jornalc-edicao-03-outubro-2014

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jornalc-edicao-03-outubro-2014
1971 - 2014
QUINZEnário | 03 DE OUTUBRO de 2014 | Nº 1575 | Ano XLIII | Directora: Elsa Guerreiro Cepa | www.jornalc.pt | Preço Anual: 30€
1€
Associação
Mobilitas lança
campanha
Para ajudar nos
tratamentos
do Ricardo
Avança
intervenção
“MInimalista” na
Duna dos
Caldeirões
EB 2,3/S de
Caminha
continua à
espera de
obras
seniores
do Concelho
de cerveira
visitam
santuário
de fátima
“Falta de
transportes”
não permite
mais visitas
à piscina
D E S TA Q U E
VERDADEIRA
Situação
Financeira da
câmara É UMA
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INCÓGNITA
Ano escolar arranca
com menos alunos,
menos professores,
menos funcionários
e menos escolas
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Grande
Trail da
Serra
d’Arga
André
Rodrigues
volta a
vencer
Ultra
Trail
No concelho de Caminha o ano letivo iniciou com menos 130 alunos e menos duas
escolas. As crises demográfica e financeira e a emigração dos pais dos alunos, são as
principais causas desta problemática diminuição.
Bancada do PSD acusa o executivo de ter destruído
Os dois melhores eventos culturais de Caminha Pág. 10/11
PUB.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
seniores do Concelho
de cerveira visitam
santuário de fátima
Polis lança concurso
para recuperação
e proteção de
sistemas dunares
degradados
A Polis Litoral Norte
- Sociedade para
a Requalificação e
Valorização do Litoral
Norte SA, lançou
o concurso público
para contratação
da Empreitada
de Recuperação,
proteção de sistemas
dunares degradados
e renaturalização
de áreas naturais
degradadas nos
concelhos de Caminha
e Viana do Castelo.
A empreitada em causa abrange
as áreas dos rochedos de Santo
Isidoro em Caminha e de Montedor, Areosa, dunas da Amoro-
PJ
investiga
possível
homicídio
em Vila
Nova de
Cerveira
sa e Pedra Alta – Foz do Neiva em Viana do Castelo.
A intervenção enquadra-se
no Eixo 1 – Proteção e defesa da zona costeira visando a
prevenção do risco do Plano Estratégico, na tipologia de “Medidas corretivas de erosão costeira e defesa costeira” e tem como
objetivo principal a manutenção e reposição das condições
natu-rais do ecossistema costeiro que assegurem a sua estabilidade biofísica por via da
renaturalização de áreas degradadas, recuperação, reforço e
fixação dos sistemas dunares,
visando a prevenção de risco.
A empreitada tem um valor base
de 2.300.000€, sendo o financiamento garantido em 70% pelo
Programa Operacional Temático de Valorização do Território
e 30% pelo Estado Português, e
terá uma duração de 180 dias.
Recorde-se que a Polis Litoral Norte, constituída entre o
Estado e os Municípios de
Caminha, Viana do Castelo e
Esposende, tem como objetivo a intervenção numa faixa
costeira de cinquenta quilómetros na Região Norte, integrando ainda as zonas estuarinas
dos rios Minho, Coura, Âncora, Lima, Neiva e Cávado,
numa extensão de, aproximadamente, trinta quilómetros.
A área de intervenção totaliza cerca de cinco mil hectares
e integra o Parque Natural do
Litoral Norte.
Um homem foi encontrado
já sem vida numa casa desabitada, em Vila Nova de Cerveira. As autoridades suspeitam de homicídio.
O corpo do indivíduo, entre
os 35 e os 40 anos, foi encontrado na tarde do último Sábado numa habitação da aldeia
de Vila Meã pelos bombeiros
do concelho.
A corporação terá sido contatada para um caso de para-
gem cardio-respiratória, mas
quando chegou ao local o homem já não tinha quaisquer sinais vitais.
Os ferimentos detectados na
cabeça e no pescoço, ao que
tudo indica provocados por
arma branca, obrigou à intervenção das autoridades que admitem poder tratar-se de um
homicídio.
A Polícia Judiciária está agora a investigar.
Cerca de 700 séniores do concelho de Vila
Nova de Cerveira integraram o Passeio/Convívio Sénior 2014, organizado pela Câmara Municipal e que decorreu nos dias 23 e
24 de setembro.
Fátima foi o destino de uma viagem que
agregou confraternização, reencontros e consolidação de saberes. A excursão, repartida em dois dias, levou os séniores de Vila
Cerveira mantém valor
mínimo de IMI em 2015
A Assembleia Municipal de Vila Nova de
Cerveira aprovou, por unanimidade, na passada sexta-feira, a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2015, aplicando os mesmos valores mínimos praticados
no corrente ano. O autarca cerveirense realça a medida que visa apoiar as famílias
cerveirenses. O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, sublinha que a atual política
fiscal visa assegurar o reforço das receitas
1º Festival do
Cordeiro à Moda
de Monção
A Câmara Municipal de
Monção promove, em conjunto com a Associação Comercial e Industrial dos Con-
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Nova de Cerveira a Fátima, o maior santuário mariano de Portugal, que assistiram,
durante a manhã, à Eucaristia no Santuário.
A autarquia acredita que o destino selecionado para este ano foi bem acolhido pelos
crentes, mas também um motivo de curiosidade para os mais cépticos. Após o almoçoconvívio, o período da tarde foi preenchido com uma visita à Aldeia da Pia do Urso,
local carregado de história onde os participantes tiveram oportunidade de observar o
magnífico trabalho de restauro das casas
típicas da região e o primeiro Ecoparque
Sensorial do mundo destinado a invisuais.
O passeio terminou com uma deslocação
às Adegas Joaquim d’Avó com degustação
de produtos típicos.
‘Dar vida aos Anos’ insere-se na estratégia municipal de apoio e dinamização social de um importante escalão etário da sociedade cerveirense que é o universo dos
menos jovens. O executivo considera que
promover o Passeio/Convívio Sénior 2014
é facilitar o reencontro entre cerveirenses
que, apesar de viverem relativamente perto,
muitas vezes e, por razões várias, passam
longos períodos de tempo sem se encontrarem, o que só por si já é uma motivação, quer para a organização quer para os
participantes desta iniciativa. A organização, a cargo dos serviços municipais, contou com a colaboração das juntas de freguesia do Concelho, a quem o município
agradece todo o apoio manifestado.
celhos de Monção e Melgaço
e a ESA-IPVC, o 1º Festival
do Cordeiro à Moda de Monção. Marcado para os dias 3,
municipais geradas localmente, mas também estar atento às dificuldades das famílias do Concelho. As casas já avaliadas pelas
regras do IMI estão sujeitas a uma taxa de
imposto que pode oscilar entre os 0,3% e os
0,5%, cabendo às autarquias definir o valor
do intervalo. No caso de Cerveira, a decisão
passou por manter o valor mínimo possível já praticado em 2014, ou seja, os 0,3 por
cento para os prédios urbanos avaliados e os
0,8 por cento para os imóveis não avaliados.
4 e 5 de outubro.
Na apresentação do evento o
presidente da autarquia, Augusto Domingues, sublinhou a
importância do certame como
instrumento de atração em época baixa, rentabilização económica e reforço da autenticidade e qualidade daquele prato
típico de Monção. Realçou o
seu papel como elemento diferenciador para fazer de Monção um território de excelên-
cia na gastronomia.
Confiante no sucesso da iniciativa, o vereador do pelouro da cultura, Paulo Esteves,
agradeceu a disponibilidade
dos parceiros e restaurantes e
deixou antever algumas novidades em próximas edições,
nomeadamente o prolongamento do certame por mais
que um fim de semana.
O responsável da Associação Comercial e Industrial dos
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
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CAMINHA
Avança intervenção
“MInimalista” na
Duna dos Caldeirões
Ação não vai permitir recuperar totalmente o local
ao Jornal C que esta empreitada, a cargo da Polis Litoral
Norte, é a segunda fase do reforço e protecção dos sistemas
dunares e de renaturalização
das áreas degradadas da foz
do rio Âncora.
A solução encontrada e que
deverá avançar não mereceu o
consenso de todas as entidades
envolvidas, nomeadamente da
Polis Litoral Norte, da autarquia de Caminha e dos técnicos contratados pelo Governo.
Segundo o presidente da câmara de Caminha, em cima
da mesa estiveram várias soluções. “Esteve sobre a mesa
a possibilidade de se reconstituir a duna através da colocação de uma solução robusta de enrocamento de pedra,
Miguel Alves, presidente da ou seja, a construção de um
câmara de Caminha, explicou paredão em pedra ali naquela
zona da duna. Outra solução
equacionada foi a colocação
de um geo-cilindro, um pouco à semelhança daquilo que
se fez na praia de Moledo, ou
seja, um grande saco de areia
que protegesse a duna. Por último foi também equacionada uma solução ainda menos
agressiva e mais amiga do ambiente, de renaturalização, ou
seja de tentarmos perceber o
que iria acontecer na duna”,
explica Miguel Alves.
Segundo o autarca caminhense o debate que aconteceu na
Polis a propósito desta intervenção foi um debate tripartido
entre o município de Caminha,
a Polis e os peritos contratados
pelo estado para o efeito, um
debate sem consenso quanto
à solução a aplicar.
“Tivemos muita dificulda-
de em chegar a um acordo.
Aliás, para dizer a verdade,
esse acordo não existiu. Aquilo que os peritos nos disseram é que a duna deveria ser
reconstituída através de uma
solução de enrocamento com
a colocação de grandes blocos de granito na duna que
seriam depois tapados com
areia. Ao município de Caminha esta nunca pareceu uma
boa solução, estávamos disponíveis para uma solução
menos robusta”.
Sem acordo sobre a melhor
opção para a reconstrução do
cordão dunar em Vila Praia de
Âncora, vai avançar uma intervenção de menor dimensão.
“O que vai avançar é uma
ação menos robusta do que
aquela que os peritos queriam
e mais próxima daquilo que
o município queria. No entanto não é a solução que nós
defendíamos mas é pelo menos uma ação que vai permitir avaliar aquilo que vai
acontecer”.
A ação a desenvolver vai passar pela limpeza de infestantes
que estão a ocupar toda aquela zona, quer das margens do
rio Âncora quer das próprias
dunas; a recuperação de passadiços e vedações; construção de zonas de observatório
e acessos.
Outra das intervenções será
a consolidação da margem esquerda do rio Âncora, que fica
junto ao campo do Âncora
Praia, e aqui, segundo Miguel
Alves, será aplicada uma solução de enrocamento. “O que
se pretende é que a intervenção possa consolidar aquelas
margens”.
Ao mesmo tempo vai ser construído também um pequeno
pontão que terá como função
diminuir a força da água, desviando-a para o leito do rio âncora e evitando assim que escave a margem.
Na zona da duna propriamente dita o que se vai fazer é, segundo Miguel Alves, “a colocação de uma cortina de estacas
de proteção à duna e colocação de areia”.
A destruição da Duna dos
Caldeirões, no Inverno passado em Vila Praia de Âncora, pôs em risco os ecossistemas locais ao inundar o sapal
do rio Âncora com água salgada, mas também o campo
de futebol do Âncora Praia e
algumas habitações que existem no local.
Concelhos de Monção e Melgaço, Américo Reis, focou-se
na dinamização do setor hoteleiro no concelho: “Houve um
grande interesse por parte dos
empresários de hotelaria em
participar no evento, revelando vontade na afirmação e valorização da culinária local”.
Durante três dias, os 18 restaurantes aderentes à iniciativa, devidamente licenciados
na categoria de restauração,
paço mais apelativo e aberto a
um público diversificado e familiarizado com as novas tecnologias de informação.Nessa noite, a partir das 22h00,
Quim Barreiros atua na Praça
Deu-la-Deu. Entre as inúmeras
músicas que constam do seu
repertório, o artista alto minhoto dará evidente destaque
a temas como “A cabritinha”,
“A garagem da vizinha” ou
“Picada de enfermeiro”. Tal-
vez surpreenda com uma versão dedicada ao cordeiro. Vamos ver.
A animação regressa na noite seguinte, à mesma hora,
com concerto de Zézé Fernandes, na Praça Deu-la-Deu
Martins, e na tarde de domingo, pelas 16h00, com o
Festival de Folclore do Alto
Minho, no mesmo local. No
domingo, a partir das 09h30,
realiza-se também a Marato-
na BTT Berço do Alvarinho
Inicialmente associado ao
consumo familiar em dias festivos, o Cordeiro à Moda de
Monção, de arroz pingado e
com nome ousado “Foda à
Monção”, tornou-se, desde
há vários anos, uma referência na gastronomia monçanense. O processo de certificação em curso garantirá
a qualidade e autenticidade
deste prato obrigatório no
roteiro gastronómico local.
A propósito, Ana Paula Vale,
diretora da ESA- IPVC, entidade responsável pela certificação, referiu que o processo, após ter passado por
várias etapas, encontra-se em
fase de aprovação na Direção Geral de Agricultura e
Pescas.
Segue-se a homologação
da Ministra da Agricultura
e Pescas, Assunção Cristas.
Vai avançar a obra
de recuperação da
Duna dos Caldeirões
que, em Vila Praia de
Âncora, foi destruída
no Inverno passado
pela força do mar. A
intervenção acaba
de ser lançada em
concurso público com
o preço base de 415
mil euros e a autarquia
local espera que esteja
no terreno até ao final
do ano.
Depois de alguma falta
de consenso quanto à
solução a aplicar, ficou
decidido avançar com
uma intervenção de
“menor dimensão”.
prometem confecionar aquele
prato tradicional com qualidade, requinte e genuinidade,
apresentando-o em pequenos
alguidares de barro com uma
inscrição alusiva ao certame.
No primeiro dia, pelas 18h00,
decorre a inauguração da Loja
Interativa de Turismo. Situada no rés-do-chão da Casa do
Curro, a nova estrutura substitui a antiga delegação de turismo, disponibilizando um es-
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Ano escolar arranca
com menos alunos,
menos professores,
menos funcionários
e menos escolas
Menos alunos, menos professores,
menos pessoal auxiliar e menos escolas, marcaram o início de mais um
ano escolar em Portugal. Nos últimos
3 anos o sistema de educação tem
vindo a diminuir, por causa da crise
demográfica a que se junta também a
crise financeira que o país atravessa.
Entre crianças e adultos, cerca de
1,9 milhões de pessoas regressaram
à escola.
Nos últimos dez anos o número de
alunos também diminuiu, sendo que
essa diminuição acentuou-se nos anos
de 2009 e 2010.
Segundo dados divulgados pela Direção- Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) registou-se
uma quebra de 8,5% no número total de alunos que é transversal a todos os níveis de ensino.
Os dados oficiais revelam que, em
2012/2013, houve menos 165 mil estudantes inscritos relativamente a três
anos antes, um valor que se explica
pela quebra de matrículas no 3º ciclo
(- 63 mil) e no secundário (- 42 mil).
No mesmo período o número de professores também baixou 14%, totalizando agora cerca de 150 mil profissionais.
Nas escolas do país há também menos pessoal não-docente a trabalhar
e menos escolas a funcionar. Desde
o início do século que o número de
escolas tem vindo a decrescer, passando de 17 mil edifícios, para menos de 10 mil atualmente.
E Caminha?
Emigração
arrasta alunos
para fora do país
Segundo dados revelados pela Presidente do Agrupamento de Escolas
Sidónio Pais, o concelho não foge à
regra e acompanha esta tendência.
Assim e à semelhança do resto do
país, o ano letivo em Caminha também arrancou com menos alunos,
menos professores, menos funcionários e menos escolas. A juntar ao
número de edifícios escolares encerrados nos últimos anos no concelho,
Caminha perdeu este ano mais dois:
Riba de Âncora e o Jardim de Infância de Venade.
Segundo a responsável do Agrupamento de Escolas Sidónio Pais, em
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relação ao ano passado as escolas
do concelho de Caminha perderam
cerca de 130 alunos. Em 2013/2014
estavam matriculados 1600 alunos,
este ano temos 1478.
“Perdemos cerca de 130 alunos nos
níveis todos e em todas as escolas
do agrupamento. É bastante embora
tendencialmente seja menos do que
aquilo que se verifica nos agrupamentos vizinhos. A informação que tenho
é que nos agrupamentos vizinhos a
perda seja um pouco mais acentuada mas, de qualquer maneira, é uma
perda preocupante”.
Segundo Maria Esteves esta perda
tem a ver com a baixa acentuada da
natalidade e também pelas condições
económicas do país.
“Nós temos alunos que vão embora
porque têm que acompanhar os pais
que são forçados a emigrar por falta
de condições dignas de sobrevivência
no país. Por este motivo temos perdido muitos alunos em vários níveis”.
A quebra de alunos faz com que o
número de professores também diminua, no entanto no Agrupamento
Sidónio Pais essa quebra até não foi
muito significativa.
“Menos alunos implica obviamente menos professores. Nós tínhamos
no ano passado cerca de 153 professores e este ano, como conseguimos
equilibrar o número de turmas, essa
redução de professores acaba por não
corresponder ao número de alunos
que perdemos”.
Contas feitas o agrupamento de Caminha perdeu apenas um professor,
ou seja, de 153 passou para 152.
“Porquê? Porque temos muitos
alunos com necessidades educativas especiais e este ano, depois de
uma luta de muitos anos, conseguimos reforçar o número de professores para trabalhar com essas crianças”, explica.
No que toca ao número de turmas,
que podem ir até aos 30 alunos, o
número também não sofreu grandes
alterações. A presidente do Agrupamento diz que essa redução não se
verificou porque o número de alunos
por turma não foi além dos 26, conseguindo-se desta forma o equilíbrio.
“Inclusivé temos turmas que não vão
além dos 20 alunos, como é o caso
daquelas que têm meninos com necessidades educativas especiais. Desta
forma conseguimos não só não perder muitos professores, como manter o número de turmas”.
A diminuição do pessoal não docente é para Maria Esteves um dos problemas do Agrupamento que, neste
momento, se debate com carências
ao nível dos serviços administrativos. Nem mesmo a fusão dos agrupamentos e a consequente junção dos
funcionários foi suficiente para colmatar esta lacuna.
