Informativo da Secretaria Municipal de Saúde de Pomerode

Transcrição

Informativo da Secretaria Municipal de Saúde de Pomerode
Edição Nº 17 Abril/2012
Informativo da Secretaria Municipal
de Saúde de Pomerode
Herança germânica compõe
artesanato de Páscoa na
“Osterfest”
01 Milena Aparecida Mendonça Rodrigues
03 Cassandra Spies
03 Juliana Bork
“Osterfest - Festival de Páscoa” acontece aos finais de semana, até o dia 7 de abril,
com um diversificado número de atrações, como a Casa do Coelho, a maior
Osterbaum (Árvore de Páscoa) das Américas, apresentações culturais e gastronomia
temática. Um dos grandes destaques da programação, entretanto, é a “Ostermarkt feira de artesanato e decoração de Páscoa”, que traz trabalhos surpreendentes feitos
por artistas e artesãos locais.
A pintura em cascas de ovos – de galinha, de pato, de ganso, de avestruz e até mesmo
de lagartixa – bem como em ovos torneados de madeira, é uma tradição que virou
uma especialidade. A artesã Silvana Pujol, que desenvolve um refinado trabalho
artesanal desde os sete anos, participa da programação da Feira também com a
demonstração de suas pinturas em cascas de ovos.
Filha de mãe artista plástica e pai ourives, Silvana desenvolveu uma técnica própria de
pintura própria, inspirada nos detalhes de acabamento artístico feito em jóias. O
trabalho, que exige muita paciência e precisão quase cirúrgica, pode ser apreciado de
perto pelo público. “A pessoas gostam do contato com o artista e isso para mim é o
máximo, é o verdadeiro reconhecimento do meu trabalho”, expõe a artista.
Também vista em cascas de ovos, a pintura germânica “Bauernmalerei” é outra
técnica que se sobressai como uma das marcas do artesanato pomerodense. É
encontrada principalmente em móveis e objetos decorativos, retratando a visão
simples da natureza, como as flores e os pássaros, em cores fortes e contrastantes.
Segundo a artesã Nani Scheer, especialista na técnica, o “Bauernmalerei” surgiu na
Europa nos séculos 17 e 18 entre a população rural, como uma forma alegre e barata
dos camponeses decorarem as suas casas. Os desenhos, de toque suave e delicado,
atravessaram gerações e conquistaram o mundo. “Hoje é uma forma de decoração
que pode encontrar seu espaço em qualquer ambiente, dependendo do estilo da peça
e da característica do desenho ou motivo utilizado”, diz.
Tradicionalmente empregados na ornamentação de janelas, os “Fensterbilders” são
outro artesanato típico da cidade, herdado da tradição alemã, que fazem sucesso na
Páscoa. As figuras em madeira, vazadas e recortadas, são encontradas em versões
com coelhos, flores e ovos, entre outros elementos, inclusive com opções de kits DIY
(faça-você-mesmo).
O artesanato em madeira aparece com exclusividade ainda na decoração da Feira,
com a técnica chamada de “Drechslerei”, muito comum na Alemanha e que caminha
para a popularização em Pomerode. Trata-se de um método para esculturas
torneadas, principalmente usado na composição de personagens de presépios e
bonecos “quebra-nozes”. Feitos pela artesã local Sandra Greuel, coelhos gigantes,
ricamente decorados, recepcionam os visitantes nas entradas do Centro Cultural.
Fonte: www.pomerode.sc.gov.br. Acesso em 25/03/2012.
04 Simone Soares de Souza
05 Andrea Cristina Horongoso Setter
05 Juliana Paiano
07 Magali Achterberg Boeing
09 Janice Wolter
13 Andrea Bloedorn Maske
13 Edith de Oliveira
13 Giovana Katy Heidorn Schoning
14 Janina Gwadera
14 Marlise Hoefelmann
14 Wilson José Andrioli Junior
15 Marisa Calissi Rauh
17 Gerold Roland Wetzstein
18 Franciele Fermo
20 João Regis Oliveira
25 Eduardo Henrique Montans Vicentini
25 Fabiana Schubert
30 Cinthia Cristina Volkmann
A Páscoa no mundo
Na China
O "Ching-Ming" é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, onde são visitados os
túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos
com os seus descendentes.
Na Europa
As origens da Páscoa remontam a bem longe, aos antigos rituais pagãos do início da primavera (que
no Hemisfério Norte inicia em março). Nestes lugares, as tradições de Páscoa incluem a decoração
de ovos cozidos e as brincadeiras com os ovos de Páscoa como, por exemplo, rolá-los ladeira abaixo,
onde será vencedor aquele ovo que rolar mais longe sem quebrar.
