Rádio Universidade de Santa Maria

Transcrição

Rádio Universidade de Santa Maria
Este "Especial" não tem a intenção de fazer uma cobertura jornalística do evento, mas sim um simples registro de participação do Grupo Cantadores do Lioral. Entretanto, procura-se repassar informações sobre tudo que envolve a realização do festival. Jurados: Beto Bollo, Clea Gomes, , Marco Araujo, Paulo de Campos e Vinícius Brum.
Produção: Jassira Castro e Rosa Casarin - Organização: Conceição Janicsek
"Cantadores do Litoiral e o Legado Afro-Açoriano" é o espetáculo do evento, no dia 11.10.2005 - veja as fotos
Acompanhe a transmissão ao vivo:
Rádio Universidade de Santa Maria - (Winamp) o u Rádio Rural de Porto Alegre - (Real Player 8)
Conhecendo a cultura açoriana
Através dos vínculos, veja alguns aspéctos sobre a história e a cultura, açoriana.
Reportagem do Jornal Canadense "O Mundial" de 01.11.2005
Veja como foi o evento, através das fotos na página preta (Ilha do Corvo)
O resultado do II Rio Grande Canta os Açores estpa na página azul (Ilha Faial) Veja, na página castanha (Ilha de São Jorge), a Ordem de Apresentação e o horário da equalização
Trabalho escolar sobre a Imigração Açoriana, na página cor-de-rosa (Ilha das Flores)
Veja, na página branca (Ilha Graciosa), a mensagem do Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores.
Leia também todas as letras, na página lilás (Ilha Terceira)
Veja a programação do evento na página vermelha (Ilha de Santa Maria)
Saiba quem são os homenagados na página cinza (Ilha do Pico)
Saiba mais sobre algumas ilhas ao recordar a viagem de representantes dos Cantadores do Litoral aos Açores
Tenha informações completas sobre cada ilha do arquiélago
08.10.05 Todo o mundo vai acompanhar
om transmissões pela Internet, o Festival "O Rio Grande Canta os Açores II" poderá ter seu áudio espalhado pelo
mundo pelas rádios Brava FM de Capão da Canoa, Universidade de Santa Maria e Rural de Porto Alegre, dia 11 a
partir das 20h (horário brasileiro). Existe a possibilidade de que essas rádios autorizem vínculo (link) nos portais
www.viaoceanica.com (Açores), www.cantadoresdolitoral.com.br (Brasil) e www.aguarelaportuguesa.com
(Canadá). Músicas prontas Todos os participantes convidados já entregaram as gravações de suas músicas compostas especialmente para o festival temático.
03.09.05
Música
Inventario
Açoriano
Açorita e Brasileira Novos Açorianos Compositores
Intérprete
Dado Jaeger - Hercules Greco
Carlos Madruga - Rodrigo Bauer
Mauro Marques - Nilo Brum
Casio Ricardo - Renato Jr
Maria Helena Anversa
Flavio Hansen
Kako Xavier
Renato Junior
Coração Afro-Açoriano Velas
Mar
Amor de Alem -Mar
Rio Grande Portugues
Coração Afro-Açoriano Império do Divino Coração Açoriano
Pra Navegar
Edson Vieira - Cláudio Amaro - Dani DK
Heleno Cardeal - Lanes Cardeal
Neto Fagundes
Cilon Ramos-Nilton Jr-Adriano Sperandir
Erlon Pericles
Pedro Guerra-Vaine Darde
Carlos V.Gomes-C.Quevedo-Felipe de Souza
Rodrigo Munari
Chico Saga-MárioTressoldi
Grupo Status
Mauricio Marques
Neto e Tiago Ferraz
Adriana Sperandir
Pirisca
Loma
Cristiano Quevedo
Enzo e Rodrigo
Lúcio Pereira
Airton Pimentel
Airton Pimentel será um dos homenageados dentre os "Imortais da Música" no II Rio Grande Canta os Açores que
acontece em Capão da Canoa de 8 a 11 de outubro.
31.08.05
Convite
O cantor Victor Hugo é o convidado especial dos Cantadores do Litoral para participar do show do II Rio Grande
Canta os Açores cantando Minha Tirana Açoriana (aquela que não rodou na novela da Globo). O show será
gravado pela Rede de Televisão Portuguesa Internacional em Capão da Canoa no dia 11 de outubro. Victor Hugo
será também uma das personalidades homenageadas pelo evento. 23.08.05
II Rio Grande Canta os Açores O festival temático que teve sua primeira edição em Porto Alegre, em 2003, agora será realizado em Capão da
Canoa no dia 11 de outubro. Os shows já previstos são Catuipe Júnior e Banda, os Cantadores do Litoral e a
atração internacional é a cantora açoriana (canadense) Maria do Anjos. Entre os concorrentes participantes
estão Chico Saga e Mário Tressoli, Marco Aurélio Vasconcelos, Renato Júnior e Cássio Ricardo e Vaine Darde, Neto
Fagundes, Cilon Ramos, Adriano Sperandir e Nilton Júnior, Enzo e Rodrigo, Dado Jaeger e Hércules Grecco. Entre
os homenageados a historiadora Vera Macial, o folclorista Mozarte Pereira, o cantor Victor Hugo e o compositor
Arton Pimentel. Os integrantes da comissão de avaliação são: Beto Bollo, Clea Gomes, , Marco Araujo, Paulo de
Campos e Vinícius Brum. O evento é gravado pela Rede Portuguesa de Televisão. 29.07.05
Cantadores do Litoral
Pela repercução do 1º O Rio Grande Canta os Açores que aconteceu em Porto Alegre em outubro de 2003,
quando toda a comitiva açoriana subiu ao palco, cantou e se emocionou junto com o Grupo Cantadores do Litoral,
o grupo estará em Capão da Canoa para o show do II Rio Grande Canta os Açores em 11 de outubro. Veja as
fotos
20.07.05
.
