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EDITORIAL
Janeiro/Março 2014
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EDITORIAL
Janeiro/Março 2014
Expediente
www.mundodoagronegocio.com.br
Edição e Redação
Jennifer Gonçalves
[email protected]
Capa e Logomarca (Arte Gráfica)
Samuel Camilo
[email protected]
Colhendo os frutos
Todo o inicio de ano começamos com promessas, nós
da equipe do Mundo do Agronegócio começamos 2014
com resultados. Isso porque, graças aos anos de trabalho
e parcerias, mais uma vez ampliamos nosso produto midiático especializado.
O Jornal Mundo do Agronegócio foi criado em 2011
em formato tabloide com 8 páginas, no ano de 2012 ampliamos para 12. O trabalho se consolidou e percebemos
uma necessidade de mais espaço para as informações e
para nossos parceiros. Fruto deste novo desafio, apresentamos a Revista Mundo do Agronegócio.
É com muita satisfação que convidamos você, caro leitor, a conferir uma reportagem especial sobre a história e
os projetos de ampliação da CeasaMinas, que comemora
40 anos. Nessa edição, além de várias novidades, está a
cobertura do Festival da Cachaça em Belo Horizonte/MG
e uma agenda com os principais eventos do setor.
Diagramação e Arte
José Antonio dos Santos (RG 0091JP)
[email protected]
Colaboradores
Juliana Fernandez
[email protected]
Bruna Moreira
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Publicidade
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Contatos
(31) 4112-1474 / 3042-1603
(31) 9326-4008 / 9881-4008
Impressão
Editora Fapi
Mundo Online
Semana do OVO
Portal e Jornal Mundo do Agronegócio recebeu, em
dezembro de 2013, homenagem do Instituto Ovos Brasil
em agradecimento como mídia parceira na divulgação da
Semana do Ovo 2013.
Homenagem
realizada durante
o Jantar de
Confraternização
de Fim de Ano da
APA (Associação
Paulista de
Avicultura), em São
Paulo.
www.mundodoagronegocio.com.br
Atualizações diárias com as
principais notícias sobre o
agronegócio você confere
no nosso portal.
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40 ANOS DA CEASAMINAS
Janeiro/Março 2014
wEntrevista
E
Um cafezinho com Edilberto Silva
m comemoração aos 40 anos da
CeasaMinas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A), a Revista Mundo do Agronegócio irá trazer
em cada edição deste ano uma entrevista com quem faz parte desta
história.
E para começar, quem conversa
com a gente é Edilberto Silva, diretor-técnico operacional da CeasaMinas.
Mundo do Agronegócio: 40 anos
é muita coisa. Qual o sentimento ao
celebrar 40 anos da CeasaMinas e fazer parte dessa história?
Edilberto Silva: Apesar de eu não
ter feito parte de todos os 40 anos
da empresa, a CeasaMinas possui alguns funcionários que estão presentes desde a época da fundação da
empresa, promovendo uma importante interação entre prática, experiência, técnica e modernidade.
MDA: O que você acredita que
seja o ponto mais positivo da CeasaMInas?
ES: Pontos positivos: grande diversificação de produto, histórico
investimento da empresa em obtenção e divulgação de informações de
mercado e excelência do corpo técnico.
MDA: Qual a relação da CeasaMinas com outras Centrais de Abastecimento do país?
ES: A CeasaMinas é reconhecidamente um centro de excelência em
gestão de entreposto, é formadora
de opinião e referência técnica e operacional. Recebemos mensalmente
um grande número de visitantes que
querem absorver dessa experiência
exitosa. Temos convênios de coope-
ração técnica com diversas centrais
de abastecimento de todo o Brasil,
para, por exemplo, implantar novas
Ceasas.
MDA: Este é o ano da “Agricultura Familiar”. Como a CeasaMinas
tem contribuído para o fortalecimento dos pequenos produtores?
ES: Temos alguns programas
voltados ao fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Nesse
sentido, podemos destacar o barracão do produtor. É um programa que, dentre outros benefícios,
agrega valor ao produto, reduz o
êxito rural, melhora a renda do pequeno produtor e a qualidade do
produto na mesa do consumidor.
MDA: A CeasaMinas passa por
um projeto de expansão. Você poderia explicar um pouco mais sobre
ele, quais os prazos e objetivos principais?
ES: A CeasaMinas é uma das poucas do Brasil que possui área para
expansão de suas atividades. Nesse
sentido, o projeto de expansão vislumbra melhoria na disponibilização
de áreas para comércio de gêneros
alimentícios e prestação de serviços,
fortalecendo assim o viés de grande
diversificação da empresa. A expectativa é que este processo seja iniciado ainda em 2014.
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40 ANOS DA CEASAMINAS
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CeasaMinas: Tradição e modernização
A
Centrais de Abastecimento de
Minas Gerais S/A foi constituída
em 1971, por meio da Lei Estadual nº
5.577, de 20 de outubro de 1970, e
entrou em operação no dia 28 de fevereiro de 1974. Sob a supervisão do
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), a empresa
possui e administra diretamente o
entreposto da Grande BH, localizada
no município de Contagem, e outras
cinco, instaladas nos municípios de
Uberlândia, no Triângulo Mineiro; em
Juiz de Fora e Barbacena, na Zona da
Mata, e em Governador Valadares e
Caratinga, ambas no Vale do Rio Doce.
No segmento da comercialização, a CeasaMinas tem apostado na
abertura de novos espaços para oferta de produtos. No ano passado, os
pavilhões V e Z entraram em operação. As novas construções possuem
sistema para captação de água da
chuva, que é reservada e usada para
lavar pisos no entreposto, e abertura
no telhado, que diminui o consumo
de energia elétrica. Hoje são 44 pavilhões em pleno funcionamento.
Projeto Barracão do Produtor
deve ser revitalizado - Técnicos da
CeasaMinas, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e
do governo da Espanha estiveram,
em fevereiro, nos barracões dos
produtores de Nova União e Onça
do Pitangui. O objetivo da visita é
viabilizar projetos de revitalização
em parceria. Um pré-projeto está
sendo elaborado para a região de
Onça do Pitangui, com custo estimado em R$ 5 milhões.
Atualmente, há 22 barracões em
funcionamento. No entanto, muitos
ainda operam de forma precária. O
governo da Espanha está interessado
em fazer uma parceria no sentido de
promover capacitações de produtores, armazenagem e transporte dos
produtos, além da construção física
dos barracões.
Dezenas de produtores participaram do debate expondo suas
principais dificuldades. Foram apresentados ainda dados que mostram
que a produção do município, especializado em tomate, dobrou após a
inauguração do barracão, em 2002,
apesar da redução do número de
produtores da região. Em 2013, o
município trouxe 6500 toneladas de
tomate para o entreposto de Contagem, sendo o quarto maior fornecedor de todo o país.
Nova União - A comitiva esteve
na fábrica de doces de banana Fa-
duni que, inaugurada no segundo
semestre de 2013, movimenta a
economia da região. Todos os dias,
3000 quilos de banana dos produtores locais chegam até a fábrica. Após
saírem da agroindústria, os visitantes
foram para o barracão do produtor.
Em 2013, Nova União foi o segundo município de todo o país em
termos de oferta de bananas para o
entreposto de Contagem, cerca de
17500 toneladas. A comitiva também visitou, em Jaíba (MG), um dos
maiores complexos de irrigação do
Brasil e também o barracão do produtor da região.
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GUIA CEASA
Condimentos especiais,
chás e produtos naturais
31 - 3394-2837
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Ceasa pavilhão D lj 19/20
Janeiro/Março 2014
(31) 3685.5101
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Rua Sítio do Carmo, Carmo de União
Nova União - MG
40 ANOS DA CEASAMINAS
Janeiro/Março 2014
m 29 de agosto de 1977, um grupo
de comerciantes do entreposto de
Contagem decidiu criar a Associação
Comercial da Ceasa - MG, hoje referência como entidade representativa dos
comerciantes. A ACCeasa direciona
seu trabalho, coibindo ações nocivas
ao mercado na busca de obter maior
segurança aos usuários do entreposto,
contribuindo assim para o bem-estar
dos associados e dependentes.
Os associados da ACCeasa possuem tabela diferenciada para aquisição dos programas de Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). O objetivo do P.P.R.A é identificar, avaliar e quantificar riscos
existentes no ambiente de trabalho,
propondo mecanismos de controle.
