Metodologia e Procedimentos - SisPAE
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Metodologia e Procedimentos - SisPAE
SisPAE 2015 OFICINA DE DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DO SISPAE 2015 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS BELÉM - OFICINA 0 SisPAE: Sistema Paraense de Avaliação Educacional • Avaliação externa da Educação Básica. • Fornece informações consistentes, periódicas e comparáveis sobre a situação da escolaridade básica na rede pública de ensino paraense. SisPAE: 2013 - 2016 2014-2016: SEDUC/PA e Fundação Vunesp/SP Os resultados dos alunos no SisPAE permitem a verificação das competências e habilidades, entre as propostas para cada etapa de ensino-aprendizagem escolar, encontram-se em efetivo desenvolvimento. Matriz de Referência da Avaliação “Conhecendo as matrizes curriculares e as competências estipuladas para os testes o professor contará com um material altamente rico em possibilidades de interpretação e desenvolvimento de ações pedagógicas que contribuíram no processo de superação das dificuldades de aprendizagem.” Valdecir Soligo Doutorado em 2013: A qualidade na Educação Básica: gestão democrática e avaliação de larga escala nos municípios catarinenses * SOLIGO, Valdecir. Possibilidades e Desafios das Avaliações em Larga Escala da Educação Básica na Gestão Escolar. Revista Eletrônica Política e Gestão Educacional, n. 9, 2º Semestre 2010. Disponível em: www.fclar.unesp.br Os conteúdos, competências e habilidades apontados na MRA – SisPAE para cada série e disciplina, indicam o que os alunos devem aprender em cada área do conhecimento, em cada etapa da escolarização. A MRA – SisPAE retrata as estruturas conceituais mais gerais das disciplinas e também as competências mais gerais dos alunos, que se traduzem em habilidades específicas " Quando o que se quer saber é o desempenho de um sistema educacional, é preciso avaliar, utilizando uma metodologia de larga escala. Caso contrário, a avaliação será sempre parcial e incompleta, e por essas razões, poderá levar a decisões que pouco ou quase nada contribuem para a melhoria do projeto educacional. 1.Abrangência: avaliação de larga escala, tem que ser que representativa de um sistema educacional. 2.Objeto: Avaliações de larga escala descrevem um sistema educacional em todas as suas dimensões. 3. Adoção de Referenciais: avaliações de larga escala são norteadas por Matrizes de Referencia, que indicam o que é avaliado para cada área do conhecimento e etapa de escolaridade. Matrizes de Referência não são currículos, mas recortes que com eles guardam estreita relação. 4.Diversidade de dados e complexidade das analises: avaliações de larga escala requerem analise estatística complexa, que permita processar tecnicamente os dados de um grande número de escolas, alunos e turmas. 5.Generalização de resultados: quando um estudo afere desempenhos de turmas e escolas representativos de um sistema educacional, em disciplinas, seus resultados expressam o desempenho desse sistema educacional, na disciplina e no nível de ensino avaliados. Característica Instrumento Temperatura Termômetro Graus Celsius, Fahrenheit etc. Nível socioeconômico Questionário Critério Brasil etc. Teste Proficiência na Escala Saeb, ENEM, Pisa etc. Proficiência Medida Instrumentos do SisPAE: Provas Por exemplo: Prova 4º ano EF Língua Portuguesa- Turma A Caderno 1 22 questões Caderno 10 22 questões Caderno 21 22 questões Por que numerar cadernos de prova? Por exemplo: Cadernos de Prova 4º ano EF - Língua Portuguesa Desempenho dos alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental por Habilidade SisPAE 2015 – Língua Portuguesa 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% LPA01 LPA02 LPA03 LPA04 LPA09 LPA10 LPA11 LPA12 LPA13 LPA14 LPA15 LPA25 LPA26 LPA27 LPA28 Grupo de Menor Desempenho 13 Grupo Intermediário Grupo de Melhor Desempenho Da aplicação de metodologia