2º Rio Grande Canta os Açores
Já está confirmada a segunda edição do festival que tem como tema especifico a música afro-açoriana. Será dia
11 de outubro em Capão da Canoa. Como na primeira edição, que aconteceu em Porto Alegre, o evento terá a
transmissão da RPT Internacional (Rede Portuguesa de Televisão), show dos Cantadores do Litoral e,
concorrendo, estarão os maiores nomes do estado entre eles: Maria Helena Anversa, Renato Júnior, Dado Jaeger,
Loma, Mário Tressoldi, Marco Aurélio Vasconcelos, Neto Fagundes e Hércolis Grecco. A realização é viabilizada
pela Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura. Página Verde em homenagem à Ilha de São Miguel 13.07.05
www.cantadoresdolitoral
PROGRAMAÇÃO
Domingo 09/10
18h
Abertura
18h15min Grupo Charamba
18h30min CTG João Sobrinho 19h Grupo Vidança 19h50min Premiação desenhos do festival 20h
Show Catuipe JR
Segunda-feira 10/10
9h
Oficina Escamas de Peixe
14h Credenciamento Músicos
15h
Passagem Som
19h30min Assinatura Protocolo de Ações Conjuntas :
Casa dos Açores RS/ Prefeitura Capão da Canoa20h Grupo Província do Quero-Quero (Casa dos Açores)
20h30min Homenagens
Parceiro Cultural
Lojas Colombo
Imortal Lílian Argentina - Pesquisadora
Imortal
Glenio Reis - Radialista
Imortal
Vera Barroso - Historiadora-Escritora
Imortal
Airton Pimentel Músico
22h Shows Cléa Gomese Carlos Catuype
Maria dos Anjos (Canadá)
Terça 11/10 10h /18h
Passagem som
20h
Abertura
20h05min Destaque Cultural Capão da Canoa
Trofeu Brava Gente
20h10min
Inicio Festival
22h10min
Destaque Imortal dos Festivais do RS:
Victor Hugo
22h20min
Show Cantadores do Litoral
23h Premiação
Página vermelha em homenagem à Ilha de Santa Maria
www.cantadoresdolitoral
Inventário
Navios, velame enfunado
Cruzando o mar oceano
Sonhando com a vida farta
Vêm os casais açorianos De São Miguel, de São Jorge Do Faial, gente briosa
Eles são de toda parte Da Terceira, da Graciosa
Levamos muita esperança E tudo nela se encerra
Um futuro de abastança Nas bandas da nova terra.
Ao Brasil a nossa força E o rol do que é necessário A saudade que vem junto
Faz parte deste inventario
As esperanças são tantas O vento se atrela nelas
Se vem saudade se canta
O canto é que empurra as velas Uma espingarda, um machado
Facas, enxadas, tesouras
Enxó, martelo e serra Com travadora e lima
Dois alqueires de semente
Duas vacas e uma égua Boa terra para o amanho
De sol a sol e sem trégua. Letra; Hercules Grecco
Musica:Dado Jaeger
Interprete Maria Helena Anversa
Novos Açorianos
Há um "que" de oceano Inundando nossas veias.
Há um certo navegante
A viver dentro de nós.
Há um sonho imigrante, uma força que nos leva a erguer de pronto
as velas pra buscar
no vento os nós ... Há certeza em nossos olhos, Incerteza no horizonte.
Há vontade de ser rio... Se lançar de vez ao mar. Há passado em nossos filhos, Há futuro nos avós, E presente "cá" no peito
- Coração de além-mar Somos novos açorianos Povoando nova "ilha"
Semeando mil Impérios Sob as bênçãos do Divino. Somos novos açorianos Filhos (Vindos) da mesma família Que um dia ergueu as velas
Pra cumprir o seu destino.
Que um dia ergueu as velas
E traçou nosso destino.
Letra:Renato Jr Musica:
Casio Ricardo
Interprete: Renato Jr
O Mar
Eu vim da fronteira
sorriso na cara
coração dispara Açoriano
Tenho lembranças do alem mar desconhecido, Que,estranhamente,sempre teimam em
chegar...
É o sangue ilhéu,que existe em mim e, adormecido,
Sonha com Açores e, pra casa, quer voltar. Meus bisavós, meus tetravós, os açorianos, Que perseguiram seu futuro sobre o mar,
Estão em mim, sangue e suor,ano após ano, Talvez por isso nunca temo navegar.
Surgem casais no limiar da nossa raça, Vem do Arquipélago semear sonhos e amor, Por isso tenho essa saudade que não passa,
Tino viageiro e vocação pra pescador. O sol do mar, a chuva fria dos agostos,
Canoa n'agua, e a semente muda o campo;
Sombra do abeiro, o chapelão, protege o rosto, E o passo certo deixa o rasto dos tamancos!
