Senso Incomum, edição #05

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Senso Incomum, edição #05
É hora da prática
Gisllene Rodrigues
JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ● ANO 02 ● Nº 05 ● OUTUBRO - NOVEMBRO/2011
Futuros engenheiros da UFU
participam da cons trução do
viaduto da J oão Naves [ 5 ]
CIÊNCIA: UFU apoia criação de software de Segurança Pública [3] • Conhecimento histórico é
mantido em Museus da Universidade [4] • ATUALIDADES: Jovens universitários investem
no mercado financeiro [5] • RU do Umuarama se reestrutura para atender estudantes [6] •
CULTURA & LAZER: Alunos conciliam graduação e carreira musical [7] • Diretoria de
cultura leva arte às comunidades [8]
Editorial
Adaptações
Qualquer releitura desencadeia, naturalmente, novas interpretações. Quando se trata de
continuar uma produção jornalística a partir dos
olhares, experiências e expectativas de outra turma de alunos, então, adaptações são inevitáveis.
Esta edição do Senso (in)comum resulta desse processo de adaptação, que se baseia na
observação atenta e crítica dos alunos e professores envolvidos. Algumas mudanças podem passar meio que despercebidas, outras são mais
evidentes, mas todas “temperam” o jornal-laboratório de maneira particular: um número de pági-
COMENTÁRIO
Um espaço de representação
na inserido estrategicamente, uma seção com
um título diferente e, claro, outros nomes no expediente.
A essência da publicação, entretanto,
permanece. As pautas foram pensadas levando
em consideração o público-alvo – os estudantes,
em especial, e comunidade da UFU, em geral – e
o interesse jornalístico, essencial para a prática laboratorial. E os textos opinativos continuam a expor os pensamentos dos estudantes. Assim como
engenheiros participam de construções, jornalistas também, o que difere é a matéria-prima.
Bazinga!
Centros e Diretórios Acadêmicos encontram desafios quando resolvem se formar e
se consolidar. E esse cenário não é diferente dentro da UFU. O principal problema depois de formado, é encontrar um espaço para desenvolver
suas atividades, fator que atinge mais desses órgãos, à medida que novos cursos vão surgindo.
Isso significa que reuniões, trabalhos e
eventos são realizados em espaços destinados a
outras atividades, geralmente laboratórios ou salas de aula. É um problema tanto para os membros dos diretórios, quanto para os demais
alunos dos cursos, pois a falta de local fixo dificulta possíveis contatos entre os centros representativos e alunos representados.
No contexto em que a educação se encontra, vale a pena pensar em questões como a fal-
Maria Tereza Borges
ta de espaço físico dentro das instituições de
educação. As salas de aula estão lotadas, enquanto os governantes esbanjam dinheiro construindo castelos e mansões com quinze dormitórios.
Serão suas famílias tão grandes assim?
A questão é que os estudantes precisam de alguém que olhe por eles. E, muitas vezes, quem pode fazer isso são eles mesmos,
representando uns aos outros e lutando por suas causas. Nessa intenção é que os Centros e
Diretórios Acadêmicos se formam e buscam
um lugar para mostrar aos grandes que estão
ali, que existem, sentem e sonham. E, com isso,
tentar fazer com que os recursos cheguem a
seus devidos destinatários e que a corja desonesta perca suas mordomias às custas da dificuldade alheia.
VOZES
Filhotes na selva
Brunner Macedo
CASOS E ACASOS
A cartomante
As majestades decadentes da política já
são cantadas há muito tempo, convenhamos. Elis já
cantava em 78 os “pobres” reis de ouro, de paus, de
espadas que caíam no Brasil. Se por um lado os figurões mudaram e não são mais rabugentos generais,
por outro seguem caindo do mesmo jeito, com a diferença de que agora com um empurrãozinho de
uma dama, carta mais alta da política nacional.
Mas saibam que uma dama vence outras
cartas pelo poder , não resolve as coisas na faxina,
ora pois, dama é dama e ponto final. Rousseff,
nossa dama de vermelho, derrubou logo no inicio
do jogo a maior carta do baralho: o companheiro
Palocci, um digno rei de ouros, e quanto ouro!
Depois foi a vez do ministro dos transportes, que
pela estrada a fora não conseguiu se segurar.
RESENHA
Brunner Macedo
O Estatuto da Criança e do Adolescente, que completou 20 anos em vigor, em 2010, garante o direito à educação, segurança e vida aos
jovens brasileiros. A escola, local em que passamos boa parte de nossas vidas, indiscutivelmente
contribui para a formação do cidadão, precisando, portanto, ser um ambiente saudável. Não há
nada mais espantoso do que abrir os jornais e encontrar as escolas figurando nas páginas policiais.
Uma série de acontecimentos expostos pela mídia evidencia que o ambiente escolar, lugar em
que deveria existir segurança, não está proporcionando devida proteção aos seus alunos.
Recentemente, um caso transmitido pela mídia exemplifica a violência no âmbito escolar. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos,
invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, na cidade do Rio de
Janeiro, armado com dois revólveres, começou a
disparar contra os alunos, matando doze deles,
com idade entre 12 e 14 anos. Esse é um acontecimento que ilustra como os alunos estão desprotegidos no ambiente de ensino.
São vários os discursos políticos que
mencionam a conservação da segurança nas instituições de ensino. Mas será que um político ao
dizer que irá manter a segurança nas escolas tem
noção de que, às vezes, ela nem sequer existe?
Uma pesquisa feita pelo Instituo Braudel em parceria com a Fundação Victor Civita revelou que 44% dos pais de alunos, da rede
pública de São Paulo, dizem que a escola não
oferece segurança aos alunos. A pesquisa mostra
que 45% deles relatam saber de episódios de
agressão física na escola dos filhos, 40% citam
roubos e furtos e 32% fazem alusão a casos de
drogas no pátio.
A violência nas escolas deve ser encarada como um problema social cuja resolução depende de uma ação conjunta entre governo,
profissionais do ensino e família. Também é preciso que a escola deixe de ser considerada um
“enlatado”, ou seja, um produto que o indivíduo
compra, consome e descarta. A formação escolar
não deve ser vista como uma mera etapa, mas
sim fundamento de uma efetiva cidadania.
Expediente
Mariana Goulart, Natália Nascimento, Renata
Ferrari, Sabrina Tomaz e Vanessa Borges
E o jogo não parou por aí, a dama vermelha encontrou uma carta forte e desafiante, Nelson Jobim, um legítimo rei de espadas, ministro da
defesa, que se voltou contra ela. Mas com uma jogada certeira, Rousseff derrubou mais essa carta. Outro que não encontrou espaço no baralho do
Planalto foi Wagner Rossi, ministro da agricultura,
seu cargo caiu por terra. E a partida não parou por
aí. Caiu Pedro Novais, o ministro do turismo que
pagava governanta com dinheiro público, e agora o
Orlando, cartão vermelho na área do esporte.
