vocação sacerdotal: conheça histórias de padres que dedicam suas
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vocação sacerdotal: conheça histórias de padres que dedicam suas
nspsocorro.com.br PRAIA DA COSTA - JULHO - 2016 #26 VILA VELHA - ES REVISTA DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO VOCAÇÃO SACERDOTAL: CONHEÇA HISTÓRIAS DE PADRES QUE DEDICAM SUAS VIDAS À EVANGELIZAÇÃO IGREJA EM AÇÃO Saiba o que acontece na igreja antes da Missa 16 COMUNIDADE Mais segurança: Morro do Moreno ganha módulo da Polícia Militar 30 CONSCIÊNCIA CRISTÃ Campanha do Dízimo: Minha igreja é mais quando eu sou mais 34 Nesta edição você encontra: Produtos: 27 3320 5600 Vitória Av. Leitão da Silva, 1520 27 3335 4000 Serra BR 101, Km 12, Norte 27 3298 7777 Na cidade, somos todos pedestres. Guarapari Av. Jones dos Santos Neves, 3167 27 3221 @fordcontauto 6000 Caminhões BR 101, Km 10, Norte 27 3398 2955 /fordcontauto www.contauto.com.br A sua voz na Revista Panorama Condomínios de frente para o mar Mármores e granitos Produtos para construção civil Mercearia e Padaria Restaurante e lanchonete Materiais de Construção Ótica Posto de Combustível Material Médico Vestuário Automóveis Hortifruti granjeiros Expediente: Paróquia N. Senhora do Perpétuo Socorro Pároco: Padre Anderson Gomes da Silva Contato: (27) 3329-4282 | Rua São Paulo, S/N Praia da Costa - Vila Velha - ES www.nspsocorro.com.br Produção Editorial: Parresia Comunicação Católica Contato: (27) 3535-4045 www.parresia.com Coordenação: Christine Mendonça MTb 1879 - ES Jornalista responsável: Carolina Lana/ MTb 8442 - MG [email protected] Fotos: Colaboração Antônio Ferrão e Pascom Tiragem: 3.000 exemplares Distribuição: Praia da Costa Vila Velha - ES S U M Á R I O Engenharia e construção civil Arquitetura, decoração e paisagismo Corretora de imóveis Atendimento médico Atendimento odontológico Idiomas Educação Clínicas Salão de beleza e estética Fotografia Contato Comercial: Willerson Soares [email protected] (27) 9.9872.5934 | (33) 9.9912.6635 儀甀攀洀 琀攀 昀愀稀 猀攀渀琀椀爀 攀猀瀀攀挀椀愀氀Ⰰ 洀攀爀攀挀攀 爀攀最椀猀琀爀漀⸀ nar-nos fortes (CF. 2Cor 12, 10) 10 PATROCINADORES DA FÉ Empresários de Vila Velha apoiam Revista Panorama desde o início 12 JOVENS O machismo criminoso IGREJA EM AÇÃO 16 Nos bastidores da Missa 18 PALAVRA DE SALVAÇÃO A oferta para Deus ESPECIAL 20 Vocação sacerdotal: um dom a serviço da vida LITURGIA 26 A importância de se cantar “a” liturgia e não “na” liturgia (parte II) COMUNIDADE 30 Morro do Moreno: lazer com segurança CONSCIÊNCIA CRISTÃ 34 Minha Igreja é mais quando eu sou mais 36 Confira o que aconteceu no mês de Junho em nossa Paróquia DEVOCIONAL Santa Maria Goretti IGREJA EM AÇÃO ***Os artigos e matérias da Revista Panorama são produzidos por colaboradores, membros do Conselho Editorial e da Pastoral da Comunicação da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 8 Sabemos que, na fraqueza, podemos tor- SITE Conselho Editorial: Andrea Almeida Antônio Ferrão Camila Sampaio Carol Zorzanelli Fernanda Comério Gese Loriato Gustavo Comério Kênia Puziol Max Rege Micael Paz Paulo Soldatelli Ruana Oliveira Soeli Uliana Tariza Campos Thiago Sanches 6 FALA PARÓQUIA VOZ DO PAPA Serviços: Vila Velha Av. Carlos Lindemberg, 2400 4 EDITORIAL 38 40 Os pequenos estão crescendo 3 REVISTA PANORAMA EDITORIAL SER PADRE É... No próximo dia 04 de agosto a Igreja comemora o Dia do Padre. Uma vocação cercada de desafios e dificuldades, mas também cheia de alegrias, amor e fé. O sacerdócio talvez seja um dos ofícios mais cheio de contrastes. Dia- riamente, lidamos com