ANÁLISE DE MERCADO DO ORIENTE MÉDIO Com foco em

Transcrição

ANÁLISE DE MERCADO DO ORIENTE MÉDIO Com foco em
ASBEA
Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura
ANÁLISE DE MERCADO DO ORIENTE MÉDIO
Com foco em Serviços de Arquitetura e Setor da Construção
Elisenda Piñol
Inteligência de Mercado
São Paulo - Brasil
Outubro – 2009
Copyright © 2009 ASBEA • Todos os direitos reservados
2
SUMÁRIO
1. Introdução
1
2. Panorama geográfico do Oriente Médio
2
3. Panorama do mercado da construção no Conselho de Cooperação
do Golfo
5
4. Doing Business no Oriente Médio: formas de atuação e barreiras
de entrada
8
5. Panorama e cenário competitivo dos serviços de arquitetura e de
outros players do setor de construção
12
6. Desenvolvimento do setor da construção no Conselho de
Cooperação do Golfo
19
7. Principais tendências e projetos no Conselho de Cooperação
do Golfo
23
8. Futuras tendências de mercado do setor da construção no
Conselho de Cooperação do Golfo
30
9. Legislação para o exercício da arquitetura nos Emirados
Árabes Unidos
31
ANEXO I – Ranking das 100 empresas de arquitetura com maior atividade
nos Emirados Árabes Unidos
35
ANEXO II – Ranking dos 100 developers com maior atividade nos Emirados
Árabes Unidos
37
ANEXO III – Ranking das 100 maiores construtoras com maior atividade nos
Emirados Árabes Unidos
39
3
1. Introdução
Este estudo, a partir do mapeamento do panorama dos países pertencentes ao
Conselho de Cooperação do Golfo (Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein,
Arábia Saudita, Omã e Kuwait), doravante denominado CCG, tem como objetivo
apresentar o mercado de construção e de serviços de arquitetura neste contexto e
prospectar, assim, as oportunidades que os escritórios de arquitetura do Brasil
podem ter para desenvolver negócios.
A área geográfica de interesse deste estudo compreende, principalmente, os
países do CCG, especialmente os Emirados Árabes Unidos, doravante
denominado EAU, porque representam o hub regional da atividade de construção
inovadora.
Integra este relatório numerosas informações sobre os principais projetos que
estão sendo desenvolvidos e sobre as principais empresas key players atuantes
nessa região.
2. Panorama Geográfico do Oriente Médio
O Oriente Médio está formado por diversos grupos de países que apresentam
uma vasta diversidade econômica. A região representa um mercado de grande
importância na economia global, com uma produção de US$1,9 trilhão em 2008 e
com as maiores reservas de petróleo do mundo1.
A economia no Oriente Médio historicamente tem dependido da riqueza
procedente do petróleo, mas o atual crescimento econômico está sendo
conduzido, em grande parte, por um esforço em diversificar o investimento para
indústrias mais duradouras e confiáveis como por exemplo, o turismo e o setor
imobiliário.
1
FMI, Relatório Cities of the Future, Bedford, UK, Consultado em 18 de maio 2009, World Economic
Outlook Database. McGraw Hill Construction, 2009. p. 8, abril, 2009.
4
Este modelo de desenvolvimento começou em Dubai e está sendo adotado pelos
outros Estados do Golfo.
O Oriente Médio, devido à diversidade econômica, social, política e geográfica
pode ser referência a vários países ou sub-regiões.
O Conselho Cooperativo do Golfo inclui as seis economias da região com maior
PIB per capita: Catar, EAU, Kuait, Bahrein, Arábia Saudita e Omã ordenados por
riqueza2.
Na África do Norte, as economias do Egito e da Líbia também estão em
crescimento. A atividade nos setores da construção, turismo e educação superior
estão aumentando. Devido às similaridades entre governo, cultura e economia
frequentemente são países considerados do Oriente Médio.
Outras regiões do Oriente Médio como o Líbano, Iêmen, a Síria, Jordânia, Israel e
o Irã não dispõem dos mesmos níveis de riqueza de petróleo como aqueles do
CCG, mas a atividade de construção é destacada nestes mercados e muitos
estão participando da tendência de maior investimento em turismo e setor
imobiliário.
As nações reconstruídas do Iraque e do Afeganistão apresentam uma maior
atividade no mercado devido ao aporte de fundos para a reconstrução de
instituições internacionais como o Banco Mundial, as Nações Unidas e a Agência
pelo Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID). O risco político
destes mercados deve ser considerado, porém, também representam uma peça
crítica da região e uma oportunidade potencial no futuro.
2
Idem a 1 – p.5
5
3. O panorama do mercado da construção no Conselho de Cooperação do
Golfo
A atividade da construção por todo o Oriente Médio, liderada pelos países do
GCC, está transformando a indústria e se tornando pioneira em relação às
cidades do futuro.
O setor da construção tem atingido uma grande importância na economia da
região. A tendência é de diversificar as economias baseadas no petróleo e
aumentar o investimento na construção de vanguarda e icônica.
A Figura 1 mostra que o gasto em projetos de construção no GCC cresceu
significativamente nos anos recentes, ainda que este aumento se estagnasse em
2009 por uma considerável retração em mercados como Dubai, o qual despencou
após a crise financeira global.
Figura 1
Fonte: Proleads Global, Maio 2009 Mc GrawHill Construction
6
A grande dependência do mercado no setor imobiliário, sobretudo residencial,
além da especulação estrangeira, provocou uma quebra no setor no final de 2008
ao mesmo tempo em que a economia mundial entrava em crise.
Esta realidade prejudicou os projetos já em desenvolvimento, retardando o
começo de outros, além do cancelamento de alguns que estavam nas primeiras
fases de desenho.
Também em resposta à crise, a atividade em geral, residencial e comercial no
GCC deve cair entre o final de 2009 e o início de 2010. No entanto, graças ao
dinamismo desta economia, espera-se que projetos de infraestrutura continuem
crescendo, refletindo possivelmente uma demanda maior na sua construção e
manutenção. Paralelamente, os países do GCC vão lidar com um fluxo de
população relacionada com o maior investimento em turismo e em propriedades
imobiliárias.
Figura 2
Fonte: FMI Global Outlook Database, Abril 2009
A Figura 2 mostra que os EAU estavam crescendo nos últimos anos a uma taxa
média de 10%. Após a crise econômica mundial, o crescimento desacelerou e
para 2009 o crescimento do PIB está estimado em -2% por causa do impacto da
crise no setor de construção, da redução na produção de petróleo e dos baixos
7
investimentos no país. Porém, segundo estimativas pode se esperar uma
recuperação lenta nos próximos anos.
Cabe destacar o crescimento estimado de Catar nos últimos anos, sendo que
para 2009 deve estar perto de 18%.
O setor da construção no Oriente Médio é fomentado em grande parte por uma
combinação excepcional da planificação orientada do governo e de um ambiente
favorável que estimula um aumento dos empreendimentos neste setor.
Os recursos financeiros disponíveis para os projetos e os custos totais atingem
níveis elevadíssimos devido às reservas de petróleo, à população reduzida e à
alta concentração de riqueza. Além disso, os países do GCC têm promovido
investimentos externos, financiado projetos e incentivado aos expatriados a
compra de bens imobiliários.
A tendência para o green design e a construção sustentável, ainda que lenta, está
crescendo. Além disso, se potencia o uso de recursos de energia renováveis e o
desenvolvimento de planos diretores que promovam um estilo de vida
sustentável.
A região enfrenta, contudo, vários desafios e obstáculos com os quais precisa
lidar se quiser atingir padrões internacionais e ser um major player.
