Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra

Transcrição

Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra
FUNCEB
Monumento Nacional aos Mortos
da Segunda Guerra Mundial
Foto: Eliezer Sanchez
A primeira grande obra
restaurada pela FUNCEB
Edição comemorativa
www.funceb.org.br
Editorial
Ao planejarmos a publicação desta revista,
tínhamos em mente alguns objetivos. O primeiro deles era tornar públicos os detalhes
das conquistas alcançadas pela Fundação
Cultural Exército Brasileiro. Como a Fundação realizou muitas obras em setores como
comunicação, reforma e restauro, educação
e meio ambiente, tal publicação foi, desde o
início, um desafio: resumir, em quarenta páginas, um pouco de sua grandiosa história.
Não poderia ser diferente. Criada com o
apoio do Exército Brasileiro, a Fundação
sempre trabalhou em conformidade com
essa Instituição, honrando seus valores e
cultivando o patriotismo, valorizando nosso
país, nossa cultura, nosso patrimônio. Por
isso, o segundo objetivo da publicação é
justamente mostrar a importância de cada
uma dessas ações e provar o quanto todos
os apoios foram fundamentais para as realizações do período.
Que o Exército Brasileiro é uma Instituição
fundamental não apenas na defesa de nosso
país, mas em nossa história, todos já sabem.
O que a FUNCEB busca hoje, com essa revista e com as suas ações, é encontrar apoios
que garantam a continuidade de todos esses
projetos e permitam a realização de muitas
obras que beneficiem civis, militares e toda a
cultura nacional.
Boa leitura!
Expediente
Diretoria
Flávio Antônio Artur Oscar Alcides Corrêa - Presidente
Synésio Scofano Fernandes - Vice-Presidente
Juarez Genial - Diretor Executivo
Ivan Cosme de Oliveira Pinheiro - Diretor de Planejamento
Daniela Lobão de Carvalho - Diretora Jurídica
Leandro Souza de Alcantara - Diretor Financeiro
Paulo Sergio Miguel - Diretor Administrativo
Superintendência
José Roberto Pinto Bastos
Gustavo Adolfo Torres Marques
Douglas Percival Blacker de Andrade
Mário Jorge Lopes de Carvalho
Paulo Roberto Rodrigues Teixeira
Ivanhoé de Oliveira Rocha
Alvaro Luis Sarkis da Silva
Hedel Fayad
Conselho de Curadores
Waldyr Siqueira – Presidente
Roberto Duailibi
Aluizio Rebello de Araujo
Joubert de Oliveira Brízida
Antonio Carlos Camargo da Silva Prado
Álvaro Augusto Alves Pinto
Antonio Hamilton Martins Mourão
Carlos Alberto Neiva Barcellos
Eduardo José Barbosa
Eduardo Scalzilli Pantoja
Klepler Santos de Oliveira Bastos
Jefferson Lages dos Santos
Conselho Técnico-Consultivo
Jorge Alves de Carvalho – Presidente
Hedel Fayad
Cyro Ilídio Corrêa de Oliveira Lyra
Antonio Fernandes Franceschi
Esther Caldas Bertoletti
Arno Wehling
Beatriz Mendes Gonçalves P. Camargo
Marcos Arbaitman
Elcio Rogerio Secomandi
Alencar Burti
Antonio Carlos Morgado de Castro
Sérgio Roberto Dentino Morgado
Alexandre José Perissinotto
Jorge Vasconcellos Branco
Antônio Caio Chaves Franco
Conselho Fiscal
James Pereira Rosas – Presidente
Humberto Bezerra
José Ribamar Gonçalves Gomes
Márcio Tadeu Bettega Bergo
Projeto gráfico e diagramação
dec8 - agência de comunicação
Impressão
Vox Editora
revista funceb
3
Foto: Gustavo Carneiro de Oliveira
Sumário
12
do Presidente
6 Mensagem
Flávio Corrêa
Diferença que Algumas Palavras Fazem
7 ARoberto
Duailibi
8 A História da Fundação
10
22
10
aos Mortos da Segunda Guerra Mundial
Monumento Nacional
12 Igreja do Bom Jesus da Coluna
16 Fortaleza de Santa Cruz
Anos da FUNCEB
20 13General
Synésio
22 Pantheon de Caxias
24 Outros Restauros
Foto: Luciano Andrade Alves
27 Projetos em Comunicação
28 Projeto Rondon
FUNCEB 13 Anos
30 General
Joubert
Sucesso!
31 General
Albuquerque
32 Projetos Educativos
Feliz Aniversário, FUNCEB!
34 General
Enzo Martins Peri
36 Programa Mecenas
38 Livros FUNCEB
40 Banda Sinfônica do Exército
36
40
Mensagem do Presidente
Flávio Corrêa
L
embro-me como se fosse hoje do
meu emocionado discurso de posse como primeiro presidente, há 13
anos: “A FUNCEB nasce para fazer história através da história, porque a história
do Brasil se confunde com a história do
Exército Brasileiro”.
Passados 13 anos, vejo com imensa alegria que a missão está sendo cumprida:
restauração do Monumento Nacional
aos Mortos da Segunda Guerra Mundial,
criação do Museu Conde de Linhares (o
segundo museu mais visitado do Rio de
Janeiro), importantes trabalhos no Parque Histórico Nacional de Guararapes
(berço do Exército), restaurações nas
Fortalezas de Santa Cruz, no Forte São
Diogo, no Forte do Brum, no Pantheon
de Caxias, os projetos Rondon, Soldado Cidadão, Educação Ambiental para
o Desenvolvimento Sustentável, a História Oral da Segunda Guerra Mundial,
as publicações “Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras”, “Cadernetas de Rondon”, “Muralhas de Pedra,
Canhões de Bronze, Homens de Ferro”, a Rádio Verde-Oliva, a Revista DaCultura, o Informativo FUNCEB, o site
www.funceb.org.br e a criação da Banda
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Sinfônica do Exército Brasileiro, cujos detalhes estão descritos nesta publicação
especial, são alguns dos principais exemplos da profícua atuação da nossa entidade em busca da consecução dos seus
objetivos, entre os quais se incluía, desde
o início, uma aproximação cada vez maior
entre a sociedade civil e a militar.
Agora adolescente, a FUNCEB se lança, com vigor redobrado, na realização
de outros empreendimentos que fazem
parte do seu planejamento estratégico,
alguns já em curso e em fase final de acabamento, como a restauração da Casa
Rosa (Palacete da Babilônia – Colégio
Militar do Rio de Janeiro) e do Espaço
Cultural Exército Brasileiro (Escola Preparatória de Cadetes – Campinas), a continuidade das publicações da obra “Fortificações Brasileiras”, o projeto Nossa
Bandeira – Escola de Civismo (kit cívico a
ser distribuído para duas mil escolas por
ano), além, é claro, da manutenção, aprimoramento e continuidade dos projetos
permanentes.
E outros mais que se encontram numa
fase preliminar de análise, como a restauração do Monumento a Duque de Caxias
(maior estátua equestre do mundo – Praça Princesa Isabel – São Paulo), de cuja
relevância e magnitude a sociedade brasileira certamente se beneficiará.
Para que tudo isso se torne realidade, é
necessário o apoio da iniciativa privada e
de órgãos públicos, conscientes que estamos, hoje mais do que nunca, de que a
construção da nação forte e socialmente
justa que todos almejamos passa, também e necessariamente, pela preservação e desfrute do seu patrimônio histórico e cultural.
Fica aqui este chamamento, este apelo,
pois na História do Exército está a grandeza do Brasil.
Coluna - Roberto Duailibi
Roberto Duailibi
A diferença
que algumas
palavras fazem
A nova marca da FUNCEB
N
ormalmente, as unidades do
Exército se expressam através
de brasões. A tradição acabou se
transformando numa forma de disciplina
visual, daí uma unidade. E foi bom. Marcas, logotipos, slogans, na vida comercial,
são fruto de uma decisão firme e autoritária, mas, antes que sejam adotados,
são objeto de muita discussão e, atualmente, de exaustivas e caras pesquisas.
Qualquer que seja o nome ou o objetivo,
as possibilidades gráficas são infinitas,
e, numa decisão que se baseia muito na
subjetividade, essas decisões são sempre
discutíveis. Assim, a adoção de brasões
veio resolver um problema, mas com o
tempo, acabou ficando excessivamente
associada às Armas.