Trago das ilhas ,muito mais do que a paisagem,
A decisão de construir o meu destino, Trabalho oleiro de tijolo e de coragem,
Iluminado pelas bênçãos do DIVINO! A minha infância volta em fundas de forquilhas,
Pião no tempo que não para de rodar... Sou açoriano, de lembranças andarilhas Que, estranhamente, sempre teimam em
chegar!
Letra: Rodrigo Bauer
Musica: Carlos Madruga
Interprete: Flavio Hansen
Açorita e Brasileira
A chimarrita é flamenga
Mas morou lá na Madeira
Espalhou-se nos Açores
E se tornou brasileira
Ela andou de ilha em ilha
Navegando a vida inteira
Chimarrita vem do mar
Por isto não vê fronteira
Chimarrita veio junto
Co'as folias do Divino
Entrudo, ternos de reis
Cantigas ao Deus-Menino
Vieram também por mar
De braço com a chimarrita
Folguedos de junho e julho
E a dança do pau-d e-fita
Nove jóias do Atlântico
Pico, Graciosa e Faial
São Jorge, Santa Maria
Flores, Corvo e São Miguel
E por ser a preferida
Eu deixei por derradeira
A jóia mais burilada
Se chama Ilha Terceira
Letra: Nilo Bairros de Brum
Musica: Mauro Marques
Interprete: Kako Xavier
Coração Afro-Açoriano (2)
Quem vem lá?
Quem vem lá?
Dois caminhos,dois mundos,
Dois reinos cruzando o mar.
Quem vem lá? Quem vem lá? Caravelas, navios negreiros,
Rumo ao mesmo lugar.
Viagem de sonho,esperança... Viagem de canto, de dança, suor... Raízes buscando outras terras, Futuro melhor...
Viagem de dor e tristeza,
O pranto aincerteza,
No olhar de quem não sabe, O que virá... quem vem lá?
Surgiu do lamento um sorriso.
O que foi preciso pra vida mudar
Culturas e crenças O Sangue , a cor , o cantar...
A vida mostrou
Que o destino traçou o seu plano: Um coração Afro-Açoriano Quem vem lá? Letra e Musica:
Edson Vieira/Cláudio Amaro/Dani DK Interprete: Grupo Status
Amor de Além Mar
Um infinito azul ...
Velas
A dor que vem do mar é dor imensa
Mexe com a crença de quem crê e teme
o mar.
Netuno para gregos e troianos...
Meu Deus romano cobra muito e pouco
dá!
O medo que meu Deus botou nas
águas
Me põe angústias de partir ou de ficar!
Do outro lado, quase tudo é incerteza...
Sonhos e medos que me apontam para
lá!
Velas, velas, ventos e o mar...
Levo mágoas e esperanças
Me vou que tenho um mundo por
buscar!
Fraldas ao léu, já bem longe da Terceira
Levando juras pra meu Deus apaziguar
Em naus e velas, rumo a terra
prometida
Queimando ceras por um cais, hei de
encontrar!
Letra: Heleno Cardeal
Musica: Lanes Cardeal
Interprete: Mauricio Barcelos
Rio Grande Português
daqui a algum tempo estou perto do mar
Foi Deus quem nos deu
o céu e o ar pra lavar nossa alma deu a água salgada do mar
o sol que bronzeia a pele macia
Anuncia o dia depois dorme tranqüilo no mar
vou pra beira da praia só pra te namorar e as estrelas parceiras
se olham faceiras no espelho do mar
Iemanjá,Iemanjá que lugar poderoso
foi o que escolheste pra morar
Com as bênçãos de Deus Na terra e no mar
Eu enfrento as tormentas
com a força divina que irá me ajudar
Letra e Musica: Neto Fagundes
Interprete: Neto Fagundes e Estado das Coisas
Coração Açoriano
Naveguei
pro outro lado do oceano
Naveguei só... Trouxe na mala muitos sonhos
tantos planos
Naveguei só... Separando insulanos corações
O mar ... Ondas que vem de lá Deixam marcas com os bodos da paixão de quem ficou
A esperar um paraíso
Em um quarto de légua
Prometido a quem sonhar
Novo mundo, novo lar ...
Amor de além mar Que se achega aqui
Mova toda fé Do teu ilhéu Que só tem a ti Pra relembrar e quando a noite
Surgir lá no céu
Um cruzeiro vai brilhar
E sua luz vai refletir Aqui e lá ... Quando a saudade vem
Faz lembrar a intuição Que o fez seguir pra cá Vem construir um cais
Pra ancorar o seu destino com alguém Que lá ficou
E fazer da sua estrada
O caminho das águas
Rota pra recomeçar Novo açores vislumbrar
Música: Nilton Jr. e Adriano Sperandir Letra: Cilon Ramos e Nilton Jr.
Intérprete: Adriana Sperandir Nos porões da memória
Esta guardada a historia
Que hoje vou contar
A cultura açoriana
Trouxe a nossa terra
Heranças de alem mar...
Assim encheu o pampa
De crenças e danças,
Fez dele seu lar,
Cultivou a esperança,
E deu um novo brilho
A luz de cada olhar.