Mas, cá entre nós, será que essa dama é
mesmo tão poderosa? Será que não há coringas
neste jogo? É mais simples voltarmos para a
MPB de Elis.
Reitor: Alfredo Julio Fernandes Neto/ Diretora
da FACED: Mara Rúbia Alves Marques/
Coordenadora do curso de Jornalismo: Adriana
Omena/ Professoras responsáveis: Ana
Spannenberg, Angela Grossi, Mirna Tonus e Mônica Nunes/ Edição de capa: Mariana Goulart e
Angélica Guimarães Sabrina Tomaz/ Edição de fotografia: Karla FonBenjamin acredita que não pode mais fa- seca e Nayla Gomes/ Edição de arte: Gisllene
zer as pessoas rirem e de que a vida dentro do cir- Rodrigues e José Pedro Bezerra/ Edição de opico não é mais a mesma. Em certo momento do nião: Deisiane Cabral, Ronian Carvalho, Valquífilme ele declara “Eu faço o povo rir, mas quem é ria Amaral e Vanessa Duarte/ Revisão: Ana
que vai me fazer rir?”.
Gabriela Faria, Andrêssa dos Santos, Angélica
A história do filme tem relação direta Guimarães e Rinaldo Morais/ Monitoria: Eric
com a vida pessoal do Selton Melo, que o escre- Dayson, Lucas Felipe Jerônimo e Marina Marveu durante um período em que o ator estava em tins/ Finalização: Danielle Buiatti
crise de identidade e de sua carreira profissional.
“O palhaço” é uma produção que vale a pena ser vista, com um espetáculo de imagens, mostrando como é uma vida no circo, suas peculiaridades, Editor-chefe: Cíntia Sousa
dificuldades e alegrias. O elenco conta com os atores Sub-editores: Ana Beatriz Tuma, André Víctor
Paulo José, Jackson Antunes, Jorge Loredo. Um filme Moura, Augusto Ikeda, Bruna Isa Sanchez,
emocionante, e que rende boas gargalhas, um gran- Deisiane Cabral, Jessica Marquês, Karla Fonseca, Letícia Alessi, Lucas Martin, Marcos Reis,
de espetáculo que merece ser visto.
O grande espetáculo
O cinema nacional ganha um espaço cada
vez maior, mostrando suas características e se configurando em produções de alta qualidade, bons roteiros e excelentes atuações. Um dos recentes filmes
lançados e que se encaixa perfeitamente nesta descrição é a produção “O palhaço” que conta com a direção e atuação do renomado ator Selton Melo.
O filme conta a história de Benjamin, interpretado por Selton, e de seu pai Valdemar, atuado por Paulo José. Os dois são uma dupla de
palhaços: Pangaré e Puro Sangue, e viajam pelo
país com o Circo Esperança. Porém, no desenrolar da trama, Benjamin acredita que sua vida circense perdeu a graça e não tem mais sentido. A
partir desse momento ele parte em busca da realização de seus sonhos.
Vanessa Duarte
atualidades
ciência
Editor-chefe: Maria Tereza Borges
Sub-editores: Ana Gabriela Faria, Andrêssa Lis,
Angélica Guimarães, Clarice de Freitas, Gisllene
Rodrigues, Karina Mamede, Laura Laís, Nayla
Gomes, Ronian Carvalho e Vanessa Duarte.
cultura e lazer
Editora-chefe: Amanda Pereira
Sub-editores: Ana Clara Macedo, Ana Flávia
Bernardes, Brunner Macedo, Patrícia Alves, Renato Faria, Valquíria Amaral e Yara Diniz.
As imagens que foram utilizadas na página 8, nas
sessões Senso Musical, Página Aberta, Sessão
Pipoca e Penso, Logo Clico, são de divulgação.
Tiragem: 2000 exemplares
Impressão: Imprensa Universitária - Gráfica UFU
E-mail: [email protected]
Blog: sensoincomumufu.blogspot.com
Twitter: @_sensoincomum
Telefone: (34) 3239-4163
TECNOLOGIA
Software promove segurança pública
UFU integra grupo de parceiros criadores do programa Agentto
Jessica Marquês
Jessica Marquês
tecnológica que funciona como visibilidade e
canal de adoção. Um dos pilares do grupo é a
integração entre empresa e escola. Sérgio Paim
observa que a parceria promove “o
fortalecimento técnico-científico das áreas que
estão interessadas com a nossa solução”.
Curiosidade
Uai é Uai, Uai!
Os mineiros utilizam essa
explicação quando são questionados sobre o
que é a expressão “Uai”, mas não é bem
assim. Na época da Inconfidência Mineira,
os patriotas se reuniam em esconderijos e
para entrarem no local utilizavam uma senha
denominada “UAI”: União, Amor e
Independência.
Funções do sofware
Agentto: união de segurança e conveniência
A
empresa privada Invit, em parceria
com a UFU, desenvolve avanços na área de
tecnologia da informação com o programa
Agentto (“agente para”). O software tem o
objetivo de promover a segurança e a
conveniência de seus usuários, por meio de uma
plataforma de redes sociais e de um aplicativo
para Smartphones e celulares com Android.
Segundo o Executivo-chefe (CEO) e
idealizador do projeto Sérgio Paim, “o Agentto é
um software que transforma um smartphone
numa testemunha ocular, numa central de
alarme”. O produto é resultado do programa
“Guarda-costas” que recebeu uma subvenção
econômica de dez milhões de reais da
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
A Invit atinge estudantes da área
computacional e conta com funcionários
oriundos da UFU. Alguns iniciaram como
estagiários e hoje ocupam cargos de confiança.
Ao relatar sobre sua experiência na empresa, o
estudante do 7° período Breno Pontes afirma que
tem sido importante para seu crescimento
profissional, pois “desde a teoria mais complexa
de computação a gente já usou e tem área para
tudo.”
As propostas do Agentto estão
disponíveis também à comunidade acadêmica. O
aluno do 6° período de Ciências da Computação
da UFU Rodrigo dos Santos declara que o
software “apresenta ideias realmente inovadoras
para problemas que assustam cada vez mais a
sociedade, além de programas úteis para o dia a
dia.”
A UFU apoia o projeto desde sua
gestação, quando ainda era uma ideia. Com isso,
a instituição e a empresa se tornaram coproprietárias num acordo de cooperação
O Agentto trabalha com plataformas de
serviços móveis e de web com aplicativos que
exercem a função tanto de segurança quanto de
conveniência, para indivíduos cada vez mais
conectados ao universo cibernético. Com suas
funcionalidades, é possível utilizar recursos que
ajudam na promoção da segurança pública fora e
dentro da internet. Nele encontramos:
“Pânico silencioso”, um aplicativo que
tem a função de alertar aqueles que interagem
com o sujeito. Com apenas um clique, é possível
enviar um alerta às pessoas cadastradas na rede,
que, através de uma senha, podem visualizar em
um mapa o local exato onde o alerta foi acionado.
“Pedido de socorro”, além de conter
todas as características do dispositivo anterior,
ele funciona também como um agente que apoia
o sujeito e as instâncias responsáveis por permitir
que sejam enviadas fotos, áudios ou vídeos.
