Anais Encontro 2014

Transcrição

Anais Encontro 2014
1
Anais do
XX Encontro Goiano da Abordagem Gestáltica e
IX Encontro de Fenomenologia do Centro-Oeste
O SOFRIMENTO PSÍQUICO NA ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA
INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT TERAPIA DE GOIÂNIA-ITGT
Rua 1.128 nº 165 St. Marista CEP: 74.175-130 Goiânia - GO
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Ficha catalográfica
XX Encontro Goiano da Abordagem Gestáltica e IX Encontro de Fenomenologia do Centro-Oeste, (78: 2014:
Goiânia, GO).
Anais do XX Encontro Goiano da Abordagem Gestáltica / IX Encontro de Fenomenologia do Centro-Oeste, de 15
a 18 de maio de 2014 – Goiânia, Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia, 2014.
1. Psicologia Fenomenológica / Psicologia Existencial-humanista / Fenomenologia
Edição Eletrônica
ISBN: 978-85-65735-02-5
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Anais do
XX Encontro Goiano da Abordagem Gestáltica e
IX Encontro de Fenomenologia do Centro-Oeste
O SOFRIMENTO PSÍQUICO NA ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA
Goiânia, Maio de 2014
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É permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
Edição Eletrônica
Presidência do ITGT
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
Drª Virginia Elizabeth Suassuna Martins Costa (GO)
Gerente do ITGT
Wenilton Mamede Rabelo (GO)
Comissão Organizadora do Evento
Adriano Furtado Holanda (PR)
Celana Cardoso Andrade (GO)
Danilo Suassuna (GO)
Gizele Geralda Parreira (GO)
Lara Borges de Sousa (GO)
Marisete Malaguth Mendonça (GO)
Sirlene Mamede Rabelo Pires (GO)
Virginia Elizabeth Suassuna M. Costa (GO)
Waléria Pereira de Moreira (GO)
Wenilton Mamede Rabelo (GO)
Comissão Científica do Evento
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
Ms. Celana Cardoso Andrade (GO)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
Drª Virginia Elizabeth Suassuna M. Costa (GO)
Ms. Marta Carmo (GO)
Ms. Sandra Albernaz L. Machado Saddi (GO)
Edição dos Anais
Wenilton Mamede Rabelo (GO)
Produção, distribuição e informações
Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia
e-mail: [email protected]
Home page: www.itgt.com.br
Local do Evento
Universidade Paulista – UNIP
Rodovia BR, 153, Km 503 Fazenda Botafogo, Goiânia - GO
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Ressalva: Os resumos aqui exibidos foram publicados na íntegra e não passaram por revisão, já que os
textos são de inteira responsabilidade de seus autores.
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APRESENTAÇÃO
Com o tema O SOFRIMENTO PSÍQUICO NA ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA realiza-se o XX Encontro
Goiano da Abordagem e IX Encontro de Fenomenologia do Centro-Oeste.
A temática objetiva trazer para exame as diversas perspectivas pelas quais pode ser entendido este
sofrimento, os diferentes destinos a que está suscetível, conservando, as distintas visões, o mesmo núcleo
significante: a de que o sofrimento psíquico é sempre expressivo de e destinado à evolução do ser. Está
sujeito, contudo, a ser transtornado por ideologias impositivas e alienantes, quando redutoras à
significação psicopatológica.
Eleito o tema, o convite feito à comunidade para que apresentasse sua produção pessoal ou acadêmica
sobre o proposto, nos rendeu grandes surpresas, tendo recebido valiosas contribuições que aqui
relatamos em resumos. Certamente estes trabalhos tenderão a se aprofundarem ainda mais à medida
que seus autores ampliarem o contato com a escuta de novas experiências e novos pensares no recinto
envolvedor do nosso Encontro.
A Comissão Científica recebeu, orientou, organizou e disponibilizou aqui a síntese de vinte e duas
atividades entre Mini-cursos e Temas Livres, além de três Conferências e quatro Mesas Redondas onde
serão refletidos os diferentes pareceres sobre assunto tão inerente à realidade humana universal.
Este XX Encontro de Gestalt do ITGT, associado à sua matriz fenomenológica, visa manter a tradição dos
últimos vinte anos: proporcionar visibilidade e divulgar o que vem sendo produzido, pensado e
pesquisado sob a perspectiva fenomenológico-existencial. Tal empreendimento tem levado às novas
gerações portadoras de interesse, afinidade, inclinação ou mera curiosidade por nossa abordagem, aquilo
que ocorre ao espírito da comunidade gestáltica, abrindo e disponibilizando a esse público, tanto quanto
ao público experiente, em todos esses anos, ocasiões para relatos vividos ou testemunhados, processados
e compartilhados no âmbito do nosso evento.
A oportunidade ora destinada ao exame reflexivo do sofrimento psíquico nos acena com a promessa de
redução de arraigados preconceitos e discriminação a que está ainda carregada a experiência do adoecer
anímico. Espera-se que a criação de um espaço onde profissionais, pensadores, pesquisadores e
estudantes, ligados a este domínio, possam se encontrar para compartilhar e aprofundar seus
conhecimentos, leve a novas descobertas e atitudes construtivas e esperançosas ante aquele que passa
pelas agruras da dor no complexo e complicado caminho da sua evolução humana.
Marisete Malaguth Mendonça
Pela Comissão Científica do XX Encontro
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XX Encontro Goiano da Abordagem Gestáltica e
IX Encontro de Fenomenologia do Centro-Oeste
O SOFRIMENTO PSÍQUICO NA ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA
15 a 18 de Maio de 2014
Goiânia – Goiás - Brasil
Promoção
Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia
Coordenação Geral e Organização do Evento
Profª. Ms. Marisete Malaguth Mendonça
Prof.ª Virginia Elisabeth Suassuna Martins Costa
Comissão Científica do Evento
Dr. Adriano Furtado Holanda (Universidade Federal do Paraná)
Ms. Celana Cardoso Andrade (Universidade Federal de Goiás)
Ms. Danilo Suassuna Martins Costa (Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia)
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia)
Drª Virginia Elisabeth Suassuna Martins Costa (PUC-GO; ITGT)
Ms. Marta Carmo (Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia)
Ms. Sandra Albernaz L. Machado Saddi (Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de
Goiânia)
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Sumário
CONFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 14
CONFERÊNCIA DE ABERTURA: O sofrimento existencial. ........................................................................... 15
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)
CONFERÊNCIA II: Intervenção precoce e crise psíquica - fenomenologia do sofrimento psíquico. ........... 16
Dr. Ileno Izídio da Costa (DF)
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO: Saúde psíquica na ótica da Abordagem Gestaltica. ......................... 18
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
MESAS REDONDA ........................................................................................................................................ 19
MESA REDONDA I: Uma reflexão filosófica sobre a dor. ............................................................................ 20
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO)
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
MESA REDONDA II: O sofrimento psíquico dos profissionais de saúde. ..................................................... 22
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
Ms. Mara Rúbia Venâncio Vieira (GO)
Drª. Maria Alice Q. de Brito (BA)
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
MESA REDONDA III: Religiosidade e o enfrentamento de questões de saúde mental na clínica e na
comunidade. ................................................................................................................................................ 25
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
Drª. Ionara Veira de Moura Rabelo (GO)
MESA REDONDA IV: O trajeto existencial do sofrimento humano. ............................................................ 29
Ms. Marta Carmo (GO)
Ms. Celana Cardoso Andrade (GO)
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
MINI CURSOS ............................................................................................................................................... 32
MC-01: Acolhimento psicossocial e intervenção em crise. ......................................................................... 33
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
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MC-02: Adoção e suas perdas. .................................................................................................................... 34
Psi. Mariana Rodrigues das Neves Celani (Portugal)
MC-03: Compreendendo os transtornos de personalidade na perspectiva da Gestlat-terapia................. 36
Ms. Marta Carmo (GO)
Psi. Alinny Rodrigues Nogueira Silva
MC-04: Existir-no-mundo para o que? ........................................................................................................ 37
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)
MC-05: Sofrimento e vida na fenomenologia do encontro. ....................................................................... 38
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
MC-06: Roda de conversa sobre: Teoria paradoxal da mudança e a maturidade do Psicoterapeuta. ...... 39
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
MC-07: Acompanhamento Terapêutico na perspectiva da Fenomenologia e da Gestalt. ......................... 40
Drª Marciana Gonçalves Farinha (MG)
MC-08: A questão da "causalidade psíquica" na análise fenomenologica de Edith Stein. ......................... 41
Ms. Mak Alisson Borges de Moraes (MG)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
MC-09: Sofrimento psíquico no amor patológico: se eu sofrer por você, você me amará? ...................... 43
Ms. Luiza Carolina Terra Colman (GO)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
Esp. Arminda Brito de Sousa (GO)
MC-10: Ciclo do Contato e Fenomenologia da Saúde. ................................................................................ 45
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
MC-11: A Psicossomática na visão gestáltica. ............................................................................................. 46
Drª. Maria Alice Q. de Brito (BA)
MC-12: Fenomenologia da finitude humana. ............................................................................................. 47
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
MC-13: O tempo vivido e o sofrimento humano. ....................................................................................... 48
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
MC-14: Sobre o humanismo e a fenomenologia de Husserl....................................................................... 49
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
MC-15: A brincadeira no processo psicoterapêutico infantil: “pagar para brincar”?................................. 51
Esp. Mariana Vieira Pajaro (GO)
TEMAS LIVRES .............................................................................................................................................. 52
TL-01: Auto percepção do paciente após submissão à cirurgia bariátrica: um estudo fenomenológico. .. 53
Psi. Yasminne Fayad Takeda (GO)
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
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TL-02: Insuficiência renal crônica: uma ressignificação possível da autonomia sob o olhar da abordagem
Gestáltica. ....................................................................................................................................................55
Psi. Paulo Henrique Pessoa Borges (GO)
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
TL-03: O afeto e o afetar em processos Grupais. A riqueza da terapia de grupo na superação do
sofrimento psíquico. .................................................................................................................................... 57
Esp. Marcelo Pinheiro da Silva (RJ)
TL-04: Possibilidades de Contato: Transtorno do Espectro Autista e Gestalt-Terapia. .............................. 58
Gr. Maria Paula Miranda Chaim (GO
Esp. Bárbara Spenciere de Oliveira Campos (GO)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
TL-05: Motivação no trabalho e o sofrimento psíquico na era da técnica: uma abordagem
fenomenológico-existencial.........................................................................................................................60
Esp: Elina Eunice Montechiari Pietrani (RJ)
TL-06: O medo da Lou-CURA: uma perspectiva da Gestalt-terapia. ........................................................... 61
Gr. Isadora Samaridi
TL-07: Plantão psicológico em Unidade Básica de Saúde: atendimento em abordagem fenomenológica.
..................................................................................................................................................................... 62
Gr. Lorrany de Oliveira Gonçalves (GO)
Marciana Gonçalves Farinha (MG)
TL-08: O ajustar-se criativamente no processo de envelhecimento: um estudo fenomenológico. ........... 64
Psi. Laís Silva Costa (GO)
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
POSTERS ....................................................................................................................................................... 66
POSTER: O portador de transtorno mental diante a experiência de internação psiquiátrica. ................... 67
Psi. Isabella Gonzaga Fagundes Ferreira (GO)
POSTER: Função terapêutica da dança........................................................................................................ 69
Psi. Aline Brochado (MG)
Francisco Rogerio de Oliveira Bonatto (MG)
POSTER: Situação-limite e fé: saúde, cura e salvação. ................................................................................ 70
Gr. Bárbara Aguiar Rezende (MG)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO ................................................................................................................. 72
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CONFERÊNCIAS
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CONFERÊNCIA DE ABERTURA: O sofrimento existencial.
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)
Resumo
O ser humano é um ser-no-mundo, existe sempre em relação a algo ou a alguém. No decorrer de sua
existência vivencía o tempo (temporalidade), o mundo (espacialidade) e a sua liberdade. Transcende o
momento atual abrindo-se para o futuro que a ele se apresenta com muitas possibilidades, entre as quais
faz as suas escolhas e a atua no sentido de concretiza-las. Entretanto, depara-se com paradoxos, conflitos
e frustações que podem chegar a ameaçar os seus limites para suporta-los, dificultando a compreensão
de suas vivencias que consequentemente, dificultam ou podem até impedir as suas escolhas e ações no
sentido de enfrentar tais dificuldades. Vivencía então um sofrimento existencial sentindo-se inseguro,
aflito ou deprimido, ficando por alguns instantes sem compreender o que esta lhe acontecendo. Todos
nos estamos sujeitos ao sofrimento existencial, que depois de algum tempo conseguimos enfrentar e agir
no sentido de transcende-lo. Entretanto, dependendo da ameaça e dos limites no sentido de suporta-la,
a pessoa pode necessita da ajuda de um terapeuta ou de uma pessoa amiga.
Palavras-chave
Ser-no-mundo, transcendência, liberdade, vivência
Mini-currículo
Yolanda Cintrão Forghieri (SP): Doutora em Ciências-Psicologia, Livre Docente e Professora Titular pelo
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica. Psicóloga,
Pedagoga, Especialista em Psicologia Clínica pela memorável Faculdade de Filosofia Ciências e Letras
Sedes Sapientiae de São Paulo. Aconselhadora Terapêutica e Acadêmica. Titular da Academia Paulista de
Psicologia, ocupando a Cadeira n° 01 cujo Patrono é o médico: Francisco Franco da Rocha. Acadêmica
Titular da Academia de Ciências da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo,
ocupando a Cadeira n° 20 cujo Patrono é o Físico: Mario Schenberg. Homenageada pela Academie
Internationale Le Merite et Devouement Français Medaille d´Argent, decerné pour Servirces
exceptionnels rendu á la Colletivité Humaine. Autora dos livros: Forghieri, Y. C. (2012) Psicologia
Fenomenológica: fundamento, método e pesquisas. São Paulo: Cengage Learning; Forghieri, Y. C. (2003)
Aconselhamento Terapêutico: origem, desenvolvimento e prática. São Paulo: Thomson Learning e
Forghieri, Y. C. (org.) (1984) Fenomenologia e Psicologia. São Paulo: Cortez.
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CONFERÊNCIA II: Intervenção precoce e crise psíquica - fenomenologia do sofrimento
psíquico.
Dr. Ileno Izídio da Costa (DF)
(CRP: 01/2994)
Resumo
As chamadas psicoses receberam historicamente um status sindrômico inespecífico através de algumas
manifestações sintomatológicas que se tornaram doenças tais como esquizofrenia, transtorno bipolar,
psicose maníaco-depressiva, paranoia, dentre outras. Esta nosografia tornou o fenômeno do sofrimento
psíquico agudo apenas uma categoria inespecífica na base desta sintomatologia, o que, por certo,
obscurece(u) a observação e a descrição das manifestações fenomenológicas subjacentes. Neste
caminho, os fenômenos do sofrimento psíquico e da crise psíquica grave em si (que foram agrupados sob
a denominação de transtornos psicóticos) se tornaram subsumidos nas manifestações elementares dos
sintomas essenciais, tais como delírios, alucinações, comportamentos desorganizados, embotamento
afetivo, dentre outros. A presente conferência pretende, à luz de alguns pressupostos e autores da
fenomenologia (suspensão do conhecimento prévio, hermenêutica do sofrimento, éticas da alteridade,
do cuidado e da responsabilidade), problematizar as manifestações das crises psíquica graves, tidas como
crises psiquiátricas, emergenciais ou urgentes, em suas possibilidades de compreensão dos sofrimentos
inerentes que caracterizam uma vivência genuína de ser-no-mundo, para além de se constituir, a priori,
uma categoria patológica. É necessária uma focalização na crise psíquica como manifestação
fenomenológica genuína de um sofrimento humano instituinte, não apenas descrevendo eventos ou fatos
“dos transtornos”, mas, como uma manifestação do humano presente em mim e no “outro”. Defendo o
aprofundamento da descrição, da compreensão e da hermenêutica da crise psíquica grave. Conceitos tais
como “estar com”, “estar aí”, “ser-no-mundo”, “angustia existencial”, o “outro”, “intersubjetividade”,
“linguagem” e as éticas do cuidado (Boff, Heidegger, Winnicott), da responsabilidade (Levinas e Jonas) e
da alteridade (Levinas) podem nos ajudar a compreender a crise psíquica grave enquanto manifestação
humana genuína, mais que descrevê-la, para podermos ter uma atitude de efetivo compromisso de
minorar as dores e desafios inerentes a ela.
