SENADOR RODRIGO ROLLEMBERG
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SENADOR RODRIGO ROLLEMBERG
SENADOR RODRIGO ROLLEMBERG - PSB/DF Avançado Curso Política e Cidadania - Avançado 1 1 volume Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg 2 Curso Política e Cidadania - Avançado CURSO POLÍTICA E CIDADANIA VOL.6 COMUNIDADE E SOCIEDADE - 2011 - 3 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg Sumário 1 – CONCEITO 05 2 – O CONSERVADORISMO 08 3 – O LIBERALISMO10 4 – O SOCIALISMO12 5 – INDEPENDÊNCIA08 6 – REPÚBLICA09 4 Curso Política e Cidadania - Avançado I – A CONTRIBUIÇÃO DE FERDINAND TONNIES Foi o sociólogo e filósofo alemão Ferdinand Tonnies, nascido Oldenworst em 1855 e falecido em Kiel, em 1936, quem, em sua obra principal Gemeinschaft und gessellschaft (Comunidade e Sociedade) primeiro estabeleceu a distinção entre os dois termos. Segundo sua concepção, existem duas espécies de vontade: vontade orgânica, que é homogênea e compromete todo o ser e vontade refletida, originada do pensamento abstrato, que compromete o espírito na heterogeneidade. Estes dois tipos de vontade explicam a existência de dois tipos básicos de grupos sociais. Um existe porque a simpatia entre os membros que o compõem lhes faz sentir que as suas relações são um valor. O outro surge como meio reflexo, para atingir um fim. Ao primeiro ele chama comunidade, ao segundo, associação. A sociedade evolui da comunidade para a associação. A família, a vizinhança, o grupo de amigos são exemplos de comunidade; a cidade e o Estado, de associação. II – A VISÃO DE MAX WEBER Mas foi Max Weber, em sua obra monumental Economia e Sociedade , quem mais didaticamente desdobrou esses conceitos, reproduzidos a seguir: Chamamos comunidade a uma relação social quando e na medida em que a atitude, na ação social – no caso particular, por termo médio, ou no tipo puro – se inspira no sentimento subjetivo (afetivo ou tradicional) dos partícipes, de constituir um todo. Chamamos sociedade a uma relação social quando e na medida em que a atitude na ação social se inspira em uma compensação de interesses por motivos racionais (de fins ou de valores) ou também em uma união de interesses com igual motivação. A sociedade, de um modo típico, pode especialmente descansar (porém não unicamente) em um acordo ou pacto racional, por declaração recíproca. Então a ação, quando é racional, está 5 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg orientada a) racionalmente, com relação a valores: em méritos da crença, na própria vinculação; b) racionalmente com relação a fins: pela expectativa da lealdade da outra parte. Esta terminologia recorda a distinção estabelecida por Ferdinand Tonnies em sua obra fundamental: Gemeinschaft und Gesselschatf Comunidade e Sociedade. Apesar disso, de acordo com seus próprios fins, Tonnies deu a esta distinção, desde o princípio, um conteúdo específico que não tem utilidade para nossos propósitos. Os tipos mais puros de “sociedade” são: a) a troca, estritamente racional, com relação a fins e livremente pactuado no mercado: um compromisso real entre interessados contrapostos que, apesar disso, se complementam: b) a união livremente pactuada por fins, quer dizer, um acordo sobre uma ação permanente orientada em seus propósitos e meios, pela busca de interesses objetivos (econômicos e outros) dos membros participantes nesse acordo; c) a união racionalmente motivada dos que comungam em uma mesma crença: a seita racional, na medida em que prescinde do fomento de interesses emotivos e afetivos e só quer estar a serviço da “tarefa” objetiva, (o que certamente, em seu tipo puro, ocorre só em casos muito especiais). A comunidade pode apoiar-se em toda espécie de fundamentos, afetivos, emotivos e tradicionais: uma confraria pneumática, uma relação erótica, uma relação de piedade, uma comunidade “nacional”, uma tropa unida por sentimentos de camaradagem. A comunidade familiar é a que exprime mais adequadamente o tipo de que se trata. Embora a imensa maioria das relações sociais participe em parte da “comunidade” e em parte, da “sociedade”. Toda relação social, ainda mais aquela originada na perseguição racional de algum fim (a clientela, por exemplo) pode dar lugar a valores afetivos que transcendam dos