alegrias e tristezas, nascimentos e perdas, privações e bênçãos. A palavra sacerdote, em sua origem, quer dizer saciar dos dons do céu, alimentar da graça de Deus. Ser sacerdote é satisfazer no outro a fome do alimento espiritual. Na celebração eucarística, temos a honra de, mesmo com toda nossa humanidade, consagrar o pão e o vinho, para que, como Corpo e Sangue de Cristo, sejam alimento que traz nova esperança, impulsiona para enfrentar os desafios da vida e nos salva. A VIDA DO Pe. Anderson Gomes da Silva PÁROCO SACERDOTE É UM EXERCÍCIO DE AMOR. UMA DOAÇÃO SILENCIOSA”. Siga-me nas redes sociais Ser padre é assumir a missão de Jesus de ser o Bom Pastor para suas ovelhas e apascentar aquelas que precisam de resgate, cura, libertação, orientação, luz. Também é ser pai, aquele que busca ter sempre uma orienta- ção, uma proposta de vida e um rumo seguro a indicar. Ser padre é gastar-se gratuita, alegre e generosamente a cada dia como dom a serviço da vida. O padre é um ser humano sujeito a tentações, fraque- zas, emoções e sentimentos. A vida do sacerdote é um exercício de amor. Uma doação silenciosa. Um testemunho eloquente dado por meio de uma vocação vivida e renovada todos os dias. Somos comunicadores e entusiastas do Evangelho, pregadores e conversores da fé, lutando sempre por uma vivência cristã mais perfeita. Nas palavras de São Vicente de Paulo, “com o tempo se percebe que ser padre é muito mais que um status social, mas um compromisso sincero e verdadeiro com a pessoa e o projeto de Jesus Cristo”. 4 REVISTA PANORAMA FALA PARÓQUIA Muito boa a edição de junho. Excelentes matérias, do início ao fim! Não poderia deixar de destacar os casais da Paróquia que nos dão exemplo de tes- temunho de consciência cristã no servir a Deus, à Igreja e ao próximo. Quero parabenizar os responsáveis por nos permitirem um ano cheio de matérias interessantes”. ILUSKA CALIMAN PERIM (Whatsapp) Gostaria de parabenizar o Pároco, todos os membros do conselho editorial e patrocinadores da revista Panorama pelo belíssimo trabalho, dedicação, empenho, capricho, carinho, doação e com- Muito interessante a reportagem sobre a impor- prometimento para que todo mês tenhamos em tância de se cantar a Liturgia, muitos questionam e evangelização, entre outros assuntos. A todos vocês, são litúrgicas, agora podem entender o porquê”. nossas mãos informações, serviços, conhecimentos, querem que cantemos algumas músicas que não obrigada pelo maravilhoso trabalho e empenho. Um SORAIA RAFAEL RODRIGUES (Whatsapp) grande abraço”. ANDRÉA MARQUES PREST E FAMÍLIA (Site) A importância de ter a família servindo ao próxi- mo e à igreja incentiva outras famílias a fazerem o Muito importante a reportagem sobre o desafio de mesmo, ótima reportagem”. locomoção em nosso bairro. É necessário cuidar com RAFAEL OLIVEIRA (Whatsapp) seriedade de nossas ruas e calçadas”. ROSSANA ABICAIR (Whatsapp) Erramos [email protected] [email protected] Na edição de junho, as fotos da matéria especial saíram com as datas erradas. A imagem da página 18 é da década de 60 e a da página 19 foi tirada Rua São Paulo, s/n – Praia da Costa-ES 6 nos anos 1970. REVISTA PANORAMA os olhos à enfermidade e à defi- Sabemos que Deus pode com- contexto dedica-se a jornada jubilar dadeiro sentido da vida, que inclui porque Ele mesmo foi pessoalmen- n’Ele o seu sentido último. Nesse a todos aqueles que carregam os sinais da doença e da deficiência. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos chamados a encarar e a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias. De diferentes formas, mas que sempre a confiança nas descobertas da ciência, pensando que certamente deverá haver um remédio capaz de curar a doença. Infelizmente não é assim; e mesmo se fosse, seria acessível a poucas pessoas. considera que é impossível ser feliz uma pessoa enferma ou deficiente, por ser incapaz de realizar o estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão. Nesses tem- NA HOMILIA DO DIA 12 DE JUNHO, O PAPA FRANCISCO DESTACOU O JUBILEU DOS DOENTES E DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA contra a felicidade e a serenidade manifesta a vida nova no Espírito o apóstolo Paulo expressa o mistério da vida cristã a partir do Batismo. De fato cada um, pela imersão na água, é como se tivesse morrido e 8 REVISTA PANORAMA Santo. Esta condição de renascidos envolve a vida inteira, em todos os seus aspetos; também a doença, o sofrimento e a morte ficam o respeito entre os seres humanos. (Lc 7, 36–8,3) apresenta também za. A mulher pecadora é julgada e se tornou um mito de massa e um deve ser ocultado, porque atenta dos privilegiados e põe em crise o modelo dominante. É melhor manter tais pessoas segregadas em qualquer ‘recinto’ ou em ‘reservas’ criadas por um compassivo assistencialismo, para não estorvar o ritmo dum bem-estar falso. Na realidade, porém, como é grande a ilusão em que vive o homem, quando fecha a deficiência é indicação do amor cer. A forma como enfrentamos o sofrimento e a limitação é critério da nossa liberdade em dar sen- tido às experiências da vida. Por isso, não nos deixemos turbar por estas tribulações (cf. 1 Ts 3, 3)”. marginalizada pelos circunstantes, mas Jesus acolhe-a e defende-a ‘porque muito amou’ (v. 47). Tal é a conclusão de Jesus, atento como está ao sofrimento e às lágrimas daquela pessoa. A sua ternura é sinal do amor que Deus reserva àqueles que sofrem e são excluídos. mas só é possível alcançá-la se for negócio, aquilo que é imperfeito que vive em mim’ (Gal 2, 19). Assim solidariedade, a mútua aceitação e a realidade da limitação, onde se (CF. 2 COR 12, 10) 6, 3-4), e quando reemerge dela, que estamos dispostos a ofere- A felicidade que deseja cada um pos em que o cuidado do corpo não sou eu que vivo, mas é Cristo ‘perfeitas’, mas quando crescem a apenas de pessoas aparentemente A natureza humana, ferida pelo pecado, traz inscrita em si mesma te provado por elas (cf. Heb 4, 15). O modo como vivemos a doença e uma situação particular de fraque- pelo contrário, coloca-se toda preender as nossas enfermidades, torna melhor quando se compõe pensar ser possível resolver tudo com as próprias forças; outras vezes, fosse sepultado com Cristo (cf. Rm e da limitação. O mundo não se O Evangelho do dia 12 de junho suportando ou contando apenas “’Estou crucificado com Cristo; já também a aceitação do sofrimento nos colocam a questão do sentido da vida e algumas vezes fazem-nos SABEMOS QUE, NA FRAQUEZA, PODEMOS TORNAR-NOS FORTES ciência! Não compreende o ver- pode exprimir-se de muitos modos, capaz de amar. Esta é a estrada. Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, logo que descobrem que são amadas! E quão grande amor pode brotar dum coração, mesmo só através dum sorriso! Então, a própria fragilidade pode tornar-se conforto e apoio para a nossa solidão. Jesus, na sua paixão, amou-nos até ao fim (cf. Jo 13, 1); na cruz, revelou o amor que se dá sem limites. Que poderíamos “O mundo não se torna melhor quando se compõe apenas de pessoas aparentemente ‘perfeitas’, mas quando crescem a solidariedade, a mútua aceitação e o respeito entre os seres humanos”. nós censurar a Deus, nas nossas enfermidades e tribulações, que não esteja já impresso no rosto do seu Filho crucificado? Jesus é o médico que cura com o remé- dio do amor, porque toma sobre Si o nosso sofrimento e redime-o. 9 REVISTA PANORAMA Leia a homilia na íntegra em: w2.vatican.va/content/vatican/pt.html VOZ DO PAPA VOZ DO PAPA inseridos em Cristo, encontrando PATROCINADORES DA FÉ PATROCINADORES DA D APOIADORES FIÉIS, MERECEDORES DO NOSSO RECONHECIMENTO ois anos de existência, 26 diante de um cenário econômico participação. Este é o saldo E o que motiva esses empresários publicações e 100% de de uma relação de parceria que 18 empreendedores e profissionais liberais da região da Praia da Costa mantêm com a revista. Empresários que são, antes de tudo, paroquianos fiéis e apoiado- desfavorável, entre outros desafios. a permanecerem como anunciantes da Panorama? Segundo eles, é a certeza de aliar a publicidade direcionada com a evangelização: “Anunciar na Revista Panora- res do projeto de evangelização ma significa apoiar esse projeto Perpétuo Socorro. Presentes desde tempo, estar entre os católicos, da Paróquia Nossa Senhora do a primeira edição da revista, esses Patrocinadores da Fé merecem visibilidade e reconhecimento. É a fidelidade desses empreende- dores que garante a publicação da Panorama todos os meses. Uma lealdade que sobrevive mesmo de evangelização e, ao mesmo fortalecendo a nossa imagem como uma empresa idônea, de princípios e valores, comprometida com o trabalho e com as pessoas que atendemos. Isso acaba sendo muito favorável, também, para nós”, garante Andréia Giorisatto, sócia proprietária da Papelaria Rainha. Conheça os Patrocinadores da Fé anunciantes desde a primeira edição da Revista: Construtora Canal, Construtora Galwan, Papelaria Rainha, Orion Engenharia, Alvomac, Santos Neves, UpTime, Tevah, Restaurante Tonini’s, Expert Engenharia, 3 L Engenharia, Cabelo & Beleza, Ótica Glória, Dra. Renata Fassarella, Hegner & Almeida, Dr. Paulo Paladini, Kylimedi, Posto Champagnat. comentários grosseiros em relação e também dados estatísticos. um objeto descartável”, relata. uma série de elementos culturais Estima-se que a cada 11 minutos Embora admita que ele mesmo já Este número, contudo, é reconhe- ao dar uma cantada, o estudante uma mulher é estuprada no país. cidamente subnotificado e, de acordo com especialistas, pode ser até dez vezes maior: acredita-se que, por ano, mais de meio milhão de mulheres tenham sofrido algum tipo de violência sexual. Assim, a proporção, na verdade, seria de quase um abuso por minuto. Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Governo Federal, concluíram, com base em dados de uma pes- quisa feita em 2013, que 0,26% da população tenha sofrido algum tipo de violência sexual, porcenta- O MACHISMO CRIMINOSO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER GANHA CADA VEZ MAIS ESPAÇO NAS RODAS DE CONVERSA E FAZ COM QUE OS JOVENS DEBATAM COMPORTAMENTOS QUE INCENTIVAM A ‘CULTURA DO ESTUPRO’ D urante o mês de maio, o Brasil figurou nas manchetes dos principais jornais do mundo. Infelizmente, as notícias não eram boas. Os dois casos de estupro coletivo envolvendo menores de idade que foram noticiados, no Rio de Janeiro e no Piauí, reabriram o debate sobre a existência da chamada “cultura do estupro” no Brasil. As discus- 12 REVISTA PANORAMA às mulheres, como se elas fossem gem que equivale a 527 mil pes- soas; destas, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia. Essa “cultura” e esse comporta- tenha