Já o PCMSO tem por objetivo a pro-
ADSV/DIVULGAÇÃO
Representatividade
E
moção e preservação da saúde dos
trabalhadores, em especial aqueles
que tenham risco identificado na atividade exercida, através de consultas
e exames complementares.
Educação de Qualidade para os
filhos de funcionários - Em 1999, a
ACCeasa criou o Centro de Educação
Infantil Educar, que oferece educa-
ção infantil dos 6 meses aos 5 anos
de idade aos filhos de funcionários
associados. Quando foi criado, há
quatorze anos, o Centro de Educação
Infantil Educar era apenas uma creche. Nos últimos anos, o espaço cresceu e hoje é uma escola regularizada,
com projeto pedagógico, infraestrutura, legislação escolar, educação de
qualidade e seleção de professores.
Facilidade para comprar,
qualidade para você vender.
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GUIA CEASA
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BR 040, KM 688-PAV.D-LJ.11/27 BAIRRO GUANABARA
TEL.:(31) 3394-1190-FAX:(31) 3394-2424
BR 040, KM 688-PAV. G1-LJ.20 BAIRRO KENNEDY
TE.:(31) 3394-1882-FAX(31) 3394-2544
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40 ANOS DA CEASAMINAS
Janeiro/Março 2014
Projeto de Expansão CeasaMinas
A
CeasaMinas completa 40 anos e
apresenta um projeto de expansão que visa transformar a central
em uma referência mundial do setor
atacadista. A empresa busca integrar
a cadeia logística de frutas e vegetais
e prevê a implantação de novos empreendimentos comerciais, dentro
das diretrizes estabelecidas no Plano
Diretor encaminhado ao Conselho
de Administração da instituição, elaborado com base em estudos realizados em 2010 e 2012.
A expansão da CeasaMinas pretende trazer para a região de Contagem câmaras frias para utilização de
produtores e atacadistas, centros de
distribuição de supermercados, empresas especializadas em derivados
do leite e também em carnes.
Será construído um viaduto ligando os pavilhões já existentes aos que
ainda serão erguidos. “O importante é
complementar o entreposto e deixá-lo
mais dinâmico”, diz o secretário-executivo da CeasaMinas, Gustavo Almeida.
Ampliação de estacionamento
- Em fase de execução, a obra criará 220 novas vagas exclusivas para
produtores, concessionários e seus
funcionários, liberando mais espaço
para os clientes nas áreas próximas
às plataforma. “A expectativa é que as
obras estejam concluídas até maio”,
diz o chefe do Departamento de Engenharia e Infraestrutura da CeasaMinas, Eduardo Rodrigues. Está prevista
ainda a construção de outro estacionamento no entreposto de Conta-
gem. A área vai ficar próxima ao pavilhão Z e deve ser decisiva para facilitar
o transporte e a comercialização de
produtos no mercado. A expectativa
é que sejam criadas 2500 vagas.
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AGRICULTURA
Janeiro/Março 2014
Arroz de qualidade na panela dos brasileiros
A
pesar das dificuldades enfrentadas pelos arrozeiros brasileiros,
como as pragas, alterações climáticas e preços pouco competitivos, é
inegável a qualidade do arroz produzido no país. Os produtores têm procurado agregar valor ao grão, que
apresenta características exclusivas,
como alto rendimento e maior quantidade de nutrientes.
Estes atributos fizeram com que
o arroz do litoral norte do Rio Grande do Sul fosse o primeiro produto
agrícola do país a receber o registro
de denominação de origem. A certificação foi concedida em 2010 a 12
municípios da região, que abrangem
130 mil hectares representando 12%
da produção gaúcha de arroz.
Dos 260 hectares de terra em
Elton Borges, Capivari do Sul,
119 foram reconhecidos com a
denominação de origem. Segundo dados da Associação dos Pro-
sileira apresenta características diferenciadas, que beneficiam tanto o
produtor quanto o consumidor.
dutores de Arroz do Litoral Norte
Gaúcho (Aproarroz), a região - Cercada pela Lagoa dos Patos e pelo
Oceano Atlântico - recebeu a indicação geográfica por causa das características de concentração de água,
que dão estabilidade térmica às
plantas, formando um grão de qualidade, com mais nutrientes e que
rende mais na panela dos brasileiros.
O arroz produzido na região da primeira denominação de origem bra-
ARROZ FORTIFICADO - No Tocantins, um programa de arroz fortificado está sendo implantado pela
Secretaria da Agricultura e Pecuária. O grão, criado a partir da quirera
do arroz processado, após a adição
de nutrientes como ferro, zinco e vitaminas do complexo B, é incorporado
ao produto tradicional na proporção
de 2 a 5%.
O secretário executivo do órgão,
Ruiter Paddo, afirma que o Tocantins
é um dos maiores produtores de arroz do país e a produção vem crescendo a cada ano. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), foram colhidas - na safra
2012/2013 - 565,7 mil toneladas do
grão. Um aumento de 27,9% em
comparação à safra 2011/12.
2 1 ª F e i r a I n t e r n a c i o n a l d e Te c n o l o g i a A g r í c o l a e m A ç ã o
AGRICULTURA
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Agricultura familiar é tema da Agrotins 2014
O tema da 14ª edição da
Feira de Tecnologia Agropecuária
do Tocantins (Agrotins) foi escolhido após a Organização das
Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) lançar 2014 como
o Ano Internacional da Agricultura
Familiar.
Segundo o Ministério da
Agricultura e Pecuária, o setor produz 70% dos alimentos que vão
às mesas dos brasileiros. Com o
slogan “Agrotins 2014: A Força do
Conhecimento”, a maior feira de
tecnologia agropecuária da região Amazônica acontecerá entre
os dias 6 e 10 de maio, no Centro
Agrotecnológico de Palmas –
Tocantins.
De acordo com a Secretaria da
Agricultura e Pecuária (Seagro), órgão responsável pelo evento, a intenção é estimular e fomentar a agricultura familiar, sobretudo para que o
produtor conheça novas tecnologias
e novas culturas, incentivando a diversificação da produção e aumentando a renda no campo.
A programação variada conta
Área total será de 624 mil m², atendendo a crescente demanda para exposição de produtos e serviços.
com mais de 400 eventos como vitrines tecnológicas, palestras, dinâmicas, workshops, seminários e encontros técnicos. Na última edição,
469 empresas ou instituições participaram da Agrotins, com destaque
para os expositores de produtos e
serviços agropecuários, com 210
estandes. A expectativa para 2014
é receber mais de 70 mil pessoas e
alcançar a última movimentação em
negócios que foi de R$ 515 milhões.
* Colaboração: Andressa
Figueiredo – Ascom Seagro
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CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Femagri apresenta soluções para mecanizar
lavouras e aumentar qualidade da produção
N
ovidades em maquinário, implementos e insumos agrícolas foram apresentadas aos produtores de
café de todo Brasil durante a 3ª edição da FEMAGRI - Feira de Máquinas,
Implementos e Insumos Agrícolas
- promovida pela Cooperativa Regional de Cafeicultores. Entre os dias 12
e 14 de fevereiro, em Guaxupé (MG),
110 empresas apresentaram às famílias cafeicultoras soluções para mecanizar suas lavouras e aumentar a
qualidade de suas produções.
No evento, o cafeicultor teve a
oportunidade de negociar utilizando
o café como moeda de troca num
prazo de pagamento em três anos
com valores pré-estabelecidos, de
acordo com a cotação da saca de café.
Antes, a parcela era única. De acordo
com o presidente da Cooxupé, Carlos
Alberto Paulino da Costa, apesar do
momento enfrentado pela cafeicultura ser cauteloso, o produtor - dentro de suas possibilidades - confiou
na mensagem passada pela Feira e
procurou investir em suas lavouras.
“Mesmo percebendo o cuidado do
produtor em assumir compromissos
financeiros, registramos um volume
de negócios maior”, afirma.
Apostando em um aumento no
consumo mundial de café, por causa
do frio e da neve no Hemisfério Norte
e em parte dos Estados Unidos, Carlos
Paulino ressalta a importância da FEMAGRI para o setor cafeeiro, porque
ele aposta em um aumento no consumo mundial de café, devido ao frio
e à neve no Hemisfério Norte e em
parte dos Estados Unidos. “A todo o
momento, há novos equipamentos e
produtos para a lavoura. Há uma evolução no mercado e o produtor precisa aproveitar as oportunidades.”