O número de trabalhadores qualificados da construção é limitado devido à falta de
treinamento e à escassa população. A contratação de mão de obra pouco
qualificada além do tratamento e da exploração que sofrem tem sido
questionadas pelo mundo ocidental. Muitas empresas empregam trabalhadores
dos países vizinhos como: Paquistão, Índia e China.
A construção e a manutenção de infraestrutura e serviços públicos não têm
acompanhado o espetacular aumento do investimento e de prédios novos, nem o
correspondente crescimento da população.
8
O setor público e privado estão entrelaçados especialmente nesta região. É
preciso cuidar das relações com os organismos e as empresas com o fim de
assegurar a transparência no desenvolvimento dos negócios.
O clima extremo da região é outro grande desafio para o setor da construção. No
verão as temperaturas atingem cerca de 46ºC e, no inverno, vão de 14°C a 23°C.
Esta situação comporta uma organização do trabalho com modalidades diferentes
às praticadas em países de condições climáticas menos extremas.
Um último fator a ser considerado é a organização social e cultural destes países.
Cidades como Dubai e Abu Dhabi estão atingindo padrões ocidentais. Porém, em
países como Catar, Arábia Saudita, Bahrein, Kuait e Omã aspetos ligados ao
papel da mulher, ao consumo do álcool ou a práticas do jogo, criam obstáculos
para o crescimento do turismo e da educação.
4. Doing Business no Oriente Médio: formas de atuação e barreiras de
entrada
No último relatório de “Doing Business 2010”
3
publicado pelo Banco Mundial, os
Emirados Árabes Unidos são a região do Oriente Médio e da África do Norte que
apresentam o maior progresso quanto à facilidade de fazer negócios.
O Doing Business classifica as economias com base em dez indicadores de
regulamentação de empresas que registram o tempo e o custo para atender aos
requisitos do governo, no que diz respeito à abertura e fechamento de uma
empresa, seu funcionamento, trâmites de importação e exportação, pagamento
de impostos, etc. As classificações não abrangem áreas como políticas
macroeconômicas, segurança, aptidões profissionais da população e solidez do
sistema financeiro ou das regulamentações financeiras do mercado.
3
O DOING BUSINESS oferece desde 2004 uma medida quantitativa de regulamentações para iniciar um
negócio, lidar com alvarás de construção, empregar trabalhadores, registrar a propriedade, obter crédito,
proteger investidores, pagar impostos, para importar e exportar, cumprir contratos e fechar um negócio.
World Bank, 2009, p. 11, www.doingbusiness.org.
9
Desde uma visão geral, e apesar dos desafios trazidos pela crise financeira, o
número de reformas bateu recordes neste ano. De junho de 2008 a maio de 2009,
287 reformas foram registradas em 131 economias, o que representa 20% a mais
do que no ano anterior.
A região do Oriente Médio e da África do Norte foram especialmente ativas neste
ano, sendo que 17 das 19 economias fizeram reformas entre 2008-2009. A
concorrência entre países vizinhos inspirou uma reforma generalizada.
O Egito, a Jordânia e os EAU figuram entre os “reformadores” mais ativos.
Os dados da Figura 3 mostram que as economias com pelo menos uma reforma
que torna mais fácil fazer negócios têm aumentado desde 2005 com destaque no
último ano quando os governos do Oriente Médio e do Norte da África estão
reformando a uma taxa semelhante à utilizada na Europa Oriental e na Ásia
Central.
FIGURA 3 - ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA - 19 ECONOMIAS
Parcela de economias com pelo menos uma reforma tornando mais fácil fazer negócios (%)
DB 2005
47
DB 2006
47
DB 2007
53
DB 2008
53
DB 2009
DB 2010
63
90
Fonte: Banco de dados do Doing Business
Desde 2005 oito das economias da região reduziram ou eliminaram requisitos
mínimos de capital. O Egito, Jordânia, Marrocos, Arábia Saudita, Tunísia, EAU e
República do Iêmen adotaram serviços centralizados para iniciar um negócio. (Ver
Tabela 1)
10
As reformas de 2008/2009 também se intensificaram em outras áreas,
simplificando processos para conseguir alvarás de construção, para importar e
exportar através das fronteiras e fazer cumprir contratos por meio de tribunais.
Tabela 1 - Reformas em 2008/09 que tornaram mais fácil fazer negócios nos
países do Oriente Médio
Abrir
um
negócio
Lidar com
alvarás de
construção
√
√
Empregar
trabalhadores
Registro
Obtenção
da
de
propriedade
crédito
Proteção
de
investidores
Pagar
Impostos
Comércio
entre
fronteiras
Cumprir
contratos
Fechar
um
negócio
PAIS
Arábia
Saudita
Bahrain
√
Egito
√
Emirados
Árabes
Unidos
√
√
Jordânia
√
√
√
√
√
√
√
Kuait
√
√
√
Líbano
√
√
Omã
√
√
Qatar
Síria
√
Fonte: Banco de dados de Doing Business
Além do progresso dos EAU, o relatório Doing Business 2010 também destaca o
rápido avanço do Egito nos últimos anos. Entre 2009 e 2010 subiu 10 pontos,
principalmente, em função das reformas e da facilidade para se abrir um negócio
e se obter crédito. Contudo, o Egito ainda está na classificação 106 do ranking por
causa dos fracos resultados quanto à facilidade de pagar impostos (apesar dos
importantes esforços para reformar o sistema de arrecadação de impostos e das
grandes reduções das taxas), lidar com alvarás de construção e o cumprimento
dos contratos. (Ver Tabela 2)
√
11
Cabe destacar que o Egito nos últimos cinco anos melhorou a classificação em 59
lugares, já que ocupava o 165º do ranking.
A Arábia Saudita é outro país que tem avançado rapidamente no ranking nos
últimos anos. Em 2007 estava no 38° lugar e em 2010 saltou para o 13°. O alvo
do governo saudita é atingir o top 10. O maior progresso foi livrar-se do requisito
de capital mínimo para se abrir um negócio. (Ver Tabela 2)
Os EAU têm simplificado os procedimentos de emissão de alvarás de construção
e de comércio entre fronteiras. Por isso os EAU subiram 14 lugares nas
classificações de 2010, se comparado com as do ano passado. Contudo, a
classificação quanto à proteção do investidor, cumprimento de contratos e
fechamento de negócios ainda é relativamente baixa. (Ver Tabela 2)
Diante da severa desaceleração da economia de Dubai nos últimos 12 meses,
que provocou um aumento no atraso dos pagamentos a empreiteiros, o
cumprimento dos contratos é uma das maiores preocupações das empresas que
operam nos EAU. Nesta categoria o país está classificado em 134° lugar.
O ranking da Arábia Saudita e do Egito nesta área é ainda pior, registrando 140º e
148º respectivamente.
A classificação dos EAU e da Arábia Saudita é particularmente alta quanto à
facilidade de registrar propriedade (7° e 1°), e todos os países da região do Golfo
Arábico estão bem posicionados na categoria pagar impostos.