simples fins desejados. Toda “sociedade” que exceda os termos de uma simples união para um propósito determinado e que, não estando limitada de antemão a certas tarefas, seja de longa duração e dê lugar a relações sociais entre as mesmas pessoas – como as “sociedades” criadas dentro de um mesmo quadro militar, em um mesmo tipo de escola, em um mesmo escritório em uma 6 Curso Política e Cidadania - Avançado fábrica – tende, em maior ou menor grau, a fomentar os afetos aludidos. Ao contrário, uma relação que, por seu sentido normal é uma comunidade, pode estar orientada por todos, ou por parte de seus participantes com relação a certos fins racionalmente sopesados. Até que ponto, um grupo familiar, por exemplo, é visto como “comunidade” ou bem utilizado como “sociedade”, é algo que se apresenta em graus muito diversos. O conceito de comunidade aqui adotado é deliberadamente muito amplo, em razão do que abrange situações de fato muito heterogêneas. III – COMUNITARISMO Os dois conceitos de Sociedade e Comunidade defendidos pelas valiosas contribuições de Ferdinand Tonnies e Max Weber têm caráter sociológico e, exatamente por isso, não esgotam o campo de atuação dos diferentes grupos sociais. Uma das particularidades em relação a essa antiga classificação é o conceito de comunitarismo, tão relevante quando os de comunidade e sociedade. O comunitarismo pode ser definido como “crença e apoio aos valores e procedimentos da comunidade. Seus partidários afirmam que os grupos pequenos são melhores que os grandes, e segundo este raciocínio, daí decorre a relevância desse conceito, em especial na Ciência Política. Essa conclusão se funda na circunstância de que alguns autores alegam ser difícil definir o termo comunidade, pelo fato de possuir dimensões diferentes: pode significar uma localidade onde as relações humanas são de caráter pessoal, isto é, se materializam “cara a cara”. E, neste caso, nesta noção simples e primitiva de comunidade não entrariam implicações políticas e econômicas amplas. Outra percepção é a que se refere a uma situação em que todos compartilham uma cultura similar e uma linhagem parecida e, neste sentido, a idéia de comunidade poderia abarcar, inclusive a de Estado-Nação. Em certas ocasiões, o comunitarismo se aproxima do comunalismo, quando nos referimos, por exemplo, à comunidade índia. Os universitários denominam assim a um grupo de eruditos especialistas em “comunidade de estudos estratégicos”. Os cientistas políticos que adotam este conceito 7 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg acreditam na autonomia das comunidades políticas pequenas, ainda que David Easton empregue o termo em suas obras, para o que, na prática é o eleitorado. Por isso, as diferentes concepções de comunidade ficam refletidas nos diversos valores que se lhes atribuem. O ingrediente mais comum atribuído ao comunitarismo é a fraternidade, um sentimento de identidade com os próprios vizinhos ou concidadãos, vinculado à vontade de suportarem, conjuntamente, suas responsabilidades. Tonnies, em sua concepção de Comunidade e Sociedade, frisou que as comunidades se caracterizam pela independência e as experiências compartilhadas. Como muitos outros teóricos, ele pensava que os valores urbanos e metropolitanos eram hostis em relação ao comunitarismo. Outros sublinhavam o caráter sufocante da comunidade local, tradicionalista e cheia de preconceitos contra as pessoas e as idéias de fora. O sociólogo americano Wright Mills expressou os sentimentos de muitos jovens ambiciosos nascidos em povoados pequenos, quando disse que “ficar no povoado significa fracassar”!. Entre os políticos ativos, o comunitarismo adquiriu forma real com exemplos como os liberais democratas britânicos que defendem a “política da comunidade” ou atenção à política local, até em seus mínimos detalhes como o estado das calçadas, ou a construção de casas populares, ou os defensores da guerra contra a pobreza do Presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson (1908-1973) e seu apoio à “máxima participação possível” dos desfavorecidos com a aplicação de programas de ação comunitária. Em datas mais recentes, a adoção do princípio da subsidiariedade pela União Européia inspirou campanhas em prol da autonomia local. IV – COMUNALISMO É a designação aplicada àquelas sociedades em que as segmentações étnicas, linguísticas e religiosas dão a origem a divisões tão profundas que terminam por dar lugar a subculturas institucionalizadas social, 8 Curso Política e Cidadania - Avançado econômica e politicamente. As pessoas enfrentam as atividades cotidianas; e assim existem escolas separadas para cada grupo e associações específicas como sindicatos e partidos políticos que exprimem as diferentes concepções. Na Europa Ocidental existem sociedades deste tipo na Irlanda do Norte, na Bélgica e na Holanda, porém o exemplo clássico é o da Índia, onde cada subcultura habita num bairro especial da cidade. Às vezes produzem-se enfrentamentos que podem degenerar em motins comunitários. Em torno às diferentes subculturas formam-se partidos e o sistema de representação proporcional se torna a melhor solução para o problema. Porém, onde os diferentes subgrupos não se acham separados territorialmente torna-se útil o sistema neozelandês que permite aos eleitores majoritários ou não majoritários. Quando os grupos não são excessivamente díspares em tamanho, a resposta é a Democracia associativa. V – COMMONWEALTH Comunidade de nações, organização internacional de Estados independentes. O termo foi cunhado para distinguir a “livre associação” das colônias dotadas de auto governo, e que, inicialmente tiveram a categoria de Domínios, em 1907, e que dentro do Império britânico tinham adquirido igualdade de categoria entre si e estavam unidas, primeiro por sua lealdade à Coroa, segundo o princípio instituído por Lorde Balfour em 1926 e, posteriormente, pelo reconhecimento do monarca como chefe da Commomwealth, em 1949. Em 1926, constituiu um compromisso entre a “liberdade” reclamada pela Irlanda, a África do Sul e o Canadá e a “associação”, então desejada pela Austrália, Nova Zelândia e Terranova. A despeito disso, a liberdade começou a incluir, gradualmente, o direito à secessão, ao estabelecimento de uma república e a ter uma ditadura militar ou um governo de partido único, a não estar automaticamente alinhado à Grã-Bretanha. 9 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg A associação cresceu de 6 Domínios, em 1926 a 49 membros que compreendiam a quarta parte da população mundial, no meio século seguinte passou a representar mais a gama de opiniões existentes no mundo e a ter menos coerência. Ainda que seja fácil tirar a importância de uma associação orgânica que evoluiu a partir de uma experiência comum sob o domínio britânico, que usava o inglês como língua franca e cujo impulso mais notável foi a devoção à rainha britânica Elizabeth II, os críticos argúem que a Commomwealth, ao não gozar do poder de decisão, a questiona por haver sobrevivido à sua utilidade. VI – COMUNA Termo utilizado originalmente para descrever um pequeno grupo de pessoas de idéias similares que desejavam viver juntas e repartir seus bens terrenos. Alguns cristãos primitivos formaram comunas; os primeiros anarquistas também as constituíram e o Kibutz israelense inspirou-se nelas. Já em épocas mais recentes, nas sociedades industrializadas, os indivíduos de tendência radical se “desmarcaram” para viver em comunas. Para Rousseau, a pequena comunidade era a unidade básica da democracia participativa. Por isso, os revolucionários franceses chamaram commune às unidades menores do governo local (atualmente existem umas 36.000. Nelas deviam ser postas em prática os objetivos revolucionário do estado central republicano. A Comuna de Paris, com seus líderes revolucionários à frente, aterrorizou a assembléia eleita entre 1792 e 1794. A posterior Comuna de Paris se converteu em corpo revolucionário, mas a guerra franco-prussiana, que finalizou com a derrota francesa em 1871; com a ajuda das tropas prussianas, o governo francês depôs a Comuna e executou seus líderes. Embora sua medida mais revolucionária foi a municipalização das lavanderias, Marx a aclamou como precedente da revolução proletária que levaria ao socialismo. Os soldados da Comuna se denominavam em francês communard, da qual deriva a palavra “co10 Curso Política e Cidadania - Avançado munista”. VII – COMUNIDADE EUROPÉIA (CE) Comunidade de Estados que abrangia a maior parte da Europa