Palavras-chave
Intervenção precoce, sofrimento psíquico, crise psíquica, psicoses, fenomenologia.
Mini-currículo
Ileno Izídio da Costa (DF): Pós-Doutor pela USP; Doutor em Psicologia Clínica pela UnB; Mestre em
Psicologia Social e da Personalidade; Master of Arts in Philosophy and Ethics of Mental Health (University
of Warwick/Reino Unido); Professor Adjunto do Departamento de Psicologia Clínica da UnB; Coordenador
do Grupo de Intervenção Precoce nas Psicoses (GIPSI); Coordenador de Pós-Graduação Lato Sensu do IP.
Realiza estudos e pesquisas nos seguintes temas: psicoses, esquizofrenia, psicopatologia, saúde mental,
psicoterapias, psicanálise, família, casal, teoria sistêmica, filosofia da mente e da linguagem, intervenção
precoce nas psicoses, políticas públicas em saúde mental, álcool e outras drogas, luta antimanicomial e
reforma psiquiátrica.
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CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO: Saúde psíquica na ótica da Abordagem Gestaltica.
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
(CRP: 01/496)
Resumo
Ser saudável é experienciar e vivenciar o contato nas suas mais diversas formas, o que supõe uma entrada
para si mesmo através da presença, do cuidado e do encontro consigo mesmo e uma saída para o outro
através da simpatia, da empatia, da inclusão e da confirmação. A realidade acontece no campo, em um
espaço vital aqui-agora, através de variáveis pessoais e ambientais. A saúde é agora, assim como o corpo
é agora. Ter consciência de que se é um corpo vivo e próprio é o caminho natural para a saúde.O Ciclo do
Contato nos oferece uma metodologia, uma descrição existencial de vários processos que geram e
mantém a saúde, bem como dos processos que a desconsttroem.Saúde é a vivência harmoniosa da
própria totalidade. Toda e qualquer dicotomização é perda, prejuízo, doença.A experiência do próprio
corpo de maneira como um ajustamento criativo, via equalização e centragem é naturalmente o caminho
da saúde.
Palavras-chave
Saúde, gestalt-terapia, fenomenologia.
Mini-currículo
Jorge Ponciano Ribeiro (DF): Graduado em Filosofia, em Teologia, é psicólogo clínico, Mestre e Doutor em
Psicologia pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma/Itália, Professor Titular Emérito da
Universidade de Brasília/DF e da Unimontes/MG. Dois Pós-doutorados na Inglaterra. Formação didática
em Psicoterapia Analítica de Grupo e em Gestalt-Terapia. Autor de onze livros e de capítulos de livros,
publicados no Brasil e no exterior. Participou de vários congressos como conferencista no Brasil e no
exterior. Charter Member do The International Gestalt Therapy Association. Fundador e Presidente do
Instituto de Gestalt-Terapia de Brasília/DF
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19
MESAS REDONDA
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20
MESA REDONDA I: Uma reflexão filosófica sobre a dor.
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
(Filósofo)
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO)
(CRP: 09/1626)
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
(CRP: 09/06)
Resumo
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
Filosófica é a reflexão que se pretende como uma meditação essencial. Meditar é pensar o sentido.
Essencial é aquela meditação que se detém no sentido de ser do que está em questão. A meditação fará
a tentativa de pensar o sentido de ser do fenômeno da dor, ou seja, pensar o caráter ontológicoexistencial deste fenômeno. Como ponto de partido se tomará uma indicação de Martin Heidegger: dor
é o dilaceramento que corta e reúne. Esta indicação servirá como palavra-guia da reflexão.
Palavras-chave
Dor, lógos, diferença.
Mini-currículo
Marcos Aurélio Fernandes (DF): Mestrado e doutorou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade
Antonianum (2000 e 2003 respectivamente), de Roma. Atualmente é Professor Adjunto de Filosofia
Medieval do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília. É membro do Conselho Editorial da
Revista de Abordagem Gestáltica. É autor do livro “À Clareira do Ser: Da Fenomenologia da
Intencionalidade à Abertura da Existência” (Daimon Editora, Teresópolis-RJ, 2011), e dos capítulos “Do
cuidado da fenomenologia à fenomenologia do cuidado”, no livro, organizado por Adão José Peixoto e
Adriano Furtado Holanda, “Fenomenologia do cuidado e do cuidar: perspectivas multidisciplinares”
(Curitiba: Juruá, 2011); e “Skholé: o sentido fundante da escola”, no livro organizado por Ildeu Moreira
Coêlho, “Escritos sobre o sentido da escola” (Campinas-SP: Mercado das Letras, 2012). Colabora como
articulista em diversas revistas de filosofia, filosofia medieval, educação, psicologia e teologia.
Resumo
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
Esta reflexão foi desenvolvida recortando-se, em caráter inteiramente pessoal, a experiência da Dor
como originária de duas matrizes: a ôntica e a ontológica. A matriz ôntica refere-se à Dor como resultante
de um estado afetivo eventual , contingente e meramente subjetivo do homem e pertencente à sua
responsabilidade. A matriz ontológica, refere-se à Dor como estrutura fundamental do homem, em cuja
existência o Ser e o Não Ser está em jogo a cada momento , independente de qualquer atividade ou
responsabilidade da sua ou de outra subjetividade. A primeira, ôntica, vertida para o linguajar gestáltico,
é oriunda das gestalten interrompidas, obstáculo sendo erguido cotidianamente à expressão e afirmação
do Eu, reduzindo a limites estreitos a direção do seu desenvolvimento como Individualidade singular. Este
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afastamento, esta oposição da consciência racional aos reclames organísmicos é o que configura a
interrupção da Gestalt, isto é, o não atendimento às exigências de crescimento em direção à Totalidade.
A segunda, ontológica, refere-se à experiência afetiva do desamparo ou da angústia, expressiva da
vulnerabilidade humana (e dos demais viventes) e inerente à nossa inserção como Ser Consciente, num
mundo sem garantias ou certezas. Ambas as possibilidades da Dor aparecem no contexto clínico: as duas
matrizes, tanto a ôntica, responsabilidade do Eu que se interrompe, quanto a ontológica, inerente à
evolução da consciência humana, se fundem em última jurisdição na questão do Ser.
Palavras-chaves
Dor ôntica, dor ontológica, Gestalt interrompida, evolução do ser do cliente, totalidade.
Mini-currículo
Marisete Malaguth Mendonça (GO): Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais. É especialista na Abordagem Gestáltica e no Psicodiagnóstico de Rorschach. Professora por
33 anos dessa disciplina, e também de Fenomenologia e Gestalt, Psicopatologia Social e de Pensamento
Dialógico em Psicoterapia. É Mestre em Psicologia Clínica pela PUC/GO. Há 23 anos é Professora,
Supervisora Clínica, Diretora Acadêmica e Supervisora de Textos do Instituto de Treinamento e Pesquisa
em Gestalt-terapia de Goiânia – ITGT. Possui artigos publicados em Revistas da Abordagem Gestáltica. É
Orientadora de várias pesquisas clínicas na Abordagem. No momento, vem pesquisando e escrevendo
sobre o Significado do Sintoma e critérios Diagnósticos na Gestalt, tema que lhe vem pondo a descoberto
a importância do não dito na Psicoterapia
Resumo
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO)
Buscando refletir sobre dor de um ponto de vista filosófico, nos remetemos necessariamente ao corpo,
onde esta é experienciada, sentida e vivida. Partimos de uma perspectiva merleaupontyana, em que o
corpo é veículo do ser no mundo; em que somos nosso corpo. Discutimos a experiência dolorosa como
um sentimento subjetivo, bem como a dor do membro fantasma: o que acontece que, mesmo na ausência
de uma parte do corpo, continuamos sentindo dor? Para isso, buscamos em Ponty os conceitos de corpo
habitual e corpo atual. É o corpo habitual que mantém o passado vivo e no corpo atual que desfecha a
existência em situação. Pautados na Gestal-terapia, finalizamos fazendo uma analogia entre as dores
fantasmas e os fantasmas que nos geram dor, bem como uma reflexão sobre qual nossa atitude diante
da dor.
Palavras chave: dor, corpo, membro fantasma, dor fantasma e Gestalt-terapia.
Mini-currículo
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO): Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (1994), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (2002) e
especialização em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt Terapia de
Goiânia-ITGT (1996). Atualmente é professora titular do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt
Terapia de Goiânia e atua em atendimento psicoterapêutico na Clincorpus-centro de terapias. Tem
experiência na área de psicodiagnóstico, supervisão e atendimento clínico, com ênfase em Gestaltterapia.
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MESA REDONDA II: O sofrimento psíquico dos profissionais de saúde.
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
(CRP: 06/550)
Ms. Mara Rúbia Venâncio Vieira (GO)
(CRP: 09/2635)
Drª. Maria Alice Q. de Brito (BA)
(CRP: 03/0824)
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
(CRP: 09/39)
Resumo
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
Nesta apresentação desejo compartilhar algumas reflexões a respeito do sofrimento do psicoterapeuta,
particularmente no que concerne a como ele pode nos instrumentar para a tarefa de acolher e dar sentido
ao sofrimento do paciente. Entendo como fundamental que atravessemos nosso sofrimento pessoal resignificando nosso existir e resgatando nossas potencialidades enquanto seres humanos, reconfigurando
o sentido de nossa experiência de modo a colocar o sofrimento psíquico a nosso serviço em lugar de estar
a serviço dele. Quando digo “estar a serviço do sofrimento” refiro-me àquele tipo de sofrimento humano
aprisionador, que impede a pessoa de crescer e se desenvolver, realizando suas potencialidades.
O atravessamento de nosso sofrimento pessoal resulta no resgate de nossa humanidade, instrumento
indispensável para o contato com a humanidade do outro.
Palavras-chave
Sofrimento do terapeuta; resignificação do sofrimento; função do sofrimento
Mini-currículo
Lilian Meyer Frazão (SP): Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São
Paulo onde também é professora. Participante do grupo que introduziu a Gestalt-Terapia no Brasil há 40
anos. Coordenadora do Setor de Projetos do Departamento de Gestalt-Terapia do Instituto Sedes
Sapientiae. Colaboradora em treinamentos de Gestalt-Terapeutas em território nacional e internacional.
Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais no Brasil e no exterior. Sócio fundador e exmembro da diretoria da International Gestalt Therapy Association (IGTA), fundadora da Associação
Brasileira de Psicoterapia (ABRAP), do Espaço Therese Tellegen e do Centro de Estudos de Gestalt de São
Paulo. Organizadora e uma das autoras do livro “Gestalt e Gênero” e co-autora do livro “25 anos depois:
Gestalt-Terapia, Psicodrama eTerapias Neoreichianas". Organizadora da coleção “Gestalt-terapia:
fundamentos e práticas”, Summus Editorial, da qual já foram lançados 2 volumes: “Gestalt-terapia:
fundamentos epistemológicos e influências filosóficas” e “Gestalt-terapia: conceitos fundamentais”
Autora de artigos em revistas brasileiras e consultora editorial para a tradução e publicação de livros de
Gestalt-terapia.
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Resumo
Ms. Mara Rúbia Venâncio Vieira (GO)
Resumo: A presente explanação levanta o equívoco da perspectiva ocidental do sofrimento e debate a
mudança dessa perspectiva como mecanismo não de amortecimento do sofrimento do profissional da
saúde, mas oportunizando-o como ferramenta de transformação pessoal. Servindo a um só tempo como
instrumento de autopreservação, mas também de aproximação e calor com aquele que é cuidado.
Palavras-chave
Sofrimento, mudança, transformação pessoal.
Mini-currículo
Mara Rúbia Venâncio Vieira (GO): Mestra, Psicóloga, Professora e Psicoterapeuta (Clínica: EQPSI - Rua
C-247 esquina com rua C-234, lote 01, Nova Suiça – Goiânia – GO fone (62) 3253-1069
[email protected]; Mestre em Psicologia (PUCGO); Especialista em Avaliação Psicológica
(Rorschach e outras técnicas Projetivas) (PUCGO); Psicóloga de orientação Humanista e
Fenomenológica;
Terapeuta de EMDR (tratamento de traumas);
Terapeuta de
Brainspotting; Psicoterapeuta Corporal; Hipnose Ericksoniana; Professora universitária (UNIP e PUCGO); Psicoterapeuta há 13 anos.
Resumo
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
O surgimento de novas formas de sofrimento no mundo moderno, impõe desafios a psiquiatras e
psicólogos, que se ocupam cada vez mais em tentar entender, em suas atividades clínicas, a origem desse
sentimento. O ser humano é o único dotado de um sofrimento intrínseco, decorrente do excesso, de algo
que incomoda, perturba ou provoca insatisfação. Essa compreensão entretanto, pode iniciar-se na origem
da palavra sofrer, que derivada do latim sufferre, é formado de sub- (sob, embaixo) e ferre (levar,
transportar). Portanto, sofrer, significa levar algo sobre si, estando embaixo da coisa transportada.
Subemeter-se pois, a “cargas pesadas”, querendo ameniza-las, causa sofrimento tanto ao terapeuta,
quanto ao paciente. Estar pois, numa relação terapêutica é vivenciar um tipo de sofrimento caracterizado
por permanecer sob toda a bagagem trazida pelo paciente, com ou sem suporte, para permanecer abaixo
da mesma, permitindo que o sofrimento daquele que padece, possa se configurar como figura, ao mesmo
tempo que, em contato com suas fronteiras de contato. Pretende-se portanto, refletir como o terapeuta
pode permanecer presente consigo mesmo e com o paciente, uma vez que, estar presente como pessoa,
aspecto preconizado pela Gestalt-terapia, promove o encontro do terapeuta com as suas próprias
vulnerablidades e sofrimentos, que podem estar a serviço ou a des-serviço do paciente. Um entre elas, é
tentar inventar um sentido para a vida, ao invés de tentar encontra-lo. Afinal, quem tem algo para viver
é capaz de suportar qualquer como! Nesse sentido, o sofrimento será tratado como a negação da
experiência organísmica, vista como algo ameaçador, o que gera a utilização de estratégias de defesa para
se manter “estável”, cristalizando formas de ser e estar no mundo. Finalmente, será enfatizada a teoria
paradoxal da mudança e as possibilidades de refletir a responsabilidade nos sofrimentos vividos. Por parte
do terapeuta, será abordada a necessidade da suspensão fenomenológica, como ferramenta para o
estabelecimento de um clima, no qual o sofrimento do paciente permaneça como figura.
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Palavras-chave
Gestalt-terapia, sofrimento, atitude fenomenológica
Mini-currículo
Virginia E. Suassuna M. Costa (GO): Doutora em Ciências da Saúde pela UnB/UFG, Mestre em Educação,
Professora-adjunta do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás ( PUC). Fundadora,
professora e supervisora do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia. Membro
do conselho consultivo da Phenomenological Studies – Revista da Abordagem Gestáltica. Especialista em
Gestalt-terapia com cursos avançados em Gestalt-terapia pelo Gestalt Therapy Institute of Los Angeles,
em San Diego e no Canadá. Gestalt-terapeuta de crianças, adolescentes, adulto, casal e grupo. Autora de
artigos, capítulo de livro e do verbete no Dicionário de Gestalt-terapia ( Summus, 2007). Pesquisadora do
CNPq. Psicoterapeuta e proprietária da Gestalt Clínica de Psicologia.
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MESA REDONDA III: Religiosidade e o enfrentamento de questões de saúde mental na
clínica e na comunidade.
