Amor em tempos de descrença, aperto, miséria e cólera [ PROKORN ]
Transcrição
Amor em tempos de descrença, aperto, miséria e cólera [ PROKORN ]
> Giulia Battaglini © João Ferreira Ficha Técnica. Equipa Giulia Battaglini, Cláudio Duarte da Costa, Katerina Stepankova Edição Samuel Alemão Design Fernando Mendes Web site Pedro Geraldes Tiragem 50.000 Da mentira como verdade B Fachada lança novo disco “Há festa na moradia” | Música É tudo fachada. Um fingimento. “As minhas canções são sempre sobre mentiras, só que estão dispostas de tal ordem para que pareçam verdade”. Bernardo, que se considera artesão e não artista, acha que a pop existe para ser esquecida e substituída no tempo seguinte. Nunca é sobre a verdade, apesar de parecer. O que conta é a questão de, a partir de certa altura, de determinada idade, a escolha “ser entre o mau e o pior, entre uma mentira e outra ainda maior”. Essa é a nossa vida. “Nas canções, faço mais aquilo que gostava de sentir do que aquilo que sinto”, diz-nos B Fachada, 25 anos, toda a disposição do mundo para derrubar a interpretação de canções sem ligação ao hoje e mexer cordelinhos para aplicar a estratégia “uma canção tem que ser eficaz, para nos tocar”. Porque só faz sentido ouvir discos que nos dêem gozo. É isso que se espera de “Há festa na moradia” (ed. Mbari), o novo conjunto de canções, sete desta vez, do rapaz que não se comove muito com as que se vão fazendo por cá. Sentado na esplanada, de t-shirt amarrotada e enrolando cigarros que vai fumando uns atrás dos outros, ele considera que não está a fazer “música portuguesa, porque ela morreu nos anos 90, com o Manuel Cruz (Ornatos Violeta), Pedro Abrunhosa e Clã”. É tudo fachada. Faltam-nos canções. Elas, as canções de amor, não andam a ser muito bem tratadas por esta geração, acha B Fachada. “Normalmente, quando se quer escrever uma, elegem-se duas formas: ou se dá muita imporância ao lado musical, que pode ser irrepreensível, ou se concentra o trabalho na lírica, na mensagem”. E os resultados, por norma, são pouco satisfatórios. Por isso, inveja tipos como o angolano Bonga ou o Alfredo Marceneiro, espíritos a pairar sobre um disco que era para ser de “dança”- no sentido urbano ocidental do termo - e acabou por ser “uma coisa mais africana, cada vez mais acústica”. Por isso, apenas há edição em vinil. “Há festa na moradia”, referência a “Há festa na Mouraria”, de Marceneiro, e, fazemos-lhe notar, a “Há festa na aldeia”, de Jacques Tati. “Trata de temas burlescos”, admite. O cantor, habituado a verter para registo fonográfico os semestres e que garante já ter uma ideia definida daquilo a gravar nos próximos dois anos, diz que este disco, apesar de sair no Verão, é o resultado do Inverno. “É um registo bastante mais difícil que os anteriores. Nele, ouve-se algo que tem pouco a ver com o som limpo e fácil do último”, afirma. A ambição é, como sempre, que este seja melhor que o precedente. Isto quando ainda tem aí uns sete ou oito discos “que precisam de ser feitos”. “Também, isto é um país em que está tudo por fazer”, lança, auto-consciente da boutade. O novo disco, planeado metodicamente como os outros, resultou em algo mais próximo do trabalho inicial de B Fachada, tal como o ouvíramos em “Viola Braguesa”. E, apesar da forma menos evidente, o amor está lá. “A vida amorosa pode ser decisiva ao nível da construção social, sendo que a postura varia com o tempo. E, aí, a minha geração é muito mais conservadora, reaccionária que a dos miúdos que vieram a seguir”, lamenta, atirando, de seguida, aos portugueses: “temos um lado muito moralista, que os espanhóis não têm”. Ele, que elege Zeca Afonso, Alberto Pimenta e os Magnetic Fields como heróis e ama a música brasileira, sente falta de “cinco vezes mais” gente talentosa. “Têm de haver mais gajos independentes”. ...mas há outras quatro folhas... 1. Destacável Bordalo Artes Decorativas Mobiliário e Interiores Museu Rafael Bordalo Pinheiro | Expo Até 15 de Agosto, de 3ª a Domingo Entrada livre 2. Recreio > Cais do Sodré TUDO O QUE É SÓLIDO DISSOLVE-SE NO AR Museu Berardo | Exposição 7 de Junho – 12 de Setembro Entrada livre [ PROKORN ] ...já encontrou esta migalha? 