121 - Jornal Centro em Foco
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Ano X - Nº 121 Maio de 2014 Bar d’Hotel: espetáculo com músicas dos anos 1950, pela Cia das Artes. Pág. 12 Parque Augusta: população quer, prefeitura diz não. Os rastros que ficam por onde a droga passa Comunidade continua a luta pelo parque verde, contando com a ajuda do MPE. Página 4 Página 8 2 VIRADA CULTURAL SP - Maio de 2014 Atrações inéditas foram destaque na 10ª Virada 14 Bis Prod. Fotogr. Cesar Ogata A décima edição da Virada Cultural contou com boas atrações, como o retorno oficial da banda Ira!, que fez o show de abertura no chamado “Palco Júlio Prestes”. Depois de sete anos sem se apresentar os integrantes da banda resolveram deixar as diferenças no passado e retornar como grupo, no sábado,17. No mesmo palco, um dos mais aguardados shows - do grupo norte-americano Martha & The Vandellas, acabou não acontecendo, devido a chuva de granizo que atingiu a cidade no fim da tarde de domingo. A mesma situação repetiu-se no Palco Rio Branco, onde quem não pode fazer show foi a cantora Céu. A banda Ira! tocou vinte e uma canções, abrindo o show com “Longe de tudo” e finalizando com “Nas ruas”. A plateia de 40 mil pessoas manteve-se o tempo todo em sintonia com a banda, que vibrou muito ao longo de sua apresentação. Depois, Baby do Brasil também envolveu o público apresentando músi- Francisco Alves Palco “De Braços Abertos” cas de seu repertório e sucessos dos Novos Baianos. Mais de 1000 artistas se apresentaram em palcos e tablados distribuídos por diversas áreas da região central e a rede CEU. Como aconteceu nos anos anteriores, por meio de uma parceria com o SESC-SP e a Secretaria de Estado da Cultura, os equipamentos culturais da rede SESC e os museus estaduais tiveram atividades durante toda a Virada Cultural. As novidades se destacaram A “Viradinha”, o pal14 Bis Prod. Fotogr. Expediente co “De Braços Abertos” e a “ocupação gastronômica do Minhocão”, três novidades da 10ª edição da Virada, foram considerados os pontos altos da maratona cultural deste ano, além dos esperados shows da Banda Ira!, que retomou a carreira, do aclamado guitarrista Stanley Jordan e de Mark Farner, lendário líder do grupo Grand Funk, que teve a maior plateia no evento. Mas, outro segmento que ganhou expressão na Virada deste ano foi dos saraus, que levou 30 coletivos “sarauseiros” aos palcos Ladeira da Memória e Xavier de Toledo, mais o Sarau do Jornal, realizado no restaurante Cama & Café, onde acontece habitualmente, uma vez por mês. De acordo com a prefeitura, a programação infantil da Virada Cultural ganhou reforço no ano passado e então passou a ser chamada “Viradinha”. Este ano a “Viradinha” encontrou seu lugar na Praça Roosevelt. Na programação, os hits dos pequenos, como a Galinha Pintadinha, marcaram presença. Mais do que um espaço de shows, a “Viradinha” teve atividades como oficinas, que promoveram a interação entre as crianças. O clima agradável da praça e a facilidade de acesso ao local, bem atendido por linhas de ônibus e estações de metrô próximas, contribuíram para o sucesso da iniciativa. A maioria das atrações realizadas na praça foi bastante concorridas. Outra novidade da 10ª Virada Cultural foi o palco “De Braços Abertos”, montado na área da Luz, próxima da Estação Júlio Prestes, onde a Prefeitura de São Paulo oferece assistência a dependentes químicos, por intermédio das secretarias de Assistência Social, da Saúde e do Trabalho. Homônimo do programa, o palco foi um dos pontos altos do evento, com grande adesão do público: as atividades interativas e os shows reuniram mais de duas mil pessoas. Os bolsões de alimentação e a gastronomia tiveram boa oferta nesta edição do evento. Diversas barracas de pastéis e caldo de cana atenderam ao público do evento em diferentes pontos. Também os “Chefs na Rua” e “O Mercado”, eventos de gastronomia da cidade participaram do evento e tiveram um atendimento organizado. Na ocupação gastronômica do Minhocão, destacou-se o primeiro encontro de cervejas artesanais, em que diversos rótulos de pequenas cervejarias foram trazidas para degustação do grande público. Duas atrações estrangeiras, dois grandes destaques Para um público de mais de 30 mil pessoas, no Palco República, após a suave abertura do organ-trio instrumental Hammond Grooves, se Francisco Alves apresentou o aclamado guitarrista Stanley Jordan acompanhado de um trio brasileiro. Além do virtuosismo de Stanley Jordan, se destacou o contrabaixista Dudu Lima, de Juiz de Fora, em duelos e duetos à altura do guitarrista. Outra atração que recebeu uma das mais numerosas platéias da Virada 2014 atuou no Palco Avenida São João: o show de Mark Farner. Com 66 anos, o lendário líder do grupo Grand Funk, mostrou grande vitalidade em uma performance vocal impecável e foi apontado pela crítica especializada como o melhor show do evento. Dois saraus do Centro estreiam na Virada O Sarau Bodega do Brasil e o Sarau do Jornal participaram da 10ª edição da Virada Cultural, reunindo em dois palcos quase quarenta “sarauseiros”, entre poetas, cantores, instrumentistas e cordelistas e repentistas. Ambos acontecem na região central e nasceram a partir da atuação Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 2864-0770 / 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição: Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboração: Cecília Queiroz - Edição de Arte: Binho Moreira Fotografia: Francisco Alves - MTb 13.705 - Tiragem desta edição: 20 mil exemplares - Distribuição Gratuita. O Centro em Foco é pulicado pela CM Edições Jornalísticas - ME As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal. VIRADA CULTURAL SP - Maio de 2014 los Beutel, que desde então apoia os dois coletivos. Foi do desejo dessas pessoas em reunir artistas do Centro em um mesmo palco da Virada Cultural, que surgiu o Sarau do Jornal: no ano passado, os membros desses saraus, capitaneados pelo jornal Centro em Foco, participaram extra-oficialmente da 9ª Virada, realizando um encontro cultural no espaço Fotos: 14 Bis Prod. Fotogr. de poetas e artistas que estimularam a criação dos dois e neles atuam com regularidade. Há mais de quatro anos, enquanto os cordelistas Costa Senna e Cacá Lopes começavam a escrever a história do Bodega no Cine Clube Augusta, os poetas Carlos Moura e Alberto Gattoni realizavam saraus nas dependências do Apfel Restaurante Vegetariano, do líder comunitário Car- 14 Bis Prod. Fotogr. do Restaurante Cama & Café - instalado na rua (Roberto Simonsen) onde, em sua casa, a Marquesa de Santos realizou inúmeros saraus. Este ano, o Sarau Bodega do Brasil e o Sarau do Jornal integraram a programação oficial da Virada: o primeiro, no Palco Ladeira da Memória, que reuniu 15 coletivos e o outro, foi realizado no salão do Cama & Café onde acontece uma vez por mês. Francisco Alves 3 Francisco Alves Francisco Alves Francisco Alves 4 comunidade SP - Maio de 2014 Parque Augusta: uma das prioridades da população do Centro. R eunida pelo coletivo Aliados do Parque, a comunidade do entorno das ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá realiza no dia 08 de junho, das 13h às 18h, a 4ª edição do já tradicional “Pic Nic à Moda Antiga”, em pleno asfalto da rua Augusta, como parte da luta pela preservação do