“Temos neste momento dois funcionários com baixa prolongada, tivemos aposentações, rescisões de
contratos e de 12 assistentes administrativos passamos para nove sendo
que desses nove, dois estão permanentemente de baixa e sem condições para trabalhar”.
Para Maria Esteves esta é uma situação preocupante que já fez chegar junto do Ministério.
Relativamente aos assistentes operacionais, de 52 o Agrupamento passou para 50. “Uma aposentação e
uma rescisão. É claro que isto reverte em prejuízo para o funcionamento do agrupamento porque nós
perdemos pessoal do quadro mas o
ministério não nos deixa fazer novas
contratações”.
Apesar destes contratempos, Maria Esteves considera que o início do
ano letivo se fez normal e tranquilo,
sem grande alterações nem para melhor nem para pior.
“Foi um arranque sem sobressaltos
como de resto tem sido nos últimos
anos. É claro que no início há sempre alguns problemas, nomeadamente com a colocação dos professores,
mas são questões que neste momento já estão em vias de resolução. Temos alguns professores doentes que
vamos ter que substituir e estamos
à espera porque o processo está em
fase de conclusão. De resto as coisas
arrancaram mais ou menos de uma
forma normal”.
Neste momento o agrupamento aguarda a colocação de 3 professores substitutos, uma situação que Maria Esteves acredita estar resolvida em breve.
Para que o ano letivo esteja a funcionar em pleno falta ainda implementar as Atividades Extra Curriculares
(AEC) , o que deverá acontecer ainda este mês, como garantiu ao Jornal C, Maria Esteves.
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S
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Daniel Pereira
Vilarelho
Com um filho a frequentar o 3º ano
do 1º ciclo, este encarregado de educação aponta a adaptação aos novos
horários como a maior dificuldade
neste início de ano letivo.
“Este ano os horários têm que ser rigorosamente cumpridos e por vezes isso
causa alguns problemas, principalmente
enquanto não se iniciam as atividades
de enriquecimento curricular”.
As AEC ainda não começaram e os
alunos cujos pais trabalham até mais
tarde ficam na escola ao cuidado de
um funcionário.
Silvia Ferreira
Vilar de Mouros
Apesar de residir em Vilar de Mouros Silvia Ferreira, que também é professora, optou por matricular a filha
em Caminha. Sem conseguir colocação como professora, Silvia divide
os seus dias entre Cerveira e Viana,
onde dá aulas.
“Optámos por Caminha porque nos
dá mais jeito. O pai vem buscá-la e
depois já a leva para a ginástica para
Vila Praia de Âncora. Se estivesse
em Vilar de Mouros obrigava a um
percurso maior”.
Dificuldades no início do ano esta
mãe não encontrou nenhumas. Em
termos logísticos e de informação garante que tudo corre “bem”, só acha
que deveria haver um pouco mais de
comunicação entre os encarregados
de educação e a escola.
Professora de profissão, Silvia Ferreira
A voz dos pais
Uma maior integração dos alunos no
meio rural é uma das sugestões deixadas por este encarregado de educação que defende a canalização dos
alunos para uma vertente mais prática neste setor.
Relativamente à atividade desportiva que é desenvolvida nas escolas,
Daniel Pereira diz que “não satisfaz
minimamente”.
“Para meu espanto não existe este
ano uma AEC vocacionada diretamente para a atividade física. Penso
que é uma grande lacuna no concelho”.
Tendo Caminha uma piscina com
condições excelentes, este pai não
compreende porque é que os alunos
não usufruem mais deste equipamento. “Penso que poderia ser uma das
propostas para uma AEC pois iria
contribuir para um melhor desem-
penho quer físico quer psíquico dos
alunos”.
Uma vez que a escola não proporciona atividade física regular, Dani-el
Pereira viu-se obrigado a inscrever,
a expensas próprias, o filho no futebol e na natação.
“Para garantir que o meu filho tenha
uma atividade física regular, sou obrigado a dispender de uma quantia de
35 euros por mês: 20 para a natação e
15 para o futebol. É um esforço considerável que ainda vamos podendo fazer mas há muitas crianças cujos pais, infelizmente, não podem”.
Segundo Daniel Pereira estas atividades deveriam ser gratuitas ou então
a um preço reduzido, para que todas
as crianças tivessem acesso a elas.
Atento à conversa, o José Daniel
começa por contar que este ano mudou de professora, uma situação que
por enquanto não o incomoda. Regressar às aulas foi bom mas este aluno queixa-se de que há poucas bolas
para jogar futebol nos intervalos. De
resto o desporto rei é a sua grande
paixão e na hora de escolher entre o
futebol e a natação, ganha o primeiro. Nos dias em que há treino o Daniel não falha e até se despacha mais
cedo para se dedicar de corpo e alma
ao seu desporto favorito.
não tem dúvidas da excelência dos professores portugueses. “Na minha opinião o que falta é alguém que nos oriente e que ponha uma ordem nisto. Quer
um exemplo prático? Não basta dizer
que se vai pôr inglês nas primárias.
É preciso pensar como é que isso se
vai fazer, como e quem vai ensinar e
a que horas. Isso é o mais importante
e não é só porque os resultados na língua são maus”.
À espera do início das AEC, Silvia
Ferreira lamenta que a atividade física
não seja mais intensa. A filha pratica
ginástica acrobática mas Silvia também
gostava que ela frequentasse a piscina.
“Acho que é uma pena que as crianças não possam usufruir mais daquelas
instalações. Para mim e com a vida que
tenho não me é possível levá-la e por
isso acho que a escola podia fazer isso
pelo menos uma vez por semana. Uma
hora ou 45 minutos de piscina podia
muito bem ser uma das atividades extra-curriculares. Vivemos numa zona
costeira com praia e era importante que
as crianças aprendessem cedo a nadar”.
Enquanto a mãe responde às perguntas
a Beatriz dá voltas ao recreio na bicicleta. A escola desafiou os alunos para
que levassem a sua bicicleta e assim
comemorarem a semana da mobilidade
promovida pela Câmara de Caminha.
O dia da Beatriz começa bem cedo,
é das primeiras a chegar à escola. “A
minha filha às 8 horas já está na escola
porque os pais têm que ir traba-lhar.
Depois sai por volta das 4.30 ou 5 da
tarde, dependendo das AEC. Às segundas e quartas vai para a ginástica e nos restantes dias fica com os
avós. O fim-de-semana geralmente
é para ela, uma vez que à semana
não estamos muito tempo juntas”,
conta a mãe.
As AEC não satisfazem, segundo Silvia Ferreira, tanto como seria desejável não porque não sejam bem dadas
pelos professores, mas porque existe
falta de orientação. “O importante é
definir o que se vai fazer porque os
alunos têm necessidade de aprender
durante 4 anos e não apenas durante
um. Não faz sentido nenhum dar a
mesma coisa ao 1º e ao 4º ano. Acho
que falta um fio condutor e nesse aspeto, como mãe, não estou muito satisfeita. Eu por exemplo não sei o que a
minha filha aprendeu na música no
ano passado. Não vi nada a não ser
uma ou duas músicas que aprendeu
para uma festa. Em algumas atividades o resultado não se vê”.
A Beatriz gosta de aprender inglês
mas também não se importava de ir à
piscina. Só se lembra de ter ido quando
andava na pré-primária e adorou a experiência. “Gostava de ir outra vez”.
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A voz dos pais
na medida em que possui um bom recinto para os alunos brincarem, “inclusive para jogarem à bola que é o
que eles mais gostam”.
O atraso no início das AEC está a
dificultar um pouco a vida aos pais.
“Não é bem o meu caso porque eu até
trabalho aqui perto, mas conheço pais
que têm alguma dificuldade, embora as funcionárias facilitem um pouco e fiquem até mais tarde com os
meninos”.
Tal como os restantes encarregados
de educação, Isabel considera que a
escola devia apostar mais nas ativi-
dades desportivas elegendo a natação como uma prioridade.
“Era muito bom que as crianças das
escolas pudessem frequentar porque
os pais muitas vezes não têm possibilidades de os levarem porque trabalham até tarde”.
Fora das aulas o Tomás pratica futebol e aprende música na Academia.
O dia a dia do Tomás é passado entre a escola e o escritório da mãe onde
aproveita para despachar os trabalhos
de casa, uma rotina que só se altera nos
dias em que tem futebol ou música.
A falta de disponibilidade e a dificuldade em conciliar os horários é, segundo esta mãe, a grande dificuldade
de quem tem filhos em idade escolar. “Principalmente nas férias porque
são 3 meses e temos que arranjar local para os deixar. O Tomás esteve
no ATL porque só consegui 15 dias
de férias para estar com ele”.
Este é, segundo Isabel, o “drama”
de muitos pais que nas pausas letivas
não têm onde deixar os seus filhos.
O Tomás tem 9 anos e está contente
com a escola. Este ano é finalista e
por isso quer aproveitar ao máximo,
principalmente os jogos de futebol no
recreio que é o que mais o diverte.
O ano letivo começou como esperado para a mãe do Leonel, um aluno do 3º ano da Escola Básica de
Caminha. Os anos anteriores correram bem e Fátima espera que este
ano o mesmo aconteça.
Esta mãe está contente com a escola
e aguarda o início das AEC. Não sabe
se vai haver desporto para os alunos
mas considera importante que esta
componente seja incluída.
“O Leonel não pratica desporto fora
da escola e neste momento estamos
a ponderar a possibilidade de o inscrever na piscina”.
Possuindo Caminha uma piscina com
tão boas condições, Fátima Gonçalves
considera que é “uma pena” que as crianças não a possam frequentar com
mais assiduidade. “Se fossem com a
escola era muito bom porque os pais
nem sempre têm a possibilidades de os
levar e para pagar as mensalidades”.
Quando chegar a casa o Leonel vai
lanchar, brincar um bocadinho e depois vai fazer os trabalhos de casa.
de saída. Veio buscar os 3 netos que
frequentam aquele estabelecimento
de ensino: dois estão no terceiro ano
e um no quarto.
Maria Simões
A falta de alguns manuais escolares
Âncora Lage
e o inglês que nunca mais começa,
são situações que estão a preocupar
À porta da EB de Vila Praia de Ân- esta avó que tem como tarefa diária
cora, Maria Simões aguarda pelo toque ir levar e buscar os netos.
“Os pais não podem porque têm muitas dificuldades e eu como tenho um
carrinho pequeno venho trazê-los e
buscá-los.
Tenho uma neta que tem os pais desempregados e neste momento não
tem qualquer tipo de ajuda, nem para
a alimentação e sou eu que tenho que
suportar tudo.
Quando chegarem a casa os netos
de Maria Simões têm à sua espera o
lanche “e depois toca a fazer os deveres da escola. Só depois disso é
que há ordem para brincar”.
Fora da escola os netos praticam
algumas atividades, nomeadamente
futebol, karaté e natação.
Para além da “confusão” normal do início do ano Maria Simões não tem nada
a apontar à escola. “No início é sempre
assim mas depois as coisas melhoram”.
Isabel Felicíssimo
Caminha
O Tomás é finalista e a mãe veio
buscá-lo à escola. Até à hora de regressar a casa este aluno do 4º ano
vai ficar no escritório onde a mãe
trabalha e é lá que costuma fazer os
trabalhos de casa.
O início de mais um ano letivo não
trouxe grandes novidades. “É a rotina habitual, já sabemos como é e
correu tudo bem”.
Isabel Felicíssimo considera que a
escola de Caminha é “privilegiada”,
Fátima Gonçalves
Seixas
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E
S
T
Manuais
escolares
mais caros
Mas nem tudo é subtração no universo escolar. Em relação ao ano
letivo 2013/2014 os manuais escolares subiram de preço em todos os níveis de ensino. O Jornal C
foi saber os preços dos livros para
cada ano, começando pelo 1º ciclo.
Do 1º ao 4º ano os livros rondam
os 50 euros.
Já no 2º ciclo, que abrange o 5º e
o 6º ano, são necessários 190 euros
no primeiro caso e 150 no segundo.
No 3º ciclo os encarregados de
educação são obrigados a desembolsar para o 7º ano, 240 euros, para
o 8º, 210 e para o 9º, 225 euros.
No secundário os manuais para
o 10º e 11º ano custam em média
270 euros e para o 12º, 120 euros.
Em relação ao ano passado há manuais que aumentaram cerca de 4%.
Se a estes valores juntarmos o restante material que dependendo das
áreas escolhidas pode ser de maior
ou menor valor, os pais têm que estar
preparados para uma despesa que por
vezes pode ultrapassar os 500 euros.
Os alunos pertencentes a agregados
familiares com dificuldades económicas têm direito a um subsídio atribuído
pelo Estado. São os chamados auxílios económicos que obedecem a dois
escalões: o A e o B.
No caso dos alunos do primeiro ciclo, do 1º ao 4º ano, a Câmara decidiu financiar na totalidade os manuais aos alunos abrangidos pelos dois
escalões.
No segundo ciclo o Governo atribui aos alunos do escalão A, 118 euros para aquisição de manuais escolares e aos do escalão B, 59 euros.
JORNAL
A
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
Q
U
E
A voz dos pais
Ana Fernandes
Vila Praia de Âncora
Mãe de um aluno do 4º ano na EB de
Vila Praia de Âncora, Ana Fernandes
diz que o início do ano naquela escola se fez com normalidade. “Ainda estamos no princípio mas até agora acho que está a correr tudo bem.
É como nos outros anos”.
A beneficiar do escalão A, o Fábio
Cristiano já recebeu da câmara todos
os manuais escolares “Por acaso ele
No 3º ciclo os alunos do 7º ano abrangidos pelo escalão A recebem 176
euros e os do escalão B, 88 euros.
Os alunos do 8º e 9º anos recebem
154 euros no escalão A e 77 euros
no escalão B.
Finalmente os alunos do secundário,
independentemente do ano que frequentam, recebem 147 euros no escalão A e 73,50 no escalão B.
Dependendo do escalão onde estão
inseridos a alimentação é subsidiada
a 100% ou a 50%. O estado subsidia ainda material escolar e alternativa ao transporte escolar por forma
a garantir a sequência dos estudos
que corresponde à opção do aluno.
Câmara oferece
manuais
aos alunos
carenciados
Seguindo uma prática que já vinha
sendo implementada pelo anterior executivo liderado pelo PSD, a câmara
de Caminha decidiu este ano apoiar
as famílias mais carenciadas do concelho, oferecendo os manuais escolares aos alunos do concelho que frequentam o 1º ciclo e cujo rendimento
pertença aos escalões A e B.
A entrega dos respetivos manuais
já começou a ser feita mas segun-
do o Jornal C conseguiu apurar, há
alunos a quem os mesmos ainda não
foram entregues.
Maria Esteves, presidente do Agrupamento reconhece que poderá haver um ou outro caso mas garante
que a maioria dos alunos já tem em
sua posse os manuais.
“Neste momento não tenho conhecimento de que existam muitos alunos nesta situação. Aqui na EB2,3/S
sei que há um ou outro caso mas já
estamos a tratar de os solucionar”.
“Show-off” na
entrega dos
manuais acusa o
PSD
O PSD de Caminha veio entretanto
a público acusar a Câmara Municipal, liderada pelo PS, de estar a utilizar a entrega das manuais escolares
aos alunos mais carenciados do concelho para fazer propaganda política.
Em comunicado enviado às redações, a presidente da concelhia Social Democrata, Liliana Silva, acusa
o presidente, Miguel Alves, de não
entregar os manuais quando os estudantes deles mais precisam.
“Os pais, pedem nas escolas que lhes
sejam entregues os manuais, já que
se encontram lá disponíveis, mas as
informações que estão a ser prestadas é de que os mesmos só poderão
ser entregues depois de orientações
camarárias”.
Para o PSD esta atitude do presidente não passa de “show off”, acusando o autarca de estar pouco interessado se as crianças começam o
ano letivo com os manuais escolares ou não.
“O que importa é ele aparecer e
ser ele a entregar. Puro eleitoralismo, manobras de marketing pessoal que não se coaduna com a necessidade das crianças começarem
o ano escolar de forma tranquila
e com os manuais na sua posse”.
O PSD lamenta que se utilizem
as crianças e as necessidades mais
básicas neste início do ano para
se fazer “promoção pessoal com
dinheiros públicos”, acrescentando que poderiam ser os próprios
professores a fazer a respetiva entrega como foi feito em anos anteriores. “Lamentável”, sublinha.
já tem os livros, foi uma boa ajuda”.
Fora da escola o Fábio não pratica
qualquer tipo de atividade desportiva ou lúdica. A mãe quando pode
vai com ele ao parque jogar à bola.
“É por isso que eu gosto que ele frequente as AEC porque assim aprende
outras coisas como é o caso do inglês
que lhe vai ser útil um dia mais tarde, da música e do desporto”.
O Fábio já está cá fora ao pé da mãe.
Quando chegar a casa lancha e depois vai
fazer os trabalhos. Antes de jantar ainda há tempo para um pouco de brincadeira e no máximo às nove e meia vai
para a cama. “Ele próprio pede para
ir para a cama porque está cansado”.
Cristina Pinto
Vila Praia de Âncora
as AEC não começam a Laura divide o
tempo de escola com a natação que pratica na piscina de Vila Praia de Âncora.
A Laura frequenta o 2º ano e gosta O atraso nas atividades não preocumuito da escola. À espera dela já está pa esta mãe que considera que a esa mãe para a levar para casa. Enquanto cola é boa e funciona bem.
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JORNAL
AEC’s só arrancam
a meio do mês
As Atividades Extracurriculares ainda não arrancaram para
os alunos do 1º ciclo do concnelho de Caminha. O concurso
para admissão de professores
e técnicos que irão lecionar as
AEC está a decorrer e segundo
a presidente do Agrupamento
o processo deverá estar concluído no máximo na segunda semana de outubro.
Este ano e pela primeira vez
é o Agrupamento de Escolas
Sidónio Pais quem está a implementar as denominadas
(AEC) destinadas aos alunos
do 1º ciclo.
Trata-se de atividades lúdico-pedagógicas que são proporcionadas aos alunos depois
das aulas e que envolvem diversas áreas, nomeadamente o
inglês, música, expressão plástica e atividades físicas.