4. Digestivo 5. Codland Retificação: na edição de Maio foi atribuída erradamente a autoria das ilustrações a Sofia Morais. A autora é Claudia Guerreiro. Pelo lapso pedimos desculpa. OutJazz Jardim do Campo Grande | Música Dias 6,13, 20 e 27 de Junho, 17h Entrada livre The Necks Teatro Maria Matos | Música 16 de Junho, 22horas 12¤ / < 30 anos 5¤ Amor em tempos de descrença, aperto, miséria e cólera Num dos poucos dias quentes de abril, disseram-me ao telefone: - Está decidido o próximo número é sobre amor, por causa do Santo António, estás a ver?! E eu vi logo. Seguiu-se: - … O calor está aí à porta, o calor há-de vir e tudo será diferente. E por causa das altas temperaturas podíamos fazer uma ligação ao sexo. Claro que sim, disse eu. E do outro lado: - As pessoas vão gostar de ler coisas que lhes vão dar ideias e vontades súbitas e repentinas de fazer maldades. E eu: - claro, temos de aproveitar isso e contribuir para a felicidade das pessoas. Venha de lá esse número tórrido. Eis as penúltimas palavras ouvidas do outro lado: - Também acho. Junho é o mês do verão e as pessoas estão despertas, bebem mais cocktails e sumo de tomate... e têm mais vontade de tran-tran1. Percebes? 2 Vamos lá ver se percebi: - a ideia é celebrar os afectos e a sua ligação ao sexo, à natureza e ao clima e falar do calor como... Subitamente do outro lado: - É isso mesmo. Exactamente. Partimos do Santo António como motivo de reflexão para o estado da afectividade e do erotismo. E não há cá limites de velocidade, nem papas na língua, é p’ra partir... Chamada terminada. Escrever sobre amor e sexo não é fácil. Ainda para mais tendo o Santo António como fundo, a tarefa adivinha-se difícil. A propósito, quando penso no Santo António e na sua função padroeira de casamentos, vem-me logo à cabeça a expressão: sexo, mentiras e manjericos. Chega de preliminares. Vamos ao que interessa. Gostava de dividir este texto em três secções. A saber: 1. As melhores declarações ou definições de amor. 2. As melhores frases de engate. 3. Os melhores piropos. Quer dizer, nunca o serão absolutamente, mas servem o propósito de o/a instigar a fazer uma, a sua, lista. Esta não é minha, porque está muito incompleta e algumas destas frases só lhes acho piada uma vez ou se não me imaginar a dizê-las. Importa, ainda, esclarecer, que algumas destas frases foram editadas, com base em operações de colagem, combinação e acréscimo de palavras minhas. A maior parte das frases são “greguerías” do escritor espanhol Ramón Gomez de la Serna (1888-1963) que significa algaravia e gritaria confusa. 1. As melhores declarações ou definições de amor a. Amor é acordar uma mulher e ela não se irritar. b. Olharam-se de janela a janela em dois comboios que iam em direcções opostas, mas tal é a força do amor que logo os dois comboios se puseram a andar para o mesmo lado. c. Como dava beijos lentos, duravam-lhe mais os amores. d. O amor nasce do repentino desejo de tornar eterno o passageiro. e. Aquela mulher olhou-me como se eu fosse um táxi livre. 2. As melhores frases de engate a. Não posso viver contigo nem sem ti. Por isso, todos os dias são como se fossem a primeira vez. b. Às vezes, os beijos são só chewing-gum repartido. Tens uma chiclet ou dás-me metade dessa que tens na boca? c. O primeiro beijo é um roubo. E eu sou um ladrão profissional. d. Os beijos são como os selos do correio: há os que colam e os que não colam. A minha boca é, agora, um envelope aberto. 3. Os melhores piropos a. Não posso olhar de alto a baixo duas vezes seguidas para ti. b. Quem és tu? c. Estou a lutar desesperadamente contra o impulso de fazer de ti a mulher mais feliz do mundo. d. Acreditas no amor à primeira vista ou tenho que passar por aqui outra vez? Impresso em Cocoon Offset, branco brilhante, 80 grs. Papel certificado FSC 100% RECICLADO (TT-COC-003060). Fabricado pelo grupo ArjoWiggins, líder europeu no fabrico de papéis eco-responsáveis. Distribuído por Antalis. Apesar de não acreditar nas tendências sociologicamente comprovadas sobre a subjectividade humana, todos os estudos sobre disponibilidade para amar nas sociedades contemporâneas apontam para uma descrença no amor como valor de felicidade e na capacidade de amar. Não é surpreendente. Mas todos nós sabemos que são poucos/as aqueles/as que estão sozinhos/as por opção. Por isso, deixemo-nos de friezas pré-fixadas e niilismos atávicos e digamos aquelas e outras frases e esperemos pelos seus impactos de olhos fechados. Como dizia o outro (andava há anos para me permitir utilizar esta expressão num texto): O amor é tudo e... (não me lembro). Espero que tenham gostado ou pelo menos que tenha servido para alguma coisa. Tenho a certeza que vos servirá. Se a temperatura do ar for alta, nem quero imaginar > Nelson Guerreiro o que pode e vai acontecer a seguir. Ui. Ui. Que meeeedo! 