estatística apropriada , que trata o conjunto de respostas de uma prova SisPAE – disciplina e ano escolar – obtém-se uma média de proficiência . A média expressa o rendimento dos alunos em uma prova. Nas provas de larga escala, como as do SisPAE, em lugar de somar os pontos da prova respondida e dar uma nota para cada aluno, calculam-se as médias para o conjunto dos alunos. Resultados com base no número de acertos do aluno na prova (Escore). A qualidade de um item é medida com base frequência de respostas que ele recebe. Permite estudar a percepção dos respondentes em cada item. Permite avaliar a dificuldade e a discriminação de um item. Teoria da Resposta ao Item - TRI A Teoria da Resposta ao Item (TRI) é um conjunto de modelos matemáticos que representam a probabilidade de um indivíduo responder corretamente a um item, dados os parâmetros do item e a proficiência do indivíduo. Teoria da Resposta ao Item - TRI A TRI permite comparar resultados de um ano para outro, não importando se a prova é mais fácil ou mais difícil. Com alguns itens pré testados em ambas as provas, torna-se possível equalizar as proficiências. A TRI permite medir, explicar a medida, avaliar o ganho em proficiência entre as séries/anos escolares, e utilizar essa medida como uma forma de tomar ações para um melhor planejamento educacional. Vamos ver na Prática? SisPAE 2015 - Língua Portuguesa - 4º Ano EF LPA 01 - Identificar a finalidade de um texto O que significa Parâmetros TRI? Como foram as escolhas em cada alternativa de resposta? SisPAE 2015 - Matemática - 5º Ano EF Generalização de resultados Quando um estudo afere desempenhos de turmas e escolas representativos de um sistema educacional, em disciplinas, seus resultados expressam o desempenho desse sistema educacional, na disciplina e no nível de ensino avaliados. Revista do SisPAE 2015 Referências e Resultados Verifique os dados do desempenho de sua(s) turma (s), na sua disciplina. SisPAE: dando sentido aos resultados O SisPAE ancora o desempenho dos alunos em uma escala, a Escala de Proficiência. Uma escala permite ordenar posições e desse modo, nela se pode situar o desempenho dos alunos do sistema educacional. E mais: o desempenho dos alunos de cada rede e de cada escola que participou da avaliação. Escala de Proficiência: ordenando posições • Uma escala é uma maneira de medir resultados de forma ordenada. • A escolha dos números que definem os pontos de uma escala de proficiência é arbitrária e construída com os resultados da aplicação do método estatístico de análise denominado Teoria da Resposta ao Item (TRI). Escala de Proficiência: dando sentido aos resultados 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 A Escala de Proficiência do SisPAE está na mesma métrica utilizada pelo Saeb, o exame nacional de referência para a Educação Básica do Brasil desde 1996. Portanto os resultados obtidos pelos alunos paraenses nos dois exames são comparáveis. TRI: 1º passo - Itens na Escala Item 1 125 Item 40 150 175 Item 77 200 225 250 A TRI é utilizada para criação da medida da escala para verificação do desempenho. Os itens são posicionados na escala de proficiência, permitindo verificar que habilidade está associada a determinada proficiência. Escala SisPAE Por exemplo: três alunos participaram do SisPAE: dispondo das suas médias de proficiência, verifica-se em que ponto da escala se encontram. <125 125 150 135,8 175 200 182,4 225 250 275 257,5 300 325 350 375 ≥400 A TRI e a Escala SisPAE Espera-se que um indivíduo com proficiência igual a 257, consiga responder corretamente ao item na posição 257 e todos os anteriores. Espera-se que um indivíduo com proficiência igual a 257 não responda corretamente a um item na posição maior que 257 na escala. Mesmo não sendo esperado, é possível que um indivíduo com proficiência igual a 257 responda corretamente a um item com posição maior que 257. Escala SisPAE Cada disciplina