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
(CRP: 01/3795)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
Drª. Ionara Veira de Moura Rabelo (GO)
(CRP: 09/09/1661)
Resumo
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
Espiritualidade e Psicologia: questões preliminares de um paradigma de ser superado.
Na sua radicalidade existencial o ser humano possui um apelo ao transcendental, seja ele espiritual (in)
ou Espiritual (out), porque encontra nessa busca a possibilidade a manifestação de várias formas de
sentido para a vida humana. Como descreve Piazza (1987), a religiosidade trata afinal de uma atitude
pessoal e universal do homem frente ao problema de sua existência em um mundo que ele integra ao
mesmo tempo contesta, o que o faz procurar um sentido fora e acima do mundo. Ainda, pode-se dizer
que religiosidade segue de encontro direto com as principais questões existenciais do homem e é neste
sentido que se pode falar da experiência religiosa como parte da experiência originária. A vivência do
homem no mundo procede sempre de forma fragmentada, tendendo sempre a totalidade do ser, tanto
em seus projetos quanto em suas realizações. A superação dessa experiência de “finitude existencial” vem
muitas vezes com a experiência religiosa, na qual conduz o ser humano a abrir-se para a infinitude de seu
ser. E, neste momento é que aparece a instância religiosa, manifestado pelo sagrado (hierofania) ou
experiência do sagrado. A compreensão da Psicologia da dimensão sobre–humana pode trazer
contribuições às intervenções psicológicas ao indivíduo, tal como já faz a psicologia fenomenológica e
existencial. Essa psicologia em traços gerais entende a vida religiosa como uma das condições humanas
do existir, e é por isso também que ela está inscrita no psiquismo humano. É necessário, por assim dizer,
ter estruturas psíquicas para compor a potencialidade do homem em buscar o Divino e poder penetrar
no âmbito do sagrado. Por fim, é possível assim entender que a vivência religiosa do ser humano pode
despertá-lo para sentimentos de culpa, angústia, assim como para a plenitude, satisfação e felicidade.
Palavras chave
Psicologia existencial; vivência religiosa; espiritualidade
Mini-currículo
Tommy Akira Goto (MG): Professor Adjunto II da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em
Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo),
Co-Presidente da Associação Brasileira de Psicologia Fenomenológica, Membro-colaborador do Circulo
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Latinoamericano de Fenomenologia (CLAFEN), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de
Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições
da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e Autor de
livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião (Editora Paulus). Email: [email protected]
Resumo
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
COPING RELIGIOSO/ESPIRITUAL NO CONTEXTO DE SAÚDE: UMA REVISÃO DA LITERATURA NACIONAL
O coping religioso/espiritual (CRE) é um conceito desenvolvido por Kenneth Pargament e é definido como
a utilização da religião, espiritualidade ou fé para o manejo do estresse, representando um importante
aspecto na área da saúde com significativas implicações no tratamento de doenças, e relacionado
diretamente à “Qualidade de Vida”. Esse trabalho se insere no contexto de um projeto de pesquisa mais
amplo, intitulado Fenomenologia da Experiência Religiosa e Saúde Mental, e desenvolvido no Laboratório
de Fenomenologia e Subjetividade (vinculado à Universidade Federal do Paraná), cuja proposta é discutir
aspectos relativos à psicopatologia e à vivência da espiritualidade, na direção de um entrelaçamento
destas duas perspectivas; considerando a apreciação de manifestações psicopatológicas à luz da
religiosidade, na direção de possíveis relações como: a) espiritualidade como manifestação de
psicopatologia; b) espiritualidade como terapêutica e; c) espiritualidade e psicopatologia como correlatos.
O objetivo específico deste estudo foi investigar a literatura brasileira sobre a relação entre o CRE e
processos de saúde e doença. Para isto, pesquisou-se em bases de dados virtuais e abertas (Scielo, Pepsic
e BVS/Bireme) artigos publicados entre os anos 2000 e 2013 através dos descritores coping religioso,
coping espiritual e coping religioso espiritual. Foram encontrados 39 artigos e posteriormente
selecionados aqueles que abordavam a utilização da religiosidade/espiritualidade como recurso no
enfrentamento e no tratamento de doenças, como também as implicações da
religiosidade/espiritualidade na saúde. Verificou-se que a temática do CRE é pouco explorada no Brasil,
com uma expansão em 2013, sendo predominantes os estudos em Psicologia e Enfermagem, na sua maior
parte, voltados para a oncologia.
Palavras-chave
Coping Religioso/Espiritual, enfrentamento, religiosidade, processos saúde-doença.
Mini-currículo
Adriano Furtado Holanda (PR): Psicólogo, Doutor em Psicologia, Professor Adjunto do Departamento de
Psicologia, Orientador de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade
Federal do Paraná, Editor da revista Interação em Psicologia (UFPR) e da Revista da Abordagem Gestáltica
– Phenomenological Studies, e Primeiro-Presidente da Associação Brasileira de Psicologia
Fenomenológica. Cairu Vieira Corrêa, é psicólogo clínico, graduado em Psicologia pela Universidade Tuiuti
do Paraná e Mestrando em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Paraná. Possui especialização
em Psicologia Corporal e Residência em Análise Reichiana pelo Centro Reichiano de Curitiba, e experiência
na prática de Acompanhamento Terapêutico (AT) de pacientes com psicose, esquizofrenia e autismo, e é
Professor da Universidade do Contestado, em Mafra/SC.
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Resumo
Drª. Ionara Veira de Moura Rabelo (GO)
Metodologias de atenção em saúde mental a vítimas de guerra em países muçulmanos.
Em situações de desastres naturais e conflitos armados várias organizações humanitárias estão criando
programas de saúde mental para atuar junto as equipe médicas. A maior parte das metodologias
utilizadas apresenta a perspectiva das abordagens cognitivas e comportamentais, e pouco é debatido em
torno de metodologias que utilizam a perspectiva gestáltica. A partir de duas missões no Oriente Médio
este trabalho pretende debater a perspectiva de saúde mental. A primeira experiência ocorreu na cidade
de Hebron, Cisjordânia (Territórios Palestinos Ocupados). Durante os meses de setembro de 2010 a
fevereiro de 2011 trabalhei como psicóloga numa organização internacional que desenvolve projetos de
intervenção humanitária na área da saúde, em situações de emergências, envolvendo catástrofes naturais
ou conflitos armados, em várias partes do mundo. Esta intervenção visava atender às vítimas do conflito
Israel-Palestina, conflito Intra-Palestinos (Hamas X Fatah) e vítimas de violência doméstica. Esta
experiência traz alguns recortes para a compreensão da importância de projetos de intervenção em saúde
mental em situações de conflito armado, bem como, contribui para uma percepção ampliada a respeito
do conceito de violência transversalizando diferentes níveis de relação inter-grupais, inter-pessoais e
societal/religiosa. A segunda experiência ocorreu na fronteira entre Síria e Turquia atendendo refugiados
sírios. A guerra neste país já dura 3 anos e não há sinal de fim, a população vive sob constantes
bombardeios e precisam se refugiar em montanhas e cavernas. Em muitas cidades não há eletricidade e
água, a maior parte das famílias perdeu parentes, ou foram presos. Neste conflito a religião também
define inimigos e diferentes grupos se apresentam para lutar contra o governo sírio. As queixas dos
pacientes giram em torno do medo da morte, a falta de esperança e as preocupações sobre como
sobreviver. Muitos pacientes ainda precisam de complexos cuidados de saúde. A religião muçulmana é
predominante nestes dois contextos e ajuda a definir subjetividades e modos de lidar com o sofrimento.
Este trabalho discutirá como subjetividades e metodologias de saúde mental são transversalizadas pela
religião. Percebe-se que a simples supressão do sintoma pode trazer um alívio imediato, mas que não se
mantém a longo prazo. Nos atendimentos realizados foi importante trabalhar com a construção de
significados para a compreensão da violência e dos sintomas que a mesma produz no nível individual,
familiar e societal. Sendo assim, sugere-se que projetos de atenção em saúde mental em situações de
conflito devem se assegurar em manter equilíbrio entre as demandas psicológicas individuais conectadas
à situação social vivenciada para evitar a patoligização de reações normais diante de situações de conflitos
armados
Palavras-chave
Saúde mental, conflito armado, metodologia, religião
Mini-currículo
Doutora em Psicologia pela UNESP-ASSIS (2011) com estágio sanduíche na República Dominicana
(INSTRAW/ ONU Mulheres). É professora adjunta da Universidade Federal de Goiás/ Campus Cidade de
Goiás e professora da Universidade Paulista (UNIP- Campus Flamboyant/Goiânia). É psicóloga do Núcleo
de Prevenção à Violência e Promoção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Goiânia. É
pesquisadora do Nucleo de Estudos sobre Violência e Gênero da UNESP-Assis. Possui mestrado em
Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2003) e graduação em Psicologia pela Universidade
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Católica de Goiás (1994), graduação em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de Goiás
(1992). Fez parte do grupo de trabalho sobre treinamento de gênero junto ao INSTRAW- Nações Unidas.
É psicóloga voluntária do Médicos sem Fronteiras com missões no Oriente Médio, Territórios Ocupados
da Palestina (2011), e fronteira da Turquia e Síria (2014) atendendo vítimas de conflitos armados, e em
Tabatinga-Amazonas (2012) atendendo haitianos em processo migratório. Tem experiência na área de
Psicologia, com ênfase em Psicologia Social e Saúde atuando principalmente nos seguintes temas: saúde
mental, violência de gênero, desastres e situações humanitárias, saúde coletiva e reforma psiquiátrica.
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MESA REDONDA IV: O trajeto existencial do sofrimento humano.
Ms. Marta Carmo (GO)
(CRP: 09/0993)
Ms. Celana Cardoso Andrade (GO)
(CRP: 09/1121)
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
(CRP: 06/40011)
Resumo
Ms. Marta Carmo (GO)
Existir implica estar inserido no mundo e assim estar sujeito às contingências mundanas, que por ora se
configuram. Segundo Frankl (2010), desde Auschwitz, foi possível saber do que o homem é capaz e, desde
Hiroshima se sabe o que está em jogo. Esta afirmativa nos alerta para a crise civilizacional que vivemos e
sobre a qual são forjadas as relações homem-mundo. Assim, as pessoas são as construtoras da crise social,
visto que produzem relações coisificantes, ou seja, o homem volta-se para o outro homem com uma
atitude puramente objetivante, perdendo a sua própria dimensão de pessoa e, ao mesmo tempo, perde
a dimensão da pessoa do outro. Pretende-se refletir como o homem coisificado, que vive em família, na
sociedade e com o outro sofre e promove o sofrimento e, além disso, como o homem pode superar a
tendência própria do contexto vivente. Enfocar-se-ão as possibilidades do ser relativa às mudanças
promotoras e impeditivas do seu crescimento saudável e humanizante, uma vez que, tanto umas quanto
outras podem promover certo grau de sofrimento. Ressalte-se que quando o sofrimento de uma pessoa
penetra o seu mundo de significados altera sua configuração vital. Conclui-se que o sentido que a pessoa
confere à sua vida é fundamental para o seu viver e, se esse sentido empobrece, a vida perde a graça. Por
outro lado, o enfrentamento e a busca da compreensão do sofrimento podem abrir possibilidades de
novos "sonhos", tanto para o próprio ser humano quanto para o mundo.
Palavras-chave
Relação humana, sofrimento, existência, coisificação e humanização.
Mini-currículo
Marta Carmo (GO): Psicóloga, Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa
em Gestalt-terapia de Goiânia (ITGT), Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade
Católica de Goiás (UCG), Professora da PUC-GO, Professora do Instituto de Treinamento e Pesquisa em
Gestalt-terapia de Goiânia (ITGT) e psicoterapeuta na Alter Consultórios de Psicologia.
Resumo
Ms. Celana Cardoso Andrade (GO)
O sofrimento, presente ou potencial, é o que motiva as pessoas a buscarem psicoterapia. O sofrimento
advém, muitas vezes, do distanciamento da pessoa dela mesma e da perda da capacidade de caminhar,
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de modo autêntico, por meio de sua própria trajetória. Compreender, acompanhar e lidar com o
sofrimento de uma pessoa é o papel do psicólogo clínico. O objetivo dessa fala é fazer um recorte teórico
a partir dos conceitos gestálticos de autossuporte e heterossuporte, sua relação com outros conceitos
intimamente ligados a eles e suas implicações no processo psicoterapêutico. O autossuporte e o
heterossuporte se intercomunicam por toda a vida, no entanto, o desenvolvimento do autossuporte está
relacionado ao potencial da pessoa, à independência pessoal e ao processo de amadurecimento,
equiparando ao funcionamento neurótico à falta do autossuporte. Para lidar com o sofrimento e com a
conquista de viver a partir de suas verdadeiras dificuldades, de suas potencialidades e de seus projetos é
necessário a passagem, nunca definitiva, do heterossuporte (apoio ambiental) para o autossuporte
(autoapoio). Sobretudo na dor, o psicoterapeuta deve fornecer, ao cliente, o suporte necessário. No
entanto, o psicoterapeuta, mais do que dar suporte ao cliente, deve facilitar a recuperação de partes
perdidas ao longo da vida e acompanhar na descoberta de lugares ainda não alcançados. Ao mobilizar
seus próprios recursos, a ter a coragem de buscar no outro, caso necessário, a pessoa passa a lidar com
seu sofrimento de uma maneira mais autônoma, pois o medo de sair do lugar cede espaço ao desejo de
liberdade e conquista. É preciso tomar o cuidado para não entender autonomia, singularização com
autossuficiência, pelo contrário, precisamos viver em contato íntimo com o outro e com a sociedade sem
sermos tragados por eles. Por fim, quando o cliente alcança um nível de autossuporte que o faz continuar
enfrentando a vida e suas dores, ele demonstra ter recuperado poderes perdidos ou inibidos ao longo do
caminho, ter encontrado soluções diferentes das costumeiras, o que o deixa mais livre para ser ele mesmo
em um mundo em que não é fácil se impor.
Palavras-chave
Autossuporte, heterossuporte, Gestalt-terapia.
Mini-currículo
Celana Cardoso Andrade (GO): Graduação em Bacharel, Licenciatura e Psicóloga pela Universidade
Católica de Goiás (1989), graduação em Licenciatura em Educação Física pela Escola Superior de Educação
Física de Goiás (1989), especialização em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa Em
Gestalt Terapia de Goiânia - ITGT, mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Goiás
(2007). Doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília - UnB. Professora
assistente e supervisora de estágio no Curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG);
professora titular, supervisora, orientadora e pesquisadora da área clínica no ITGT e psicoterapeuta na
Alter - Consultórios de Psicologia Atendimentos individuais, casais, famílias e grupos psicoterapêuticos e
de supervisão. Editora associada da Revista da Abordagem Gestálica, organizadora dos Encontros Goianos
da Abordagem Gestáltica. Tem experiência na área Clínica e na Educação, com ênfase em Métodos e
Técnicas de Ensino Psicoterápicos, atuando principalmente nos seguintes temas: gestalt-terapia, processo
psicoterapêutico (individual, casal, família e grupo), fenomenologia, método fenomenológico,
existencialismo e existencialismo dialógicos. Pesquisadora integrante do Diretório dos Grupos de Pesquisa
no Brasil, projeto desenvolvido no CNPq na linha de pesquisa Fenomenologia e Subjetividade.
Resumo
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
O período pré-verbal do sofrimento humano: da ação ao verbo. Esta exposição leva em conta que a ação
e movimento humanos antecedem a aquisição da linguagem verbal no início da vida, mas no trajeto dela
o verbo é uma expressão possível e primordial. Discutirei a importância dos fenômenos não-verbais, como
os gestos, as posturas e os comportamentos, que devem ser levados em conta nos atendimentos clínicos
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para podermos nos aproximar da complexidade de nosso acompanhado. O verbo se revela em seus
primórdios, antes e após o nascimento, desde o primeiro respirar e sopro da vida expresso pelo bebê até
a sua manifestação em intensidade no choro. Na clínica com crianças, adolescentes e adultos lidamos com
acontecimentos e momentos onde a verbalização não se faz presente, cabe ao clínico acolher e sustentar,
desde momentos de silêncio e espera até as trocas de olhares. A verbalização é importante desde que
carregue em si a palavra encarnada e viva no momento em que é necessária. Nesse percurso das relações
humanas as psicoterapias não acabam com o sofrimento humano, mas acompanham e auxiliam as
possíveis modalizações afetivas e inauguram novas experiências relacionais, nas quais a manifestação
verbal é uma das possibilidades expressivas humanas, fundamental para a compreensão de si e para uma
adequada relação com o outro.