Doa avós açorianos
Herdei essa imagem
De paz e amor,
Casais que aqui chegaram,
Trazendo esperanças
E sonhos em flor
Souberam com firmeza
Seguir caminhando
Na guerra e na paz,
Escrevendo com glória
Parte dessa historia
Que hoje a gente faz
Povo de Alma Açoriana
Rio Grande Português,
Rio Grande dos rodeios
E dos Terno de Reis!
Nossa herança açoriana,
legado dos avós,
O sentimento existe
E esse amor reside
Em cada um de nós.
Império Do Divino
Meu coração açoriano
traz lembranças de além-mar
ele é a casa de Maria,
é uma estrela a me guiar
meu coração açoriano
não se cansa de mostrar
que do outro lado do oceano
minha vida pode melhorar
Vai navegando coração num mar de sonhos
quanta esperança eu carrego junto a ti
e a cada instante
tua voz é quem me guia
dia após dia, desde o dia em que eu parti
Este Império do Divino Que trago no coração
É um império peregrino De saudades do meu chão. A bandeira segue em frente
E com ela eu vou também;
Nesta terra diferente,
Que me oferta o que ela tem.
Tem um bodo de lembranças
Neste império que criei; O divino me ensinando,
As verdades que não sei,
Minha lama foi adiante,
Começou a procissão... E eu que edstava tão sozinho. Me encontrei na multidão.
Autor: Rodrigo Munari
Intérprete: Enzo e Rodrigo
Pra Navegar
Içar as velas e sair pra navegar,
Ser parte viva do oceano,
Singrar o tempo que encurtou essa distancia,
Nessa constante travessia...
Levaram dias pra poder ancorar
Então compôs a grande historia, De um povo ilhéu que apostou num continente
E fez de tudo poesia.
Prosperar no novo mundo e proliferar,
Revolver a terra ,conhecer,transpor
Cultivar a fé pra nunca desistir E vencer avisa seja onde for.
Reviver a aventura de aqui chegar
E encontrar um mundo quase tão igual, Ver as ilhas que ficaram a esperar,
Navegando nesse mundo virtual.
ligar a tela então conectar, Ser malha viva de uma rede.
Teclar o mundo na distancia de um segundo,
Com mega bits de alegria.
Um vôo breve pra reencontrar, Antigos sonhos de futuro.
De um povo ilhéu que apostou num continente
E vence um pouco a cada dia.
O meu chão, Ilha Terceira, Também vive por aqui; Nos amores que plantei,
Nos momentos que vivi.
Arquipélago dos sonhos, Que me levam para lá; Sonhos lindos e açorianos, De quem veio fazer lar!
Hoje o sopro do divino
Vem mostrar os seus sinais
Vem cantar coisas de um povo,
Que ousou sonhar demais.
Este império que carrego
É lição de fé e amor, Onde o Espírito Santo É o divino imperador. Este império é um refugio, Onde me guardo pra mim;
Uma coroa de prata
Traz as luzes de onde vim.
Sinto um jeito de folia
Nesta paz que disse sim.
Vou sonhar pra eternidade,
Que este sonho não tem fim!
Letra: Carlos Omar Villela Gomes
Musica: Cristiano Quevedo
e Sabani Felipe de Souza
Intérprete: Cristiano Quevedo
Letra e musica Erlon Péricles
Interprete: Pirisca Greco
Coração Afro-Açoriano
Plenilúnio litorâneo
Nos teus olhos dos Açores
Guardam luas na lagoa
Pra encantar os meus amores.
Coração afro-açoriano:
Percussão de maré cheia,
Bate igual as mãos das ondas,
Sobre a pele das areias.
Pele negra, pele clara,
Somos nos mesclando cores,
Um tambor e uma guitarra,
Em cantiga de louvores.
Esta costa mais bonita,
Este mar que nos dá pão,
Se fizeram mais sonoros
Desde a nossa união.
Hoje o litoral se enfeita,
Canta pra nos festejar
Com batuques de quilombos,
E cirandas de alem mar
Letra: Vaine Darde
Musica: Pedro Guerra
Interprete: LOma
Letra e musica
Mario Tressoldi e Chico Saga
Interprete: Lucio Pereira
Página lilás em homenagem à Ilha Terceira
www.cantadoresdolitoral
Ordem de apresentação:
1) Inventario
2) Açoriano
3) Rio Grande Português 4) Novos Açorianos
5) Coração Afro-Açoriano (2) (Status)
6) Velas
7) Amor de Alem Mar
8) Açorita e Brasileira 9) Coração Afro-Açoriano 10) Imperio do Divino
11) Coração Açoriano
12) Pra Navegar
13) Mar
EQUALIZAÇÃO:
1.
9h30min
2.
10h30min
CANTADORES DO LITORAL
PRA NAVEGAR
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
11h
11h30min
13h
13h30min
14h
14h30min
15h
15h30min
16h
16h30min
17h
17h30min
20 horas
AMOR DE ALÉM MAR
NOVOS AÇORIANOS
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO VELAS
AÇORIANO CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO 2
RIO GRANDE PORTUGUÊS
IMPÉRIO DO DIVINO
CORAÇÃO AÇORIANO INVENTÁRIO AÇORITA E BRASILEIRA MAR
INÍCIO DO FESTIVAL Página castanha em homenagem à Ilha de São Jorge
www.cantadoresdolitoral
TROFÉU IMORTAIS
Homenageados:
Vera Macial Barroso (historiadora)
Lilian Argentina (folclorista)
Airton Pimentel (compositor)...