12
Tabela 2 - Classificação sobre a facilidade de fazer negócios na região do
Oriente Médio e da África do Norte
2010
2009
2008
Arábia
Saudita
13
15
23
Bahrein
20
18
17
Israel
29
29
30
EAU
33
47
54
Catar
39
37
38
Kuwait
61
52
49
Omã
65
60
57
Tunísia
69
73
81
Turquia
73
63
60
Iêmen
99
103
123
Jordânia
100
104
94
Egito
106
116
125
Líbano
108
101
98
Marrocos
128
130
129
Argélia
136
134
130
Irã
137
142
138
Gaza
139
137
132
Síria
143
138
140
Iraque
Sudão
153
154
150
149
146
142
Fonte: The Economist Intelligence Unit
5. Panorama e cenário competitivo dos serviços de arquitetura e de outros
players do setor de construção
A revista Building Design World Architecture4 elabora o ranking Top 100
Escritórios de Arquitetura, baseado no número de arquitetos empregados. A
última pesquisa publicada em janeiro de 2009 aponta três escritórios de
arquitetura do Oriente Médio entre os 100 maiores do mundo: a empresa Keo
International
Consultants,
em
Kuwait,
em
35°,
com
271
arquitetos
(www.keoic.com), a Dewan Architects & Engineers, nos EAU, em 52°, com 200
4
BUILDING Design World Architecture, London, UK, p. 14-15, www.bdonline.co.uk, Jjan. 2009.
13
arquitetos (www.dewan-architects.com) e a Design & Architecture Bureau (DAR),
nos EAU, em 77°, com 124 arquitetos (www.dar.ae).
O escritório Dewan Architects & Engineers entrou na lista Top 100 deste ano
diretamente na 52° posição. E os outros dois escritórios Keo International
Consultants, Design & Architecture Bureau aumentaram de forma gradual a sua
posição na classificação.
A pesquisa da revista inglesa aponta os Estados Unidos e o Reino Unido como os
países de referência global em arquitetura, contabilizando grande parte das
empresas presentes no ranking.
A publicação aponta que, atualmente, Dubai já não pode ser considerada a
principal cidade com demanda de serviços de arquitetura, mas, sim a cidade-base
utilizada pelas empresas de arquitetura para explorar outras regiões vizinhas
dentro do Conselho Cooperativo do Golfo: Abu Dhabi, Catar, Kuwait, Bahrein e
Arábia Saudita.
Os arquitetos estão explorando outras regiões do Oriente Médio como o Líbano
ou a Turquia, especialmente no setor de educação. No Norte da África,
particularmente, alguns países como Líbia, Egito e Tunísia, podem oferecer
oportunidades.
A expectativa da maioria dos escritórios de arquitetura consultados é de que a
região do Oriente Médio tenha o maior potencial para serviços de arquitetura nos
próximos 12 meses, como mostra a figura 45.
5
BUILDING Design World Architecture, London, UK, p. 29, www.bdonline.co.uk., jan. 2009.
14
Figura 4
Fonte: Building Design World Architecture, Janeiro 2009
Dubai é a segunda cidade com maior número de escritórios estrangeiros e Abu
Dhabi é a quinta. (na primeira posição está Xangai, China). A classificação das
dez cidades com o maior número de escritórios estrangeiros é a seguinte:
1
XANGAI, China
2
DUBAI, UAE
3
BEIJING, China
4
LONDRES, RU
5
ABU DHABI, UAE
6
CINGAPURA
=7
HONK KONG, China
=7
MOSCOU, Russia
9
WARSAW, Poland
10
MUMBAI, Índia
Em 13º está Doha, em Catar, junto com outras cidades (Bangcok, México DF e
Nova York)6.
6
BUILDING Design World Architecture, London, UK, p. 31, www.bdonline.co.uk, jan. 2009.
15
A Figura 5 mostra as regiões que proporcionam o maior lucro líquido para os
próprios escritórios7:
Figura 5 – Regiões que proporcionam maior lucro para os escritórios
India
Japão
3%
3%
Outros
7%
UK
27%
Australia
/ Nova
Zelanda
EAU
4%
4%
África do
Sul
6%
China
6%
União
Européia
19%
USA
21%
Fonte: Building Design World Architecture
A fonte de dados Emporis proporciona as mais variadas informações e análises
do ritmo da construção de um país e das empresas envolvidas em qualquer
atividade relacionada com este setor.
Atualmente, há 112 empresas árabes de arquitetura registradas por esta fonte
nos EAU. A maioria dos escritórios fica em Dubai e em Abu Dhabi (78 e 21
escritórios respectivamente). A Emporis disponibiliza, ainda, uma relação das
firmas de arquitetura com maior atividade nos EAU. A maior concentração de
serviços de arquitetura é desenvolvida por escritórios locais; vale ressaltar que a
maioria das 21 primeiras empresas classificadas está em Dubai (considerar que
na 4° classificação há um escritório de Beirute). A presença de escritórios
7
Enquete realizada pela BUILDING Design World Architecture, www.bdonline.co.uk entre 205 empresas,
sendo que o 57% têm escritórios no Exterior, p. 32, jan. 2009.
16
estrangeiros é marcada por empresas americanas, com nove escritórios e o
Reino Unido com sete escritórios num total de 33 entre o ranking dos 1008. (Ver
lista completa, Anexo I)
Os developers9 nos Emirados Árabes com maior atividade no setor são a Dubai
Properties (www.dubai-properties.ae) a EMAAR (www.emaar.com; “Burj Dubai”) e
a Nakheel (www.nakheel.com; “Palm Jumeirah”, The World). Segue o ranking das
Top 100:
Tabela 3 - Ranking dos 10 maiores developers nos Emirados Árabes Unidos
DEVELOPER
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
SEDE
Dubai Properties
EMAAR Properties
Nakheel
DAMAC Properties Co.
Al Mazaya Real Estate Development Co.
Deyaar Development PJSC
Dheeraj & East Coast L.L.C.
Best Homes Emirates Real Estate & Construction Co L.L.C
ETA Star Properties
Al Fajer Properties LLC
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
NUMERO DE
CONSTRUÇÕES
104
90
82
31
20
14
14
13
10
9
Fonte: Emporis.
Emporis aponta quatro developers em Abu Dhabi no ranking dos 100 maiores
developers
nos
(www.pureuae.com)
EAU:
em
a
empresa
36°,
a
Pure
Mubadala
Real
Estate
Development
Consultancy
Company
(www.mubadala.ae) em 47°, a Aldar Properties PJSC (www.aldar.com) em 72° e
a East & West Properties (www.eastandwest.ae) em 88° (Lista completa Anexo
II).
8
Dados da EMPORIS. Consulta realizada em 16/10/2009.
A Emporis define o termo developer como uma companhia ou indivíduo que supervisiona e coordena o
planejamento, desenho, financiamento, e construção de um edifício. Os developers também podem agir no
re-desenvolvimento de uma estrutura quando sofre uma transformação importante.
9
17
O governo, normalmente, participa com importantes porcentagens das empresas
developers, e, em alguns casos, a empresa pertence inteiramente ao governo,
como é o caso da Nakheel.
Na empresa Emaar o governo de Dubai tem participação de 31,22% através do
grupo Investment Corporation of Dubai. Foi fundada em 1997. Os projetos mais
importantes já finalizados são The Dubai Mall, Burj Dubai District. O Burj Dubai
(www.burjdubai) é uns dos projetos mais ambiciosos, sendo o prédio mais alto do
mundo, que está em fase de acabamento.
A Nakheel foi criada em 2001 e pertence totalmente ao governo de Dubai através
do grupo Dubai World. Os projetos mais importantes já concluídos são The Palm
Jumeirah (www.palmjumeirah.ae), Ibn Batutta Mall (www.ibnbattutamall.com) e
Jumeirah
planejados
Hotels
e
(www.jumeirah.com).
em
(www.palmjebelali.ae),
fase
de
Palm
Outros
desenvolvimento
Deira
ambiciosos
como
(www.pd.ae)
o
projetos
Palm
The
estão
Jebel-Ali
Waterfront
(www.waterfront.ae) and The World (www.theworld.ae).
A Aldar é uma empresa developer de Abu Dhabi. O governo tem participação na
empresa de 26,27% a través de Mubadala e do Abu Dhabi Investment Company.