Mesmo tendo um brasão criado pela
secção própria no Exército, a FUNCEB
resolveu adotar uma marca que dissesse
claramente que a Fundação é uma Sociedade Civil, e não uma “parte” do Exército. Isso começa com o nome Fundação
Cultural Exército Brasileiro, e não DO
Exército Brasileiro. Depois, deixar claro
que é uma SOCIEDADE CIVIL, que tem
de prover seus próprios recursos.
Graficamente, a guarita de um forte remete à defesa do território, espaço que
o Exército não apenas ajudou a construir,
mas, através dos séculos, forjou com vidas e sacrifícios.
Mais tarde veio a introdução de um slogan, recurso necessário e amplamente
usado em comunicação comercial, social,
religiosa, política e eleitoral. A palavra
“slogan” tem uma origem militar celta e
significa “grito de guerra”.
Como se falava muito em “memória”,
a escolha foi “Na Memória do Exército,
a Grandeza do Brasil”. Recentemente,
por sugestão de um dos conselheiros,
decidiu-se uma pequena modificação no
slogan, que passou a ser “Na História do
Exército, a Grandeza do Brasil”. A palavra
“história” reforça tudo de concreto que o
Exército Brasileiro vem fazendo para consolidar não apenas nosso território, mas
nossa cultura e nosso papel como nação.
A diferença que algumas palavras fazem pode mudar tudo. A Fundação está
aqui para isso, exatamente. Ajudando a
preservar o enorme acervo cultural do
Exército, acumulado durante séculos. E
sem pedir agradecimentos, lembra que
não apenas a grandeza territorial é obra,
em grande parte, do Exército, mas também a grandeza de liberdade de que o
país desfruta teve, em todos os momentos, a participação do Exército e das criaturas humanas que o compõem.
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Foto: Amir de Jesus Cury
Nossa história
Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar
do Leste e sede da FUNCEB no Rio de Janeiro
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revista funceb
a história
da fundação
E
m março de 2000, um grupo de
empresários uniu-se em torno de
um objetivo: somar forças para
valorizar e divulgar o patrimônio e a cultura do Exército Brasileiro. A proposta
logo obteve o apoio do Comando do
Exército e assim teve início a FUNCEB
– Fundação Cultural Exército Brasileiro.
Como uma entidade civil sem fins lucrativos, a FUNCEB estaria apta para
desenvolver projetos e buscar recursos
na iniciativa pública e privada a fim de realizar obras importantes, que ajudassem
a recuperar o rico patrimônico histórico
e cultural do Exército, disseminado por
todo o espaço territorial brasileiro.
Todo esse patrimônio, representado
por inúmeros fortes, fortalezas, sítios
históricos, bibliotecas, documentos, museus, monumentos, armas, equipamentos e obras de arte, constitui referência
de grande importância para a história
da sociedade brasileira.
Desde seu início, a Fundação estabeleceu metas ambiciosas. O objetivo de suas
atividades nas mais diversas áreas é:
• Atender às atividades de natureza cultural, desportiva, educacional, de comunicação social, de preservação do meio
ambiente e de assistência social desenvolvidas pelo Exército Brasileiro.
• Promover os valores centrais das Instituições Militares Brasileiras.
• Promover o inter-relacionamento entre militares, suas famílias e os diferentes segmentos da sociedade em geral,
por intermédio de projetos e atividades
cívicas e culturais.
Para alcançar esses objetivos, diversos projetos foram realizados, nas áreas de educação, meio ambiente, cidadania, restauro e comunicação. Foram
executados projetos grandiosos, como
a reforma e o restauro do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda
Guerra Mundial, a retomada do Projeto
Rondon, a qualificação dos soldados no
programa Soldado Cidadão. Já em seus
cinco primeiros anos de existência, a
FUNCEB beneficiou, com suas ações,
mais de três milhões de pessoas.
E suas metas não param. Com um time
composto por diretores, conselheiros,
superintendentes e assessores altamente qualificados e comprometidos, a
cada ano surgem novos projetos, novos
desafios, novos apoiadores. Ao longo
das próximas páginas, conheça as nossas realizações e entenda como os nossos projetos beneficiam civis e militares.
Saiba também como participar e apoiar
projetos futuros.
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Inaugurado em 1960, o Monumento ocupa uma área de 10 mil m2 e homenageia
os 468 soldados brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.
Foto: Ricardo Silva Aleixo
Foto: Luciano Caetano
Restauro
Escultura de metal em homenagem à FAB,
do arquiteto e escultor Julio Catelli Filho
Monumento Nacional
aos Mortos da Segunda
Guerra Mundial
Parte do conjunto paisagístico do Parque do Flamengo, o
Monumento, tombado pelo IPHAN, foi a primeira grande
obra restaurada pela FUNCEB.
O
Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, popularmente conhecido
como Monumento aos Pracinhas, foi inaugurado em 1960 para abrigar os restos
mortais dos soldados brasileiros mortos
na Segunda Guerra que, à época do conflito, haviam sido depositados no Cemitério de Pistóia, na Itália, e onde, até então,
se encontravam.
Assim, a construção, erguida em memória aos 468 soldados que tombaram
na Itália, é um verdadeiro mausoléu que
possui guardados em seu subsolo os
restos mortais desses soldados.
O monumento, projetado pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio
Ribas Marinho, localiza-se no Aterro do
Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.
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O conjunto é integrado por três obras:
• Uma escultura de metal de autoria de
Júlio Catelli Filho, homenageando a Força Aérea Brasileira (FAB).
• Três esculturas dos soldados em granito de autoria de Alfredo Ceschiatti,
homenageando os pracinhas.
• Um painel de azulejos de autoria de
Anísio Medeiros, lembrando os fatos da
guerra e homenageando os mortos (civis
e militares) no mar, datado de 1959.
O Monumento, que faz parte do conjunto paisagístico do Parque do Flamengo, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), é guardado por militares das
Forças Singulares: Marinha, Exército e
Aeronáutica. Este revezamento é feito, de forma festiva, no 1º domingo de
Foto: Marcio Alves Godinho
Escultura de metal em
homenagem à FAB, do
arquiteto e escultor Julio
Catelli Filho
Com cinco metros de altura, a escultura de Alfredo Ceschiatti é uma homagenagem
às três Forças Armadas, representadas por um marinheiro, um soldado e um aviador.
junho, agosto e outubro, meses de comemoração do “Dia do Marinheiro”, do
“Dia do Soldado” e do “Dia do Aviador”.
Além de cerimônias militares, ele também é palco de diversas celebrações
populares, como as missas rezadas pelo
Papa João Paulo II em suas duas vindas
à cidade, em 1982 e 1998.
Reforma
Construído em área de aterro e sobre
lençol freático, o Monumento sofreu reflexos de acomodações do solo e corrosão provocada pela proximidade do mar.
Com infiltrações em suas extensas
áreas livres, problemas nas instalações
elétricas e hidráulicas, no sistema de ar
condicionado, suas obras de arte, seus
revestimentos externos e internos e outras partes desgastadas exigiam uma reforma completa.
Para recuperar esse patrimônio, a
FUNCEB desenvolveu um projeto para
a restauração integral do Monumento
com base nos problemas de engenharia e arquitetura que foram levantados
pela Comissão Regional de Obras da
1ª Região Militar e pela então Diretoria
de Assuntos Culturais, atual Diretoria
do Patrimônio Histórico e Cultural do
Exército. A Fundação Ricardo Franco foi
chamada para fazer o projeto básico de
reparação e restauração.
A Fundação Cultural Exército Brasileiro gerenciou a reforma geral, além de
captar os recursos necessários para a
execução das obras.
A concepção para a restauração do
conjunto arquitetônico contou, também, com a colaboração de diversos
profissionais especializados, já que o
Monumento está inserido no tombamento do Parque do Flamengo, o que
exige tratamento e intervenções sob a
supervisão do IPHAN. As obras contaram ainda com a importante ajuda do
arquiteto que projetou o Monumento,
Marcos Konder Netto, na orientação de
alguns trabalhos, que envolveram desde
a plataforma até o mausoléu.
No museu foi feita uma nova exposição
do acervo pertencente ao Monumento, a
fim de mostrar a participação do Exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial.
