desentranhando recursos estilísticos da leitura

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desentranhando recursos estilísticos da leitura
Recursos Estilísticos da Leitura Neotestamentária – SILVA & LUNA
DESENTRANHANDO RECURSOS
ESTILÍSTICOS DA LEITURA
NEOTESTAMENTÁRIA
EUFEMISMO & HIPÉRBOLE
Marcos Fernando da Silva1
Jairo Nogueira Luna2
RESUMO: Os recursos expressivos da linguagem aplicados ao
texto estabelecem a distinção estilística que o autor adota para
se comunicar e também vêm marcar o grau de literalidade que
permeia todo o conjunto das ideias que compõem a malha
textual. Este artigo tem o propósito de realçar o emprego dos
eufemismos relacionados à morte, ao ato sexual, aos gentios e a
Deus dentro do texto Neotestamentário, destacando a sua
ocorrência com a citação e análise de versículos que integram o
corpus da pesquisa; como também, evidenciar a ocorrência e o
emprego dos termos e expressões da figura de linguagem da
hipérbole. Para tal fim, fez-se uso simultâneo de citações
trilíngues (Grego, Português e Inglês) a fim de dar maior
consistência à fidelidade do conteúdo literal-eufemístico e
hiperbólico constante do verso referenciado. Ao proceder à
leitura e evidenciar a localização do recurso estilístico, concluise com melhor isenção interpretativa o contexto expresso no
1
Professor graduado em Letras (Inglês e Português) pela AESA-CESA,
Pós-graduado em Ensino de Língua Portuguesa e suas Literaturas pela UPE;
E fez um curso de aperfeiçoamento em sociologia (IFPE) pela RENAFOR.
E-mail: [email protected]
2
Professor orientador: Doutor, pela Universidade de São Paulo, USP Brasil. Prof. Adjunto da UPE.
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versículo examinado, o que, sem dúvida, favorece uma leitura
isenta de distorções causuísticas, como se vê em algumas
“interpretações” formuladas ao sabor “dos ventos de
doutrinas”, como bem enfatiza o escritor Paulo de Tarso, autor
que integra o leque de escritores do Novo Testamento.
Palavras Chaves: Eufemismo. Hipérbole. Neotestamentário.
Figuras de linguagem. Literatura
ABSTRACT: The expressive resources of language applied to
text establish the stylistic distinction that the author adopts to
communicate and also have marked the degree of literalism
that pervades the whole set of ideas that make up the textual
fabric. This article aims to highlight the use of euphemisms
related to death, sexual act, and God to the Gentiles in the New
Testament text, highlighting its occurrence with the citation
and analysis of verses that comprise the corpus of research. As
well, highlighting the occurrence and employment of terms and
expressions of figure of speech hyperbole. To this objective,
trilingual quotes were used simultaneously (Greek, Portuguese
and English) in order to give greater consistency to reliability
of the literal-euphemistic and hyperbolic content constant in
the referenced verse. When you proceed to read and highlight
the location of stylistic resource, you conclude with better
interpretive context exemption expressed in the examined
verse, which favors a reading free of casuist distortions
undoubtedly, as seen in some "interpretations" made from the
flavor "of winds of doctrines", as well as emphasizes the writer
Paul of Tarsus, author who integrates the range of New
Testament writers.
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Key-words: Euphemism. Hyperbole. New Testament. Figures
of speech. Literature.
INTRODUÇÃO
No dia a dia, nas conversas, mensagens e, em geral, nos
nossos diálogos, às vezes, fazemos uso de figuras de linguagem
sem notarmos; usamos tal recurso linguístico para tornar as
mensagens, conversas e diálogos mais expressivos e/ou
significativos. E isso não é diferente no que diz respeito ao
texto onde utilizamos tais figuras como meio estratégico para
se conseguir transmitir ou exprimir na interpretação do
leitor/ouvinte certo efeito que normalmente a fala ou escrita,
apenas, não poderia dar conta com a intensidade que
gostaríamos de expressar. E quando tratamos de eufemismo ou
hipérbole, dentre as figuras de linguagem, no texto
Neotestamentário (do Novo Testamento) poucos conhecem de
fato tais figuras presentes na Literatura Cristã; na Bíblia
Sagrada.