Até agora a entidade promotora dessas atividades era a Câmara de Caminha, mas o Agrupamento, por vontade própria,
chamou a si essa responsabilidade.
Maria Esteves explica que a
ideia foi assegurar que os pro-
fessores que não tivessem horário completo o pudessem ter
lecionando essas atividades.
“Este ano o Agrupamento decidiu pegar nessas atividades porque como no final do ano passado se perspectivava uma perda
de alunos acentuada, receávamos
que alguns professores ficassem sem horário completo. Se
assim fosse, esses professores
poderiam completar o seu horário trabalhando nessas atividades. Por outro lado também
pensamos que essas atividades,
que até agora eram desenvolvidas por técnicos exteriores
à escola, ao serem feitas por
professores contribuiriam para
a existência de uma melhor articulação entre essas atividades e a atividade curricular dos
alunos, funcionando melhor”.
Neste momento o processo
está em fase de desenvolvimento e vai ser aberto o concurso
para a contratação de professores e técnicos para as AEC.
“Felizmente não se concretizou o quadro que nós antevíamos em Junho e Julho, que era
a perda de um número consi-
Piscina só uma
vez por mês
As crianças do concelho de
Caminha vão poder frequentar
a piscina municipal com a escola mas apenas uma vez por
mês. A presidente do agrupamento reconhece que é pouco
“mas é melhor do que nada”.
Segundo Maria Esteves existe
um programa elaborado pela
Câmara de Caminha que aponta para que cada criança possa
usufruir daquele equipamento
pelo menos uma vez por mês.
“Como sabe a piscina é em
Vila Praia de Âncora e o nosso problema não é a piscina,
mas sim os transportes para levar as crianças até ela. A escola não tem essa capacidade. As
nossas escolas são muito dispersas o que obrigaria a uma
rede de transportes complexa
para conseguir levar os alunos
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
mais vezes à piscina. A câmara também não tem transportes
capazes de dar essa resposta e
por isso só vão poder ir uma
vez por mês”.
Maria Esteves reconhece a
importância da natação para
o desenvolvimento das crianças referindo mesmo que, “mais
do que uma questão de salubridade, é uma questão de sobrevivência dos próprios alunos”.
“Para nós é muito importante
que eles aprendam a nadar. Nós
gostávamos muito que houvesse
oportunidade para uma frequência mais regular e intensa. Uma
vez por mês é pouco mas é
melhor do que nada”.
A possibilidade das crianças
frequentarem a natação é de
resto uma das atividades mais
solicitadas pelos pais que, à
derável de alunos e por consequência a existência de horários zero. Felizmente não
temos nenhum professor nessas condições e por isso neste momento não temos professores disponíveis para as AEC
sendo necessário abrir concurso
para contratar técnicos e professores exteriores”.
Segundo Maria Esteves o processo vai agora seguir os trâmites normais e a presidente
do Agrupamento acredita que,
no máximo, na segunda semana de outubro, as AEC possam
iniciar-se.
As atividades, definidas pelas comissões pedagógicas, são
o inglês, a música, as atividades lúdico expressivas que incluem varias atividades, nomeadamente físicas e plásticas, as
ciências experimentais ligadas
às ciências naturais e física e
química.
Enquanto as AEC não iniciam os alunos que necessitarem podem permanecer na
escola até às 19 horas. “Os assistentes operacionais supervisionados pelos professores
asseguram a permanência dos
alunos cujos pais, por motivos profissionais, não os possam ir buscar mais cedo” explica Maria Esteves.
semelhança do que acontece
noutros concelhos, gostavam
de ver os seus filhos usufruírem
mais daquele equipamento que
é só um dos melhores ou mesmo o melhor do distrito.
Câmara
de Viana
proporciona
desporto a
cerca de 3 mil
alunos
A Câmara de Viana do Castelo
decidiu este ano letivo alargar a
pratica desportiva a um maior
número de alunos, e por isso
vai levar a “cultura do mar” às
crianças e jovens do concelho.
No ensino básico vai continuar a aposta no atletismo e, no
3º e 4º ano, é integrada a natação. Para os alunos do 5º, 6º
e 7º anos vão também haver
atividades náuticas.
Com este novo projeto que
abrange 75 turmas e cerca de 3
mil alunos, a câmara de Viana
vai gastar cerca de 150 mil euros.
De referir que o número de alunos que participam nas atividades
desportivas promovidas pela
autarquia triplicou em apenas
dois anos.
Prioridades…
CAMINHA
“Falta de
transportes”
não permite
mais visitas
à piscina
A Câmara Municipal de Caminha, no âmbito do desporto
escolar, tem previstas vºarias
atividades a desenvolver junto dos alunos dos pré-escolar
e 1º ciclo.
Aulas de educação física e
motricidade física, natação que
este ano se vai estender aos
alunos do 1º ciclo que assim
se juntam aos dos Jardins de
Infância, são algumas das atividades previstas.
Para além destas, Rui Teixeira, vereador responsável pelo
pelouro do desporto, diz que
no período de férias também
haverá atividade física para os
alunos.
“No verão temos as chamadas
férias desportivas com modalidades como o remo e o surf
que são apoiadas pela câmara e
que visam proporcionar aos jovens atividade física nas pausas
letivas. A novidade é que iremos estender essas atividades
às férias do Natal e da Páscoa”.
O corta-mato que se realiza
em Fevereiro é outro dos exemplos que Rui Teixeira faz questão de salientar, bem como as
ATL que nas pausas escolares
também proporcionam aulas de
educação física para os alunos.
Relativamente às AEC o vereador do desporto explica que
este ano passaram para a gestão do agrupamento que decidiu
não incluir as atividades físicas.
“Nesse sentido e à semelhança dos alunos do ensino pré-escolar, a Câmara decidiu possibilitar aos alunos do 1º ciclo a
frequência da piscina. Neste momento o que está previsto é que
possam ir uma vez por mês e se
no decorrer do ano houver possibilidades de alargar essa frequência iremos fazê-lo”.
Rui Teixeira diz que a maior
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
EB 2,3/S de Caminha
continua à espera de obras
Apesar de poucos, os cursos vocacionais que a escola conseguiu
implementar deram “excelentes”
resultados.
“No ano passado terminamos o
curso de desporto com excelentes resultados, 95% de sucesso o
que foi muito bom comparativamente à média nacional. Este ano
está a decorrer o de informática.
Mas tem sido uma grande luta junto do Ministério”.
dificuldade para levar os alunos até à piscina mais vezes é
mesmo o transporte.
“O concelho de Caminha é bastante extenso e a rede de transportes existente não é grande. A
câmara também tem algumas
carências neste setor e portanto
torna-se complicado levar mais
vezes e em horários distintos as
crianças até à piscina”, explica.
Rui Teixeira concorda que tendo Caminha um equipamento
como é a piscina de Vila Praia
de Âncora, o ideal seria que
as crianças o pudessem utilizar com mais frequência, mas
por agora só vai ser possível
uma vez por mês.
Segundo o vereador do des-
porto, fomentar a atividade física junto da população escolar
é uma das “grandes prioridades” do executivo que recentemente, a propósito da realização de mais uma edição do
grande Trail da Serra d’Arga,
efetuou palestras nas escolas.
“Com a colaboração do atleta Carlos Sá tentamos com estas palestras incentivar a prática desportiva junto dos alunos
numa área que consideramos
muito importante e que é o desporto de Natureza. O objetivo
é cativar os jovens para outro
tipo de atividades que a Câmara pretende apoiar”.
Um apoio que segundo Rui Teixeira não se fica apenas pela re-
alização dos eventos mas que
passa também pelo apoio às
associações que os promovem.
“Ao apoiarmos as associações estamos a criar condições para que os munícipes
possam usufruir das diversas
atividades”, sustenta.
O vereador admite que de
futuro o apoio ao desporto
escolar possa ser reforçado.
“Isso é possível. Numa reunião que tive recentemente
com a CIM ficou assente que
existe a possibilidade de se
efetuarem vários protocolos
com associações desportivas
através de um protocolo que
pretendemos executar e que
visa a possibilidade de se adquirirem equipamentos para
essas associações e em troca elas poderem dar apoio ao
desporto escolar”.
O protocolo em causa ainda
não foi executado e a Câmara
vai em breve começar a contatar as associações para que estas possam aderir, aproveitando assim fundos comunitários
disponíveis que irão permitir
adquirir material necessário.
“As associações terão o apoio
da câmara para acederem a
esses apoios e em troca terão
que dar apoio ao desporto escolar”, explica Rui Teixeira.
O edifício tem mais de 4 décadas
e quando foi construído não previa
que ali funcionasse o ensino secundário. Ao longo dos anos a escola
foi sofrendo sucessivas adaptações
dando assim resposta às necessidades que foram surgindo mas sempre
com muito trabalho por parte dos
docentes e não docentes.
Atualmente as instalações não
dão resposta às exigências de um
ensino que se quer igual para todos. Cobertura inadequada, quadros elétricos que não suportam
a carga, falta de aquecimento nos
dias frios de inverno, são apenas
alguns dos problemas que a escola vai tentando colmatar conforme vai podendo.
Velhos problemas de uma velha
escola que desde 2012 aguarda as
tão desejadas e prometidas obras.
Maria Esteves recorda que estava tudo encaminhado para o arranque das obras no âmbito da Parque Escolar, mas a suspensão por
parte do Governo daquele programa acabou por inviabilizar e ditar
o adiamento das mesmas.
“Já tínhamos tido várias reuniões
com as entidades competentes para
que se desse início ao projeto mas
entretanto o programa foi suspenso e só avançaram as escolas onde
as obras já se tinham iniciado, o
que não era o nosso caso”.
Apesar de suspenso o programa,
o Ministério da Educação continua
a prometer as obras, só não se sabe
é quando é que elas virão.
“Não sabemos. Todos os anos insistimos e dizemos que a escola tem
muitos problemas mas a resposta é
sempre a mesma: não há verbas”.
Maria Esteves queixa-se da atitude de alguns técnicos que visitam
a escola todos os anos para aferir do seu estado de conservação.
“Quando eles aqui chegam dizem
que a escola não parece ter 40 anos
e que está muito bem conservada.
Eu fico aborrecida porque de facto
nós vamos tentando conservar para
termos o mínimo de condições mas
depois vejo os outros que não fazem nada em escolas mais novas
do que esta e só porque têm tudo
a cair são intervencionadas. Eu já
lhes tenho dito que qualquer dia vamos deixar cair a escola aos boca-
dos para ver se eles fazem obra”.
Esta espera está a deixar desanimada a direção da escola que
lembra que quando foi projetada
e construída, a escola apenas previa o ensino básico.
“O que acontece é que ao longo
dos anos a escola foi sendo adaptada, mas a verdade é que as adaptações vão dando uma resposta mínima, mas não é de forma nenhuma a
resposta desejada nem aquela que
deve ser dada no contexto do atual sistema educativo e das exigências que são cada vez maiores”.
A presidente do Agrupamento
lembra as duas escolas secundárias existentes em Viana do Castelo que foram intervencionadas
e explica que o facto de Caminha
não ter sido só prejudica.
“Primeiro porque nós, cidadãos
de Caminha, temos tanto direito a
ter boas instalações para os nossos alunos como tem Viana, Braga, Lisboa ou outra cidade qualquer. Nós pagamos impostos como
os outros”.
O outro problema prende-se, explica Maria Esteves, com a oferta educativa. “Todos os anos nos
debatemos com muitas dificuldades para vermos aprovados alguns
cursos que vão para além do ensino regular. De facto para o ensino
regular nós temos algumas condições, não tanto como outras escolas do país, principalmente ao nível dos laboratórios, mas no que
toca a outros cursos é mais difícil”
Segundo a presidente do agrupamento a existência de cursos
profissionais é muito importante,
principalmente num meio como
o de Caminha.
“Nós vivemos numa área rural
onde a indústria é muito insipiente.
Não podemos querer que os nossos alunos sigam todos o ensino
superior e por isso há que ter vias
alternativas, nomeadamente cursos
profissionais e vocacionais. Esta
escola, pela estrutura que tem, não
está preparada para praticamente
nenhum curso profissional e isso
faz com que os alunos procurem
outros locais onde esses cursos
existem ou então, se não têm possibilidades de ir para fora, desistem de estudar”.
Uma escola
solidária
São cada vez mais os alunos e
as famílias que solicitam junto
da escola ajuda aos mais diversos níveis. Alimentação, manuais e material escolar e até roupa
são alguns dos bens que são distribuídos pela escola às famílias
carenciadas.
“A situação de algumas pessoas é muito complicada e a verdade é que não há grandes perspectivas de que as coisas venham a
melhorar a breve prazo. Por isso
temos obrigatoriamente que ser
solidários, principalmente no início do ano letivo que é muito duro
para alguns pais. Exige um esforço económico muito grande quer
para livros quer para materiais e
transportes. A escola dentro das
suas possibilidades, que não são
muitas, vai ajudando naquilo que
pode. Vamos dando livros aos alunos que não conseguem ou que
não lhes é atribuído subsídio da
ação social que é dado pelo Estado, vamos apoiando com roupa e
calçado. Fazemos o mesmo com
a alimentação através do nosso
projeto de reforço alimentar para
as crianças que sabemos que têm
carências. Para além do almoço
damos ainda a essas crianças um
lanche a meio da manhã e outro
a meio da tarde”.
As dificuldades são cada vez mais
e têm vindo a aumentar. “Nota-se
que há muitas dificuldades, principalmente ao nível dos transportes. Felizmente temos tido a ajuda da Câmara que se tem mostrado
muito sensível a estes problemas”.
Maria Esteves lembra que os transportes são assegurados até ao 9º
ano, apesar da escolaridade obrigatória ser até ao 12º.
“A verdade é que uma legislação não acompanha a outra e esses alunos só recebem os 50%
que são pagos pela câmara tendo
as famílias que suportar o resto.
Para uma família que está desempregada, por vezes sem subsídio
de desemprego ou outras ajudas,
60 euros é muito dinheiro. É por
isso que nós também vamos ajudando através das verbas que vamos conseguindo angariar através
dos nossos projetos solidários”.
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JORNAL
CAMINHA
A bancada do PSD
teceu duras críticas à
programação cultural
levada a cabo pela
Câmara durante os
meses de verão e que
o executivo socialista
apelidou de “Verão 5
Estrelas”.
Na última reunião
da Assembleia
Municipal que
decorreu na passada
sexta-feira (26 de
setermbro), Rui
Taxa, líder da bancada
social democrata,
acusou a câmara de
ter introduzido na
animação cultural de
verão 2 eventos que
considerou serem o
exemplo daquilo que
não se deve fazer.
Rui Taxa referia-se concretamente aos eventos “Viagens
à Terra Nova” e “Entre Margens”, considerando-os eventos “mal preparados, mal estruturados, mal divulgados e
mal publicitados, que depois
na prática se revelaram em
dois fracassos colossais”,
acusou.
O líder dos sociais democratas defendeu que, a continuarem, os referidos eventos deverão ser melhor pensados,
melhor publicitados e com
outra data de realização.
Rui Taxa acusou ainda o executivo de, para realizar o “Viagens à Terra Nova”, ter encurtado a “Festa do Mar e da
Sardinha” de 10 para 4 dias,
“destruindo uma festa já consolidada não só no concelho
de Caminha como em todo o
nosso litoral, prejudicando se-
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
Bancada do PSD acusa o ex
Os dois melhores evento
riamente a nossa restauração
e o nosso comércio”, atirou.
A mesma opinião manifestou em relação ao “Entre Margens”, responsável segundo
Rui Taxa pela diminuição de
dias da Feira Medieval de Caminha de 10 para 4 dias, “destruindo uma festa já consolidada no nosso concelho e
com um prestígio internacional, causando sérios e graves prejuízos para a restauração e comércio caminhense”,
acusou.
Ao atuar desta forma Rui
Taxa considera que o presidente da câmara “com um tiro
não matou dois coelhos mas
destruiu os 2 eventos principais que o concelho de Caminha tinha, e que estrategicamente se realizavam em
Caminha e Vila Praia de Âncora”.
Mas as críticas do PSD não
se ficaram pela “destruição”
dos dois eventos considerados
por aquela bancada, como “os
mais importantes para o concelho”. Segundo os sociais democratas a câmara não beneficiou com o mesmo peso e a
mesma medida, a programação de verão nas duas vilas.
“Vila Praia de Âncora ficou
prejudicada em qualidade e
quantidade”, considerou.
Rui Taxa terminou a sua intervenção referindo que aquilo que o executivo socialista
apelidou de “ano zero”, mais
não é do que “um fracasso”,
fazendo votos que para o ano
a câmara não se fique pelas
5 estrelas, mas consiga “uma
autêntica Via Láctea a iluminar-lhe as ideias e o caminho.
Para bem de Caminha”.
Outro dos eventos alvo da
crítica do PSD foi o Festival de Vilar de Mouros, “um
evento sem público, infelizmente a banhada previamente
anunciada, aconteceu”, acrescentou.
“Uma
gestão aos
solavancos”,
acusa CDU
Tal como a bancada do PSD
também a CDU fez o balanço do último verão.
Segundo o deputado comunista Celestino Ribeiro, houve “uma enorme disparidade”
na qualidade dos eventos, “e,
embora julguemos que sem intenção, a verdade é que foi em
Caminha onde a maior qualidade se fez sentir”, constatou.
Segundo a CDU “substituiuse a animação pela ocupação
dos espaços públicos, havendo hoje passeios onde a passagem de peões está impedida e
pracetas onde os volumes comerciais jazem ad aeternum”,
criticou.
Relativamente aos eventos
segundo a CDU foi visível a
grande capacidade criativa das
populações “que de forma genuína se entregaram à criação
de eventos de interesse público, infelizmente não acompanhados, em nosso entender, pela
Câmara Municipal”.
Para os comunistas o que
dantes se traduzia numa Câmara “sufocante, sobrepostamente presente em tudo e em
todo o lado, agora temos o deserto e o dilúvio, com eventos sem a presença de qualquer membro e sem qualquer
envolvimento promocional, e
outros com uma entrega total
do executivo”.