verde existente no local e criação do desejado Parque Augusta. O evento acontece depois da realização de vários atos de protesto contra a decisão do prefeito Fernando Haddad e CONPRESP, de possibilitar a construção de três torres imobiliárias dentro da área, que deveria ser destinada à construção do Parque Augusta de acordo com a Lei 345/2006, sancionada pelo próprio prefeito. Em 13 de maio, o Aliados do Parque participou do 3º Ato em Defesa dos Parques Ameaçados de São Paulo, em frente ao Teatro Municipal, ao lado de dezenas de cidadãos que militam pela criação dos parques Brasilândia, Vila Ema, Moóca, Águas Espraiadas, Minhocão, Praça do Jockey, Embu-Mirim, Morro do Querosene, Peruche, Augusta, Pinheiros e Guaraú. Moradores de Cerqueira Cesar, Bela Vista e Vila Buarque se declaram enganados pelo prefeito Haddad, que duas semanas após ter sancionado a Lei 345 declarou à imprensa que a prefeitura não dispõe dos recursos financeiros necessários à desapropriação da área e depois, na quinta-feira, 8 de maio, em reunião com o CONPRESP, teria cedido ao projeto das empresas Setin e Abyara de levantar as três torres de apartamentos. Os ativistas pelo Parque afirmam ter sugestões de fontes alternativas para obtenção dos recursos financeiros necessários à desapropriação do terreno, mas que o prefeito não se dispõe a recebê-los, em comissão, para ouvi-las. Para eles, existem possibilidades de levantamento de recursos financeiros para criação do Parque Augusta 100% livre de construção, sem interferir no orçamento da prefeitura. Nada que possa comprovar facilmente, mas lideranças dos coletivos que reivindicam o Parque Augusta propalam que as empresas envolvidas no caso fazem lobby junto a políticos ligados à frente parlamentar de “sustentabilidade” e ao órgão municipal de defesa do patrimônio público - o CONPRESP, com o objetivo de encontrar saída para aprovação do colossal empreendimento de 3 torres de 100 metros cada, que pretendem. Ministério Público promete interferir no processo Em reunião acontecida no último dia 14, no auditório do Ministério Público de São Paulo, entre a população interessada e o MPE, os promotores Luiz Roberto Proença (Meio Ambiente) e Sílvio Marques prometeram empenho na defesa da criação do Parque Augusta em 100% da área, sem o levantamento de qualquer prédio. De acordo com Sérgio Carrera, dos Aliados do Parque, o promotor Luiz Roberto Proença assegurou que os promotores são favoráveis à implantação do Parque Augusta em 100% da área, com a preservação do verde do local, para evitar o que tem ocorrido em outras áreas da cidade, onde a diminuição de áreas verdes tem se tornado realidade, com a chancela do poder público, muitas vezes sob o argumento de que isso tornou-se impera- tivo ante a necessidade de se construir imóveis para moradia. O promotor Sílvio Marques afirmou que a promotoria pública tem como atuar a favor da criação do Parque Augusta 100% livre, considerando a possibilidade de o poder público, por exemplo, firmar acordos com as instituições financeiras que permitiram a realização de transações irregulares pelo ex-prefeito Paulo Maluf, cujos valores tem que ser devolvidos à municipalidade. Esta reunião contaram com as presenças dos vereadores Gilberto Natalini - defensor ativo do verde e do Parque Augusta na totalidade da área -, Nabil Bonduki e Ricardo Young, que mesmo sendo da frente parlamentar de sustentabilidade, já admitem a viabilização do projeto de Setin e Abyara. Direito e Justiça Justiça reconhece direitos aos transexuais e à união homoafetiva “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.” Helena Amazonas O Direito está sempre em movimento e vai acompanhando, muitas vezes tardiamente, as transformações que vão ocorrendo na sociedade. A última parada gay realizada em São Paulo reuniu milhares de pessoas e este evento que ocorre há 18 anos reflete uma nova mentalidade em relação ao respeito a todos, independentemente de suas escolhas sexuais. De acordo com o Censo Demográfico 2010, o país tem mais de 60 mil casais homossexuais. Esta é a realidade concreta, e o Direito não pode deixar de regulamentar e assegurar a cidadania a todos. A Constituição Federal, ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, assegura que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.” A relação homoafetiva vem sendo reconhecida pela legislação brasileira. Em maio de 2011 o Su- premo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre homossexuais como entidade familiar, assegurando-lhes direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária, licença médica, inclusão do companheiro como dependente em planos de saúde, entre outros benefícios. A Justiça também vem concedendo a alteração de nome no registro civil aos transexuais de maneira a permitir a utilização de prenome que se adeque a sua identidade gênero. No final do ano passado o Tribunal Superior do Trabalho (TST), pela primeira vez, reconheceu cláusula de convenção coletiva da categoria do setor aéreo do Rio Grande do Sul que estendia benefícios trabalhistas e previdenciários no caso de união estável entre homossexuais. Passou a encarar igualitariamente as uniões hetero ou homossexuais no que diz respeito ao direito de incluir os parceiros para efeito de planos de saúde, seguro ou previdência. A cláusula em questão assim dispunha: “Quando concedido pela empresa benefício ao cônjuge/companheiro(a) do empregado, reconhece-se a paridade entre as uniões estáveis homoafetivas e heteroafetivas.” As decisões levaram em conta o repúdio ao preconceito e os princípios constitucionais do direito à igualdade, à liberdade e à dignidade humana. Esses os valores que uma democracia deve resguardar para a construção de uma sociedade livre e aberta às diversidades. Helena Amazonas Advogada Cível e Trabalhista Rua Dom José de Barros,17, conj.24 Tel: 3258-0409 [email protected] comunidade SP - Maio de 2014 C 5 Workshop gratuito ensina a gerenciar carreira omo uma ação de utilidade pública de prestação de serviços, promovido gratuitamente pela Central de Concursos, desenvolvido para quem busca retomar espaço no mercado de trabalho e explorar ao máximo seu potencial, o workshop de marketing profissional é um evento que visa atualizar os participantes quanto ao mercado de trabalho e seus desafios. O evento destina-se tanto a profissionais que estejam empregados, quanto aos desempregados. Para os empregados o curso visa à manutenção do emprego com aplicação de ferramentas modernas de marketing pessoal. Para os desempregados é uma ferramenta Divulgação Confira o conteúdo programático: indispensável para que o mesmo se torne um candidato competitivo durante o processo seletivo. O trabalho na iniciativa pública também está na pauta: concursos, cargos, salários, benefícios e plano de carreira. O Workshop é direcionado a quem possui, no mínimo, nível médio de escolaridade ou em fase de conclusão. No final serão entregues certificados de participação. Na unidade República o evento será em dois dias distintos com duração aproximada de 6 horas: dias 21/05 e 22/05 das 09:00 às 12:00, para conferir mais horários e datas nas unidades mais próximas de você, além de fazer sua inscrição acesse: www.centraldeconcursos.com.br. Reflexão do Profissional e o Mercado Visão Empreendedora Elaboração