avaliada no SisPAE possui uma escala própria, que permite a representação das habilidades que integram a Matriz de Referência do SisPAE. Exemplo: Língua Portuguesa 4º Ano EF 4º EF < 135 135 160 185 210 > 235 Níveis de Proficiência de Língua Portuguesa 4° EF - SisPAE Nível 4º EF 5º EF 7ª EF 8ª EF 1ª EM 2ª EM 3ª EM < 135 < 150 < 175 < 200 < 215 < 230 < 250 Básico 135 a < 185 150 a < 200 175 a < 225 200 a < 275 215 a < 280 230 a < 285 250 a < 300 Adequado 185 a < 235 200 a < 250 225 a < 275 275 a < 325 280 a < 340 285 a < 355 300 a < 375 Avançado ≥ 235 ≥ 250 ≥ 275 ≥ 325 ≥ 340 ≥ 355 ≥ 375 Abaixo do Básico E as médias SisPAE 2015 LP 4º Ano Ensino Fundamental, situam - se no intervalo ...... Básico Básico Básico Níveis de Proficiência Nível de Proficiência Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado Descrição Os alunos neste nível demonstram domínio insuficiente dos conteúdos, competências e habilidades desejáveis para o ano/série escolar em que se encontram. Os alunos neste nível demonstram domínio mínimo dos conteúdos, competências e habilidades, mas possuem as estruturas necessárias para interagir com a proposta curricular no ano/série subsequente. Os alunos neste nível demonstram domínio pleno dos conteúdos, competências e habilidades desejáveis para o ano/ série escolar em que se encontram. Os alunos neste nível demonstram conhecimentos e domínio dos conteúdos, competências e habilidades acima do requerido no ano/série escolar em que se encontram. Percentuais de alunos do 4o Ano EF por Nível de Proficiência em Língua Portuguesa SisPAE 2014 e 2015 Percentuais de alunos do 4o Ano EF por Nível de Proficiência em Língua Portuguesa Estado, Rede Estadual e Redes Municipais SisPAE 2014 e 2015 SisPAE: destaques de uma prova de larga escala Proficiência em lugar de Nota/Conceito. Posicionamento em Escala em lugar de lista de aprovados. Interpretação pedagógica dos Níveis de Proficiência como mecanismo para induzir ações de melhoria. SisPAE 2015 – Língua Portuguesa SisPAE 2015 – Língua Portuguesa SisPAE 2015 – Língua Portuguesa • estabelecem relações de coesão entre segmentos de texto, associando uma expressão a seu referente, em poema; • identificam o local da moradia de uma personagem no enredo, em fábula; • identificam o local em que se desenrola o enredo, em história em quadrinhos; • inferem o assunto principal do texto, em notícia; • localizam informação explícita, com base na compreensão global do texto, em fábula e em informativo de interesse público; • selecionam título para foto, considerando as informações implícitas nela contidas. • identificam as personagens de uma narrativa literária, em conto; E mais SisPAE 2015 – Língua Portuguesa Nível Básico: 135 a < 185 estabelecem relação de causa/consequência entre informações, em artigo de divulgação científica e em reportagem; • identificam o efeito de sentido produzido pelo uso de pontuação expressiva (exclamação) e caixa-alta, em poema; • identificam as marcas do foco narrativo, em fábula; • inferem a moral, em fábula; • identificam o sentido denotado de vocábulo, selecionando aquele que pode substituílo, em notícia; • selecionam título para o texto, considerando as informações explícitas, em conto, imagem, e notícia. • inferem o assunto principal do texto, em artigo de divulgação científica. • identificam os elementos constitutivos da organização interna de um texto científico. • estabelecem relação entre segmentos de texto, identificando substituições por formas pronominais. • SisPAE 2015 – Língua Portuguesa SisPAE 2015 – Língua Portuguesa SisPAE 2015 – Língua Portuguesa SisPAE 2015 – Língua Portuguesa LPA 01 - Identificar a finalidade de um texto SisPAE 2015 – Língua Portuguesa Oficina de Elaboração de Itens – Marabá maio de 2016 Oficina de Elaboração de Itens – Marabá maio de 2016 Oficina de Elaboração de Itens – Marabá maio de 2016 SisPAE: a Escala de Proficiência " A escala do SisPAE