“Comprar podendo pagar em
3 anos ajudará muito, pois, pode-
remos trabalhar de forma mais
tranquila. Esta é uma das vantagens
de ser um cooperado da Cooxupé”,
afirmou o produtor Sebastião Ferreira Cardoso Segundo, que já comprou
um limpador de café aproveitando a
condição inédita de negociação.
TECNOLOGIA DE BAIXO CUSTO PARA O PRODUTOR - Um dos
destaques deste ano foi a “Revolvedora de Café”. O maquinário,
lançado durante a feira, promove a
secagem de café no terreiro, tornando possível a automatização desta
etapa de beneficiamento do café.
“Com esta tecnologia, é possível
mexer no terreiro o dia todo, revolvendo o grão, promovendo uma secagem mais eficiente e com menor
custo, pois abre espaço para que o
cafeicultor cuide de outras etapas
da produção cafeeira”, explica Elmo
Donizetti de Cistolo, Gerente de Planejamento, Administração e Serviços
da Cooxupé.
A tecnologia exclusiva foi desenvolvida pela empresa Pergaminno
em parceria com a Cooxupé. Além
do custo baixo do produto, a “Revolvedora de Café RCR-14” quase não
precisa de manutenção e é de fácil
utilização e montagem. “Este equipamento chega de acordo com a
demanda e o próprio tema do
evento, que é reduzir custos com
soluções práticas, inteligentes
e que cabem no bolso de nosso cooperado. Além de simples, a tecnologia realiza a secagem do grão com
mais eficiência, contribuindo para a
qualidade do grão, influenciando diretamente na melhoria do preço da
saca”, avalia o Coordenador de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé,
Mário Ferraz de Araújo.
O projeto de pesquisa foi financiado pela Fapesp (Fundação de Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Cooxupé colaborou indicando propriedades
para testes e acompanhando o desempenho do equipamento, sugerindo mudanças para melhorias. O custo do maquinário pode ser pago em
uma safra. A tecnologia ainda possui
revolvimento regular e programável e
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Janeiro/Março 2014
funciona dia e noite, podendo reduzir
o tempo de secagem do grão para
até 7 dias. “É uma grande vantagem
já que o tempo médio de secagem é
de 22 dias”, explica Mário Ferraz. Segundo o parecer técnico da cooperativa, feito por técnicos da Cooxupé
durante a pesquisa, a secagem feita
pela RCR14 contornou as dificuldades
do processo realizado em terreiros
convencionais, proporcionando grãos
mais homogêneos, com umidade
ideal, resultando em uma bebida de
maior qualidade.
COOXUPÉ - A Cooxupé possui
mais de 11 mil cooperados - 84% deles pequenos produtores que vivem
da agricultura familiar -, e recebe café
produzido em mais de 200 municípios
de sua área de ação. São produtores de
café do Sul de Minas, Cerrado Mineiro e também do estado de São Paulo.
Com mais de 80 anos de fundação,
a Cooxupé também possui projetos
como torrefação própria, auxílio na
produção e comercialização de milho, fábrica de rações, laboratórios
para análise do solo, geoprocessa-
mento, entre outros investimentos.
Além disso, a cooperativa vem, ao
longo dos anos, ampliando mercados como o de cafés especiais e certificados.
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MEIO AMBIENTE
Janeiro/Março 2014
wProdutores devem procurar órgão responsável pelo cadastro em sua região
C
Cadastro Ambiental Rural ainda
aguarda regulamentação
riado pelo Novo Código Florestal
Brasileiro, Lei n.º 12.651, de 25
de maio de 2012, e regulamentado
pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, o Cadastro Ambiental
Rural (CAR) é um registro eletrônico
obrigatório para todos os imóveis rurais. Todos os proprietários de terra
do país deverão preencher o registro
que, ao que tudo indica, deverá ser
imprescindível na hora das negociações e para o acesso aos recursos e
fundos disponibilizados por bancos e
governo.
O CAR tem como finalidade integrar as informações ambientais, referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas de Reserva Legal (RL), das florestas
e dos remanescentes de vegetação
nativa, das Áreas de Uso Restrito e
das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país. Estes
dados compõem uma base para controle, monitoramento, planejamento
ambiental e econômico dos imóveis
rurais e combate ao desmatamento.
A abrangência do registro é nacional, mas antes de acessar o módulo CAR na internet e fazer inscrição, é
preciso verificar se o estado onde o
imóvel rural é localizado possui sistema eletrônico próprio e página específica para tal finalidade. Nesses casos, não será possível inscrever pelo
sistema nacional de registro.
O Brasil possui mais de 5 milhões
de imóveis rurais. Todos os proprietários de verão preencher o CAR e
atualizar as informações quando
houver alteração das características
ou domínio. No formulário de inscrição, o responsável deve identificar o
perímetro do imóvel, as áreas protegidas e as áreas degradadas que precisam ser recuperadas. Com imagens
de satélite, as propriedades serão
identificadas e avaliadas, permitindo
o cruzamento de dados. Após análise, um relatório que indica a situação
ambiental do imóvel será gerado.
Para médias e grandes propriedades, o cadastro deverá ser feito
exclusivamente por meio de contratação de responsável técnico e
emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. No caso de
pequenos produtores e ou agricultura familiar o responsável poderá se
dirigir a uma das unidades de regularização ambiental ou entidades parceiras para que técnicos treinados o
auxiliem na realização do cadastro.
Além disso, essas entidades irão auxiliar o produtor que não tem acesso
à internet usando o modo offline do
CAR - os dados são gravados em um
pen drive ou CD e depois enviados
pela internet.
Reprodução da internet
Site do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (www.car.gov.br) indica os módulos de cadastro por estado.
MEIO AMBIENTE
Janeiro/Março 2014
wDurante palestra FAEMG alerta produtores sobre o CAR
A
Registro eletrônico gera dúvidas
instituição do Cadastro Ambiental Rural (CAR) pelas novas legislações ambientais, tem gerado dúvidas nos produtores rurais do país, especialmente sobre quando o registro
eletrônico obrigatório passará a ser
cobrado e como realizá-lo. Durante
palestra sobre o tema, realizada em
fevereiro pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas
Gerais, a coordenadora da Assessoria de Meio Ambiente da entidade, Ana Paula Mello, alertou que os
produtores rurais devem se inteirar
sobre o CAR em fontes confiáveis e
aguardar a regulamentação antes de
contratar profissionais ou empresas
para realizar o cadastro.
Ela destacou que, no caso de Minas Gerais, ainda não é possível antecipar o registro: “Minas optou por
uma plataforma própria (Sicar-MG),
que será integrada à Federal. Ela ainda está em desenvolvimento e não
está disponível sequer para treinamento de técnicos e multiplicadores.
Por enquanto, o que se pode fazer
é informar o produtor rural sobre o
cadastro, e aguardar a publicação do
Ministério do Meio Ambiente e a disponibilização do sistema digital”.
De acordo com o Censo de 2006,
Minas Gerais é o segundo maior Estado em número de estabelecimentos rurais (551.621). A FAEMG e os
Sindicatos Rurais estarão ativamente
envolvidos no trabalho de orientação
aos produtores, somando esforços
junto ao Governo Estadual.
A entidade ainda alerta aos produtores o risco de golpe. O presidente do SISTEMA FAEMG, Roberto Simões, disse que a Federação já teve
conhecimento de casos de produtores que foram vítimas de falsos profissionais: “Eles chegam em carros
com falsas logomarcas, se dizendo
fiscais, com documentações falsifica-
Mesmo nos casos de profissionais
e empresas idôneas que também já
estão oferecendo seus serviços para
o cadastro, a sugestão de Roberto
Simões aos produtores é que não
se antecipem: “Enquanto não sair a
publicação, é melhor não assinar ou
contratar nenhum serviço sobre o
CAR. Até porque não sabemos exatamente tudo o que será cobrado.
Qualquer dúvida, procurem a Federação. Estamos acompanhando todo
o processo, prestando informações
e iremos treinar pessoal para o cadastro. Estaremos à disposição para
receber e esclarecer os produtores
em nossa sede, por telefone, email
ou pelas redes sociais”.