de Curriculum Vitae: •Carta de apresentação destinada ao empreendedor em potencial •Carta currricular •Como elaborar um •“curriculum vitae” Análise de Mercado: •Iniciativa privada •Network •Carreira pública O processo de seleção técnica de entrevista: •O teatro e suas características •Perguntas mais comuns •Dinâmica de Grupo provas situacionais Negociação de salários e benefícios: •Vínculos empregatícios •Remuneração •Benefícios mais comuns Unidades Central de Concursos em SP República: (11) 3017-8800 Santo Amaro: (11) 5189-8800 Artur Alvim: (11) 2045-8800 6 F linhas centrais SP - Maio de 2014 Além de craques, Copa trará legado ao país. Brasil se aproxima de sediar mundial em meio a controvérsias; confira os investimentos gerados e como vai ficar o trabalho nos dias de jogos alta menos de um mês para o início da Copa do Mundo no Brasil, 64 anos depois de ter sediado o evento pela primeira vez. O tema tem sido motivo para intensos debates entre os que são contrários e os que defendem sua realização. No entanto, é fato que o evento vai ocorrer e o seu legado existirá também (confira abaixo). Dias de jogos Ainda há muita dúvida sobre se haverá folga ou não nos seis dias de jogos na capital paulista. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, enviou projeto de lei à Câmara Municipal que declara feriado municipal no dia da abertura da Copa. O projeto permite que os demais dias de jogos também sejam. O texto, no entanto, ainda não foi apreciado pelos vereadores. Para os bancários O Banco Central aprovou circular permitindo que nos dias dos jogos da Seleção, os bancos alterem o horário de atendimento ao público em suas agências. Nesses dias será obrigatório o atendimento mínimo de quatro horas, ao invés das cinco horas normais. Copa X Saúde e Educação Um dos principais argumentos dos que são contrários à realização do evento no Brasil é que a verba para construção dos estádios poderia ser sido usada na saúde e educação. Na verdade, não há recursos do orçamento federal aplicado nas arenas. Os estádios custaram R$ 8 bilhões. Deste total, R$ 4 bilhões foram financiados pelo BNDES. Ou seja, este dinheiro será pago e com juros. O governo do Distrito Federal arcou com R$ 1,4 bilhão e o restante é proveniente de recursos privados. O gasto da União com a Saúde em 2013 chegou a R$ 83 bilhões. Já o gasto da União em Educação em 2013 atingiu R$ 101,9 bilhões. Desde 2010, quando se iniciaram as ações para sediar a Copa, o governo federal investiu R$ 825,3 bilhões em Educação e Saúde. Os dados estão no Portal da Transparência. Passada a Copa, o que restará? Mobilidade urbana De acordo com os Ministérios do Esporte e do Planejamento, foram investidos, R$ 8 bilhões em 42 obras de mobilidade urbana no país: duas linhas de Veículos Leves sobre Trilhos, 13 linhas de BRT, três corredores de ônibus, 5 estações ou terminais de ônibus, 17 obras viárias e duas de controle de tráfego. Telecomunicações Foram investidos R$ 404 milhões em expansão de fibra ótica e implantação de equipamentos e sistemas. Portos e Aeroportos Cerca R$ 7 bilhões foram aplicados em 36 obras e intervenções. No domingo 11 foi inaugurado o terminal do Mundo beneficiará a economia nacional. Cerca de 50 mil postos de trabalho foram criados na construção ou reforma dos 12 estádios em que ocorrerão os jogos do evento. Aproximadamente 48 mil vagas de trabalho no setor de turismo devem ser geradas entre abril e junho de 2014 nos 12 estados que receberão a competição. São 60% mais que no mesmo período de 2013. E de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, cerca de R$ 100 milhões em novos negócios para as micro e pequenas empresas e R$ 142 bilhões adicionais circularão na 4 do Aeroporto Internacional de Cumbica. Com 192 mil metros quadrados, ele é maior que os outros três terminais juntos e tem capacidade para receber 12 milhões de passageiros por ano. Segurança Pública R$ 1,9 bilhão investidos em centros integrados de comando e controle, e aquisição de equipamentos (bases móveis, armamento não letal, kits anti-bombas, softwares, scanners, imageadores para helicópteros, lanchas, etc). Bom para a economia Dados do Ministério do Esporte apontam que a Copa E de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, cerca de R$ 100 milhões em novos negócios para as micro e pequenas empresas e R$ 142 bilhões adicionais circularão na economia brasileira no período de 2010 a 2014. economia brasileira no período de 2010 a 2014. Segundo levantamento da Fundação de Estudos e Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à USP, a Copa das Confederações acrescentou R$ 9,7 bilhões ao Produto Interno Bruto. E a expectativa é de que a Copa do Mundo movimente três vezes esse valor. O montante é maior do que todos os gastos públicos federais com estádios, aeroportos, telecomunicações, mobilidade urbana relacionados à Copa, que é de R$ 8,4 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento. Turismo Há a expectativa de 600 mil turistas estrangeiros (o dobro da África do Sul) e 3 Arena Corinthians: palco da abertura da Copa 2014 milhões de turistas nacionais durante a Copa. Segundo estimativa da Embratur, os gastos deles chegará a R$ 25 bilhões. A embaixada dos Estados Unidos, por exemplo, espera um fluxo de 180 mil cidadãos daquele país no Brasil em 2014. Somente em Natal, 20 mil norte-americanos são esperados durante o Mundial. A capital potiguar recebe, no dia 16 de junho, a partida da seleção dos EUA contra Gana. Durante a Copa das Confederações, turistas movimentaram mais de R$ 740 milhões. O gasto médio entre os turistas estrangeiros foi de R$ 4.854 durante a viagem, e de R$ 1.042 entre os turistas brasileiros. Caderno do Jornal Centro em Foco - Edição Nº 121 Reduzir o consumo de carne melhora sua saúde e ajuda o planeta S er vegetariano não é apenas uma opção de alimentação, é uma atitude alimentar visando um melhor funcionamento do organismo, ganhos com saúde, melhor qualidade de vida, respeito aos animais e ao planeta. Pela sua saúde a Pesquisas demonstram que dietas vegetarianas proporcionam melhores condições para uma vida mais longa e saudável. Entre os consumidores de carne, ovos e laticínios há maior incidência de doenças Acardiovasculares, artrite, diaobetes, osteoporose e câncer. Pelo meio-ambiente a 0 s Sushi de abobrinha As atividades pecuaristas são atualmente responsáveis por cerca de 30% do atual ritmo de desmatamento das florestas equatoriais. Nos Estados Unidos, a criação de animais para consumo requer mais que a metade da água utilizada no país, além de ser a atividade que mais polui o solo agricultável e as fontes de recursos hídricos. Pelos animais Apenas no Brasil, diariamente, cerca de 3 milhões de animais são mortos nos abatedouros. Além da morte violenta e injusta, recebem ainda tratamento desumano durante toda a vida. Mutilados e mantidos em instalações superlotadas, são manipulados sem escrúpulos de forma a produzir maiores lucros para os criadores. Sugestão de receita Vegetariana: Sushi de abobrinha Ingredientes 3 abobrinhas pequenas; 60 g de tofu firme em temperatura ambiente; 1 colher (sopa) de tomate seco picado; 1 colher (chá) de azeite de oliva; 1 colher (café) de tomilho picado; 2 colheres (sopa) de castanha-do-pará ralada; Sal e azeite a gosto. Instruções de preparo 1. Corte as abobrinhas em fatias no sentido do comprimento. 