Entre os projetos mais importantes em fase de desenvolvimento destacam-se a
Yas Island (www.yasisland.ae), a Al Raha Beach Complex e o circuito de Fórmula
1.
A TDIC (Tourism Development and Investment Company) é outra empresa de
Abu Dhabi que pertence ao governo de Abu Dhabi através do Abu Dhabi Tourism
Authority.
Foi fundada em 2006, e, atualmente, é uma das empresas mais importantes do
emirado. Entre os projetos de destaque encontra-se a Saadiyat Island
(www.saadiyat.ae) e o Cultural District, que é um importante projeto urbanístico e
cultural que abrigará o museu do Louvre, o Guggenheim Abu Dhabi, um auditório
e um museu de artes marinhas.
18
No ranking das construtoras por atividade em Dubai destacam-se a empresa Arab
Technical Construction Co (www.arabtecuae.com), a Al Habtoor Engineering
Enterprises
Co
(www.habtoorengg.co.ae)
e
a
Al
Rostamani-Pegel
LLC
(www.pegel.com) com 19, 16 e 12 construções respectivamente. Segue a lista do
ranking das 10 maiores construtores nos EAU:
Tabela 4 - Ranking das 10 maiores construtoras nos Emirados Árabes
Unidos
CONSTRUTORA
1. Arab Technical Construction Co.
2. Al Habtoor Engineering Enterprises Co. L.L.C
3. Al Rostamani - Pegel LLC
4. S.S. Lootah Contracting Co.
5. Al Ahmadiah Contracting & Trading
6. Dubai Contracting Company LLC
7. Al Shafar General Contracting Co (L.L.C.)
8. Associated Constructions & Investments Co. LLC
9. Belhasa
10. Tiger International General Contracting
SEDE
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Sharjah
NÚMERO DE
CONSTRUÇÕES
19
16
12
12
11
11
10
9
8
8
Fonte: Emporis
Nos EAU existe um importante número de empresas construtoras, mais a
presença internacional também é importante (Ver lista completa Anexo III).
A Arabtec Construction é uma empresa dos emirados do grupo Arabtec Holding
com sede em Dubai, especializada em construção. Realiza obra civil e residencial
e seus principais clientes são os grandes developers do Oriente Médio além das
instituições governamentais. A carteira de projetos realizados é muito ampla com
destaque para o Burj Dubai (www.burjdubai.com) e para o Difc Dubai (Dubai
International Financial Center; www.difc.ae).
A Al Habtoor Engineering Enterprises Company é uma empresa dos emirados
com sede em Dubai do grupo Al Habtour. Especializada em trabalhos de obra civil
e residencial é, junto com a Arabtec, uma das construtoras mais importantes no
Oriente Médio.
Entre os projetos realizados mais relevantes, destacam-se o Burj Al Arab e o
Dubai International Airport.
19
A ACC (Arabian Construction Company) é uma importante construtora com sede
em Abu Dhabi que conta com várias filiais em outros emirados; desenvolve
projetos tanto de obra civil como residencial em todo o Oriente Médio. Entre os já
concluídos destacam-se a Abu Dhabi Sheik Zayed Mosque, o Emirates Palace
(www.emiratespalace.com) e os Etisaltat Buildings.
Al Naboodah Contracting Company é uma empreiteira estabelecida em Abu Dhabi
do grupo Al Naboodah com uma importante presença nos EAU. Realiza obras
civis e residenciais além de projetos de infraestrutura marítima, de estradas e
pontes. Entre os projetos mais importantes, destacam-se: Al Habtour Hotels
Development (www.habtoorhotels.com) e a Harvard Medical School Dubai
(www.dhcc.ae), empreendimento que integra a Dubai Healthcare City.
6. Desenvolvimento do setor da construção no Conselho de Cooperação do
Golfo
Quanto ao ritmo e desenvolvimento do setor da construção, atualmente há 3.111
construções registradas pela Emporis nos países do CCG. Os EAU concentram
mais de 77% de todas as edificações notificadas, independentemente do estágio
da obra. Já Catar e Arábia Saudita têm notificadas 7,83% e mais de 6,68% de
construções, respectivamente.
Tabela 5 - Ranking de países do CCG por número de construções10
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Emporis
10
Tabela referente ao número de construções registradas, independentemente do estágio, nos países do
CCG pela base de dados Emporis acessada em 16/10/2009
20
Os EAU concentram mais de 65% de todas as obras já finalizadas – construções
existentes do CCG. Dentre as listadas na Tabela 5, quase 50% são de edifícios
altos, restando 26% de arranha-céus e cerca de 21% de edifícios baixos.
O número de obras aprovadas é elevado sendo que 67% são prédios residenciais
e mais de 26% são prédios de uso comercial. Na sequência seguem dois quadros
que sintetizam as informações:
Tabela 6 - Ranking de países do CCG por construções finalizadas11
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Emporis
Tabela 7 - Estágio de obras no CCG12
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Emporis
11
Tabela referente ao número de construções existentes e finalizadas nos países do CCG registradas pela
base de dados Emporis acessada em 16/10/2009
12
Tabela referente aos diferentes estágios das obras nos países do CCG registradas pela base de dados
Emporis acessada em 16/10/2009.
21
Os EAU estão formados por sete emirados: a capital Abu Dhabi, Ajman, Al
Fujairah, Dubai, Ras Al Khaimah , Sharjah, Umm Al Quwain.
Figura 6
Fonte: Emporis
Os EAU foram formados em dezembro de 1971. A região tem 4.104.695
habitantes num território de 83.600 km². A capital dos emirados é Abu Dhabi.
A cidade de Dubai é o centro principal de população do Emirado de Dubai com
1.241.000 de habitantes e 1.510.000 na área metropolitana. Mas só um quarto da
população é nativa dos Emirados, sendo uma cidade extremamente internacional.
Dubai está localizada num porto protegido e era um dos portos principais do golfo
Pérsico no século 19 por volta dos anos 1870. Em 1903 tornou-se um porto
britânico importante, e a cidade permaneceu como um protetorado da Grã
Bretanha até que os diferentes estados do CCG (nesse período nomeados Trucial
States) foram declarados independentes em 1971.
Nas suas origens, Dubai era uma cidade pequena, com economia de subsistência
baseada na de pesca e tornou-se próspera por mudar o foco para uma economia
baseada em pérolas e no comercio marítimo internacional. No começo do século
20 a cidade era famosa por ter um dos maiores souks (mercados) da Arábia. Em
1966 a descoberta de petróleo na região trouxe uma nova era de prosperidade a
Dubai. Hoje, sua economia é diversificada e o petróleo coloca-se em segundo
plano atrás do comercio e da manufatura.
Atualmente, Dubai é uma das cidades mais ricas e modernas do globo, conta com
a linha do horizonte mais alta do Oriente Médio e possui os dois maiores prédios
22
do mundo: The Burj Dubai e The Burj Al Arab. É uma cidade que atrai o turismo
de negócios, também porque nela se organizam grandes eventos esportivos
como corridas de cavalos, regatas de barcos, campeonatos de tênis e shows
aéreos.
Atualmente, há 2.413 construções registradas pela Emporis nos EAU. Dubai
concentra mais de 74% de todas as edificações notificadas independentemente
do estágio da obra (cerca de 36% das obras já estão finalizadas – construções
existentes). Na sequência duas tabelas sintetizam estas informações:
Tabela 8 - Ranking de cidades dos EAU por construções13
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Emporis
Tabela 9 - Ranking de cidades dos EAU por construções finalizadas14
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Emporis
13
Tabela referente ao número de construções registradas, independentemente do estágio, nos 7 Emirados
dos EAU pela base de dados Emporis acessada em 16/10/2009.