se excedido algumas vezes tem uma postura empática ao falar da situação das mulheres. “Acredito que frequentemente as mulheres devem pensar duas vezes antes de colocar uma roupa mais cur- ta com receio de ouvirem algum comentário grosseiro na rua, no trabalho, na escola ou na faculdade. Imagino que não deve ser fácil ser mulher no Brasil e apoio que elas critiquem esse pensamento ma- chista e sexista que existe no país, onde muitas vezes não se elogia a mulher pelo que ela pensa, pelas suas qualidades intelectuais, e sim pela sua aparência física”, aponta. É IMPORTANTE DESTACAR QUE NEM TODOS mento social começaram a figurar OS HOMENS TÊM ESSA que veem a urgente necessidade de MACHISTA E SEXISTA, MAS também nas conversas dos jovens, POSTURA MISÓGINA, desconstruir o machismo exacerba- RECONHEÇO QUE UMA do da sociedade brasileira, que acaba por propiciar esse tipo de man- GRANDE MAIORIA AGE anos, acredita que a mudança deve ACABA POR REFLETIR EM chete. O universitário Jorge, de 27 DESSA FORMA, O QUE começar pelos homens. “O terrível NOSSA SOCIEDADE”. acontecimento do estupro coletivo que ocorreu no Rio é asqueroso, Entretanto, Jorge não deixa de fazer dito que, infelizmente, fatos como que nem todos os homens têm essa para dizer o mínimo, porém, acre- esse ocorram continuamente. Como homem, posso dizer que o Brasil é um país muito machista. Já pre- senciei, em roda de amigos, vários uma ressalva: “É importante destacar postura misógina, machista e sexis- ta, mas reconheço que uma grande maioria age dessa forma, o que acaba por refletir em nossa sociedade”. 13 REVISTA PANORAMA JOVENS JOVENS ESPECIAL sões são travadas com base em JOVENS ESPECIAL Na visão de quem sofre Julia (nome fictício), 21 anos, é estudante de Direito e relata já ter vivido uma experiência de violência. “Fiquei estarrecida com os casos de estupro coletivo, mas não foi surpresa. Todo dia ocorrem inúmeros atos de vio- lência contra a mulher, seja na forma de assédio ou de violência sexual, e a maioria fica impune. Eu mesma já fui assediada na rua quando passava em frente a uma construção. Uma vez, no ônibus, um senhor que apa- rentava ter mais de 60 anos se enroscou em mim e eu, já cansada de atos como este acontecendo comigo, dei um grito tão estridente que o ônibus todo ficou mudo e o senhor que praticou essa nojeira, não sabendo onde se esconder, saltou correndo na primeira parada”. Ela conta que, em razão desse tipo de situação, pas- sou a se preocupar mais com o modelo de roupa que vai vestir antes de sair de casa e que repara o mesmo comportamento entre suas amigas. “Possuo colegas que têm o chamado ‘corpo violão’ e sofrem assédio diário na rua, no trabalho, na faculdade... e fico pensando que, se eu que sou magra e fujo a esse estereótipo, me policio em relação à roupa que vou usar, imagina essas minhas amigas. Os homens precisam parar de pensar que a mulher é posse deles, um objeto”. A jovem afirma que, embora casos como o do Rio de Janeiro e do Piauí sejam muito graves, as pessoas não devem deixar de se atentar para outras situações que, por vezes disfarçadas, são tão desrespeitosas e criminosas quanto. “O estupro é a expressão máxima da violência contra a mulher, porém, o assédio que sofremos na rua, no trabalho e na faculdade, na maioria das vezes com palavras grosseiras e de baixo calão, dói e machuca. Já passou da hora de nós, mulheres, perdermos a vergonha e denunciarmos as agressões que sofremos, seja através da violência física ou verbal. É preciso dar um basta a tudo isso que nós sofremos há décadas”, desabafa. 