Os recursos financeiros para a restauração do Monumento foram obtidos
com o apoio do Fundo da Cultura do
Ministério da Cultura, da Petrobras S/A,
BR Distribuidora, Banco Itaú, Phillips do
Brasil, da FIRJAN e da Prefeitura do Rio
de Janeiro.
O Monumento Nacional aos Mortos da
Segunda Guerra Mundial foi reinaugurado no dia 28 de novembro de 2001.
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Restauro
Igreja do Bom
Jesus da Coluna
A
Ilha do Bom Jesus, uma das nove que, aterradas, formam
a cidade universitária, já teve ilustres visitantes: desde
os membros da Família Real até o Presidente da República Washington Luís. A Igreja do Bom Jesus da Coluna, construída no início do século XVIII, durante anos ditou a vida social
da ilha.
O prédio representa a arquitetura e a arte sacra do Brasil
Colônia. O local recebia visitas frequentes da Família Real
portuguesa, e Dom João era um dos seus maiores admiradores. Ele participava de eventos na ilha, especialmente
da festa de São Francisco de Assis, realizada em outubro.
A igreja foi construída com blocos de pedra que chegam a ter 80 centímetros de largura e há uma série de
detalhes. O templo possui também um altar de oito
metros de altura.
Situada numa colina ao lado da baía de Guanabara, a igreja foi fundada por franciscanos,
mas posteriormente a ilha foi comprada pelo
Império. Ao lado da igreja, os franciscanos
ergueram um convento. Do antigo prédio,
restaram apenas as pedras da fundação.
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revista funceb
Fachada da igreja no dia de
sua reinauguração em 2008
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Rica em detalhes, a igreja foi construída no século XVII
O restauro permitiu que a igreja fosse reaberta ao público
Toda a estrutura foi reformada, garantido segurança
ao patrimônio histórico
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revista funceb
Em 1852, os dois imóveis foram cedidos,
por decisão da Princesa Isabel, a irmãs
da congregação do Sagrado Coração de
Maria. No período em que estiveram lá,
as religiosas fundaram um estabelecimento de ensino. Logo em seguida, após
nove delas morrerem de febre amarela
durante um dos surtos da doença no Rio,
a igreja passou para os militares.
Tombada pelo IPHAN em 1964, a igreja encontrava-se em péssimo estado de
conservação, com cerca de 80% da sua
estrutura danificada. Por isso, a FUNCEB
criou um projeto para o seu restauro.
Em parceria com a Escola de Belas
Artes da UFRJ e sob a supervisão do
IPHAN, a estrutura foi reforçada, foram
trocadas a cobertura, as esquadrias, pisos, forros e elementos pétreos, além
de ser feita a modernização das instalações elétricas e hidráulicas. Também
os altares, móveis e ornatos receberam
nova pintura a ouro.
Durante a restauração da igreja, foram
feitas algumas descobertas, como a inscrição 1703 no portal da igreja, uma das
supostas datas de fundação do templo.
Os altares, móveis e ornatos receberam nova pintura a ouro
Um arco, que dava passagem para a
nave da igreja, também apareceu com
a obra. Debaixo do altar, há uma lápide
onde foram colocados os restos mortais
dos proprietários da Ilha do Bom Jesus.
Dez imagens da igreja foram levadas para
o Forte de Copacabana, por medida de
segurança, para serem restauradas. Além
da restauração, coordenada por Paula
Rocha, ex-aluna da EBA, o forte abriga
o curso de extensão de Auxiliar de Restauração em Madeira, coordenado pelo
professor da EBA, Carlos Terra.
“O Exército propôs que a escola participasse da restauração, oferecendo um
curso de extensão, ou seja, aberto à comunidade, do qual também fariam parte
alguns militares. O Exército tem vários
museus e, assim, passaria a ter pessoas
capazes de auxiliar na conservação das
obras de arte”, contou Terra. A parceria
também previu a participação de estudantes bolsistas da Escola de Belas Artes. Dessa forma, o curso foi composto
por oito soldados, cinco bolsistas e cerca de dezessete pessoas da comunida-
de que aprenderam a teoria e a prática
da restauração em madeira.
Todo o processo de restauro foi
complexo e extremamente cuidadoso.
“Quando vi o estado de conservação das
imagens, era notório que elas sofreram
ataques violentíssimos de cupim que, ao
longo do tempo, formaram galerias, espaços vazios nas peças. O que sobrou
foi a policromia, a tinta das imagens, já
que o cupim não come tinta. Quando tocávamos nas peças, abriam-se buracos”,
contou Paula. Outra constatação feita
pelos restauradores é de que as imagens sofreram muitas camadas de pintura. Hoje já é possível ver a policromia
da época, mas foram encontradas cerca
de cinco camadas de pintura. “Isso criava uma camada grossa que prejudicava
a sutileza do entalhe. O restauro recuperou a riqueza do entalhe que não era
perceptível no seu todo”.
Em 2008, com a conclusão das obras
de restauro que tiveram o patrocínio do
BNDES, a igreja foi reinaugurada e reaberta ao público.
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Restauro
Fotos: Amir de Jesus Cury
Vista aérea da Fortaleza de Santa Cruz
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Uma das mais complexas estruturas de defesa
da Baía de Guanabara, construída no século XVI
Fortaleza
de santa cruz
U
ma das mais antigas e importantes da Baía de Guanabara e uma das mais belas do litoral brasileiro, a Fortaleza de Santa Cruz, localizada em Jurujuba, Niterói,
teve início, segundo alguns historiadores, no ano de 1555, improvisada ali pelo francês Villegaignon para a defesa da França Antártica. Tomada em 1567 por Mem de Sá, passou a se
chamar Nossa Senhora da Guia e se transformou no principal
ponto de defesa da Baía da Guanabara, que em 1599 sofreu
o primeiro ataque de piratas holandeses. Gilberto Ferrez, em
seu livro sobre as fortificações do Rio de Janeiro, menciona
ainda que o forte na barra teria repelido quatro navios franceses em 1580 e 1581.
Só em 1632, após passar por ampla reforma, passou a se chamar Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Teve importantes participações na defesa da entrada da barra do Rio de Janeiro,
mas sofreu derrota na batalha contra a esquadra francesa de
René Duguay-Trouin, que conseguiu invadir a baía.
No século XIX, a fortaleza contava com três andares. Ao longo do século foram construídas diversas baterias baixas em
outros pontos do forte. Nessa época, Santa Cruz chegou a
contar com 111 canhões.
Na época da Questão Christie, foi instituída uma Comissão
de Melhoramentos que conferiu à Fortaleza de Santa Cruz
especial atenção ao confirmar-lhe o papel de principal fortificação do Império. Nesse momento, Santa Cruz passou a abrigar o 1º Batalhão de Artilharia a Pé, contando com guarnição
em permanente estado de prontidão composta de artilheiros
especializados em defesa costeira.
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As masmorras causam pavor aos visitantes até hoje
No período Republicano, um acontecimento marcante foi a “Revolta da Armada” em 1893, quando a fortaleza foi
requisitada pelo Governo Constitucional
para reprimir e conter navios revoltosos
e outros fortes insurgentes. Em 1922, atirou contra o Forte de Copacabana e os
encouraçados Minas Gerais e São Paulo
na ocasião da “Revolta Tenentista”.
Com uma área construída de 7.153 metros quadrados, na fortaleza podem ser
identificados três períodos de arquitetura militar: o primeiro, do século XVII,
com trechos das muralhas primitivas, a
chamada Cova da Onça, as cumuas (sanitários) e a Capela de Santa Bárbara; o
segundo, caracterizado pela reconstrução do século XVIII, em que se destacam trechos das muralhas, as guaritas,
as celas dos calabouços e a cisterna
inaugurada em 1738; o terceiro, da segunda metade do século XIX, representado pelo Salão de Pedras (Paiol de Munição), pelos pátios, galerias e baterias
guarnecidas por canhões.
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Foto: Luiz Claudio Machado de Santana
Fotos: Geraldo Joaquim do Nascimento
Salão de Pedra, antigo Paiol
Bateria de Canhões, com vista precisa para a Baía de Guanabara
Personagens importantes da história
do Brasil estiveram presos na Fortaleza
de Santa Cruz, dentre eles Tiradentes;
Bento Gonçalves; Giuseppe Garibaldi;
Plínio Salgado; José Bonifácio; Euclides
da Cunha; o Capitão Juarez Távora e o
Brigadeiro Eduardo Gomes. Em 1942,
foi construída a estrada Eurico Gaspar
Dutra sobre a rocha, permitindo assim o
acesso por terra.