14
Tabela referente ao número de construções registradas e finalizadas nos 7 Emirados dos EAU pela base
de dados Emporis acessada em 16/10/2009
23
A Tabela 10 mostra o estágio das obras nos sete emirados dos EAU. Cabe
ressaltar que em Dubai 34 construções foram canceladas, mas o número de
projetos aprovados continua sendo elevado. Dentro dos projetos cancelados,
86% são de uso residencial e o restante são, principalmente, projetos de
escritórios comerciais e hotéis. Entre os projetos listados, mais de 49% são de
edifícios altos, cerca de 25% de edifícios baixos e os 22% restantes de arranhacéus.
Tabela 10 - Estágio das obras nos Emirados Árabes15
Fonte: Elaboração própria com base em dados da Emporis
7. Principais tendências e projetos no Conselho de Cooperação do Golfo
A inclusão de planos diretores de cidades começa a ser destaque no Oriente
Médio. São cidades construídas no meio do deserto que oferecem a oportunidade
de experimentar práticas inovadoras no setor da construção como zonas de livre
comércio e distritos financeiros, planejamento urbano com áreas que oferecem
múltiplos serviços e o design e a construção sustentável.
Os distritos financeiros e zonas de livre comércio são projetados com o objetivo
de atrair investidores globais como a Jeddah Free Trade City, na Arábia Saudita,
e distritos projetados focados em atividades financeiras, e que contam com
aranha-céus, como é o caso do Gate District, na Ilha Al Reem, em Abu Dhabi
(www.reemisland.com).
15
Tabela referente aos diferentes estágios das obras nos EAU registradas pela base de dados Emporis
acessada em 16/10/2009.
24
Os projetos urbanísticos oferecem múltiplos serviços para os novos residentes
desde bens imobiliários para uso comercial até instalações de entretenimento,
culturais e institucionais.
A cidade de Barwa, em Catar (www.barwa.com.qa) está prevista para ser
inaugurada em 2010 e contará, entre outros serviços, com centros sociais e
moradias para 20 mil famílias.
Figura 7
Barwa City-Catar
Fonte: www.barwa.com.qa
O plano diretor da cidade de Masdar em Abu Dhabi (www.masdarcity.ae), é outro
dos projetos destacados principalmente por tratar-se de uma comunidade
planejada de US$28 bilhões e com seis quilômetros quadrados. A previsão é de
que a cidade tenha 50 mil residentes e receba 40 mil visitantes por dia.
Este é um projeto inovador e pioneiro tanto no Oriente Médio quanto em nível
mundial já que está desenhado para ser a primeira cidade com nível zero de
emissões de carbono, zero resíduos e sem carros.
O posicionamento dos prédios é estratégico para aumentar a sombra nas ruas e
contará com metrô subterrâneo.
É previsto que a cidade terá cerca de 1.500 empresas, desde empresas top até
as de tecnologia mais avançada. Além disso, abrigará o Masdar Institute of
Science and Technology projetado especialmente para atender pesquisas sobre
energias renováveis, desenvolvimento e inovação com objetivo de converter Abu
Dhabi num centro de excelência global.
25
O foco é que a cidade concentre os prédios comerciais mais sustentáveis e
verdes do mundo. Está previsto também que a Agencia Internacional de Energias
Renováveis, IRENA, terá uma sede no local.
Várias empresas internacionais já estão se mostrando interessadas em se
estabelecer ou desenvolver projetos em Masdar. No mês de julho, foi assinado
um acordo de parceria estratégica com a “Swiss Village Association (SVA) para
planejar e desenvolver uma aldeia suíça16. Outra empresa que anunciou uma
parceria estratégica com a cidade de Masdar foi a BASF (Alemanha) que deverá
ser o fornecedor prioritário de materiais de construção17
Figura 8
Masdar City Vista de angulo superior – Abu Dhabi
Fonte: www.masdarcity.ae
Outros projetos focados no desenvolvimento do setor da educação como escolas
e institutos de ciência e tecnologia estão sendo construídos na região dedicados à
16
17
Fonte: www.masdarcity.ae
Fonte: www.masdarcity.ae
26
pesquisa de energias renováveis, às tecnologias de green design e ao
desenvolvimento de uma sociedade sustentável por meio das experiências das
próprias comunidades. Este é o caso da King Abdullah University of Science and
Technology (KAUST, www.kaust.edu.sa), na Arábia Saudita e do Masdar Institute
of Science and Technology (MIST, www.masdar.ac.ae), em Abu Dhabi.
Projetos de infraestrutura social, como educação e saúde são os menos afetados
pela crise mundial.
O Plano Abu Dhabi 2030 (www.abudhabi.ae) tem por objetivo transformar a
capital dos EAU num destino de qualidade mundial por meio do desenvolvimento
planejado, estratégico e de grande envergadura para garantir um crescimento
econômico e populacional constante. Outras cidades do CCG visam adotar esse
padrão de desenvolvimento.
O Shams na Al Reem Island é uns dos planos diretores de comunidades previstos
dentro do Plano Abu Dhabi 2030. Será uma comunidade própria que terá 20
milhões de metros quadrados de instalações residenciais, comerciais, de
entretenimento e institucionais. O projeto está desenhado para albergar 100 mil
residentes em 22 mil apartamentos de luxo. Também estão planejadas várias
torres como as icônicas Tameer Towers, a Sky Towers e a Gate District, torres de
apartamentos de estilo pós- moderno. Estes projetos incluem serviços comerciais,
de saúde e espaços religiosos além de 300 mil metros quadrados de parques.
27
Figura 9
Sky Tower
Fonte: Emporis
A maioria dos arranha-céus da região foi construída ou desenhada para estar
localizada em Dubai, mais o boom dos edifícios altos está espalhando-se por toda
a região, guiado pela ambição dos governos dos Estados do Golfo de atingir a
liderança no que diz respeito a propriedades imobiliárias e posicionar as suas
cidades com o objetivo de atrair a atenção de investidores globais e turistas.
A manifestação desta tendência também tem estimulado um ambiente competitivo
para que arquitetos explorem novas práticas de design e os empreiteiros e
engenheiros executem esses planos ambiciosos.
À medida que o Oriente Médio se transforma num destino global para o
investimento e o turismo, cresce o foco em instalações institucionais e culturais
para servir e atrair uma população crescente de residentes cultos e formados
além de visitantes. Em Dubai, os projetos de construção sem planejamento e
rápidos foram substituídos por um desenvolvimento de cidades mais equilibrado e
com instalações de categoria mundial no âmbito da saúde, cultura, religião e
educação.
28
Os construtores estão criando ambiciosas parcerias com renomadas instituições
internacionais com o objetivo de estabelecer uma marca como destino
internacional. No âmbito da cultura, já foram assinadas parcerias com a marca
Louvre e o Guggenheim. Na área de educação vão ser desenvolvidas instalações
com a New York University e The Massachusetts Institute.
Marcas líderes pretendem transformar o Oriente Médio num destino de estadia
internacional para famílias. Assim, surgem novos projetos com ampla escala de
hospitalidade e de entretenimento, como parques de diversões conhecidos
internacionalmente,
resorts
de
luxo,
diversões
culturais
e
projetos
de
desenvolvimento da orla.
O projeto de Yas Island (www.yasisland.ae), por exemplo, está sendo
desenvolvido pela maior construtora de Abu Dhabi, a Aldar, que com a
colaboração do governo tem por objetivo que o projeto concluí-lo de acordo com o
Plano Abu Dhabi 2030.
