
Marrom escuro
Invertido:
12345678-
Verde claro ou branco
Verde escuro
Laranja claro ou branco
Azul escuro
Azul claro ou branco
Laranja escuro
Marrom claro ou branco
Marrom escuro
57
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
MÓDULO 13 - CONFIGURAÇÃO DE MÁQUINAS NA REDE
Configurar máquina na rede:
•
Clicar em Iniciar → Meu Computador.
•
Clicar com o botão direito em Meus Locais de Rede → Propriedades
•
Clicar com o botão direito em Conexão Local → Propriedades.
•
Clicar sobre Protocolo TCP/IP → Propriedades.
•
Digitar o endereço IP da sua máquina2. Lembre-se de que se trata do IP
interno. Para saber os Ips disponíveis, consulte o administrador da sua rede
(se usarmos o mesmo IP de alguma máquina na rede haverá um conflito e
as máquinas não entrarão na rede). No nosso caso, a faixa disponível vai de
201 a 205. Como nossa rede é classe C, cada máquina irá receber um IP:
192.168.0.201 (até 205).
•
Clicar dentro do campo Máscara de sub-rede (ele coloca
automaticamente o endereço).
•
Gateway padrão (número do servidor): no caso do CIDS: 192.168.0.1
•
Servidor DNS (Domain Name Service) preferencial → mesmo número
do gateway padrão.
•
Se tivesse mais de um servidor, precisaríamos preencher o campo
Servidor DNS alternativo.
•
Clicar em OK e Fechar.
•
Fechar todas as janelas.
Como saber o IP da sua máquina
•
Abrir o prompt de comando:
INICIAR → TODOS OS PROGRAMAS → ACESSÓRIOS → PROMPT DE
COMANDO.
•
No prompt de comando digitar ipconfig e apertar ENTER, irá fornecer
o IP da sua máquina e do servidor, máscara de subrede, gateway padrão.
Enviar pacotes na rede para verificar a comunicação
•
Para estabelecer a comunicação, são enviados pacotes para a rede. Para
testar a comunicação, vamos enviar pacotes. Cada aluno vai enviar um
pacote para o aluno seguinte:
•
No prompt de comando, digitar ping seguido do número da máquina
para a qual desejamos enviar o pacote (192.168.0.201 → etc.)
•
Resposta: Pacotes enviados: 4
Pacotes recebidos: 0 Pacotes
perdidos: 4
•
Isto não significa necessariamente que a rede esteja com defeito. Pode
ser que o Firewall do Windows esteja ativado, bloqueando os pacotes.
•
Clicar no escudo vermelho no canto inferior direito da tela.
•
O Firewall está ativado.
•
Ir até o fim da tela → Firewall do Windows → Desativar → OK.
2 Na opção marcada (Obter IP automaticamente) ele não reconhece a máquina na rede.
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
•
Voltar ao prompt de comando e repetir o ping (não precisa digitar, é só
apertar a setinha para cima que o comando aparece).
•
Agora a resposta é: Pacotes enviados: 4 Pacotes recebidos: 4 Pacotes
perdidos: 0
•
Fechar o prompt de comando.
Para criar grupos de trabalho:
1. Iniciar → Clicar com o botão direito em MEU COMPUTADOR →
Propriedades. Aparecem várias informações (Windows XP Service Pack 2,
processador, memória, ...)
2. Clicar em Nome do computador.
3. Não precisa entrar com a Descrição do computador.
4. Para renomear este computador ... → Alterar.
5. Digitar o nome do computador (nome do aluno) e o nome do grupo de
trabalho (vamos criar dois grupos: MM1 e MM2) → OK.
6. Confirmar todas as ações até reiniciar o computador.
Conferir se está mesmo fazendo parte do grupo
7. Clicar em Meu Computador → Meus locais de Rede →
Exibir computadores do grupo de trabalho.
Compartilhamento de recursos
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CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
8. Para compartilhar recurso ou pasta na rede, clique com o botão direito em
cima do que você deseja compartilhar -> Compartilhamento e Segurança
→ marcar a opção compartilhar essa pasta na rede → OK.
Usar o recurso compartilhado
9. Clicar em Meu computador → Meus locais de rede → Exibir computadores
do grupo de trabalho.
10. Procurar o computador que compartilhou a pasta ou recurso para que
você possa utilizá-lo.
60
CIDS – Centro de Inclusão Digital e Social
Bibliografia e sites interessantes:
www.clubedohardware.com.br
www.olhardigital.com.br
www.gdhpress.com.br/
www.laercio.com.br/
www.guiadohardware.net
www.baixaki.com.br
www.superdownloads.com.br
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