1 CML/DMC/DPDC/www.agendalx.pt ...ou noutra mesa talvez e... Que posso eu dizer-vos que não quebre a incomunicabilidade das palavras de amor? Maria Gabriela Llansol APOIOS www.coworklisboa.pt 3. Degustação Bonnie “Prince” Billy & The Cairo Gang Soc. de Geografia de Lisboa | Música 5 de Junho, 21 horas > Samuel Alemão ...aqui mesmo ao seu lado... © João Concha 05 O calor, o Santo António à porta, os primeiros dias de praia, a mente a fugir para metas de férias exóticas, os decotes a inspirar a imaginação, o sangue a ferver com a temperatura que aumenta, as saídas à rua até tarde, os cocktails inebriantes, a vontade de encontrar-se, os sentidos que despertam, o amor que rebenta quente e lascivo como o mês de Junho. É toda esta mistura picante que nos inspirou para preparar um cocktail refrescante para o espírito. Bebam-no até ao fim, não tem contra-indicações e pode ser assumido também por crianças acima dos seis anos. Não tem efeitos colaterais mas pode provocar dependência. Bom apetite! Este é o individual que está a ler... © Inês Abreu #05 · JUNHO > www.migalhas.org 2 É uma nova expressão de rua para acoplagens em vãos de escada. Esta conversa nunca existiu. É fruto da imaginação. A correspondência entre os seus conteúdos e a realidade é mera e pura coincidência. > Giulia Battaglini Ficha Técnica. Equipa Giulia Battaglini, Cláudio Duarte da Costa, Katerina Stepankova Edição Samuel Alemão Design Fernando Mendes Web site Pedro Geraldes Tiragem 50.000 ...mas há outras quatro folhas... ...aqui mesmo ao seu lado... ...ou noutra mesa talvez e... 1. Destacável Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos Culturgest | Dança 7, 8 e 9 de Junho, 21h30 12¤ / < 30 anos: 5¤ 2. Recreio Zoom In / Zoom out, António Garcia Museu do Design | Exposição Até 4 de Julho Entrada livre 3. Degustação > Cais do Sodré Trilogia, por Fausto Bordalo Dias CCB | Concerto 19 de Junho, 21 horas 5 a 25¤ 4. Digestivo 5. Codland Retificação: na edição de Maio foi atribuída erradamente a autoria das ilustrações a Sofia Morais. A autora é Claudia Guerreiro. Pelo lapso pedimos desculpa. Pavlina e o Dr. Erlenmeyer de João Penalva Chiado 8 Arte Contemporânea | Exposição Até 25 de Junho Entrada livre Uma sinfonia de berlindes? Aponta aqui as tuas notas! ...já encontrou esta migalha? © João Concha 05 O calor, o Santo António à porta, os primeiros dias de praia, a mente a fugir para metas de férias exóticas, os decotes a inspirar a imaginação, o sangue a ferver com a temperatura que aumenta, as saídas à rua até tarde, os cocktails inebriantes, a vontade de encontrar-se, os sentidos que despertam, o amor que rebenta quente e lascivo como o mês de Junho. É toda esta mistura picante que nos inspirou para preparar um cocktail refrescante para o espírito. Bebam-no até ao fim, não tem contra-indicações e pode ser assumido também por crianças acima dos seis anos. Não tem efeitos colaterais mas pode provocar dependência. Bom apetite! Este é o individual que está a ler... Mondes Perdus, de Soly Cissé Influx Contemporary Art (Lumiar) | Exposição Até 19 de Junho, Qua a Sáb: 14h-19h Entrada livre © Projecto Lisboa em Pormenor #05 · JUNHO > www.migalhas.org Motofonia | Performance Quer anunciar no MIGALHAS? Ligue 967 719 598 ou envie um email para [email protected] Quantas viagens conseguimos fazer de olhos fechados e ouvidos atentos aos sons que nos rodeiam? Os sons contam histórias sem palavras, que nos transportam para outros lugares e nos entregam a possibilidade de viajar, em direcção ao desconhecido. O artista sonoro, multi-instrumentista e compositor Fernando Mota, conduz a Motofonia, uma viagem sonora e visual, de 12 a 20 de Junho, na sala de ensaio do CCB. Um poema visual e sonoro, onde apenas será necessário colocar os sentidos em estado de alerta para ver, ouvir e experimentar as imagens criadas através da manipulação de elementos naturais e objectos do quotidiano. Venham experimentar vibrar as cordas vocais e fazer, com o vosso ar, o som de um pássaro que consegue voar até um riacho que corre atrás de uma grande montanha. Entrem, respirem fundo, e deixem o corpo entregar-se a uma sinfonia de berlindes que rolam sobre o palco e tecem a malha musical desta história. > Tânia Cardoso © Motofonia Dia 14, 15, 16, 17 de Junho às 11:00 (escolas) | Dia 12 e 19 de Junho às 15:30 (famílias) Dia 13 e 20 de Junho às 11:30 (famílias) | Sala de Ensaio CCB |Maiores de 6 anos | Dur. 50 min. Dias úteis 3¤ | Fim-de-semana e feriados 5¤ PUB Rua Rodrigues Faria, 103, LX Factory. 