descreve a proficiência em detalhes. Por isso, é útil para definir tipos de tarefas a serem propostas aos alunos quando o que se quer é fazê-los avançar na escala, isto é, quando o esforço se dirige no sentido de aumentar os percentuais de alunos classificados nos níveis mais altos do SisPAE. " A possibilidade de descrever a proficiência em detalhes vem da MRA/SisPAE e das provas que com ela se elaboram. Vamos à Escola? Resultado da Escola no SisPAE 2015: Média de Matemática 5º EF = 200,0 Escola A média de Matemática da escola corresponde à média das proficiências em Matemática, dos alunos de 5º ano EF dessa escola. 125 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 Escala SisPAE – Matemática 5º Ano EF Nível Abaixo do básico < 175 Os alunos nesse nível são capazes de: • Descobrir o número ocultado em uma soma que torna a sentença verdadeira; • Determinar o horário após 10 minutos da hora apontada em um relógio digital; • Determinar a diferença, em minutos, entre dois horários • Efetuar uma multiplicação entre um número de três e outro de dois algarismos • Identificar, em um gráfico de colunas, as entradas associadas ao maior e menor valor apresentados no gráfico • Ler a temperatura marcada em um termômetro; • Ler a marcação em uma seringa que indica volume do líquido contido. Escala SisPAE – Matemática 5º Ano EF Nível Básico: 175 a 225 Os alunos classificados nessa faixa de proficiência mostram ser capazes de: • Identificar a unidade de medida correta para determinar o peso de um elefante; • Identificar o número total apresentado em um gráfico de colunas que apresenta marcações primárias e secundárias; • Localizar um número de quatro algarismos na reta numérica variando de 32 em 32 unidades (não informado no texto) • Reconhecer o valor posicional de um algarismo que compõe um número; • Resolver problema envolvendo multiplicação para a contagem de carros dispostos em filas em um estacionamento (configuração retangular) Média de Proficiência – Matemática 5ºEF 4ºEF 8ªEF 2ªEM 7ªEF 1ªEM 3ªEM 5ºEF 4ºEF 8ªEF 7ªEF 2ªEM 1ªEM 3ªEM Vamos à Escala de Proficiência Matemática 5° EF – SisPAE? Escola 125 Item 1: descobrir o número ocultado em uma soma que torna a sentença verdadeira 125 150 175 200 225 250 Item 2: calcular a soma de três números, sendo dois na ordem da centena e um na ordem da dezena 275 300 325 350 375 400 Item 3: Identificar o decimal 11,5 na reta numérica (graduada nos décimos) Em média, os alunos dessa escola desenvolveram as habilidades descritas nos itens 1 e 2, mas não a habilidade correspondente ao item 3. Vamos à Escola? Matemática 5º EF Nível % Abaixo do básico 38,4 Básico 32,5 Adequado 25,6 Avançado 3,5 Matemática 5º EF Nível % Abaixo do básico 13,4 Básico 44,4 Adequado 32,5 Avançado 9,7 Diferenças de Desempenho Por quê? Há fatores associados a essas diferenças? " Nível socioeconômico dos alunos da escola (NSE) " Região (capital/interior) da escola " Clima em sala de aula " Nível de qualificação e motivação dos professores da escola " Nível da infraestrutura predial " Nível de informatização e outros recursos da escola " Qualificação e motivação do gestor escolar " Estilo de liderança do gestor escolar Por que estudar fatores associados? • Alunos e escolas têm desempenhos diferentes . Por quê? • • • Em grande parte porque os alunos têm condições diferentes para a aprendizagem; as escolas têm estruturas diferentes. Os fatores associados ao desempenho podem ser características dos alunos, das turmas, dos professores, das escolas e do ambiente. Etapas para o estudo dos fatores associados Medidas e Indicadores Fatores fora do controle do professor e do gestor. Associados ao aluno: • • • • • Sexo Cor Nível Socioeconômico Familiar Se trabalha além de estudar Se já teve reprovação ou abandono Associados à escola: • Local (urbana ou rural) • Dependência administrativa (municipal ou estadual) • Região de integração Medidas e Indicadores