Do ponto de vista da história das fortificações, a Fortaleza de Santa Cruz da
Barra é uma das mais complexas do Rio
de Janeiro.
Em 1955, foi efetuado o último disparo
dos canhões da Fortaleza contra o cruzador da Marinha brasileira Almirante
Tamandaré, que tentava sair do Rio de
Janeiro com o Presidente Carlos Luz
em direção à cidade de Santos para
instaurar em São Paulo um governo de
resistência, contrário à posse do então
Presidente eleito Juscelino Kubitschek.
A Fortaleza hoje
Atualmente, as instalações da Fortaleza de Santa Cruz da Barra abrigam o Comando da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército e sua Bateria Comando
(Artilharia Divisionária Cordeiro de Farias), Grande Comando Operacional de
Artilharia que, inclusive, participou dos
combates na Segunda Guerra Mundial.
Com uma vista privilegiada da Baía de
Guanabara, a Fortaleza tornou-se um
ponto turístico importante, recebendo
aproximadamente 100 mil visitantes por
ano, ou seja, é uma das atrações mais
visitadas do Estado do Rio de Janeiro,
servindo também como cenário para
produções de TV e do cinema.
Tombada pelo Patrimônio Histórico
Nacional em 1939, a Fortaleza de Santa
Cruz atrai turistas interessados em conhecer as curiosidades do local, suas
belezas naturais e arquitetônicas. Muralhas, canhões, rochedos e o mar podem
ser contemplados pelos visitantes, que
inseridos nas construções centenárias,
podem se transportar a momentos importantes da história brasileira.
Para garantir a preservação desse patrimônio histórico e cultural e garantir
que parte importante da nossa história
A Capela de Santa Bárbara atrai turistas por suas lendas
continue à disposição de todos os brasileiros, a Fundação Cultural Exército
Brasileiro promoveu obras de restauro
na Fortaleza de Santa Cruz.
Com projeto aprovado pela Lei Rouanet e patrocínio do BNDES, as telhas
foram substituídas, o emboço (primeira camada de argamassa, que serve de
base ao reboco) foi recuperado, as lajes do Pavilhão de Comando e do Salão
de Pedra foram impermeabilizadas e a
fortaleza recebeu nova pintura externa.
Entretanto, segundo a Fundação Cultural Exército Brasileiro, a principal obra
realizada foi a implantação do esgotamento sanitário que, através de filtros,
garante que as águas da baía fiquem livres da qualquer poluição.
As obras foram entregues numa cerimônia realizada no dia 28 de dezembro
de 2003.
Serviço:
Estrada Eurico Gaspar Dutra, s/nº
Jurujuba – Niterói - RJ
Tels.: (21) 3611-1209 / 2710-2354 /
2711-0725
Funcionamento: terça a domingo
(e feriados), das 9h às 17h.
Com sua história e localização privilegiada, a capela
é palco de casamentos e missas mensais
revista funceb
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Artigo - General Synésio
13 Anos
da FUNCEB
A
s conjecturas iniciais sobre a criação da Fundação Cultural Exército Brasileiro (FUNCEB) surgiram
da necessidade de existir um suporte institucional para abrigar uma rádio de difusão
de notícias, informações e acontecimentos
sobre o Exército Brasileiro.
Esse objetivo inicial logo se ampliou
e modificou-se como consequência da
reflexão sobre as motivações que impulsionavam os trabalhos preliminares
em andamento.
A oportunidade que se apresentava era,
na verdade, singular: a conjuntura, o interesse das estruturas decisórias, a total
liberdade para conceber algo realmente
20
revista funceb
novo constituíam-se em fatores extremamente positivos.
A Fundação Cultural Exército Brasileiro
(e não do Exército Brasileiro) surgiu como
uma entidade autônoma (de personalidade jurídica privada), mas nominal e estruturalmente ligada ao Exército.
Acredito que tenha sido essa configuração que favoreceu e possibilitou reunir,
em torno de um ideal, tantas personalidades consagradas no mundo cultural e empresarial e militares brasileiros.
Todos na FUNCEB, civis e militares,
creem contribuir para a preservação e a difusão do patrimônio cultural, material e imaterial, do Exército. Essa crença pressupõe o
General Synésio
entendimento claro do papel fundamental
que o Exército desempenha na construção
do Brasil, desde a posse e a manutenção do
território brasileiro até a preservação dos
nossos valores mais centrais.
Portanto, a nossa Fundação surgiu dessa percepção de grandeza e importância
permanente da Instituição que lhe dá o
nome e o sentido de sua existência. Nesse
destino, congrega civis e militares que lhe
emprestam graciosamente os seus tempos e os seus saberes.
Os feitos da FUNCEB já são incontáveis em diferentes áreas: preservação do
patrimônio material, educação, produção
bibliográfica, música, pesquisa histórica,
preservação ambiental, radiodifusão, entre tantas outras.
Nessa oportunidade, apenas para não
deixar que se apague no tempo, gostaria
de realçar o papel decisivo da FUNCEB
na retomada do Projeto Rondon e no lançamento do Projeto Soldado Cidadão.
As iniciativas junto à Associação de Rondonistas e a autoridades governamentais,
tendo em vista a preservação do nome de
Rondon, bem como a manutenção dos elementos essenciais do Projeto nessa nova
fase, foram todas iniciativas da FUNCEB,
que, posteriormente, passou a contar com
a cooperação do Departamento de Organização e Legislação (DEORG) do Ministério da Defesa. Após o término da primeira expedição do Projeto, nessa nova fase,
convidou-se o então Presidente da UNE,
Gustavo Petra, para participar, como observador, da segunda expedição, o que
motivou a integração da UNE no Projeto.
Já o Projeto Soldado Cidadão resultou
de uma parceria da FUNCEB com o Instituto de Professores Públicos e Particulares (IPPP). Posteriormente, o Sistema
“S” passou a participar da iniciativa e, em
seguida, devido às dimensões alcançadas,
o Ministério da Defesa, por intermédio do
DEORG, começou a assumir a coordenação desse Projeto.
O registro desses acontecimentos torna-se necessário no momento em que
nossa Fundação completa treze anos de
existência. É uma demonstração de respeito e reconhecimento aos inúmeros
construtores da FUNCEB.
revista funceb
21
Reforma
Pantheon de Caxias
I
naugurado em 25 de agosto de 1949,
o Pantheon de Caxias é uma espécie de mausoléu destinado a abrigar
os restos mortais do patrono do Exército Brasileiro, o Marechal Luís Alves de
Lima e Silva, o Duque de Caxias, e de
sua esposa, transladados do cemitério
do Catumbi.
Localizado na Praça da República, em
frente ao Palácio Duque de Caxias, o
Monumento abriga alguns objetos do
Marechal, como o sabre que recebera
pela vitória na Guerra do Paraguai, lápides e insígnias, bem como uma coroa ducal feita nos anos 1950. O Pantheon também apresenta a biografia do Marechal.
A estátua equestre do Duque de
Caxias foi inaugurada em 15 de agosto
de 1889 no Largo do Machado, tendo
sido tranferida para a frente do Ministério do Exército na mesma época em que
22
revista funceb
se concluia o novo edifício. Feita em
bronze, é de autoria de Rodolfo Bernardelli e foi fundida nas oficinas Thiebot
em Paris. Apresenta dois baixos-relevos
no pedestal de granito de carandaú: a
tomada da ponte de Itororó e a entrada
do Exército em Assunção. Em cima do
pedestal vemos o duque a cavalo, em
grande uniforme de Marechal; tem na
mão direita um binóculo e está em atitude de observação.
Biografia - Duque de Caxias chefiou as
forças brasileiras na Guerra do Paraguai
e recebeu do Imperador Dom Pedro II o
maior título de nobreza dado a um brasileiro. É declarado cadete aos 5 anos.
Em 1823, com apenas 20 anos, participa
da campanha pelo reconhecimento da
independência na Bahia como tenente.