Nos países da Europa Oriental, como Ucrânia, Estônia, Lituânia e Rússia, a tradição mais forte é a
decoração de ovos com os quais serão presenteados amigos e parentes. A tradição diz que, se as
crianças forem bem comportadas na noite anterior ao domingo de Páscoa e deixarem um boné de
tecido num lugar escondido, o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses "ninhos".
Nos Estados Unidos
A brincadeira mais tradicional ainda é a "caça ao ovo", onde ovos de chocolate são escondidos pelo
quintal ou pela casa para serem descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa. Em algumas
cidades a "caça ao ovo" é um evento da comunidade e é usada uma praça pública para esconder os
ovinhos.
No Brasil e América Latina
O mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa, sejam de vime, madeira ou
papelão, e enchê-los de palha ou papel picado. Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar
doces e ovinhos na madrugada de Páscoa. A "caça ao ovo" ou "caça ao cestinho" também é utilizada.
Fonte: http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/Pascoa/pascoa.htm. Acesso em 25/03/2012.
Hipertensão não Rima com Prevenção
A atitude de prevenir há de ser persistente, pois a hipertensão é considerada um dos
principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde
pública. O seu conceito é hipertensão é uma condição clínica multifatorial caracterizada por
níveis elevados e sustentados da pressão arterial. Em relação à história, o primeiro registro
de medida da pressão arterial é o experimento do pároco inglês, Stephen Hales, colocando
uma cânula ligada a um tubo de vidro vertical na carótida de uma égua, mostrando que o
sangue subia pelo referido tubo a uma altura de 2,5 metros (Statistical Essays, 1731 e 1733).
No homem, a primeira medida foi realizada pelo fisiologista francês Jean Leonard Marie
Poiseuille, em 1828, por meio de um esfigmomanômetro de mercúrio, muito semelhante
aos utilizados nos dias atuais. O primeiro a opinar sobre o que deveria ser o valor normal
(120 mmHg) da pressão arterial sistólica foi o cirurgião francês J. Faivre, em 1836. O
manguito inflável, que é acoplado ao aparelho para a medida indireta da pressão arterial, é
invento de 1896, do médico italiano de Turim, Scipione Riva-Rocci. O método auscultatório
(que consiste em auscultar o pulso arterial colocando a campânula do estetoscópio sobre a
fossa cubital) foi concebido pelo médico russo Nicolai Korotkoff, em 1905. O modelo
aneroide de aparelho de pressão, que está em nossos ambulatórios, é alemão, de 1886,
primeiramente utilizado por Samuel von Basch. Na década de 1980 surgiram os aparelhos
automáticos, que muitos de nós tem em casa; na esteira desse modelo, surge a MAPA –
técnica de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial – exame que é realizado em
nossa Secretaria. Na revista “Arquivos Brasileiros de Cardiologia”, de Fevereiro de 2012, foi
publicado pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul artigo sobre o uso de
Rastreômetro (uma adaptação de esfigmomanômetro aneroide, em que o visor é composto
por duas faixas, uma amarela e outra vermelha – esta indicando pressão arterial sistólica
acima de 140 mmHg), baseado no método oscilométrico, operado por Agentes
Comunitários de Saúde da Estratégia de Saúde da Família, da cidade de Charqueadas (RS),
como novo método para rastreamento de hipertensos. A denominação mais usada é
hipertensão arterial PRIMÁRIA, que foi precedida por ESSENCIAL – nome dado por Frank,
em 1911, na Alemanha (“essentielle Hypertonie”), para a elevação comum da pressão
arterial, utilizando o aparelho de mercúrio e o método auscultatório. O fato marcante
ocorreu em 1917, nos Estados Unidos, quando o Dr. Fischer, médico-chefe de uma
companhia de seguro de vida, padronizou a medida da pressão arterial na ficha de todo
segurado; em decorrência dessa prática, um dado estatístico da Society of Actuaries de
1925 resultou perturbador: entre os 560.000 segurados, a pressão alta era um risco que
encurtava a vida! Foi um dado estatístico encontrado por matemáticos, que estava
inaugurando a era da epidemiologia na ciência da saúde. Os dados epidemiológicos que
temos mostram que, existe relação direta com a idade; é mais elevada nos homens até os
50 anos e, nas mulheres a partir da quinta década; há predomínio de mulheres negras
hipertensas, em relação às brancas; o excesso de peso se associa com a maior prevalência
de hipertensos desde idades jovens; o padrão alimentar rico em sal também se correlaciona
com a elevação da pressão arterial; a ingestão de bebidas alcoólicas por períodos
prolongados não só aumenta a pressão arterial, como também a mortalidade cardiovascular
em geral; sedentarismo então... São os fatores genéticos e os ambientais que caminham
lado-a-lado, em famílias com estilo de vida pouco saudável. Contra fatos não há
argumentos: hipertensão arterial é igual à acidente vascular encefálico, infarto do
miocárdio, doenças vasculares, insuficiência renal – isso já é de domínio público. Mortes
precoces e perda de qualidade de vida... Seguindo a escrita “melhor prevenir do que
remediar”, no governo de Fernando Henrique Cardoso, tendo Barjas Negri como Ministro da
Saúde, foi sancionada a Lei 10.439, de 30 de abril de 2002, que instituiu o “DIA NACIONAL
DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO”, a ser comemorado anualmente no dia 26 de
abril, com o objetivo de conscientizar a população sobre o diagnóstico preventivo e o
tratamento da doença! As tentativas... Para combater as doenças cardiovasculares, Oscar H.