...Glênio Reis (radialista) ..Victor Hugo (cantor)
Página cinza em homenagem à Ilha do Pico
www.cantadoresdolitoral
Jurados:
Beto Bollo
Vinícius Brum
Cléa Gomes
Marco Araujo
Paulo de Campos
RIO GRANDE PORTUGUÊS
Erlon Pericles
Pirisca Greco
AMOR DE ALÉM-MAR
Cilon Ramos - Nilton Jr - Adriano Sperandir
Adriana Sperandir
AÇORITA E BRASILEIRA
Mauro Marques - Nilo Brum
Kako Xavier
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO
Vaine Darde - Pedro Guerra
Segundo Lugar Loma
IMPÉRIO DO DIVINO
Carlos V.Gomes - C.Quevedo - Felipe de Souza
Cristiano Quevedo
CORAÇÃO AÇORIANO Rodrigo Munari
Enzo e Rodrigo
PRA NAVEGAR
Chico Saga - MárioTressoldi
Lúcio Pereira
NOVOS AÇORIANOS Cássio Ricardo - Renato Jr
Terceiro Lugar Renato Júnior
Página preta em homenagem à Ilha do Corvo
www.cantadoresdolitoral
Página branca em homenagem à Ilha Graciosa
www.cantadoresdolitoral
PREMIAÇÃO:
Primeiro Lugar
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (2) - GRUPO STATUS
Edson Vieira, Cláudio Amaro e Dani DK
Segundo Lugar
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO - LOMA
Vaine Darde e Pedro Guerra
Terceiro Lugar
NOVOS AÇORIANOS - RENATO JÚNIOR
Renato Jr e Cássio Ricardo
Melhor Tema Afro-Açoriano
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (2)
Melhor Arranjo
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (2)
Melhor Poesia
CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (Vaine Darde)
Melhor Intérprete
Maria Helena Anversa (Inventário)
Melhor Instrumentista
Maurício Marques (Velas)
Música Mais Popular
Mar
Página azul em homenagem à Ilha Faial
www.cantadoresdolitoral
COMO OCORREU A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO BRASIL
O início da história da imigração portuguesa está ligada às descobertas marítimas. Para Portugal o mar era a única
maneira para expansão já que era impossível crescer em relação à Espanha, país mais rico e mais forte. Desde o séc. XV, a nação portuguesa lançou-se na aventura das descobertas. Assim, depois de algumas
descobertas portuguesas, em 1432 Gonçalo Velho descobriu as primeiras ilhas dos Açores. Conseqüentemente os portugueses iniciaram explorações nas Américas. Em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral avistou as terras do Brasil.
Primeiramente as migrações para as terras brasileiras foram desprezadas, porém muitos portugueses continuaram a migrar, se estima que em 1580 a população branca estava em 12 e 1500 pessoas. Os fidalgos, ou elementos da
nobreza peninsular chegavam aqui como donatários, sesmeiros ou senhores de engenho. Os portugueses de baixa
renda vinham para cá em busca de fortuna, de aventura ou mesmo para cumprir pena.
Porto Alegre, capital gaúcha, metrópole do sul do país, foi colonizada pelos portugueses em sua maioria, absorveu
a cultura européia de Montevidéu e Buenos Aires pela proximidade geográfica. Nos séculos XVI e XVII, os jesuítas iniciaram a pecuária na região das Missões. Os jesuítas e índios com o convívio assimilaram vários hábitos. O churrasco e o chimarrão dos índios, se mesclaram com os costumes dos europeus.
AÇORES
Região autônoma de Portugal, é um arquipélago do Oceano Atlântico, a meio caminho entre Portugal e EUA. É formado por 9 ilhas: Santa Maria (ilha vermelha), São Miguel (ilha verde), Terceira (ilha lilás), São Jorge (ilha Castanha), Graciosa (ilha branca), Pico (ilha cinzenta), Faial (ilha azul), Flores (ilha cor-de-rosa) e Corvo (ilha preta).
Logo após seu descobrimento pelos navegadores portugueses, o arquipélago começou a ser povoado e a ser aproveitado como ponto de parada para as caravelas que navegavam pelo Atlântico. Devido ao seu desenvolvimento comercial, o arquipélago dos Açores atraía muitos portugueses que lá iam morar. Contudo, pouco
a pouco, o arquipélago começou a ficar superpovoado isto é, com mais população do que oportunidade de emprego. Assim, muitos açorianos coram-se obrigados a imigrar, procurando novas terras onde pudessem se
estabelecer e trabalhar, vindo principalmente para o Brasil.
AÇORIANOS NO BRASIL
A imigração de casais açorianos para o Brasil começou no séc. XVII, quando famílias constituídas por 219 pessoas
embarcaram no dia 29/03/1677, no barco Jesus, Maria e José em Horta, Ilha de Faial, com destino ao Grão Pará, atual estado do Pará. Em 1747 o rei de Portugal sentindo a necessidade de povoar as terras meridionais, lançou um edital convidando casais açorianos para virem para o sul do Brasil (SC e RS), pois enquanto no sul o império português se defrontava com o problema de possuir muita terra para pouca gente, nas Ilhas dos Açores a situação era inversa:
havia muita gente para pouca terra.