2. Polvilhe com sal e grelhe-as em uma frigideira anti-aderente. Reserve. 3. Amasse o tofu com um garfo e tempere-o com o sal, o tomate seco, o azeite e o tomilho. 4. Espalhe uma colher (chá) bem cheia do recheio sobre uma fatia da abobrinha grelhada. 5. Enrole a abobrinha não muito apertada e disponha-a em uma assadeira forrada com papel-manteiga. Repita o processo até terminarem as fatias. 6. Polvilhe com um pouco da castanha-do-pará ralada e leve ao forno médio, pré-aquecido, por 3 minutos. Sirva em seguida. Descubra novos sabores, acesse receitas deliciosas sem carne no site da SBV: http://www.svb.org.br/salgados Vera Ligia Lemos Biomédica Acupunturista http://acupunturaeequilibrio. blogspot.com [email protected] Fonte: Menu Vegano 8 L SP - Maio de 2014 Os rastros que ficam por onde a droga passa endo algumas matérias para escrever este artigo, encontrei a seguinte definição para o verbete Droga: as drogas são substâncias naturais ou sintéticas que afetam os processos da mente ou do corpo quando introduzidas no organismo. Eu não concordo com essa definição, acho que está incompleta e ao final desse artigo, pretendo justificar e apresentar a minha definição para a palavra em questão. Gostaria também de alertar o leitor de que não objetivo discorrer sobre os malefícios que o uso de entorpecentes causa a saúde. Eu sei e você sabe. As consequências que o consumo de drogas traz aos usuários são de ciência pública. A reflexão proposta aqui pretende chamar atenção para outras facetas da droga. A primeira delas é o fato de que o consumo de drogas traz implicações para o usuário e para outras pessoas do seu convívio. Ou seja, uma pessoa que usa drogas nunca está se prejudicando sozinha. Ela sempre prejudica também as pessoas que a amam e que se unem por uma finalidade: tentar salvá-la do vício. São famílias que perdem a paz, que muitas vezes perdem também suas economias para ajudar aquele parente que precisa tanto de apoio. Essas pessoas Banco de Sangue do HSPM solicita doações de sangue ganham um nome curioso, de co-dependetes. Normalmente, o usuário de drogas diz que escolheu essa vida para ele, que usa drogas porque quer e porque gosta. Mas será que os co-dependentes tiveram o poder de optar? Se os co-dependes muitas vezes são pais de filhos que se envolveram com drogas, podemos inverter a situação e analisar outro cenário. Olhemos para os bebês que nascem viciados nas substâncias que receberam durante a gestação e, obviamente, com sérios problemas de saúde. Olhemos para os recém-nascidos, já soropositivos. Olhemos para os nenéns que nascem com más formações e deficiências causadas pelo consumo de drogas antes e durante a gravidez. Olhemos para os órfãos e para os abandonados. Será que eles também puderam escolher? Não quero propor aqui uma análise simplista ou moralista, reduzindo uma questão de saúde pública a um mero julgamento de maus comportamentos, no eterno método de culpabilizar as vítimas. Ao meu ver, ninguém opta pela droga, muitas vezes nem mesmo o usuário. Mas é certo que quando alguém adoece no vício, adoecem muitas outras vidas simultaneamente. Para mim, as drogas são substâncias naturais ou sintéticas que, após consumidas, deixam rastros na mente, no corpo, na alma e no outro. Por Sophia Winkel C om a queda de doações e os estoques ficando abaixo do nível necessário, o Hospital do servidor Público Municipal vem a público pedir doações de sangue. Queda nas doações é uma realidade que o hospital enfrenta em várias épocas do ano, mas, há momentos em que a situação se agrava ainda mais. Atualmente os estoques apresentam diminuição de cerca de 70%. Diante disso, a doação é essencial e o HSPM apela à solidariedade e consciência da importância desse ato por parte da população. É importante lembrar que para ser doador é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 60 anos (menores, somente com autorização O 1 c C c T p u p d t E D c t d t v d d q e companhia dos pais), r ter acima de 50 kg, estar o bem alimentado, evitando comidas pesadas. O doador deve trazer documento oficial com foto (RG, CTPS ou CNH). Os interessados em doar devem comparecer ao Banco de sangue do hospital, localizado à rua Castro Alves, 60, 4º andar, de segunda-feira a sábado, das 08h às 13h. 99 SP - Maio de 2014 O Saúde não se vende! Loucura não se prende! Ato do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, ocorrido neste 18 de Maio, realizou uma caminhada pelas ruas do Centro, iniciando sua concentração às 13 horas no Teatro Municipal, com a presença e participação de usuários de Saúde Mental, profissionais de saúde, além de militantes dos movimentos populares e sociais e Entidades de Defesa dos Direitos Humanos e Sociais, contra as práticas higienistas recorrentes no Estado de São Paulo. Diferentes governos têm feito escolhas por investir em ações e serviços distantes dos princípios da Reforma Sanitária e Psiquiátrica Antimanicomial, realizando atividades como o Programa Recomeço, Frente Estadual Antimanicomial realizou caminhada para mobilizar a comunidade do Centro Operação dor e sofrimento, internações compulsórias, financiamento público das comunidades terapêuticas e manutenção e ampliação do número de leitos em Hospitais Psiquiátricos e em instituições Asilares. Isso é um verdadeiro ataque e um gravíssimo retrocesso às conquistas da Luta Antimanicomial da Sociedade Brasileira. Da mesma maneira esse retrocesso aparece nas práticas perversas que legitimam o genocídio da população negra e indígena, pobre e periférica; a criminalização da juventude e movimentos sociais; o desrespeito às orientações sexuais e às mulheres; a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes; e a apropriação privada de bens e serviços públicos. Nesse sentido defendemos: • Um Sistema Único de Saúde (SUS) Público, Universal, Equânime, Integral, Gratuito e Humanizado; • A realização de Plebiscito Popular por uma constituinte exclusiva e soberana do Sistema Político. • O respeito ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA); • O estatuto do idoso e o estatuto da igualdade racial; • A Implantação imediata de uma Rede de Atenção Psicossocial Antimanicomial (RAPS) que não pactue com qualquer forma de internação em equipamentos com caracte- rísticas asilares, como “comunidades terapêuticas”, clínicas psiquiátricas, hospitais psiquiátricos e exclusões de todo tipo; • A remodelação completa do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), transformando-o em um Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO); • O investimento público em políticas de geração de renda e economia solidária; • O combate a práticas manicomiais e higienistas, como o assistencialismo, a internação compulsória, a medicalização e patologização da vida, a partir do protagonismo dos usuários em seu cuidado; • O combate à judicialização da Saúde como forma de subordinação da vida e do cuidado da população ao sistema judiciário; • A revisão da política de curatela e interdição de maneira que deixe de ser um mecanismo de exploração, exclusão e negação dos direitos do cidadão; • A Gestão Pública dos serviços e recursos de Saúde; • Maior Investimento de recursos federais nas políticas de saúde e saúde mental; • Que a Secretaria