EVANDRO FIUZA
Roberto Simões - FAEMG
das e uma série de informações equivocadas. Fazem pressão em cima da
desinformação”.
Serviço:
FAEMG – www.faemg.org.br
Fone: (31) 3074-3000
Fax: (31) 3074-3030
E-mail: [email protected]
Ana Paula - credito Flávio Amaral
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ECONOMIA
Janeiro/Março 2014
Banco de Imagens Mapa
wSetor encerrou o ano de 2013 com crescimento de 11,3% em relação a 2012
Ministério divulga valor da produção agropecuária brasileira
A
atividade agropecuária brasileira
encerrou o ano com o Valor Bruto da Produção (VBP) em R$ 430 bilhões - segundo o balanço divulgado
em janeiro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O VBP é uma estimativa de geração
de renda no meio rural que aufere
os ganhos obtidos com os produtos
agropecuários. Desse total, R$ 286 bilhões, ou
66,5%, referem-se a lavouras. Os
produtos que mais se destacaram
foram o tomate, que teve os preços inflacionados em 2013, com o
crescimento de 88,9%, do valor bruto, a batata-inglesa (47,6%), o trigo
(33,9%), a laranja (31,5%), a soja
(25%) e a mandioca (20,2%). Alguns
produtos como o algodão, café,
uva e cacau apresentaram redução
do valor. Entre esses, as maiores
quedas ocorreram com o algodão
(-30,9%) e o café (-30,5%), este último enfrenta uma crise de preço no
mercado internacional e doméstico.
Todos os produtos agrícolas somados representam um crescimento
de 11% do valor arrecadado com as
lavouras.
Ainda do valor total do VBP, R$
144 bilhões, o equivalente a 33,5%,
refere-se à produção pecuária, onde
houve crescimento de 11,7% na
comparação com 2012. Grande responsável por esse crescimento foi a
produção de carnes de frango e bovina, cujos valores cresceram respectivamente 23,9% e 3,9% e que, juntas,
representaram 70% do VBP pecuário. Os ganhos com suínos, leite e
ovos tiveram crescimento, de 10,9%,
13,2% e 7,3%, respectivamente.
Para 2014, a previsão é que o VBP
atinja R$ 462,4 bilhões, o que representa 7,5% a mais que em 2013. Os
dados divulgados são baseados nas
informações do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e
da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
BOVINOCULTURA
Janeiro/Março 2014
Diálogo entre os protagonistas contribui para melhorias do mercado leiteiro
O
desenvolvimento do Sistema
Mineiro de Qualidade do Leite
é uma das iniciativas do Sindicato da
Indústria de Laticínios do Estado de
Minas Gerias (Silemg), para fomentar a produção de excelência. O programa pretende nortear as práticas e
investimentos do setor.
Ao longo do ano de 2013, diversas
visitas foram feitas pelo Estado, com
a intenção de motivar as indústrias
a participarem do desenvolvimento dos conceitos de gestão eficiente
do negócio nas propriedades rurais,
conscientizando os produtores sobre
a importância de buscar resultados
positivos e crescentes através da produção baseada na qualidade.
O Brasil é sexto maior produtor
de leite do mundo e Minas Gerais
é maior bacia leiteira do país. Este
insumo é um dos principais incrementos da economia mineira, sendo
grande gerador de emprego e renda,
presente em todos os 853 municípios do estado.
A cadeia láctea é muito importante para a economia do estado e
país para o Sindicato, cuja missão é
contribuir para o estímulo à criação
de novas formas de produção, ao
desenvolvimento de soluções inovadoras para o mercado leiteiro, além
do aumento da competitividade e da
qualidade do leite.
Segundo o diretor executivo da
entidade, Celso Moreira, é desta
mesma forma que o Silemg se planeja para 2014, buscando constantemente a melhoria das condições
trabalhistas,, o aumento da qualidade na indústria, desenvolvimento sustentável e conscientização da
população sobre os benefícios para
a saúde pelo consumo regular de
leite e seus derivados. “O Objetivo
do nosso trabalho é conseguir, cada
vez mais, um segmento organizado com as melhores práticas para
os produtores de Minas Gerais se
manterem competitivos no mercado”, explicou.
21
BOVINOCULTURA
Pecuária leiteira entra em campo após a Copa do Mundo
A
principal feira das raças leiteiras do país, a MEGALEITE, está
agendada para o período de 13 a 20
de julho, no Parque Fernando Costa,
em Uberaba (MG). Durante sua 11ª
edição, haverá a comemoração do
Jubileu de Prata da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, que
completa 25 anos de atuação como
delegada do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento para a execução do Registro Genealógico da raça.
A programação da MEGALEITE
terá julgamento de raças, concurso
leiteiro, leilões, palestras e ações socioculturais. No ano passado, a exposição participaram cerca de 2 mil animais de oito raças leiteiras (Girolando,
Gir Leiteiro, Guzerá leiteiro, Indubrasil,
Jersey, Pardo-Suíço, Simental leiteiro e
Sindi) e vários recordes de produção
foram superados. As negociações de
animais renderam faturamento de
Rubio Marra
Janeiro/Março 2014
Jônadan Ma, presidente da Girolando na posse
R$9.673.580,00. Foram realizados 12
leilões e um shopping de animais.
Esta será a primeira edição da
MEGALEITE sob o comando do novo
presidente da Girolando, Jônadan
Ma, que tomou posse em janeiro e
destacou em seu discurso a necessi-
dade da entidade estar mais presente e participativa na vida dos associados e dos criadores da raça. “O meu
ideal aqui é colocar a raça Girolando
no patamar mais alto das raças leiteiras no Brasil e difundir esta raça para
todo o mundo.”, afirmou.
Oferta de animais com avaliação genética positiva
Este ano, a Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando teve de
ampliar em 66,7% o número de animais participantes da segunda edição da Pré-Seleção de Touros para
suprir a grande procura por uma
vaga na prova. Devem participar 100
reprodutores pertencentes a fazendas de Minas Gerais, São Paulo, Rio
de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do
Sul e Bahia.
Os animais inscritos para a prova
entraram em fevereiro no Centro de
Performance Girolando, localizado
em Uberaba (MG), e ficarão no local
até junho para avaliação de fertilidade e de temperamento. Apenas
aqueles com melhor desempenho
poderão seguir para o Teste de Progênie, prova zootécnica que avalia
se o reprodutor consegue transmitir
à progênie a capacidade de produzir
leite em grande quantidade e com
qualidade. O resultado será divulga-
Divulgação
22
Pré-Seleção de Touros
do em julho, durante a MEGALEITE
2014.
No dia 19 de fevereiro, foram
iniciados os testes para avaliar a influência do temperamento no desempenho reprodutivo dos bovinos.
A pesquisa é conduzida pelo Grupo
de Estudos e Pesquisas em Etologia
e Ecologia Animal (GRUPO ETCO) da
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP Jaboticabal, sob
a coordenação do professor Mateus
Paranhos.
Em março, os técnicos da Girolando fazem as primeiras avaliações de
fertilidade. A Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) conduzirá exames andrológicos
e mensuração de Perímetro Escrotal.
As avaliações genéticas dos dados
coletados ficarão a cargo da Embrapa Gado de Leite.
BOVINOCULTURA
Janeiro/Março 2014
P
ela pista de julgamento mais famosa do Brasil -no Parque Fernando Costa em Uberaba (MG) já se
consagraram matrizes e reprodutores que serviram de referência para a
seleção das raças zebuínas em todo
o país. No palanque oficial, discursos
“polêmicos” alertaram representantes políticos sobre as carências da pecuária nacional em diversas épocas.
Nos pavilhões, muitos negócios foram fechados por mascates e criadores e, assim, a genética apresentada
em Uberaba pôde ser disseminada
aos mais distantes rincões deste país.
Acordos técnicos e comerciais foram
iniciados por autoridades estrangeiras durante a exposição. Discussões
pioneiras, como a sustentabilidade
na pecuária, foram registradas pelo
tradicional evento.