Palavras-chave
ação, verbo e modalização afetiva.
Mini-currículo
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP): Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psicologia Clínica
do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em
Psicologia Clínica, Coordenador da Clínica Psicológica Durval Marcondes, USP. Especialista em Psicologia
da Saúde, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Saúde Mental pelo Departamento de Psiquiatria da
Universidade Federal de São Paulo.
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MINI CURSOS
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MC-01: Acolhimento psicossocial e intervenção em crise.
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
Resumo
O Acolhimento Psicossocial está pautado prática e teoricamente no Plantão Psicológico e Intervenção em
Crise, podendo ser pensado como uma modalidade do Serviço de Aconselhamento Psicológico, destinado
a todas as pessoas que procuram ou necessitam de ajuda (cuidado) psicológica imediata. Em síntese, tem
como funções básicas, conforme Rosenberg (1987), a saber: terapêutica - enquanto propiciador de
"insights"; preventiva – na medida em que possa evitar a cronicidade de uma dificuldade circunstancial e
preparatória – enquanto sensibilização no caso de tratamentos posteriores. Ainda, possui como
ferramenta principal a entrevista interventiva psicológica que a partir da compreensão fenomenológica
vai além da obtenção de informações ou dados, ou seja, promove um espaço propicio à elaboração da
experiência do cliente (usuários) a respeito de seu sofrimento psíquico atual. Essa compreensão está
pautada nas vivências do cliente e suas dificuldades imediatas. Além disso, foca a atenção aos significados
existenciais (situações de crise) e ao sentido de vida que está presente e manifesto; sentido esse que
muitas vezes, produz conflitos, angustias e dificuldades interpessoais. Este momento de crise pode ser
caracterizado como um momento de desequilíbrio emocional, no qual a pessoa se vê incapaz de agir com
os recursos de afrontamento que habitualmente possui. Por isso, nesses casos recomenda-se que os
serviços ofereçam inicialmente essa modalidade de atendimento imediato, porque uma intervenção em
crise, direcionada a situações emergenciais, constitui-se em um procedimento que interfere no
funcionamento psicológico do indivíduo durante o período de desequilíbrio.
Palavras chave
Psicologia; Acolhimento Psicológico; Fenomenologia.
Mini-currículo
Tommy Akira Goto (MG): Professor Adjunto II da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em
Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo),
Co-Presidente da Associação Brasileira de Psicologia Fenomenológica, Membro-colaborador do Circulo
Latinoamericano de Fenomenologia (CLAFEN), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de
Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições
da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e Autor de
livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião (Editora Paulus). Email: [email protected]
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MC-02: Adoção e suas perdas.
Psi. Mariana Rodrigues das Neves Celani (Portugal)
Resumo
A adoção como realidade social com história, atravessando gerações. A abordagem ao tema da adoção é
múltipla (individual, familiar e social). Ao longo da história têm ocorrido várias alterações na adoção
enquanto conceito, o que se tem reflectido na regulação jurídica. Tais alterações têm favorecido a
aceitação e integração da adoção como uma realidade visível e não como um segredo.
Ao reflectir sobre adoção, podemos considerar três linhas orientadoras, a saber, a abordagem sistémica
(na compreensão da família como um sistema), o modelo ecológico-social de Bronfenbrenner (1996) (que
integra a compreensão do desenvolvimento humano, suas interações e interdependências) e, o modelo
Duplo ABCX de Stress Familiar (McCubbin & Patterson, 1983) (o qual permite identificar factores que
facilitam e/ou dificultam as transições ao longo do ciclo vital da família).
A adoção está fortemente associada à experiência da perda, coexistindo três núcleos (de perda): a
criança/filho, os pais biológicos e os pais adotivos. Destas perdas decorre sofrimento psíquico, podendo
identificar-se perdas específicas em cada um destes núcleos.
Face a tais perdas e consequente dor para as partes envolvidas, importa a regeneração e recuperação do
bem-estar psíquico de todas, ainda que, o superior interesse da criança seja o enfoque da intervenção
quando se pensa e trabalha adoção. Assim, na perspectiva da criança torna-se fulcral encontrar uma
resposta familiar que satisfaça as suas necessidades, pela que as famílias que se propõem à adoção (de
uma criança) são avaliadas ao nível da sua estrutura e funcionamento. Esta avaliação é suportada por
parâmetros pré-definidos, que permitem identificar os factores protectores existentes no sistema. São
aferidas as potencialidades familiares considerando os subsistemas existentes, perspectivando-se a
transição para a parentalidade adotiva, a qual acarreta especificidades não comuns à parentalidade
biológica.
Considerando toda a envolvência elencada no que respeita à adoção é feita uma proposta de modelo
conceptual, o qual abarca todas as partes implicadas no processo e estabelece entre as mesmas relações
de interdependência.
Para finalizar e enriquecer a abordagem ao tema é feita uma reflexão que lança um “olhar gestaltico”
sobre adoção, centrado na perspectiva do adotado.
Palavras-chave: adoção; perdas; modelo conceptual, gestalt
Mini-currículo
Mariana Rodrigues das Neves Celani (Portugal): Formação académica como Psicóloga pela Faculdade de
Psicologia da Universidade de Lisboa.
Formação académica específica como Terapeuta Familiar e Interventor Sistémico pela Sociedade
Portuguesa de Terapia Familiar e como Orientador e Mediador Familiar pela Universidade Católica
Portuguesa, sendo o domínio de especialização a Psicologia Clínica e a Terapia Familiar.
Formação académica complementar nas seguintes áreas: Avaliação do Desenvolvimento Infantil;
Avaliação Psicológica da Criança; Formação Profissional de Formação Aprofundada para a Parentalidade
Adotiva; Intervenção em Crise e Apoio Psicológico.
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Atividades principais anteriores e situação atual em termos científicos e profissionais: exercício de funções
como Psicóloga e Formadora na área da Adoção e como Psicóloga Clínica, em contexto privado (crianças,
adolescentes, adultos). Experiência anterior na área da Proteção de Menores, com funções de assessoria
ao tribunal de família. Colaboração em projectos de investigação sobre família. Contributos ao nível da
publicação científica e da participação em eventos com apresentação de comunicações de caráter
formativo.
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MC-03: Compreendendo os transtornos de personalidade na perspectiva da Gestlatterapia.
Ms. Marta Carmo (GO)
(CRP: 09/0993)
Psi. Alinny Rodrigues Nogueira Silva
(CRP: 09/3174)
Resumo
A compreensão dos transtornos mentais na perspectiva da Gestalt-terapia perpassa pela questão do
processo diagnóstico. Para tanto, retoma-se o significado do diagnóstico nessa perspectiva, com alicerce
na origem grega da palavra diagnóstico - diagnõstikós que significa discernimento, faculdade de conhecer,
de ver através de. O diagnóstico deve significar a realidade que faz uso de conceitos, noções e teorias
científicas, permeando o trabalho psicoterápico. No decorrer do mini curso serão apresentados aspectos
importantes para o entendimento e diferenciação dos transtornos, ou seja, pretende-se enfocar as
especificidades de alguns transtornos no intuito de facilitar a compreensão diagnóstica de cada um deles
e as possíveis comorbidades. Por fim, enfocar-se-á as tarefas terapêuticas para viabilizar o processo
terapêutico.
Palavras-chave
transtorno de personalidade, diagnóstico, tarefas terapêuticas e gestalt-terapia.
Mini-currículo
Marta Carmo (GO): Psicóloga, Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa
em Gestalt-terapia de Goiânia (ITGT), Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade
Católica de Goiás (UCG), Professora da PUC-GO, Professora do Instituto de Treinamento e Pesquisa em
Gestalt-terapia de Goiânia (ITGT) e psicoterapeuta na Alter Consultórios de Psicologia.
Alinny Rodrigues Nogueira Silva (GO): Psicóloga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
(PUC-GO), Especialista em Psicologia da Saúde e Hospitalar pela Associação de Combate ao Câncer de
Goiás (ACCG) e Gestalt-terapeuta na Clínica Êxito
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MC-04: Existir-no-mundo para o que?
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)
Resumo
Esta é uma profunda questão com a qual nos deparamos sem encontrar uma resposta que preencha
completamente nossas indagações. Filósofos e cientistas têm procurado responde-la racionalmente com
argumentos que têm tentado, mas não tem conseguido responde-la completamente. Alguns recorrem à
religião afirmando a existência de Deus baseada em textos antigos de apóstolos ou profetas, que
apresentam uma série de normas a serem seguidas para que, após a morte consigam alcançar a vida
eterna no Paraiso. Entre os cientistas destacam-se os estudiosos e pesquisadores da Física Moderna, que
acreditam na eternidade da matéria, considerando que ela sempre existiu e continuará a existir,
transformando-se continuamente. Tanto os materialista como os espiritualistas baseiam-se em cresças.
Acredito que cada um e todos nós, além de desenvolver nossos próprios recursos, possibilidades e
crenças, tendo suas próprias peculiaridades, fundamentalmente somos todos semelhantes, pois todos
nós lutamos para concretizar nossas capacidades e possibilidades, na convivência com nossos
semelhantes. E é na solidariedade entre nós, como seres semelhantes que conseguimos amenizar nossas
frustações, angustias, sofrimentos e intensificar nossas realizações e nosso bem estar. Assim parece-me
ser, no decorrer de nossa existência. Depois após a nossa morte cada um de nos tem a liberdade de
acreditar e imaginar o que acontecera. Acredito que, viveremos todos juntos felizes, solidários, e com
muito amor.
Palavras-chave
Espiritualidade, materialidade, cresças, religião
Mini-currículo
Yolanda Cintrão Forghieri (SP): Doutora em Ciências-Psicologia, Livre Docente e Professora Titular pelo
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica. Psicóloga,
Pedagoga, Especialista em Psicologia Clínica pela memorável Faculdade de Filosofia Ciências e Letras
Sedes Sapientiae de São Paulo. Aconselhadora Terapêutica e Acadêmica. Titular da Academia Paulista de
Psicologia, ocupando a Cadeira n° 01 cujo Patrono é o médico: Francisco Franco da Rocha. Acadêmica
Titular da Academia de Ciências da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo,
ocupando a Cadeira n° 20 cujo Patrono é o Físico: Mario Schenberg. Homenageada pela Academie
Internationale Le Merite et Devouement Français Medaille d´Argent, decerné pour Servirces
exceptionnels rendu á la Colletivité Humaine. Autora dos livros: Forghieri, Y. C. (2012) Psicologia
Fenomenológica: fundamento, método e pesquisas. São Paulo: Cengage Learning; Forghieri, Y. C. (2003)
Aconselhamento Terapêutico: origem, desenvolvimento e prática. São Paulo: Thomson Learning e
Forghieri, Y. C. (org.) (1984) Fenomenologia e Psicologia. São Paulo: Cortez.
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MC-05: Sofrimento e vida na fenomenologia do encontro.
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
(CRP: 06/40011)
Resumo
A partir da fenomenologia da vida do filósofo francês Michel Henry (1922-2002) discutir-se-á o artigo
Souffrance et vie, texto escrito por ele na ocasião da quinta conferência internacional “Filosofia e
Psiquiatria”, na Faculdade de medicina de Paris, em junho de 2001. Apresentarei a união entre
fenomenologia da vida e a medicina. Na França e em Portugal. A uni-las está a necessidade de atendermos
aos fenômenos que tecem uma humanologia, pois é neles que se fundam os processos terapêuticos de
que a medicina, mesmo na vertente psiquiátrica, é apenas uma modalidade. O nosso enredo na vida
revela-nos a nós mesmos ao mesmo tempo que nos revela o outro do nosso afeto. Assim a
fenomenalidade do sentimento é reveladora do nosso agir e enquanto tal é portadora de uma valoração
ética. É pelo agir, pelo nosso enredo na e com a vida, que com ela nos destinamos: em propriedade de
nós coproprietários da vida: na autenticidade de nós a autenticidade de outrem. Mostra também as
relações entre Fenomenologia da Vida e a clínica.
Palavras chave
Histórico da fenomenologia da vida, psicología clínica, afeto, interdisciplinaridade.
Mini-currículo
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP): Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psicologia Clínica
do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em
Psicologia Clínica, Coordenador da Clínica Psicológica Durval Marcondes, USP. Especialista em Psicologia
da Saúde, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Saúde Mental pelo Departamento de Psiquiatria da
Universidade Federal de São Paulo.
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MC-06: Roda de conversa sobre: Teoria paradoxal da mudança e a maturidade do
Psicoterapeuta.
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
(CRP: 06/550)
Resumo
A proposta desta roda é conversar, compartilhar e trocar experiências sobre as mudanças que a
maturidade promove no desempenho clinico de um psicoterapeuta e de como a sofisticação clínica pode
estar na simplicidade clínica.
Palavras chave
maturidade clinica; velhice do psicoterapeuta.
Mini-currículo
Lilian Meyer Frazão (SP): Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São
Paulo onde também é professora. Participante do grupo que introduziu a Gestalt-Terapia no Brasil há 40
anos. Coordenadora do Setor de Projetos do Departamento de Gestalt-Terapia do Instituto Sedes
Sapientiae. Colaboradora em treinamentos de Gestalt-Terapeutas em território nacional e internacional.
Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais no Brasil e no exterior. Sócio fundador e exmembro da diretoria da International Gestalt Therapy Association (IGTA), fundadora da Associação
Brasileira de Psicoterapia (ABRAP), do Espaço Therese Tellegen e do Centro de Estudos de Gestalt de São
Paulo. Organizadora e uma das autoras do livro “Gestalt e Gênero” e co-autora do livro “25 anos depois:
Gestalt Terapia, Psicodrama e Terapias Neoreichianas". Organizadora da coleção “Gestalt-terapia:
fundamentos e práticas”, Summus Editorial, da qual já foram lançados 2 volumes: “Gestalt-terapia:
fundamentos epistemológicos e influências filosóficas” e “Gestalt-terapia: conceitos fundamentais”
Autora de artigos em revistas brasileiras e consultora editorial para a tradução e publicação de livros de
Gestalt-terapia.
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MC-07: Acompanhamento Terapêutico na perspectiva da Fenomenologia e da Gestalt.