de Estado da Saúde financie efetivamente a implantação e custeio das RAPS dos municípios, financiamento este que é nulo; • Combate à escravidão e à terceirização e toda a forma de precariza- ção do trabalho; • A emancipação e tratamento em liberdade dos usuários de álcool e outras drogas, respeitando os direitos humanos e princípios da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial; • O FIM da política de guerra às drogas que exclui e justifica as ações higienistas e genocidas do Estado contra sua população mais vulnerável. Por uma Sociedade sem Mmanicômios! Frente Estadual Antimanicomial – SP Carmen Mascarenhas Movimento Popular de Saúde do Centro Educadora Popular em Saúde Cel.: 9.8998-6011 [email protected] 10 A linhas centrais SP - Maio de 2014 Tai Chi Pai Lin - Longevidade com Saúde natureza mantém o ciclo das 4 estações, primavera/crescimento, verão/fortalecimento, outono/colheita e inverno/ armazenamento, há bilhões de anos. Na passagem do outono para o inverno, quando a energia Yang está mais escassa que o Yin, em relação ao verão, as árvores, sabiamente, seguem o ciclo da natureza e recolhem sua energia na raiz, por isso suas folhas começam a cair. Guardando a energia na raiz por todo o inverno, quando um novo ciclo se iniciar, na primavera, elas terão energia para o renascimento de suas folhas. E nós, como vivemos esses ciclos? Para a Medicina Chinesa, nós, seres humanos, somos uma pequena representação da Nós e a Natureza natureza, inclusive nosso organismo possui um relógio biológico que se ajusta à dinâmica da natureza. Então, se nos adaptamos a ela, assim como fazem as árvores, aumentamos as possibilidades de desfrutarmos uma vida longa com saúde, vivendo muitas primaveras. Ou seja, a chave da boa saúde é nos harmonizarmos com a energia da estação do ano em que estamos. Mudança de estação A energia do Metal/outono controla o órgão Pulmão que, no processo da respiração, extrai do ar a energia para nossa sobrevivência e expele as substâncias tóxicas ao nosso organismo. O Pulmão é o órgão energético mais próximo do exterior e controla a pele, por onde podem penetrar os fatores patogênicos, caso o nosso Qi (energia) da superfície não consiga nos defender. A emoção associada ao Pulmão é a Tristeza que, em excesso, pode nos prejudicar, pois consome o nosso Qi primor- dial. Se compararmos o outono com um dia de 24 horas, ele seria a passagem do entardecer para a meia noite, quando o Yin aumenta e o Yang se recolhe. No final do outono, o elemento Metal/ outono está se derretendo para se transformar em Água/ inverno. Então, estar em sintonia com a natureza é surfar na onda dessa passagem de estação. Como? Recolhendo a nossa energia na nossa raiz, iniciando um período de descanso e de quietude. Convite I: Descanse e entre na quietude praticando Tai Chi Pai Lin em um dos seguintes locais: Quartas-feiras, às 7h30 min, na Praça Roosevelt Quintas-feiras, às 6h30min, na Praça Rotary – Rua General Jardim, 485 – Vila Buarque Se você quer preservar sua saúde, prevenir ou tratar alguma doença, participe! Grupos: Meditação, Alimentação e Medicina Chinesa Convite II: Convido todos interessados em Medicina Chinesa a participarem do III Congresso Brasileiro de Medicina Chinesa, na EBRAMEC - Escola Brasileira de Medicina Chinesa-, que ocorrerá nos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho. Durante o Congresso, faremos uma palestra sobre o Tai Chi Pai Lin para o acupunturista. Informações: 0xx11 2605-4188/ 2155-1712/2155-1713 - [email protected] Regina Marques Terapeuta de Medicina Chinesa cel 98345-3275 areginamar@yahoo. com.br https://www. facebook.com/regina. marques.16906 artes e cultura SP - Maio de 2014 11 Beneficiários do programa De Braços abertos participam da Virada Cultural O Cabaret do Triunfo, que abriu a programação do palco Braços Abertos, na 10ª edição da Virada Cul1tural, foi uma iniciativa das Secretarias Municipais ada Cultura e da Saúde em parceria com o grupo de teatro Pessoal do Faroeste. /A atividade contou com a -participação de integrantes do programa “São Paulo De Braços Abertos”, desenvolvido pela Prefeitura e que atende a população usuária de crack na região central. A proposta foi a de unir arte e saúde com o objetivo de promover a o Q uem passa pela Rua da Consolação, sequer imagina os casos inusitados que rondam a grande necrópole instalada no coração de São Paulo. Fundado em 1828, o Cemitério da Consolação nasce de uma exigência das autoridades da época. A Câmara Municipal e o médico sanitarista Líbero Badaró, insistiram no projeto que visava o fim dos casos de doenças advindas do hábito de sepultar corpos no interior das igrejas. O local é muito conhecido por abrigar corpos de figuras importantes na história da cidade, além de grandes obras de arte de renomados artistas. Para os mais antigos, uma história muito curiosa ainda é conhecida nos dias de hoje. Reza a lenda que no enterro de uma das filhas do Comendador Ermelino Matarazzo, um dos coveiros reinserção social e a motivação para o tratamento da dependência química dos usuários que se vincularam a este projeto. O espetáculo parte da premissa que a arte é inerente ao ser humano e tem um grande potencial transformador da consciência. Além disso, tem o poder de conciliar as diferenças de visão da vida em cada indivíduo. “Na Virada, durante duas horas e meia, viven- ciamos uma grande festa que contou com números de palhaço, acrobacia, rap, grafite, música africana e dança. Durante nossa apresentação dava pra ver a esperança no potencial do ser humano reacender nos olhos das pessoas que nos assistiam”, explica o médico Flávio Falcone, da equipe do programa municipal. Os participantes estavam apreensivos quanto à receptividade do público, mas logo após a apresentação o clima era de alegria e de realização. “Isso é o resultado do trabalho que fizemos com a comunidade local e o resultado foi surpreendente. Queremos dar continuidade a este trabalho de arte com os usuários, pois aproxima o poder público e ajuda no diálogo para o tratamento de saúde”, explica Falcone. Informação da Coordenação Especial de Comunicação – CESCOM saudeimprensa@ prefeitura.sp.gov.br Um lugar de artes e mistérios começou a sangrar e acabou morrendo. Até hoje, gritos de lamentações podem ser ouvidos próximo ao Mausoléu e o coveiro pode ser visto sentado ou vagando por ali, olhando o famoso túmulo. A história é confirmada pela moradora Lúcia Almeida, que reside na região há 12 anos. Essa é uma de várias outras histórias que os vizinhos e trabalhadores da localidade ouvem. O coveiro Edvaldo da Costa, que trabalha no cemitério há mais de 20 anos, conta que todas as vezes que um corpo é enterrado em um raio de 30 metros, dois meses depois, outro tumulo na mesma quadra é ocupado. “É como se as almas não gostassem de ficar sozinhas”, acrescenta. Diante dos casos e “causos” contados, muitos visitantes se despedem do local e repetem o sinal da cruz três vezes, para garantir que nenhum espírito os acompanhe. Para muitos, as histórias sobrenaturais de cemitério são motivo de receio e medo, mas para outros não passam de contos. Diferentes culturas e crenças fazem com que as pessoas acreditem ou não nessas histórias, que por meio do boca a boca passa de geração em geração. Com isso, superstições e