Fatores que professor e/ou gestor podem atuar • Nível de relacionamento escolar na percepção do aluno • Nível do clima escolar na percepção do aluno • Correção dos deveres de casa • Professor procurar fazer com que todos os alunos aprendam • Orientação aos pais e alunos para que o aluno faça os deveres de casa • Orientação aos pais para incentivar os filhos nos estudos • Professor não faltar Construção de Medidas e Indicadores • Muitas medidas foram construídas pela Teoria da Resposta ao Item. • E organizadas por escalas ordinais com níveis interpretáveis. • Exemplo: Nível Socioeconômico Familiar (NSE7) para estudantes da 7ª EF a 3ª EM Construção de Medidas e Indicadores • Nível Socioeconômico Familiar (NSE7) • Nível 1 (Baixo) – Em geral a família deste nível tem no máximo uma TV e uma geladeira simples; não costuma ter geladeira duplex, freezer, máquina de lavar roupa carro, moto, e empregada doméstica ou diarista. O domicílio não costuma ter banheiro interno e usualmente tem no máximo um quarto. • Nível 2 (Médio-baixo) – Neste nível a família já pode ter geladeira duplex e máquina de lavar roupa. A casa costuma ter banheiro interno e pode ter mais de um quarto. Também costuma contar com serviço de coleta de lixo. Construção de Medidas e Indicadores • Nível Socioeconômico Familiar (NSE7) • Nível 3 (Médio) – Neste nível a família costuma ter freezer, máquina de lavar roupa e tem um ou mais TV e computador. A casa costuma ter banheiro interno (às vezes mais de um) e mais de um quarto. A casa, em geral, está em rua asfaltada ou calçada. • Nível 4 (Médio-alto) – Neste nível a família pode ter mais de uma TV, ter DVD, mais de uma geladeira ou freezer, mais de um carro ou moto e costuma ter diarista ou empregada mensalista. A casa costuma dois ou mais banheiros internos e mais de dois quartos. Análise de cada fator isoladamente • A primeira ideia para avaliar os fatores associados com o desempenho é através de “tabelas cruzadas” entre cada fator e os níveis de desempenho. • Níveis de desempenho considerados: – Abaixo do básico – Pelo menos o básico • Fator-exemplo: Nível de Estrutura Predial (NEP): – Inadequado – Regular – Adequado Análise de cada fator isoladamente • Ex. 5º ano Língua Portuguesa. Para NEP inadequado: Para NEP adequado: P(básico ou maior) = 0,566 P(básico ou maior) = 0,663 Análise de cada fator isoladamente • Conceito de chance Para NEP inadequado: P(básico ou maior) = 0,566 P(abaixo do básico) = 0,434 • Chance de básico ou maior: 0,566 / 0,434 = 1,30 – A cada 100 alunos abaixo do básico espera-se 130 alunos no nível básico ou maior Análise de cada fator isoladamente • Conceito de chance Para NEP adequado: P(básico ou maior) = 0,663 P(abaixo do básico) = 0,337 • Chance de básico ou maior: 0,663 / 0,337 = 1,97 – A cada 100 alunos abaixo do básico espera-se 197 alunos no nível básico ou maior Análise de cada fator isoladamente • Conceito de razão de chance Para NEP adequado: P(básico ou maior) = 0,663 P(abaixo do básico) = 0,337 Chance de básico ou maior: 0,663 / 0,337 = 1,97 Para NEP inadequado: P(básico ou maior) = 0,566 P(abaixo do básico) = 0,434 Chance de básico ou maior: 0,566 / 0,434 = 1,30 • Razão de chances: 1,97 / 1,30 = 1,52 – Com NEP adequado a chance de estar no nível básico ou maior é 52% maior do que com NEP inadequado. Análise de cada fator isoladamente Local da escola NSE Atuação do gestor NEP Desempenho Atuação dos professores Atuação dos pais Ao analisar o efeito isolado de cada fator está se considerando o efeito direto e os efeitos indiretos. Estudo dos fatores de forma múltipla NEP Local da escola NSE dos alunos Atuação do gestor Atuação dos professores Atuação dos pais Desempenho Estudo dos fatores de forma múltipla Regressão Múltipla Desempenho = b0 + b1(NSE) + b2(incentivo dos pais) + b3(local) + b4(Dep. Adm.) + b5(NEP) + ... + variação aleatória • Os coeficientes de cada fator são estimados com os dados observados. Estudo dos fatores de forma múltipla • O desempenho está sendo analisado de forma dicotômica: – abaixo do básico vs. – básico ou maior Regressão Múltipla logística Chance de básico ou maior = = exp{b0 + b1(NSE) + b2(incentivo dos pais) + b3(local) + ...