“Encontre-me”,
consiste
em
agendamentos com os participantes da
plataforma. Por meio dele é possível visualizar e
acompanhar em tempo real onde estão seus
convidados. Além disso, há o serviço de realidade
aumentada, utilizado em eventos de grande
porte.
Além dessas funções, o Agentto também
pode ser utilizado como uma plataforma,
semelhante a twitter e facebook, que oferece
suporte para outras empresas construírem
aplicativos e serviços e promover conexão entre
amigos e familiares. O software atinge,
simultaneamente, três públicos-alvo: as empresas
(Agentto BIZ), a sociedade (Agentto US) e o
indivíduo (Agentto ME).
Saiu do RU com sono? Por quê?
Ao iniciarmos o processo de
digestão, há o aumento de bicarbonato no
sangue que o torna mais ácido. Quando esse
sangue acidificado irriga o sistema nervoso
central, diminui a capacidade de
concentração e força dos músculos,
causando uma sensação de sono.
Por que sentimos cócegas?
A teoria mais aceita pelos
cientistas é a de que as cócegas funcionam
como um sistema de autodefesa, em que o
cérebro emite um sinal de alarme e o corpo
responde instantaneamente. O que muitos
não sabem é que elas também estão
presentes no comportamento de animais
como o macaco.
SAÚDE
Estudantes de Medicina da UFU atuam nos PSFs
Ana Beatriz Tuma
Marcolina e Nayara: aluna realiza atendimento domiciliar
A
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (FAMED-UFU) tem
convênio com a Secretaria Municipal de Saúde
desde 2004 e ajuda a compor, atualmente, 20 das
42 equipes dos Programas de Saúde da Família
(PSFs), disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) da cidade, como a Morumbi IV. Elisa Toffoli, coordenadora do
Internato de Saúde Coletiva e professora da disciplina Medicina Preventiva e Comunitária da
UFU, explica que os alunos do 12º período ficam
21 semanas em uma UBSF, acompanhando as atividades.
Os PSFs são compostos por equipes com
médicos, enfermeiros, agentes comunitários, técnicos e auxiliares de enfermagem, que atendem
cerca de 1000 famílias, localizadas em um espaço
geográfico determinado. O intuito dos programas é promover a saúde e incentivar a prevenção,
além de tratar e reabilitar portadores de diversas
doenças. Elisa afirma que os Programas “preten-
Ana Beatriz Tuma
dem que a pessoa (aluno/médico) veja o indivíduo como um todo, que não se preocupe apenas
com a doença, mas com a situação de vida”.
Dessa forma, o estágio nas UBSFs possibilita aos alunos conhecer uma nova realidade. A
estudante Nayara Fayad, do 12º período de Medicina, diz que “no hospital, você atende o paciente, mas não aprofunda muito na situação de
vida dele. Passando pra cá, a gente faz muitas visitas domiciliares e conhece como é a realidade
deles”.
Nos PSFs, os alunos de Medicina realizam atividades como consultas e visitas domiciliares aos pacientes. A moradora do bairro
Morumbi, Marcolina Vieira, frequenta há nove
anos a UBSF devido a problemas de hipertensão
e diabetes. Segundo ela, a equipe de saúde faz visitas para orientá-la, pergunta se os medicamentos estão adequados, além de verificar a
quantidade e o uso correto deles. “Eu não sei ler,
elas têm que indicar tudo pra mim”, afirma.
Origem da Lua
Aqueles que admiram a lua já se
questionaram sobre a sua origem? Há mais
de quatro bilhões de anos, nosso planeta teria sofrido um dos seus maiores impactos ao
bater em outro planeta. Com essa colisão,
pedaços da Terra foram literalmente para o
espaço, acredita-se que a Lua é um desses
pedaços.
Arte: Karina Mamede e Rinaldo Morais
Parceria com a Secretaria Municipal ajuda famílias em Uberlândia
DOCUMENTAÇÃO
Museus da UFU preservam conhecimento
Uberlândia possui diversidade de saberes por meio dos acervos da Universidade
A
Universidade Federal de Uberlândia
apoia, por meio do Programa de Valorização e
Difusão dos Museus e Centros de
Documentação Histórica, ações que organizam
palestras e eventos para a divulgação destas
unidades de estudo. O Museu Universitário de
Arte (MUnA), o Museu do Índio, o Museu da
Biodiversidade do Cerrado (MBC), o Museu de
Minerais e Rochas (MMR), o Centro de
Documentação e Pesquisa em História (CDHIS)
e o Núcleo de Preservação da Memória do
Hospital de Clínicas De Uberlândia
(NPM/HCU) fazem parte da variedade de
opções oferecidas pelo programa da UFU.
O MUnA promove interdisciplinaridade
e acrescenta conhecimentos em vários campos,
desde física até geografia. “A arte contemporânea
que tratamos aqui no museu passou a lidar de maneira mais abrangente com outras áreas do conhecimento”, afirma Paulo Buenoz, coordenador do
museu.
O Museu do Índio possui um caráter etnográfico. Segundo a coordenadora Lídia Meirelles,
“o museu trabalha com a cultura material das populações indígenas brasileiras, em várias categorias: plumária, cerâmica, objetos de madeira,
trançados, cordões e fibras, tudo que se refere à
cultura material de determinadas populações”.
Natália Nascimento
CDHIS: objetos ajudam a restaurar e vivenciar a história
INFORMÁTICA
Printf, a
revista do PET
A
Já o MBC é composto por um acervo de
animais taxidermizados e plantas representantes
do Cerrado. A coordenadora Fernanda Nogueira
conta que estão em fase de readequação do acervo. “Serão incorporados elementos interativos como computadores de tela touch, aquário, o
cantinho das abelhas (abelhas sem ferrão) e o jardim de sensações (plantas que poderão ser tocadas e sentidas, inclusive por pessoas com
necessidades especiais)”.
O acervo do MMR contém, basicamente,
minerais e rochas do nosso dia a dia, conta o
coordenador Marcos Henrique de Oliveira.
“Pode-se encontrar Petróleo, que alunos da
Agronomia vêm estudar, e Minerais, que os da
Economia podem visitar”, declara.
De acordo com a técnica do CDHIS,
Aline Guerra, o Centro é um local que conta a
história e permite vivenciá-la. Isso é feito por
meio da restauração e de estudos, com recursos
que possibilitam “conhecer o passado para que
possamos olhar para o presente e acompanhar
essa trajetória”, resume a coordenadora Maria
Elizabeth Carneiro.
Luiz Félix Marques, coordenador e
fundador do NPM/HCU, conta que no núcleo
estão arquivos sobre o processo de fundação do
Hospital de Clínicas. “Aqui temos registros e
fatos que culminaram com a criação tanto da
Faculdade de Medicina como do Hospital”,
explica Félix.