costumes levam os visitantes a reações bem distintas ao ouvirem esses relatos. Para Jorge Castilho, vendedor de flores na porta do cemitério há 7 anos, tudo isso não passa de imaginação. “Nunca avistei nada. Mas o povo sempre fala que já viu vultos, ouviu vozes, mas não acredito em nada disso.” Arte Tumular O Cemitério da Consolação está longe de ser apenas um símbolo fúnebre. Deixa de lado qualquer superstição, pois abriga cerca de 400 esculturas tumulares, transformando o local em um grande museu da história paulistana a céu aberto. São obras de artistas renomados que retratam uma época em que era comum a elite paulistana contrata-los para decoração de seus túmulos, desejando convertê-los, de fato, na “última morada” de seus ilustres familiares. Uma das obras mais importantes está no jazigo da paulista Olívia Guedes Penteado, incentivadora do modernismo no Brasil. É ‘O Sepultamento’, de Victor Brecheret, que foi premiada no Salão de Outono de Paris, em 1923. Além disso, há diversos túmulos de valor histórico onde estão sepultadas figuras conhecidas como a pintora Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Monteiro Lobato, Marquesa de Santos e famílias tradicionais, como os Calfat e os Matarazzo. É por isso que o local abre as portas para visitação como um atrativo cultural. Visitas monitoradas Aos corajosos é possível conhecer a história do cemitério, as obras de arte, pessoas e famílias presentes no cemitério com uma visita monitorada. Por Ana Paula, Fábio, Marcos, Rafael e Telma Estudantes do 6º Semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) Campus Barra Funda Serviço Horário de funcionamento: 7h às 19h Endereço: Rua da Consolação, 1.660. Telefone: (11) 32565919 ou 0800-109850 (agendamento de visitas monitoradas). Horário: de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h (visitas monitoradas das 9h às 14h). Entrada gratuita. 12 O artes e cultura Bar d’Hotel: espetáculo com músicas dos anos 1950, pela Cia das Artes. Divulgação espetáculo Bar D’Hotel resgata o clima dos anos 1950, periodo conhecido como a “era de ouro do rádio”, na cidade de São Paulo. E o velho bar do Hotel Cambridge, no centro de São Paulo é o mote para essa comédia musical, nova montagem da Cia das Artes, que entrou em cartaz desde o dia 9 de maio. Com texto de Ricardo Leitte e direção de Jair Aguiar, o elenco é formado por Sergio Carrera, Wilma de Souza, Antônio Netto e Cibele Troyano, além de música executada ao vivo em um piano. Projetado pelo arquiteto Francisco Bak e inaugurado em 1951, o Hotel Cambridge logo tornou-se um dos pontos mais chiques da cidade. No bar do estabelecimento, passaram personalidades como Dick Farney, Johnny Alf, Zé Ketti, Claudete Soares, Alcione, além de Nat King Colle, um dos maiores nomes do jazz americano. Na peça, uma réplica do famoso bar reproduz a atmos- fera das noites paulistanas com ingredientes regados de música, humor, dramas e tragédias. A história remete à época em que o velho centro da capital paulista ainda era o principal ponto de encontro da nata da sociedade. Os atores trazem à tona o cotidiano de um bar, o desenrolar de um passado e o nascimento de novas tramas costuradas pela música brasileira, por meio de personagens como o boêmio, o garçom, a cantora e a amante. No roteiro musical, canções como O Mundo é um Moinho e As Rosas não falam, de Cartola; Besame Mutcho, de Consuelo Velazquez; Benzinho e Finalmente, de Ari Barroso; Luzes da Ribalta, de João de Barro, Charles Chaplin e Antônio Almeida; Nada Além, de Mário Lago e Custódio Mesquita; Vingança, de Lupicínio Rodrigues, além de sucessos de Noel Rosa, João Donato e Dalva de Oliveira. “As composições foram escolhidas para dialogar diretamente com a dramaturgia. São letras que mostram o ambiente e as figuras carac- terísticas da vida noturna. Em determinados momentos, o texto e as canções se tornam um só na interpretação dos atores”, conta o diretor. O espetáculo teve sua primeira versão no início dos anos 2000, e trouxe uma importante contribuição para a região central da cidade, ao colaborar na valorização do local e ao redor. A atual montagem da Cia das Artes traz os mesmos personagens, porém mais velhos, amadurecidos e com novas histórias. “O musical coloca em cena, de forma bem humorada, histórias envolvendo traições, romances, discussões e dilemas. São personas do ambiente pitoresco que somente a noite proporciona. A concepção de direção tem um apanhado de inspirações que vem da literatura, do cinema noir, do cabaré, ou seja, de experiências artísticas que já estão incorporadas no nosso repertório”, enfatiza o diretor Jair Aguiar. A arquitetura natural do local coloca a plateia em cena, como se fosse o público frequentador do bar. Já na bilheteria, garçons recepcionam os convidados até a mesa numa relação intimista. Para recriar o ambiente da década de 1950, o diretor aproveita o clima de bar, um cenário natural, com a mobília do antigo Bar d’Hotel Cambridge, como mesas e cadeiras, espelhos e outros objetos de decoração. A iluminação é do próprio local, manuseada pelos atores para ambientar os convidados e colocar o foco na cena. O figurino tem um conceito expressionista, meio nonsense, com várias linhas de corte que evidencia o conceito do personagem. O motivo da escolha do Bar do Hotel Cambridge como o ponto de partida para essa nova montagem é a nostalgia. “Nossa primeira parceria foi um sucesso e ajudamos a revitalizar aquela área que estava degradada. Nossa temporada trouxe consequências sociais, além de culturais. Esse trabalho atual é uma homenagem ao antigo Hotel Cambridge, de uma época, além de clássicos da música brasileira”, finaliza o diretor Jair Aguiar. Completam a ficha técnica do espetáculo Marcio Tadeu - figurinista/cenógrafo; Will Damas - iluminador; Nana Danin - direção musical/preparação vocal; Adriana Gerizani - coreógrafa/preparação corporal; produção - Cia. das Artes; pianistas - Miro Silveira e Andrey Ivanov. Serviço: Bar D’Hotel Temporada: A partir de 9 de maio Espetáculos: Sextas e sab., às 21h; dom. às 19h Classificação etária: 12 anos Duração: 70 minutos Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia) Rua João Adolfo, 118 Centro (próximo metrô Anhangabaú) Tel.:11 2639-3098 Capacidade: 266 lugares Espetáculo Revolução das Galochas em ruas da Luz evolução das Galochas é um espetáculo teatral itinerante que percorre as ruas do bairro da Luz, na região central. Trata-se de uma ficção em que o Coletivo de Galochas cria o retrato de um Brasil no futuro, exacerbado, mas não tão distante. Quais as possibilidades de existência de luta nesse universo? Nessa distopia épica, os personagens buscam novas formas de resistência e organização social. Em criação desde fe- Divulgação R SP - Maio de 2014 vereiro de 2013, Revolução das Galochas teve como ponto de partida a distopia brasileira “Não Verás País Nenhum”, de Ignácio Loyola Brandão e foi construído em processo colaborativo, estudos do tema e estudo cênico do espaço, a fim de encontrar uma trajetória para o espetáculo pelas ruas da Luz. O espetáculo conta com uma pequena bateria de escola de samba, a Batelochas, formada pelos próprios integrantes do grupo, e permeia toda a encenação. Tendo como ponto de encontro o Monumento Duque de Caxias, na Praça Princesa Isabel, Revolução