Há religiões que utilizam, muitas vezes, alguns textos
Bíblicos (ou partes) de forma isolada e literal; isto é, leem e
aplicam ao bel-prazer sem fazer uma pesquisa, análise,
comparação e interpretação, minuciosamente, mais aguçada e
reflexiva. Negligenciando, então, elementos fundamentais para
uma análise textual mais segura, sadia, concisa, apurada e
“original” do ponto de vista de quem a transmitiu. Exemplo
bem nítido é, às vezes, a exclusão irrefletida, quando submetida
a uma “interpretação”, das diversas figuras de linguagem
presentes no âmbito da literatura Cristã, especificamente, no
texto Bíblico do Novo Testamento. É de considerável
importância averiguar o texto e o contexto linguístico de tal
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mensagem; levando em consideração uma gama de aspectos
que, aparentemente, são básicos - como: o idioma, a cultura, a
época, quem escreveu e para quem foi transmitido, o que disse
e, além de ser necessário, entender os conceitos de denotação e
conotação; para não dizermos o que não foi dito pelo autor ou
falar o que o autor não quis dizer; fazendo, então, uma
interpretação presunçosa, falha, subjetiva e calcada, às vezes,
em preceitos ideológicos pessoais ou eclesiásticos. Isto é, a
interpretação adjuntiva de causuísmos carrega, em si, o sentido
eisegético.
Foi pensando nessas e em outras incógnitas de
interpretação que quase toda pessoa já se deparou e/ou ainda
nos deparamos em meio a uma passagem Bíblica (muitas vezes
simples ou difícil e, às vezes, “obscura” ao nosso
entendimento; sejam acerca de figuras de linguagem ou, até
mesmo, elementos hermenêuticos) que resolvemos fazer uma
análise de algumas ocorrências (com a citação e análise do
versículo) das expressões eufemísticas e hiperbólicas
presentes no texto do Novo Testamento trilíngue: Grego,
Português e Inglês (1998), e mostrar a relevância ao se
conhecer
certos
recursos
linguísticos
empregados,
estilisticamente, nos textos Bíblicos; como, também, apresentar
em grego, português e inglês um quadro comparativo dos
principais termos e expressões utilizados nos textos.
Ao se estudar ou ler a Bíblia, rica fonte literária cristã,
torna-se quase que indispensável conhecer, na verdade, certas
figuras de linguagem, precavendo-se de interpretações
pessoais. Pois, é por meio desse recurso expressivo linguístico
que o autor revela melhor suas ideias, pensamentos,
posicionamentos e intenções; dando ao texto maior
profundidade e, sobretudo, beleza estilística.
Então, qualquer leitor ao conhecer, nitidamente, a
estrutura, formação e procedência seja do eufemismo ou da
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hipérbole como duas das figuras de linguagem presentes na
literatura do Novo Testamento, poderá se sentir tranquilo,
confiante e/ou seguro ao ler ou examinar determinadas
passagens Bíblicas contendo tais figuras. Ou seja, conseguirá
“tratar” com mais equilíbrio e solidez os diferentes textos
bíblicos a partir das possibilidades estilísticas que o
conhecimento das figuras de linguagem pode oferecer ou
proporcionar.
1. PRIMEIRO CAPÍTULO
O primeiro capítulo se atém às definições sobre as
figuras de linguagem em geral e expõe enfaticamente seu teor
de relevância no texto da literatura Neotestamentária,
ressaltando que tal literatura sobrevive até hoje como sendo
uma fonte riquíssima em várias áreas científicas e que, até
então, produzem significados para conteporaneidade; e que
além do seu status de Escritura Sagrada, o Novo Testamento é
uma magna obra literária das mais cativantes e valiosas por si
só, um genuíno objeto digno de estudos intensos e incessantes.
Sendo assim, a definição que Esdras Costa Bentho (2003)
descreve é que:
Figuras de linguagem ou de retórica são
recursos linguísticos empregados pelo literato
para expressar de modo concreto suas idéias,
evocando algum tipo de imagem real,
comparação, ou de correspondência entre as
palavras e o pensamento. (BENTHO, 2003,
p.307).
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Figura de linguagem, segundo o minidicionário de
Caldas Aulete, é uma “forma que assume a linguagem para
efeito expressivo que a afasta do uso normal da língua.”
(AULETE, 2004, p.372).