Os Museus, Centros de Documentação
e Núcleos de Preservação dialogam com
todas as pessoas. Para estudantes, eles servem
como fontes de estudo e como forma de
exaltar o conhecimento adquirido com os
professores.
Visite os espaços!
Museu de Minerais e
Rochas
Local: Campus Santa
Mônica UFU – Bloco 1Q
Contato: (34) 3229-4229
Museu do Índio
Local: Av. Vitalino
Rezende do Carmo, 116
– Sta Maria
Contato: (34) 3236-3707
Museu da Biodiversidade
do Cerrado
Local: Parque Municipal
Victório Siqueroli
Contato: (34) 3212-1692
Museu Universitário de
Arte
Local: Praça Cícero
Macedo, 309 – Fundinho
Contato: (34) 3231-9121
Antibióticos animais podem prejudicar a saúde
André Víctor Moura
André Víctor Moura
Lucas Martin
Printf é uma revista digital
mantida por alunos do Programa de Educação
Tutorial da Computação (CompPET) da
UFU, que aborda temas relacionados à
informática e à tecnologia, voltada a todos os
estudantes da universidade. A revista foi
criada em 2010 e já teve quatro edições
publicadas.
Com pensamentos otimistas, o tutor
do PET Autran Macêdo e os alunos
envolvidos no projeto esperam alcançar suas
metas e ter visibilidade. “O objetivo maior
agora é a divulgação da revista e depois tentar
levá-la para fora da universidade, seja para
outras universidades, seja para a sociedade”,
almeja Tiago Martins, petiano e aluno do
quarto período de Ciência da Computação da
UFU.
A próxima edição será lançada no
final do ano, com a temática “Segurança da
Informação”. Acesse a revista digital no link:
www.comppet.ufu.br/printf/
Natália Nascimento
Uso indevido de medicamentos em animais pode afetar o organismo humano
O
uso indiscriminado de antibióticos no
leite pode causar prejuízos à saúde humana,
como modificações na flora bacteriana,
transtornos digestivos, crises de asma, problemas
de resistência e alergia, além de criar
superbactérias resistentes aos medicamentos. O
ponto-chave para combater esse problema é a
fiscalização que começa na venda dos produtos.
A professora Maria Aparecida Rodrigues
coordena o Laboratório de Controle de
Qualidade e Segurança Alimentar, do curso de
Medicina Veterinária da UFU. Ela conta que o
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) realiza, periodicamente,
a análise dos resíduos usados em animais.
Mesmo havendo a fiscalização nas propriedades
rurais, o número de agentes ainda é insuficiente.
“Não adianta ter lei se não tiver o fiscal que vai
nas fazendas e indústrias”, completa. A solução
para a pesquisadora seria incentivar a inspeção.
Ela diz que se houver o recolhimento de
amostras de leite em Uberlândia, encontrariam,
no mínimo, 20% com medicamentos.
Maria Aparecida salienta que “essa
ingestão de antibióticos é um grande problema
para o consumidor, pois ele vai adquirindo
resistência”. E exemplifica: “São crianças que
tomam leite que, às vezes, estão hospitalizadas.
Se ele está tomando aquele leite com resíduo de
antibiótico e precisa tomar o antibiótico para
melhorar, como é que vai fazer?”.
Para o médico veterinário Norival Dávila
a situação dos antibióticos animais tem mudado.
“Antes, ficava dispendioso a pessoa manter um
veterinário ou um técnico sempre presente.
Agora, o governo tem viabilizado a formação de
novas cooperativas que fornecem consultoria aos
produtores rurais”. Dávila conta ainda que o
produtor rural está começando a entender que
“ele não é mais um simples ponto da cadeia de
produção, mas que a propriedade dele é uma
indústria”. O veterinário reforça que o período
de carência (tempo em que o antibiótico
continua agindo) deve ser respeitado pelo
produtor e observa a necessidade de saber
controlar a dosagem no animal.
MUNDO UNIVERSITÁRIO
Alunos da UFU participam de construção de viaduto
Estágio contribui para a formação profissional de graduandos de Engenheira Civil
Gisllene Rodrigues
Fotos: Gisllene Rodrigues
Pablo espera vivenciar os conhecimentos da teoria na prática
E
studantes do curso da Faculdade de
Engenharia Civil (FECIV) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) são estagiários da
obra do viaduto no cruzamento das Avenidas
João Naves de Ávila e Rondon Pacheco. A construção que visa ao crescimento sustentável de
Uberlândia possibilita aos universitários viven-
ciarem na prática o conhecimento adquirido na
universidade.
Crisante Boaventura, engenheiro responsável pela obra e supervisor dos estagiários,
acredita que os estudantes que participam da
construção do viaduto têm o currículo valorizado. Para ele, isso acontece devido à “importân-
cia da obra e a sua complexidade e por ter sido
desenvolvida por um arquiteto”.
O engenheiro acrescenta que o serviço executado pelos alunos será o mesmo que
eles irão desempenhar no mercado de trabalho.
As atividades são conferência de armação e de
forma, pedido de concreto, execução de relatórios, ajuda na limpeza da obra e no controle do
escritório, entre outras.
A seleção dos estagiários foi feita por
meio de indicações e análise de currículos. André Araújo Rodrigues, estudante do 6º período
de Engenharia Civil da UFU, soube da oportunidade por meio de um amigo e conseguiu a vaga
de estágio desde junho de 2011. O graduando
observa a importância da prática e acredita que
“quanto mais tempo de estágio, melhor, porque
a gente vê que as coisas não funcionam igual a
nós achamos que é na faculdade”.
Pablo Ferreira Silva, aluno do 6º período da UFU, é estagiário na obra desde o início
de junho. O estudante acredita ser “muito melhor ver o que acontece na obra, do que ver sentado na sala escutando o professor” e
acrescenta que muito do que viu em sala pôde
presenciar na construção.
O coordenador do curso de Engenharia Civil da UFU, José Sorratini, explica que
não é difícil para os alunos de engenharia conseguirem estagiar. Isso se deve ao fato de o “curso
de Engenharia Civil estar em evidência por causa das obras de infra-estrutura que o país está
tendo”.
Everson Becher, professor e coordenador de estágios da FECIV, ressalta a importância da prática. Para o docente, o estudante
“tem vivências teórica isoladas em práticas na
universidade. Aqui [faculdade] ele aprende algumas letras e a formar algumas palavras e talvez algumas sentenças, mas escrever o texto é a
hora que ele começa a trabalhar”.
Para André, o estágio lhe trará novas aprendizagens
Cresce o número de jovens investidores RádioIn: no ar
Ações estão entre as aplicações mais procuradas no Brasil
A economia aquecida e a facilidade de
realização e acompanhamento de negócios pela
internet têm atraído cada vez mais os jovens para o mercado financeiro. Em 2010, o número
de pessoas com até 25 anos que aplicaram na
BOVESPA cresceu 22,34% alcançando a marca
de 39.062 negociantes, de acordo com
dados da instituição. Eles representam 5% do total de investidores e já movimentam um
bilhão de reais no mercado.