14 REVISTA PANORAMA CONHEÇA O TRABALHO DESENVOLVIDO PELAS EQUIPES PASTORAIS QUE PREPARAM TUDO PARA QUE OS FIÉIS POSSAM TER MOMENTOS PROFUNDOS DE ORAÇÃO E ESPIRITUALIDADE que tudo funcione de maneira patena, véu, galhetas, manustérgio, das celebrações são feitos em cálice, corporal, sanguinho, pala, bacia, jarra, hóstia, água e vinho. Cada um desses objetos, com especial zelo, é tratado e disposto à credência em ordem específica para o uso do presbítero. Reserva-se o suporte para o missal (livro usado pelo sacerdote), a cruz pro- ordenada e correta. Os roteiros nível paroquial com um mês de antecedência, buscando partilha e unidade do mistério celebrado. As equipes de Som e Canto traba- que cada um possa se preparar de elas que preparam o conteúdo a ser é feita com antecedência para maneira adequada para sua leitura. Também cabe a essa equipe a também definem cada ponto onde cionário (contém as leituras do dia), será feita a distribuição da comu- nhão. Os Coroinhas conduzem as procissões de entrada e saída e auxiliam o presbítero no altar na preparação da liturgia eucarística. Conexão Além de ser o elo entre as equipes envolvidas, a Liturgia cuida para Oração em forma de música A definição dos leitores também cessional e velas para a procissão de entrada. Nesse momento eles IGREJA EM AÇÃO IGREJA EM AÇÃO NOS BASTIDORES DA MISSA que se compõem de ambulas, preparação dos livros litúrgicos: le- missal, livreto das preces e o roteiro do animador. Seus integrantes fazem, ainda, o levantamento dos avisos a serem dados ao final da missa, bem como a recepção das intenções da assembleia. Outra de lham em profunda afinação. São projetado no datashow, testam os microfones dos músicos e do presbitério, ajustam todos os sons aos instrumentos e às vozes. Os cantores já chegam com cantos escolhidos e treinados, utilizando o momento que antecede a missa para o último ensaio, que serve também para inspirar aqueles que chegam mais cedo a entrar em estado de oração. suas atribuições são a distribuição A Acolhida, em outra nobre função, cação das do presbítero. Por fim, e acolhendo com carinho os que das vestes dos leitores e a verifi- organizam as procissões de entrada e saída. está à porta da igreja recebendo chegam. Seus integrantes disponibilizam os folhetos e todo material de divulgação necessário, além de dar orientação e informações a quem precisa. Eles também au- xiliam na disposição de cadeiras extras e acomodação dos fiéis. O Eventualmente, esse grupo pode ser responsável pela coleta das ofertas s sinos ainda não tocaram mo, cada uma com sua função. o servir inicia-se sempre na capela missa, falta uma hora para Dependendo do tamanho da co- individual de oração com o Senhor. estão chegando. São paroquianos esses grupos chegam a somar 25 Os MESCs inicialmente verificam par da missa não imagina o trabalho das partículas a serem consagradas, A atuação de cada uma dessas pes- e o ambão (mesa da Palavra) com do “ser igreja”. Doar seu tempo chamando os fiéis para a o início da celebração e eles já que, voluntariamente, se dividem em oito equipes de serviço. Juntas, elas colaboram para que a missa aconteça da melhor forma possível. Liturgia, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC), Coroinhas, Canto, Som, Acolhida, Ambientação e Dízi- munidade e do tipo de celebração, pessoas e quem chega para particidesenvolvido por cada uma delas para deixar tudo pronto. Cada equi- pe possui a sua própria dinâmica de atuação e escala para servir a todas as celebrações. Em comum, elas têm uma característica