Nessa mesma perspectiva, afirma-nos Antunes (2013) que:
As figuras de linguagem ou de estilo são
empregadas para valorizar o texto, tornando a
linguagem mais expressiva. É um recurso
lingüístico para expressar, de formas diferentes,
experiências comuns, conferindo originalidade,
emotividade ou teor poético ao discurso. A
palavra empregada em sentido figurado, nãodenotativo, passa a pertencer a outro campo de
significação mais amplo e criativo (ANTUNES,
2013).
Isso revela, estilisticamente, que a figura de linguagem
tem um papel muito especial e de vital importância no que
tange à questão da valorização e expressividade textual; visto
que, é por meio desse recurso linguístico que o autor utiliza-se
para dimensionar, expressivamente, seu discurso seja oral e/ou
textual; dando-lhe, tanto maior significação, emotividade,
expressão e teor poético como, também, novas formas,
profundidade e, mais que tudo, encanto estilístico.
Já conforme Câmara Junior (2011, p.143) ele descreve
como “Aspectos que assumem a linguagem para fim
expressivo [...] afastando-se do valor linguístico normalmente
aceito [...] As figuras de palavras referem-se à significação dos
semantemas, desviando-o da significação normal”. Tais figuras
presentes na Literatura do Novo Testamento foram utilizadas
pelos escritores, propositalmente, para tornar a linguagem mais
rica, clara e significativa; mantendo, assim, seu espírito vivo.
Todavia, é assinalada a relevância das figuras de linguagem;
pois elas podem acrescentar “cor e vida”, chamar a nossa
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atenção, ficar mais “bem registradas na nossa memória”; além
de conseguirem tornar “os conceitos abstratos ou intelectuais
mais concretos”; podem, também, “sintetizar uma ideia e
estimular nossa reflexão”. (ZUCK, 2003, p. 169-170).
Daí pode-se analisar o grau de importância que é a
utilização das figuras de linguagem; elas podem expor ou
revelar desde os aspectos históricos ou culturais até a
sensibilidade do autor; no uso do eufemismo, pode-se ver a
substituição de determinadas palavras por outras mais polidas;
evitando, então, certas expressões ou palavras ásperas; como
também, na utilização da hipérbole, vemos nitidamente o
exagero, intencional, da intensificação como fator de
expressividade, objetivando acrescentar ênfase.
2. SEGUNDO CAPÍTULO
No segundo capítulo o eufemismo e a hipérbole são as
figuras discutidas com mais relevância e detalhes, são
conceituadas a partir do exame de opiniões abalizadas de
especialistas no estudo da Estilística.
É relatado de maneira pormenorizada que o eufemismo
procede quando pretende encobrir determinadas expressões
e/ou certas palavras pouco decentes, usadas, ora menos
agradáveis, ou, até mesmo, mais grosseiras ou que, por
delicadeza ou religiosidade, não devam ser pronunciadas.
Assim, o eufemismo “Consiste na substituição de uma
expressão desagradável ou injuriosa por outra inócua ou suave
[...]”. (ZUCK, 2003, p. 178)
Como é o caso, na literatura do Novo Testamento, de
certas palavras como: morte, gentios, sexo e, até mesmo, o
nome de Deus serem substituídos por outras palavras ou
expressões; devido a questões religiosas, culturais e históricas;
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visto que dentro da cultura judaica tais palavras (eufemismos
hebraicos) não eram pronunciadas pelos judeus.
Já em relação à figura de linguagem da hipérbole
(auxese), Câmara Junior (2011, p.138), sumariza explicando
que tal tropo é o “exagero da significação linguística para fim
de expressividade; ex: estar morrendo de sede; o mais belo do
mundo; um sono de pedra [...]”.
Segundo Aulete (2004, p.349) o eufemismo é uma
“Figura de linguagem baseada na substituição de palavra ou
expressão de sentido grosseiro, indecente ou desagradável por
outra de sentido mais leve e conveniente (p.ex., o uso de forte
no lugar de gordo, de traseiro no lugar de bunda etc.)”.
Isso é bem visível no corpo do texto Neotestamentário.
Expressões do tipo: conhecer usada no lugar de ‘’fazer sexo’’;
se de cima no lugar de ‘’se Deus’’; os que estão longe no lugar
de ‘’os gentios’’; de morte no lugar de ‘’dormir’’ e assim por
diante.