1300-501 Lisboa T. 0351 21 342 8985 T. 0351 91 9636350 [email protected] Arte Jovem Verão 2010 8ª edição Ateliers artísticos para crianças…para criar, aprender, interpretar, pensar, partilhar e brincar...! Dança Criativa, Teatro radiofónico, Vídeo, Teatro, Marionetas, Artes plásticas, Música, Hip-Hop, Dança Indiana, Dança Africana Dos 7 aos 9 anos De 28 Junho a 2 Julho De 12 a 16 Julho [ Espaço Interactivo ] Dos 10 aos 13 anos De 5 a 9 Julho Preços dia completo 110€ ½ dia 70€ almoço diário 5€ FORUM DANÇA Associação cultural www.forumdanca.pt O Forum Dança é subsidiado por MC / DGARTES APOIOS www.coworklisboa.pt CML/DMC/DPDC/www.agendalx.pt Impresso em Cocoon Offset, branco brilhante, 80 grs. Papel certificado FSC 100% RECICLADO (TT-COC-003060). Fabricado pelo grupo ArjoWiggins, líder europeu no fabrico de papéis eco-responsáveis. Distribuído por Antalis. Vem servir à mesa connosco. O Migalhas quer estar mais perto de ti. Junta-te a nós, enviando o teu trabalho para migalhas@ migalhas.org. Pode ser texto ou fotografia ou ainda algo de original, talvez escondido no fundo do armário, que queiras aquecer no “fogão” do Migalhas. Nesta edição, apresentamos o trabalho do projecto fotográfico “Lisboa em Pormenor”, que, como o próprio nome indica, consiste em mostrar Lisboa através de pormenores. Andreia Martins e Ângela Anciâes fazem-no desde Fevereiro de 2009. Podem ver outras fotos e actividades do projecto no blogue lisboaempormenor. blogspot.com Sé de Lisboa O título deste pormenor é demasiado revelador. Na realidade, trata-se de uma das dobradiças da porta da entrada principal da Sé de Lisboa. Só de olhar para ela, sabendo que é apenas, e nada mais que, uma dobradiça, ficamos com a sensação, mesmo não conhecendo a porta, que a mesma é deveras imponente. Quem conhece, facilmente o constata. 05 O calor, o Santo António à porta, os primeiros dias de praia, a mente a fugir para metas de férias exóticas, os decotes a inspirar a imaginação, o sangue a ferver com a temperatura que aumenta, as saídas à rua até tarde, os cocktails inebriantes, a vontade de encontrar-se, os sentidos que despertam, o amor que rebenta quente e lascivo como o mês de Junho. É toda esta mistura picante que nos inspirou para preparar um cocktail refrescante para o espírito. Bebam-no até ao fim, não tem contra-indicações e pode ser assumido também por crianças acima dos seis anos. Não tem efeitos colaterais mas pode provocar dependência. Bom apetite! > Giulia Battaglini Ficha Técnica. Equipa Giulia Battaglini, Cláudio Duarte da Costa, Katerina Stepankova Edição Samuel Alemão Design Fernando Mendes Web site Pedro Geraldes Tiragem 50.000 Onde a velha juventude dança Bailes na Ribeira | Lazer © Ute Klein Queres dançar? Então, lê com atenção e, depois de pagares a conta, ruma para o Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré, pois é lá que se encontra um dos segredos - desses vários que guarda Lisboa - dos mais bem guardados que há. Não, não falamos dos produtos do mercado, mas da matiné que acontece, há 11 anos, num dos salões do recinto. Dança-se entre pescadas e frutas, de um lado, e o Tejo, do outro. A música vai do tango ao pimba. O importante é dançar e os frequentadores possuem a experiência que só os anos conseguem transmitir, pelo que lá se encontra muita diversidade rítmica. Aos fins-de-semana, o movimento é intenso, por isso, convém chegar cedo. Não há uma idade comum entre os frequentadores, porém, boa parte dos que lá estão já frequentou a mais de meia-centena de festas de Santo António. Paga-se três euros à entrada e o baile acontece todas as quartas-feiras, sextas-feiras, sábados, domingos e feriados, das 15 às 19 horas. > Marcelo Valadares Este é o individual que está a ler... ...mas há outras quatro folhas... 1. Destacável Agora a Sério, de Tom Stoppard Teatro Aberto | Teatro Até 13 de Junho | Qua. a Sáb: 21h30, Dom: 16h 7,5¤ a 15¤ 2. Recreio Barez Sounds – Alkantara Festival São Luiz Teatro Municipal | Dança 4 a 6 de Junho, Sext, Sáb: 21h; Dom: 17h 12¤ / < 30 anos 5¤ ...já encontrou esta migalha? 3. Degustação > Cais do Sodré Micro Bailes animados por Celina Piedade Mouraria e Graça | Dança Até 16 de Julho ( ver www.c-e-m.org) Entrada livre 4. Digestivo 5. Codland Retificação: na edição de Maio foi atribuída erradamente a autoria das ilustrações a Sofia Morais. A autora é Claudia Guerreiro. Pelo lapso pedimos desculpa. Uma vida material, por Renato Ferrão Galeria Quadrado Azul | Exposição Até 26 de Junho, Ter a Sáb: 13h-19h30 Entrada livre Revolution 99/09 Palácio do Barão de Quintela e Conde de Farrobo | Design De 5 de Junho a 5 de Setembro Entrada livre Casa Conveniente | Teatro Sexta-feira à noite. Caminhamos em direcção à Rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré. Podíamos ir ao “Music Box” ou ao “Jamaica”, mas ainda nem são 21h. Chegamos ao destino, mesmo ao lado e em frente, respectivamente, destes dois bares. Procuramos a “Casa Conveniente”. Uma placa preta rectangular dá nome ao sítio. Quem se aproxima da porta deste espaço teatral, outrora discoteca de má fama, pode ver os actores, poucos minutos antes do espectáculo, a fazerem aquecimentos da voz, respiração e corpo. Um pé na porta é um pé no palco. É por esta mesma porta que entra e sai o público, a luz natural e o ar fresco, numa sala com cerca de 50 metros quadrados, paredes vermelhas e tecto preto. Uma experiência única nasce da dramaturgia entrelaçada