Drª Marciana Gonçalves Farinha (MG)
Resumo
Este mini-curso objetiva trazer os subsídios para a pratica do acompanhamento terapêutico além de
refletir esta ferramenta a partir da Fenomenologia e da Gestalt. O Acompanhamento Terapêutico surgiu
como alternativa de tratamento a partir do movimento anti-manicomial: des-hospitalização, desinstitucionalização e reinserção social. É considerada como prática do improviso, no qual as ferramentas
consideradas são as situações do dia-a-dia na cidade; nas ruas; as relações entre as pessoas; a arquitetura
e os objetos. Na medida em que os pontos da cidade são mapeados, vão se descobrindo novos espaços
que a comunidade oferece, ampliando assim os movimentos do indivíduo. O Acompanhamento
Terapêutico é uma prática terapêutica que visa redimensionar o lugar do cliente através de
acompanhamentos cotidianos no ambiente desse indivíduo articulando, promovendo e facilitando a
utilização de seus papéis sociais, inclusive criando novos papéis, visando ampliar seu espaço, limites e
perspectivas. O acompanhamento terapêutico é um recurso de atendimento clínico para pessoas com
psicose, neurose grave, depressão ou qualquer quadro que apresente isolamento, empobrecimento da
vida afetiva e social, risco de autoagressão, dependência alcoólica ou de substâncias psicoativas e, ainda,
pessoas portadoras de necessidades especiais, idosos ou qualquer pessoa com dificuldades de se articular
com o ambiente familiar e social. Busca-se, nesse atendimento, a integração com a família e com outros
grupos, facilitando ou possibilitando a convivência e circulação, favorecendo a relação desse indivíduo
com o outro, propiciando, assim, novas oportunidades de articulação com o social, que, muitas vezes,
ocorre nas ruas e praças, ou seja, nos vários espaços que a cidade oferece. O acompanhante terapêutico,
nesse processo, tem como principal objetivo ampliar os movimentos de circulação desse cliente, seja na
família, no trabalho ou na comunidade. Como vai realizar e que recursos vai utilizar dependerá da
realidade e necessidade do cliente. O objetivo básico é auxiliá-lo a compreender seus sentimentos e
percepções sobre as relações que estabelece no mundo, seja com as pessoas ou com as situações do seu
cotidiano. São funções do acompanhante terapêutico a de auxiliar a pessoa em sofrimento a pensar,
decidir sobre algo, em outras palavras, uma ajuda na percepção da realidade interna e externa por parte
do paciente, visando uma melhor adequação à realidade, de modelo de identificação, de aliviar as
ansiedades, de agente socializador, de catalizador das relações familiares e, também, de interlocutor dos
desejos do paciente.
Palavras chaves
Acompanhamento terapêutico, saúde mental, reabilitação, portador de sofrimento psíquico.
Mini- currículo
Marciana Gonçalves Farinha (MG): Psicóloga com Mestrado e Doutorado pela USP Ribeirão Preto,
Professora Dra. do Instituto de Psicologia da UFU.
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MC-08: A questão da "causalidade psíquica" na análise fenomenologica de Edith Stein.
Ms. Mak Alisson Borges de Moraes (MG)
(CRP: 04/39721)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo promover uma reflexão a respeito da vivência da causalidade
psíquica na Fenomenologia de Edith Stein (1891 -1942). Primeiramente será realizada uma breve
exposição sobre a concepção de Fenomenologia para a filósofa e fenomenóloga Edith Stein. Para isso
serão utilizados os seguintes textos da autora, onde ela apresenta ao público a sua visão de
Fenomenologia: “O que é a Fenomenologia?” (Was ist Phanomenologie?, 1924); “A significação da
Fenomenologia para a visão de mundo” (Die Weltanschauliche Bedeutung Der Phänemenologie,1932); “A
Fenomenologia” (Der Phänomenologie, 1932). Segundo Edith Stein, a Fenomenologia caracteriza-se por
promover um resgate da ideia de verdade absoluta e conhecimento objetivo, rompendo com as filosofias
relativistas da época como o naturalismo, o psicologismo e o historicismo. A Fenomenologia, Ao contrario
dessas filosofias, retoma a ideia de que a verdade é imutável e que o espírito encontra a verdade ao invés
de produzi-la. Para a autora, outra característica da Fenomenologia é o seu caráter intuitivo. Segundo a
Fenomenologia, a filosofia não é uma ciência dedutiva nem tão pouco indutiva. Ela tem como instrumento
o conhecimento intuitivo das verdades filosóficas. A intuição é o meio específico para o conhecimento
das verdades ideais. Stein também comenta sobre o giro idealista de Husserl, que foi fortemente criticado
pelos próprios discípulos do filósofo. Apesar das inúmeras críticas ao idealismo transcendental de Husserl,
Edith Stein tem uma visão diferente sobre esse giro idealista de seu mestre. Para ela, o idealismo não é
fruto de uma investigação fenomenológica, mas sim uma convicção metafísica pessoal de Husserl. Ela
demonstra isso citando alguns fenomenólogos que seguiram uma linha realista como Adolf Reinach e
Edwig Konrad-Martius. A Fenomenologia concebe a vivência como atos psíquicos que pertencem a
estrutura de todo ser humano, como a percepção, a imaginação, a reflexão, a lembrança etc. Nesse
sentido, as vivências são atos universais acompanhados de consciência, englobando as três dimensões
humanas: corpo, psique e espírito. No seu texto "Causalidade Psíquica" de 1922, Stein analisa a vida
psíquica fazendo uma reflexão a respeito da causalidade psíquica, ou seja, o vínculo causal das vivências
psíquicas. Stein afirma que não existe uma definição clara a respeito dos conceitos de causalidade e
psíquico. O conceito de causalidade ainda não tinha se recuperado da crítica feita por Hume enquanto
que o psíquico é muitas vezes confundido com a consciência. Segundo a autora, a consciência é o âmbito
da vivência pura e consciente enquanto que o psíquico é o âmbito da realidade transcendente que se
manifesta através das vivências. Stein chega a conclusão de que a responsável pela vinculação que
conecta os atos uns com os outros é a motivação. Nesse sentido, a motivação é entendida como uma
ligação associativa das vivências. Além disso, ela ainda afirma que a causalidade psíquica não é
determinista, ou seja, uma causa não gera necessariamente o mesmo efeito.
Palavras Chaves
Fenomenologia, Causalidade Psíquica, Edith Stein
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Mini-currículo
Mak Alisson Borges de Moraes (MG): Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia,
mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia
da Universidade Federal de
Uberlândia, estudante-pesquisador da linha de pesquisa Contribuições da Fenomenologia à Psicologia:
investigação fenomenológica dos fenômenos psíquicos Grupo de Pesquisa do Cnpq/Capes.
Tommy Akira Goto (MG): Professor Adjunto II da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em
Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo),
Co-Presidente da Associação Brasileira de Psicologia Fenomenológica, Membro-colaborador do Circulo
Latinoamericano de Fenomenologia (CLAFEN), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de
Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições
da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e Autor de
livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião (Editora Paulus). Email: [email protected]
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MC-09: Sofrimento psíquico no amor patológico: se eu sofrer por você, você me amará?
Ms. Luiza Carolina Terra Colman (GO)
(CRP: 09/6197)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
Esp. Arminda Brito de Sousa (GO)
(CRP: 09/5865)
Resumo
O homem, por se constituir enquanto ser relacional, ao longo de sua vida acaba por se deparar com a
vivência amorosa. Como seres humanos, necessitamos uns dos outros para viver, e buscamos dar sentido
a nossa existência construindo o olhar de nós mesmos e do mundo a partir da forma como estruturamos
e significamos as nossas relações (Buber,2001; Hycner,1995; Heidegger,1988 Cardela, 2009). As
experiências relacionais, muitas vezes conflituosas e difíceis, nos levam a refletir que para compreender
o amor é necessária a compreensão do sofrimento, uma vez que ambos compõem a condição humana e
podem ser intimamente relacionados (Cardela, 2009). O adoecimento nas relações amorosas é uma cena
comumente vista na contemporaneidade, especialmente no contexto psicoterapêutico, podendo
configurar cerca de metade das demandas por atendimento psicológico, segundo as estimativas de Riso
(2008). Deste modo, as reflexões relativas ao amor deixam o contexto moral, psicológico, religioso ou
ético, para se tornar uma questão de saúde pública, merecendo atenção dos profissionais de saúde
(Montoro, 2010). O amor patológico ou dependência afetiva, considerado para este trabalho, vêm sendo
estudado cientificamente nos últimos anos e releva prejuízo significativo na vida dos indivíduos que o
vivenciam, podendo provocar sofrimento intenso, e eliciar sintomas de ansiedade e depressão altamente
incapacitantes (Sophia et al, 2007; Riso, 2008; Pimentel, 2011). Neste panorama, a Gestalt-Terapia, como
abordagem humanista-existencial-fenomenológica, se evidencia como uma ferramenta de intervenção
clínica que contribui efetivamente para reduzir o sofrimento advindo de conflitos nas relações intra e
interpessoais, permitindo novas formas mais saudáveis de contato amoroso, possibilitando mudanças e
rupturas com rituais cotidianos cristalizados, e re-significando a vivência amorosa (Pimentel, 2011;
Ribeiro,1995; Polster & Polster, 2001 Juliano, 2010 Frazão, 1999). Esse trabalho se propõe, portanto, a
compreender o sofrimento psíquico decorrente do adoecimento nas relações amorosas, a partir da
perspectiva da abordagem Gestáltica, apontando intervenções possíveis para lidar com este contexto
existencial.
Palavras-chaves
Amor Patológico, sofrimento, Gestal-Terapia.
Mini-currículo
Luiza Carolina Terra Colman (GO): Psicologa, especilista em Gestalt-Terapia e Mestre em Psicologia da
Saúde.
Danilo Suassuna Martins Costa (GO): Doutorando e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro Histórias
da Gestalt-Terapia - Um Estudo Historiográfico. Professor no Curso Lato-Sensu de Especialização em
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Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do
ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista
Psicologia em Revista PUC-Minas (2011).
Arminda Brito de Souza (GO): Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2007).
Acadêmica do curso de especialização em Gestalt-terapia . Membro, pesquisadora e coordenadora dos
grupos de estudos do Núcleo de estudos e pesquisa em Gerontologia NEPEG. Tem experiência na área de
Psicologia Clínica com ênfase nos seguintes temas: Gestalt-terapia, Fenomenologia e Gerontologia. Com
atuação na ESSERE Consultório de Psicologia e como conveniada do ITGT, tem experiência em
atendimento clínico de adolescentes, adultos e idosos.
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MC-10: Ciclo do Contato e Fenomenologia da Saúde.
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
(CRP: 01/496)
Resumo
Este mini-curso apresentará a Teoria do Ciclo do Contato como uma proposta e como um método de
trabalho que visam mostrar como o contato é o instrumento natural da promoção da saúde. Os diversos
passos/momentos do ciclo serão descritos na sua relação com o processo de manutenção da saúde. O
ciclo expõe os três momentos que constituem os instrumentos básicos do próprio existir humano: sentir,
pensar e fazer. A fenomenologia da saúde supõe e exige a experiência e a vivência destas três dimensões.
Palavras-chave
Ciclo do contato, fenomenologia, saúde.
Mini-currículo:
Jorge Ponciano Ribeiro (DF): Graduado em Filosofia, em Teologia, é psicólogo clínico, Mestre e Doutor
em Psicologia pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma/Itália, Professor Titular Emérito da
Universidade de Brasília/DF e da Unimontes/MG. Dois Pós-doutorados na Inglaterra. Formação didática
em Psicoterapia Analítica de Grupo e em Gestalt-Terapia. Autor de onze livros e de capítulos de livros,
publicados no Brasil e no exterior. Participou de vários congressos como conferencista no Brasil e no
exterior. Charter Member do The International Gestalt Therapy Association. Fundador e Presidente do
Instituto de Gestalt-Terapia de Brasília/DF
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MC-11: A Psicossomática na visão gestáltica.
Drª. Maria Alice Q. de Brito (BA)
(CRP: 03/0824)
Resumo
Considerando o homem como um ser bio-psíquico-social, para a Gestalt-terapia toda doença é
psicossomática ou, melhor dizendo, sóciopsicossomática. Como afirma Perestello (1996), o fenômeno do
adoecer é ôntico, expressando o modo de ser da pessoa. A enfermidade surge quando o equilíbrio
homeostásico entre indivíduo e ambiente se altera; é o ajustamento criativo possível naquele momento
existencial, tendo "a função de proteger o indivíduo ao interromper o fluxo do contato, gerando uma
forma complexa de estar no mundo, a partir da polaridade saúde e doença" (Delmondes, 2006, p.21).
Sendo o modo peculiar da pessoa se expressar no mundo, para a Gestalt-terapia a doença é uma
linguagem a ser compreendida e estudada levando-se sempre em conta quem configurou o processo.
Pode ser uma forma de lidar com circunstâncias significadas como adversas, de evitar situações ou
expressar insatisfações temporárias, de expressar sentimentos retrofletidos, ou seja, um episódio
necessário para gerar novas configurações A abordagem psicossomática é um convite para que o
profissional busque escutar o não dito, olhar e sentir o não revelado. Na época atual, onde a tensão das
demandas da pós-modernidade vem cada vez mais desestabilizando o indivíduo, onde o índice de
síndromes e sintomas clínicos vem crescendo assustadoramente, faz-se mister que o psicólogo conheça
a dinâmica psicossomática para que possa melhor compreender os processos da sua clientela. Ao
observar qual é o "órgão de choque" daquele indivíduo ou família, e ao criar condições para que o mesmo
se expresse, o terapeuta pode ajudar seu cliente a encontrar outras linguagens de expressão para as suas
situações inacabadas, podendo assim acolher, lidar e transformar sua condição clínica
Palavras chave
Psicossomática, gestalt-terapia, órgão de choque, ajustamento criativo.
Mini-currículo
Maria Alice Q. de Brito (BA): Mestre em Psicologia Social. Psicóloga especialista em Psicologia Clínica (CRP03); Professora, supervisora e coordenadora do programa de extensao "Intervenções de Curta Duração
nas áreas Clinica, Hospitalar e Atenção Primária em Saúde" do Instituto de Psicologia da Universidade
Federal da Bahia. Fundadora e Diretora do Instituto de Gestalt-terapia da Bahia. Membro do corpo
docente de cursos de pós-graduação lato sensu e de formação em Gestalt-terapia em varios Institutos do
Brasil e Espanha. Membro do Colegio Internacional de Terapeutas. Membro do corpo docente da
Universidade Internacional da Paz- UNIPAZ. Membro do Conselho Consultivo e do corpo docente do
Instituto Cultural para o Desenvolvimento de uma Educação Permanente. Co-autora dos livros Catálogo
de Abordagens Terapêuticas e Dicionário de Gestalt-terapia.
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MC-12: Fenomenologia da finitude humana.
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
(Dr. em Filosofia)
Resumo
Numa definição simples e direta, fenomenologia é o próprio fenômeno recolhendo-se na finitude do seu
mostrar-se e retrair-se. Pertence à finitude do fenômeno, que ele se dê, instalando-se num limite,
recolhendo em si o ser, mas, ao mesmo tempo, acolhendo em si o nada. De todos os fenômenos, um dos
mais estranhos é o homem. Como é que neste estranho fenômeno, que somos nós mesmos, se dão ser e
nada, desvelamento e velamento? Como meditar a respeito da mortalidade do homem nesta perspectiva
de ser e de nada, de presença e de ausência, de desvelamento e velamento? O minicurso será um exercício
de reflexão filosófica. Dois caminhos de pensamento serão considerados: o ontológico-existencial ou
ontológico-histórico de Martin Heidegger e o antropológico de Eugen Fink.
Palavras-chave
Finitude, existência, morte.
Mini-currículo:
Marcos Aurélio Fernandes (DF): Mestrado e doutorou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade
Antonianum (2000 e 2003 respectivamente), de Roma. Atualmente é Professor Adjunto de Filosofia
Medieval do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília. É membro do Conselho Editorial da
Revista de Abordagem Gestáltica. É autor do livro “À Clareira do Ser: Da Fenomenologia da
Intencionalidade à Abertura da Existência” (Daimon Editora, Teresópolis-RJ, 2011), e dos capítulos “Do
cuidado da fenomenologia à fenomenologia do cuidado”, no livro, organizado por Adão José Peixoto e
Adriano Furtado Holanda, “Fenomenologia do cuidado e do cuidar: perspectivas multidisciplinares”
(Curitiba: Juruá, 2011); e “Skholé: o sentido fundante da escola”, no livro organizado por Ildeu Moreira
Coêlho, “Escritos sobre o sentido da escola” (Campinas-SP: Mercado das Letras, 2012). Colabora como
articulista em diversas revistas de filosofia, filosofia medieval, educação, psicologia e teologia.
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MC-13: O tempo vivido e o sofrimento humano.