essencial: 16 REVISTA PANORAMA que, normalmente, é realizada pela do Santíssimo, com um momento equipe do Dízimo. Esta se faz sem- pre presente durante as celebrações para atender aos fiéis que se disponibilizam a atualizar o seu dízimo. a reserva eucarística para controle preparam o altar (mesa do Senhor) soas é a materialização do sentido as toalhas nas cores específicas do e seu servir a Deus em benefício tempo litúrgico. Também é respon- do próximo com o único objetivo sabilidade deles organizar a credên- de evangelizar e levar a Palavra cia (mesa para objetos litúrgicos), àqueles que mais precisam dela. 17 >> REVISTA PANORAMA PALAVRA DE SALVAÇÃO PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO A OFERTA PARA DEUS “LEVANTANDO OS OLHOS, ELE VIU OS RICOS LANÇANDO OFERTAS NO TESOURO DO TEMPLO. VIU TAMBÉM UMA VIÚVA INDIGENTE, QUE LANÇAVA DUAS MOEDINHAS E DISSE: ‘DE FATO, EU VOS DIGO QUE ESTA POBRE VIÚVA LANÇOU MAIS DO QUE TODOS, POIS AQUELES DERAM DO QUE LHES SOBRAVA PARA AS OFERTAS; ESTA, PORÉM, NA SUA PENÚRIA, OFERECEU TUDO O QUE POSSUÍA PARA VIVER’”. (LUCAS 21, 1-4) Padres da Igreja 1} A viúva ainda em sua oferta é viúva pobre, pois que sim tudo o que se destina a viúvas e órfãos, ela dá o que devia receber, para que compreendamos o castigo que está reservado ao rico ávaro, já que com este exemplo nem os pobres estão livres de dar ofertas. (Cipriano) 2} Alegra-te, ó rico, na abun- dância de tuas posses. Tu não dá conforme os teus recursos, mas do que te sobra, de tua abundância, do que nunca lhe faltarás. A mulher ofereceu duas moedas pequenas, dando assim tudo o que possuía. Não pode dar mais. Acaso não será julgada por sua superioridade? Não superou ela tua abundância, ao menos pelo que respeita a sua generosidade? (Cirilo de Alexandria) 3} Esta preciosa pobreza é a opulência do mistério da fé. Estas duas moedas são as que o samaritano do Evangelho deixou ao dar pousada para curar as feridas do que tinha caído nas mãos dos ladrões. Portanto, também neste aspecto a viúva, como figura da Igreja, pensou que devia deixar no tesouro sagrado uma ofe- renda com a que se pudessem curar as feridas dos pobres e satisfazer a fome dos caminhantes. (Ambrósio) 4} Ninguém se faça alheio à boa obra. Ninguém se escusa por sua pobreza, como que apenas tem para si e não possa ajudar a outros. INGLÊS FLUENTE EM TEMPO REDUZIDO. UPTIME Vila Velha Av. Hugo Musso, 623 - Praia da Costa 3319-8366 | uptime.com.br /UPTIMEOficial A viúva do Evangelho deixou duas moedas no cofre e jogou ao vento os dons de todos os ricos. Nenhuma obra de piedade é vil para Deus, nenhuma comiseração infrutuosa. Certamente, deu aos homens riquezas diferentes, mas não quer diversos afetos. (Leão Magno) 5} Tudo aquilo que os ofere- cemos com ânimo bem disposto é aceitável a Deus, ao qual pesa não a substância mas o coração, e não examina a quantidade que vem sacrificada, mas de qual quantidade vem ofertada. (Beda) 18 REVISTA PANORAMA Matrículas Abertas Unidade Centro (27) 3229-0777 Unidade Praia (27) 3340-1240 www.pueridei.com.br CONHEÇA HISTÓRIAS DE ALGUNS PADRES QUE, EM DIFERENTES REALIDADES, EXERCEM SEU MINISTÉRIO EM FAVOR DOS OUTROS E DA EVANGELIZAÇÃO “Sou agradecido Àquele que me deu forças” (1Tm,12) Natural de Colatina, Padre Paulo Régis Silvestre já soma muitos, de outras paróquias. O que os atrai é uma rea- ministerial, assumiu várias funções: representante dos vou à Catedral”. Por ser patrimônio histórico, é visitada 25 anos de sacerdócio. Durante esse tempo de serviço presbíteros, coordenador do propedêutico, vice-reitor