A ilha vai ter uma área de 7,6 milhões de metros quadrados, um custo de US$45
bilhões e deve estar concluída em 2014.
O projeto contará com um parque temático da Ferrari, um circuito da Fórmula 1,
mais de 975.360 de metros quadrados de lojas, além de campos de golfe, hotéis,
marinas e múltiplos parques temáticos.
A previsão é que a ilha receba cerca de 300 mil visitantes por dia e que o seu
alojamento e outros serviços acomodem aproximadamente 110 mil residentes.
A Saadiyat Island (Ilha da felicidade, www.saadiyat.ae) está projetada para ser o
destino cultural e artístico de Abu Dhabi e o lar da arquitetura deslumbrante. A ilha
será o único local no mundo que abrigará projetos assinados por cinco
ganhadores do Prêmio Pritzker. Já estão planejados os seguintes projetos: O
National Museum Sheikh Zayed (2012), desenhado por Foster + Partners, o
Louvre Abu Dhabi (2013), desenhado por Jean Nouvel e o Guggenheim Abu
Dhabi (2013), desenhado por Frank Gehry.
29
Alguns dos líderes locais e construtores salientam a importância de preservar a
herança cultural da região. Vários projetos de instalações institucionais têm
utilizado símbolos e iconografias da cultura do Oriente Médio. Por exemplo, o
Danat Al Emarat (www.danatalemarat.ae, DAE), hospital que atende mulheres e
crianças.
Figura 10
Fonte: www.danatalemarat.ae
Dubai tem o ambicioso plano de ampliar o litoral de 42 milhas para 972 milhas.
The World (www.theworld.ae) compreende 300 ilhas construídas e prevê receber
turismo de luxo oferecendo ilhas privadas e acesso por meio de hidroaviões. O
projeto foi concluído em 2008 e as obras de construção e infraestrutura serão
iniciadas quando as ilhas forem vendidas. Mais a desaceleração do mercado em
Dubai está provocando atrasos na construção e venda das propriedades.
O diretor-geral da TDIC (Tourism Development and Investment Company)
salienta, numa entrevista, que o foco do Plano Abu Dhabi 2030 é criar uma
economia dinâmica e diversificada, com um setor privado fortalecido, uma
economia baseada num crescimento sustentável, um ambiente regulador
30
transparente com um desenvolvimento do setor industrial e uma infraestrutura
residencial e turística de primeira classe18.
O TDIC está planejando resorts e locais para eventos exclusivos nas 200 ilhas
que
há
na
cidade,
como
por
exemplo
o
projeto
Desert
Islands
(www.desertislands.com) que inclui oito ilhas.
8. Futuras tendências de mercado do setor da construção no Conselho de
Cooperação do Golfo
Vários projetos, como o mencionado de Masdar City em Abu Dhabi,
encaminharam o aumento da prática de construção sustentável na região. Esta
tendência será reforçada com a entrada de organizações de apoio nacionais e
regionais, de Green Building Councils e da adoção de modelos padrão de
construção sustentável.
Com a diminuição da atividade no mercado como consequência da crise
financeira global, o setor da construção desacelera e o foco dos construtores e
dos governos locais será o desenvolvimento e manutenção de infraestrutura e os
serviços públicos municipais.
A presença cada vez maior de companhias globais no Oriente Médio será uma
pressão para que os governos locais sejam mais transparentes nos seus
orçamentos e desenvolvimento.
O investimento no setor da construção seguirá crescendo em projetos focados
para as famílias como centros de lazer e entretenimento, shoppings, locais
esportivos e habitação.
18
Cities of the Future: Pioneering Innovation in the Gulf Countries of the Middle East. McGraw Hill
Construction, 2009.
31
Com a inauguração de instalações como o KAUST (www.kaust.edu.sa) e o MIST
(www.masdar.ac.ae) o Oriente Médio será um hub internacional de pesquisa e
desenvolvimento nas áreas de energias renováveis e tecnologias de construção
inovadoras. Este aspecto será uma oportunidade para que companhias globais
instalem sedes nas zonas de comércio livre e aproveitem as instalações de
pesquisa e a população formada nessas áreas.
A ênfase na qualidade será outro efeito colateral da retração econômica. Os
construtores e empreiteiros priorizarão na qualidade do processo de gestão da
habitação e construção.
O treinamento dos trabalhadores em assuntos de segurança, saúde, práticas de
construção e sustentabilidade será um elemento de extrema relevância para o
futuro do setor. O governo dos EAU já está desenvolvendo um código de
construção com normativas sobre construção, segurança e saúde.
Paralelamente aos esforços das companhias para acabar com a escassez de
trabalho qualificado, será uma prática comum, em projetos de qualquer tamanho,
a gestão de assuntos de segurança in loco e da pré-fabricação fora do local de
componentes de construção.
9. Legislação para o exercício da arquitetura nos Emirados Árabes Unidos
A prática de arquitetura é classificada como “consultoria de engenharia de
arquitetura” na classificação de atividades econômicas nos Emirados Árabes
Unidos e está inserida no regulamento de consultoria de engenharia.
Para a prática do exercício de arquitetura nos EAU, o profissional estrangeiro
deve se cadastrar no Registro de Consultoria de Engenharia do Emirado. O
arquiteto deve cumprir os seguintes requisitos:
•
O seu trabalho deve ser limitado à consultoria de arquitetura.
32
•
Deve ser competente e ter uma boa reputação. Neste caso, uma certidão
de bom prestigio de uma câmara local de comércio é exigida além de uma
certidão de uma indústria local ou grupo profissional para comprovar isso.
•
Não deve ter sido condenado por crime de desonestidade. Deve
apresentar um atestado de antecedentes criminais.
•
Deve ter ao menos um bacharelado em arquitetura de uma universidade
reconhecida.
Como cada país possui sistemas divergentes – ou nomes diferentes são
utilizados para os mesmos graus – geralmente, qualificações equivalentes
são reconhecidas. Neste caso, um programa de quatro anos que siga
aproximadamente o programa dum curso local será possivelmente
reconhecido.
•
Deve ter ao menos três anos de experiência na área de arquitetura.
A pessoa deve comprovar que trabalha para uma firma dedicada na
atividade de arquitetura e uma carta da firma que comprove isso deve ser
providenciada.
•
Deve se associar à Sociedade dos Engenheiros dos EAU.*
•
Não pode ser proprietário ou sócio de uma empresa de materiais de
construção nos EAU.
Como nota adicional, todos os documentos devem ser certificados pelo tabelião e
autenticados pela Embaixada dos EAU no país de origem. Depois devem ser
autenticados pelo Ministério de Relações Exteriores nos EAU.
Frequentemente, também é preciso que os documentos sejam traduzidos em
árabe por um tradutor juramentado e selados pelo Ministério de Justiça (este
passo pode não ser exigido, já que geralmente é aplicado só com documentos
legais).
33
*Sociedade dos Engenheiros dos EAU
Um arquiteto estrangeiro para praticar o exercício de arquitetura nos Emirados
Árabes Unidos deve primeiro se associar à Sociedade de Engenheiros dos
Emirados Árabes. Este é um dos requisitos dos municípios antes de realizar
consultoria de arquitetura nos EAU e obter uma autorização. Os engenheiros,
arquitetos, arquitetos de interiores ou qualquer outra categoria de arquitetos estão
todos regulamentados pela Sociedade de Engenheiros dos EAU.
A Sociedade é a única organização legal de engenharia nos EAU que forma parte
do governo além de ser uma organização sem lucro que fornece serviço de
excelência e qualidade ao público.
Requisitos para o cadastramento de novos sócios:
1.