Bancos e corretoras
oferecem amplo catálogo de
aplicações, como cadernetas
de poupanças, fundos de investimento,
previdência,
CDB, títulos públicos e ouro,
as possibilidades atendem
desde os investidores mais
cautelosos até os mais ousados. A opção pela forma de
investimento varia de acordo
com a quantidade de capital,
o prazo da aplicação e o perfil
do investidor.
Gabriel Silveira está
se formando em Economia
pela Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) e trabalha
como assessor de investimentos desde 2010. O estudante
afirma que viu na bolsa uma forma de complementar sua renda
mensal e recomenda esta forma de investimento para todas as pessoas, inclusive os jovens,
desde que façam cursos, assistam palestras e
busquem se informar. “Hoje, com a disseminação do home-broker, uma plataforma online de
negociação de ações, é possível ver um grande
Brunner Macedo
número de jovens se tornando sócios de grandes empresas do conforto da sua própria residência”, afirma.
Há, no entanto, jovens que preferem
fugir das aplicações de risco. Osvaldo Amaral
Jr, aluno do curso de Ciências Contábeis da
UFU, começou a aplicar dinheiro em
poupança aos 19 anos, com orientação do pai. Hoje, com 20, investe
em
títulos
de
capitalização e fundos de investimento de curto prazo: “Eu invisto no curto prazo porque é
renda fixa. Para investir em
ação, investir na bolsa, tem que
ter muita visão, tem que ter
muito conhecimento”.
O número de pessoas físicas que investem na
Bolsa de Valores de São Paulo
passou de 85.478 para 595.850
entre 2002 e 2011. José Flores
Fernandes, professor do curso
de Ciências Econômicas da
UFU, alerta que a compra de
ações é um investimento para
se lucrar a longo prazo, e que
apesar da atual crise econômica, o momento é bom para
aplicações: “Considerando a
máxima de comprar na baixa e
vender na alta, esse é o momento
de se investir."
A
Patrícia Alves
rádio web do curso de Comunicação Social: habilitação em Jornalismo da
UFU foi lançada no dia 30 de setembro,
em fase experimental. A criação do veículo
deu-se a partir do projeto Popularização da
Ciência, que visa a difundir os conhecimentos científicos produzidos na universidade.
Segundo a coordenadora, Sandra
Garcia, o projeto da rádio tem como objetivo ser um canal de aprendizagem e abrir
espaço para a música independente. Para
que a RádioIn entrasse no ar foram firmadas parcerias com a Fundação de Rádio e
TV Universitária, que cede o estúdio e
equipamentos, e com o Circuito Fora do
Eixo, que disponibilizou o canal.
A programação é composta por Radiojornais produzidos na disciplina de Radiojornalismo pelos alunos da 2ª turma de
Jornalismo, de uma playlist de músicas independentes da região, além de programas
como “Bate papo InComum”, uma seção
de entrevista, e “Esporte InComum”. Sandra Garcia afirma que todos da universidade que se interessarem podem criar e
sugerir programas. “Quem quiser aprender que venham, tem muita coisa pra ser
feita. Venham e façam junto, porque o caminho é esse, é a parceria”, declara Sandra.
Para ouvir a RádioIn acesse:
www.jornalismo.faced.ufu.br
ACONTECE NA UFU
Novo RU funciona há dois meses
Objetivo é atender alunos que almoçavam no Hospital das Clínicas
Rinaldo Morais
que poderão utilizar o refeitório”. O mesmo sistema está sendo realizado no RU do campus Santa Mônica.
De acordo com Yriana, ainda, há duas
questões a serem solucionadas. A primeira leva
em consideração as grandes filas de acesso ao estabelecimento. “Nosso objetivo é pelo menos diminuir o tempo de espera do estudante em ser
atendido, colocando mais uma bateria de pista e
mais funcionários para servirem as refeições”. No
entanto, isso implicaria na perda de espaço físico.
Seria em torno de 20 lugares a menos para os alunos se acomodarem, explica a responsável administrativa.
A outra questão refere-se à implantação
do jantar, a exemplo do RU do Santa Mônica.
Yriana acredita que dentro de um mês o restaurante estará funcionando também no começo da
noite, no intuito de beneficiar o estudante do
campus Umuarama que fica na UFU em tempo
integral.
Sobre o RU Santa Mônica, ela afirma que
existem projetos para diminuir a fila até o final
dos pacientes internados”, explica.
deste ano: as pias para higienização das mãos seSegundo a nutricionista Daniela Arantes, rão transferidas para o lado de fora do prédio,
do restaurante do HC, apenas os alunos residen- para que as filas fluam com mais rapidez.
tes ou internos do curso de Medicina continuam
Rinaldo Morais
a realizar suas refeições no antigo prédio. Para
quem almoça no refeitório do HC, não houve mudanças no cardápio, já para os discentes que almoçam no RU do Umuarama, o cardápio é igual ao
servido no campus Santa Mônica.
Com a inauguração do restaurante, foi
criado um sistema de cadastramento dos alunos e
funcionários vinculados à UFU que usufruem do
serviço. Elton de Lima Florentino, técnico-administrativo, afirma que isso se deu porque o “novo
prédio não se encontra dentro dos limites da universidade e, é necessária a identificação daqueles Filas de acesso ao RU são um problema
Rinaldo Morais
O novo RU Umuarama atende 800 alunos por dia
R
estaurante Universitário do campus Umuarama inaugurado no mês de agosto teve um investimento de aproximadamente R$ 800.000,00. O
restaurante serve mais de 800 alunos por dia, e conta com uma equipe técnico-administrativa transferida do RU do campus Santa Mônica. A nova
estrutura tem como objetivo receber, principalmente, estudantes que antes se alimentavam no restaurante do Hospital de Clínicas de Uberlândia.
Yriana Arantes de Lima, responsável administrativa do RU Umuarama, ressalta a importância de se ter um local específico para as refeições
dos discentes, a exemplo do campus Santa Mônica. “O espaço já não comportava todas as pessoas. Assim, o antigo restaurante ficou responsável
pela alimentação dos funcionários do hospital e
COMPORTAMENTO
Lixo no chão da Universidade torna-se rotina
Falta de conscientização contribui para a poluição
O
s pátios do campus Santa Mônica encontram-se repletos de resíduos ao final do dia. Guardanapos, garrafas, latas e restos de comida são
jogados no chão e nas mesas, a poucos metros de
uma lixeira. O depoimento da funcionária de limpeza da UFU, Maria Aparecida Gomes, demons-
Lixo é constante nas mesas da UFU ao fim do dia
tra o comportamento de pessoas em relação ao
lixo: “As pessoas não nos respeitam, estão ao lado
de uma lixeira e jogam o lixo no chão”.
A instituição não possui campanhas orientadoras a respeito da relação do homem com o lixo. Para a gestora da divisão de conservação e
limpeza da Prefeitura UniverRenato Faria
sitária, Deusélia Maria A. Silva, esse tipo de manifestação
deve partir dos próprios alunos. “Acho que precisa ser iniciativa do DCE [Diretório
Central dos Estudantes], em
eventos como calouradas, distribuindo, por exemplo, panfletos pedindo a colaboração
das pessoas”. Ricardo Takayuki, cientista social e mestrando na área, acredita que a
ação precisa ser conjunta.