Para a CDU sentir estas diferenças “é curioso, mas é igualmente assustador porque se
percebe que afinal não houve uma perspectiva de continuidade e de afirmação de um
concelho vocacionado para fazer do verão um momento alto
do turismo local”.
A CDU considera a gestão
do atual executivo liderado
pelo socialista Miguel Alves
“uma gestão aos solavancos,
sob empurrão do interesse de
alguém que julga interessante a matéria em causa, ou a
remete para o desinteresse”,
sublinhou.
Relativamente aos dois eventos novos lançados pelo exe- Não falhou
cutivo socialista, a CDU con- o festival
siderou que se “confundiu o mas sim a sua
tempo e a história”, conside- organização
rando que a “apregoada novidade ficou muito aquém das Relativamente ao Festival de
expetativas”.
Vilar de Mouros as maiores
críticas da CDUforam para
o executivo anterior liderado pelo PSD a quem acusou de ter deixado uma herança pesada não só para o
município mas também para
a própria freguesia de Vilar
de Mouros.
“O despotismo e a autocracia meramente eleitoralista
do PSD na liderança da Câmara Municipal de Caminha
e Junta de Freguesia de Vilar
de Mouros em final de mandato, provocaram uma herança pesada para o município
e para a freguesia. No tempo a CDU afirmou a sua firme convicção que o mítico
festival de Vilar de Mouros,
pela sua história, pela sua importância enquanto evento e
pela sua projeção nacional e
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
xecutivo de ter destruído
os culturais de Caminha
organização jamais matará a
memória e a importância do
Vilar de Mouros”.
Celestino Ribeiro terminou
a alusão ao Festival de Música aconselhando os responsáveis pelo fracasso a não pedirem desculpa, “impeçam sim
que esta situação se repita e
assumam-se capazes de estar
à altura do Festival”.
Em contraponto o deputado
da CDU congratulou-se com
a afirmação do Sonic Blast,
Festival de música que se realiza anualmente em Moledo e que é organizado por
um grupo de jovens caminhenses.
Banhada
foram as
intervenções
do PSD
internacional não merecia o
mal trato a que o PSD na altura o quis submeter”.
Segundo a CDU o que falhou
não foi o festival, mas sim a
sua organização, a quem teceu também duras críticas.
“Falhou a organização por
descaracterizar o Festival, por
tornear e deambular entre promessas expectantes e realidades bem distantes. Falhou
a organização por não saber
comunicar, sem cartaz quase até ao início do festival,
com um discurso pobre e titubeante, culminando, pasme-se, com a afirmação final de que afinal apenas tinha
sido o ano zero do Festival,
num claro desrespeito pelo
passado histórico de Vilar de
Mouros”.
Para a CDU o único zero
foi mesmo a avaliação a esta
organização “escolhida pelo
PSD”, mas não o Festival que
considerou “superior a estas
organizações, cujos representantes parecem buscar nelas a
seriedade e competência que
provavelmente lhes falta”.
Relativamente ao pouco público presente no evento a
CDU considerou que não foram tantos quantos o festival
merece, “mas os suficientes
para gritar bem alto naquele recinto que a nulidade da
Às críticas e acusações da
CDU relativamente ao Festival de Vilar de Mouros juntaram-se também as do presidente do executivo. Miguel
Alves considerou ser importante refletir na repercussão das palavras que por
vezes são proferidas, referindo que falar “em banhada do festival de Vilar de
Mouros é um ataque ao bom
nome do festival e da população de Vilar de Mouros”. Miguel Alves acusou o
PSD de ter andado apregoar
um insucesso durante meses
e a esfregar as mãos para
que esse insucesso pudesse
acontecer. “Mas não tiveram
sorte. Banhada foram as diversas intervenções que os
senhores fizeram sobre essa
matéria”, atirou.
Miguel Alves destacou a mobilização de muitas pessoas
para que as coisas pudessem
correr bem e avançou com a
presença de 25 mil espetadores no evento.
“Não corresponde, como
disse o deputado Celestino
Ribeiro, àquilo que todos desejamos para Vilar de Mouros,
mas trabalhamos porque uns
quiseram o sucesso do Festival enquanto outros quiseram,
como sempre quiseram, que
Vilar de Mouros não existisse”. Miguel Alves referiase ao PSD a quem acusou de
querer acabar com o evento.
“Sempre foram contra e continuam a ser”, frisou.
Sobre os restantes eventos
que decorreram durante o verão
e independentemente das opiniões que possam existir, Miguel
Alves sublinhou o esforço do
executivo para “qualificar o
verão” e tentar “esticar” os
eventos ao maior número de
meses possível. “Pelo menos
3 meses para podermos depois catapultar todo este tempo de divulgação do concelho para os outros meses de
época baixa”.
Segundo Miguel Alves os
eventos foram planeados para
ter sucesso, para atrair pessoas e para mobilizar a economia.
“Sobretudo para atrair pessoas diferentes. Queremos
recuperar não só o turismo
residencial, como o turismo
ocasional e sobretudo os 500
habitantes que o concelho de
Caminha perdeu nos últimos
dez anos. É preciso mobilizar
essas energias”, sustentou.
Para o chefe do executivo
caminhense os eventos têm
que ser vistos de um ponto
de vista global e não apenas
numa lógica de Caminha ou
Vila Praia de Âncora. “Quando realizamos um evento em
Caminha ele vai ter repercussão em todo o concelho,
inclusive em Vila Praia de Âncora e vice versa”.
Quanto a uma possível discrepância entre o que foi feito em Caminha e Vila Praia
de Âncora Miguel Alves considera que isso não aconteceu e diz mesmo que nenhum
dos eventos que acontecia em
Vila Praia de Âncora deixou
de acontecer.
Para além dos eventos habituais o presidente lembrou
outros, nomeadamente o espetáculo de Teresa Salgueiro no
Forte da Lagarteira; o espetáculo público da Sónia Araújo
no Parque Ramos Pereira, a
realização de um Torneio de
Futebol de Praia que contou
com o apoio da Câmara; a
festa do Espadarte apoiada
pela Câmara; a Feira Agrícola, o Anselmo Ralph, entre outros.
Relativamente a Festa do
Mar e da Sardinha o autarca considerou que o evento
foi melhorado e teve até algumas novidades como foi o
facto da sardinha vendida ter
sido, toda ela, pescada pelos
pescadores de Vila Praia de
Âncora.
Quanto ao “Viagens à Terra Nova”, Miguel Alves diz
tratar-se de um evento com
tendência para crescer e se
afirmar no futuro. “E já se
afirmou no coração dos ancorenses,
principalmente
daqueles que navegaram em
terras difíceis e mares complicados, onde gente perdeu
a vida”.
Potenciar a memória de uma
terra é segundo Miguel Alves
o grande objetivo do evento e
por isso considerou que “vilipendiar” as Viagens à Terra Nova “é um erro absoluto porque é atacar também
a memória e a raiz das gentes de Vila Praia de Âncora”.
Relativamente à animação
de verão o autarca socialista
considera que é sempre possível fazer mais e melhor garantindo que as avaliações vão
ser feitas.
“Vamos avaliar mas antes
de mais é preciso dar nota
de um verão em grande, um
verão 5 estrelas que colocou
Caminha no mapa e nos roteiros culturais e de animação deste último verão. Não
há dúvidas sobre isso, basta
olhar para a imprensa e os
momentos que tanto criticam
aparecem todos e em projeção
de uma terra que se soube impôr”, rematou.
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JORNAL
“Um vazio
desesperante”
Volvido quase um ano depois
da tomada de posse do atual
executivo liderado pelo PS, o
deputado e líder de bancada do
PSD, Rui Taxa, fez no decorrer da última assembleia municipal uma espécie de balanço
deste primeiro ano de mandato.
Segundo o deputado social
democrata muito foi prometido mas muito pouco foi feito
e “após um ano de gestão autárquica socialista e aberta que
está a sua “Caixa de Pandora”,
podemos verificar que a mesma está repleta de um vazio
desesperante”, constatou.
Para o PSD o atual executivo “já teve tempo e mais do
que tempo” para apresentar
um projeto consistente para o
desenvolvimento de Caminha
“mas, como andam constantemente perdidos, não sabem
para onde vão, ainda não o fizeram”, acusam.
Rui Taxa disse estar mesmo a
considerar a hipótese de oferecer
ao executivo um GPS pois na
sua opinião o presidente “navega à vista, sem rumo certo”.
O líder da bancada aproveitou
para enumerar uma série de
problemas para os quais, na
sua opinião, o executivo socialista não tem qualquer solução
à vista.
“Não sabe o que fazer com
o assoreamento do rio Minho,
nem sabe que voltas tem que
dar para o desassorear; não sabe
como colocar o ferry a trabalhar; não é capaz de cobrar a dívida do ferry a A Guarda e não
faz a mínima noção como se
deve ligar Caminha à Galiza”.
Para Rui Taxa Miguel Alves
parece não ouvir os recados dos
comerciantes e acusa o presidente da câmara de ir para as
televisões usar palavras bonitas mas não ter um plano, um
rumo, um caminho para o desenvolvimento.
“O senhor apresenta constan-
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
temente dois discursos: Um discurso para o exterior, quando
está debaixo dos holofotes da
televisão, em que exalta o que
Caminha tem de bom, ou seja
os êxitos do anterior executivo, e outro discurso, este interno, em que continua a prometer que vai fazer e tudo o que
faz, desgraçadamente, são fracassos”.
O líder da bancada social
democrata acusa o presidente de “andar a brincar com coisas sérias ao impedir o comércio de ganhar dinheiro e de
arrancar para mais um verão
com alguma esperança de bons
negócios”.
Segundo o PSD a posição
atraente que Caminha ocupava a nível distrital está a
perder-se e lembrou que o PS
herdou um concelho com o 2º
melhor índice de compra e em
2º lugar quanto à melhor qualidade de vida da CIM.
“Pagava as suas dívidas em
80 dias. Hoje paga-as a 149
dias quando as paga, porque
está sem Fundos Disponíveis
para cabimentar despesa”.
Situação
financeira
grave
Para os sociais democratas o
concelho “está parado” mas,
mais grave do que isso, dizem,
é mesmo a situação financeira da autarquia provocada pela
atual gestão socialista.
“Agora é que o senhor não
tem dinheiro para comprar
um prego. Esbanjou 1 milhão
e meio de euros que tinha em
depósitos bancários, mais de
600 mil euros do Fundo dos
Munícipes”, acusou Rui Taxa.
O deputado social democrata perguntou a Miguel Alves
se já tinha pago os 50 mil euros que custou o concerto do
Anselmo Ralph; os 60 mil euros à empresa de segurança, 7
mil euros à senhora da limpeza
e os 2 mil euros do programa
“Semear para Colher”.
“Já pagou?”, questionou o
deputado sem no entanto ter
obtido resposta do executivo.
O líder dos sociais democratas
aproveitou para lembrar ainda o Plano Diretor Municipal
e obras prometidas pelo PS
em campanha eleitoral, dando como exemplo o novo mercado de Caminha; o viaduto de
Vila Praia de Âncora; o anfite-
VERDADEIRA Situa
da câmara É UM
atro das muralhas; o cais da rua
para os pescadores; a passagem
de nível da Travessa do Teatro e
o Cineteatro dos Bombeiros de
Vila Praia de Âncora.
A nova biblioteca de Caminha,
a ciclovia de Vila Praia de Âncora e o Mosteiro de São João
d’Arga, foram outras obras sobre as quais Rui Taxa pediu informação.
ção correta.
“Se a informação que nos dão
não é a correta, diga o senhor os valores, não alimente
polémicas e forneça os documentos que lhe são solicitados para nós podermos fazer
uma oposição correta. Se estivermos errados nós assumiremos isso. O senhor enumerou
esses concertos todos mas não
disse nem quanto custaram nem
se estavam pagos. Diga, acabe
com a polémica, estão ou não
pagos os espetáculos?”.
Apesar de desafiado Miguel
Alves não respondeu à deputada social democrata, ficando a
bancada do PSD sem saber se
efetivamente os concertos foram
ou não pagos e quanto custaram.
O pior
presidente
que Caminha
alguma vez
teve
A bancada do PSD fez questão
de lembrar Miguel Alves que ainda não começou a cumprir o que
prometeu durante a campanha
eleitoral e “aqueles que votaram
em si começam a desesperar. Já
se aperceberam que o senhor não
tem maturidade política para ser
presidente e, pior que isso, não
tem um projeto político para o
concelho de Caminha”.
Por tudo isto Rui Taxa considera
que Miguel Alves corre o risco
de se tornar no pior pre-sidente de câmara que Caminha alguma vez teve.
“Por todas estas razões, retirolhe a nossa confiança política”,
atirou.
Esta declaração final provocou
uma gargalhada na bancada socialista que, pela voz do deputado Manuel Carlos Falcão, disse
não perceber como é que o deputado Rui Taxa podia tirar uma
coisa que nunca tinha dado.
Diga quanto
custaram,
não alimente
polémicas
Às questões colocadas por Rui
Taxa relativamente às despesas tidas com eventos, nomeadamente
o concerto de Anselmo Ralph e
outros, Miguel Alves disse que o
deputado estava mal informado
em relação aos valores, já que
os mesmos não correspondiam
à realidade.
“Quem vos informou a partir
da câmara sobre esses valores
está muito enganado e portanto
têm que rever as fontes porque
os valores são completamente
distintos”, afirmou.
Perante a afirmação do presidente da câmara, Júlia Paula
Costa saiu em defesa da bancada social democrata e desafiou
Miguel Alves a dar a informa-
Apesar do PAEL, dÍvidas a
curto prazo aumentaram
7,1 milhões DEnuncia PS
O PAEL, Programa de Apoio
à Economia Local, criado para
que os municípios que a ele
recorreram pudessem regularizar o pagamento de dívidas a fornecedores vencidas
há mais de noventa dias, motivou um pedido de esclarecimento ao presidente da Câmara
de Caminha por parte do deputado socialista Manuel Carlos Falcão.
Recorde-se que Caminha foi
um dos municípios que aderiu
a este Programa em 2012, conseguindo um empréstimo de 2
milhões e 300 mil euros.
Recorrendo ao Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2013, um documento editado pelos Técnicos Oficiais
de Contas e que relata a situa-
ção financeira dos municípios,
o deputado socialista deu conta daquilo que chamou “a sua
grande preocupação”.
Segundo o documento, 68 dos
98 municípios que receberam
empréstimos ao abrigo daquele
programa apresentaram diminuição da dívida a fornecedores
de curto prazo em montante
igual ou superior ao recebido.
O mesmo documento, no parágrafo seguinte, também diz que
há, não obstante, 23 municípios
abrangidos pelo PAEL que apresentaram diminuição da dívida
a fornecedores em montante inferior ao valor do empréstimo
recebido ao abrigo do programa.
“Quer isto dizer que pagaram,
mas não pagaram tudo”.
Mas o Anuário diz também que
há ainda municípios que apesar de beneficiados pelo PAEL
continuaram a apresentar aumento da dívida aos fornecedores, apesar da amortização
efetuada com as tranches recebidas pelo PAEL.
Ao todo, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2013, são 8 os municípios
que receberam empréstimos ao
abrigo do PAEL sendo que um
dos 4 com maior crescimento
da dívida foi Caminha com 7,1
milhões de euros.
Segundo o deputado Manuel
Carlos Falcão o que o referido
documento traduz é que “a Câmara Municipal de Caminha
foi buscar 2,3 milhões de euros ao PAEL para pagar a fornecedores com dívidas vencidas
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
ação Financeira
UMA INCÓGNITA
a mais de 90 dias e, não obstante isso, aumentou a dívida
de curto prazo a fornecedores
em mais 7 milhões de euros”.
Para Manuel Carlos Falcão
esta é uma situação “muito
grave” e “extremamente preocupante” porque o anterior executivo apesar de ter recorrido ao empréstimo “não sanou
a dívida e ainda a conseguiu
aumentar em mais 7 milhões
de euros”, sublinhou.
O deputado socialista diz
que não ficou “estupefato”
pois como referiu já estava
alertado para a “difícil” situação financeira da câmara de
Caminha”.
Má tabela
para aparecer
em 1º lugar
Em resposta às dúvidas e preocupações apontadas pelo deputado socialista, o presidente da
câmara de Caminha confirmou
os dados constantes no Anuário
Financeiro dos Municípios Portugueses 2013 e lamentou que
neste caso Caminha aparecesse
a liderar o mapa de um documento que é carimbado pelo
Tribunal de Contas. “Má tabela para aparecer em primeiro
lugar”, sublinhou.
Miguel Alves considerou que
esta é uma “herança difícil
de gerir, mas vamos ter que a
gerir”, referiu.
Para o presidente da câmara
“para haver uma economia sã
no concelho de Caminha têm
que existir contas sãs e transparentes e fazer uma coisa que há
muito tempo não se faz: Tentar
fazer corresponder com realidade e com verdade as despesas com as receitas que temos
e é isso que estamos a fazer”,
garantiu.
Mas para que isso aconteça
Miguel Alves diz que é preciso tomar decisões e cortar nas
despesas.
“É isso que temos feito. As dívidas a terceiros que eram a 31
de Dezembro de 2013 de 18.2
milhões, são agora de 66.9 milhões. Diminuímos as dívidas
aos bancos, em 10 meses, em
5% e a dívida de fornecedores
de imobilizado, desceu 319%
e os custos com fornecimentos externos diminuíram 23%”.
Miguel Alves diz ainda que
houve “uma descida generalizada, de acordo com os valores do 1º semestre, em prati-
camente todas as rubricas de
fornecimentos.
Segundo o presidente da Câmara “este é um esforço que é
uma obrigação fazer e é um
esforço que tem tudo a ver com
o inverso de tudo aquilo que
aqui foi dito por quem não teve
a visão e o discernimento para
perceber o que é uma estratégia”, acusou.
PSD adverte:
“Câmara à beira da
bancarrota técnica”
Um cenário
montado
Um cenário montado com palavras eloquentes, foi como a
deputada Júlia Paula classificou a intervenção do deputado
Manuel Carlos Falcão
“Todos percebemos muito bem
a estratégia que está combinada, eu também já estive desse
lado e sei muito bem como as
coisas se fazem. Os senhores
não fizeram nada de novo e
até escolheram bem o sítio: o
Teatro Valadares que se presta
a este tipo de representações.”