Os visitantes desta edição da ExpoZebu, que ocorre entre os dias 3
e 10 de maio em Uberaba/MG, poderão reviver a história dos 80 anos
da exposição em todos os pontos do
Parque Fernando Costa, que contará
com ilhas temáticas, com fotos dos
grandes campeões de cada raça, informações históricas, dados comerciais, entre outros destaques. “Vamos fazer uma grande festa
que relembre e homenageie os criadores e as famílias que ajudaram a
construir a história da nossa pecuária. Várias ações estão sendo planejadas nas áreas técnica, comercial e
cultural. Entre elas, destacamos os
julgamentos e leilões tradicionais,
cada vez mais disputados e fortes, e
a ExpoZebu Dinâmica que, durante
três dias, contará com diversas demonstrações práticas de implementos e tecnologias aplicadas à pecuária. Como a comemoração dos 80
anos é uma data bastante expressiva,
teremos um presidente de honra da
RUBIO MARRA
Exposição Internacional das Raças
Zebuínas completa 80 anos
ExpoZEBU
ExpoZebu em 2014: o selecionador
Jonas Barcellos, que por tantos anos
se dedicou à vice-presidência da ABCZ
e que para nossa satisfação já aceitou
o convite”, informa o presidente da
ABCZ, Luiz Claudio Paranhos.
A ABCZ também prepara o lan-
çamento de um livro comemorativo,
escrito pelo professor Hugo Prata,
que apresentará um pouco da história dos visionários e pioneiros que
contribuíram para firmar o Zebu
como a principal espécie bovina do
Brasil.
Expoinel Minas 2014
Após oito dias de atividades,
no dia 09 de fevereiro, a Expoinel
Minas 2014 encerrou com ótimos
resultados em leilões, julgamentos de animais e faturamento. Na
pista do Parque Fernando Costa,
em Uberaba (MG), foi registrada
a entrada de 557 animais fêmeas
e 312 machos. Concorreram representantes da Bahia, Rio de Janeiro,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Paraná São Paulo, Goiás e, naturalmente, Minas Gerais.
“Quando analisei os números
da Expoinel Minas 2014, foram 869
animais na pista de julgamento, 99
criadores de 8 estados, crescente
faturamento dos leilões oficiais
e grande interesse dos meios de
Grande Campeão: KAYAK TE MAFRA Expositor: Rima Agropecuária Ltda
comunicação em divulgar a feira,
não há como avaliá-la com outra
expressão que não seja o sucesso
absoluto”, afirma o Gestor Executivo da Nelore Minas, Loy Rocha.
23
24
AVICULTURA
Janeiro/Março 2014
wInformação direta por meio do rótulo é a nova arma do setor avícola
contra o mito da utilização de hormônios na criação de frangos
Ministério da Agricultura autoriza oficialmente
O
Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (DIPOA
/ MAPA) oficializou - em fevereiro
- a permissão para o acréscimo
(facultativo) da mensagem “sem
uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira” para os
rótulos dos produtos das agroindústrias avícolas fiscalizadas pelo
Serviço de Inspeção Federal (SIF).
De acordo com o presidente
da União Brasileira de Avicultura
(UBABEF), Francisco Turra, a presença de hormônio em frangos é
um mito utilizado para justificar
o crescimento e o menor tempo
de abate dos frangos comerciais.
Pesquisas mostram que a seleção genética é responsável por
90% da eficiência no ganho de
peso. As evoluções nas áreas da
genética, da nutrição (com base
em dieta balanceada e eficiente), além do manejo nutricional,
ambiência e o cuidado sanitário
resultam em uma ave que requer
aproximadamente 1/3 do tempo e do total de alimento que
uma ave produzida em 1950, por
exemplo.
“Há um rígido controle sani-
Presidente da União Brasileira de Avicultura
(UBABEF), Francisco Turra
tário promovido pelo Ministério
da Agricultura por meio do Plano
Nacional de Controle de Resíduos
e Contaminantes (PNCRC), com
a realização de milhares de aná-
lises sobre a ocorrência de re­síduos
nos produtos de todas as empresas
do setor avícola cadas­tradas no SIF.
Desde a implanta­ção do PNCRC,
nunca foram cons­tatadas ocorrências de utilização de hormônios - o
que comprova que nenhuma empresa brasileira adiciona hormônios na
produção de frangos. É importante
lembrar que o uso de hormônios
é proibido no Brasil e em vários
países”, destaca o presidente da
UBABEF.
Conforme aponta Turra, a carne de frango que é servida na
mesa do brasileiro segue os mesmos padrões de qualidade dos
produtos exportados pelo setor
avícola nacional para mais de 150
países – todos eles, com rígido
controle de resíduos. “O Brasil é
o maior exportador mundial desde 2004 e o terceiro maior produtor de carne de aves. O foco
na qualidade é mais que um diferencial: é uma necessidade, para
que o produto continue a ser absoluto na mesa de consumidores
pelo mundo. Toda a gestão de
insumos e a produção como um
todo é feita com grande responsabilidade e sempre pensando
em nosso consumidor”, conclui.
AVICULTURA
Janeiro/Março 2014
wEvento reúne lideranças do setor e apresenta as mais
recentes pesquisas e tecnologias para postura comercial
XII Congresso APA debate produção e comercialização de ovos
N
os dias 25 a 27 de março, o XII
Congresso APA de Produção e
Comercialização de Ovos reúne - em
Ribeirão Preto, no interior de São
Paulo - os principais especialistas do
setor para debater a avicultura de
postura na próxima década. Temas
como perspectivas de mercado, exigências do consumidor, estratégias
para melhorar a produtividade no
campo, gestão, financiamento e os
principais desafios e oportunidade
para a postura comercial nos próximos anos estarão em pauta.
A expectativa é de novo recorde de público para esta edição, que
ganha dimensões internacionais
com a participação de lideranças da
produção de ovos de vários países
da América Latina. O médico veterinário, diretor da Associação Paulista
de Avicultura (APA) e membro da
comissão organizadora do encontro, José Roberto Bottura, atribui
o sucesso ao elevado nível da programação do encontro, consolidado
como o principal evento da avicultura de postura.
“Gerar conhecimento e contribuir com o desenvolvimento da produção e comercialização de ovos são
os principais focos do congresso”,
destaca Bottura. O encontro reúne
representantes de todos os elos da
cadeia produtiva, desde produtores,
médicos veterinários, zootecnistas,
professores, pesquisadores, empre-
sários, empresas dos segmentos de
nutrição, saúde, genética, embalagens e até o varejo.
25
SUINOCULTURA
Janeiro/Março 2014
wReação do mercado aponta perspectivas positivas para 2014
2013: Um bom ano para a suinocultura brasileira
Bianca Costa*
O
ano de 2013 termina de forma
positiva para todo o setor produtivo de suínos. Não era o que parecia nos primeiros meses do ano,
cotações dos insumos da produção principalmente o milho - até estavam
em patamares favoráveis à produção
animal e os preços do suíno reagiam
lentamente. O indicativo era de um
ano tendendo a melhoras.
A suinocultura vinha de seguidas
dificuldades. O cenário de 2011 levou produtores e indústria à descapitalização, com a situação piorando
em 2012 - resultado da extrema elevação nos preços do milho e da soja.
O sinal de melhoria em 2013 parecia
ter acabado diante do fechamento
de um dos principais destinos da carne brasileira, a Ucrânia. Os volumes
retidos no país deprimiram os preços
internos do produto e os próprios
produtores. Na eminência de uma
nova crise, sem ainda ter saído da
anterior, os suinocultores passaram
a abater animais mais leves em uma
tentativa de amenizar os prejuízos.
Este processo de antecipar o suíno para abate, atrelado a alguns
outros fatores pontuais, levou a uma
redução na oferta de carne suína
no mercado brasileiro. Em junho a
Ucrânia liberou novamente os embarques oriundos do país, levando
todos os volumes que haviam ficado
retidos. Sem estoques e com menor
disponibilidade interna da carne, os
preços do suíno começaram a reagir positivamente ao longo de todo
o segundo semestre. Mesmo nas
exportações, que foram menores, o
Brasil só não vendeu mais no final
de ano porque não havia mais carne
disponível. O resultado foi um encerramento de ano positivo para o setor,
com ótimas perspectivas para 2014.
IMA
26
Com este ajuste forçado, a produção no próximo ano obrigatoriamente irá permanecer em patamares
similares. Não há informações sobre
expansão ou investimentos. E mesmo que ocorram em 2014, os reflexos se darão apenas em 2015-2016.