Conforme a descrição de Mello (2001, p.113) o
eufemismo “é a enunciação atenuada de uma palavra ou
expressão, a fim de livrá-la do sentido desagradável,
indecoroso ou grosseiro”.
E segundo Terra & Nicola (2009, p.124) a hipérbole é
uma “figura de linguagem que consiste no exagero da
expressão com a intenção de realçar, salientar uma ideia [...]”.
Assim, tais figuras revelam ou mostram múltiplos
aspectos do pensamento da linguagem no âmago figurativofrasal-linguístico.
Enquanto o eufemismo procura minimizar, suavizar ou
atenuar certas palavras/expressões grosseiras, desagradáveis ou
ríspidas; por outro lado, então, a hipérbole vai buscar
‘’maximizar’’, exaltar (abusar) ou amplificar determinados
termos/expressões.
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Logo, se leva a entender que a hipérbole trabalha,
intencionalmente, com o exagero, a ampliação ou amplificação
da significação linguística de uma palavra, ideia, conceito ou
pensamento. Consequentemente, não é à toa que seu conceito
etimológico venha nos informar tal acepção; hipérbole: “[do
gr. hyperbolé ‘ação de lançar sobre’] [...] figura de retórica pela
qual se exagera, se amplifica uma ideia, um pensamento [...]”.
(BUENO, 2010, p.261).
3. TERCEIRO CAPÍTULO
No terceiro capítulo é estudada a ocorrência em grego,
português e inglês do eufemismo em textos do NT,
destacando-se a sua associação ao vocábulo “morte”.
Visto que na literatura do Novo Testamento os
eufemismos foram frequentemente empregados por meio de
específicos termos e expressões que representam ou designam
‘’a morte’’. É mostrado, nesse capítulo, um quadro contendo
oito recortes de versículos retirados do livro do Novo
Testamento trilíngue: Grego, Português e Inglês (1998) que
contém tal eufemismo. Além desse quadro, há também, este
outro quadro comparativo de expressões e termos eufemísticos:
1°
2°
3°
4°
LIVROS
At 7.60
1Co 15.51
1Ts 4.13
Jo 11.11
GREGO3
ἐκοιµήθη
κοιµηθησόµεθα
κοιµωµένων
κεκοίµηται
PORTUGUÊS
Adormeceu
Dormiremos
Dormem
Adormeceu
INGLÊS
He fell asleep
We will sleep
[...] fall asleep
[...] has fallen
asleep
3
A utilização do idioma grego a partir desta página será seguida de acordo
com a bibliografia pesquisada: SAYÃO, Luiz Alberto Teixeira. Novo
Testamento Trilíngüe (sic): grego, português e inglês. São Paulo: Vida
Nova, 1998, p.345, 488, 572, 288, 187, 548, 122 e 395.
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5°
6°
Lc 8.52
Fp 1.23
7°
Mc 9.13
8°
At 22.22
καθεύδει.
ἀναλῦσαι καὶ
σὺν Χριστῷ
εἶναι
ἐποίησαν αὐτῷ
ὅσα ἤθελον
Αἶρε ἀπὸ τῆς
γῆς τὸν
τοιοῦτον
Dorme
Partir e estar
com Cristo
Asleep
To depart and Be
with Christ
Tudo o que
quiseram
Tira tal homem da
terra
Everything they
wished
Rid the earth of him
É minunciosamente analisado cada um desses
termos/expressões em seus respectivos livros/textos/versículos;
nos cincos primeiros versículos, no quadro comparativo acima,
são encontrados as flexões dos verbos “adormecer e dormir”
que tanto são sinônimos como foram empregados para
substituir a expressão ou estado da morte. É lembrado que
tanto “adormecer” como “dormir” são os verbos mais usados
na literatura Cristã para representar a morte; e quem comenta
sobre a presença do eufemismo nesses versículos é MacArthur
(2010, p.1449) ao afirmar que o termo “adormecer ou dormir”
é um “Eufemismo comum do NT para a morte de crentes”.
Assim, diante disso, MacArthur (2010) ratifica observando
que:
Dormir é um conhecido eufemismo do NT para
morte que descreve o aspecto do falecido [...].