“Não é responsabilidade apenas do DCE ou de outro órgão isolado, a UFU inteira
precisa se mobilizar para mudar essa realidade”.
Renato Faria
Takayuki acredita que a cultura negligente com o lixo na universidade é uma continuação do
que acontece na cidade. “Não se pode considerar a
UFU como uma ilha isolada socialmente. Acho que
é um reflexo da cultura de descarte atual da sociedade, pautada pelo consumismo”.
O descarregamento das lixeiras se dá,
uma vez por dia, através do recolhimento feito pela
Prefeitura Municipal de Uberlândia. No campus são
produzidos cerca de 320 mil litros de lixo por mês.
O lixo não recebe nenhum tratamento especial e o
destino é igual ao dos outros resíduos da cidade. Na
universidade não existe nenhuma ação de reciclagem, apesar de recipientes de coleta seletiva serem
encontrados nos corredores. De acordo com Deusélia, quando se faz o recolhimento dos dejetos,
não há preocupação em mantê-los separados.
A limpeza do campus é feita por 122 funcionários e muitos se sentem tristes com o comportamento das pessoas. “Já aconteceu de eu voltar na sala
que acabei de limpar para buscar alguma coisa e ter
gente brincando com os extintores de incêndio em
cima das carteiras. Nesse dia, tivemos que lavar
carteira por carteira de novo”, desabafa Maria
Aparecida.
Diretórios
sofrem com
falta de
espaço
Salas de aulas são
preferência
A
Angélica Guimarães
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) aderiu em 2008 ao Programa
de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), o que resultou na criação de 17 cursos
na instituição. Com a implementação de novas graduações, a UFU se depara com a falta
de espaço físico para Centros Acadêmicos
(CAs) e Diretórios Acadêmicos (DAs).
Renato Alves, prefeito de campus,
afirma que há "descompasso entre as necessidades para a implantação desses cursos
com as suas reais necessidades, principalmente no tocante a espaço físico”. O prefeito revela que a prioridade para espaço físico
são salas de aulas, professores e laboratórios,
o que não inclui espaços físicos para Centros
e Diretórios Acadêmicos dos novos cursos.
O Diretório Central dos Estudantes
(DCE), na tentativa de ajudar as novas organizações, enviou uma carta ao reitor e procurou a
administração da universidade. Alecilda Oliveira, integrante do diretório, explica que uma solução encontrada foi disponibilizar uma sala
que o DCE no campus Umuarama pouco utilizava para os cursos de Biotecnologia, Engenharia Ambiental e Biomedicina
Jessica Marquês, do CA Comunicação Social, que não possui sala, constatou
que existem espaços sendo utilizados como
depósitos, que poderiam ser disponibilizados para CAs ou DAs. Em relação a isso, Renato Alves esclarece que os depósitos são
necessários para as empresas de limpeza.
O curso de Sistema de Informação
também não possui uma sala. Gustavo Rodrigues, membro do DA, acredita que a falta de
um espaço dificulta a comunicação entre alunos e o diretório, além de não se ter um lugar
para guardar documentos, atas e materiais.
Sthanley Lima, presidente do DA
Física, revela que com a criação de mais duas
graduações no Instituto, Física de Materiais
e Física Médica, os cursos optaram por integrar os três diretórios em um mesmo espaço.
“DA é integração. Se você não tem o DA, você não tem um espaço que é do aluno”, afirma o estudante.
Anderson Santiago, DA das Relações Internacionais, revela que seu curso
foi o primeiro oriundo do REUNI a conseguir uma sala. O aluno explica que antes as
reuniões aconteciam embaixo da escada do
bloco J, no saguão ou no corredor e acrescenta que "a representatividade e a legitimidade está muito ligada ao espaço físico”.
A perspectiva da Prefeitura Universitária é discutir a demanda de novas salas
para DAs e CAs, no final de 2011 ou meados
de 2012, após a finalização das obras de ampliação da universidade.
.
MÚSICA
Estudantes conciliam graduação e carreira musical
Deisiane Cabral
Banda Paqua em apresentação na Buffalo's Choperia
A
Universidade Federal de Uberlândia já
foi palco para o surgimento de algumas bandas e
continua sendo o cenário em que circulam personalidades que integram o ramo musical uberlandense. Muitas festas universitárias, por exemplo,
são movidas ao som do pagode e do sertanejo. A
Banda Paqua, o Grupo Sem Juízo, ambas de pagode, e o cantor sertanejo Guilherme Lopez são alguns nomes que representam a música no espaço
universitário. Independentemente do estilo, o fato é que muitos estudantes conciliam a graduação
com a carreira musical.
A Banda, o Grupo e o cantor Guilherme
Lopez possuem algo em comum: todos começaram a carreira por brincadeira. A Banda Paqua,
por exemplo, que completou dois anos de trajetória profissional em setembro, teve seu início na
época do colegial.
Divulgação
A
s facilidades no acesso
à Internet colaboraram para o
aumento do número de blogs.
De acordo com um estudo feito em 2010 pelo site especializado na área Technorati, a
cada dia são criados, em média,
75 mil blogs na rede mundial
de computadores. O Brasil é o
segundo país em número de
blogs, ficando atrás apenas dos
Estados Unidos.
O site youPIX traçou o
perfil dos blogueiros brasileiros com base em uma análise
realizada em maio deste ano
com 103 blogs. O número de
usuários do sexo masculino cor-
responde a 66% do total. Mais
da metade dos blogueiros possui entre 19 e 25 anos e é estudante.
Um exemplo de blogueiro universitário é Neto Rodrigues, estudante de publicidade e
editor do blog Move That Jukebox, criado em 2007. A princípio
o site trazia apenas comentários
sobre música e resenhas de CDs.
Neste ano, o Move traz informações do cenário musical mundial
e produz seu próprio festival, o
Jukebox Festival, que teve sua
primeira edição em julho.
Empresas públicas e privadas certificam o trabalho dos
Rodrigo Mendes, Lucas Regatieri,
Vinícius Zuffi e Guilherme Lopez, alunos do
curso de Gestão da Informação, possuem uma
característica em comum: todos conciliam a
carreira musical com a graduação na UFU. Lopez
afirma que sua rotina mudou muito desde que
ingressou na universidade: “Aula de inglês tive
que parar, eu jogava muito handebol, fui até
campeão mineiro, mas tive que largar também
para fazer essa escolha”, conta. Para o cantor, que
prioriza a música, isso são ossos do ofício.