Promovido a capitão, conduz a linha de
frente brasileira na Guerra da Cisplatina
Monumento guarda parte da história do Patrono do Exército Brasileiro
em 1825. É nomeado Major e comanda
o Batalhão do Imperador, até 1831. Em
1840, combate os focos de resistência
ao governo central no Maranhão e no
Piauí. Em recompensa pela pacificação
das duas províncias, é elevado ao posto
de brigadeiro e recebe o título de barão de Caxias. Como comandante das
Armas da Corte, reprime a Revolução
Liberal de 1842 em São Paulo e em Minas Gerais e dirige as tropas imperiais
contra a Revolta dos Farrapos. Em 1845,
Dom Pedro II o indica para o Senado
pelo Rio Grande do Sul. Lidera as tropas do Exército nas guerras platinas em
1851 e exerce, depois, a Presidência da
província gaúcha. Em 1866, comanda as
forças brasileiras na Guerra do Paraguai
e conquista Assunção em 1869.
Reforma
Em 2003, na comemoração do bicentenário do Duque de Caxias, a FUNCEB
reformou o Monumento. A ação contou
com o patrocínio do Unibanco.
Serviço:
Av. Presidente Vargas (em frente ao
Palácio Duque de Caxias), Centro.
A visitação ao monumento, gratuita,
pode ser realizada de terça a sexta-feira.
Informações e agendamentos:
(21) 2222-0126
revista funceb
23
Restauro
Foto: Esmeraldo R. Souza
outros restauros
O Forte de São Diogo foi fundamental na defesa da Baía de Todos os Santos
Após o restauro, o forte recebe diversas programações culturais
Edificado provavelmente entre 1626 e
1635, o Forte de São Diogo está localizado na Baía de Todos os Santos e sua construção, assim como a do Forte de Santa
Maria, foi resultado da primeira invasão
dos holandeses.
Em 2002, com o patrocínio da Petrobras, a FUNCEB concluiu as obras de restauro no forte, que tiveram como objetivo
revitalizar suas instalações.
Atualmente, o Forte de São Diogo é administrado pelo Exército e está aberto à
visitação pública, abrigando um centro de
lazer, com variada programação cultural.
Foto: Ricardo Siqueira
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Forte de São Diogo
revista funceb
Parque Histórico Nacional
dos Guararapes
O Parque Histórico Nacional dos Guararapes, localizado no Município de Jaboatão dos Guararapes (região metropolitana
de Recife-PE), foi criado em 1971 e abrange
uma área de 224,40 hectares. Em seu interior, estão localizados os Montes Guararapes, tombados em 1965 pelo Presidente
Castelo Branco, que foram palco de um
dos mais importantes episódios da História do Brasil: as Batalhas dos Guararapes.
Os Montes Guararapes testemunharam
a vitoriosa luta contra a dominação holandesa no Nordeste e o surgimento da manifestação do sentimento de pátria pela
união de portugueses, brasileiros, negros e
índios contra o invasor do solo brasileiro.
Aí foram travadas duas batalhas: a primeira em 19 de abril de 1648 e a segunda
em 19 de fevereiro de 1649. Nesta última
ocasião, abriu-se caminho para a capitulação definitiva do invasor e sua saída do
Brasil em 1654, após assinatura da rendição na Campina do Taborda, em 26 de
janeiro de 1654, pondo fim a 30 anos de
guerra contra a Holanda.
A Fundação Cultural Exército Brasileiro
(FUNCEB), no ano de 2004, acolhendo a
iniciativa do Comando Militar do Nordeste (CMNE) que, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), estabeleceu o Plano
de Revitalização do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, elaborou e submeteu à aprovação do Ministério da Cultura o Projeto Cultural “Parque Histórico
Nacional dos Guararapes”.
O Módulo 1 prevê a construção de um
complexo arquitetônico, no Morro do Oitizeiro, composto de um museu, um auditório e um restaurante.
O Módulo 2, concluído em 2006, destinou-se a dotar o Parque Histórico Nacional dos Guararapes de uma sede para a
sua administração, de um novo mirante
e um estacionamento. O projeto contou
com patrocínio da BASF S/A.
O Plano de Revitalização do parque
prevê, ainda, o seu reflorestamento e projetos paisagísticos e de sustentabilidade.
Foto: LLuiz Antonio
Parque Histórico Nacional dos Guararapes: cenário da fundação do Exército Brasileiro
revista funceb
25
Foto: Paulo Camelo
Forte do Brum, com destaque para o portal construído no século XVII e restaurado pela FUNCEB
Forte do Brum
O Forte do Brum é uma construção histórica que desempenhou papel estratégico na defesa do território brasileiro contra as invasões holandesas.
Em 1629, Matias de Albuquerque chegou a Recife com esta missão, tendo em
vista as tentativas dos holandeses de
conquistarem o território. O forte, que
posteriormente seria conhecido pelos luso-brasileiros como Forte do Brum, deve
seu nome ao chefe do Conselho Político
Holandês, Johan de Bruyne.
Em 1667, o então Governador Bernardo de Miranda Henriques solicitou ao
Rei permissão para restaurar o Forte do
Brum, reconhecendo o seu valor estratégico para a defesa da cidade. A reconstrução foi concluída em 1690, prosseguindo
as obras complementares até 1715.
Passados os anos, a partir de 1987, o
forte foi transformado em Museu Militar,
26
revista funceb
acolhendo até hoje em seu interior precioso acervo. Desde então, vem recebendo apoio de todos os segmentos culturais,
nacionais e estrangeiros, transformandose num atrativo para turistas, pesquisadores, arqueólogos e valorizando a memória
do país.
Para preservar e valorizar o Forte do
Brum, patrimônio histórico da cidade de
Recife, a FUNCEB restaurou seu portal
de modo a recuperar as características
arquitetônicas originais quando da sua
instalação, no século XVII. O projeto, amparado pela Lei Rouanet, foi patrocinado
pelas empresas Usiminas e Klabin S/A.
Os trabalhos de restauro foram desenvolvidos dentro das orientações e normas
estabelecidas pelo IPHAN, além das recomendações adotadas pelo Conselho
Internacional de Monumentos e Sítios
(ICOMOS), Comitê Brasil, e demais órgãos de preservação das esferas estadual
e municipal.
Publicações
Projetos em Comunicação
T
ão importante quanto garantir a
preservação do patrimônio material e imaterial do Exército Brasileiro é divulgá-lo. Com essa consciência, a FUNCEB criou canais de contato
com diferentes públicos, de maneira a
prestar contas de suas atividades, assim
como valorizar a história e a cultura do
Exército. Conheça-os:
Informativo
Com a periodicidade quadrimestral, o
informativo FUNCEB é distribuído gratuitamente para Organizações Militares, empresas, entidades do segmento cultural,
personalidades, participantes doadores
etc. Com esmerada apresentação visual, conta em quatro páginas os principais
eventos e realizações da Fundação e de
sua equipe no trimestre.
Revista DaCultura
Com vinte edições já publicadas, a Revista DaCultura possui circulação nacional, com tiragem média de 15 mil exemplares e distribuição gratuita. Traz artigos
e pesquisas inéditas sobre a cultura do
Exército Brasileiro, destacando, em cada
edição, um forte ou fortaleza. Com grande valor documental, a Revista traz informações históricas detalhadas, além de
fotos, mapas e muitas informações úteis
para civis e militares.
Rádio Verde-Oliva
A primeira emissora de rádio militar do
Brasil foi criada pela FUNCEB em 2002.
A Rádio Verde-Oliva FM tem uma programação que promove os valores cívicos e
culturais do Brasil. Nesse contexto, a MPB
é prioridade, mas também são apresentados programas educativos, notícias nacionais e internacionais e serviços de utilidade pública.
Em seus dez anos de existência, a Verde
-Oliva FM consolidou-se como um importante veículo de comunicação do Exército
Brasileiro. Atualmente seu sinal é captado
em todo o Distrito Federal e sua programação pode ser ouvida pela internet, ao
vivo, em qualquer lugar do mundo.
Portal FUNCEB
O Portal FUNCEB (www.funceb.org.br)
foi lançado em 2004, com a proposta de
unificar as informações sobre a Instituição.
Lá estão disponíveis informações sobre os
projetos realizados, o histórico da fundação, informações sobre licitações, entre
outras notícias institucionais.