Há também uma enorme expectativa em relação ao mercado japonês,
aberto neste ano. Um cenário de
esperança para o suinocultor, que
ainda tenta repor as perdas de dois
amargos anos de prejuízo.
“O ano de 2014 começou de forma bastante positiva para a suinocultura mineira. O mercado permanece
firme, apesar de fatores como o ca-
lor e as tradicionais férias escolares,
e isso se deve a lei da oferta e procura e também às exportações que
seguem seguras com perspectiva de
aberturas de novos mercados. A expectativa é que tenhamos um mercado comprador no decorrer de todo
o ano, especialmente no período da
Copa do Mundo, quando deverá
haver o incremento do consumo da
proteína” comentou Dr. Antônio Ferraz, presidente da Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado de
Minas Gerais).
* Bianca Costa é jornalista especialista em comunicação corporativa
e agronegócio.
SUINOCULTURA
Janeiro/Março 2014
Assuvap e Coosuiponte: Uma história de união e amizade
D
urante muitas gerações, a Zona
da Mata mineira ficou conhecida
pela exploração do ouro, plantações
de café, cultura de cana e criação de
gado leiteiro. Mas, em meio à geografia montanhosa do lugar se desenvolveria outra atividade tão poderosa
quanto às anteriores. No Vale do Piranga – uma microrregião formada por
16 municípios, localizada a 180 quilômetros de Belo Horizonte – a tradição
secular de criar porcos no fundo da
propriedade rural se transformou em
suinocultura de larga escala e fez surgir
uma das entidades mais influentes da
suinocultura brasileira.
No início dos anos 1980, a suinocultura local do Vale do Piranga iniciou
um processo de implantação de melhores técnicas de nutrição, manejo,
instalações e produção genética. A
base dessa tecnologia foi repassada
pela empresa Agroceres-Pic. Com o
crescimento da produção, os suino-
cultores perceberam uma dificuldade
de obter o milho, componente básico
da alimentação animal, que precisava
ser importado de outras regiões brasileiras. Ao mesmo tempo, passaram
a ser alvo de rigorosa fiscalização por
parte da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais. O momento de dificuldade
despertou para a necessidade da criação de uma entidade que os defendesse em casos como esses e, em 29 de
julho de 1985, foi criada a Associação
dos Suinocultores do Vale do Piranga,
Assuvap, com sede em Ponte Nova.
Com o mesmo espírito de união,
outras iniciativas surgiram. A primeira
delas foi a criação da Bolsa de Suínos
de Ponte Nova, para fixar um preço básico e mais justo para a carne de suíno.
As reuniões da Bolsa serviam também
para a realização de debates sobre a
situação da atividade e, em 1998, foi
fundada a Cooperativa de Suinocultores de Ponte Nova, Coosuiponte,
para facilitar as compras de insumos
e diminuir os custos de produção nas
granjas.
Em 2000, os membros da Assuvap
inauguraram o Frigorífico Industrial
Vale do Piranga S/A, o Frivap, e lançaram a marca Saudali, junção das palavras saudável e alimento. Em pouco
tempo, o Frivap se transformou no
principal comprador de suínos produzidos em toda a região. Naquele
mesmo ano, a Assuvap consolidou a
virtude empreendedora e realizou a
primeira Suinfest, uma das mais importantes feiras de negócios no Brasil.
O Vale do Piranga é, hoje, o maior
polo de suinocultores independente
do Estado de Minas. Quando a entidade foi criada, a região tinha um
plantel de cerca de quatro mil matrizes, agora, o número já supera 50 mil
matrizes. Além disso, representa 30%
de toda carne suína produzida em Minas Gerais.
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CATÁLOGO DE RAÇAS
Janeiro/Março 2014
Brasil dos cavalos
* Bruna Moreira
Í
cone das festas do interior, do
cancioneiro sertanejo e das
paisagens rurais de Norte a Sul,
os cavalos fazem parte da história rural do nosso país. Desde
que os primeiros exemplares foram trazidos da Europa ainda na
época da colonização, os equinos já foram utilizados para as
mais diversas finalidades, mas
foi no meio agrícola, como ajudante do homem do campo, que
o cavalo se popularizou e deixou
sua marca na cultura brasileira.
Hoje, mais de quinhentos
anos depois da chegada do primeiro cavalo, o Brasil possui o
maior rebanho de equinos da
América Latina e ocupa o terceiro lugar no ranking mundial,
Segundo o Ministério da Agricultura, só em 2013 esse mercado
movimentou cerca de R$ 170
milhões de reais, fazendo do
ramo de cavalos um dos maiores e mais importantes setores
do agronegócio nacional.
Seja para o comércio, transporte, lazer, prática de esportes,
competições, e até para fins medicinais através da zooterapia,
a escolha de um bom animal é
um investimento tão importante
quanto seu manejo. Pensando
nisso, a Revista Mundo do Agronegócio traz nesta edição um
catálogo especial com algumas
das raças mais populares no
Brasil. Confira e escolha o cavalo
certo para seu negócio!
FOTOS DIVULGAÇÃO
28
ANDALUZ
Uma das raças mais tradicionais de
cavalo, o Andaluz - também chamado
de Puro Sangue Espanhol - deu
origem à maioria das raças modernas.
Durante o período da Renascença foi
sinônimo de excelência em termos de
cavalos e o grande responsável por
difundir a prática da equitação entre
os europeus, sendo considerado o
mais antigo cavalo de sela do mundo.
Além da força e resistência típicas
dos cavalos espanhóis, o Andaluz
é um animal muito nobre e dócil,
características que o tornam perfeito
para a lida com o gado, carruagem,
montaria de sela e exibições em
shows. A velocidade é o ponto fraco
da raça, pois o Andaluz é considerado
lento em comparativo a outros
cavalos.
Há controvérsias quanto à
classificação do exemplar, já que
as diferenças entre o Puro Sangue
Espanhol e o Lusitano são mínimas e
podem confundir até um especialista.
Muitos consideram que o Andaluz
moderno é tanto Lusitano quanto
Espanhol, a nomenclatura varia de
acordo com seu local de criação.
Porém, o cavalo português é
ligeiramente maior e tem as pernas
mais compridas que o espanhol.
CATÁLOGO DE RAÇAS
Janeiro/Março 2014
ÁRABE
O cavalo Árabe é a materialização do animal
perfeito: forte, resistente, inteligente, corajoso, com
boa musculatura, extremamente delicado e dócil.
Considerada a raça de cavalo mais pura e antiga do
mundo, o Puro Sangue Árabe tem tantas qualidades que
é utilizado há centenas de anos para aprimorar outras
raças através da mestiçagem, estando presente em
quase todas as linhagens modernas.
Competições esportivas, montaria de sela, auxílio
na lida do gado, criação... Seja qual for a finalidade, o
cavalo Árabe é sempre uma opção certeira. E tudo isso
com um bônus: indivíduos árabes demandam o mínimo
de cuidados com saúde e alimentação. Com certeza, um
cavalo sem pontos negativos.
APPALOOSA
Graças à pelagem manchada característica
da raça, presente principalmente nos indivíduos
machos, o Appaloosa é conhecido mundialmente
como cavalo-pintado. Fruto do cruzamento entre
raças descendentes da Espanha, China, Pérsia e
África Central, foi nos Estados Unidos que o animal se
aperfeiçoou e chegou ao exemplar que conhecemos
hoje.
Muito utilizado para caça e guerra durante o século
XIX, o Appaloosa é tradicionalmente um cavalo de sela.
O porte médio, o temperamento dócil e a cabeça baixa
fazem do cavalo-pintado a opção perfeita para crianças
que desejam aprender a montar.
Com sua natureza competitiva e velocidade,
este equino pode ser utilizado também em corridas,
provas de salvo, de rédea e hipismo. Porém, cuidado
com o que exige de seu cavalo: os Appaloosa são
animais com extremidades frágeis e atividades
pesadas, como transporte de carga, pode prejudicar
a saúde do animal.
BERBERE
O Berbere não impressiona à primeira vista: tem a garupa caída,
pernas compridas e secas, e um formato de cabeça que se assemelha
a dos cavalos primitivos. No entanto, são animais extremamente
resistentes e vigorosos, capazes de viver com pequenas quantidades
de alimento por muito tempo. É também um cavalo de excepcional
agilidade, podendo cobrir com grande velocidade distâncias curtas qualidade que faz do vigoroso Berbere um ótimo cavalo de montaria.