A deputada social democrata acusou o deputado Manuel
Falcão de fazer um “estenderete” com a sua intervenção e
lembrou que quando recorreu
ao PAEL foi apenas para pagar
faturas de água. “Não pagamos
a fornecedores, pagamos a um
fornecedor que foi as Águas
do Minho e Lima”.
Para Júlia Paula Costa não vale
a pena o partido socialista andar a “enganar-se” a si próprio.
“Não é a nós que vocês têm
que dizer isso. O que as pessoas sabem é que com a nossa câmara recebiam a tempo e
horas e agora não recebem. O
que as pessoas sabem lá fora
é que a qualidade dos eventos não foi aquela que vocês
prometeram”.
A deputada social democrata
acusou ainda o PS de passar o
tempo a rebuscar no passado.
“São vocês que rebuscam no
passado porque não têm nada
para rebuscar no presente e por
isso constroem estas situações
dramática em termos financeiros
para que um dia destes possam
pedir um qualquer resgate financeiro”, atirou.
Júlia Paula Costa terminou a
sua intervenção aconselhando
o presidente da câmara a não
esgaravatar no passado. “Construa o presente com os olhos
no futuro. Não somos nós que
o enganamos mas sim as pessoas que o rodeiam”, rematou.
A situação financeira da
autarquia caminhense dominou a última reunião da
assembleia municipal com
PS e o PSD a esgrimirem
diferentes pontos de vista
em relação às mesmas.
Por um lado o PS diz que
finalmente as contas estão a
começar a ficar controladas
e que no primeiro semestre
até conseguiram poupar 1,2
milhões de euros, por outro
o PSD diz que o PS poupou
porque não paga aos seus
fornecedores, nem cabimenta toda a despesa, como é
obrigação legal.
Para o PSD, ao contrário do
que o PS quer fazer passar, as
contas não estão controladas,
referindo mesmo que a dívida da Câmara de Caminha
cresce de uma forma “desesperante desde o primeiro dia, fruto de uma política despesista, demagógica
e irracional”, acusam.
Segundo a bancada social democrata só de junho
a setembro a câmara quase
duplicou a dívida. De 1 milhão e 800 mil, passou para
3 milhões.
“Em dois meses o senhor
deu-se ao luxo de quase duplicar a sua dívida”.
O PSD acusa também o executivo liderado por Miguel Alves
de “sonegar” e “esconder” informação para que não se saiba
onde é gasto o dinheiro.
“Demagógico” é como os sociais democratas classificam o
discurso do presidente da câmara acerca da situação financeira do município.
“Diz que não tem dinheiro para
o passeio dos idosos, mas paga
9.600 euros à Sónia Araújo. Diz
que não tem dinheiro para transferir para as Juntas de Freguesia, mas tem 50 mil euros para
pagar ao Anselmo Ralph”.
Relativamente à informação
avançada pela câmara no sítio
do município (ver caixa) onde
se diz que economizou 1 milhão e 200 mil euros, Rui Taxa
diz que é pura “demagogia”.
“Na informação financeira que
distribuiu a esta Assembleia Municipal é visível que a sua dívida cresce exponencialmente,
mais de um milhão de euros”,
sublinha.
“Sem qualquer obra a decorrer”, o PSD considera que o aumento da dívida de curto prazo em cerca de 1 milhão e 300
mil euros “evidencia um total
descontrolo”.
“Se a estes 3 meses, acrescentarmos as prestações dos
serviços já feitos e que o
senhor não cabimentou, não
requisitou e ainda não faturou, mas que vai ter que
pagar porque os serviços estão prestados, então o desastre, o descontrolo, para
além da ilegalidade, são evidentes”, acrescenta.
Por tudo isto o PSD considera que o atual executivo “caminha para o abismo, está neste momento em
bancarrota técnica”, remata.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
FOTOS : MIRO CERQUEIRA
CAMINHA
Grande
Trail da
Serra
d’Arga
André Rodrigues
volta a vencer
Ultra Trail
O atleta André Rodrigues foi o
grande vencedor da 4ª edição do
Grande Trail da Serra d’Arga,
na prova de Ultra Trail, numa
distância de 53 quilómetros.
O evento desportivo, que é
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já uma referência a nível nacional e internacional, reuniu
este ano mais de dois mil atletas distribuídos pelas diversas
provas, nomeadamente o Trail
curto (20 quilómetros) , o Trail
Longo (33 quilómetros) e o Ultra Trail (53 quilómetros).
Depois de uma época cheia de
percalços e alguns azares que
se traduziram em lesões, André Rodrigues, atleta do Vidi-
galense, voltou a Caminha para
revalidar o título que já tinha
conquistado na edição anterior.
A prova foi dura e difícil de
gerir. Maior do que no ano passado, André Rodrigues completou o percurso em 5 horas
e 9 minutos.
“Correu bem, tive sorte. A
distância era maior, a primeira parte foi bastante mais rápida e a segunda muito dura.
Foi uma prova difícil de gerir
e acabei já bastante cansado.
Se tivesse mais alguns quilómetros para correr ia ser bastante complicado”.
André Rodrigues considera o
Grande Trail da Serra d’Arga
“uma prova fantástica onde
nada falha”.
“Os atletas que aqui vêm só
têm que preocupar-se em correr
porque a organização trata do
resto. É excelente, é das pro-
vas que eu mais gosto, é top”.
Depois do Grande Trail da Serra d’Arga este atleta vai continuar a treinar para entrar em
2015 com objetivos mais altos.
“2014 correu um bocado mal.
Acabei bem, mas o resto do
ano foi um bocado difícil para
mim”, revela.
Na categoria de femininos
a vitória foi para a atleta do
Desnível Positivo Ester Alves
que terminou a prova em 5 horas
e 58 minutos.
Depois de um boa classificação na prova de Mont Blanc,
onde conquistou o 8º Lugar, a
atleta portuense veio a Caminha
conquistar o primeiro lugar do
pódio numa prova que de fácil
não tem nada.
“É uma serra com muita rocha, muita subida em força, com
poucas partes corriveis e por
isso muito exigente”.
Depois de no ano passado ter
desistido a meio, vencer a prova este ano foi “sem dúvida
uma alegria extra”, desabafa.
Ester Alves explica que em
relação ao ano passado vinha
com outra preparação e outros conhecimentos.
Relativamente aos resultados
alcançados na prova de Mont
Blanc, a atleta considerou o
8º lugar conseguido “uma boa
classificação” possível graças a
um grande trabalho com a sua
equipa e com o próprio Carlos Sá, também ele atleta do
“Desnível Positivo”.
“Quando se trabalha com os
melhores, a motivação para
fazer mais e melhor também
é maior”.
Depois do Grande Trail da
Serra d’Arga a atleta vai ficar
a aguardar possíveis patrocinadores para poder participar
JORNAL
DESPORTOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
tas Carlos Sá, ao nosso técnico
Pedro Fernandes, a todos os
voluntários, às juntas de freguesia que ajudaram na limpeza dos trilhos, aos bombeiros
e a todos quantos colaboraram
na realização deste evento”.
imo grande desafio de Carlos
Sá. “Trata-se de uma prova de
300 quilómetros em que vou
ter que fugir das onças e de
toda aquela bicharada porque
a selva é de facto implacável”.
Náutico de
Ponte de Lima
conquista 2º
lugar no Trail
Depois de alguns receios pro- Longo
Um grande
sucesso
noutras provas. “O mundo do
Trail acaba por ter custos elevados com inscrições e viagens e
a época de 2015 vai depender
muito dos patrocínios que possam aparecer. Neste momento ainda não está nada definido”, revela.
Gerir a prova até aos 33 quilómetros é, segundo Ester Alves, o
grande desafio desta Ultra. “Depois dos 33 quilómetros encontramos uma subida, o chamado
Cerquido, que é muito exigente.
Estamos a falar de uma subida
muito íngreme, sempre em pedra. Sobrevivendo a essa parte da prova depois o resto fazse, embora com muitas dores”.
Em termos de organização
a atleta não tem dúvidas em
classificar a prova como uma
das melhores. “É uma prova
de referência a nível nacional
e internacional que se compro-
va pelo número de inscrições. O crescimento do Grande Trail
Estão mais de duas mil pessoas da Serra d’Arga é uma realidade
num local longe dos grandes que se traduz no número de incentros”.
scrições que, das1300 registadas em 2013, ultrapassaram este
Um balanço
ano as 2000.
“Eu próprio me inscrevi e tentei
excelente
participar mas a verdade é que
Rui Teixeira, vereador respon- não consegui acabar a prova. É
sável pelo pelouro do despor- muito duro”.
to da Câmara de Caminha, não A câmara não tem dúvidas quanesconde a “dureza” que é orga- to à importância do evento e ganizar um evento desta natureza. rante que o Grande Trail é para
“Estamos a falar de um evento continuar. “Vamos continuar a
com uma certa complexidade apostar nesta prova porque se inem que é necessário acautelar sere naquilo que queremos para o
uma série de situações que vão futuro do desporto no concelho.
desde as refeições à limpeza e Esperemos que o Carlos Sá conmarcação de circuitos, passan- tinue connosco por muito tempo”.
do pelos voluntários, seguran- O balanço é portanto “exça, ambulâncias, etc.
celente” e Rui Teixeira
Estamos a falar de um even- aproveitou para agradecer a
to que é organizado por 3 mu- todos quantos tornaram posnicípios e que felizmente correu sível a realização desta promuito bem. Até o tempo ajudou”. va. “Queria agradecer ao atle-
vocados por sucessivos alertas
amarelos, as piores previsões
climatéricas não se confirmaram e o Grande Trail da Serra
d’Arga decorreu sem qualquer
percalço. Este foi o primeiro
aspeto que Carlos Sá, o grande
mentor desta prova, fez questão
de salientar.
Mas a grande festa do Trail
não se fez apenas por causa do
bom tempo, Carlos Sá diz que os
verdadeiros protagonistas, depois dos atletas, foram as pessoas que se deslocaram à serra, “o público que acorreu em
massa para incentivar, apoiar
e aplaudir os mais de dois mil
atletas que vieram correr à serra d’Arga”.
Depois de conquistados os atletas Carlos Sá diz que o desafio que se seguia também foi
ganho, ou seja, a conquista do
público.
Segundo o organizador tudo
decorreu como previsto, “sem
incidentes e quando assim é,
tudo está bem”, sublinha.
Com o crescimento do evento crescem também as responsabilidades, algo que Carlos
Sá diz não assustar quando se
tem 250 voluntários a ajudar.
“Por um lado é fácil porque há
um grande empenho das pessoas que ajudam nesta prova
que já consideram sua.No entanto tem as suas dificuldades
porque são muitas horas a trabalhar para que chegada a altura tudo esteja a postos”.
Por tudo isto o balanço “é
mais do que positivo” . Carlos Sá diz mesmo que “é muito difícil fazer melhor”.
Como é hábito o maior ultramaratonista português não participou nesta prova mas dentro
de dias Carlos Sá parte para o
Brasil onde vai disputar a “Jungle Marathon”.
“Gostava muito de um dia
poder correr estes 50 quilómetros com os meus amigos
mas este é o dia de eu trabalhar para eles. Para correr em
provas que outros colegas também organizam tenho o resto
no ano todo e por isso hoje eu
estou do outro lado”.
Cinco dias a correr em plena
selva da Amazónia é o próx-
Fernando Pimenta, atleta
olímpico na modalidade de
canoagem, também marcou
presença nesta 4ª edição do
Grande Trail da Serra d’Arga.
Em declarações ao Jornal C,
o canoísta explicou que a sua
participação nesta prova teve
como principal objetivo o treino físico.
“Nunca tinha corrido 33 quilómetros no meio do monte, a
subir e a descer e foi uma experiência muito boa”.
Fernando Pimenta participou
integrado na equipa do Náutico de Ponte de Lima que re-
centemente formou uma equipa de trail.
“A equipa só tem um mês mas
já conseguimos alguns resultados, nomeadamente o 2º lugar
por equipas nos 33 quilómetros do Grande Trail da serra
d’Arga.
Em termos desportivos e no
que à canoagem diz respeito,
Fernando Pimenta faz um balanço “muito positivo” da época.
“Consegui bons resultados,
consegui obter boas marcas e
isso deixa-me boas perspectivas para o futuro”.
O Mundial de 2015 é agora
o grande objetivo de Fernando Pimenta e o atleta já está a
treinar para conseguir um bom
resultado.
“É um mundial muito importante, é das provas mais importantes do nosso calendário
olímpico. É nele que tudo se
decide”, explica.
Depois da montanha Fernando
Pimenta regressa ao rio para
começar a treinar mais afincadamente para o Mundial 2015.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
Associação
Mobilitas lança
campanha
Para ajudar nos
tratamentos
do Ricardo
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Chama-se Ricardo Esteves,
tem 6 anos e é natural de Viana do Castelo.
Tem um olhar vivaço, um sorriso contagiante e uma força que
vai muito para além dos seus
parcos 6 anos de idade.
De um parto difícil, com muitas complicações, resultaram em
lesões que provocaram no pequeno Ricardo problemas de mobilidade.
Com necessidade de recorrer
a tratamentos regulares e muito
dispendiosos, a mãe do Ricardo, ajudada pelas educadoras
da “Academia dos Pimpolhos”a creche e infantário de Viana que o pequeno frequentou
- e pela Associação Mobilitas,
decidiu pôr mãos à obra e lançar uma campanha cujo objetivo é angariar fundos para que
o Ricardo possa ter acesso a
mais tratamentos e a material
necessário que o ajude a ultrapassar as dificuldades motoras.
Patrícia Alves é uma “mãe coragem” que nos últimos anos
não tem poupado esforços para
proporcionar ao filho os melhores tratamentos. Uma batalha
que já dura há seis anos e que
está ainda longe de chegar ao
fim. Mas Patrícia não desiste de
lutar para que no futuro o filho
possa ser autónomo e consiga
movimentar-se sozinho sem ter
que recorrer ao andarilho, por
enquanto o seu grande aliado.
Mas vamos à história do Ricardo que a mãe faz questão
de partilhar.
“O Ricardo nasceu através
de uma cesariana de urgência
porque tinha 3 voltas do cordão
o que provocou uma asfixia neonatal. Na altura não se sabia muito bem se iria ou não ficar com
alguma sequela e a opção foi
esperar que fi-zesse um ano e ir
vendo a sua evolução. Quando
completou um ano foi submetido a uma ressonância magnética que efetivamente revelou
que o Ricardo tinha uma Leucomalácia Periventricular, ou seja
uma paralisia cerebral que lhe
afeta a área motora”, explica.
Ao contrário das outras crianças da sua idade, o Ricardo
demonstrava dificuldades em
segurar a cabeça, em gatinhar
e sentar.
“Às vezes eu dava por mim a
seguir as outras mães nos supermercados que levavam os
bebés nos carrinhos para ver
o que eles faziam e para comparar com o que o Ricardo fazia”, conta.
Com o passar do tempo foi
conseguindo ultrapassar algumas dessas dificuldades sendo que neste momento o seu
JORNAL
DISTRITOVIANA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
maior problema é o controle
da marcha.
“Ele não consegue caminhar
sem o auxilio do andarilho e
inicialmente nem com o andarilho”.
Esse grande aliado que o ajuda
a movimentar-se de uma lado
para o outro desde os dois anos
de idade, veio dos Estados Unidos e foi através dele que o Ricardo começou a perceber o que
era a marcha.
Equipamentos e terapias muito caras às quais o sistema nacional de saúde não consegue
ou demora muito tempo a dar
resposta, têm obrigado os pais
do Ricardo a um esforço financeiro muito grande. O pai já teve
inclusive que emigrar para Angola para conseguir proporcionar ao filho as terapias de que
ele necessita.
Desde que o problema do Ricardo foi diagnosticado, os pais
não têm parado de pesquisar e
procurar as melhores terapias
para o filho. Depois de muito
procurar, de muito viajar, inclu-
sive a Cuba, foi em Espinho que
encontraram o tratamento mais
adequado para o rpoblema do
Ricardo. Tratamentos que são
caros e que por isso não podem ser feitos com a regularidade desejável.
Para que isso possa acontecer surgiu a ideia de lançar uma
campanha de recolha de tampinhas de embalagens que, depois de vendidas, irão reverter
a favor dos tratamentos. A esta
campanha juntou-se também a
“Academia dos Pimpolhos”, o
jardim de Infância que o Ricardo frequentou até há bem pouco tempo e ainda a Associação
Mobilitas, uma Associação com
sede em Viana do Castelo que
presta apoio a pessoas com mobilidade reduzida.
Mobilitas
apoia
pessoas com
mobilidade
reduzida
Jorge Pereira é o rosto des-
ta associação formada há pouco mais de 3 meses. Depois de
ter sofrido um acidente a fazer
surf, este professor de educação físicia foi obrigado a aprender tudo de novo. Depois de
vários meses confinado a uma
cama de hospital em que o único
movimento que conseguia fazer era piscar os olhos, o Jorge
conseguiu recuperar alguns dos
movimentos mas sabe que há
coisas que nunca mais vai poder fazer.
A incapacidade não o fez baixar os braços e um dos objetivos ao formar esta associação
é, como o próprio explica, provar que mesmo com mobilidade
reduzida é possível pôr as pessoas a mexer.
A inclusão é a palavra de ordem e por isso, na hora de ajudar o Ricardo, a Mobilitas não
hesitou.
“Esta não é a primeira campanha que desenvolvemos e
quando a Patrícia nos contatou
a pedir ajuda dissemos logo que
sim. O passo seguinte foi definir
que tipo de campanha iriamos
fazer por forma a sensibilizarmos as pessoas para esta causa.
Decidimos optar pela recolha
das tampinhas, uma campanha
que já lançamos e que vai decorrer até ao final do ano. Trata-se
de uma campanha de 3 meses
que está a ser divulgada em diversas plataformas, nomeadamente nas redes sociais, rádios
e jornais”.
Para incentivar as pessoas a
recolherem o maior número de
tampas possível, a campanha
prevê a atribuição de vários prémios como explicou ao Jornal
C Jorge Pereira.