Assim, a decisão da coroa portuguesa de promover a imigração de açorianos representou a solução de dois problemas: aliviou a pressão populacional nas ilhas e garantiu ao sul um povoamento mais denso, que seria a melhor maneira de garantir a posse de terra. A imigração de casais açorianos foi feita a partir de 1748, calcula-se
que entre 1748 e 1756, entraram no RS aproximadamente 2300 açorianos (o que representava dois terços da população gaúcha). Se localizaram ao longo do litoral e da depressão central: LITORAL - Rio Grande, Estreito,
Mostardas, Conceição do Arroio (Osório); DEPRESSÃO CENTRAL - Viamão, Morro de Santana, POA, Taquari e Rio Pardo.
Os açorianos que se estabeleceram nas terras gaúchas lutaram nos primeiros tempos com muitas dificuldades porque o governo português não cumpria com as promessas feitas. A imigração continuou no séc. XX. Ainda hoje nos estados de SC e RS, há sinais evidentes da presença açoriana,
não só na arquitetura, mas também nos usos, costumes e tradições. A cidade de POA é um exemplo dos bons resultados da colonização açoriana. As principais atividades exercidas de acordo com a região onde se fixavam por exemplo no RS e SC praticavam a agricultura, Minas Gerais era a extração mineral, etc. Atualmente, vivem no Brasil mais de um milhão e 200 mil portugueses, grande parte constituída por açorianos e seus descendentes.
A LITERATURA AÇORIANA ESCRITA E FALADA
Os açorianos e seus descendentes sempre foram muito criativos no seu saber popular, eram hábeis na improvisação de versos, de onde surgiam verdadeiros poemas e mensagens de amor ou crítica. A literatura escrita
era muito apreciada, pois eram poucos que sabiam ler e escrever.
PÃO-POR-DEUS: é uma brincadeira popular, o pão-por-deus era uma prova de amizade ou de amor em que se
pedia uma prenda, presente, casamento, namoro. A pessoa que recebia o coração pedindo um pão-por-deus
tinha o dever de retribuir com um presente. O receptor as mensagens deve descobrir através dos pedidos quem o
escreve.
QUADRAS POPULARES - é uma das formas de se expressar a poesia com estrofes de quatro versos. "Eu era pequenina bem feitinha e delicada da cintura
Não sei que sorte é essa que amor pra mim não dura Amor por ti não porque és muito namoradeira Se tu namorasse um só, não ficarias solteira."
"Enquanto nos Açores existia o problema de superpovoação No Brasil nós enfrentávamos Uma grande desocupação."
"Os açorianos vieram de longe e aqui chegaram para ficar
Trouxeram muitos costumes
Para conosco compartilhar."
TROVAS - importante manifestação da cultura do sul do Brasil. Nos Açores é chamada de velhas, é um desafio entre dois trovadores, onde se compõem versos de improviso.
"_amigo meu companheiro
Você diz que trova bem Vinte com trinta são cinqüenta Com mais cinqüenta são cem Eu hoje vou te mostrar
O veneno que a cobra tem"
"_o veneno que a cobra tem
A cobra enxerga demais,
Na hora que tu correr,
Eu saio correndo atrás
DITADOS POPULARES - é a forma de expressar a sabedoria popular, incluída uma mensagem figurada. "Burro carregado de livro não é doutor".
"Nada como um dia após o outro". "Antes um pássaro na mão que dois voando".
"Os burros falam, os sábios calam". CAUSOS - Uma narrativa de fatos engraçados, burlescos, mentirosos, que eram contados quando as pessoas se reuniam durante festas da família. Obs: Grande número de locuções hoje usadas no RS tem origem açoriana. O tratamento "tu", que entre os gaúchos substitui o você, reflete influência de modismos de linguagem ilhéus. GASTRONOMIA
A comida popular açoriana é simples, dentre os temperos mais usados têm-se: o alho, a cebola, a pimenta do
reino e malagueta, o cravo e a canela, o louro, a salsa, a cebolinha, o orégano, a hortelã, etc.
Muitos hábitos alimentares trazidos pelos açorianos foram modificados, devido às mudanças de produtos básicos da alimentação. Essa mudança gerou uma nova gastronomia, que tinha como elemento comum os temperos usados. Sendo assim, os açorianos se dedicaram à agricultura e à pesca, desenvolvendo engenhos de farinha de mandioca e de açúcar. Algumas adaptações dos hábitos alimentares:
A substituição da farinha de trigo pela de mandioca e do pão pelo beiju e o cuscuz.
Os temperos mais usados permanecem basicamente os mesmos, porém o cravo e a canela não são utilizados em pratos de carnes e peixes, como nos Açores. Não utilizamos algas na alimentação, como nos Açores. Persiste o angu de milho, temperado com açúcar, cravo e canela. Persiste a sopa de feijão cozido com verduras e tubérculos. A gastronomia envolve produtos de origem agropecuária, frutos do mar e pescados, bem como bebidas. A maior parte das receitas agrícolas estão relacionadas à farinha de mandioca, milho e feijão, produtos básicos de
sua alimentação. Receitas e iguarias agrícolas: CUSCUZ: tem como principais ingredientes as farinhas de mandioca e de milho.
ROSCA DE POLVILHO: tem como principal ingrediente o polvilho escaldado.
BEIJU: é uma massa de mandioca com açúcar.