Zuffi e Regatieri também encaram a música como prioridade. Zuffi afirma que conciliar
a música e a faculdade é difícil: “Tenho aula cedo, à tarde e à noite. Aí entre as aulas, eu costumo pegar o violão”, conta. Já para Regatieri,
conciliar as duas coisas é fácil: “Sempre ponho a
música em primeiro plano. Acho que é o que eu
gosto mesmo. Estudo para fazer prova e trabalho, isso você não pode deixar de fazer”. Rodrigo Mendes relata que, apesar de ser bom tocar
na banda, levar as duas coisas é extremamente
cansativo.
Embora alguns consigam conciliar
música e faculdade, outros estudantes deixaram
suas bandas, pois a música estava interferindo na
graduação. Foi o que aconteceu com Mateus
Landim, estudante de Gestão da Informação. O
ex-integrante do Grupo Sem Juízo deixou a
banda em julho desse ano para se dedicar apenas
aos estudos. “Conciliar para mim estava ficando
difícil, porque eu me dediquei bastante ao
instrumento, à banda, então, para mim, estudar
estava pegando”, declara o estudante.
MOVIMENTO
INTERNET
Parcerias com empresas
valorizam blogs
Segundo Rodrigo Mendes, integrante do
Paqua, a banda se apresentava por diversão na
escola onde seus integrantes estudavam. Depois
passaram a divulgar o grupo e começaram a tocar
em casas noturnas de Uberlândia, em festas
universitárias e em outras cidades. A banda, que
carrega o lema de pagode de qualidade, já gravou
seu primeiro CD, com doze faixas, sendo duas
inéditas.
O Grupo Sem Juízo, formado em julho
de 2010 por alguns estudantes do curso de Gestão da Informação, na UFU, também não tinha
a intenção de tocar profissionalmente. Segundo
Lucas Regatieri, vocalista, inicialmente a banda
só tocava para as festas da sala. Depois, seus integrantes começaram a ensaiar e a divulgar o grupo. Hoje, o Sem Juízo costuma tocar em boates,
barzinhos e festas universitárias. Em novembro
lançará seu primeiro CD, com cinco faixas. Todas as músicas são composições de Regatieri.
Outro cantor que começou a se envolver
com música por brincadeira, a partir de um
concurso musical na escola, em 2005, foi o
estudante de Gestão da Informação, Guilherme
Lopez. Em meados de 2009, ele gravou um CD
com três músicas e no final desse mesmo ano,
montou uma dupla sertaneja. Em janeiro de
2011, Lopez lançou carreira solo e gravou o CD
“Só quero essa paixão”. Recentemente participou
do concurso para tocar no Triângulo Music e
chegou à final. O cantor, de 18 anos, já cantou
com artistas de renome no cenário sertanejo
como Jorge e Mateus, Gustavo Lima e Cristiano
Araújo.
Deisiane Cabral
Mariana Goulart
blogueiros e os incentivam por
meio de parcerias e concursos
que premiam as melhores postagens. Uma pesquisa realizada pela Boo-Box, empresa que
produz publicidade e conteúdo para mídias sociais, mostrou que no primeiro trimestre
de 2011 a audiência dos blogs
no Brasil correspondia a 60
milhões de pessoas por mês.
Esse grande número de acessos amplia as fronteiras da publicidade, transformando as
redes sociais em um lucrativo
mercado e contribuindo para a
crescente valorização dos
blogs.
Maria Clara Alcântara,
aluna de Administração da
UFU e criadora do blog de culinária Requentando, acredita
que o desenvolvimento das redes sociais favoreceu o surgimento de uma publicidade
mais direcionada para o público que acessa os blogs. “O que
se percebe agora é uma inversão, onde os blogs têm autonomia e são respeitados, não
replicando conteúdo da televisão, mas sim servindo como
referência”, conta.
Uberlândia na rota dos
festivais independentes
independenOtêms festivais
acontecido com
tes
frequência em Minas Gerais.
Prova disso é o Circuito Mineiro de Festivais Independentes
(CMFI), uma plataforma criada para a aproximação dos processos de gestão e produção
desses eventos. O Circuito atinge mais de 50 mil pessoas, com
circulação de cerca de 200 artistas e quase R$ 1 milhão. Neste
ano, o percurso começou em
julho, passando por Sabará, Sete Lagoas, Barbacena, Ribeirão
das Neves, Patos de Minas, Ipatinga, Belo Horizonte, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora,
Poços de Caldas e Vespasiano.
Reafirmandoaimportância de Uberlândia no cenário musical independente, a cidade está
na rota do CMFI com o Festival
Goma, que chega à sua quarta
edição e acontecerá entre 28 de
novembro e 4 de dezembro.
Um edital foi criado a
fim de atrair pessoas que quisessemparticipardo CMFI. Os escolhidos viajam por conta dos
coletivos para as cidades inclusas
no Circuito, ministram oficinas
de cobertura colaborativa e atu-
am na produção dos festivais. Um
exemplo dessa vivência é Luiza
Guedes, estudante do 6º período
do curso de Artes Visuais da
UFU, que viajou em agosto e setembro desse ano para Ipatinga,
Ribeirão das Neves e Belo Horizonte. Luiza conta que a experiência acrescentou muito em
diversas áreas de sua vida.
Victor Maciel, gestor
do Centro Multimídia da Casa
Fora do Eixo Uberlândia, acredita que isso é uma forma de
democratização dos processos
produtivos, no sentido de que
os participantes vivenciem todo o processo de gestão colabo-
Karla Fonseca
rativa. “O Fora do Eixo tem
como um de seus princípios o
compartilhamento de tecnologias, esse processo culminou
com o amadurecimento das
plataformas e criou viabilidade
financeira para abrir editais de
vivência”, disse ele.
A organização completou cinco anos de atuação e
tem crescido, agregando pessoas com o passar do tempo.
Com a dimensão e extensão
que o movimento tem tomado, não só as artes musicais
são contempladas, mas também diversos âmbitos artísticos e sociais.
Divulgação
Acervo Festival Transborda em Belo Horizonte
SOCIAL
Diretoria de cultura leva arte às comunidades
Projeto desenvolve atividades em bairros periféricos
Contações de histórias, apresentações
teatrais e musicais são os programas
desenvolvidos pelo projeto Ciranda Cultural da
Diretoria de Cultura (Dicult) em parceria com a
PROEX da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU). O programa vem sendo executado desde
maio desse ano e atende a três comunidades dos
bairros uberlandenses Canaã, Luizote, Nossa
Senhora das Graças e o distrito de Cruzeiro dos
Peixotos.
Atividades são realizadas aos sábados
em escolas das comunidades, com horário
previamente definido. O projeto tem como
objetivo levar a cultura para esses locais, o
público-alvo são crianças que estudam nesses
locais e, de acordo com sua coordenadora Irlei
Machado, o primeiro passo é despertar na
população local o gosto pelas atividades culturais
como teatro e leitura, já que muitas vezes elas não
têm acesso a eventos deste tipo.
O projeto tem atualmente cinco
bolsistas e uma estagiária que acompanham as
atividades semanais para desenvolvê-las. Eles são
do curso de Comunicação Social, que tem como
função fotografar o projeto, colher histórias de alguns moradores antigos dos bairros para saber sobre a cultura local e escrever sobre os contos e
fábulas que as crianças interpretam ou escrevem
nos encontros, e do curso de Teatro, que juntamente com o auxílio da estagiária desenvolve as
tendas de leituras.