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
(CRP: 09/39)
Resumo
A Gestalt-terapia exige uma disciplina rígida, como no Zen, para compreender o significado do agora e do
como, deixando de lado tudo o que não esteja contido nessas palavras. Enfatiza que, o agora inclui tudo
que existe, o passado já foi e o futuro ainda não é. Essa disciplina rígida, se deve ao fato desse conceito
de “agora” ser um dos menos compreendidos na Gestalt-terapia. Nesse sentido, o mini-curso refletirá o
agora, como sendo o presente, o ponto zero, momento percebido, carregado pelas memórias e pelas
antecipações. Entretanto, será ressaltado também que, é preciso considerar que o presente é uma
movimentação entre o passado e o futuro e que, não lembrar e nem antecipar, são distúrbios da
awareness do tempo, tanto quanto, o se comportar como se lá estivessem. Pretende-se finalmente,
discutir a atitude fenomenológica, como uma forma de retornar a experiência presente, considerada um
antídoto à pessoa em sofrimento, com funcionamento neurótico, que com seu modo de viver anacrônico,
tem dificuldade em vivenciar o presente, se auto interrompendo com situações inacabadas do passado,
apesar de que, seus problemas existirem no aqui e agora.
Palavras-chave
Gestalt-terapia, temporalidade, sofrimento.
Mini-currículo
Virginia E. Suassuna M. Costa (GO): Doutora em Ciências da Saúde pela UnB/UFG, Mestre em Educação,
Professora-adjunta do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás ( PUC). Fundadora,
professora e supervisora do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia. Membro
do conselho consultivo da Phenomenological Studies – Revista da Abordagem Gestáltica. Especialista em
Gestalt-terapia com cursos avançados em Gestalt-terapia pelo Gestalt Therapy Institute of Los Angeles,
em San Diego e no Canadá. Gestalt-terapeuta de crianças, adolescentes, adulto, casal e grupo. Autora de
artigos, capítulo de livro e do verbete no Dicionário de Gestalt-terapia ( Summus, 2007). Pesquisadora do
CNPq. Psicoterapeuta e proprietária da Gestalt Clínica de Psicologia.
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MC-14: Sobre o humanismo e a fenomenologia de Husserl.
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
(CRP: 01/3795)
Resumo
O tema do humanismo husserliano envolve um debate sobre ética, cultura, história, e o sentido do
Ocidente e da humanidade. Esta reflexão toma corpo, fundamentalmente, nas décadas de 1920-30, em
meio a tantas “crises” que a Europa e o mundo estavam vivendo. E são temas que ocupam o pensamento
husserliano desde suas primeiras obras, mas em torno dessas reflexões, duas ideias permanecem: a ideia
de Crise e a ideia de Renovação. A proposta deste trabalho é apresentar os desenvolvimentos husserlianos
em um conjunto de artigos publicados entre 1923-24, na revista japonesa Kaizo – que peculiarmente
significa “renovação” – e a conferência de Viena, proferida em 1935, sob o título “A Crise da Humanidade
Europeia e a Filosofia”. O tema, pois, é o da “Crise” desta humanidade que precisa de uma “Renovação”.
Mas crise, aqui, não representa o fracasso da razão mas o retorno a um sentido original dessa cultura
europeia, que teria abandonado seu rumo, perdendo-se no esquecimento e no estreitamento de uma
interpretação. Igualmente, renovação não é inovação ou “reinvenção, mas regresso e repristinação”. E
por fim, e mais importante, humanidade não é apenas uma tentativa de generalização – ou mesmo a
manifestação de uma predominância e de uma prepotência – mas é o sentido de uma universalidade, que
coloca a “Humanidade” como a vida única de indivíduos, como “vida pessoal” em comunidade. Este é o
sentido ético da fenomenologia tardia husserliana, que o torna – aqui, para nossa discussão – um
“humanista”. No que consiste, aqui – para nós – o “humanismo” husserliano? Consiste numa posição
crítica com respeito ao lugar que a razão ocupa, o lugar das ciências que produzem esta razão – e
igualmente a filosofia que a pensa – e o lugar que o mundo passa a ocupar. E porque o estamos
designando como “humanista” diante disto? Simplesmente pelo fato que, pensar a razão – ou a história,
ou a cultura, ou a filosofia – significa pensar o humano. Afinal, não há história nem cultura, nem filosofia,
sem o homem que as pensam e que se remete a elas. Em outras palavras, “pensar”, questionar, o humano
é o que nos “torna” humanos e, nos faz, por conseguinte, “humanistas”.
Palavras chave
Humanismo, fenomenologia, Husserl, crise das ciências.
Mini-currículo
Adriano Furtado Holanda (PR): Psicólogo, Doutor em Psicologia, Professor Adjunto do Departamento de
Psicologia, Orientador de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade
Federal do Paraná, Editor da revista Interação em Psicologia (UFPR) e da Revista da Abordagem Gestáltica
– Phenomenological Studies, e Primeiro-Presidente da Associação Brasileira de Psicologia
Fenomenológica. Cairu Vieira Corrêa, é psicólogo clínico, graduado em Psicologia pela Universidade Tuiuti
do Paraná e Mestrando em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Paraná. Possui especialização
em Psicologia Corporal e Residência em Análise Reichiana pelo Centro Reichiano de Curitiba, e experiência
na prática de Acompanhamento Terapêutico (AT) de pacientes com psicose, esquizofrenia e autismo, e é
Professor da Universidade do Contestado, em Mafra/SC.
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MC-15: A brincadeira no processo psicoterapêutico infantil: “pagar para brincar”?
Esp. Mariana Vieira Pajaro (GO)
(CRP: 09/6732)
Resumo
O atendimento infantil nos defronta constantemente com o questionamento de pais quanto ao uso da
brincadeira no processo de psicoterapia de seus filhos. É comum questionarem: “pagar para brincar”?!
De um ponto de vista leigo, frequentemente não conhecem ou compreendem a relevância
psicoterapêutica desta experiência. Isso nos remete ao sentido do lúdico no contato e na relação com a
criança. Para a Gestalt-terapia, a brincadeira é a linguagem experienciada através da qual ocorrem a
comunicação e a expressão de vivências. Sendo assim, constitui uma atividade criativa e complexa que
revela ao psicoterapeuta a criança no seu aqui-e-agora, possibilitando o contato com seu modo de existir
e sua relação com o mundo. O psicoterapeuta da abordagem gestáltica, com um olhar curioso e
compreensivo, se vale do método fenomenológico em sua investigação buscando favorecer a awareness.
Sobretudo, o ato de “brincar com” contempla os princípios dialógicos de inclusão, confirmação, presença
e interesse genuíno por esse mundo. Portanto, o brincar é essencial no processo psicoterapêutico infantil
na Gestalt-terapia: é por meio da brincadeira que a criança se mostra, e é também por esta via que ela
tem a possibilidade de ressignificar e reconfigurar aquilo que está sendo.
Palavras-chave
Gestalt-terapia, processo psicoterapêutico infantil, brincar, método fenomenológico.
Mini-currículo
Mariana Vieira Pajaro (GO): Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUCGO (2009). Pós-graduanda em Gestalt-terapia, pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestaltterapia de Goiânia - ITGT. Mestranda no Programa de Psicologia Clínica e Cultura da Universidade de
Brasília - Unb. Atuação na área clínica, na Gestalt-terapia, com crianças, adolescentes e adultos - GoiâniaGO.
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52
TEMAS LIVRES
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TL-01: Auto percepção do paciente após submissão à cirurgia bariátrica: um estudo
fenomenológico.
Psi. Yasminne Fayad Takeda (GO)
(CRP: 09/xxxx)
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
(CRP: 09/6767)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
(CRP: 09/6738)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
(CRP: 09/ 6101)
Resumo:
Este estudo buscou compreender a autopercepção do paciente após submissão à cirurgia bariátrica. A
obesidade é uma doença em que o paciente mais adquire do que gasta calorias, não podendo ser
considerada somente hereditária. Cada dia mais eleva o número de pessoas obesas no Brasil e no mundo,
e consequentemente ampliam-se as cirurgias bariátricas realizadas, uma vez que é uma das formas de
tratamento para a obesidade. No que se refere ao corpo, a totalidade do ser humano, ele é uma forma
de interação com o mundo, é uma maneira do indivíduo comunicar-se, ou seja, o modo como o paciente
autopercebe-se corporalmente pode influenciar em seu modo de interagir nesse mundo. Para a realização
deste estudo, foi feita uma pesquisa de campo, utilizando o método fenomenológico proposto por
Amadeo Giorgi com base na Abordagem Gestáltica. Na análise de dados, foram confeccionados gráficos
para obter as unidades de sentido geral que são: Corpo, Mudança e Escolha. Pode-se concluir, com esta
pesquisa, que todos os pacientes relataram que houve mudanças não só corporais, como também em
todos os aspectos de sua vida.
Palavras-chave
Abordagem gestáltica, autopercepção, cirurgia bariátrica.
Mini-currículo
Yasminne Fayad Takeda (GO): Graduada em Psicologia. Cursando Especialização em Gestalt-terapia pelo
Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia - ITGT. Experiência como monitora de
Teoria Existencial Humanista.
Denise Borella de Sousa Costa (GO): Graduação em Bacharel e Psicologia pela Pontifícia Universidade
Goiás (2009), especialização em Gestalt-Terapia pelo Instituo de Treinamento e Pesquisa em GestaltTerapia de Goiânia - ITGT. Professora auxiliar e supervisora de estágio; orientadora e pesquisadora da
Abordagem Gesltáltica no Curso de Psicologia da Anhanguera Educacional. Funcionária estatutária da
Prefeitura Municipal de Anapolis, no cargo de Psicóloga, lotada na uniade CAPSi Crescer (Centro de
Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil). Psicoterapeuta na Clínica Sinapse - medicina e psicologia, realiza
atendimentos individuais, casais, famílias e grupos de supervisão. Tem experiência na área de Clínica,
Saúde e Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino Psicoterápicos atuando principalmente
nos seguintes temas: gestalt-terapia, processo psicoterapêutico, fenomenologia, método
fenomenológico, pesquisa qualitativa, existencialismo dialógico, psicologia da saúde e psicopatologia na
infância.
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Mariana Costa Brasil (GO): Psicóloga clínica. Especialista Clínica em Gestalt-terapia pelo Instituto de
Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia - ITGT. Mestranda em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás. Tem experiência na área de Psicologia Hospitalar, Organizacional e
Clínica.
Adriene Rocha Rodrigues (GO): Graduação em Psicologia pela Universidade Paulista (2008). É pósgraduanda em Gestalt-Terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia em Goiânia.
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TL-02: Insuficiência renal crônica: uma ressignificação possível da autonomia sob o olhar
da abordagem Gestáltica.
Psi. Paulo Henrique Pessoa Borges (GO)
(CRP: 09/9076)
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
(CRP: 09/6767)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
(CRP: 09/6738)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
(CRP: 09/ 6101)
Resumo
A partir do diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica (IRC), o portador pode apresentar diversas
demandas em sua vida, como alterações na interação social e manifestações psíquicas. Com isso, o
presente estudo baseou-se no método fenomenológico de Amadeo Giorgi, buscando, por meio dele,
investigar se, durante o tratamento hemodialítico de IRC, o portador ressignificou a percepção de sua
autonomia. A ressignificação ocorre quando a pessoa portadora da doença renal crônica consegue atribuir
um novo significado aos acontecimentos ocorridos em sua vida. Para compreensão desta ressignificação
de autonomia, foram entrevistadas três pessoas portadoras de IRC, que responderam individualmente
entrevistas com questões relacionadas à sua autonomia após diagnóstico e tratamento de IRC. Sendo que
os temas mais frequentes encontrados nas falas desses portadores da patologia crônica foram: Restrição,
A relação com o outro e Mudanças. Tais temas foram analisados à luz dos conceitos da abordagem
Gestáltica, bem como com a utilização do método fenomenológico de Amadeo Giorgi (2010).
Palavras-chaves
Abordagem gestáltica, insuficiência renal crônica, ressignificação.
Mini-curriculo
Paulo Henrique Pessoa Borges (GO): Graduado pela Faculdade Anhanguera de Anápolis no curso de
Psicologia.
Denise Borella de Sousa Costa (GO): Graduação em Bacharel e Psicologia pela Pontifícia Universidade
Goiás (2009), especialização em Gestalt-Terapia pelo Instituo de Treinamento e Pesquisa em GestaltTerapia de Goiânia - ITGT. Professora auxiliar e supervisora de estágio; orientadora e pesquisadora da
Abordagem Gesltáltica no Curso de Psicologia da Anhanguera Educacional. Funcionária estatutária da
Prefeitura Municipal de Anapolis, no cargo de Psicóloga, lotada na uniade CAPSi Crescer (Centro de
Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil). Psicoterapeuta na Clínica Sinapse - medicina e psicologia, realiza
atendimentos individuais, casais, famílias e grupos de supervisão. Tem experiência na área de Clínica,
Saúde e Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino Psicoterápicos atuando principalmente
nos seguintes temas: gestalt-terapia, processo psicoterapêutico, fenomenologia, método
fenomenológico, pesquisa qualitativa, existencialismo dialógico, psicologia da saúde e psicopatologia na
infância.
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Mariana Costa Brasil (GO): Psicóloga clínica. Especialista Clínica em Gestalt-terapia pelo Instituto de
Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia - ITGT. Mestranda em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás. Tem experiência na área de Psicologia Hospitalar, Organizacional e
Clínica.
Adriene Rocha Rodrigues (GO): Graduação em Psicologia pela Universidade Paulista (2008). É pósgraduanda em Gestalt-Terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia em Goiânia.
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TL-03: O afeto e o afetar em processos Grupais. A riqueza da terapia de grupo na
superação do sofrimento psíquico.
Esp. Marcelo Pinheiro da Silva (RJ)
(CRP: 05/16499)
Resumo
[...] ultimamente, entretanto, eliminei totalmente as sessões individuais, exceto nos casos de emergência.
De fato, cheguei à conclusão que toda terapia individual é obsoleta e deveria ser substituída por
workshops [...], (Perls,1975) Este trabalho faz parte de nossa dissertação de mestrado. Trata de uma
investigação sobre a força afetiva das relações de grupo e de seu potencial terapêutico. O objetivo deste
estudo é tornar explícitas as sutilezas que marcam a intensidade afetiva dos processos grupais,
demonstrando como esta intensidade afetiva tem um papel fundamental dentre os aspectos que
constituem o poder transformador dos processos de terapia gestáltica de grupo. A importância deste
estudo se explicita em função do contraste entre a riqueza deste tipo de prática terapêutica e sua pouca
divulgação. Grande parte de população tem a terapia individual como a imagem do que é uma
psicoterapia. Este fato termina dificultando o acesso a psicoterapia de grande parte da população
brasileira a qual não possui recursos financeiros para arcar com os custos de um atendimento individual.
Dentro deste contexto todo trabalho que amplie a possibilidade de compreensão em relação ao valor das
práticas de terapia de grupo tem uma grande importância. Para desenvolver este estudo lançamos mão
de mais de vinte anos de prática neste tipo de atendimento, e de mais de dez anos de prática capacitando
terapeutas de grupo. Realizamos também pesquisa bibliográfica sobre o tema. A partir desta base
buscamos examinar experiências atuais nas práticas supra citadas. Procederemos este tipo de
investigação dentro de um estilo próprio à Teoria Ator-Rede de Bruno Latour e colaboradores. Na
apresentação deste trabalho buscaremos contextualizar de forma ampla as características da pesquisa de
mestrado que estamos realizando, definindo o conceito de afeto. Buscaremos discutir as nuances deste
tema a partir de fragmentos de experiências vividas na condução de grupos terapêuticos e de grupos de
treinamento de Gestalt-Terapia. Buscaremos propiciar um debate sobre o tema, apresentando e
incentivando a audiência a se colocar. Por fim faremos uma breve avaliação do processo realizado,
proferindo os comentários finais.
Palavras-chaves
Terapia de grupo, afeto, gestalt-terapia, Ator-Rede
Mini-currículo
Marcelo Pinheiro da Silva (RJ): Gestalt-Terapeuta, especialista em psicologia clínica pelo CRP, especialista
em psicologia organizacional pelo CRP, especialista em atendimento de casal e família na abordagem
sistêmica (I.T.F.- RJ), Coordenador do curso Especialização em Psicologia Clínica - Gestalt-Terapia
(Indivíduo, Grupo e Família), sócio-fundador do IGT, Editor chefe da Revista Virtual IGT na Rede e
Coordenador do Centro de Documentação da Gestalt-Terapia Brasileira.