com o espaço, os ruídos e as vozes vindos da rua, a música dos bares e o cheiro a mofo. O camarim é numa cave, muitas vezes inundada com as águas do Tejo. As limitações são encaradas como forças criativas, fertilizantes de construções cénicas. Espírito que conduziu as obras de remodelação da antiga discoteca Lusitano, em 2004, executadas pelas actrizes no espectáculo “A Missão ou porque as raparigas continuam a querer ir para Moscovo”, a partir de Tchékhov. A proximidade com o público e, sobretudo, com a comunidade é algo que interessa a Mónica Calle, fundadora e directora artística da Casa Conveniente. O “palco” pode ser tanto na sala, como na rua, no meio dos transeuntes, ou em ambos em simultâneo. Esta casa propõe-se a dialogar com o espaço e quebrar certos cânones do teatro convencional. O Cais do Sodré é o local de nascimento, onde “bares, prostitutas, clientes, actores e espectadores coexistem, sem se misturarem, marcando diferenças e aceitando vizinhanças e influências”. Mónica Calle trabalha regularmente com as actrizes Ana Ribeiro, Mónica Garnel e o actor David Pereira Bastos, alargando o elenco consoante o formato de cada peça. Infelizmente, vão passar o resto do ano a trabalhar noutras casas de teatro, com volta prevista à Casa Conveniente para 2011. Enquanto isso, outros grupos vão sendo acolhidos no espaço. Neste mês, entre 10 e 28, podemos ver o espectáculo IN- Possibilidade, uma criação de Joana Furtado, sobre cinco rapazes que estão grávidos. Um tema fértil num espaço subversi> Cláudia Silva vo. APOIOS CML/DMC/DPDC/www.agendalx.pt ...ou noutra mesa talvez e... A limitação pode ser fertilizante Casa Conveniente Rua Nova do Carvalho, nº 11 – Cais do Sodré www.coworklisboa.pt ...aqui mesmo ao seu lado... © João Concha #05 · JUNHO > www.migalhas.org Impresso em Cocoon Offset, branco brilhante, 80 grs. Papel certificado FSC 100% RECICLADO (TT-COC-003060). Fabricado pelo grupo ArjoWiggins, líder europeu no fabrico de papéis eco-responsáveis. Distribuído por Antalis. O Jazz no Cais Trem Azul | Loja O segredo está ao descer das escadinhas de um prédio, na Rua do Alecrim. Aí encontra-se a loja Trem Azul, uma discoteca à moda antiga, dedicada ao jazz. Ainda há leitores de CD pendurados na parede e, através deles, descobrese o que anda a fazer a editora Clean Feed, quando comemora nove anos. Sem ela, talvez não existisse a loja, pois foi a Clean Feed a dar origem à Trem Azul, cerca de quatro anos após o primeiro disco gravado. Músicos como Bernardo Sassetti, Carlos Barrreto ou Carlos Bica editam através dela, mas é fora de Portugal que a etiqueta mais vende e conta com maior reconhecimento público. No nosso país, o jazz “é uma música que não é muito popular”, afirma Hernâni Faustino, um dos responsáveis da editora. Os discos que lançam são, por isso, na sua maioria, de músicos estrangeiros. Após a realização, em Maio, do Festival Clean Feed, pela quinta vez em Nova Iorque e, este ano, também na Califórnia, a editora integra os Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra. Evento que decorre no primeiro fim-de-semana de Junho e teve início no último fim-de-semana de Maio. De volta a Lisboa, pode passar pela Trem Azul, ouvir jazz, reparar na curiosa vista para a rua de baixo e, enquanto percorre a loja, imaginar um concerto e, depois, perguntar quando será o próximo. > Pedro Pepe Rua do Alecrim 21 A De Segunda a Sexta das 10h às 19h30. Ao Sábado das 14h às 19h30. > Giulia Battaglini Ficha Técnica. Equipa Giulia Battaglini, Cláudio Duarte da Costa, Katerina Stepankova Edição Samuel Alemão Design Fernando Mendes Web site Pedro Geraldes Tiragem 50.000 ...mas há outras quatro folhas... ...aqui mesmo ao seu lado... 1. Destacável Box Nova - Rendez-Vous, de Victor Hugo Pontes CCB | Dança 26 de Junho, 19 horas 5¤ 2. Recreio Les Limites du Désert João Tabarra Galeria Graça Brandão/ Exposição 21 Mai a 26 Jun 3. Degustação > Cais do Sodré Objects in mirror are closer than they appear Alkantara festival Museu do Oriente/ Dança 31 Mai, 1 Jun, 21horas 12¤ © Rui Horta Pereira Carpe Diem | Espaço cultural Carpe Diem Arte e Pesquisa Rua de O Século, 79, Bairro Alto [email protected] carpediemartepesquisa.wordpress.com CML/DMC/DPDC/www.agendalx.pt ...já encontrou esta migalha? 