das Galochas mostra a trajetória de uma estrutura social, regida pelo consumo, trabalho e poder sendo transformada pelas ruas de São Paulo. Contemplado pelo ProAC Primeiras Obras de Teatro (edição 2013), o espetáculo tem a seguinte ficha técnica: Daniel Lopes (direção), Raquel Morales (assistência de direção), Jéssica Paes e Rafael Presto (dramaturgia), Antonio Herci (sonoplastia), Isadora Giuntini (iluminação), Rodrigo Campos (operador de luz), Raquel Morales (cenografia), Diego Henrique e Rafael Presto (figurinos) e Leila Freire (contrarregragem). O elenco está composto por: Diego Henrique, Ighor Walace, Jéssica Paes, Mariana Menezes, Mauro Cytrinowicz, Paloma Franca Amorim e Rafael Presto. Serviço: Revolução das Galochas Temporada: 3 de maio a 1º de junho Sessões: Sábados e domingos às 20h Local do início: Pça Princesa Isabel (Monumento a Duque de Caxias) Gênero: Distopia Épica Duração: 75min Obs.: em caso de chuva não há espetáculo. artes e cultura SP - Maio de 2014 A comédia Vidas Privadas, cumpre temporada no Teatro Jaraguá. C om direção de José Possi Neto e elenco de primeira, formado por Lavínia Pannunzio (Amanda Pryne), José Roberto Jardim (Elyot Chase), Maria Helena Chira (Sybil Chase) e Daniel Alvim (Victor Prynne), Vidas Privadas estreou dia 10 de maio no Teatro Jaraguá para cumprir temporada até 3 de agosto. A produção, que é de João Federici, da Ideias e Ideais - detentora dos direitos da montagem no Brasil -, se serve da tradução e adaptação de Marcos Renaux, figurinos de Fábio Namatame, cenários de Marco Lima, luz de Wagner Freire e caracterização Westerley Dornelles. O glamour do espetáculo é enfatizado pela trilha sonora, com a música-tema Some Day I’ll Find You composta para o espetáculo pelo próprio autor -, pelo cenário marmorizado, figurinos e cabelos, todos ao estilo art deco, do início da França dos anos 30. Afinal, trata-se de uma comédia, ambientada em Paris, sobre a história de um casal divorciado há cinco anos, que, ao se reencontrar durante a lua de mel, com seus respectivos novos pares, vê o amor renascer e resolvem fugir para a “cidade luz”. O fato desencadeia uma hilá- Fotos: Francisco Alves ria trajetória com diálogos divertidíssimos. Uma das histórias mais contadas em vários idiomas, no Teatro, na TV e no Cinema e que chega ao Brasil após 30 anos da famosa montagem na Broadway com Richard Burton e Elizabeth Taylor. Burton e Taylor, estavam separados pela segunda vez quando, em 1983, a atriz - então com 50 anos - lhe propôs que fizessem uma peça juntos, Private Lives, do dramaturgo inglês Noël Coward (16 de dezembro de 1899 - 26 março 1973). Após o termino da conturbada temporada na Broadway, Liz Taylor internou-se numa clinica de reabilitação e Burton morreu nove meses depois, aos 59 anos. O charme da história real, vivida por uma das duplas mais famosas do cinema, e que alimentou como ninguém o noticiário sobre a intimidade das celebrida- des, poderá ser conferida agora, três décadas depois. Para Possi Neto, diretor da peça, “não é só comédia, pois há uma discussão moral por trás disso. Existe a construção de um raciocínio nonsense. E de alguma maneira ele prenuncia uma linguagem que ficou muito forte, que foi o besteirol. Não um besteirol completo, algo com uma linguagem mais jovem, como as séries de TV de hoje em dia. Tem um paralelo com a linguagem contemporânea. Estamos falando dos anos loucos, e de uma sociedade que foi precursora em uma série de atos mais libertários e de discussão moral, e é disso que a peça trata. Uma discussão de valores morais criando situações absurdas. O texto é muito inteligente”. A montagem O produtor João Federici, que já conhecia o texto, comprou os direitos para montá-lo no Brasil após assistir uma montagem na Broadway com Kim Cattrall e Paul Gross, nos papéis principais, há três anos, e convidou José Possi Neto, “parceiro de décadas”, para dirigir. Marcos Renaux foi logo de início parceiro na tradução e adaptação dando ao texto a contemporaneidade necessário sem perder nenhum traço original do autor. Federici buscou além do diretor e tradutor, profissionais que somassem ao projeto a ideia de manter o texto o mais original possível e com a ação na década original já que o texto de Coward é de uma “atualidade assustadora”. Possi Neto aposta numa encenação realista. “A montagem é fiel aos anos 1930, mas vamos trazer a interpretação dos atores para os dias atuais. Porque o hoje daquela época é o agora. O texto é muito elaborado, e ao mesmo tempo super compreensível para o público. Por trás do texto tem algo de nonsense, mas com uma estrutura realista”, comenta o diretor. O cenário de Marco Lima é todo marmorizado, ao estilo art deco, reproduz as duas suítes com sacadas de um hotel, no primeiro ato, e a sala de um apartamento, em Paris, no segundo. A transição é feita por contra-regras vestidos como bell boys (mensageiros). Os figurinos de Fábio Namatame são luxuosos e compõem a atmosfera dos anos 30. Serviço: Espetáculo teatral Temporada: 10 de maio a 3 de agosto Sessões: Sextas às 21h30, sáb.às 21h e dom. às 19h Classificação indicativa: 14 anos Teatro Jaraguá Rua Martins Fontes, 71, Bela Vista Fone: 11 3255-4380 Capacidade: 266 lugares Ingressos: Sextas e dom. R$ 50 (R$ 25 meia) e sáb. R$ 60 (R$ 30 meia) Sonhos 13 Zugon Villar Tristeza, Eletricidade e Sonhos. A felicidade e a tristeza são bases padrões para nossos sentimentos e reconhecimentos. Quem não passa por experiências dolorosas e felizes não consegue reconhecer estes padrões de qualidade, que dão ao intelecto a percepção e o grau das sensações. Vivemos com base em contrastes e analogias, por isto nunca estamos completamente contentes e satisfeitos. A tristeza enquanto emoção deve ser entendida como um padrão vibratório dissonante, mas como experiência, cada ser humano a vivencia de forma diferente como a infinita multiplicidade das nossas auras. Em um sistema de eletricidade, a energia sai do gerador passa por uma resistência ou uma lâmpada, e volta para o gerador fechando o círculo. Quando não há dispersão neste circuito, a energia volta ao gerador trazendo além da corrente de saída, a tensão adquirida neste intervalo de tempo-espaço, fechando este círculo com aumento violentíssimo da tensão original, o que exige uma urgente descarga para aliviar aquela energia adquirida indevidamente. Em alguns momentos de nossas vidas, direcionamos tanta energia para nós mesmos, e nos isolamos do universo de tal maneira que a corrente elétrica fica totalmente livre, levando esta força gerada pelo sistema a um aumento explosivo, que, por sua vez, gera enorme tristeza em nossas mentes. Os métodos de correção são quase sempre os mesmos: promover curtos circuitos no sistema, ou seja, canalizar a energia excedente para atividades exigentes, como por exemplo: ajudar presencialmente em um pronto socorro ou competir esportivamente; porque assim como mexer com fios elétricos é perigoso ou complicado, para a maioria de nós, também não é muito simples trabalhar com nossas próprias emoções. Assim, para compensar os desníveis, a natureza nos oferece o sonho como um grande e monumental elixir das nossas interioridades não regularmente aplicadas. Neste mês recebemos sonhos com os mais diversos níveis de arquétipos e estágios, os quais já respondemos