Apesar de ser uma raça pura, vinda do Magrebe, região Norte da
África, a origem da linhagem Berbere é alvo de muitas discussões.
Muitos estudiosos acreditam que o exemplar descende de um grupo
de cavalos selvagens sobreviventes à Era Glacial, daí sua grande
resistência física a condições precárias e escassez de comida. No
entanto, não há provas de que isso seja verdade já que as ossadas
de equinos mais antigas encontradas pelo homem tem apenas 4 mil
anos - muito mais recente do que a última Era do Gelo.
29
30
CATÁLOGO DE RAÇAS
Janeiro/Março 2014
BRASILEIRO DE HIPISMO
BH, como é conhecido, é um exemplar recentemente
desenvolvido no Brasil com o objetivo de criar uma
raça de cavalos perfeita para esportes hípicos. Em seu
sangue estão presentes as mais importantes linhagens
europeias de cavalos de competição, tornando-o apto
para quaisquer modalidades de salto, adestramento ou
concurso completo de equitação.
O Brasileiro de Hipismo é um cavalo de trote muito
esperto e corajoso, extremamente dócil e fácil de lidar.
Uma das principais características da raça é o porte
grande: um adulto tem perímetro torácico de 1,90m,
perímetro de canela de 21 cm e altura superior a
1,65. O tamanho porém não atrapalha este atleta em
nada: as pernas vistosas e os andamentos garbosos,
relativamente elevados e extensos, facilitam a mecânica
de salto e conferem ao animal grande elegância nos
movimentos.
BRETÃO
O dócil e obediente Bretão tem suas origens na
França de Napoleão Bonaparte, através da mestiçagem
de cavalos celtas e orientais. Foi trazido para o Brasil início
do século XX para puxar os equipamentos de artilharia
do Exército nacional, por ser a raça de cavalos de tração
mais conhecida e difundida no mundo.
Bastante forte e resistente, o Bretão é um cavalo
“compacto”: suas pernas são curtas e fortes, com um
pouco de plumagem nos pés, a anca é larga e levemente
quadrada, seu pescoço é curto, grosso e arqueado,
e possui a cabeça pequena e uma musculatura bem
acentuada e definida. A funcionalidade do equino varia
conforme seu porte: os mais altos são utilizados na
agricultura e os mais baixos, apelidados de corlay, servem
para montaria.
CAMPOLINA
Cassiano Campolina foi um selecionador de cavalos do
fim do século XIX que, ao perceber a carência de cavalos
de grande porte no Brasil, decidiu desenvolver um animal
que preenchesse os requisitos de porte, robusticidade
e vivacidade fundamentais para disputas e transportes
de cargas. Após sua morte, sua família e amigos deram
continuidade aos experimentos e a nova raça desenvolvida
foi batizada em homenagem a seu idealizador.
Os inúmeros cruzamentos em busca do modelo ideal
incluíram andaluzes, crioulos e marchadores de todos
os tipos. O resultado final é um animal de porte nobre
e delicado, formas harmoniosas, crinas fartas e sedosas,
estrutura óssea e muscular exemplar que há mais de 50
anos é referência de cavalo pela beleza, versatilidade e
comodidade da marcha.
Janeiro/Março 2014
CRIOULO
Montaria indispensável do típico vaqueiro gaúcho, os
Crioulos descendem dos berberes e andaluzes trazidos
para a América durante as antigas cruzadas. Abandonados
MANGALARGA
A modalidade Mangalarga - também chamada
Mangalarga Marchador, Paulista, ou Brasileiro - é
outro exemplo de raça originalmente desenvolvida no
Brasil que deu certo.
Em meados de 1800, Francisco Gabriel Junqueira, o
Barão de Alfenas, começou a cruzar garanhões da raça
Alter trazidos de Portugal com éguas locais, em busca
de um animal que fosse bom no trato com o gado e
resistente a viagens longas. Os cruzamentos deram
origem a uma nova qualidade de cavalo batizada de
Mangalarga Marchador.
Com a transferência da família para o estado de São
Paulo, surgiu a necessidade de cavalos galopadores
e deu-se início a um novo processo de mestiçagem.
Daí a diferenciação das modalidades Mangalarga: o
CATÁLOGO DE RAÇAS
pelos donos quando não tinham mais serventia, esses
bichos começaram a procriar livremente no campo,
dando origem a uma nova leva de cavalos selvagens. As
duras condições climáticas do novo continente sujeitaram
os animais a um processo de seleção natural rigoroso,
que fez do Crioulo um dos cavalos mais fortes e saudáveis
que existe, famoso pela incrível resistência e longevidade
da raça.
Ótimo cavalo de sela, transporte de carga e lida de
campo; o Crioulo é extremamente esperto e até um
pouco arisco, problema facilmente resolvido com o
adestramento. Normalmente são criados livres, em
grandes pastos, e quando chegam à idade adulta são
laçados e domados.
Apesar da origem Argentina e da influência no
surgimento do famoso Polopony desse país, o Crioulo
se pode ser encontrado em toda a América Latina sobre
formas ligeiramente diferentes e uma grande variedade
de nomes.
andamento típico do exemplar Brasileiro ou Paulista
é denominado marcha trotada ou diagonal, enquanto
o Marchador Mineiro pode apresentar marcha
batida ou picada.
É possível diferenciar o Mangalarga mineiro do
paulista também através de sua anatomia, já que o
paulista tem traços levemente femininos, frutos do
cruzamento com Puro Sangue Inglês, Árabe, AngloÁrabe e American Saddle Horse.
Em geral, equinos Mangalarga tem porte médio,
estrutura forte e bem proporcionada, expressão
vigorosa e sadia, pelos finos, lisos e sedosos e são
bastante ativos e dóceis. Próprios para montaria, são
ótimas opções de cavalo de passeio, enduro e trabalho
com gado.
31
32
CATÁLOGO DE RAÇAS
Janeiro/Março 2014
PAINT HORSE
Originária dos Estados Unidos, a Paint Horse é
uma raça relativamente nova no Brasil, surgindo
como alternativa ao Quarto de Milha (Quarter Horse).
Ambos têm a mesma estrutura física e compartilham
da mesma linhagem sanguínea: Mustangue, Puro
Sangue Inglês e Árabe.
Em miúdos, o Paint Horse e Quarto de Milha são a
mesma raça de cavalo - a divisão em duas modalidades
acontece apenas por questões de registro. Embora
criadores julguem o Quarter mais funcional que o
Paint, a diferenciação de uma raça para a outra é
feita tradicionalmente pela cor da pelagem: Quarters
possuem uma única coloração sólida, enquanto o
Painters tem u
Há ainda no Brasil uma divisão entre equinos dessa
modalidade de acordo com sua linhagem. Indivíduos
puros - ou seja, frutos da mestiçagem original
entre Mustangue, Puro Sangue Inglês e Árabe - são
considerados legítimos Paint Horses. Já animais de
pelagem malhada com linhagem não comprovada são
chamados apenas Pintos, ou Pampas no sul do país.
Ou seja, um Paint Horse é sempre um Pinto, porém um
Pinto não é necessariamente um Paint Horse.
Mais detalhes sobre o Paint Horse, veja em Quarto
de Milha.
PERCHERON
O Percheron ganhou fama devido à sua
participação como membro do exército francês
durante o período das cruzadas. Além de dóceis
e fáceis de domar, são cavalos que possuem um
temperamento muito bom e equilibrado.
Os Percheron são equinos de grande porte,
vigorosos, maiores e mais musculosos do que
as outras raças. Apesar do tamanho, são animais
extremamente elegantes e ágeis, características
herdadas de seus ascendentes árabes.
Com extremidades curtas e muito fortes, assim
como seus cascos, é um cavalo especialmente
útil para puxar carros e percorrer áreas de relevo
acidentado. É utilizado também nas touradas e em
exposições ou competições equinas. Na Grã-Bretanha atual são feitas tentativas
de aprimoramento da raça, principalmente na
intenção de eliminar toda a pelagem de suas patas.