5. Codland Retificação: na edição de Maio foi atribuída erradamente a autoria das ilustrações a Sofia Morais. A autora é Claudia Guerreiro. Pelo lapso pedimos desculpa. Mystic Diver Catarina Dias Museu da Cidade/ Exposição 16 Abr a 13 Jun 10 Ter a Dom, 10h-13h/14h-18h Espreitar o mundo pelo olho alheio “O Olho Biónico” | Exposição Tirem o pó dos livros Catalunha em Pó | Livros No espaço entre as suas estantes, as livrarias têm, cada vez mais, realizado encontros com escritores, lançamentos de livros e tertúlias. É, porém, como se fosse um segredo bem guardado, porque muitas vezes só o leitor mais dedicado sabe destes acontecimentos. Por isso, chamamos a atenção para o ciclo de literatura catalã, na livraria “Pó dos Livros”, ali entre a Gulbenkian e a Igreja Nossa Senhora de Fátima. Como sugere a associação cultural “Catalunyapresenta”, organizadora do evento, podemos tomar uma “dose em pó” de uma literatura quase desconhecida em Portugal. Uma vez por mês, até Novembro, os livros catalães traduzidos para português têm sido dissecados pelos seus autores, tradutores e editores. A 29 de Junho, será a vez de “As vozes do Rio Pamano”, de Jaume Cabré, editado pela Tinta-da-China, com tradução de Jorge Fallorca, o qual estará presente na livraria, juntamente, com o escritor e jornalista Sebastiá Bennasar. O ciclo, que conhecerá um interregno em Julho e Agosto, tem por objectivo recuperar obras escritas em catalão, publicadas nos últimos dez anos em Portugal, explica o catalão Àlex Tarradellas, tradutor e um dos organizadores do ciclo. > Cláudia Silva APOIOS www.coworklisboa.pt 4. Digestivo Habitantes Curiosos orientado por Leonor Pego, Vanda Vilela Fundação Calouste Gulbenkian/ Atelier 6-10 anos 15 Mai, 15horas © Cabre Jordi A vida que damos aos lugares Que o local pode fazer o indivíduo ou a comunidade, não é novidade. As ciências sociais ensinaram-nos tal facto, há muito. E sobre isso se continuam a debruçar, fascinadas com as incessantes possibilidades de novas formas de estar do homem face ao que o rodeia, como numa progressão geométrica. Mas esta equação está longe de ser determinista, porque o cenário é também parte daquilo que nós achamos que ele pode ser. Têm que existir ideias, é claro. Elas mudam tudo. Haja coragem. Paulo Reis, professor e crítico de arte, combinou-as para responder a uma necessidade que vinha crescendo, a cada vez que passava frente ao Palácio Pombal, n.º 79 da Rua do Século, bem perto de onde mora. E, para o fazer, convocou Lourenço Egreja e Rachel Korman. Um ano depois, o Carpe Diem Arte e Pesquisa alimenta uma sólida narrativa de proficuidade em experiências e diálogos, um daqueles lugares que de tão incontornáveis parece já existirem há mais tempo. E, no entanto, a plataforma de pesquisa, experimentação e estudos no âmbito das artes contemporâneas, sedeada num belíssimo edifício do século XVIII, só agora está a começar, cheia de vitalidade transformadora. Utilizando o espaço património municipal, as suas múltiplas possibilidades e com elas dialogando, a Carpe Diem ali realiza diversas exposições com artistas ligados ao viver presente. Ao mesmo tempo, desenvolve um programa de conversas com os artistas, conferências e masterclasses, os quais aliam a vertente da arte à pesquisa e ao pensamento teórico. Outra faceta importante da associação apoiada pelo Ministério da Cultura é a formação de jovens através das tais conferências, bem como de estágios. “O nosso contributo não se esgota na apresentação de exposições, é muito importante para nós esta troca de experiências e esta forte componente de formação”, explica a assessora de imprensa, Patrícia Corrêa. Existem já diversos acordos e parcerias com entidades internacionais, como o Instituto de Cultura Contemporânea de São Paulo, a Camberwell University,de Londres, e o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. Residências e trocas de artistas são agora uma realidade. A frescura das propostas trouxe mais artistas e, sobretudo, público. “A receptividade tem sido incrível, crescemos muito”, diz Patrícia, antes de confessar: “De certa forma, penso que foi o Palácio que nos escolheu (risos)”. Nova exposição começa a 18 de Junho. > Samuel Alemão ...ou noutra mesa talvez e... © João Concha 05 O calor, o Santo António à porta, os primeiros dias de praia, a mente a fugir para metas de férias exóticas, os decotes a inspirar a imaginação, o sangue a ferver com a temperatura que aumenta, as saídas à rua até tarde, os cocktails inebriantes, a vontade de encontrar-se, os sentidos que despertam, o amor que rebenta quente e lascivo como o mês de Junho. É toda esta mistura picante que nos inspirou para preparar um cocktail refrescante para o espírito. Bebam-no até ao fim, não tem contra-indicações e pode ser assumido também por crianças acima dos seis anos. Não tem efeitos colaterais mas pode provocar dependência. Bom apetite! Este é o individual que está a ler... Impresso em Cocoon Offset, branco brilhante, 80 grs. Papel certificado FSC 100% RECICLADO (TT-COC-003060). Fabricado pelo grupo ArjoWiggins, líder europeu no fabrico de papéis eco-responsáveis. Distribuído por Antalis. Livraria Pó dos Livros Av. Marquês de Tomar, nº 89ª – Lisboa Os olhos são