} • Por esse modelo examina-se o efeito de cada fator pela razão de chances. • Para acomodar fatores observados em alunos e fatores de escolas foi usada a abordagem de modelos hierárquicos (Modelo Hierárquico Logístico) Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Chance de estar no nível básico ou maior Fatores do nível Aluno Categoria de referência mt4 lpt4 mt5 lpt5 -‐15% 34% -‐18% 36% Sexo [fem.] [masc.] Cor [pardo] [branco/amarelo] 28% 21% 18% 23% Cor [preto] [branco/amarelo] -‐13% -‐4% -‐13% -‐11% Cor [indígena] [branco/amarelo] ns -‐6% 21% 19% Cor [não sabe] [branco/amarelo] 20% 40% -‐11% ns NSE4 [baixo-‐médio] [baixo] 23% 45% 16% 29% NSE4 [médio] [baixo] 20% 33% 20% 30% NRE [bom] [ruim] 107% 117% 137% 173% NRE [muito bom] [ruim] 133% 170% 170% 239% Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Chance de estar no nível básico ou maior Fatores do nível Aluno Categoria de referência mt4 lpt4 mt5 lpt5 Abandono [sim] [não] -‐14% -‐34% -‐11% -‐28% Reprovação [sim] [não] -‐45% -‐51% -‐52% -‐49% Escola part. [sim] [não] -‐19% -‐13% -‐14% -‐20% Fez pré-‐escola [sim] [não] ns ns 5% ns Ida à escola [de bicicleta] [a pé] ns -‐2% 6% ns Ida à escola [transp. próprio] [a pé] 34% 48% 32% 50% Ida à escola [transp. esc. ruim] [a pé] ns -‐10% 37% 26% Ida à escola [transp. esc. bom] [a pé] ns -‐8% -‐11% -‐7% Trabalha [sim] [não] -‐42% -‐49% -‐47% -‐58% Trab. domésTco [menos de 1h] [não ] -‐9% -‐19% -‐3% -‐21% Trab. domésTco [de 1 a 3h] [não ] -‐26% -‐29% -‐16% -‐30% Trab. domésOco [mais de 3h] [não ] -‐43% -‐37% -‐42% -‐44% Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Chance de estar no nível básico ou maior Fatores do nível Aluno Categoria de referência mt4 lpt4 mt5 lpt5 Tv e internet [menos de 1h] [não ] ns 2% 1% ns Tv e internet [de 1 a 3h] [não ] 19% 3% 38% 20% Tv e internet [mais de 3h] [não ] 28% 28% 48% 31% IncenTvo dos pais [moderado] [baixo] 12% 21% 9% 36% IncenOvo dos pais [alto] [baixo] 48% 77% 38% 93% Prof. corrige [de vez em quando] [quase nunca] 13% 20% 30% 34% Prof. corrige [quase sempre] [quase nunca] 17% 22% 35% 36% Faz dever [de vez em quando] [quase nunca] 39% 46% 33% 65% Faz dever [quase sempre] [quase nunca] 58% 75% 75% 93% Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Chance de estar no nível básico ou maior Fatores do nível Escola Categoria de referência mt4 lpt4 mt5 lpt5 -‐16% -‐39% -‐34% -‐42% Localização [rural] [urbana] Dep. adm. [municipal] [estadual] ns -‐12% 31% 28% Região [Araguaia] [Metropolitana] ns -‐18% -‐38% -‐35% Região [Baixo Amazonas] [Metropolitana] ns -‐6% -‐20% -‐34% Região [Carajás ] [Metropolitana] ns 12% -‐20% -‐19% Região [Lago de Tucuruí ] [Metropolitana] ns -‐17% -‐25% -‐35% Região [Marajó] [Metropolitana] -‐22% -‐46% -‐41% -‐51% Região [Rio Caeté] [Metropolitana] -‐45% -‐52% -‐52% -‐55% Região [Rio Capim ] [Metropolitana] ns 4% ns ns Região [Rio Guamá ] [Metropolitana] -‐16% -‐21% -‐38% -‐30% Região [Tapajós] [Metropolitana] 41% 58% ns 52% Região [TocanTns ] [Metropolitana] ns -‐37% -‐38% -‐47% Região [Xingu] [Metropolitana] ns -‐11% ns -‐30% Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Chance de estar no nível básico ou maior Fatores do nível Escola Categoria de referência mt4 lpt4 mt5 lpt5 NEP [regular] [inadequado] ns ns 13% ns NEP [adequado] [inadequado] ns ns 26% ns NEqui [regular] [ruim] ns 17% ns 27% NEqui [bom] [ruim] ns 32% ns 52% Diretor discute sim] [não] ns ns 17% ns Diretor exige [sim] [não] ns ns 33% 44% Diretor [fem.] [masc.] 13% 17% 16% 21% Diretor PG [sim] [não] ns ns 12% 14% Diretor: preparo para avaliação [não] ns 16% ns ns Diretor há mais de 10 anos [não] ns 8% ns ns Coord57: Problema de interrupção [não] -‐11% -‐28% ns ns Coord38: Desescmulo docência [não] ns -‐15% ns ns Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Ex. 1. Efeito do professor corrigir os deveres de casa. Categoria de Fatores do nível Aluno mt4 lpt4 mt5 lpt5 Prof. corrige [quase sempre] 17% 22% 35% 36% referência [quase nunca] Em lpt5, a chance de um aluno em que o professor corrige os deveres de casa é 36% maior de estar no nível “básico ou maior” do que nos casos em que o professor não corrige os deveres de casa. Enquanto no grupo dos alunos em que o professor não corrige os deveres de casa, 100 alunos atingem nível “básico ou maior”; no grupo dos alunos em que o professor corrige os deveres de casa, espera-se que esse número seja de 136 alunos. Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados do 4º e 5º ano Ex. 2. Efeito reprovação. Fatores do nível Aluno Reprovação [sim] Categoria de referência [não] mt4 lpt4 mt5 lpt5 -‐45% -‐51% -‐52% -‐49% Em lpt5, a chance de um aluno que já foi reprovado é 49% menor de estar no nível “básico ou maior” quando comparados a alunos que não tiveram reprovação. A cada 100 alunos que nunca reprovaram conseguem atingir o nível “básico ou maior”, espera-se que apenas 51 (49% menos) dos que já reprovaram chegam no nível “básico ou maior”. Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados Língua Portuguesa. 7ª EF a 3ª EM Chance de estar no nível básico ou maior Fatores de nível Aluno Sexo [fem.] Cor [pardo] Cor [preto] Cor [indígena] Defasagem [sim] NSE7 [médio-‐baixo] 1 NSE7 [médio] 1 NCE [ruim] 3 NCE [bom] 3 NCE [óTmo] 3 NRE [bom] 4 NRE [muito bom] 4 NSAE7 [saTsfeito]5 NSAE7 [totalmente saTsfeito] 5 Categoria de referência [masc.] [branco/amarelo] [branco/amarelo] [branco/amarelo] [branco/amarelo] [baixo] [baixo] [péssimo] [péssimo] [péssimo] [ruim] [ruim] [insaTsfeito] [insaTsfeito] 7ª EF 0,7 ns -‐0,11 ns -‐0,36 0,23 0,3 0,09 0,11 ns 0,52 0,54 ns -‐0,14 8ª EF 77% -‐7% -‐18% ns -‐31% 28% 36% 21% 42% 13% 32% 38% ns -‐24% 1ª EM 2ª EM 3ª EM 0,68 ns -‐0,11 ns -‐0,39 0,29 0,39 0,16 0,31 0,18 0,41 0,46 ns -‐0,31 46% -‐9% -‐12% -‐18% -‐50% 36% 40% 19% 42% 18% 55% 64% -‐7% -‐35% 0,49 ns ns -‐0,18 -‐0,52 0,38 0,39 0,16 0,44 0,22 0,4 0,49 ns -‐0,37 Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados Língua Portuguesa. 7ª EF a 3ª EM Chance de estar no nível básico ou maior Fatores de nível Aluno Categoria de referência 7ª EF 8ª EF 1ª EM 2ª EM 3ª EM Prof. ouve [sim] [não] 0,15 12% 0,15 ns 0,13 Prof. Tra dúvidas [sim] [não] 0,25 26% 0,22 21% 0,12 Aluno aprende com o prof. [sim] [não] 0,19 11% 0,13 13% ns Aprendizado depende mais do prof. [sim] [não] -‐0,29 -‐38% -‐0,37 -‐38% -‐0,41 Prof. aluno bom [sim] [não] -‐0,27 -‐22% -‐0,22 -‐20% -‐0,09 Prof. corrige dever de casa [sim] [não] 0,53 52% 0,5 45% 0,4 Prof. explica bastante [sim] [não] ns ns ns ns ns Prof. turma toda pode aprender [sim] [não] 0,32 32% 0,23 47% 0,25 Aluno capricha nos trabalhos [sim] [não] 0,28 34% 0,32 27% 0,4 Prof. é claro [sim] [não] 0,2 ns ns -‐14% -‐0,13 Aulas interessantes [sim] [não] -‐0,11 -‐17% -‐0,13 -‐17% -‐0,2 Prof. falta [sim] [não] -‐0,22 -‐21% -‐0,12 -‐10% -‐0,11 Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados Língua Portuguesa. 7ª EF a 3ª EM Chance de estar no nível básico ou maior Fatores de nível Escola Região [Araguaia] Região [Baixo Amazonas] Região [Carajás ] Região [Lago de Tucuruí ] Região [Marajó] Região [Rio Caeté] Região [Rio Capim ] Região [Rio Guamá ] Região [Tapajós] Região [TocanTns ] Região [Xingu] Local [rural] Dep. Adm. [municipal]2 Categoria de referência [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [urbana] [estadual] 7ª EF 8ª EF 1ª EM 2ª EM 3ª EM -‐0,2 ns ns ns ns -‐0,26 ns -‐0,21 0,35 ns ns ns ns -‐22% ns ns ns ns ns ns 0,27 ns ns ns ns ns ns 27% ns 23% 0,36 27% 0,54 ns -‐0,21 ns ns 36% ns ns ns -‐17% ns ns ns ns 0,31 35% 0,76 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns 16% – – – Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados Matemática. 