ocidental, empenhada em um processo de integração política e econômica. A Comunidade foi fundada depois da Segunda Guerra Mundial, pela França, a República Federal Alemã, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Seus objetivos eram levar a cabo a reconciliação histórica da França e Alemanha, criar uma união política em que ficasse excluído o perigo de uma guerra entre seus Estados membros e desenvolver suas economias em um grande mercado comum. Conseguida a reconciliação franco-germana e restabelecidas relações pacíficas entre seus membros, a Comunidade Européia continuou sendo um marco para o desenvolvimento econômico, para promover os interesses exteriores comuns e para a integração política. Desde então, aderiram seis novos países: Grã-Bretanha, Dinamarca e Irlanda em 1973, Grécia em 1981 e Portugal e Espanha em 1986. A Comunidade Européia do Carvão e do Aço foi fundada em 1952, pela iniciativa de Jean Monnet que sustentava que as indústrias siderúrgicas do carvão e do aço dos países membros deviam ser reguladas por instituições comunitárias. A Grã-Bretanha e outros países europeus não estavam dispostos a aceitar essa fusão de soberania. Depois do fracassado intento de criar uma Comunidade Européia de Defesa, os seus países fundadores estabeleceram uma Comunidade Econômica Européia, um de cujos objetivos eram a integração econômica, no seio de um mercado comum e o Euratom para a cooperação no setor civil de energia nuclear. As três Comunidades se fundiram em 1967 e passaram a denominar-se coletivamente Comunidade Européia. O impacto da Comunidade Européia tem sido decisivo sempre que os Estados membros a dotaram de instrumentos políticos comuns, eficazes. A união aduaneira teve um duplo efeito. O comércio liberalizado entre os membros se quadruplicou em uma década. A tarifa exterior comum converteu a Comunidade Européia em uma potência comercial do nível dos Estados Unidos que se adaptou a essa mudança nas relações de poder, dando início à rodada tarifária Kennedy, cujo resultado foi uma 11 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg importante liberação do comércio entre os países industrializados. A Política Agrícola Comum (PAC) consolidou a reconciliação franco-germânica com a concessão de vantagens à França em troca da liberdade do comércio industrial no seio da Comunidade, que era do maior interesse para a Alemanha e a PAC facilitou o processo de redução de redução de mais da metade do emprego agrícola em vários países membros. As instituições às quais foram confiados os instrumentos políticos comunitários têm certas características federais e constituem um marco para a cooperação intergovernamental. Estas instituições são: a Comissão, o Tribunal de Justiça Europeu, e o Parlamento Europeu, cada um dos quais tem uma relação direta com os agentes econômicos e os cidadãos da Comunidade. Como no Bundesrat (Senado) da República Federal Alemã, os governos dos Estados membros estão representados por seus Ministros no Conselho da Comunidade Européia. Não obstante, uma diferença fundamental a respeito das instituições federais é que o Parlamento Europeu junto com o Conselho de Ministros, só controla parte do orçamento comunitário, enquanto sua função legislativa é basicamente consultiva. Ademais, o Conselho ainda que legisle a partir das propostas da Comissão, em geral, tenha buscado a unanimidade na hora de tomar decisões, a despeito dos Tratados estipularem a maioria de dois terços para uma série de questões importantes, como a política comercial exterior, a política agrícola e o orçamento. Também se criou o Conselho Europeu que reúne os Chefes de Estado e de Governo e costume atuar por unanimidade. A prática de tomar as decisões por unanimidade se estabeleceu em meados dos anos sessenta do século passado depois que o Presidente Charles De Gaulle anunciou que o Governo francês não aceitaria ficar em minoria ante os demais membros, quando houvesse importantes interesses em jogo. Esta declaração foi feita no Conselho da Comissão Européia celebrado em Luxemburgo em janeiro de 1966, depois do qual o desafio de De Gaulle à Comunidade foi respaldado pela retirada dos membros franceses do Conselho durante seis meses. Com a aceitação dos demais membros da tomada de decisões por unanimidade, no denominado “Compromisso de Luxemburgo, a Comissão Européia entrou num período de consolidação, mais que de desenvolvimento dinâmico de suas instituições e competências. 