janelas individuais para o exterior, mas o que aconteceria se, num curto espaço de tempo, fosse possível estar ligado ao globo ocular do outro? A Fundação das Comunicações desafiou o olhar inteligente da artista plástica Daniela Ribeiro a desenvolver um trabalho em torno da evolução da comunicação futura. São 14 obras que combinam fotografia e tecnologia, reunindo componentes electrónicos de 2000 telemóveis e um sistema avançado de conexão via Internet entre pessoas, através de olhos biónicos. Máscaras africanas, naves espaciais e maquetas da Baía de Luanda foram construídas com peças de desperdício tecnológico e provocam, no olhar de quem as vê, uma reflexão sobre o avanço das telecomunicações. Um olhar que prevê um futuro de ligações mais estreitas e que, ao mesmo tempo, antecipa a possibilidade de penetrar no olhar do outro, levantando questões acerca da redefinição dos limites do espaço de cada um. Curiosos? Caminhem, então, em direcção ao Museu das Comunicações e pousem o olhar nas obras originais da exposição “Olho Biónico”. > Tânia Cardoso Museu das Comunicações | Rua do Instituto Industrial, 16 Até 31 de Julho , 2ª a 6ª feira: das 10h às 18h | Sábado: das 14h às 18h Horário alargado na última quinta-feira do mês: das 10h às 22h (entrada gratuita entre as 18h e as 22h) © Daniela Ribeiro #05 · JUNHO > www.migalhas.org 05 June is the month when love bursts, hot and lustful. It is the month of heat, the month when Santo António is at the threshold. A time when we enjoy our first days at the beach, a time when our minds wonder about exotic holidays destinations’, a time when necklines inspire our imagination, a time when our blood boils as the temperature rises, a time of intoxicating cocktails, a time when we feel the urge of meeting up, a time when our senses are awakened. This spicy mixture has inspired us to mix a refreshing cocktail for the mind. Please drink it till the very end: it was no adverse effects and it is also suitable for children over the age of six. Although it has no side effects, it is addictive. Enjoy! Translated by joana pereira > Giulia Battaglini Where the old youth are dancing 4. Digestivo 5. Codland Giant City – Alkantara Festival CCB | Dance 6 th and 7th June, 21 h 5¤ Os Gémeos Museu Colecção Berardo | PhotographyGrafitti 17th May to 18th September Free entrance Fidel Évora Exodus from the underground + Skillz Gallery | Painting 8th May to 8th June Free entrance Dimitar Delchev – Funny Things Galeria Reverso | Jewellery Exhibition Till 18th June Free entrance The Necks Teatro Maria Matos | Music 16 June, 22h 12¤ / under 30: 5¤ © Ute Klein Santo António |Street Festival Translated by KENNIS TRANSLATIONS Trem Azul | Store > Cais do Sodré If you are a believer, and you want to stop being single, then read very carefully. Your prayers may be answered on the night of Santo António. But let us start from the beginning, as in any love story. Santo António, whose real name was actually Fernando, was born in Lisbon at the end of the twelfth century and is the only Portuguese saint to date. Although he is resting for all eternity in Padua, he makes sure that nobody goes to sleep during the night on which he died. He is the patron saint of Lisbon, the protector of children, and the champion of lost causes. Among other feats, he talked to the baby Jesus (who was not old enough to speak), and preached to the fishes. As if that were not enough, he is the official matchmaker. In fact, he is a do-it-all miracle maker to whom crowds go to beg for things. And in such a rude manner! First, they turn their backs at him. Then, they throw coins at him. According to the legend, if the coins fall on the open book sitting on his lap, your wishes will come true, and love is blessed. It is in his honour that during the night, on 12 and 13 June, Lisbon casts aside her heavy fado shawl of gloom and longing. With garish colours and an open smile, Lisbon comes outside, running through the narrow streets with her pulse racing, proudly marching along Avenida da Liberdade. In a parade of arches and coloured paper decorations, the city’s neighbourhoods compete with each other in the popular marches, in a contest of colour, music, and costumes that fit the occasion. Throughout the city, particularly in the historical neighbourhoods, one can smell the scent of the manjericos (potted bush basil plants) that adorn the windows with popular love poems. On every corner, sprouting like mushrooms, there are stalls selling drinks, sardines and bifanas, a pork tenderloin sandwich. And the streets are crammed with people, packed just like sardines in a can, on a pilgrimage to the food stalls and the popular dances with music for all tastes. Some areas, like the