A bolsista do curso de Teatro
Emanuelle Dantas conta histórias para as crianças
e diz que a experiência de participar de um
projeto de extensão é muito gratificante. “Eu vejo
uma troca tanto para as crianças quanto pra mim,
pois quando a gente leva algo às comunidades,
também recebemos. É uma troca coletiva”,
afirma.
Ao final do projeto serão lançados dois
Senso Musical
Ana Gabriela Faria, Maria Tereza Borges e Sabrina Tomaz
http://pedreiro-online.com/
Até para aqueles que não entendem
de futebol o site Bola nas Costas é uma opção
divertida. Nele você encontra brincadeiras
para provocar o time do seu amigo, vídeos
engraçados de esportes e jogos interativos.
http://globoesporte.globo.com/platb/
bolanascosta
Quer saber as novidades sobre o mundo da
moda? O blog Pimenta no teu é refresco traz o
lançamento das marcas mais famosas, sorteio
de acessórios e as tendências para a próxima
estação. Com dicas pertinentes e comentários
sarcásticos a página faz sucesso entre os
fashionistas.
http://www.pimentanoteuerefresco.
com.br
Sessão Pipoca
livros, com fotografias, histórias contadas pelas
crianças e relatórios sobre as atividades realizadas
ao longo do projeto. Eles serão distribuídos para
as bibliotecas das escolas das comunidades
participantes, para os bolsistas e para as
bibliotecas da UFU, com o objetivo de mostrar
um pouco da cultura que foi apresentada às
crianças.
5º Jogos Pan-americanos de Surdos
Os 5º Jogos Pan-americanos de Surdos terão a
participação de 1,5 mil atletas em dez
modalidades: futebol de campo, futsal, basquete,
vôlei, vôlei de areia, judô, karatê, tae kwon do,
natação e atletismo.
Data: 19 a 27 de novembro
Local: Arena Sabiazinho, UTC, Praia Clube e a
Campus Educação Física (UFU)
XIII Simpósio Nacional de Letras e
Linguística e III Simpósio Internacional de
Letras e Linguística
Bienal acadêmico-científico, que contempla as
áreas de Linguística e Literatura.
Data: 23, 24 e 25 de novembro.
Local: Campus Santa Mônica UFU.
http://www.ileel.ufu.br/silel2011
Sexta Dançante
A balada acontece todas as sextas-feiras a partir
das 22h30.
Local: Liverpool Club
Endereço: Av. Getúlio Vargas nº 2636
http ://www.liverpoolclube.com
Guilherme Lopez
Só Quero Essa Paixão
A cantora de MPB Marisa Monte, lançou seu oitavo disco de estúdio
no final de outubro. O CD é composto
por 14 faixas, algumas inéditas e outras
regravações. As músicas foram gravadas em diferentes cidades, entre elas,
São Paulo, NY e Buenos Aires, e teve
participações de músicos locais.
Penso, logo clico!
Criado a partir do twitter
@pedreiro_online, o site traz as melhores
cantadas da web. O personagem alcançou
popularidade por criar xavecos de forma
irreverente e relacionados a diversos temas.
“Gata, você não é GPS quebrado, mas por você
eu perco o rumo. Sua linda!”
Peça teatral O Mágico de Oz no bairro Luizote
Marisa Monte
O que você quer saber de verdade
A banda americana Evanescence lançou seu terceiro álbum no
começo de outubro. On Demand,
com 12 faixas, marcou a volta do guitarrista Troy Mclawhorn, que já havia
tocado na banda. Segundo a cantora
Amy Lee, a banda reinventou o som
para agradar os fãs.
http://www.desescute.com.br/
Bruna Isa Sanchez
Cíntia Sousa, Lucas Bonon e Vanessa Borges
Deisiane Cabral, Letícia Alessi, Valquiria Amaral, Victor Masson
Evanescence
On Demand
O Desescute resgata canções do
fundo do baú e hits do momento que grudam
igual chiclete e, como diz o próprio site,
causam uma Impregnação Melódico-Cerebral.
Nesse site você pode substituir a música que
não sai da sua cabeça por outra ainda pior.
Bruna Isa Sanchez
Programe-se
O cantor sertanejo de Uberlândia, Guilherme Lopez, lançou em julho seu primeiro CD solo,
comemorando dois anos de carreira.
O trabalho intitulado “Só Quero Essa
Paixão“ foi lançado no Café Moah e
está disponívelno site www.guilhermelopez.com.br.
Página Aberta
Paixão
Continuação da série Fallen de Lauren Kate, Paixão
mescla suspense e romance.
Luce precisa desvendar a
maldição que atormenta
seu amor com Daniel, para
isto ela viaja no tempo buscando o início de seu romance, mas é preciso
cuidado para não alterar seu presente.
As esganadas
Diferente do que estamos
acostumados a ver com o
humor de Jô Soares, a obra é
um romance policial em que
o assassino não deixa muitas
pistas. O caso das gordas desaparecidas é retratado no
Rio de Janeiro no final dos
anos 30 e inicio do Estado
Novo, prometendo deixar o leitor satisfeito.
Clarice de Freitas e Renata Ferrari
O Retorno do Jovem Princípe
Obra de ficção sobre a visita de um famoso príncipe à
Terra na adolescência. Tributo do poeta A. G. Roemmers ao Pequeno Príncipe.
Em uma viagem de carro
pela Patagônia um homem e
um rapaz abordam a transição da inocência à maturidade, guerras, fome e consumismo.
Revista Educação e Filosofia
Publicação semestral em
conjunto com os programas
de pós-graduação em Educação e em Filosofia comemora 25 anos. A revista
ampara o debate acadêmico
nas áreas referidas e convida
autores nacionais e internacionais a enviarem seus textos através do site www.seer.ufu.br.
Andrêssa Lis, Angêlica Guimarães, Gisllene Rodrigues
Os três
O Gato de Botas
Atividade Paranormal 3
Três jovens se conhecem em uma
festa e se tornam amigos inseparáveis, sendo
chamados de “Os 3”. A partir disso decidem
dividir um apartamento o que se estende até
o final da faculdade. Após quatro anos juntos
decidem transformar suas vidas em um reality show.
O gato de botas da saga Shrek está
de volta às telas, dessa vez como protagonista. O personagem (dublado por Antonio
Banderas) se aventura em busca do famoso
ganso dos ovos de ouro ao lado de Humpty
Dumpty (Zach Galifianakis) e da gata de rua
(Salma Hayek). A animação chega em dezembro aos cinemas.
No terceiro filme da saga, descubra
a origem da maldição que pôs fim às vidas das
irmãs Katie e Kristi. O prelúdio se passa
quando elas eram crianças e seus pais instalam câmeras pela casa para descobrir o pior:
sua casa fora invadida por espíritos malignos
que não pretendem ir embora.