Retrata o corpo morto, não a alma [...]. Dormir
é usado para a filha de Jairo (Mt 9.24), a quem
Jesus ressuscitou da morte, e para Estevão, que
foi apedrejado até a morte (At 7.60; cf. Jo
11.11[...]) Aqueles que dormem são
identificados no v.16 como ‘os mortos em
Cristo’. [...] (MACARTHUR, 2010, p.1642)
Nos outros três versículos, são analisadas a finco as
expressões eufemísticas. Retirando apenas um exemplo, temRevista Diálogos – N.° 11 – Abr./Mai. 2014 -
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se: “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o
desejo de partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor”. (Filipenses 1.23, grifo nosso).
Haubeck & Siebenthal (2009, p.1119) explicam que a
expressão grifada deve ser interpretada ‘’como eufemismo
para morrer”. Já que, tanto partir como estar com Cristo
‘’lembre’’ uma passagem desta para outra vida.
Em síntese, Robinson (2012, p.60) explica que a
palavra “ἀναλῦσαι” (partir) deve ser entendida de forma:
“Tropológico. partir desta vida, morrer”.
4. QUARTO CAPÍTULO
No quarto capitulo é seguido o estudo detalhado do
eufemismo aplicado ao aspecto do ato sexual e suas variantes.
É relatado que o estilo Neotestamentário ao delinear e
tratar das relações sexuais no texto é bem peculiar e típico da
cultura judaica. Visto que na cultura judaica, e em diversas
outras civilizações, referem-se a respeito das relações sexuais
através de eufemismos. Sendo assim, conforme ressalta
Osborne (2009, p. 160) esse tipo de eufemismo é: “[...] uma
figura particularmente associada a tabus ou questões sexuais”.
Mais adiante, é explorado detalhadamente neste quadro
comparativo os termos e expressões eufemísticas relacionadas
ao ato sexual.
1°
2°
3°
4°
5°
6°
7°
LIVROS
Mt 1.25
1Co 7.1
1Co 5.1
1Co 7.5
Ro 1.27
2Tm 2.22
Hb 13.4
GREGO
ἐγίνωσκεν
ἅπτεσθαι
ἔχειν
πάλιν ἐπὶ τὸ
αὐτὸ ἦτε
χρῆσιν
ἐπιθυµίας
κοίτη/ πόρνους
PORTUGUÊS
Conheceu
Toque
Possuir
Ajuntardes
INGLÊS
had union
to marry
Has
come together
Contacto
Paixões
Leito/ impuro
Relations
desires of youth
bed/ the sexually
immoral
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8°
1Co 6.9
πόρνοι
Impuros
the sexually immoral
De acordo com Bentho (2003) deve-se saber que:
O eufemismo hebraico para as relações sexuais
é geralmente “conhecer”; mas também,
encontram-se outros temos: “deitar, chegar-se,
tocar, possuir, ajuntardes”. Nas prescrições
sobre a moralidade sexual em Levítico 18
encontramos várias expressões eufemísticas.
(BENTHO, 2003, p.326)
Como exemplo base, analisando apenas a passagem de
Mateus que é voltada ao ato sexual, pode-se ver que foi usado
o recurso estilístico-linguístico do eufemismo para suavizar e
atenuar tal expressão tida como desagradável, contundente ou
deselegante ser pronunciada.
Para melhor entendimento, o verso diz: “Contudo, não a
conheceu enquanto ela não deu à luz a um filho, a quem pôs o
nome de Jesus” (Mateus 1.25).
Conforme explica MacArthur (2010, p. 1209) a
fraseologia da expressão “não a conheceu”, no texto citado,
desempenha o papel de: “um eufemismo para relação sexual”.
Analogamente, tal versículo ao ser traduzido por Barker (2011,
p. 1615) fica: “Mas não teve relações sexuais com ela enquanto
ela não deu à luz um filho. E ele pôs o nome de Jesus”.
Em suma, Haubeck & Siebenthal (2009, p.613)
ratificam a interpretação “latente” dessa passagem, através da
análise linguística do étimo grego “γινώσκω” que
“corresponde aqui a um eufemismo muito difundido nos
âmbitos bíblicos e extrabíblicos. Referente à relação sexual.”.
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De sorte que é por meio dessa exploração exegética 4
textual que faz com que se tenha uma melhor e nítida
compreensão da intencionalidade eufemística das mensagens,
relacionadas ao ato sexual, inseridas nos relatos bíblicos
analisados; preservando assim a idoneidade do texto e
dirimindo subjetivismos interpretativos.