individualmente, mas este tem um significado arrebatador: o sonhante é o doutor Horácio, que, entre outras atividades, é professor de Química. Estava sentado em uma cadeira de pedra, absorto, melancólico e quase letárgico, no cume de uma montanha, em um país longínquo, quando chegou uma mocinha dizendo que era sua bisavó materna e que veio ao seu sonho porque precisava avisá-lo de um acontecimento futuro, o qual traria muitas alegrias para seus vizinhos. Assustado com o acontecimento inesperado, ele sugere a si mesmo que poderia ser um sonho e pede que ela diga o que poderia fazer para isto se realizar, ela ergue os braços gesticulando e declama este versinho: No mundo do Deus Jeová / sempre tem quem não entende / Mas nas folhas da orquídea, encontrarás tua semente. Depois, ela beijou sua face, passou a mão em sua cabeça, e sorrindo foi desaparecendo. Aqui, conto ao leitor somente a tradução do sonho, os detalhes contei ao dr. Horácio, via e-mail. Este mesmo tipo de sonho foi recebido por Darwin, Alexandre Volta, Faraday e por Mendelev, um pouco antes de se tornarem fantásticos seres iluminados. Pode até não acontecer, mas todos os relatos que li e que ouvi dão conta que todos que tiveram este sonho mudaram o mundo de alguma forma. E você, está fazendo alguma coisa para ficar na historia do planeta? A Kátia, que é mestra em bordados, nos contou que em seu sonho, ela dançava como uma bailarina, conseguia saltar como fosse uma bola e voava como um pássaro, mas, o tempo todo sentia uma tristeza intensa como se o mundo inteiro fosse uma gaiola, e sem a menor perspectiva de mudança. Oi Kátia, voar, despregar-se da gravidade, é como soltar-se dos problemas acumulados no dia a dia, gaiola, embora não pareça, significa encontro com uma antiga paixão e tristeza indica que você vai receber noticias agradáveis de uma fonte indireta. Preste atenção nesta estrofe e decida seu caminho: “Passarinho que voa alto, tem pressa para voltar / e incautos que não são monges, no caminho vão penar”. Convite para o leitor: se você quiser fazer uma palestra sobre qualquer assunto que te interesse, apareça à Rua Alferes Magalhães, 347, fale com o Hugo que ele te dará toda assistência. Ou venha participar conosco, às terças-feiras, às 20 horas, de uma inteligente e sempre bem-humorada conversa entre amigos. 14 artes e cultura SP - Maio de 2014 Jaime Prades revisita a energia da rua em Pacificadores na Galeria Mezanino É sua primeira individual no espaço do jornalista Renato De Cara P“ Pacificadores” é o título da exposição do artista plástico Jaime Prades, que poderá ser visitada de 17 de maio a 21 de junho, na Galeria Mezanino, no bairro Liberdade. Trata-se da primeira mostra individual do artista na galeria e revela 25 obras inéditas (esculturas planas para parede, como o artista gosta de dizer) e também trabalhos da série ‘Brutos”. Tendo como mote a renovação do suporte e tornar a arte mais materializável, Prades - um verdadeiro ícone da arte de rua dos anos 80, traz para a galeria 25 esculturas carregadas pela imagem de seus personagens, construídos a partir de desenhos e que resultam em combinação de técnicas industriais (como chapas de metal cortadas a laser que recebem pintura eletrostática e também o grafite). E Jaime Prades Na parede, funcionam como elementos de uma partitura musical e trazem consigo uma noção de espaço, assim como a herança do grafite. O texto crítico da mostra ficar por conta do curador e pesquisador Saulo di Tarso. “Para mim, eles são quase como logotipos. Dialogam perfeitamente com o abstracionismo e neoconcretismo brasileiro”, diz Prades no seu amplo ateliê no Sumaré. Como complemento da exposição, ele apresenta também algumas obras da série ‘Brutos” - restos de construção e demolição coletados em caçambas da capital paulistana que recebem desenhos feitos a caneta usada amplamente por grafiteiros. Como se fosse um desenho rupestre contemporâneo, o artista denomina as obras, realizadas entre 2011/2013, como ‘grafites portáteis’. Sobre Jaime Prades Nasceu em 1958, em Madri (Espanha), vive no Brasil desde 1970 e trabalha em São Paulo desde 1975. Participou do primeiro coletivo de rua “Mãe Universo” na praça Amadeo Amaral, Bela Vista, Intervenção pictográfica “Mantra Dinamus Estelar” no Parque do Ibirapuera, Esculturas “Radiantes” na Escola Panamericana de Arte de Higienópolis) do Brasil, o Tupinãodá, nome extraído de um poema de Antonio Robert de Moraes, e de inúmeras coletivas, em espaços como o MIS-SP, SESC, 19º Bienal de São Paulo e no Museu de Arte Brasileira. Realizou individuais no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP, Centro Cultural São Paulo (CCSP), na passagem sob a rua da Consolação e na Galeria A Lanterna e na exposição ‘OSSO’ no Espaço Cultural Instituto Cervantes, em 2013. Tem obras em acervos como o Museu de Arte Contemporânea de Santa Catarina, Museu da Arte do Paraná, Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, Escritório de Arte Martin Wurzmann, SESC/SP e na Plaza Gallery (Tóquio, Japão). Também, em exposição permanente em diferentes localidades na cidade de São Paulo (Escultura Serviço: Mostra “Pacificadores”, de Jaime Prades De 17 de maio a 21/06/2014 (terça a sexta, 14h às 20h e sáb, 11h às 18h) Galeria Mezanino Rua da Glória, 279 - Cj 61 Liberdade Tel: 11 3436-6306 Entrada franca www.galeriamezanino. com Cartuns do mundo inteiro, em homenagem a Garcia Márquez no Memorial da América Latina. xatamente um mês depois da morte do escritor Gabriel Garcia Márquez , ganhador do Nobel de Liberatura de 1972, o Memorial da América Latina e a Associação dos Cartunistas do Brasil abrem, neste 17 de maio (sábado), a exposição Borbo Letras para homenagea-lo. A mostra, será realizada no saguão da Biblioteca Latino-Americana do Memorial. O título da exposição Ernesto priego foi inspirado em Maurício Babilônia, personagem do livro Cem Anos de Solidão, o mais conhecido de Garcia Márquez. “Ele vivia sempre envolto em uma nuvem de borboletas amarelas”, lembra JAL, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil e organizador da mostra, em parceria com o espanhol Francisco Punal. Trata-se da primeira homenagem de cunho internacional que será prestada em São Paulo ao escritor colombiano, que por várias ocasiões colaborou com textos e artigos para a Revista Nossa América, publicação do Memorial da América Latina. Os expositores - Estão confirmados cartunistas de vários países e continentes, como Baptistão (SP), Fernandes (SP), Daniel Paz (Argentina), Boligan (Colômbia), Dario Castillejos (México), Jbosco (PA), Calarcá (Colômbia), Mikio (Japão), Raul De La Nuez (USA), Éden (Uruguai), Cau Gomes (MG), Samuca (PE), Amorim (RJ), Túrcios (Espanha). “Será uma exposição imperdível para todos que curtem a arte da literatura e a arte do desenho. Dois mundos que se fundem nos livros e invadem a vida das pessoas”, informa JAL. Antecipando Borbo Letras, desde o dia 6 deste mês o ILAM mantém a exposição - Gabo, eterno em sua literatura -, com vários títulos dos livros do escritor que fazem parte do acervo da Biblioteca Latino-Americana. Serviço: Exposição Borbo Letras Homenagem a Gabriel García Marquez Biblioteca do Memorial 16 de maio a 21 de junho (Seg. a sex., 10h às 17h, sab. das 10 às 17h Entrada franca SP - Maio de 2014 artes e cultura 15