O cruzamento com o Puro Sangue Inglês também
é muito praticado, na busca do tipo perfeito de
cavalo para caça. CATÁLOGO DE RAÇAS
Janeiro/Março 2014
QUARTO DE MILHA
Domesticados pelos conhecidos índios peles-vermelhas dos
Estados Unidos, os Quartos de Milha (Quarter Horse) descendem
do cruzamento de cavalos europeus, árabes e dos selvagens
Mustangues. A mistura inusitada teve como resultado animais
compactos, com musculatura invejável, desde o torso até as
extremidades das patas.
O Quarter é considerado um dos cavalos mais versáteis do mundo,
podendo exercer as mais diferentes funções com maestria. São
cavalos muito dóceis, espertos, sociáveis e obedientes - o que
facilita seu treino, geralmente direcionado à produção de animais
de trabalho e lida com o gado. A garupa levemente inclinada, peito
profundo, membros fortes e bem desenhados fazem da raça um
cavalo não só atlético como também muito bonito. Outra característica do equino norte americano é sua velocidade:
Quarters são capazes de percorrerem pequenas distâncias em
questão de segundos. Se cruzados com o Puro Sangue Inglês, dão
excelentes animais de corrida, imbatíveis em competições de curta
distância.
PURO SANGUE INGLÊS
O Puro Sangue Inglês (thoroughbred) surgiu da
cruza de garanhões árabes com éguas inglesas na
expectativa de produzir cavalos velozes e perfeitos
para a monta. O objetivo foi atingido com perfeição
e, desde sua origem até os dias de hoje, são
considerados os cavalos mais velozes que existem.
Inicialmente usado como cavalo de caça, o
Puro Sangue Inglês se popularizou como cavalo
de corrida nos clubes de jóquei, competindo em
várias modalidades de corrida e hipismo. Tamanha
exposição fez com que o thoroughbred seja ser
mundialmente admirado por seu corpo proporcional
e porte fino, além da estrutura muscular e do pelo
curto e sedoso.
Equinos ingleses são cavalos energéticos,
resistentes, inteligentes e destemidos, mas tem o
temperamento muito sensível e excitável, podendo
às vezes ter um caráter difícil e apresentar resistência
ao treino. Apesar disso, é um ótimo melhorador
genético, sendo usado constantemente para
aperfeiçoar outras raças.
OUTRAS RAÇAS
Além das modalidades de cavalos aqui citadas,
estima-se que no Brasil sejam encontradas mais de 30
raças diferentes de cavalos. Tratam-se, em sua grande
maioria, de mestiçagens de raças antigas, salvo a
grande variedade de pôneis, jumentos, entre outros
equinos também existentes.
Para mais informações, procure sites especializados
na criação de equinos.
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GUIA DA CACHAÇA
Janeiro/Março 2014
GASTRONOMIA
Janeiro/Março 2014
wCircuito gastronômico apresenta a cachaça como ingrediente principal
A
FESTIVAL CACHAÇA GOURMET
6ª edição do Festival Cultural Gastronômico Cachaça Gourmet comprovou que a bebida é um ingrediente que pode
dar sabor especial aos pratos. Realizado entre os dias 10 de janeiro a 07 de fevereiro, em Belo Horizonte/MG, o Festival reuniu
20 restaurantes e 20 marcas de cachaça.
Cada restaurante preparou um prato especial incluindo uma
das cachaças como principal ingrediente culinário. Os melhores
pratos foram premiados por meio de votação popular e de um
júri técnico composto por especialistas em gastronomia. Os resultados foram divulgados no dia 15 de fevereiro, durante a Festa
de Encerramento, que reuniu todos os envolvidos no projeto em
um grande encontro gastronômico e cultural.
Opinião Técnica
Melhor Apresentação - Paladino | prato: Ceviche Mineiro - Cachaça Barreiras
Melhor Sabor e Harmonização - Abóbora | prato: Trem Mineiro
- Cachaça Da Casa
Melhor Criatividade e Originalidade - Xapuri | prato: Entre umas
e Outras - Cachaça Áurea Custódio
Opinião Público
1º lugar: Agosto Butiquim | prato: Lombo Embriagado e Baroas
Boladas - Cachaça Capim Cheiroso
2º lugar: Vias Gerais | prato: Paella das Geraes - Cachaça Chapada das Geraes
3º lugar: Bar Amarelim | prato: Poções com Arte - Cachaça Poções
Melhor Cachaça
Cachaça Requinte
Melhor Coquetel | Opinião Público
1º lugar: Agosto Butiquim | Cachaça Capim Cheiroso
2º lugar: Restaurante Matusalem | Cachaça Requinte
3º lugar: Bar da Gabi | Cachaça Famosinha de Minas
Poções com Arte: maçã
de peito com batatas
ao pesto de agrião
e cachaça Poções.
Conheça todos os pratos
e cachaças participantes
no site www.
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EVENTOS 2014
Janeiro/Março 2014
CALENDÁRIO DE EVENTOS DO AGRONEGÓCIO
Março a Junho de 2014
MARÇO
25 a 27/03 / Ribeirão Preto/Sp
10 a 14/03 / Não-Me-Toque / RS
http://www.congressodeovos.com.br/
www.expodireto.cotrijal.com.br
25 a 27/03
13 a 15/03
RIO PARDO / RS
São Paulo / SP
www.afubra.com.br
expobr.all.biz/feinco-expo5851#
19 e 20/03
Cuiabá / MT
www.circuitoexpocorte.com.br
ABRIL
03 a 13/04
Londrina / PR
www.expolondrina2014.com.br
24 a 26/03 / Salvador / BA
07 a 11/04 / Rio Verde / GO
rdeventos.com.br/ev2014/agrocafe2014
www.tecnoshowcomigo.com.br
EVENTOS 2014
Janeiro/Março 2014
13 a 17/05 / Brasília / DF
28 a 02/05
Ribeirão Preto / SP
www.agrobrasilia.com.br
www.agrishow.com.br
MAIO
22 a 25/05 / Belo Horizonte/MG
03 a 10/05 / Uberaba / MG
www.expocachaca.com.br
www.abcz.org.br/expozebu
27 a 31/05 / Luiz Eduardo Magalhães / BA
06 a 08/05 / São Paulo/SP
www.bahiafarmshow.com.br
www.feiraapas.com.br
JUNHO
06 a 10/05 / Palmas/Tocantins
11 a 14/06 / Três Pontas/MG
www.agrotins.to.gov.br
www.expocafe.com.br
13 a 15/05 / Florianópolis / SC
24 a 27/06 / São Paulo / SP
www.avesui.com
www.fispalfoodservice.com.br
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CLIPE
Janeiro/Março 2014
wDança do Imperador alcança mais de 1,5 milhão de visualizações no You Tube
Stara faz sucesso na internet com clipe Imperador
N
ão, não é uma banda. Stara é
uma fabricante de máquinas
e implementos agrícolas com alta
tecnologia do Rio Grande do Sul. A
direção e o departamento de marketing tiveram a ideia de criar um
clipe no mesmo estilo do sertanejo
universitário para uma música já conhecida entre seus clientes e funcionários, que descreve os movimentos executados por um modelo de
pulverizador da marca: “Imperador,
levanta os braços/ segura em cima /
só mexe em baixo”.
No clipe, um fazendeiro cansado
de seus problemas com sua maquina, compra o modelo de pulverizador Imperador. Ao retornar para a
lavoura, atrai todas as garotas por
onde passa. A música é executada
pela banda formada por colaboradores da empresa.
Nadia Pilger, do marketing, garante que o clipe não é uma peça
publicitária, mas apenas uma brincadeira e que não esperavam tamanha repercussão: “Inicialmente,
o clipe seria para uso interno e não
seria divulgado no You Tube. Após a
exibição, em um evento maior em
dezembro, os pedidos de divulgação
aumentaram”.
Quem ainda não assistiu e quer
conferir: o vídeo está disponível no
canal do You Tube da empresa www.
youtube.com/StaraBrasil.
Mundo do Agronegócio no Facebook:
No site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), você
encontra esclarecimentos e orientações a respeito da Helicoverpa armigera.
Esta lagarta, identificada recentemente, tem surpreendido produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos, principalmente,
às lavouras de milho, soja e algodão. O governo federal tem se mobilizado
para desenvolver ações de combate e defesa de nossa agropecuária contra
essa praga exótica.
Acesse: www.embrapa.br/alerta-helicoverpa
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SSIM:
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