5. QUINTO CAPÍTULO
No quinto capítulo, busca-se extrair exemplários
eufemísticos associados à questão sócio-ideológica da relação
judeu-gentio.
É exposto que na cultura Judaica, registrada no escopo
do antigo ou do Novo Testamento, existe uma concha de
costumes, rituais e, ainda, particularidades pessoais e
exclusivas de sua religião. Exemplo bem nítido, no contexto do
NT, é a utilização verbal e/ou textual, no dia a dia, do recurso
estilístico do eufemismo aplicado aos gentios e a Deus. É
ressaltado enfaticamente que tais usos foram empregados, na
literatura cristã, com o propósito de mostrar os aspectos
histórico-culturais da tradição judaica como, também,
evidenciar a maneira típica como os judeus tratavam os nãojudeus; isto é, os gentios (povo que era excluído, discriminado
e impuro na visão de muitos) e a Deus (o Ser de maior
reverência e respeito) analisado no capítulo sexto.
É analisado cinco recortes de versículos que contem
eufemismos relacionados aos gentios; podem-se ver no quadro
comparativo as expressões e termos eufemísticos extraídos
desses versículos que foram usados para representar os gentios.
4
Exegese é o ato ou resultado de retirar o significado do texto [...] e
explicá-lo; interpretação. (DEMOSS, 2007, p.76).
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GREGO
PORTUGUÊS
INGLÊS
1°
LIVROS
At 2.39
µακρὰν
Longe
far off
2°
At 22.21
µακρὰν
Longe
far away
3°
Ef 2.13
µακρὰν
Longe
far way
4°
Ef 2.17
µακρὰν
Longe
far away
5°
Lc 13.29
ἀνατολῶν
καὶ δυσµῶν
Oriente e
Ocidente
east and west
Retirando apenas um versículo analisado, como
exemplo, temos: “Pois para nós outros é a promessa, para
vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é,
para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”. (Atos 2.39
destaque nosso).
É explicado que o contexto desse versículo mostra o
apóstolo Pedro exortando os seus ouvintes ao arrependimento;
mostrando um Deus que outorga o perdão diante de um
verdadeiro arrependimento, e, assim, por causa e efeito, declara
essa pessoa justa ante a obra Salvívica de Jesus na cruz do
calvário, e tal promessa de Deus vai muito mais longe do que
pensava os judeus. Isto é, a promessa não ficaria restringida
apenas ali, naquele lugar, entre os judeus; mas, iria difundir-se,
expandir-se até entre os não-judeus; ou seja, os “Gentios”, os
que ainda estavam longe.
E quem mui bem corroboram, para melhor análise, o
sentido desse texto e, igualmente, o contexto em que se usou a
expressão “τοῖς εἰς µακρὰν” (os que ainda estão longe) são:
Haubeck & Siebenthal (2009) ao ressaltarem que: τοῖς εἰς
µακρὰν = os que estão longe; isto é, a promessa vale tanto para
judeus que viveriam no futuro quanto para os que vivem em
terras distantes, e inclusive – como logo ficaria claro – também
para os não-judeus (cf. Is 57.19 [...]). (HAUBECK;
SIEBENTHAL, 2009, p.677, grifo nosso).
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Isso quer dizer que a promessa, conforme descrito no
texto, iria se manifestar e transcender as barreiras, até, fora do
locus judaico. Então: “Pedro refere-se aos que estão longe, os
gentios, e aos filhos dos judeus presentes às futuras gerações
judaicas (Ef 2.13).” (KJA, 2007, p. 277).
Portanto, fica claro e evidente que o termo (no texto em
grego “µακρὰν”, ou em português ‘’longe’’, e seu equivalente
no texto em inglês “far away”) foi usado, eufemisticamente,
para representar a classe dos “Gentios”.
6. SEXTO CAPÍTULO
No sexto capítulo, é recorrido aos termos e/ou
expressões mais específicos que denotam o eufemismo
relacionado ao “nome de Deus”.