Bica neighbourhood, have even offered electronic and psychedelic rhythms to the revellers’ beating hearts. All this transforms this night into the longest night of the city, the most joyful, carefree and genuine night. The night during which those who are single, widowed or divorced leave their reason at home and give the benefit of the doubt to their hearts. The real truth is that Santo António loves are eternal, regardless of whether they last one night, one dawn, or an entire lifetime. They are never forgotten, no matter how drunk one is. Translated by KENNIS TRANSLATIONS There’s a surprise waiting for you when you go down the steps of one of the buildings in Alecrim Street. There, you can find the store Trem Azul, an old-fashioned record store dedicated to jazz music. There are still some CD players hanging on the wall and by looking at them you can find out what the Clean Feed label is working on for its 9th anniversary. Without it, the store might not exist, since it was Clean Feed that created Trem Azul about four years after recording their first album. Musicians such as Bernardo Sassetti, Carlos Barreto, and Carlos Bica release their records under this label but it is abroad that Clean Feed sells more records and is more widely acknowledged. Hernâni Faustino, one of the label’s representatives, recognizes that jazz “is not a very popular musical genre” in Portugal. As a result, the records released by the label are mostly by foreign artists. After the Clean Feed Festival, which took place for the fifth time in New York and, this year, also in California, the label is now joining the Coimbra International Jazz Festival. This event started on the last weekend of May and continues on the first weekend of June. When you return to Lisbon, you can visit Trem Azul and spend some time listening to jazz, observing the curious view of the street below, and imagining a concert while browsing through the store. Do not forget to ask when the next one will be! > Pedro Pepe Translated by KENNIS TRANSLATIONS Alecrim Street 21 A | Monday to Friday 10a.m.-7.30p.m. | Saturday 2p.m.-7.30p.m. Printed on Cocoon Offset, bright white, 80 grs. Paper certified FSC 100% RECICLED (TT-COC-003060). Manufactured by ArjoWiggins group, European leader in environment-friendly paper. Distributed by Antalis. www.coworklisboa.pt www.visitlisboa.com > Joana Lopes 12 June to 13 June Throughout the city, especially in the historical neighbourhoods: Alfama, Mouraria, Marvila, Bica, Campo de Ourique… APOIOS CML/DMC/DPDC/www.agendalx.pt ...já encontrou esta migalha? 3. Degustação THE LONGEST NIGHT Jazz on the Pier ...ou noutra mesa talvez e... 2. Recreio Dance at Ribeira | Recreation Do you want to dance? If so, read carefully, and then after you’ve paid your bill, head towards the Mercado da Ribeira at Cais do Sodré, for there lies one of the city’s best-kept secrets, one of those many secrets that Lisbon holds. No, we are not talking about the products on sale in the market, but of the matinee that has been taking place for eleven years in one of the halls of the building. People dance between fish and fruit on one side and the river Tagus on the other. The music ranges from tango to pimba, a type of tacky Portuguese popular music. The important thing is to dance and the participants display an experience that can only be acquired over the years, as well as an impressive range of rhythmic diversity. At weekends, it can get very busy, so you had better arrive early. Participants belong to all age groups, although most of them have definitely experienced more than fifty Santo António celebrations. The entrance fee is three euros, and the dance takes place every Wednesday, Friday, Saturday, and Sunday as well as on public holidays, from 3 p.m. to 7 p.m. > Marcelo Valadares ...aqui mesmo ao seu lado... 1. Destacável © Alexandre Esgaio Edition Notice. Team Giulia Battaglini, Cláudio Duarte da Costa, Katerina Stepankova Editing Samuel Alemão Design Fernando Mendes Web site Pedro Geraldes Print 50.000 ...mas há outras quatro folhas... © João Concha Este é o individual que está a ler... #05 · JUNE > www.migalhas.org
Documentos relacionados
Migalhas - WordPress.com
Liberdade provisória | Associação Cultural Sábado à noite. Saímos da estação de metro Marquês de Pombal, em direcção à Avenida da Liberdade, em busca da Liberdade Provisória. O nome tiranos do chão...
Leia maisBeyoncé
abre a porta porque tem medo. Entram dois homens: o controlador, o chefe, eventualmente sedutor, e um operário, um falso bruto. Trazem uma missão importante: cumprir a directiva governamental que i...
Leia maisMigalhas - WordPress.com
Teatro Maria Matos | Concerto 27 de Junho : 23 horas Preço: 6¤ a 12¤
Leia mais