“É fácil. As pessoas só têm
que juntar as tampinhas e entregá-las nos locais de recolha
que serão posteriormente divulgados nas redes sociais”.
Neste momento já existem dois
locais de recolha que são a Academia dos Pimpolhos e a Loja
Viana Cycles, junto à denominada torre do liceu em Viana
do Castelo.
“No final de cada mês a pessoa que entregar mais tampinhas
ganha um prémio simbólico que
podem ser vouchers de uma noite
nos hotéis Axis, vouchers de
jantares para duas pessoas no
Restaurante “Tasquinha da Linda”, pulseiras “Cabo de Mar”,
tratamentos de beleza no Instituto Carla Vieira e ainda casacos e blusões da marca X Life”.
Os prémios serão atribuídos
por esta ordem e pretendem motivar e divulgar esta iniciativa.
“Temos uma grande expetativa
em relação a esta campanha e
esperamos ter o maior sucesso.
O Ricardo merece muito e acreditamos que vai correr bem”.
E como é que estas tampinhas
se vão depois transformar em
tratamentos e equipamentos para
o Ricardo?
Patrícia Alves explica que
neste momento estão a tentar
que a Resulima, uma empresa
de resíduos de Viana do Castelo, fique com as tampinhas a
troco de um valor económico.
“Nós não queremos que o dinheiro que resulte da venda das
tampinhas nos seja entregue, o
que nós queremos é que esse
valor seja creditado na conta
da clinica onde o Ricardo faz
os tratamentos. Neste momento
ainda estamos a aguardar uma
resposta por parte da Resulima. Gostávamos que aceitassem porque como é uma empresa de Viana, era mais fácil para
nós fazermos chegar as tampinhas, que esperamos cheguem
às toneladas, e assim conseguirmos financiar os tratamentos intensivos de terapia que o Ricardo necessita”.
Para além dos tratamentos que
recebe em Espinho e que têm
tido muito bons resultados, o
Ricardo é submetido a fisioterapia diária em Viana do Castelo.
Para que os tratamentos possam ser mais intensivos o Ricardo precisa da ajuda de todos
e por isso a Mobilitas lança o
desafio a todos para que, num
gesto simples, não deitem fora
as tampinhas de plástico das garrafas de água, detergentes, pasta dos dentes, etc.
“Juntem-nas e depois façam
as chegar até nós para que possamos ajudar. Hoje é o Ricardo, amanhã não sabemos quem
poderá ser”.
Ivone, educadora do Ricardo,
não esconde “um certo receio
inicial” quando soube que o Ricardo iria frequentar a “Academia dos Pimpolhos”. Ficaram
apreensivos porque não sabiam
o que os iria esperar. Mas o receio inicial depressa se desvaneceu quando perceberam que o
Ricardo era um menino normal,
igual a todos os outros.
“O Ricardo sempre conseguiu
acompanhar muito bem as atividades quer dentro quer fora da
sala, nunca tivermos qualquer
problema em relação a isso. A
única limitação foi mesmo na
parte física e aí, de facto, ele
não conseguia acompanhar os
outros meninos. Só com a ajuda de um adulto e mais tarde
com o andarilho é que o Ricardo
começou a participar nas atividades”, explica.
Por parte dos colegas o Ricardo
nunca foi discriminado garante a educadora Ivone. “A verdade é que os colegas sempre
olharam para o Ricardo da mesma forma que olhavam para os
outros meninos porque cresceram todos juntos. Eles estão juntos desde o berçário e por isso
o Ricardo era mais um colega
como os outros. E foi interessante verificar a atitude protetora e até de entreajuda que os colegas sempre tiveram para com
o Ricardo, apesar de estarmos
a falar de crianças”.
A integração é segundo a mãe
do Ricardo extremamente importante para crianças com este
tipo de problema e dentro das
suas limitações ele tem feito de
tudo um pouco. “Desde o surf
à patinagem, passando belo andebol e pelo basquete o Ricardo tem experimentado de tudo
um pouco. Faz como consegue, cai magoa o joelho, não faz
mal, os outros também caem e
também se magoam. A integração é fundamental para que eles
próprios não se sintam diferentes”, explica.
Inicialmente
tivemos algum
receio
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JORNAL
DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
ARCOS DE VALDEVEZ
CAMINHA
PAREDES DE COURA
I Simpósio Internacional
de Escultura do Minho
Durante 17 dias, seis artistas
de renome internacional trabalharam ao vivo pedras de grandes dimensões transformandoas em valiosas obras de arte. O
I Simpósio Internacional de Escultura do Minho, organizado
pelos Concelhos de Cerveira e
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Tominho, no âmbito da Carta
da Amizade, pretendeu ser um
espaço de experiência e liberdade criativa e proporcionar um
momento íntimo entre artistas
e comunidade em geral.
De 12 e 28 de setembro, o espaço contíguo à Fortaleza de
Goián, Tominho, com uma bela
paisagem sobre Vila Nova de
Cerveira através do rio Minho,
foi cenário de um evento singular de escultura ao ar livre, convidando as populações a interagir mais estreitamente.Num
ambiente de culto à natureza,
os seis escultores selecionados
trabalharam as suas criações artísticas para, no final, ficarem
três obras para os espaços públicos de Vila Nova de Cerveira e outras três para o Concelho de Tominho.
Unidos por um acordo transfronteiriço, Vila Nova de Cerveira, ‘Vila das Artes’, e Tominho, ‘Terra de Artistas’, lançaram
o desafio para um projeto comum que unifique e identifique as populações destes dois
Concelhos como amantes das
artes e da escultura. Destacando um projeto repleto de novidades, a alcaldeza de Tominho,
Sandra Gonzalez, considera que
este evento homenageia os escultores e a arte da escultura e
que será consolidado nas próximas edições, autenticando o
lema de que Tominho é ‘Terra
de Artistas’, “mantendo viva a
chama da arte no concelho porque vai alimentar a criatividade do futuro”.
Para o autarca de Vila Nova
de Cerveira este evento vem estreitar ainda mais a cooperação
entre estes dois municípios ribeirinhos e reforçar o pacto de
amizade consubstanciado no dia
11 de junho de 2014, através
da Carta da Amizade. Fernando Nogueira sublinhou que este
I Simpósio Internacional de Escultura do Minho insere-se no
conceito reconhecido além-fronteiras de Vila Nova de Cerveira
como ‘Vila das Artes’, contribuindo para potenciar a promoção da atratividade artística, ao
mesmo tempo que enriquece os
espaços públicos municipais.
Tendo como mentor o escultor de Tominho Nando Álvarez que passa grande parte do
seu trabalho a desenvolver simpósios de escultura na Europa,
Ásia e América, o I Simpósio
Internacional de Escultura do
Minho mobilizou seis escultores oriundos da Bielorrússia,
Taiwan, Itália, EUA, México,
e Portugal, por pensarem a escultura em pedra hoje e explorarem as suas qualidades,
abrindo-lhe novas fronteiras,
não se confinando à tradição,
mas procurando novos caminhos de presente e futuro.
As obras que resultaram deste I Simpósio Internacional de
Escultura podem agora ser admiradas no Jardim de Chagny,
em frente ao edofício da Câmara Municipal
PONTE DA BARCA
PONTE DE LIMA
EB/S de Cerveira
coloca estudantes
nas melhores
Universidades do país
O bom resultado obtido no ensino secundário permitiu aos alunos da Escola Básica e Secundária de Vila
Nova de Cerveira (EB/S Cerveira) o acesso aos cursos
ambicionados nas universidades de referência do país.
Autarquia e Direção reconhecem o trabalho dos alunos e empenho e profissionalismo dos docentes. Universidade do Minho, do Porto, de Coimbra, de Lisboa,
Trás-os-Montes e Alto Douro e do Algarve, o Instituto
Politécnico de Viana do Castelo, Porto e de Coimbra
acolheram os jovens cerveirenses, em cursos como Direito, Medicina, Ciências Biomédicas, Engenharia Informática, Engenharia e Gestão Industrial, Enfermagem
e Biologia. A Direção deste estabelecimento de ensino
confirma que, na primeira fase de colocação, a estatística é bastante positiva, com 91 por cento dos alunos a
terem colocação no curso pretendido do ensino superior. Perante estes resultados, a Câmara Municipal de
Vila Nova de Cerveira felicita toda a comunidade educativa envolvida neste processo. “A consolidação do
percurso pedagógico reflete-se num valor acrescentado
ao mercado de trabalho, proporcionando a estes jovens
o desenvolvimento de aptidões inovadoras e competitivas e que podem culminar em estratégias empresariais
e industriais no concelho”. O Agrupamento de Escolas
de Vila Nova de Cerveira realça que a Sessão Solene de
Atribuição de Diplomas do Ensino Secundário, agendada para o dia 10 de outubro, pelas 21h00, não representará apenas o reconhecimento do trabalho dos alunos,
mas também o empenho, dedicação e profissionalismo
de todos os profissionais da educação.
‘Amigos de Cerveira
em Newark’ reúnemse em festa solidária
a 26 de outubro
Ao longo de três décadas, os cerveirenses residentes
em Newark, Estados Unidos da América, têm organizado um convívio anual com o objetivo de angariar donativos para apoiar instituições da sua terra natal. Este
ano, o encontro decorre a 26 de outubro, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de
Cerveira, Fernando Nogueira.
Esta tradição de cariz solidário é impulsionada pelo
empresário João Loureiro e conta com a colaboração
de dedicados cerveirenses e muitos amigos de Cerveira
que, todos os anos, angariam verbas significativas distribuídas pelas mais diversas coletividades concelhias.
O local escolhido para o almoço/convívio deste ano
é o Salão Cristal – Restaurante Ibéria, um espaço amplo para acolher centenas de pessoas, à semelhança dos
anos anteriores.
A iniciativa proporciona um momento de confraternização já reconhecido pela comunidade local, sendo
mesmo considerado uma das mais conseguidas festas
de angariação de fundos realizadas pela comunidade
portuguesa naquela cidade norte-americana.
JORNAL
DISTRITO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
MELGAÇO
MONÇÃO
VALENÇA
VIANA DO CASTELO
VILA NOVA DE CERVEIRA
Viana distinguida com
bandeira verde
“Município ECOXXI 2014”
Viana do Castelo vai hastear
a bandeira verde do “Município ECOXXI 2014”, galardão
que reconhece o bom desempenho ambiental do município
em prol do desenvolvimento
sustentável. A distinção, promovida pela Associação Bandeira Azul da Europa, pretende reconhecer municípios que
se destaquem em políticas de
sustentabilidade e foi entregue
na passada sexta-feira.
Ao todo, foram atribuídas 32
bandeiras verdes a nível nacional, um símbolo semelhante à
bandeira azul das praias, sendo
o resultado de uma candidatura
onde constaram informações
diversas avaliadas por uma comissão representada por mais
de trinta instituições diversas.
Inspirado nos princípios subjacentes à Agenda 21, o Projeto
ECOXXI procura reconhecer
as boas práticas de sustentabilidade desenvolvidas ao nível
do município, valorizando um
conjunto de aspetos considerados fundamentais à construção do Desenvolvimento Sustentável, alicerçados em dois
pilares: a educação no sentido
da sustentabilidade; e a qualidade ambiental.
Composto por 21 indicadores
de sustentabilidade local, este
Programa pretende avaliar a
prestação dos municípios em
torno de alguns temas considerados chave: Educação Ambiental para o Desenvolvimento
Sustentável; Sociedade Civil;
Instituições; Conservação da
Natureza; Ar; Água; Energia;
Resíduos; Mobilidade; Ruído;
Agricultura; Turismo e Ordenamento do Território.
Câmara de Viana reduz
taxas nos equipamentos
desportivos municipais
A Câmara Municipal de Viana
do Castelo aprovou a redução
de taxas enquanto incentivo à
prática desportiva nos seus equipamentos desportivos. Em cau-
sa estão reduções de taxas nas
áreas de aprendizagem e formação, treino de competição
e ainda de utilização dos equipamentos por clubes e associa-
associação desenvolva em melhores condições um das suas
maiores apostas: a formação de
jovens músicos.
A Banda Musical Velha de Barroselas é a mais antiga associação cultural de Barroselas e do
concelho de Viana do Castelo
e foi classificada como Pessoa
Coletiva de Utilidade Pública
por despacho governamental em
19 de Dezembro de 2008. Nos
últimos anos, graças a um lote
de músicos jovens e competentes da Banda que frequentaram
a Escola Superiores e Conservatórios de Música do país, imprimiram uma nova dinâmica
à escola de música da Banda,
procurando captar novos valores, aceitando alunos com idade
a partir dos seis anos, quer venham ou não a integrar o elenco da Banda.
Antiga Escola de Sião beneficiada
acolhe Banda Velha de Barroselas
A antiga escola primária de Sião,
em Barroselas, vai ser alvo de
uma empreitada de recuperação
e adaptação para acolher as instalações da Banda Velha de Barroselas. A empreitada foi consignada pelo Presidente da Câmara
Municipal de Viana do Castelo e
dotará o espaço de condições adequadas para a formação musical.
A empreitada de “Recuperação
e Adaptação da Antiga Escola
Primária de Sião” foi consignada pelo valor de 149 mil euros e
permitirá melhorar as condições
da antiga escola, desativada há
vários anos e a acolher de forma precária esta entidade.
Assim, no ano em que a Banda Velha de Barroselas assinada
150 anos de existência, a autarquia avança para a qualificação
do espaço que lhe serve de sede,
sendo que a grande aposta está
na formação musical, pelo que
as salas serão também adaptadas
para apoio do ensino da música de forma a permitir que esta
ções concelhias.
A medida tem em conta a atual conjuntura socio económica,
que tem penalizado os clubes e
associações desportivas. Uma
vez que as taxas de utilização de
equipamentos desportivos são
um elemento de corresponsabilização entre associações e município, foi aprovada a redução
nas taxas de 30% das áreas de
aprendizagem/formação e treino de competição para 50%, e
a implementação de redução
em 50% das taxas de utilização
dos equipamentos desportivos
municipais por clubes e associações desportivas do concelho, na área de competição, na
utilização dos pavilhões desportivos municipais.
Com as reduções das taxas de
utilização dos pavilhões municipais, a Câmara Municipal
pretende incentivar a prática desportiva e estilos de vida mais
ativos e saudáveis, sendo que
a Câmara Municipal tem também vindo a desenvolver uma
política de apoio às coletividades desportivas com vista a
fomentar a prática desportiva
em especial da juventude.
De sublinhar que, para além
dos apoios regulares, apoios
a eventos e obras, também
nas taxas de utilização dos
espaços desportivos municipais, o Município implementou uma redução de 30% da
taxa de utilização para clubes
/associações com atividades
de aprendizagem, formação
e competição.
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JORNAL
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O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
Equipa de Futsal do Âncora
Praia quer ganhar tudo
Campeonato distrital arranca este fim-de-semana
A recém criada secção de futsal do Âncora Praia Futebol
Clube vai disputar, no próximo dia 4 de Outubro (sábado), o primeiro jogo da época
frente ao Vila Nova de Anha.
Esta jovem equipa, formada há
pouco mais de 4 meses, terá
que enfrentar, ao longo da época que agora se inicia, 9 equipas com experiência na modalidade. Mas isso é algo que
não os assusta porque sabem
o que valem.
Confiantes no seu potencial e
valor, a equipa de futsal do Âncora Praia diz estar preparada
para “ganhar tudo o que houver para ganhar”.
A garantia é dada por dois dos
fundadores da secção, Rui Pestana e Francisco Amorim que,
em declarações ao Jornal C, explicam o que têm sido estes últimos 4 meses de trabalho para
conseguir organizar esta nova
secção do Âncora Praia. Uma
tarefa que não tem sido fácil
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e só possível graças ao apoio
da comunidade.
A realização de alguns eventos foi uma das formas encontradas pela direção da secção
de futsal para conseguir angariar as verbas necessárias para
o arranque da modalidade cujo
orçamento estimado ronda os
12 mil euros anuais.
“Organizamos uma série de
eventos durante o Verão, nomeadamente um arraial onde
aproveitamos para homenagear
alguns atletas já falecidos e também antigos atletas. Realizamos
também alguns convívios que
nos permitiram angariar fundos para conseguirmos comprar o material necessário para
o arranque da época”, explica.
Com as verbas entretanto angariadas, a direção da secção
de Futsal já conseguiu comprar
algum material para os atletas,
nomeadamente equipamento e
bolas. “Ainda nos falta os fatos de treino mas por enquan-
to já temos o necessário para
arrancar”.
Mas as despesas da secção
não se resumem a equipamento
e material, há ainda que contar com os jogos que também
acarretam despesa, nomeadamente as arbitragens e segurança quando se trata de desafios em casa.
“É por isso que vamos continuar a realizar algumas atividades.
A próxima será em parceria com
uma empresa do concelho, a
MinhaVentura, que irá patrocinar uma descida do rio Coura
em que o valor das inscrições
reverte a favor da secção de
futsal”.
Com a “casa bem arrumada”
e preparados para o arranque,
as atenções estão agora viradas para o próximo dia 4 de
Outubro, dia em que a equipa de futsal do Âncora Praia
enfrenta o seu primeiro rival,
o Vila Nova de Anha.
O jogo é em casa e terá lugar
no Pavilhão Desportivo de Vila
Praia de Âncora a partir das
18 horas. Confiança é coisa
que não falta e a meta é ganhar tudo o que houver para
ganhar, ou seja, a Taça e o
Campeonato.
Confiantes na equipa, os dirigentes falam na excelente qualidade dos atletas, no espírito
de grupo e na amizade e união
quer dos dirigentes quer dos
atletas, na sua maioria do concelho de Caminha.
“Neste momento o plantel é
composto por cerca de 18 elementos na sua maioria atletas
do concelho. Cerca de 12 são
de cá. Essa foi de resto uma
das nossas grandes preocupações quando avançamos com
este projeto. Queríamos sentir
o apoio e o calor da comunidade e pensamos que apos-tar
em atletas locais seria a melhor solução”, explicam.