Em 2008, o portal ganhou uma nova
identidade visual e ferramentas adicionais, como as edições digitais da Revista
DaCultura e do Informativo, além da agenda da Banda Sinfônica e outras notícias,
garantindo mais facilidade no acesso às
informações. O portal passou a destacar,
também, informações culturais, turísticas
e galerias com imagens de importantes
museus, fortes e fortalezas, destacando –
tanto para civis quanto para militares – a
riqueza do patrimônio histórico e cultural
do Exército Brasileiro.
revista funceb
27
Foto: Divulgação Projeto Rondon
Educação
A união é uma das marcas do Projeto
Rondon: a união dos estudantes com
a comunidade, na certeza de que esse
convívio é enriquecedor para todos
28
revista funceb
Projeto Rondon
I
nspirado nos princípios consagrados
pelo Marechal Rondon, o Projeto
Rondon caracteriza-se pelo esforço
concertado entre Governo e Instituições de ensino superior pela aliança de
estudantes universitários e comunidades em busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável
e ampliem o bem-estar comunitário.
O Projeto Rondon foi criado em 1967 e
durante as décadas de 1970 e 1980 permaneceu em franca atividade, tornando-se conhecido em todo o Brasil. No
final dos anos 1980, o Projeto deixou de
receber prioridade no Governo Federal,
sendo extinto em 1989.
Em 2005, já com uma nova roupagem,
o Projeto Rondon foi retomado com o
apoio da FUNCEB, sendo atribuída a
sua coordenação ao Ministério da Defesa, que tem ainda o apoio de prefeituras
e Instituições de ensino superior.
Com essa união, o Projeto Rondon
já levou quase 14 mil universitários voluntários para cerca de 850 municípios.
Cada operação dura duas semanas e em
cada município atendido há uma equi-
pe formada por 21 pessoas – 16 alunos,
4 professores de duas Instituições de
ensino e 1 sargento do Exército. Tratase de um projeto de integração social
que objetiva principalmente contribuir
para a formação do universitário como
cidadão. Os universitários têm a oportunidade de conhecer o país e fazer
intervenções, consolidando sua responsabilidade social e coletiva em prol da
cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais.
O projeto tem como foco a troca de
experiências entre alunos universitários
que estão na fase final de seus cursos
e a população local. Enquanto os estudantes apresentam novas tecnologias a
fim de contribuir para a saúde, economia e cultura dos cidadãos assistidos,
aprendem e vivenciam o que conheciam
apenas nos livros. Como a proposta é
formar multiplicadores em todas as regiões do país, a expectativa é que o conhecimento gerado (para os universitários e as comunidades) possa promover
mudanças nas próximas gerações.
revista funceb
29
Artigo - General Joubert
funceb
13anos
General Joubert de Oliveira Brízida
A
Fundação Cultural Exército Brasileiro foi um achado: obra de
dois Comandantes do Exército,
os Generais de Exército Gleuber, que a
criou, e Albuquerque, que a implementou, e inspiração do General Synésio.
Desde cedo, ela se tornou um cadinho
de cerrada sinergia entre destacados civis, como os doutores Roberto Duailibi,
Aluízio Rebello, Flávio Corrêa, Waldir
Siqueira, Antonio Carlos da Silva Prado,
entre outros, sem esquecer o falecido e
sempre pranteado Dr. José Mindlin.
Participo da Fundação desde seus primeiros passos em 2000 (ela já é quase
uma adolescente), convidado que fui para
participar do Conselho de Curadores. Depois, fui eleito vice-presidente até o início
de 2010, quando assumi a Presidência.
30
revista funceb
A experiência auferida como curador
e vice-presidente muito me ajudou a
acompanhar os trabalhos e tomar decisões como Presidente, mas para isso
contei com a inestimável ajuda da Diretoria Executiva, que teve dois chefes
na minha gestão — os Generais Reis e
Genial, o atual — que souberam orientar
e executar com eficiência as atribuições
de seus dedicados auxiliares.
Dos diversos projetos conduzidos na
minha gestão, destaco a Revista DaCultura, o livro “Muralhas de Pedra, Canhões
de Bronze, Homens de Ferro”, o Projeto Soldado Cidadão, o Projeto Rondon,
o Projeto Doadores, o livro Cadernetas
de Rondon, a restauração do Museu Militar do Forte do Brum e a revitalização e
recuperação da Praça Duque de Caxias,
em Salvador, entre outros.
Atualmente, minhas atividades estão voltadas para a tradução e revisão
de livros quase em tempo integral; só
delas me afasto para cuidar da família
e das atribuições de hoje na FUNCEB,
de novo como curador, o que exige uma
boa gerência de minha agenda.
Vida longa para a Fundação!
Artigo - General Albuquerque
General Albuquerque
Sucesso!
N
o momento da criação da Fundação Cultural Exército Brasileiro, cabia-me a Chefia da Secretaria-Geral do Exército, responsável, na época, pela
gestão cultural da Instituição. Em estudo realizado, concluímos ser necessária a criação
de uma estrutura que preservasse a história
militar e permitisse administrar com eficiência o imenso patrimônio físico, bem como
conduzir as ações que fortalecessem o sentimento cultural dos integrantes da Força,
incluindo, nesse contexto, a família militar.
Nossa visão, porém, era mais exigente.
Víamos a possibilidade de a cultura militar
tornar-se um instrumento de aperfeiçoamento e fortalecimento da cultura nacional,
influenciando positivamente no desenvolvimento brasileiro.
Com a aprovação e o valioso apoio do
Comandante do Exército, General Gleuber,
foram conduzidos os trabalhos de organização e estruturação do novo órgão. Há
que se ressaltar, ainda, a figura do General
Synésio, adido à Secretaria-Geral do Exército (SGEx), principal responsável pelo estudo e sucesso do empreendimento, criatura
que, ao longo dos tempos, mantém-se dedicada à Fundação.
Muitos foram os civis consultados, cabendo aqui nossos agradecimentos ao Dr. Eduardo Sabo. Lembro-me, como se hoje fosse,
a discussão que realizamos, com a finalidade de escolher o primeiro presidente para
a condução da Fundação. Seria um renomado Chefe Militar, com toda sua experiência
e conhecimento, o que ocorreu, posteriormente, com o nosso General Joubert; ou,
atendendo à nossa visão de integração com
a sociedade, era hora de buscarmos competentes colaboradores no meio civil?
Somos eternamente gratos a homens
como o professor Roberto Duailibi, Dr.
José Mindlin, Dr. Aluízio Rebello de Araújo, o empresário Flávio Corrêa, primeiro
Presidente, Dra. Beatriz Camargo, Dr. Waldir Siqueira e muitos outros que ao longo
desses treze anos dedicaram-se à causa da
nossa cultura, tornando a FUNCEB uma
realidade de sucessos.
Lembro-me, como exemplo, do empenho
do Prof. Duailibi na busca de colaboradores
para a recuperação do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial,
atração sempre visitada por chefes estrangeiros de todo o mundo, mas, na época, em
precário estado de conservação.
É de grande importância reconhecer o
trabalho que vem sendo realizado pelos integrantes dos conselhos, diretorias e administração em geral, em trabalhos nem sempre divulgados.
Essas são as lembranças que tenho dos
primórdios da criação de nossa FUNCEB.
Sua história ao longo dos treze anos de existência tem sido motivo de orgulho no Exército Brasileiro, pois o futuro de uma Nação
apoia-se principalmente em sua história, razão principal de nossa Fundação.
FUNCEB, parabéns por seus treze anos
de sucesso.
revista funceb
31
Educação
projetos
Educativos
Soldado Cidadão
O projeto Soldado Cidadão, desenvolvido pela
Fundação Cultural Exército Brasileiro (FUNCEB) a
partir do sucesso do projeto Qualificação de Mão de
Obra de 2002, foi um dos principais projetos de educação desenvolvidos pela entidade.
O objetivo do projeto era oferecer aos jovens brasileiros incorporados às Forças Armadas oportunidades formativas por meio de cursos profissionalizantes que lhes proporcionassem melhores condições de competir no mercado de trabalho. O projeto atende
às ações de desmobilização do militar temporário, previstas pelo Exército.
Desde a sua criação, já foram habilitados mais de 165 mil jovens da Marinha, Exército e
Aeronáutica. O curso é destinado aos militares temporários das Forças Armadas quando estiverem próximos de seu licenciamento ativo.