É mencionado que no compêndio da literatura
veterotestamentária, especificamente, no verso onze do
capítulo cinco de Deuteronômio, é encontrado uma exortação
para o povo judeu não tomar o nome do Senhor em vão, porque
o Senhor não teria por inocente o que tomar o seu nome em
vão (MCNAIR, 2006). Isso significa que se alguém
pronunciasse o nome de Deus indevidamente, isto é, em vão,
equivaleria a torná-lo em um ser ínfimo, trivial e sem
importância. Diante dessas observações, pode-se compreender
o porquê, então, de se usar, no cotidiano, termos
“eufemísticos” para designar de maneira “latente” tanto o
“nome” como a imagem de “Deus”. Isso equivale dizer que:
“Os eufemismos aplicados a Deus justificam-se pelo
fato de que os judeus evitavam usar o nome de Deus.”
(BENTHO, 2003, p. 326).
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Assim, como o principal efeito característico do
eufemismo é, de fato, encobrir, esconder, atenuar determinadas
palavras sem alteração do sentido, no contexto bíblico; e,
ainda, atenuar desde as palavras ásperas, desagradáveis e
inapropriadas, até outras que, por questões de religiosidade,
não deveriam ser pronunciadas; como é o caso do nome de
“Deus”, que foi substituído, no novo testamento, por alguns
termos e expressões que sinalizam o eufemismo. Como
exemplos: “se de cima; se do alto; céus; Bendito; TodoPoderoso [...]”; podem-se ver a luz do quadro comparativo as
expressões e termos eufemísticos relacionados a Deus:
1°
LIVROS
Jo 19.11
GREGO
Άνωθεν
PORTUGUÊS
de cima
INGLÊS
from above
2°
Mt 3.2
οὐρανῶν
Céus
Heaven
3°
Mc 14.61
τοῦ εὐλογητοῦ
O Bendito
Blessed One
4°
Mt 26.64
Todo-Poderoso
5°
At 7.48
ἐκ δεξιῶν τῆς
δυνάµεως
ὁ ὕψιστος
The Mighty
One
The Most
High
Altíssimo
Ao se analisar só o versículo dois, pode-se notar o uso
de um termo eufemístico empregado para representar o nome
de “Deus”, apenas, no livro segundo escreveu o judeu Mateus.
A expressão “reino dos céus” com o sentido de “reino de
Deus”.
“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”
(Mateus 3.2).
E quem comenta, de forma geral, o verso dois (do
capítulo três segundo escreveu Mateus) e o uso da expressão
“reino dos céus”, usada para designar “reino de Deus”, é
MacArthur (2010) ao explicar que a expressão “βασιλεία τῶν
οὐρανῶν” (reino dos céus) é:
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[...] uma expressão exclusiva do Evangelho de
Mateus. O evangelista usa a palavra “céus”
como um eufemismo para o nome de Deus de
modo a adaptar-se à sensibilidade de seus
leitores judeus (cf. 23.22). No restante da
Escritura, o reino é chamado de “reino de
Deus”. As duas expressões aludem à esfera do
domínio de Deus sobre aqueles que lhe
pertencem (MACARTHUR, 2010, p. 1211).
É lembrado, por fim, que há também além dessa
expressão, outros tipos de eufemismos para representar e
mostrar respeito para com “Deus”; isto é, por meio de termos
ou títulos (adjetivos como: Bendito, Altíssimo e o composto
Todo-poderoso), que designam determinados atributos e/ou
aspectos do caráter de Deus.
7. SÉTIMO CAPÍTULO
O sétimo capítulo se atém à análise e ocorrências da
figura de linguagem da hipérbole. Onde é narrado que na
malha textual do NT é possível identificar em determinados
versículos a forte e nítida presença, como instrumento
metodológico, da aplicação da hipérbole nos discursos
materializados pelos personagens (e/ou ‘’autores’’) que
compõem essa esfera Lítero-Testamentária (Historie). Mais
adiante é salientado que tal recurso linguístico é usado para
realçar, enfatizar, revelar e, mais ainda, evidenciar um caráter
dialético-retórico nas discussões (homiléticas) como reflexos,
muitas vezes, de posicionamentos ideológico-teológicos de
alguns líderes religiosos.
E tal alegação é reconfirmada por Osborne (2009,
p.158), que historicamente, nos traz a memória o fato de que
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“Jesus adotou esse recurso, que os rabinos também usavam,
como um de seus principais métodos de ensino”, o que nos leva
e possibilita compreender, com mais detalhes e propriedade
sem fugir do círculo hermenêutico5, a aplicabilidade da
hipérbole na enfática linguagem oriental.