Certificado de graduação (ou equivalente)
- O certificado original deve ser atestado pelo Ministério de Relações Exteriores
nos EAU.
- O certificado original deve ser apresentado.
- Uma cópia clara do certificado e do atestado.
- Os documentos em português devem ser traduzidos em inglês ou árabe por um
tradutor juramentado e selados pelo Ministério de Justiça. (A tradução em inglês
deveria ser apresentada selada junto com o certificado original ou uma cópia)
2.
Passaporte e visto de residência (xérox)
3.
2 fotos
4.
Preencher formulário de inscrição (www.uaesocietyofengineers.com)
- O formulário deve ser digitado.
- O formulário deve ser assinado pelo candidato.
5. Valor da inscrição e da associação (310 dirham – 1 ano (US$ 84 aprox.)
34
Referências
Bases de Dados
Emporis, fonte de dados privadas sobre o setor da construção.
Relatórios
Building Design World Architecture, Janeiro 2009.
Big5 2009: Oportunidades para a Exportação de Produtos do Complexo Casa e
Construção nos Países do Conselho de Cooperação do Golfo. Inteligência
Comercial Apex Brasil, Setembro 2009
Relatório Cities of the Future: Pioneering Innovation in the Gulf Countries of the
Middle East. McGraw Hill Construction.
Sites
Abu Dhabi Government: www.abudhabi.ae
Abu Dhabi Munacipality: www.ade.gov.ae
Câmara de Comércio Árabe Brasileira: www.ccab.com.br
Doing Business: www.doingbusiness.org
Dubai Chamber: www.dubaichamber.ae
Dubai Munacipality: www.dm.gov.ae
Fundo Monetário Internacional (IMF): www.imf.org
Society of Engineers – UAE: www.uaesocietyofengineers.com
35
ANEXO I – RANKING DAS 100 EMPRESAS DE ARQUITETURA COM MAIOR
ATIVIDADE NOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
EMPRESA
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
National Engineering Bureau
Adnan Z Saffarini
WS Atkins & Partners
Khatib & Alami
Archgroup Consultants
Arenco Architectural & Engineering Consultants
Arif & Bintoak
DAR Consult
Dimensions Engineering Consultants
Al Ajmi
Dewan Architects & Engineers
Gulf Consultants
RMJM Dubai
Carlos Ott Architect
Archdome Consulting Engineers
Arkiteknik International Consulting Engineers
Arthur Erickson Architectural Corporation
Dubarch
Norr Group Consultants Int. Ltd.
KEO International Consultants
Khatib & Alami Dubai
ARC International Architects & Engineers
Holford Associates
Ho & Partners Architects Limited
LACASA Architects & Engineering Consultants
Mimar Emirates Engineering Consultants
P & T Architects & Engineers Limited
Aedas
AEIB - Architectural Engineers
Archon Consultants
arkiplan
Cassia & Associates
Gulf Engineering & Consultants
In & Edit Architecture
Kling Consult GmbH
Nikken Sekkei Ltd.
Norr Group Consultants International Ltd.
Technical Studies Bureau
WZMH Architects
Adrian Smith + Gordon Gill Architecture LLP
Al Hashemi
Architectural Consulting Group
Architekten von Gerkan, Marg und Partner
Arkan Architects Consultants
Artec Consultants
Bin Dalmouk Consultant
Bothe Richter Teherani Architekten BDA
Brewer Smith & Brewer Gulf
Gensler Associates
Horizon Consulting Engineers
Jung Brannen Associates, Inc.
Leo A. Daly
Nutek Engineers & Architects
Shadid Engineering Consultant
Skidmore, Owings & Merrill LLP
Skidmore, Owings & Merrill (New York)
The Fraser Nag Partnership Architects & Planning Consultants
3D/International
SEDE
Dubai
Dubai
Dubai
Beirut
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Sharjah
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Vancouver
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Hong Kong
Dubai
Sharjah
Hong Kong
Abu Dhabi
Dubai
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Paris
Dubai
Osaka
Abu Dhabi
Dubai
Toronto
Chicago
Dubai
Abu Dhabi
Berlin
Abu Dhabi
Dubai
Sharjah
Hamburg
Dubai
San Francisco
Sharjah
Boston
Omaha
Dubai
Dubai
Chicago
New York City
Dubai
Houston
N°
CONSTRUÇÕES
55
52
27
23
20
19
16
15
15
14
14
10
10
9
8
8
8
8
8
7
7
6
6
6
6
5
5
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
36
59. Adel Al Mojil Engineering Consultant
60. Ajyad Engineering Consultants
61. Al Bahar Architecture & Engineering Consultants
62. Al-Falasi & Partners
63. Architects 61 Private Limited
64. Badri & Bensouda Architectural & EngineeringConsultants
65. Cansult Lmited
66. Crang &Boake
67. DewanArchitects & Engineers
68. Farayand A E C
69. Golden Planners
70. H2L2 Architects/Planners LLP
71. HADI Engineering Consultants
72. Heerim Architects & Engineers
73. Koschany + Zimmer Architekten KZA GmbH
74. M3ar Consulting Engineers
75. ORYX Engineering Consultants
76. Pei Partnership Architects
77. Planar
78. RSP Architects Planners & Engineers PrivateLimited
79. Taillibert Gulf Environment
80. WBTL Architects LLP
81. Wimberly Allison Tong & Goo
82. Woods Bagot United Arab Emirates
83. Zaha Hadid Architects
84. A4 Architects
85. Abdul Rahim Mohammad
86. Acer Freeman Fox International
87. A-Cero
88. Adnan Z Saffarini Engr - Abu Dhabi
89. Aedas Architects Ltd.
90. Aedas Limited
91. Agence Roger Taillibert
92. Agostine and Raphael Group
93. Ajit Bhuta and Associates
94. Al Alam Engineering Services
95. Albert Speer & Partner GmbH
96. Al Nahada Consultants
97. Al Nahda Engineering Consultants
98. Al Turath Engineering Consultants
99. Archen Engineering
100.Architectural & Engineering Consultants
Dubai
Sharjah
Dubai
Singapore
Dubai
Dubai
Toronto
Dubai
Dubai
Philadelphia
Dubai
Seoul
Essen
Dubai
Sharjah
New York City
Abu Dhabi
Singapore
Abu Dhabi
New York City
Honolulu
Dubai
London
Bar Harbor
Dubai
Dubai
A Coruña
Abu Dhabi
London
Hong Kong
Paris
Dubai
Mumbai
Sharjah
Frankfurt am Main
Sharjah
Sharjah
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
37
ANEXO II- RANKING DOS 100 DEVELOPERS COM MAIOR ATIVIDADE DOS
EMIRADOS ARABES UNIDOS.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
DEVELOPER
Dubai Properties
EMAAR Properties
Nakheel
DAMAC Properties Co.
Al Mazaya Real Estate Development Co.
Deyaar Development PJSC
Dheeraj & East Coast L.L.C.
Best Homes Emirates Real Estate & Construction Co L.L.C
ETA Star Properties
Al Fajer Properties LLC
Omniyat Properties
Rufi Real Estate & Construction Co. L.L.C
Union Properties PJSC
Al Attar Properties
Deyaar
Fortune Investment Ltd
Limitless LLC
Sheffield Real Estate FZC
ACW Holdings
Dubai Silicon Oasis Authority
Rakeen
Tameer
Triplanet International F.Z.C
Chapal World LLC
Diamond Investments L.L.C
Dubai Select LLC
Fakhruddin Properties
Hydra Properties
ASAM Investments & Real Estate
AZIZI Investments
Bonyan Emirates
BONYAN International Investment Group L.L.C.