O Projeto foi coordenado pela FUNCEB entre 2002 e 2003, período em que capacitou 6.750 profissionais.
Em 2004, com recursos orçamentários do Governo Federal repassados ao Ministério
da Defesa, o Projeto passou a ter uma abrangência maior, atendendo a todos os Estados e ao Distrito Federal. Qualificou 27.725 militares do Exército, atingindo 110 municípios e utilizando cerca de 1.315 salas de aula. Com a Portaria Normativa 1259-MD,
32
revista funceb
Outros projetos educativos
de 19 de outubro de 2004, o Ministro da
Defesa substituiu o Projeto Soldado Cidadão pelo Programa de Assistência e
Cooperação das Forças Armadas à Sociedade Civil/ Soldado Cidadão-PAC, transformando-o, desta forma, em uma ação
permanente e com recursos previstos no
orçamento da União.
Os cursos são ministrados pelo Senai, Senac, Sebrae, SENAT, SENAR e CEFET/RN,
com carga horária mínima de 160 horas,
abrangendo: conteúdo programático específico de qualificação profissional com
140 horas; noções básicas de Empreendedorismo, a cargo do Sebrae, com 16 horas,
e desenvolvimento de palestras sobre o
tema “Cidadania, Direitos e Deveres”, por
meio da participação voluntária de Juízes
Federais que proferem palestras de quatro horas sobre o assunto.
Após o término das aulas, os alunos aprovados recebem um Certificado de Conclusão emitido pela respectiva Entidade
de Ensino e são incluídos no Programa
Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens.
nossa bandeira escola
de civismo
O projeto Nossa Bandeira Escola de Civismo é mais uma iniciativa da FUNCEB
em apoio ao Exército Brasileiro. Iniciado
em 2007 e operacionalizado pelo Centro de Comunicação Social do Exército
(CComSEx), atende a escolas municipais
de Ensino Fundamental com a entrega de
um kit cívico composto por:
• Bandeira Nacional
• CD de Hinos e Canções
• Noticiário do Exército Especial
• Revista Recrutinha.
Até 2011, o projeto distribuiu 12 mil kits.
Educação Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável
Projeto desenvolvido pela FUNCEB e
pelo Exército Brasileiro, em 2004, com o
objetivo de conscientizar os jovens sobre
a importância da preservação ambiental
e do uso responsável dos recursos naturais. O projeto contemplou os ecossistemas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica,
abrangendo todos os estados da Amazônia e áreas do Grande Rio, Grande São
Paulo e Distrito Federal, tendo atingido
um efetivo aproximado de 40 mil militares
e mais de 200 mil jovens alistandos.
O objetivo é que esses jovens, após o
licenciamento das fileiras do Exército,
sejam agentes multiplicadores em suas
comunidades.
revista funceb
33
Artigo – General Enzo Martins Peri
Comandante do Exército Brasileiro
Feliz aniversário,
FUNCEB!
J
usto o orgulho da família militar verde-oliva que exulta com mais um aniversário da Fundação Cultural Exército Brasileiro – FUNCEB.
Vibramos, militares e civis, diante do êxito que esta digna e fraterna entidade
civil, a nós jungida pelo coração, alcança em suas notáveis atividades de recuperação e
integração do rico e diversificado patrimônio histórico cultural do Exército Brasileiro à
História do Brasil
Cultura, importante atividade do ser humano, que ressalta e reforça, ainda mais, o
relacionamento harmonioso e o fraterno conviver das partes integradas a um único
corpo social.
Cultura que resgata e divulga fatos positivos do passado, concretizando sonhos e
futuro, num presente compartilhado com responsabilidade, respeito ao próximo e
amor ao Brasil.
34
revista funceb
General Enzo Martins Peri, Comandante do Exército Brasileiro
Cultura que lida com diferentes setores da vivencial humana jornada, tais
como desportos, educação, preservação
ambiental, comunicação e assistência à
sociedade que o soldado integra e representa. Ela que participa da validação e
perpetuação de sadios costumes, valores,
informações e conhecimentos, exaltando
o somatório das partes no Todo e refletindo, em cada indivíduo, a grandeza e a
unidade da Alma brasileira.
Esta é a FUNCEB, de estrutura amadurecida, proficiente, ágil, atual e operosa, zelando pelo nosso patrimônio disseminado em todo o território nacional
e constituído de fortes, fortalezas, sítios
históricos, bibliotecas, documentos, museus, monumentos, armas, equipamentos
e obras de arte.
Inúmeros são os projetos que executou
e executa, valorizando, restaurando, preservando e divulgando nosso patrimônio
histórico cultural, levando conhecimentos
específicos aos integrantes de nossa Força.
Que o Deus de todos nós, Senhor de Todos os Exércitos, abençoe a Presidência e
cada integrante da Fundação, bem como
os queridos familiares. Prossigam na brilhante caminhada em paz, com saúde e
muitas realizações em prol da Cultura do
Exército Brasileiro.
revista funceb
35
Foto: Luciano Andrade Alves
Matéria
Programa Mecenas
Invista seu Imposto de Renda na Cultura do Exército Brasileiro
Q
uer colaborar com a preservação da cultura militar e não
sabe como? Agora ficou muito
fácil. No site www.mecenas.ensino.eb.br
você pode simular seus rendimentos e
calcular o limite de doação para que o
valor seja 100% deduzido do imposto de
renda devido.
As doações feitas até 31 de dezembro
de 2013 serão computadas nesse ano
fiscal, para a próxima declaração à Re-
36
revista funceb
ceita Federal. Pessoas físicas e jurídicas
podem contribuir com qualquer valor,
mas o limite para ter a dedução fiscal
deve ser calculado no site, com base
nos seus rendimentos.
Com o seu imposto de renda, você
pode ajudar a FUNCEB a realizar vários
projetos, como a Restauração da Fortaleza da Conceição e a criação do Espaço Cultural Exército Brasileiro.
Foto: Marcelo Wisnesky Soares
Seu imposto de renda pode ajudar a FUNCEB a ampliar seus projetos e realizar novas obras.
Conheça os projetos em desenvolvimento e contribua!
Saiba como participar:
1) Efetue seu cadastro no site do Programa Mecenas. É importante preencher todos os dados solicitados.
2) Após concluir o cadastro, você obterá uma senha de acesso ao sistema
restrito.
3) Com o número do seu CPF e senha,
acesse o seu ambiente.
4) Logo na primeira tela, você pode visualizar o portfólio de projetos culturais
do Exército Brasileiro.
5) Selecione o projeto para o qual deseja efetuar a contribuição.
6) Antes de inserir o valor a ser doado,
você pode fazer uma simulação e verificar a quantia que poderá ser deduzida do seu imposto de renda. Para isso,
acesse o simulador no site do projeto.
7) Após a simulação, preencha o campo com o valor da contribuição.
8) Você poderá fazer sua doação por
meio de três formas: pela Fundação Habitacional do Exército, por boleto bancário
ou por desconto em Folha de Pagamento.
Fundação Habitacional
do Exército:
Neste caso, é necessário imprimir
o boleto bancário e o Contrato FHE.
De posse do boleto, do contrato preenchido, de sua carteira de identidade e
contracheque, dirija-se à agência mais
próxima da Fundação Habitacional do
Exército. Ela será responsável pelo pagamento do boleto.
Doação por boleto:
Basta gerar o boleto e efetuar o seu pagamento em qualquer agência bancária.
Desconto em contracheque:
Basta imprimir a Carta Comercial que
é disponibilizada no site, assiná-la e enviá-la para a FUNCEB;
9) O Recibo de Mecenato estará disponível até 31 de janeiro do ano seguinte ao da doação. Você receberá uma
notificação por e-mail informando que
o Recibo de Mecenato está disponível
para impressão em nosso sistema.
Este documento, emitido pela FUNCEB,
será importante para o preenchimento da
declaração do imposto de renda. Imprima
-o e guarde uma cópia com você.
10) Na hora de fazer a sua declaração,
opte pelo modelo completo e informe a
doação com os dados impressos no recibo de mecenato.
revista funceb
37
Livros
Promoção da pesquisa
e divulgação da cultura
Livros como o do historiador Adler Homero Fonseca de Castro têm
o importante papel de registrar e difundir um patrimônio que ainda
precisa ser valorizado pelos brasileiros.