São
examinados
dez recortes de versículos que mostram passagens contendo
termos e expressões hiperbólicas, além de um extenso quadro
comparativo com as expressões e termos hiperbólicos usados
nas passagens analisadas.
LIVROS
1°
Mt 5.29
GREGO
ἔξελε
PORTUGUÊS
Arrancar
INGLÊS
Gouge it out
2°
Mt 5.30
ἔκκοψον
Cortar
Cut it off
-
---------
--------------
-----------
--------------
Ao se analisar o segundo versículo, o trinta, é visto o
uso intencional de uma linguagem carregada de exagero
(linguagem hiperbólica), o verso diz:
“E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lançaa de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e
não vá todo o teu corpo para o inferno.” (Mt 5.30, grifo nosso)
É destacado que se fez uso consciente de verbos que
mostram exagero e enfatizam a radicalidade, como é o caso do
uso do verbo “cortar’’ “ἔκκοψον”, (v.30), que em grego,
semanticamente, vai mais além da imagem de cortar, o uso
manifesta a ação ou o ato de tirar fora ou “decepar”
(HAUBECK; SIEBENTHAL, 2009, p.68)
5
Segundo a descrição de DeMoss (2007, p.39), círculo hermenêutico é: ‘’A
verdade que diz que, muitas vezes, as partes de um texto podem ser apenas
entendidas à luz do todo, mas, o todo só pode ser entendido à luz das
partes”.
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Assim, conforme explica, de maneira clara e objetiva,
Ryrie (2007), tais textos sinalizam, por meio de termos e
expressões hiperbólicas, que: “A linguagem é forte a fim de
enfatizar a comparação; i.e., o pecado é extremamente perigoso
porque leva à condenação eterna, e seria preferível perder mãos
ou olhos temporariamente a perder a vida eternamente”.
(RYRIE, 2007, p.919)
Em síntese, por trás dessa figura de linguagem usada
por Cristo, a hipérbole, há intenções, claramente, enfáticas de
aconselhamentos aos ouvintes/discípulos, e não devem ser,
assim, levadas ao pé da letra. “... Sendo enfaticamente
exagerado, o conselho de Jesus é para que seja tirada toda
tentação do mal, não importa o quanto isso custe”.
(RADMACHER; ALLEM; WAYNE HOUSE, 2010, p. 26).
CONCLUSÃO
Ao concluir o presente trabalho, se reconhece, sem
dúvida, a complexidade do assunto de que se ocupa a discussão
aqui empreendida, sobretudo, por seu objeto de pesquisa ser
um livro de influência formadora de uma postura religiosa que
se ramifica no judaísmo, cristianismo e outras frentes do
comportamento religioso mundial.
Contudo, procurou-se a preservação da idoneidade dos
recursos estilísticos no qual se construiu a pesquisa ora
concluída, não incorrendo em discussões de teor dogmático ou
pessoais, a fim de manter a visão exclusivamente da pesquisa
acadêmica, conforme se verifica ao longo do texto e das
citações arroladas, mesmo aquelas que enfatizam versículos do
texto bíblico, os quais destacam a ocorrência do eufemismo e
da hipérbole fundamentada no corpus trilíngue, (grego,
português e inglês), para melhor ilustrar tal verificação.
Ao cabo de toda essa fundamentação teórica e discussão
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realizada, ficou demonstrado, sem fugir do círculo
hermenêutico e da visão conspectiva (con)textual, que as
figuras de linguagem contribuem fundamentalmente para a
qualidade do texto, ampliando-lhe a compreensão e a beleza
estética, seja em literatura de um modo geral, seja no texto
específico aqui utilizado, o Novo Testamento.
No caso do eufemismo e da hipérbole, essas figuras
mostraram-se preponderantes no texto Neotestamentário como
um campo fértil para a investigação dos aspectos eufemísticos
relacionados à morte, ao ato sexual, aos gentios e a Deus, e da
aplicabilidade realçante do uso enfático, expressivo e
exagerado da figura de linguagem da hipérbole.
Por fim, espera-se contribuir para futuras pesquisas
sobre o assunto, inspirando novos pesquisadores a examinarem
os recursos linguístico-estilístico-gramaticais aplicados nesse
trabalho, estendendo-os a outros textos, sejam eles ficcionais,
religiosos, científicos, históricos, ou sociológicos, de modo que
novas luzes clareiem os caminhos da pesquisa acadêmica.
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