Os dirigentes destacam ainda
o “amor à camisola” dos atle-
tas. “Ninguém ganha dinheiro. Nós não temos condições
para pagar até porque estamos
a começar e há que fazer outros investimentos”.
A pensar no futuro, a secção
de Futsal do Âncora Praia está
neste momento a formar uma
equipa júnior e por isso convida todos os jovens interessados, com idades entre os 15
e os 18 anos, a passarem pelo
pavilhão e a experimentarem
a modalidade.
A apresentação da equipa
de Futsal do Âncora Praia
teve lugar no passado dia 20
de Setembro com um jogo
amigável com o Nogueiró,
uma equipa do distrito de Braga que na época anterior foi
campeã invicta no campeonato
distrital. O Âncora Praia perdeu por 3 a 5 mas Francisco
Amorim lembra que enfrentaram uma equipa “rodada” a
competir há vários anos num
campeonato “um pouco mais
forte” do que o do distrito de
Viana do Castelo.
As expetativas para a época que arranca amanhã são
grandes e “vencer” é a palavra de ordem.
“Temos consciência do nosso
valor e sabemos que com trabalho podemos alcançar bons
resultados”.
E o que são bons resultados?
Rui Pestana diz que é ganhar tudo o que há para ganhar.
“Queremos a dobradinha, ou
seja, o Campeonato e a Taça.
Temos consciência de que estamos a colocar a fasquia muito alta mas também sabemos o
valor que temos. Vamos devagar, jogo a jogo”.
Com uma página no facebook
que ainda não tem quatro meses, o Futsal do Âncora Praia
já ultrapassou os mil gosto.
“Isto pode não ser muito importante mas para nós dá-nos
uma grande força para continuarmos a trabalhar”.
O Âncora Praia joga manhã
e por isso estão todos convidados a assistir ao jogo com
entrada gratuita. “O apoio das
pessoas é fundamental e por
isso lanço o desafio a todos os
que gostam desta modalidade
para virem amanhã ao Pavilhão de Vila Praia de Âncora
apoiar a equipa do concelho”
JORNAL
DESPORTOCERVEIRA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
PUB.
tiAGo mAiA vence viii
triAtlo dA AmizAde
tiago Maia, do sport Lisboa e
Benfica, foi o vencedor absoluto do VIII triatlo da Amizade,
que decorreu este domingo, entre cerveira-tominho. Graças
à vitória dos atletas portugueses, o troféu da Amizade, que
estava em disputa, fica a cargo do Município de Vila Nova
de cerveira, pelo segundo ano
consecutivo, e até à próxima
edição, em 2015. prova contou com a participação de cerca de 150 atletas portugueses e
espanhóis.?o vencedor conclui
as três etapas com um tempo
de 1:11:50. o pódio dos vencedores absolutos fica concluído
com o segundo lugar para Fabian Ubeira Vidal do triatlón
Motorbike pontevedra e a terceira posição para rui Dolores
do Amiciclo Grandola. Na categoria absoluta feminina, rita
María Lopes alcançou o primeiro lugar, seguida de sofía Brites e priscila suárez Mendez.
Numa organização conjunta da
câmara Municipal de Vila Nova
de cerveira e do concelho de
tominho, em colaboração com
as federações de triatlo portuguesa e galega, o VIII triatlo
da Amizade decorreu com toda
a normalidade, com um grande entusiamo pelo circuito demonstrado pelos atletas federados e não federados, como pela
forte afluência de pessoas junto
ao cais do rio Minho para assistir e felicitar os participantes. Na entrega de prémios às
diferentes categorias – Absoluta Masculinos, Absoluta Femininos, Equipas Masculinos,
Escalões Masculinos, Escalões
Femininos, Estafetas Absoluta
-, estiveram presentes o Vicepresidente da câmara Municipal de Vila Nova de cerveira e
a Vereadora da cultura, Vitor
costa e Aurora Viães, o presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de cerveira,
Vitor Nelson torres, a alcadeza de tominho e a vereadora
da cultura, sandra Gonzalez e
cristina Martinez, bem como
os representantes das duas federações de triatlo. perfeitamente consolidado na modalidade,
o triatlo da Amizade regressa
em 2015, para assinalar a IX
edição, de uma iniciativa desportiva que faz eco em todo o
território português e galego. A
prova teve início às 15h00 na
praia castelinho de Vila Nova
de cerveira, onde os atletas ti-
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veram que nadar 750 metros até
chegar à primeira zona de transição situada na praia de Goián,
no Espaço Fortaleza. os atletas continuaram com a prova
de bicicleta que percorreu as
imediações do Espaço Fortaleza, com uma distância total de
quase 20 kms. para finalizar, os
participantes chegaram a Vila
Nova de cerveira atravessando a ponte da Amizade ainda
em Btt, para dar início à última etapa da prova, o atletismo,
com uma distância de 5 kms.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
Sugestões para
sair de casa
FOTOS : MIGUEL ESTIMA
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Normalmente o mês de Outubro é mais calmo no que
toca a eventos culturais. Depois da folia dos meses quentes de verão, outubro é um
mês de recolhimento para as
salas de espectáculo que recomeçam as suas actividades. Neste início do mês as
propostas que lhe apresentamos vão do jazz à electrónica, passando pelo pop/fusão.
Assim e para começar da
melhor forma esta sexta-feira, 03 de Outubro, os canadianos Sam Roberts Band
vêm a Vigo à sala La Iguana
para apresentar o seu ultimo
trabalho Lo-Fantasy gravado em Espanha com o produtor Martin Glover. Este
é o quinto álbum de originais, contudo o primeiro a
ser fortemente recebido pela
crítica e pelo público. Um
disco que mistura várias sonoridades, sendo muito ec-
lético, desde o rock, passando pela soul ou mesmo
alguma sonoridades mais
tribais. Tudo numa mistura que se torna fascinante
redescobrir a cada audição
do álbum. O inicio do concerto está agendado para as
23h (hora local).
No sábado seguinte, 11 de
Outubro, a proposta passa
por Wadada Leo Smith em
formato duo, acompanhado
ao piano por Anthony Davis.
O concerto com inicio marcado para as 21h30 irá decorrer no Grande Auditório
da Casa das Artes de Famalicão. O autor do mundialmente aclamado “Occupy
the World” do ano passado e
do surpreendente “Sonic Rivers” em parelha com John
Zorn, George Lewis e Tzadik. O trompetista e compositor nasceu no Mississippi
em 1941 e 30 anos depois
lançou o seu álbum de estreia. O primeiro, de cerca de 50, entre discos em
nome próprio ou de participação em trabalhos conjunto com alguns dos maiores
talentos do Jazz contemporâneo. O seu virtuosismo e
protagonismo no Jazz avantgarde conferem a Wadada
Leo Smith um estatuto de
lenda viva do Jazz.
Ainda para dia 11 de Outubro a jovem Ana Miró, mais
conhecida por Sequin estará
no Café Concerto do Centro
Cultural Vila Flor em Guimarães. Sequin é o projecto
a solo de Ana Miró, cuja voz
reconhecemos pela sua colaboração com Óscar Silva
em Jibóia. O projecto nasceu no início de 2013, dando-se a conhecer em Maio,
com o lançamento do single
de estreia, “Beijing”, que
inundou as rádios nacionais.
As suas músicas carregam
uma espécie de orientalidade electro pop, embalada pela voz doce e envolvente, pelos ritmos quentes
e pelas ambiências antagónicas que a artista vai criando,
num misto de festa e nostalgia. Tendo passado por vários palcos em todo o país,
destaca-se a sua presença
em festivais como Milhões
de Festa, Vodafone Mexefest e Futuroscope em Itália. O seu álbum de estreia,
“Penelope”, produzido por
Moullinex, editado em Abril
deste ano, tem recebido as
melhores críticas por parte
do público e da crítica especializada.
26. Agricultura. Pesca. Caça.
Integradas no setor primário
das atividades económicas
humanas, a agricultura,
a pesca e a caça, as duas
primeiras como modo de
ganhar a vida para muitas
pessoas, a terceira como
ocupação dos tempos livres,
lazer e desporto, (embora,
em todas as situações,
produzindo, também,
riqueza) constituem, apesar
das respetivas características,
atividades que no espaço
territorial dos Concelhos,
proporcionam trabalho
a centenas de pessoas e
alguma qualidade de vida.
E se na perspetiva de
garantir uma subsistência
condigna, a quem vive,
exclusivamente da
agricultura, a situação seja
de muito pouco conforto
financeiro, porquanto
ainda se continua a
trabalhar o minifúndio, com
práticas ancestrais, cuja
produtividade, por unidade
de superfície cultivada é: em
geral, muito baixa, nalguns
casos, de nítido prejuízo,
nem chegando, sequer, a
ser uma agricultura de
subsistência, outro tanto
se verifica, eventualmente
com menos dramatismo,
com a pesca profissional,
que se desenvolve na
costa marítima e, em parte
significativa, nos rios. Por sua
vez a caça, como atividade
económica primária,
que também remonta à
antiguidade, proporciona
prazer aos seus praticantes
e gera receitas significativas
para os cofres públicos,
indústria do armamento e
artefactos, seguradoras e
restauração, entre outras.
Em muitos concelhos,
aquelas atividades primárias
ainda têm forte expressão
e algum dinamismo, pese
embora e no que respeita
à agricultura e atividades
a montante e jusante
(agropecuária e afins)
problemas de escoamento
dos produtos tradicionais e
específicos de cada aldeia,
sendo evidente alguma
dificuldade, por parte das
entidades competentes, em
proporcionarem melhores
condições para estas
atividades, em especial no
que se refere à qualificação
dos produtos e a estimular a
juventude para a agricultura
e pesca, parecendo não
serem suficientes os apoios
JORNAL
OPINIÃO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
Diamantino
Bártolo
PODER LOCAL
DEMOCRÁTICO
servir ao consumidor, o que
é a primeira das finalidades
da produção; e 2) o lucro
ou/a sobra existente depois
de pagos todos os custos
(…) E como a Empresa é um
bem público e social, ela tem
obrigatoriamente, a finalidade
financeiros e de formação,
via do emparcelamento das
mesmas, a que se somaria
de uma promoção social
respetivamente para a
pequenas propriedades.
a criação de postos de
(…)» (SARTORI 1990: 46-47).
lavoura e para a pesca.
O conceito de propriedade trabalho permanentes e a
As autarquias locais,
O mundo rural só
privada e a sua importância
instituição, a médio prazo,
encabeçadas e/ou
não está deserto porque
na valorização do
de mais Escolas Profissionais coordenadas pelas
os “seniores” ainda vão
património individual é
Agrícolas, por exemplo,
Câmaras Municipais,
trabalhando parte da terra
muito forte, e ainda bem: «A mesmo existindo já algumas, principalmente as que se
e alguma juventude, com a
propriedade privada é uma
tudo isto entre outras
inserem em municípios
crise de desemprego que
condição e uma garantia
iniciativas e correspondentes rurais, têm um grande papel
se vive, volta-se um pouco
da dignidade da pessoa
benefícios.
a desempenhar: quer na
para a agricultura, até com
humana. Quem não possui
A dinamização da agricultura melhoria da agricultura; quer
muita alegria e vontade
nada está obrigado a viver
regional, com todas as suas
na dignificação dos seus
de aprender o suficiente
na situação de um mantido, especialidades – vinicultura, munícipes agricultores, para
para obterem os melhores
sem aquela independência
fruticultura, horticultura,
o que o estabelecimento
resultados. É preciso investir económica que é garantia de cultura cerealífera,
de parcerias com as Juntas
nos apoios e incentivos
liberdade e dignidade. (…)
principalmente do milho
de Freguesia, associações
à agricultura, sem dúvida
A propriedade privada é
e centeio, produção da
e representantes dos
alguma.
necessária como estímulo de batata, entre outras,
pequenos proprietários e
Idêntica reflexão aqui se
produção. Se não existisse
constitui um projeto que
agricultores e o respetivo
deixa no que se reporta
este incentivo não haveria na deveria ser analisado e
Departamento Agrícola,
às pescas: artesanal, local
sociedade aquela abundância desenvolvido, obviamente
a nível do distrito, poderá
e costeira; e também às
de meios necessários para a com a participação
ser uma primeira grande
pescas profissional, do largo perfeição e desenvolvimento dos coproprietários e
medida a tomar pelos
e longínqua, porque estas
da vida humana. (…) Como produtores agrícolas, suas
executivos camarários
modalidades proporcionam
exigência da natureza do
associações, Departamentos e, simultaneamente, para
milhares de postos de
homem. O melhor meio
Regionais do Ministério da
reanimar um pouco o
trabalho para sustentar
que nos forneceu nossa
Agricultura e Autarquias
setor, apoiar a realização
centenas de famílias e
razão para lograr o destino
Locais, com jurisdição nas
de feiras e exposições
abastecer todo um mercado universal dos bens foi a
áreas onde se viessem a
agrícolas, nas praças e
de consumo, cada vez mais
propriedade privada.»
implementar as empresas
mercados municipais, pelo
carenciado e exigente destes (GALACHE, GINER &
agrícolas.
menos mensalmente, sem
produtos.
ARANZADI, 1969: 262-63). A constituição de empresas custos nem encargos, nem
Naturalmente que é
A existência, manutenção
agrícolas, pela via das
quaisquer taxas, derramas
necessário valorizar,
e valorização da pequena
cooperativas, recorrendo
ou impostos para os
modernizar e dignificar
propriedade privada é,
ao emparcelamento, sem
agricultores.
estas atividades e os
portanto, a condição
perda da posse privada da
Um outro setor
respetivos profissionais,
fundamental para, a partir
propriedade, permitiria
que igualmente vem
porque elas constituem
desta mentalidade, se
reforçar a boa imagem e,
atravessando alguma crise
modos de vida para
desenvolverem formas de
principalmente, o estatuto
é a pesca profissional, seja
milhares de pessoas, fonte
cooperação que permitam
sócio-económico e
marítima ou fluvial. Aqui, os
de receitas e a manutenção
rentabilizar e, justamente,
profissional dos agricultores, problemas são diferentes,
de uma alimentação de alta
valorizar o minifúndio
independentemente
porque algum esgotamento
qualidade para a população. nortenho. O problema
da dimensão das suas
dos recursos piscícolas
O agricultor e o pescador são poderá, então, ser resolvido propriedades e dos
estão a surgir, eventualmente
parte integrante do sistema
com a constituição de
produtos nelas obtidos.
com a provável extinção
produtivo do país e, nesse
cooperativas agrícolas,
Poder-se-iam constituir
de algumas espécies, com
sentido, é justo que se lhes
onde os cooperantes
verdadeiras empresas
destaque para o salmão e o
reconheça o estatuto sócioentram com a sua quota,
comunitárias, onde a
sável de alguns rios, que não
económico que lhes é devido. não necessariamente em
dignificação do trabalho, a
surgem com a abundância
A agricultura no Minho,
dinheiro, mas com metros
rentabilização do capital (na de outros tempos. No mar,
por exemplo, em regra, não
quadrados de terreno
circunstância, as pequenas
outras espécies também
será lucrativa na perspetiva
agrícola, correspondentes
propriedades emparceladas) vão escasseando, como a
empresarial, porque o
à soma das áreas das
e a qualidade dos bens e
pescada, o badejo, a dourada,
tipo de propriedade,
propriedades que destina à
serviços produzidos, fossem o bacalhau, etc.
tradicionalmente, enquadra- empresa, cuja gestão ficaria
marcas da modernização
A escassez de certas
se no minifúndio, o que
a cargo dos órgãos diretivos da própria agricultura,
espécies, naturalmente, terá
impede, seguramente,
eleitos pelos cooperantes.
considerando importante
na sua origem, o crescente
o recurso à maquinaria
Uma solução desta natureza que a: «Imediata e
esforço de pesca que nos
mais avançada e,
traria, no curto prazo,
prioritariamente produção
últimos vinte a vinte e cinco
consequentemente, redução imensas vantagens para
de bens e serviços é o
anos se tem feito sentir,
nos custos de produção,
o aumento e qualidade
fim de qualquer empresa.
pese, embora, a legislação
desde logo, em mão-deda produção, preços
Os fins económicos são
ter vindo a ser atualizada e
obra, situação que se agrava, mais acessíveis, maiores
realmente a inspiração
a conformar-se (tal como na
por alguns preconceitos,
rendimentos com menos
primeira da criação da
agricultura) com as diretrizes
quanto às vantagens da
trabalho para os donos das
empresa económica. (…)
comunitárias, no sentido
constituição de cooperativas terras afetadas à cooperativa esta mesma produção tem
de racionalizar as capturas,
agrícolas de produção, pela
agrícola e valorização das
um duplo objetivo: 1) O
através da imposição do
TAC (Total de Captura
Autorizada) para cada país
comunitário e ainda da PAC
(Política Agrícola Comum),
respetivamente na pesca e
na agricultura.
Muito embora a
liberdade do exercício de
profissão seja um direito
constitucional e conste,
indiscutivelmente, da
Declaração Universal dos
Direitos Humanos, a verdade
é que um estudo mais
profundo, sob as condições
em que o exercício da
profissão de pescador se
deve realizar, de forma mais
rentável e segura, se impõe
como uma primeira medida
a tomar.
Algumas medidas devem ser
tomadas e/ou reconsideradas:
conceder maiores apoios
na formação, aquisição dos
equipamentos e apetrechos
de pesca, incluindo,
obviamente, embarcações
melhor aparelhadas em todos
os sentidos: tecnicamente
e ao nível da segurança de
pessoas e bens; estabelecer
a diferença entre o pescador
profissional a tempo
inteiro e em exclusividade
e o pescador que apenas
exerce a atividade como
complemento a salários por
vezes muito baixos, fixar
apoios monetários suficientes
para os períodos de defeso e
reformas condignas.
O setor piscatório
profissional, desempenha
um importante papel, não
só na economia nacional
e local, como na qualidade
da alimentação humana e,
com estes pressupostos,
que são verdadeiros, tornase urgente implementar
medidas que, dentro
do possível, alterem,
naturalmente a médio
prazo, certos preconceitos,
alimentados pelo
individualismo profissional,
sendo aqui, tal como na
agricultura, indispensável
tentar a estruturação do
setor, pela constituição de
pequenas empresas de pesca,
do tipo cooperativa, em que
os profissionais, mantendo
a propriedade das suas
embarcações, equipamentos
e apetrechos de pesca, se
associariam e estabeleceriam
as condições de
funcionamento, especificação
e quantificação de categorias,
salários e divisão de lucros.