38
revista funceb
D
esde a sua criação, a FUNCEB
atua incessantemente pela promoção e divulgação da cultura
do Exército Brasileiro. Por isso, além das
obras de restauro, a Fundação se empenha na realização ou no apoio a projetos
que tenham como objetivo divulgar ou
promover pesquisas sobre a cultura e a
história do Exército Brasileiro.
Assim, a FUNCEB participou e apoiou
diversos seminários e congressos, e também promoveu a publicação e distribuição (muitas vezes gratuita) de livros.
Entre eles, destaque para “Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras”, fruto de um ciclo de seminários organizado
pelo Ministério da Defesa e realizado ao
longo do ano de 2010. A publicação, coordenada pela Fundação e patrocinada
pela Odebrecht e Infraero, traz artigos de
vários especialistas da área.
Outro livro de grande importância é o
“Cadernetas de Rondon”, escrito entre os
anos de 1895 e 1924, retratando o cotidiano das expedições do Patrono da Arma
de Comunicações. É um material rico em
detalhes e de grande relevância histórica. Publicado pela FUNCEB, o livro traz
observações importantes dos autores
Coronel Aurelio Cordeiro da Fonseca e
Professora Tatiana Matos Rezende sobre
as expedições, além de observações e relatos dos diários do Marechal.
Já “Muralhas de Ferro, Canhões de
Bronze, Homens de Ferro”, também editado e distribuído pela FUNCEB, faz parte
de um projeto desenvolvido pela Fundação Cultural Exército Brasileiro que visa inventariar os fortes construídos no Brasil ao
longo dos últimos quinhentos anos, coletar
dados sobre sua história e situação atual.
Riquíssimo em imagens, informações e
detalhes, o primeiro volume é fruto de mais
de 30 anos de pesquisa do historiador Adler
Homero Fonseca de Castro, pesquisador
do Departamento de Patrimônio Material e
Fiscalização do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A FUNCEB também apoiou a edição da
coleção “História Oral da Segunda Guerra
Mundial”. O projeto teve como objetivo registrar o relato de personalidades que, direta ou indiretamente, participaram da Segunda Guerra Mundial, além de informações
sobre fatos importantes relativos à História
do Brasil. O resultado foi um conjunto de fitas de vídeo e de áudio e a publicação de
oito volumes, que servem também como
fonte de subsídios para pesquisas.
Enfim, produzindo, distribuindo ou
apoiando a pesquisa e a promoção da
cultura do Exército Brasileiro, a FUNCEB
cumpre a sua missão social, educativa e
cultural, e contribui para a valorização e
divulgação de parte importante da história do Brasil.
revista funceb
39
Música
Com músicos extremamente qualificados e
dedicados, a Banda conquista o público e a
crítica com apresentações memoráveis
40
revista funceb
Banda Sinfônica
do Exército
N
o ano de 2001, o então Comandante Militar do Sudeste,
General de Exército Francisco
Roberto de Albuquerque, criou em caráter experimental a Banda Sinfônica do
Comando Militar do Sudeste. O suporte estrutural dessa Banda foi composto por músicos das Bandas do próprio
CMSE e da 2ª Divisão de Exército. Num
segundo momento, foram selecionados
músicos das outras Bandas Militares da
área do CMSE.
A primeira apresentação pública da
Banda Sinfônica do Comando Militar do
Sudeste ocorreu no dia 05 de dezembro
de 2001, sob a regência do 1º Tenente
Músico Antonio Josué Filho, no Espaço
Cultural do Quartel General do CMSE.
Na Portaria nº 45-DEP, de 25 de junho
de 2002, o Chefe do Departamento de
Educação e Pesquisa aprovou o “Projeto Cultural Banda Sinfônica do Exército”, consoante a Política Cultural do
Exército, estabelecendo que a criação
da BSE ocorresse na área do Comando Militar do Sudeste. Como já havia o
núcleo de Banda Sinfônica ativado, foi
expedido um chamado para os militares
integrantes de todas as Bandas Militares
do Exército para integrarem a Sinfônica.
Posteriormente, foram convocados
músicos civis, mediante concurso, incor-
porados à Sinfônica na condição de Sargentos Temporários.
A primeira apresentação pública da
Banda Sinfônica do Exército aconteceu
no dia 28 de julho de 2002, por ocasião
do IX Festival de Artes da Cidade de
Itu, ainda sob a regência do 1º Tenente
Músico Antonio Josué Filho.
A Portaria 516, de 24 de setembro
de 2002, do Comandante do Exército,
concedeu e mandou adotar o Uniforme
Histórico aos integrantes da Banda Sinfônica do Exército. A descrição das peças que compõem o uniforme consta no
anexo à Portaria citada acima.
Por ocasião do início do Projeto Cultural Banda Sinfônica, foi contratado
pela Fundação Cultural Exército Brasileiro o Maestro Benito Juarez para ser
seu Diretor Artístico e Regente Titular.
Sua estreia na regência da BSE deu-se
no dia 24 de novembro de 2002, no Theatro Municipal de São Paulo.
O Plano de Ação da BSE é, fundamentalmente, fazer da música um bem comum como parte das atividades culturais
do Exército, estabelecendo um elo artístico cultural com a sociedade brasileira.
Em 2003, o Estado-Maior do Exército,
em Portaria Reservada, atribui o Quadro de Cargos para a Banda de Música
categoria Sinfônica, estabelecendo um
revista funceb
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Maestro Benito Juarez com a Banda Sinfônica: um trabalho premiado que leva música de qualidade a todo o país
efetivo que comporta um Regente, um
Mestre, noventa e quatro músicos e cinco militares encarregados dos trabalhos
administrativos.
Além dos instrumentos normais de uma
Banda Militar – palhetas, metais e percussão –, a BSE conta, em sua estrutura, com
harpa, violoncelos, contrabaixos acústicos, piano e percussão sinfônica, tais
como vibrafone, xilofone e tímpanos.
A Banda Sinfônica vem realizando expressiva trajetória de concertos e apresentações em importantes teatros pelo
país, em cidades como São Paulo, Porto
Alegre, Curitiba, Cuiabá, Santos, Fortaleza e Resende, e tem sido presença
marcante em datas significativas, como
na Comemoração dos 65 anos do Dia da
Vitória, Bicentenário do Brigadeiro Sampaio, 120 anos da Proclamação da República, Bicentenário da Criação da Academia Militar das Agulhas Negras, Abertura
dos Jogos Mundiais Militares, Concertos
da Independência, dentre outros.
No ano de 2008, a Banda Sinfônica
foi premiada pela Associação Paulista
dos Críticos de Arte – APCA, como o
“Melhor Projeto de Música Erudita”. No
entanto, o repertório é composto por
vários estilos musicais, incluindo temas
de filmes, jazz, bossa nova, valsa, samba,
MPB etc.
No final do ano de 2009, foi aprovada
a confecção do Uniforme de Gala para
os integrantes da BSE e autorizado o
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revista funceb
uso pelos graduados que a compõem. A
primeira apresentação com o novo uniforme ocorreu em janeiro de 2011.
Maestro Benito Juarez
Regente de rica experiência profissional, sempre recebeu elogios nos diversos locais onde se apresentou, como
Europa, África, América do Sul, América
do Norte e Japão.
Premiado cinco vezes como melhor
regente do Estado de São Paulo pela
APCA, recebeu dessa entidade o “Grande Prêmio da Crítica”, a mais alta honraria concedida aos músicos do país, dada
pela primeira vez a um maestro.
Criador do Departamento de Música
e da Orquestra Sinfônica da Unicamp,
hoje é professor aposentado dessa universidade. Foi regente e diretor artístico da Orquestra Municipal de Campinas durante 25 anos (1975 a 2000).
É fundador do Coral da Universidade
de São Paulo (CORALUSP).
Recebeu do Ministério da Cultura o
prêmio “Maestro Eleazar de Carvalho”
como o melhor regente do país. Em
2009, foi a vez da APCA lhe conceder o
Prêmio de Melhor Regente e o Maestro
foi condecorado com a Ordem do Mérito
Militar, no grau Grande Oficial.
É Diretor Artístico e Regente Titular
da BSE desde novembro de 2002.
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