7ª EF a 3ª EM Chance de estar no nível básico ou maior Fatores de nível Aluno Sexo [fem.] Cor [pardo] Cor [preto] Cor [indígena] Defasagem [sim] NSE7 [médio-‐baixo] NSE7 [médio] NCE [ruim] NCE [bom] NCE [óTmo] NRE [bom] NRE [muito bom] NSAE7 [saTsfeito] NSAE7 [totalmente saTsfeito] Categoria de 7ª EF 8ª EF 1ª EM 2ª EM 3ª EM referência [masc.] -‐33% -‐39% 67% -‐35% -‐45% [branco/amarelo] 10% ns ns ns 10% [branco/amarelo] ns -‐9% -‐11% ns ns [branco/amarelo] ns ns ns ns -‐24% [branco/amarelo] -‐39% -‐43% -‐39% -‐47% -‐56% [baixo] 19% 16% 30% 23% 32% [baixo] 44% 33% 38% 28% 40% [péssimo] 10% 22% 17% 18% 17% [péssimo] 23% 48% 32% 41% 51% [péssimo] ns 19% 18% 22% 22% [ruim] 49% 19% 40% 41% 35% [ruim] 48% 31% 45% 51% 53% [insaTsfeito] ns ns ns ns -‐8% [insaTsfeito] -‐17% -‐26% -‐31% -‐29% -‐37% Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados Matemática. 7ª EF a 3ª EM Chance de estar no nível básico ou maior Fatores de nível Aluno Prof. ouve [sim] Prof. Tra dúvidas [sim] Aluno aprende com o prof. [sim] Aprendizado depende mais do prof. [sim] Prof. aluno bom [sim] Prof. corrige dever de casa [sim] Prof. explica bastante [sim] Prof. turma toda pode aprender [sim] Aluno capricha nos trabalhos [sim] Prof. é claro [sim] Aulas interessantes [sim] Prof. falta [sim] Categoria de referência [não] [não] [não] [não] [não] [não] [não] [não] [não] [não] [não] [não] 7ª EF 6% 14% 30% -‐27% -‐19% 33% -‐10% 16% 30% 17% -‐8% -‐17% 8ª EF ns 15% 28% -‐37% -‐12% 35% ns 20% 25% ns -‐11% -‐18% 1ª EM 2ª EM 3ª EM 15% 24% 13% -‐37% -‐22% 33% ns 23% 32% ns -‐12% -‐12% ns 14% 26% -‐32% -‐12% 30% ns 19% 13% ns -‐13% -‐6% 18% ns 45% -‐38% -‐8% 17% ns ns 21% ns -‐17% -‐10% Estudo dos fatores de forma múltipla Resultados Matemática. 7ª EF a 3ª EM Chance de estar no nível básico ou maior Fatores de nível Escola Região [Araguaia] Região [Baixo Amazonas] Região [Carajás ] Região [Lago de Tucuruí ] Região [Marajó] Região [Rio Caeté] Região [Rio Capim ] Região [Rio Guamá ] Região [Tapajós] Região [TocanTns ] Região [Xingu] Local [rural] Dep. Adm. [municipal] NEP [regular] NEP [adequado] NEqui [regular] NEqui [bom] Categoria de referência [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [Metropolitana] [urbana] [estadual] [inadequado] [inadequado] [ruim] [ruim] 7ª EF ns -‐14% ns ns ns -‐26% ns -‐14% 22% ns 17% -‐7% 8% ns ns ns ns 8ª EF 1ª EM 2ª EM 3ª EM -‐16% ns ns ns ns -‐27% 43% -‐21% ns -‐16% ns -‐12% 20% 8% ns ns ns ns ns ns ns 32% -‐26% ns ns 31% ns ns ns -‐ ns ns ns -‐28% ns ns ns ns 30% -‐20% ns ns ns ns ns ns -‐ ns ns -‐11% -‐18% ns ns ns ns 38% -‐24% ns -‐22% ns ns ns ns -‐ ns ns -‐17% -‐37% Algumas considerações • O conhecimento dos principais fatores que afetam o desempenho escolar auxilia os gestores e os professores a orientarem suas ações de forma mais objetiva e pragmática, melhorando o desempenho escolar dos alunos e diminuindo as diferenças entre eles. • Esse estudo mostra forte impacto no desempenho de alguns fatores que estão intimamente ligados à gestão e ao trabalho em sala de aula, como: – Passar, cobrar e corrigir os deveres escolares dos alunos. – Motivar os pais a participar mais da vida escolar e incentivar os filhos a estudar. – Melhorar o nível de relacionamento escolar. – Melhorar o clima escolar. Algumas considerações • Num trabalho complementar, foram selecionadas escolas que se destacaram no SisPAE 2015, com vistas a identificar “boas práticas”. • Mas não seria justo comparar a qualidade da gestão em escolas localizadas em regiões mais ricas, com boa infraestrutura e alunos com nível socioeconômico familiar alto com escolas de regiões pobres, com infraestrutura deficitária e alunos com nível socioeconômico familiar baixo. • Por isto a seleção levou em conta o ambiente em que se encontra a escola, ou seja, foram descontados os efeitos de fatores não controláveis pela gestão escolar. Obrigado!