Neste setor tão importante,
quanto fundamental para
a sociedade, as autarquias
locais, especialmente
aquelas que têm populações
piscatórias, obviamente
que, querendo os seus
responsáveis, terão uma
intervenção essencial, não só
na valorização e dignificação
destes profissionais, como
também nos apoios diversos
de que carecem.
Por outro lado, deve-se,
também, proporcionarlhes, em parceria com
os Departamentos da
Administração Central
específicos, concretamente:
melhores condições de
trabalho, com relevância
para a segurança das
embarcações, pessoas e
bens; salvamento marítimo;
modernização e formação;
portos de abrigo e
fundeadouros adequados;
canais de navegação, fozes
e barras desassoreados e
seguros; estabelecimento de
bases, em locais estratégicos,
onde possam estacionar
meios aéreos e navais para
busca e salvamento; melhor
assistência na velhice,
são algumas medidas que
as Câmaras Municipais
ribeirinhas podem (e devem)
estimular, intercedendo
junto do Poder Central
e com este colaborando,
ouvindo sempre os
principais interessados, os
pescadores verdadeiramente
profissionais, afinal os que
se dedicam exclusivamente
à pesca e nesta atividade
garantem a sua subsistência
e de seus familiares e
contribuem para a melhoria
da economia nacional e boa
alimentação da população.
Bibliografia
CARNEGIE, Dale & ASSOCIADOS,
(1978).Administrando Através das Pessoas.
Trad. Ivan Zanoni Hausen. Rio de Janeiro:
Biblioteca do Exército – Editora
CARVALHO, Maria do Carmo Nacif de,
(2007). Gestão de Pessoas. 2ª Reimpressão.
Rio de Janeiro: SENAC Nacional
GALACHE – GINER – ARANZADI,
(1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São
Paulo: Edições Loyola
SARTORI, Luís Maria, (1990).
Quando a Empresa se Torna
Comunitária. Aparecida SP:
Editora Santuário
TOLEDO, Flávio de, (1986).
Recursos Humanos, crise e
mudanças. 2ª Ed. São Paulo:
Atlas
TORRE, Della, (1983). O
Homem e a Sociedade. Uma
Introdução à Sociologia. 11ª
Edição. São Paulo: Companhia
Editora Nacional
|23
JORNAL
mAis de metAde
dos portuGueses
quer perder peso
depois do verão
Em portugal, a obesidade atinge um milhão de adultos e 3,5
milhões são pré-obesos. por
isso, fazer dieta e perder peso
são objetivos muito comuns,
sobretudo depois de um período de excessos como as férias.
Um estudo internacional de
2011, da AcNielsen, revela que
este é um objetivo de mais de
metade dos portugueses (53%).
segundo o inquérito, levado
a cabo em 56 países, mais de
três quartos das pessoas que
querem perder peso (78%) admitem mudar os seus hábitos
alimentares e fazer dieta para
atingir este objetivo.
No entanto, mais difícil do que
começar a dieta é mantê-la: a
falta de resultados, de estímulo, ou a perceção de que fazer
dieta é fazer refeições “aborrecidas” estão na origem de grande parte dos abandonos de regimes alimentares saudáveis.
por outro lado, existem poucas alternativas para as pessoas com obesidade ou excesso
de peso. os tratamentos mais
comuns são a dieta hipocalórica, que é demorada, e a cirurgia bariátrica, que deve restringir-se a casos de obesidade
muito excecionais.
para resolver esta questão torna-se fundamental encontrar
métodos alternativos, eficazes
e seguros que ajudem as pessoas com excesso de peso e
obesos a perder peso de forma
consistente e a manter a perda
de peso alcançada.
Um destes métodos alternativos é a Dieta proteinada, dieta cetogénica, normoproteica
e baixa em gorduras, que se
baseia no controlo rigoroso da
quantidade e qualidade de proteínas ingeridas pelo paciente.
Desta forma, consegue-se que
o corpo entre em cetose controlada, o que permite alcançar uma perda gradual de peso
graças à gordura, preservando
a massa muscular.
doençAs reumáticAs
AfetAm mAis de
metAde dA populAção
portuGuesA
cerca de metade da população afetada nem sequer sabe
que tem a doença
A conclusão é do primeiro estudo nacional sobre o tema que
revela que 56% dos portugueses sofrem de pelo menos uma
doença reumática.
A investigação da sociedade
portuguesa de reumatologia,
e financiada pela Direção-geral de saúde, conclui ainda que
as doenças reumáticas são as
patologias crónicas que mais
prejudicam a qualidade de vida
da população nacional.
cerca de metade da população afetada nem sequer sabe
que tem uma das 12 doenças
reumáticas.
Jaime Branco, o investigador
que coordenou o estudo, reve-
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SAÚDE
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
la que “as pessoas apresentam
queixas, mas não sabem identificar a causa dos sintomas. Quando questionadas não mencionam
que têm este tipo de doenças”.
Há sintomas que as pessoas
não atribuem a estas doenças
crónicas que afetam, de forma
contínua, articulações, músculos ou ossos. Alguns outros inquiridos pensam que são, apenas, um sinal de cansaço, ou
excesso de esforço.
Jaime Branco explica que isto
se deve ao facto “de muitas destas doenças serem silenciosas.
É o caso da osteoporose. As
pessoas só descobrem quando
têm uma fratura. com as artroses acontece o mesmo. Numa
fase precoce, a doença não é
identificada”.
estudo revelA
efeitos neGAtivos
dA perdA AuditivA
nA personAlidAde
dos idosos
sABiA que
o consumo
moderAdo de
chocolAte AjudA
A proteGer o
seu corAção?
presbiacusia, perda auditiva relacionada com o
envelhecimento, manifesta-se a partir dos 50 anos
Uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de
psicologia da Universidade de Gothenburg, na suécia, acaba de revelar que a perda auditiva nos idosos afeta diretamente a sua personalidade e qualidade
de vida relacionada com situações sociais, existindo
uma redução a nível da extroversão.
os resultados provaram que, embora a estabilidade
emocional se mantivesse constante, os idosos passaram a ser menos extrovertidos, sendo que de todos os fatores estudados (deficiência física, cognitiva, dificuldade em encontrar atividades sociais na
velhice), esta mudança apenas se associava à perda
auditiva, que pode levar, assim, ao desenvolvimento de uma nova personalidade.
A investigação envolveu 400 indivíduos com idades compreendidas entre os 80 e 90 anos, estudados
por um período de seis anos: de dois em dois anos
era avaliada a capacidade mental, física e aspetos
da personalidade (como a extroversão e estabilidade emocional) de cada um dos idosos.
“No âmbito do Dia Internacional do Idoso, queremos voltar a reforçar que a perda de audição já não
tem de ser um obstáculo físico ou psicológico se for
tratado atempadamente. Este estudo vem demonstrar
que quando tal não acontece, este problema de saúde representa uma ameaça ao bem-estar de todos os
idosos, dificultando assim o envelhecimento ativo e
uma saúde em pleno”, refere pedro paiva, audiologista da Minisom.
“Neste dia, nunca é demais reforçar a importância
dos rastreios regulares à saúde auditiva, que a partir dos 40 anos devem ser realizados anualmente. só
assim é possível prevenir problemas futuros ou, no
caso de pessoas que já sofram com o problema, optar pelo tratamento adequado, como por exemplo a
utilização de aparelhos auditivos cada vez mais invisíveis, tecnológicos e adaptados às necessidades
específicas de cada um”, acrescenta.
Uma porção entre os
25 e os 40 gramas, ou seja, até
dois quadradinhos de
chocolate preto, todos os
dias, contribuem para o bom
funcionamento do sistema cardiovascular.
Ainda não está 100% convencido? para que não restem dúvidas, o estudo desenvolvido
pela Federação das sociedades
Americanas para Biologia Experimental (FAsEB) comprova que o chocolate faz mesmo
bem ao coração.
os resultados demonstram que
o consumo diário de chocolate
preto ajuda a diminuir a pressão arterial e contribui para a
redução do colesterol LDL (o
mau colesterol).
que os glóbulos brancos
se alojem nas
paredes dos vasos
sanguíneos e se transformem em células acumuladoras de gordura – sendo este
um dos principais responsáveis
pelo desenvolvimento da aterosclerose.
As doenças cardiovasculares
são a principal causa de morte na população portuguesa e
resultam da exposição a fatores de risco como o sedentarismo, o tabaco, a obesidade, a
hipertensão arterial e o stress.
Uma alimentação equilibrada
é fundamental para reduzir os
fatores de risco e atuar na prevenção das doenças cardiovasculares.
se gosta de chocolate pode
agora consumi-lo de forma
ArtÉriAs
moderada, e sem sentimento
de culpa. para além do sabor
flexíveis
irresistível, e de proporcionar
o chocolate preto é um for- uma sensação de bem-estar, o
te aliado para restaurar a flexi- chocolate preto detém um pobilidade das artérias e impedir deroso efeito cardio-protetor.
PUB.
A presbiacusia, perda auditiva relacionada com o
envelhecimento, tem tendência a manifestar-se a partir dos 50 anos. os últimos dados apontam para que
60% da população nacional com mais de 65 anos venha a padecer desta complicação até 2015.
Estima-se ainda que, em média, o tempo entre o
aparecimento dos primeiros sintomas e a decisão de
procurar ajuda especializada ronda os sete anos sendo muito importante realizar exames auditivos regulares para evitar que problemas sejam detetados tarde demais e acabem por se alastrar à saúde em geral.
Casa de petiscos | Gelataria | Creparia
Praça Conselheiro Silva Torres . 4910 Caminha
[email protected]
JORNAL
HISTÓRIA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
do cemitério
medieval de santa
maria de vila mou,
restavam, até
há pouco tempo
cinco sepulturas.
Apareceram também
no referido lugar do
burguete. uma delas
foi destruída ainda
em 1981 quando se
procedeu a aterros
naquele sítio. Além
disso conhecem-se
três sarcófagos de
grandes dimensões
e sem labores.
naturalmente estas
sepulturas devem
ter pertencido ao
mosteiro, embora
depois tivessem sido
utilizadas várias
vezes, como era
normal.
c) aposentos
dação do Mosteiro de são salvador da torre, tantas vezes
cidato, diz que paio Vermudes
construiu um “lugar sagrado”
“…et sicul domus illius et omnibus ornatos eius”. Naturalmente que, sem a sua construção nem o material de que era
feito, apresentavam o cuidado e o labor da igreja de que
falamos.
se de facto nele habitavam v
árias classes de pessoas,
como o documento afirma,
não restam dúvidas acerca da
existência de aposentos. contudo, e difícil distinguir, entre
o material, elementos arquitetônicos que tenham feito parte
do ser arcabouço. Frei ordonho é testemunha da sua ruína.
Apesar de tudo, as duas colunas citadas devem ter feito parte de alguma parcela do
Mosteiro.
d) adega
o documento Dela resta um peso de lagar
da fun- encontrado a cerca de 1,50m
de profundidade, no leito da
linha férrea do Vale do Lima,
cuja abertura foi realizada
no começo da década de
trinta, mas nunca chegou a ver os trilhos e
as carruagens.
A adega ficava um
pouco a nascente
do cemitério.
A fundAção do
mosteiro visiGÓtico
de sAntA mAriA de vilA
mou e A reorGAnizAção
dA terrA dA vinhA
(sÉc. ix)
por: manuel António
fernandes moreira
ta pavimento de pedra e muros laterais bem trabalhados.
o povo guarda a tradição de
que se trata de um “mina do
tempo dos Mouros”.
f) Estruturas defensivas
As nove pedras, talhadas em
forma de merlões, isto é, de
quadrados apontados, aparecidas no monte de Enxudres,
durante o ano transato, quando se procedia a obras de terraplanamento para construção
de uma moradia, devem ter
sido feitas para fazer parte de
alguma fortaleza medieval.
por outro lado, segundo revela o documento da fundação do Mosteiro da torre, este
tomou a designação referida
devida à circunstância de ter
sido erguido junto de uma torre pré-existente. Dela, ainda
hoje, existem os alicerces e várias pedras aparelhadas. Esta
torre ficava dentro dos subúrbios do Mosteiro de Vla Mou
e a sua posição era estratégica e privilegiada. Na verdade, do alto dela era possível
dominar o rio, desde Lanheses até cardielos proteger o
porto medieval do esteiro e
inspecionar a estrada que já
vinha da época romana e que
ligava Bracara Augusta à foz
do rio Minho, passando pela
zona mineira da serra d’Arga.
e) Mina de 1.2. Significado histórico
água
da fundação do Mosteiro
de Vila Mou
A água era indispensável ao A presúria das terras de riba
funcionamento de Lima, por paio Vermudes
do convento. e outros condes galegos, seus
Junto, ela apare- companheiros, foi utilizada por
ce em abundância, ruy de Azevedo para defenbrotando de várias der a tese do Ermamento esfontes, ainda hoje, em tratégico, de que era acérrimo
funcionamento.
entusiasta. Não vamos trataEm pleno monte da ci- ra deste assunto, já muito gasvidade, um pouco a nordeste to e hoje praticamente resoldo lugar onde apareceram os vido, pelo menos no que diz
vestígios lapidares do Mosteiro, respeito ao território nacional.
existe uma mina, que apresen- Neste nosso trabalho inte-
ressa-nos fundamentalmente
chamar a atenção para dois
pontos que julgamos importantes para estudo da história
da arte pré-românica do norte do país e do aparecimento
das instituições eclesiásticas
modernas.
pouco profundos e estilizados dos capitéis.
Decoração figurativa incipiente da chamada “pedra do cavalo”. Do exposto resulta que já
temos alguns elementos, sobretudo, decorativos e estruturais das igrejas românicas,
faltando certamente outros que
a) O Mosteiro de Vila Mou mais tarde haviam de surgir
e a arte pré-românica
por evolução das próprias raízes e de influência estranha.
como ficou dito acima, o
Mosteiro de Vila Mou foi er- b) a origem do padroado
guido na segunda parte do séc. das igrejas e a fundação do
IX. Deste modo, teria sido um Mosteiro de Vila Mou.
dos primeiros a ser fundado
em território nacional, após o o Mosteiro de Vila Mou apainício da reconquista cristã. rece numa altura em que espor outo lado, sabemos que tão a forjar-se as instituições
a sua construção foi dirigida eclesiásticas da reconquista:
por presores vindos do norte paróquias e mosteiros. tratada península, ima altura em se de um assunto pouco estuque a arte asturiana atingia o dado. Qualquer notícia revesseu auge, Daí o enorme in- te-se de grande importância.
teresse suscitado por estes A respeito da formação do
achados. contudo, a falta de quadro paroquial da reconelementos para classificar o quista o documento da fundatipo de arcos e cobertura uti- ção do Mosteiro de Vila Mou
lizados, bem como a impos- é muito parco em referencias.
sibilidade, que existe, de re- De facto, nele apenas se fala
construir a planta do Mosteiro, de duas paróquias: s. Miguel
impede-nos de levar mais lon- de perre e Vila Mediana. A
ge as conclusões e resultados respeito da primeira não tecientíficos.
mos qualquer dúvida acerca
A partir do exame do mate- da sua antiguidade. Quanto à
rial recolhido é possível de- segunda não temos outro testectar as seguintes influências: temunho histórico acerca do
seu carácter paroquial. Hoje
a) Da arte indígena:
não passa de um simples lugar
Decoração geométrica e pou- da paróquia de Afife. o citaco profunda de algumas peças, do documento fala num quique fazem lembrar outras apa- nhão da igreja de Vila Mediarecidas nos castros nortenhos. na. Nós perguntamos: terá sido
um simples oratório mandado
b) Da arte asturiana:
erguer por rodrigo Dias, em
Emprego de tijolos na feito- suas terras, ou realmente de
ria dos arcos e abóbadas. Não uma paróquia que antecedeu
apareceram aduelas de pedra. a de Afife? o exame da doAparelho liso da silharia.
cumentação posterior levouAusência de janelas româ- nos a dotar a segunda hipótenicas e voluptas nos capitéis se. De facto, não se conhece,
de decoração exclusivamen- para além deste, outro testemute vegetal.
nho histórico acerca da existência da paróquia de Vila Meã.
c) Da arte visigótica:
Decoração em folhas vegetais e motivos geométricos continua
[email protected]
T/F: 258 722 523
Tlm: 936 002 538
Estrada das Faias,
Nº 41/43
Coura de Seixas
4910-339 CAMINHA
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O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
NECROLOGIA
AGÊNCIA FUNERÁRIA CAMINHENSE
MARIA DE FÁTIMA
FERNANDES C. CANCELA
Faleceu com 78 anos
Sepultada no cemitério de Lanhelas
A família, reconhecidamente, agradece a todas
as pessoas que participaram neste piedoso acto.
RICARDO EMANUEL
SALDANHA DE CARVALHO
Faleceu com 28 anos
Sepultado no cemitério de Caminha
A família, reconhecidamente, agradece a todas
as pessoas que participaram neste piedoso acto.
JOAQUIM LOURENÇO DA SILVA
Faleceu com 63 anos
Sepultado no cemitério de Caminha
A família, reconhecidamente, agradece a todas
as pessoas que participaram neste piedoso acto.
MARIA ARMINDA CARDOSO
RODRIGUES ROCHA AMORIM
Faleceu com 66 anos
Foi a cremar em Matosinhos
Falo de Ti às Pedras das Estradas
Falo de ti às pedras das estradas,
E ao sol que e louro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Se Tu Viesses Ver-me...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
A família, reconhecidamente, agradece a todas
as pessoas que participaram neste piedoso acto.
NATÁLIA DAS DORES TENEDÓRIO
Faleceu com 83 anos
Sepultada no cemitério de Vilarelho
A família, reconhecidamente, agradece a todas
as pessoas que participaram neste piedoso acto.
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O CAMINHENSE, sexta-feira, 03 de outubro de 2014
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4910-133 Caminha, Portugal
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