Franco, cientista colombiano ligado à saúde pública, propôs a Polirrefeição (“Polymeal”,
artigo publicado no British Medical Journal, em 2004): vinho tinto, chocolate amargo,
amêndoas, alho, frutas e vegetais, peixes ricos em ômega-3. Outra: na imprensa leiga, até a
erva-mate recebe tratamento de destaque. E, das palavras vem a ação! Conhecer melhor e
mais a doença e a nós mesmos, com nossas limitações, possibilita pequenos gestos de
grande impacto: caminhadas regulares; menor ingesta de alimentos, limitando carboidratos
– já dizia o médico gaúcho Mário Rigatto: não nos faz falta sal, açúcar, tabaco e gordura!
Pelo censo de 2010, já somos mais de 24.000 centenários. A tendência é para aumento da
média de idade do brasileiro; mas, a que custo? Envelhecer doente e fazendo uso de uma
polifarmácia? Talvez, porque tenha faltado prevenção? Hoje já conhecemos melhor a
hipertensão e as consequências de seu tratamento inadequado, condições que
comprometem a quantidade e a qualidade dos dias de vida. Em razão disso, do
conhecimento adquirido, transitamos na complexidade de tratamento da doença arterial
coronária para doença vascular cerebral; a abordagem clínica permite minimizar os
desfechos da aterosclerose coronária e ainda precisa evoluir no que se refere à
degeneração cerebral (cujo temido resultado também é de todos conhecido – demência
senil). O caminho passa pela educação científica para a Saúde, já que a informação e o
acesso a ela existem! O uso adequado desses recursos por todos terá como resultado a
prevenção plena. Nesse próximo dia 26 de abril, reflitamos sobre o que estamos e o que
podemos fazer.
Dr. Edson Tafner CRM/SC 4.118
6 de Abril – Dia Mundial da Atividade
Física
Com o objetivo de chamar a atenção da população mundial
para o tema, a Organização Mundial de Saúde – OMS
determinou o dia 6 de abril como o Dia Mundial da Atividade
Física, com a finalidade de sensibilizar a população para a
importância da adoção de um estilo de vida mais ativo. Os
benefícios da prática regular de Atividade Física vão muito
além da questão “estética”.
Na ultima década, o sedentarismo tem sido enfrentado como
um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de
doenças crônicas não transmissíveis como enfermidades
cardiovasculares, hipertensão, diabetes e obesidade. Sendo
apontado como a quarta causa de morte entre as 19
principais segundo a Organização Mundial de Saúde.
Para praticar atividades físicas não precisamos fazer
avaliações sofisticadas em laboratórios especializados.
Caminhada, jardinagem, exercícios de alongamento durante a
jornada de trabalho, subir escadas e dançar, são típicos
exemplos de atividades físicas que podem ser incluídas no dia
a dia, que não precisam de exames médicos e nem de
supervisão de professores de educação física.
É o mínimo que precisamos fazer para evitar atrofia mais
rápida dos músculos, enrijecimento das articulações e
doenças que comprometem as funções cardiorrespiratórias e
de outros sistemas do corpo. No entanto, é sempre bom
lembrar que, as pessoas que convivem com fatores de risco
importantes como hipertensão, diabetes, obesidade e,
principalmente, aquelas que já tiveram problemas cardíacos,
precisam fazer avaliações periódicas, os chamados check-ups.
Medidas preventivas são indispensáveis para evitar surpresas
em relação às doenças que surgem em consequência do estilo
de vida, fatores genéticos e envelhecimento. Nos casos
citados, a orientação de profissionais especializados em
programas de treinamento individualizado é muito
importante porque podem quantificar e selecionar os
exercícios mais indicados.
Leandro Roepke - CREF: 010433-G/SC
Orientador de Atividades Físicas do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde
da Família).
Especialista em Exercícios Aplicados a Reabilitação Cardíaca e a
Grupos Especiais.
05 – Dia Mundial da Atividade Física
06 – Dia Nacional de Mobilização pela
Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
07 – Dia Mundial da Saúde
08 – Páscoa
08 – Dia Mundial de Luta Contra o Câncer
12 – Dia do Obstetra
26 – Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão
“Mede a saúde pela alegria que te causam a manhã e a primavera" (Henry David Thoreau).

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