12 Curso Política e Cidadania - Avançado As duas décadas seguintes presenciaram a entrada de seis novos países que incrementaram o potencial econômico e político da Comunidade Européia, porém tornaram ainda mais difícil alcançar a unanimidade nas políticas e instituições de desenvolvimento da Comunidade. Não obstante, a C.E. fez alguns progressos nos âmbitos industrial e regional, na pesquisa, na política social e de transporte e de suas relações com os países industrializados e do Terceiro Mundo. Depois que no princípio dos anos setenta fracassou a tentativa de iniciar a plena união econômica e monetária, os Estados membros estabeleceram, em 1978, um Sistema Monetário Europeu, cujo traço principal é um mecanismo para estabilizar as taxas de câmbio no qual, de todas as formas, uma minoria de Estados não havia participado inicialmente. Os mecanismos da Cooperação Política Européia facilitaram a consulta sobre política exterior e os esforços para alcançar posições comuns. A aplicação do Direito Comunitário se desenvolveu como a política de competição e os direitos da mulher. Foi constituído o Conselho Europeu, realizaram-se eleições diretas para o Parlamento Europeu que adquiriu capacidade de decisão conjunta com o Conselho sobre parte do orçamento. Não obstante, o Conselho de Ministros não pôde acelerar um grande número de novos desenvolvimentos, nem avançar o necessário na conclusão do mercado comum e na reforma cada vez mais gravosa política agrícola. Isto provocou demandas de instituições mais eficientes e democráticas e, em 1984, o Parlamento Europeu aprovou um Projeto de Tratado da União Européia, segundo o qual o Parlamento e o Conselho gozariam de plena capacidade decisória conjunta, desapareceria gradualmente o direito de veto dos governos individuais e as instituições reformadas não só exerceriam as competências comunitárias atuais, senão que também estabeleceriam a união econômica e monetária. Porém os governos membros só reagiram com a Ata Única Européia (1986) que se limitava a matérias como a melhoria dos procedimentos para a conclusão do mercado comum e a formalização em política exterior, a União Européia ficou como uma possibilidade para o futuro. 13 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg VIII – Concertação Social Conceito que vincula os ideais democráticos às estruturas corporativas. Foi debatido e possivelmente levado à prática na Áustria, em menor medida nos países escandinavos, (especialmente na Suécia), na República Federal Alemã, na Suíça e nos Países Baixos onde, sem embargo, começou a declinar na década de 1970. A Concertação Social toma do corporativismo a cooperação institucionalizada entre empresas, empregados e o governo. Como ideal democrático, considera-se que esta cooperação tripartida é o núcleo de um sistema social geral de democracia econômica (ou industrial. A concertação tem que ser vista em diferentes níveis, como participação no local de trabalho, como co-gestão a nível de fábricas, como um processo de negociação livre entre sindicatos e empresários, como instituição nacional para determinar as medidas sociais e econômicas (ou, ao menos, para influir nelas). Os sindicatos costumam insistir em níveis superiores de concertação e os empresários em níveis mais baixos. Historicamente, a doutrina social da Igreja Católica Romana e – ainda que sem uma mão-de-obra livremente organizada – o fascismo mediterrâneo, fez um especial empenho na concertação social como cooperação corporativista. Como passo importante para a democracia econômica, a concertação social, a concertação social recebeu um especial apoio dos partidos socialistas (ou socialdemocratas) do centro norte da Europa. Ali, a concertação social foi (e ainda é) um importante componente de um consenso geral básico. 14 Curso Política e Cidadania - Avançado 15 Gabinete do Senador Rodrigo Rollemberg Rodrigo Rollemberg - Senador Senado Federal, ala senador Filinto Muller, gabinete 05 Telefone:. 3303-6640 Fax:. 3303-6647 CEP: 70.165-900 E-mails: [email protected] ou [email protected] www.rollemberg.com.br 16