PAMONHA: é feito com milho moído. ROUPA-VELHA DE CARNE NO FEIJÃO: era colocada em uma frigideira a sobra da carne do feijão e fritada com banha de porco, comia-se com o pirão de feijão. Além de receitas citadas a cima, fazem parte da gastronomia açoriana também: o rosquete, pão de ovo, pão de aipim, tapioca, pão de milho, broa de polvilho, bolinho de fubá. Receitas com produtos do mar:
Moqueca de bagre
Tainha assada com pirão Tainha assada recheada
Caminho de veio
Cortapaço Receitas de bebidas:
Licor de amora
Licor de laranja
Gasosa de abacaxi
RELIGIOSIDADE
Podemos afirmar, com muita segurança, que uma das marcas mais expressivas que a cultura portuguesa levou ao
Brasil é a religiosidade. O culto ao Divino Espírito Santo é a expressão religiosa desta cultura que está praticamente em todos os recantos do nosso país. Esta festa vem de épocas remotas Instituída em Portugal, pela Rainha Isabel, no século XVI, para cá imigrou com os colonos portugueses, e também pelos jesuítas, que por meio dela conseguiram atrair negros e índios para o seu credo. A Festa do Divino é a festa da fartura e da prodigalidade, e o seu maior motivo é que o Espírito Santo abençoe com seus dons e dádivas, proteja as terras com boa colheita, mas para isso é preciso que haja muito pão, carne e vinho. Nos dias de hoje, essa festa traz muitos recursos para algumas paróquias que acabam dependendo dos recursos arrecadados, já que os Estado, depois da Proclamação da República deixou de manter a Igreja. Ao longo dos anos essa festa sofreu influências de várias outras etnias, e misturou-se com os costumes do povo
brasileiro.
Outra manifestação de fé, era os pagamentos de promessas, assumidos pelos fiéis em troca de alguma graça recebida.
Mesa dos inocentes: é uma promessa que consiste em reunir os inocentes para uma mesa, onde são servidos doces, bolos e guloseimas. A mesa é feita com 12 crianças de idade inferior a 7 anos. Massas: quando alguém tinha problemas de saúde (braço quebrado ou dores no corpo), era feita uma massa muito gostosa, com o formato da parte doente do corpo. Essa era leiloada em novenas da Igreja. O dinheiro era
doado para o Sant. O ganhador mandava entregar a massa a alguém de quem gostasse, este por sua vez comia a
massa durante a festa.
DANÇAS São inúmeras e variadas as danças de base cultural açoriana existentes, que refletem influências culturais diversas: luso-açoriana, africana, italiana, cigana, etc. FANDANGO - dança de salão associada ao bailado de tamancos. Dança rápida,cantada e sapateada, fortemente ritmada, tem origem espanhola. Também aparece no meio rural português, sem canto, apresentado ao som da viola ou da sanfona.
DANÇA DE SÃO GONÇALO - conhecida por fandango de São Gonçalo, é uma dança religiosa que teve origem em Portugal e foi trazida pelos imigrantes, é dançado sempre aos pares e o violeiro faz versos de improviso. CHAMARRITA ou CHIMARRITA - é uma moda muito alegre e rapidinha, tipo um valsado na ponta dos pés. A dança
de chamarrita é muito praticada nos centros de tradições gaúchas, sendo uma das contribuições açorianas à cultura do Rio Grande do Sul.
QUADRILHA - é uma dança com movimentos coreográficos que lembram diversas danças açorianas. A formação de
pares, colunas, túnel, cruzamentos, vitalizam a coreografia. É uma dança de salão atualmente realizada nas festas junina das escolas.
RATOEIRA - dança típica de roda que embalava as comunidades, ao som das cantorias e versos de improviso, com a participação sucessiva de seus integrantes, que iam ao interior da roda tirar seus versos, sejam espontâneos ou em resposta a versos provocativos a eles dirigidos. PAU-DE-FITA - é uma dança em homenagem á fertilidade da natureza, formada por dançarinos, tendo ao centro um pau-de-fita colorida que representava a árvore e seus frutos. A dança consiste em trançar as fitas e depois desfazer o trançado, ao ritmo da cantoria. FOLGUEDOS
São manifestações folclóricas marcadas por coreografia livres, em que os movimentos dos praticantes, a musicalidade e as cantorias, quando existem, refletem a criatividade e a improvisação. Quase todos os folguedos,
de fundo profano ou religioso, são de origem açoriana ou resultara, de práticas dos descendentes açorianos. MALHAÇÃO DE JUDAS - no sábado de Aleluia, era muito comum fazer a malhação de Judas. Fazia-se um boneco
representando o Judas, amarrava-se num poste, pegava-se um pau, malhava-se o Judas e depois se queimava.
Malhavam quem vinha na cabeça: pessoas da comunidade ou políticos. TERNO DE REIS - é uma manifestação folclórica e cultural, através da qual um grupo de pessoas, sai às vésperas
do Natal, Ano-Novo e no Dia de Reis, nas portas das casas, cantando e anunciando o nascimento do Menino
Jesus, exaltando sua Divindade.