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TL-04: Possibilidades de Contato: Transtorno do Espectro Autista e Gestalt-Terapia.
Gr. Maria Paula Miranda Chaim (GO
Esp. Bárbara Spenciere de Oliveira Campos (GO)
(CRP: 09/2008)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
Resumo
O Transtorno Espectro Autismo (TEA) é um transtorno neurobiológico do desenvolvimento caracterizado
pela alteração do funcionamento do sistema nervoso central. É comum que as crianças portadoras deste
transtorno apresentem dificuldades de comunicação e de interação social; padrões de comportamento
específico; atividades e interesses estereotipados e repetitivos. Além disso, podem apresentar
comprometimento da linguagem, da capacidade de socialização e empatia, da habilidade de compreender
o humor e a intenção com outros indivíduos.
Frente a esses sintomas, interessante se faz abordar a temática sob o olhar da Gestalt-terapia. Busca-se
um olhar voltado para o indivíduo e não para a doença em si com enfoque nas possibilidades que o
confirmem enquanto Ser. Para que assim, consigam descobrir diferentes formas de ajustamentos
criativos para lidar tanto com seu mundo particular, quanto com seu mundo social (Elias, 2001).
De acordo com Guadalupe (1997) o Transtorno Espectro Autista está relacionado também com a teoria
de contato, de Perls, Hefferline e Goodman (1951), no que tange ao contato estabelecido entre as pessoas
seja via fronteiras físicas e/ou psicológicas. No caso do autismo, pode-se dizer que se trata de uma
diferente forma de se estabelecer contato em que ocorre um aprisionamento da criança na fronteira. Os
prejuízos relacionados ao enrijecimento dos limites das fronteiras de contato fazem com que a criança
bloqueie a comunicação do organismo com o seu ambiente, se isolando e diminuindo sua capacidade de
estabelecer relacionamentos (Guadalupe, 1997).
Diante desta situação, a teoria gestáltica procura demonstrar maneiras de reestabelecer contato com
crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autístico. Segundo a mesma autora, as fronteiras de
contato são também moldadas pelas experiências das crianças, muitas vezes por um processo de
introjeção – interação entre o indivíduo e seu ambiente.
Uma criança portadora do Espectro Autista experimenta o ambiente como nocivo, portanto é normal que
ela busque meios para se defender. Além disso, seu desenvolvimento é mais lento, quando comparado
com outras crianças, pois não consegue introjetar na mesma velocidade e nem assimilar facilmente tudo
o que lhe é ensinado. Torna-se necessário que o terapeuta busque estratégias para sintonizar a criança e
facilitar a aprendizagem.
Em suma, busca-se com o presente trabalho, embasado no enfoque gestáltico, tratar acerca do
Transtorno do Espectro Autista e as possibilidades de atuação do Gestalt-terapeuta frente a essa
psicopatologia.
Palavras-chaves
Autismo; gestalt-terapia; fronteiras de contato.
Mini-currículo
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Maria Paula Miranda Chaim (GO): Graduanda em Psicologia, 7˚ período, na Pontifícia Universidade
Católica de Goiás. Estagiária na Justiça Federal - Seção Judiciária de Goiás, como colaboradora de tarefas
relacionadas com Recursos Humanos. Participante voluntária do Projeto Alfadown (2011 e 2012) e Projeto
Aprender a Pensar (2012).
Bárbara Spencieri de O. Campos (GO): Psicóloga graduada na PUC-Go especialista em Gestalt-terapia pelo
ITGT-GO, especializanda em Neuropsicologia pelo Instituto de Neuropsicologia de São Paulo/ Hospital
Beneficenca Portuguesa.
Danilo Suassuna Martins Costa (GO): Doutorando e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro Histórias
da Gestalt-Terapia - Um Estudo Historiográfico. Professor no Curso Lato-Sensu de Especialização em
Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do
ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista
Psicologia em Revista PUC-Minas (2011).
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TL-05: Motivação no trabalho e o sofrimento psíquico na era da técnica: uma
abordagem fenomenológico-existencial.
Esp: Elina Eunice Montechiari Pietrani (RJ)
(CRP: 05/34045)
Resumo
Neste trabalho pretendemos analisar o modo como a motivação no trabalho se dá em meio às
determinações de uma época que Martin Heidegger denominou como a era da técnica. Esse filósofo
descreve essa era como um período caracterizado pelo domínio exclusivo da ciência, em que o
pensamento que prevalece sobre todas as coisas é o pensamento técnico-calculante. Nesse sentido,
podemos afirmar que a era moderna, tomada que é pelos sentidos do cálculo e da mensuração, detém
algumas características, como a produtividade sem limites e o descarte. No contexto do trabalho, essas
características se potencializam, quando vemos o homem movimentando-se como um autômato, do
mesmo modo que a máquina, cuja utilidade dura enquanto durar a necessidade de sua produção, sendo
descartado quando outras necessidades se sobrepõem àquela. A motivação do trabalhador, dentro dessa
conjuntura, se coloca como elemento impulsionador da produtividade, razão pela qual ela tem sido
amplamente requerida no ambiente organizacional, inclusive constituindo-se como um importante fazer
pela Psicologia. Ocorre que ao se tomar a motivação no trabalho unicamente pela via da produtividade,
o trabalhador acaba por se distanciar do seu si-mesmo e passa a ser tomado pelo que denominamos
sofrimento psíquico. Partindo do pressuposto de que o homem se constitui no mundo, buscaremos na
fenomenologia existencial em Heidegger subsídios para pensar a motivação, tendo como referência não
apenas um ser-produtivo. A partir do seu ser-aí e do seu poder-ser e do caráter de indeterminação que é
sua existência, refletiremos sobre o modo como esse homem pode entrar em contato com o seu si-mesmo
e abrir-se para o desvelamento de sua própria motivação.
Palavras-chaves
Motivação, trabalho, sofrimento psíquico, psicologia fenomenológico-existencial
Mini-currículo
Elina Eunice Montechiari Pietrani(RJ): Formada em Psicologia pela PUC-Goiás, com formação em Gestaltterapia pelo ITGT, Especialização em Gestão Empresarial pela UFRJ e Mestranda em Psicologia Social pela
UERJ, cujo projeto de pesquisa encontra-se orientado à análise do processo de seleção de pessoal sob a
perspectiva fenomenológico-existencial. Atua desde 1999 na área da Recursos Humanos, em empresas
petroquímicas, construção civil e atualmente é Consultora pela Dedix Gestão Empresarial.
Categoria: Tema Livre
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TL-06: O medo da Lou-CURA: uma perspectiva da Gestalt-terapia.
Gr. Isadora Samaridi
Resumo
Esse trabalho visa refletir como o medo da lou-cura pode ser compreendido a partir da perspectiva da
Gestalt-terapia. Descreverá sessões de atendimento explicitando a teoria e prática dessa abordagem e
como o paciente vivencia suas dimensões psicológicas e físicas, como este se percebe como contribuinte
e responsável por suas vivências e experiências.
Palavras-chave
Lou-CURA, medo, gestalt-terapia.
Mini-currículo
Isadora Samaridi (GO): Cursa o 9° Período de Psicologia na PUC-GO, realiza e participa de grupos de estudo
na área. Associada ao ITGT. Bolsista CNPQ.
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TL-07: Plantão psicológico em Unidade Básica de Saúde: atendimento em abordagem
fenomenológica.
Gr. Lorrany de Oliveira Gonçalves (GO)
Marciana Gonçalves Farinha (MG)
Resumo
Introdução. A reorganização do Sistema de saúde brasileiro tem dado origem a várias estratégias e
programas de intervenção, entre eles o Programa de Saúde da Família (PSF), baseado no princípio de
saúde como direito de todos. Pensando então o trabalho do psicólogo na Atenção Primária entendemos
que, apesar das dificuldades este profissional tem muito a contribuir, seja integrando a equipe ou atuando
em estreita parceria com ela. Percebemos que o trabalho do psicólogo se tornaria mais abrangente no
formato de Plantão Psicológico (PP), que acolhe a pessoa no exato momento de sua necessidade,
ajudando-a a lidar melhor com seus recursos e limites. A proposta então consistiu na análise dos
atendimentos psicológicos realizados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), através do estágio em
Psicologia clínica. Método. O estudo é do tipo qualitativo-descritivo e buscou analisar atendimentos
psicológicos realizados em uma UBS, através do estágio supervisionado em Psicologia Clínica de uma
Universidade Pública. Participaram da pequisa13 pessoas, com idades entre 10 e 80 anos. Com relação ao
sexo, 12 eram do sexo feminino e 1 do sexo masculino, a maioria eram de baixa escolaridade e de baixa
renda. Foram atendidos por uma estagiária de Psicologia, primeiramente no formato de PP realizados
uma vez por semanas no período da manhã e, posteriormente, quando necessário os clientes foram
convidados a seguirem em psicoterapia. A duração do estágio foi de março à dezembro de 2013, e foi
norteado teoricamente pela abordagem fenomenológica. Foi feito então, um levantamento dos
atendimentos realizados na instituição. Resultados e Discussão. A maioria dos atendimentos se norteou
pela queixa de depressão, relatada por 6 participantes, dizendo possuir o diagnóstico e estarem
medicadas, e apresentando choro e tristeza. Esta queixa apresentou estar na maioria dos casos vinculada
a problemas familiares. Nesta temática estavam: separação dos pais, problemas conjugais, relação pais e
filhos, e irmãos. Houve queixas como luto, ansiedade, gravidez, depressão pós-parto, e um caso da
patologia de transtorno obsessivo compulsivo. Uma grande parcela dos atendimentos realizados no
plantão psicológico preferiram, se sentissem necessidade buscar outro plantão. Percebendo que a
procura por essas unidades talvez ocorra somente quando eles estão com algum sintoma patológico ou
problema físico. Observa-se que há motivos específicos para a procura da UBS, sendo estes centrados em
procedimentos fragmentados e não por uma assistência terapêutica pautada na responsabilização,
vinculação e cuidado ao paciente. Conclusão. Percebemos que o atendimento em Psicologia é algo novo
para o público dessa UBS, e é um campo de atuação que muito tem a contribuir tanto com a população
atendida como com a equipe de profissionais que ali trabalham. Há que se pensar também que focar a
promoção da saúde deveria ser a meta de todos os profissionais da saúde além dos cuidados quando já
há um problema instalado.
Palavras-chaves
Fenomenologia; plantão psicológico; atenção primária.
Mini-currículo
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Lorrany de Oliveira Gonçalves (GO): Graduada em Psicologia pela UFG-CAJ.
Marciana Gonçalves Farinha (MG): Psicóloga com Mestrado e Doutorado pela USP Ribeirão Preto,
Professora Dra. do Instituto de Psicologia da UFU.
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TL-08: O ajustar-se criativamente no processo de envelhecimento: um estudo
fenomenológico.
Psi. Laís Silva Costa (GO)
(CRP: 09/xxxx)
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
(CRP: 09/6767)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
(CRP: 09/6738)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
(CRP: 09/ 6101)
Resumo
O envelhecimento acontece de forma lenta e gradativa. É um processo de deterioração biológica natural
do corpo que se desenvolve a partir do nascimento, é universal e irreversível em todos os indivíduos,
independente do histórico pessoal de saúde. Em relação a esses declínios, pode surgir a necessidade de
ajustar-se criativamente em busca de uma melhor forma de viver. Ajustamento criativo é o procedimento
pelo qual o indivíduo procura resolver situações diversas com o intuito de atingir uma melhoria de vida.
Fundamentado nas teorias e filosofias de base da abordagem Gestáltica, o presente estudo teve o intuito
de compreender como os idosos auto ajustam-se durante o processo de envelhecimento. Para
compreensão deste, foram realizadas revisão bibliográfica e pesquisa qualitativa, que ocorreu por meio
do método fenomenológico de Giorgi (2010). O estudo foi realizado no Centro de Convivência do Idoso,
da cidade de Anápolis-Goiás (CCI-GO), teve como participantes três idosos com idade mínima de 75 anos,
escolhidos aleatoriamente, que responderam individualmente a questões relacionadas a seu
envelhecimento. Os temas destacados foram: Ajustamento Criativo, Autopercepção, Relação Interpessoal
e Percepção sobre o Processo de Envelhecimento. Concluiu-se que foi possível solucionar o problema de
pesquisa e que cada indivíduo tem uma maneira particular e autêntica de ajustar-se ao mundo, de acordo
com experiências pessoais vivenciadas e aprendidas no decorrer de sua história.
Palavras-chaves
Abordagem gestáltica, ajustamento criativo, idoso
Mini-currículo
Laís Silva Costa (GO): Especializanda em Gestalt-Terapia no Instituto de Treinamento e Pesquisa em
Gestalt-terapia de Goiânia, ITGT, Graduação em Psicologia pela Faculdade Anhanguera de Anápolis,
Formação complementar: Cursos Introdutórios I e II em Gestalt-terapia. Curso: Significado e Manejo do
Sintoma na Gestalt-Terapia. ITGT Goiânia, Brasil.
Denise Borella de Sousa Costa (GO): Graduação em Bacharel e Psicologia pela Pontifícia Universidade
Goiás (2009), especialização em Gestalt-Terapia pelo Instituo de Treinamento e Pesquisa em GestaltTerapia de Goiânia - ITGT. Professora auxiliar e supervisora de estágio; orientadora e pesquisadora da
Abordagem Gesltáltica no Curso de Psicologia da Anhanguera Educacional. Funcionária estatutária da
Prefeitura Municipal de Anapolis, no cargo de Psicóloga, lotada na uniade CAPSi Crescer (Centro de
Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil). Psicoterapeuta na Clínica Sinapse - medicina e psicologia, realiza
atendimentos individuais, casais, famílias e grupos de supervisão. Tem experiência na área de Clínica,
Saúde e Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino Psicoterápicos atuando principalmente
nos seguintes temas: gestalt-terapia, processo psicoterapêutico, fenomenologia, método
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fenomenológico, pesquisa qualitativa, existencialismo dialógico, psicologia da saúde e psicopatologia na
infância.
Mariana Costa Brasil (GO): Psicóloga clínica. Especialista Clínica em Gestalt-terapia pelo Instituto de
Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia - ITGT. Mestranda em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás. Tem experiência na área de Psicologia Hospitalar, Organizacional e
Clínica.
Adriene Rocha Rodrigues (GO): Graduação em Psicologia pela Universidade Paulista (2008). É pósgraduanda em Gestalt-Terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia em Goiânia.
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POSTERS
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POSTER: O portador de transtorno mental diante a experiência de internação
psiquiátrica.
Psi. Isabella Gonzaga Fagundes Ferreira (GO)
(CRP: 09XXXXX)
Ms. Hinayana Leão Motta Gomes (GO)
(CRP: 09XXXXX)
Resumo
O objetivo do estudo foi conhecer a experiência do portador de transtorno mental egresso de internações
psiquiátricas. Tem como objetivos específicos: descrever as dificuldades que os portadores de transtornos
mentais enfrentam após o período de internação psiquiátrica quando ingressam em serviços
substitutivos, identificar a contribuição do suporte terapêutico oferecido aos portadores de transtornos
mentais no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II, investigar a vivência dos pacientes portadores de
transtornos mentais nos serviços substitutivos após o período de internação psiquiátrica, descrever os
sentimentos vivenciados pelo portador de transtorno mental frente ao período de internação
Participaram do estudo 05 usuários de saúde mental egressos de internação psiquiátrica e inseridos no
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II após o período de internação. Tratou-se de um pesquisa
qualitativa, com enfoque fenomenológico. A coleta de dados foi realizada por meio da entrevista
fenomenológica e os dados foram analisados seguindo as etapas do método fenomenológico, o qual foi
utilizado a fim de apreender a experiência dos participantes de maneira subjetiva. As unidades temáticas
de sentido invariantes foram: impregnação medicamentosa, o estigma e a discriminação após a
internação psiquiátrica, sentimento de pertença ao CAPS II, sentimentos negativos oriundos da internação
e despersonalização causada pela hospitalização que ocasiona a perda da identidade nesse período.