KM Properties
Manchester Properties
Middle East Development LLC
Pure Real Estate Consultancy
Reef Real Estate Investment Co. L.L.C.
Sobha Real Estate LLC
Syndicate Facilities Management LLC
32Group
Al-Futtaim Private Company LLC
Avanti Holding
Cayan Property Developments
Green Emirates Properties
MAG Property Development
Mazyood Giga International FZE
Mubadala Development Company
Plus Properties
Tanmiyat
Trident International Holdings FZCO
Abdul Salam Mohammad Rafi Group
Al Barakah Investments
Al Derea for Real Estate Developement and
InvestmentCompany
Al Duaa Holdings
Al Madar Group W.L.L.
Al Shafar Development
Al Sharq Development
SEDE
N° PREDIOS
Dubai
104
Dubai
90
Dubai
82
Dubai
31
Dubai
20
Dubai
14
Dubai
14
Dubai
13
Dubai
10
Dubai
9
Dubai
9
Dubai
9
Dubai
9
Dubai
8
Dubai
8
Dubai
8
Dubai
8
Dubai
8
Dubai
7
Dubai
7
Ras Al
7
Khaimah
Sharjah
7
Sharjah
7
Dubai
6
Dubai
6
Dubai
6
Dubai
6
Dubai
6
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
5
Abu Dhabi
5
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
5
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
4
Abu Dhabi
4
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
4
Dubai
3
Dubai
3
Jeddah
3
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
3
3
3
3
38
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.
84.
85.
86.
87.
88.
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
96.
97.
98.
99.
100.
ARY Properties
B & M FZCO
Credo Investments FZE
Emirates Sunland Group
Falconcity of Wonders LLC
HAN Worldwide Enterprises
Iris
Memon Real Estate
Palma Real Estate
Salem Ahmad Al Moosa Enterprises
Sama Dubai
Schön Properties Limited
Tiger Real Estate
Abyaar Real Estate Development
Aldar Properties PJSC
Al Derea Real Estate Brokers
Al Faraa Properties
Al Fattan Properties
Ali Moosa & Sons Contracting Group
Al Maskan Real Estate
Almassaleh Real Estate Co.
Al Seef Investments
Al Sondos Group
Al Tajir Real Estate LLC
Bangash Properties
Best Building Co. LLC
Dar Al-Dhabi Holding Company
Desert Dream Real Estate
Dubai Investment Properties LLC
DURAR Properties LLC
East & West Properties
Emirates Group
Hampstead & Mayfair
High Rise Real Estate L.L.C.
Indigo Properties LLC
Khuyool Investment
Lokhandwala Infrastructure
Mada'in Properties
Nasser Bin Abdullatif Alserkal Establishment
Profile Properties
R Holdings
Sanali Holdings Fze
Seasif Group FZCO
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Dubai
Dubai
Sharjah
Dubai
Kuwait
City
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Sharjah
Al
Dasmah
Dubai
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Mumbai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
39
ANEXO III - RANKING DAS 100 MAIORES CONSTRUTORAS COM MAIOR
ATIVIDADE DOS EMIRADOS ARABES UNIDOS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
Company
Arab Technical Construction Co.
Al Habtoor Engineering Enterprises Co. L.L.C
Al Rostamani - Pegel LLC
S.S. Lootah Contracting Co.
Al Ahmadiah Contracting & Trading
Dubai Contracting Company LLC
Al Shafar General Contracting Co (L.L.C.)
Associated Constructions & Investments Co. LLC
Belhasa
Tiger International General Contracting
United Engineering & Construction
Al Nekhreh Contracting Co. LLC
Al Badr Cont. Co.
Al Basti & Muktha LLC
Sun Engineering & Contracting
Al Naboodah Contracting (L.L.C.)
Besix
Engineering Contracting Company L.L.C
Khansaheb Civil Engineering L.L.C.
Murray & Roberts
NASA Multiplex
Saleh Constructions L.L.C.
Arabian Construction Company
CSHK Dubai Contracting
Dutco Balfour Beatty
Modern Executive Systems Contracting L.L.C.
Naresco Contracting Company L.L.C
TEAM Engineering Enterprises Ltd.
Al Huda Contracting Co.
Al Moosa Contracting L.L.C
Al Naboodah Laing (LLC)
Al Shafar Transport & Contracting Co.
Civilco Engineering & Contracting
Civil Construction Gulf Company
Dhafir Development & Contracting L.L.C.
Interbeton BV
Khalifa Al-Tajir Construction Est.
Larsen & Toubro
Philipp Holzmann AG
Waagner Biro Gulf LLC
Al Amar Engineering & Cont. Co. L.L.C.
Al Jaber Grinaker-LTA
Bin Zayed Contracting
Buset Contracting Company L.L.C.
Consolidated Contractors International Company S.A.L.
Convrgnt Value Engineering L.L.C.
Dhabi Contracting Company
Dubai Civil Engineering
Dyena Contracting Company Ltd
Freyssinet International & Cie
Galadari Brothers Company LLC
Jacques Matta
Max Bögl Bauunternehmung GmbH & Co. KG
The Arab Contractors
Actco General Contracting Company, L.L.C.
Ahmed Bin Dasmal Contracting Co.
Al Ahmed Development & Construction L.L.C
Al Ashram Contracting
Al Bakhit General Contracting
Al Diwan Development LLC
Al Ghurair Arabian Foundations Engineering
Company seat
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Sharjah
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Brussels
Dubai
Dubai
Johannesburg
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Sharjah
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Gouda
Dubai
Mumbai
Neu-Isenburg
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Sharjah
Vélizy-Villacoublay
Dubai
Beirut
Neumarkt
Cairo
Dubai
Dubai
Abu Dhabi
Dubai
Dubai
Ajman
Dubai
Buildings
19
16
12
12
11
11
10
9
8
8
8
7
6
6
6
5
5
5
5
5
5
5
4
4
4
4
4
4
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
40
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.
84.
85.
86.
87.
88.
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
Ali Moosa & Sons Contracting Group
Al Jaber L.E.G.T. Engineering & ContractingL.L.C
Al Oroba Contracting Co. L.L.C.
Alpine Bau Deutschland AG
Al Sahel Contracting Co. L.L.C.
Arabian Construction Company
Best Building Co. LLC
Bin Belaila Baytur LLC
Bouygues Construction
BSEL Infrastructure Reality FZE
Construction & Reconstruction Engineering Company
CRC Dorra
Davis Langdon & Seah International
Dyena Contracting Company WLL
El Seif Engineering Contracting Co.
Emirates Belbadi Contracting Company
ETA ASCON Group
Finfor Iniziative Forestali SRL
Fujairah National Construction Company
General Construction Establishment
Higgs & Hill LLC
Hightex International AG
Hitachi Plant Engineering & Construction
IJM Corporation Berhad
Intermass Engg. Contracting Co. L.L.C.
Luzan Building Contracting L.L.C.
Murray & Roberts Contractors (Middle East)
Ssangyong Engineering & Construction
Taisei Construction Co. Ltd.
Target Engineering Construction Company LLC
TAV Tepe Akfen Yatırım Insaat ve Isletme A.S.
Transemirates Contracting
Union Contracting Company L.L.C.
Zelan Holdings (M) Sdn Bhd
Sharjah
Dubai
Dubai
Eching
Dubai
Abu Dhabi
Sharjah
Dubai
Guyancourt
Dubai
Dubai
Cairo
London
Abu Dhabi
Riyadh
Abu Dhabi
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Lucerne
Tokyo
Petaling Jaya
Dubai
Dubai
Dubai
Dubai
Tokyo
Abu Dhabi
Istanbul
Dubai
Dubai
Dubai
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1

Documentos relacionados