CANTORIAS DO DIVINO - são cantorias que homenageiam o Espírito Santo, saúdam e agradecem as ofertas à bandeira, quando se visitam as famílias de casa em casa. Um grupo de terno costume cantar nestas casas. FARRA DO BOI OU BRINCADEIRA DO BOI OU BOI-NA-VARA - a farra é tradicionalmente realizada em épocas especiais como Natal, Páscoa e Dias de Santo, nestas ocasiões, as famílias compravam e carneavam um boi, se este fosse bravo ou corredor, antes de ser abatido, era brincado na vara ou solto nos pastos, provocando
correrias. Trata-se de uma modalidade de tauromaquia popular advinda dos Açores em meados do século XVIII, inclusa na bagagem cultural luso-ibérica dos casais açorianos, podendo ter adquirido outras formas de acordo com
o ambiente, da economia,...
ENTRUDO, TERÇA-FEIRA GORDA OU TERÇA -FEIRA DE CARNAVAL - o entrudo, era praticado na entrada da
Quaresma, reuniam-se moças e moços para brincar com água onde muitas vezes faziam uma seringa de bambu e enchiam de água e acertavam nas pessoas ou pelas frestas das casas no período da noite. DANÇA DA QUADRILHA - é uma dança alegre, apresenta várias evoluções que são comandadas por um marcador, ela aparece em várias regiões brasileiras, sendo fortemente apresentada no Nordeste. CASAMENTO NA ROÇA - é uma inicialização de um casamento do interior como todos os seus componentes, só que tem um tom brincalhão, onde geralmente os noivos são trazidos pela quadrilha.
Foto: Guilherme Dexheimer
e Diego Bernardes
Trabalho elaborado e apresentado
em 15.09.2005 e em 01.10.2005
por Bruna Oliveira Gomes,
Flávia Policarpo Soares e Marla Lorena Ferreira Maia,
alunas da Turma 203, 2º ano,
da Escola Estadual de Ensino Médio Ildefonso Simões Lopes
Osorio/RS.
Página Rosa em homenagem à Ilha das Flores
www.cantadoresdolitoral
Mensagem do Presidente dos Açores Do Rio Grande do Sul chegam-nos solidariedade, memórias e afectos; toda
uma base de vivência e de cultura que, na segunda metade do século passado,
começou a ser resgatada do silêncio em que estava e que, agora, neste início de
centúria, é celebrada por brasileiros e açorianos, com um novo sentido de
compromisso cultural e um sentimento renovado de fraternidade.
E não é possível falar desse projecto comum, de preservação, descoberta e/ou
redescoberta de memórias e raízes, sem mencionar o nome do pesquisador e letrista
Ivo Ladislau, cujo trabalho de pesquisa e de resgate, na região litorânea do
Estado mais meridional do Brasil, tem sido, desde há mais de 20 anos, imprescindível
para a verdadeira compreensão da Herança Açoriana. Inicialmente com o
extraordinário compositor Carlos Catuype e com a maravilhosa cantora Cléa
Gomes, posteriormente sempre com estes mas acompanhado, entre outros, por
Rodrigo Munari, Renato Jr, Mario Tressoldi e ainda pelo magnífico Grupo
“Cantadores do Litoral”, apoiado, mais recentemente, pela “Casa dos Açores do
Estado do Rio Grande do Sul”, Ivo Ladislau transformou-se num importante e
fundamental divulgador da cultura de influência afro-açoriana do Litoral Norte
Gaúcho, conseguindo demonstrar e provar a força das raízes açorianas na cultura
sul-rio-grandense, sem deixar de integrá-l a s n o c o n t e x t o m a i s v a s t o d a
“multietnicidade” e da “multiculturalidade” que o Rio Grande do Sul representa.
Essa demonstração e essa integração estão bem patentes no CD
“Comunidades II”. E este CD – o CD do Galpão Açoriano, a canção vencedora
da Linha de Manifestação Rio Grandense da 33ª Califórnia da Canção Nativa, o mais
Antigo Festival do Rio Grande do Sul – é também, pela participação de açorianos
como Zeca Medeiros, Susana Coelho, Luís Bettencourt e Pedro Coelho e, também,
da cantora canadiana, de origem açoriana, Tânia da Silva, um importante passo no
processo de construção de uma autêntica Rede Atlântica; uma Rede que importa
construir sem hesitações, em homenagem ao passado, para honrar o presente e
desenhar o futuro.
Obrigado Ivo Ladislau. Um sincero e enorme MUITO OBRIGADO pelo
contributo que tem dado – e que nunca, tenho a certeza, deixará de dar – para o
recíproco “achamento” dos Açores e do Brasil Meridional. Um “achamento” que tem
vindo a acontecer de forma acelerada nos últimos anos e que se quer que seja feito
com o sentido da História e das Raízes, mas, sem dúvida, com o sentido da
contemporaneidade do que são os Açores e o Sul do Brasil, agora e no futuro. E o
p a s s a d o – um passado que não pretendemos reeditar mas que queremos
reconhecer nos traços modificadores do presente e do futuro - mesmo com todas
as vicissitudes de um percurso próprio da época, orgulha-nos, porque os seus
frutos estão patentes na maravilhosa Terra Gaúcha , onde os Açorianos se sentem
em casa.
Carlos Manuel Martins do Vale César
Presidente do Governo Regional dos Açores
Esta mensagem está registrada na capa,
como apresentação do
CD COMUNIDADES II que foi lançado em janeiro de 2007
no Arquipélago dos Açores, Portugal e Canadá.
Carlos
César
Página branca em homenagem à Ilha Graciosa
www.cantadoresdolitoral

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