Diante do sofrimento e a dor percebeu-se a necessidade do portador de transtorno mental em se
comunicar através de sua fala descrevendo em sua individualidade a realidade cotidiana que enfrenta.
Palavras-chaves
Portador de transtorno mental, Internação psiquiátrica, Centro de Atenção
Mini-currículo
Isabella Gonzaga Fagundes Ferreira (GO): Graduada em Psicologia pela Universidade de Rio Verde –
Fesurv, em Rio Verde- GO. Conclusão em dezembro de 2012. Trabalho de Conclusão de Curso: “A
subjetividade dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II: um estudo fenomenológico acerca
de sua experiência após a internação psiquiátrica e a inserção em serviços substitutivos”. Orientadora:
Ms. Hinayana Leão Motta Gomes Atividades Desenvolvidas: Contratada pela prefeitura para atuar no
CAPS II (Centro de atenção Psicossocial); Período: 2008 até 2012. • Psicóloga atuando na coordenação de
saúde mental do município de Rio Verde-GO contratada pela Prefeitura Municipal de Rio Verde. Período:
outubro de 2012 até os dias atuais
Hinayana Leão Motta Gomes (GO): Graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (1994),
formação em Gestalt Terapia pelo Instituto de treinamento e Pesquisa em Gestalt Terapia de Goiânia e
mestrado em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2005). Atualmente é professora adjunta da
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Faculdade de Psicologia da Universidade de Rio Verde (FESURV) e Coordenadora da Clínica Escola de
Psicologia. Fundadora do Núcleo de Psicologia Organizacional e do Trabalho da FESURV. Experiência na
Psicologia Clínica e Organizacional, com ênfase em Psicologia Fenomenológica e Gestalt Terapia, atuando
principalmente com os seguintes temas: psicologia clínica, violência e violência sexual infantil,
desigualdades sociais, gestalt terapia e psicologia social e do trabalho, programas de qualidade de vida no
trabalho, as vivências de prazer e sofrimento e a subjetividade do trabalhador no contexto organizacional.
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POSTER: Função terapêutica da dança.
Psi. Aline Brochado (MG)
(CRP: 06/110910)
Francisco Rogerio de Oliveira Bonatto (MG)
Resumo
Este trabalho tem por objetivo contribuir com a discussão a respeito da função terapêutica da dança,
partindo do conceito de função terapêutica criado por Fabio Herrmann em seus estudos sobre a Teoria
dos Campos. Através disso, entende-se que a dança pode ser uma fonte propiciadora de ruptura de campo
na vida do ser humano, assim, foi verificado como a dança se constitui na vida de mulheres que dançam.
Desta forma, o foco está na dança como uma atividade desencadeadora de benefícios físico-psíquicos na
vida delas como foi visto nesta pesquisa. Tal pesquisa de campo foi realizada em uma academia de dança,
como uma professora e quatro alunas. A metodologia abordada na pesquisa se baseou tanto na
bibliográfica quanto no grupo focal e a análise de conteúdo foi usada nos resultados.
Palavras-chave
Função terapêutica, ruptura de campo, dança.
Mini-currículo
Aline Brochado (MG): Graduada em Psicologia pela PUC Minas/Poços de Caldas em 2011. Experiência
profissional no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS (2012/ 2013). Curso em Trabalho na
Saúde Mental – Instituto Gestalt de São Paulo/SP (2013)
Francisco Rogerio de Oliveira Bonatto (MG): Licenciado em Pedagogia pela Faculdade Salesiana de
Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (1978), licenciado em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia,
Ciências e Letras de Lorena (1978), bacharel em Teologia - Università Pontificia Salesiana (1984), Mestre
em Ciências da Educação - Università Pontificia Salesiana (1986) e Doutor em Psicologia Social pela
Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor adjunto IV da Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais, Campus Poços de Caldas, nos cursos de Pedagogia e Psicologia e onde exerce a função
de Coordenador do Curso de Pedagogia. Tem experiência na área de Educação, Pedagogia e Psicologia
Social e Institucional, desenvolvendo e orientando pesquisas sobre educação e inclusão social e de
deficientes, sobre análise institucional de grupos de intervenção social, sobre educação superior e
metodologia de ensino e aprendizagem e utilização de tecnologias da informação e comunicação.
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POSTER: Situação-limite e fé: saúde, cura e salvação.
Gr. Bárbara Aguiar Rezende (MG)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
Resumo
Esse trabalho pretende evidenciar a experiência religiosa que se manifesta a partir da exposição do ser
humano a uma situação-limite, segundo as descrições fenomenológicas e existenciais de Karl Jaspers
(1958) e Jose S. Croatto (1994). Para os autores, diferença essencial entre o homem natural e o
contemporâneo está que o primeiro se projeta e almeja cada vez mais o futuro, diferentemente do
segundo cuja elaboração de metas a serem cumpridas está em longo prazo. No entanto, no momento em
que ambos se veem frente a uma situação em que é obrigado a aceitar a existência de seus limites, podese dizer que outras experiências dominam o seu existir psicológico. É, nesse momento, que muitos se
entregam a experiência religiosa por questionar e buscar pelo sentido humano. Para compreender esse
acontecimento, em primeiro lugar, é importante que se entenda a experiência religiosa para que em
seguida, seja possível compreender como essa experiência se expressa e qual a sua importância no
processo de cura e salvação humana, por exemplo. Seguindo esse raciocínio, esse trabalho apresenta um
breve resumo sobre as linguagens da experiência religiosa conceituando e compreendendo o que é fé,
transcendental, santo, sagrado, divino, profano, magia, idolatria, até que se chegue ao conceito de religião
(ou as religiões). Juntamente a isso, buscou-se descrever, com a finalidade de exemplificar, situações em
que esses conceitos podem ser reconhecidos. Ainda, como consequência desse estudo, é possível concluir
que frente a uma situação-limite as portas para a experiência da fé são abertas e, assim, o processo de
cura e salvação muitas vezes é elaborado.
Palavras-chave
Experiência religiosa; religião; psicologia.
Mini-currículo
Bárbara Aguiar Rezende (MG): Aluna do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Federal de
Uberlândia, bolsista Jovens Talentos (2013-2014). E-mail: [email protected]
Tommy Akira Goto (MG): Professor Adjunto II da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em
Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo),
Co-Presidente da Associação Brasileira de Psicologia Fenomenológica, Membro-colaborador do Circulo
Latinoamericano de Fenomenologia (CLAFEN), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de
Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições
da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e Autor de
livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião (Editora Paulus). Email: [email protected]
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72
PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO
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CURSOS PRÉ-ENCONTRO COM: Dr. Ileno Izídio da Costa (DF)
Local dos Cursos Pré-Encontro: ITGT: Rua 1.128 nº 165 St. Marista - Goiânia-GO
Dr. Ileno Izídio da Costa (DF)
Livros publicados
Livros publicados
CURSO PRÉ-ENCONTRO - 1
Intervenção precoce e sofrimento psíquico: problematizando a clínica da crise psíquica
grave
Workshop Teórico-Vivencial
Dia 15/05/14 - 5ª Feira das 8:312:30/14:00 -17:00hs
Resumo: Sofrimento psíquico. Sofrimento psíquico grave e psicopatologias. O que é uma crise. Intervenção precoce
nas psicoses. Prodomos e crise. Crise do tipo psicótica. Neurose, psicose ou estados limítrofes? Estruturas,
sofrimento psíquico e crises. Gipsi: um modelo em construção. Reflexões clínicas sobre como acolher crises
psíquicas graves.
CURSO PRÉ-ENCONTRO - 2
Fenomenologia, sofrimento e crise psíquica grave: em busca de sentidos
Workshop Teórico-Vivencial
Dia 16/05/14 - 6ª Feira das 8:312:30/14:00 -17:00hs
Resumo: Sofrimento inútil. Alteridade, cuidado e convivência. Crise psíquica: nó górdio da saúde mental. Éticas do
cuidado, da responsabilidade e da alteridade. Do sofrimento inútil do existir ao sofrimento concreto em saúde
mental. Parâmetros para uma reflexão fenomenológica e crítica sobre a crise psíquica humana (Husserl, Heidegger,
Winnicott e Levinas).
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PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO
Local: Local: Universidade Paulista – UNIP
Rodovia BR, 153, Km 503 Fazenda Botafogo, Goiânia - GO
DIA: 16/05/2014 - 6ª FEIRA
18:30: Abertura da secretaria
19:00 - Apresentação cultural
Cerimonialista: Drª Gizele Parreira (GO)
ABERTURA OFICIAL
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
(CRP: 09/06) – Diretora Acadêmica do ITGT
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
(CRP: 09/39) – Diretora Administrativa do ITGT
20:00 ÀS 21:30 – CONFERÊNCIA DE ABERTURA
O sofrimento existencial.
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)
Coquetel de Abertura
Dia : 17/05/2014 - SÁBADO
8:30 ÀS 10:00 - CONFERÊNCIA: Intervenção precoce e crise psíquica - fenomenologia do sofrimento
psíquico.
Dr. Ileno Izídio da Costa (DF)
10:00 às 10:30 - Coffee-break
POSTERS
O portador de transtorno mental diante a experiência de internação psiquiátrica
Gr. Isabella Gonzaga Fagundes Ferreira (GO)
Ms. Hinayana Leão Motta Gomes (GO)
(CRP: 09/1807)
Função Terapêutica da Dança
Psi. Aline Brochado (MG)
(CRP: 06/110910)
Dr. Francisco Rogerio Bonatto(MG)
(Pedagogo)
Situação-limite e Fé: saúde, cura e salvação
Gr. Bárbara Aguiar Rezende (MG)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT TERAPIA DE GOIÂNIA-ITGT
Rua 1.128 nº 165 St. Marista CEP: 74.175-130 Goiânia - GO
Telefax: (062)3941-9798 / e-mail: [email protected] Site: http://www.itgt.com.br
75
10:30 ÀS 12:30 - MESA REDONDA I: Uma reflexão filosófica sobre a dor.
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
(Filósofo)
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
(CRP: 09/06)
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO)
(CRP: 09/1626)
ALMOÇO
14:00 ÀS 16:00 - MESA REDONDA II: O sofrimento psíquico dos profissionais de saúde.
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
(CRP: 06/550)
Drª. Maria Alice Q. de Brito (BA)
(CRP: 03/0824)
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
(CRP: 09/39)
16:00 às 16:30 - Coffee-break
16:30 ÀS 18:00 - MINI-CURSOS E TEMAS LIVRE
(Indicação Público Alvo: * 1º Período em diante / ** 4º Período em diante / *** 7º Período em diante
MC-01: Acolhimento Psicossocial e Intervenção em Crise***
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
MC-02: Adoção e suas Perdas*
Psi. Mariana Rodrigues das Neves Celani (Portugal)
MC-03: Compreendendo os transtornos de personalidade na perspectiva da Gestlat-terapia**
Ms. Marta Carmo (GO)
(CRP: 09/0993)
Psi. Alinny Rodrigues Nogueira Silva
(CRP: 09/3174)
MC-04: Existir-no-mundo para o que?*
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)
MC-05: Sofrimento e Vida na fenomenologia do encontro**
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
(CRP: 06/40011)
MC-06: Roda de Conversa sobre: Teoria paradoxal da mudança e a maturidade do Psicoterapeuta***
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
(CRP: 06/550)
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MC-07: Acompanhamento Terapêutico na perspectiva da Fenomenologia e da Gestalt*
Drª Marciana Farinha Gonçalves (MG)
TL-01 e TL-02
Auto percepção do paciente após submissão à cirurgia bariátrica: um estudo fenomenológico*
Psi. Yasminne Fayad Takeda
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
(CRP: 09/6767)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
(CRP: 09/6738)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
(CRP: 09/ 6101)
Insuficiência renal crônica: uma ressignificação possível da autonomia sob o olhar da
abordagem Gestáltica*
Psi. Paulo Henrique Pessoa Borges
(CRP: 09/9076)
TL-03 E TL-04
O afeto e o afetar em processos Grupais. A riqueza da terapia de grupo na superação do
sofrimento psíquico*
Esp. Marcelo Pinheiro da Silva (RJ)
(CRP: 05/16499)
Possibilidades de contato: transtorno do espectro autista e Gestalt-terapia*
Esp. Bárbara Spenciere de Oliveira Campos (GO)
(CRP: 09/2008)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
Gr. Maria Paula Miranda Chaim (GO)
18:00 ÀS 20:00 - MESA REDONDA III – Religiosidade e o enfrentamento de questões de saúde mental
na clínica e na comunidade.
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
(CRP: 01/3795)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
Dia: 18/05/2014 - DOMINGO
08:00 às 09:30 - MINI-CURSOS E TEMAS LIVRE
(Indicação Público Alvo: * 1º Período em diante / ** 4º Período em diante / *** 7º Período em diante
MC-08: A questão da "causalidade psíquica" na análise fenomenologica de Edith Sten***
Ms. Mak Alisson Borges de Moraes (MG)
(CRP: 04/39721)
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Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
MC-09: Sofrimento psíquico no amor patológico: se eu sofrer por você, você me amará? *
Ms. Luiza Carolina Terra Colman (GO)
(CRP: 09/6197)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
Esp. Arminda Brito de Sousa (GO)
(CRP: 09/5865)
MC-10: Ciclo do Contato e Fenomenologia da Saúde*
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
(CRP: 01/496)
MC-11: A Psicossomática na visão gestáltica**
Drª. Maria Alice Q. de Brito (BA)
(CRP: 03/0824)
MC-12: Fenomenologia da finitude humana***
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
(Dr. em Filosofia)
MC-13: O tempo vivido e o sofrimento humano*
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
(CRP: 09/39)
MC-14: Sobre o humanismo e a fenomenologia de Husserl***
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
(CRP: 01/3795)
TL-05 E TL-06
Motivação no trabalho e o sofrimento psíquico na era da técnica: uma abordagem
fenomenológico-existencial*
Esp. Elina Eunice Montechiari Pietrani (RJ)
(CRP: 05/34045)
O medo da Lou-CURA: uma perspectiva da Gestalt-terapia**
Gr. Isadora Samaridi
TL-07 e TL-08
Plantão psicológico em Unidade Básica de Saúde: atendimento em abordagem
fenomenológica*
Gr. Lorrany de Oliveira Gonçalves (GO)
Drª Marciana Gonçalves Farinha (GO)
O ajustar-se criativamente no processo de envelhecimento: um estudo fenomenológico*
Psi. Laís Silva Costa
Ms. Denise Borella de Sousa Costa (GO)
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(CRP: 09/6767)
Esp. Mariana Costa Brasil (GO)
(CRP: 09/6738)
Psi. Adriene Rocha Rodrigues (GO)
(CRP: 09/ 6101)
09:30 às 09:45 - Coffee-break
09:45 ÀS 11:15:00 - MESA REDONDA IV – O trajeto existencial do sofrimento humano.
Ms. Marta Carmo (GO)
(CRP: 09/0993)
Ms. Celana Cardoso Andrade (GO)
(CRP: 09/1121)
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
(CRP: 06/40011)
11:15 ÀS 12:10 - CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
Saúde psíquica na ótica da Abordagem Gestaltica
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
(CRP: 01/496)
VALE HORAS ATIVIDADES PARA EFEITO CURRÍCULAR
COMISSÃO ORGANIZADORA
Adriano Furtado Holanda
Celana Cardoso Andrade
Danilo Suassuna
Gisele G. Parreira
Lara Borges de Sousa
Marisete Malaguth Mendonça
Marta Carmo
Sandra Albernaz L. M. Saddi
Sirlene Mamede R. Pires
Virginia Suassuna M. Costa
Waléria Pereira de Moreira
Wenilton Mamede Rabelo
REALIZAÇÃO
FIM
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