do Seminário Arquidiocesano, coordenador de pastoral, articulador de pastorais, assistente eclesial da Pastoral do Dízimo, vigário episcopal para assuntos econômicos e de patrimônio, além de ser pároco. Quando foi ordenado, assumiu a recém-criada Paróquia São Pedro, que fora desmembrada da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Guarapari. Há cinco anos, é pároco da Paróquia da Catedral. Segundo ele, mesmo sendo uma catedral e patrimônio histórico, é uma Paró- quia como outra qualquer: abrange nove comunidades, suas pastorais e serviços. Para dar conta de atender a E m 04 de agosto, a Igreja celebra o Dia do Padre. De maneira muito especial, a equipe do Conselho rama saiu em busca de alguns personagens rotina de cada um. No interior, na periferia, nos hos- Em comemoração a esta data, a Revista Pano- para retratar como é o dia a dia do sacerdote em diferentes comunidades. Quais são seus principais desafios? O que os motiva a desempenhar suas funções diariamente? Por que se tornaram padres? 20 Editorial foi a campo e acompanhou pessoalmente a pitais, no centro histórico, no seminário. Nas próxi- mas páginas, você poderá conferir o resultado dessa experiência e conhecer um pouco mais cada um deles. Histórias de fé, doação e amor ao próximo. REVISTA PANORAMA lidade histórica de “igreja mãe” e o status de dizer “eu diariamente por turistas. Mesmo tendo os jovens guias, quando está por ali, padre Paulo faz questão de aco- lher o visitante. “Às vezes vou lá, pois faço questão de mostrar que o padre está aqui, fazer essa recepção e dar algumas explicações, sobretudo sobre o restauro, trazendo o contexto histórico para a realidade. Muitos querem rezar e contemplar”, afirma. FAÇO QUESTÃO DE MOSTRAR QUE O PADRE ESTÁ AQUI, FAZER ESSA RECEPÇÃO E DAR todos, é auxiliado por outros dois padres. ALGUMAS EXPLICAÇÕES, Por ser catedral, é também a “Igreja mãe”, onde está a TRAZENDO O CONTEXTO cátedra do Bispo, cadeira central do presbitério. Assim, padre Paulo também é “curador”, pois coordena todas SOBRETUDO SOBRE O RESTAURO, HISTÓRICO PARA A REALIDADE”. as celebrações em que o Bispo se faz presente na Ca- Padre Paulo é assistente eclesial da Pastoral do Dízimo Vaticano II, as Irmandades, que permanecem até hoje. chegue até as paróquias. Sempre fez um belo trabalho tedral. Ela é a única paróquia que traz, desde o Concilio Mesmo com o esvaziamento do Centro de Vitória, é grande o número de fiéis que frequentam a igreja, 21 para pensar, através do marketing, uma linguagem que de conscientização sobre o dízimo, o que faz com que o mesmo seja expressivo na Catedral, aberta todos os dias, de 7h às 19h. REVISTA PANORAMA ESPECIAL ESPECIAL VOCAÇÃO SACERDOTAL: UM DOM A SERVIÇO DA VIDA Pe. Paulo Régis Silvestre A benção chega até os enfermos Quinta-feira, 23 de junho, 14 horas. O auditório do ção dos enfermos e, quando termino, o aparelho já parou. confortáveis, uma mesa e um púlpito, dentro de uma o Senhor. Isso já aconteceu muitas vezes. Mas a unção dos Hospital Santa Rita, em Vitória, equipado com cadeiras hora dará lugar a um ambiente de fé e orações. É o que acontece com a chegada dos voluntários da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Vitória e do padre Vandaike Nestas situações, agradeço a Deus e entrego a pessoa para enfermos não é o sacramento para a morte, é para a cura. É o sacramento que perdoa os pecados”, explica. Araújo. Aos poucos, a mesa se transforma em altar, o Além do Santa Rita, padre Vandaike visita os hospitais dupla que toca violão e canta as músicas da missa. Úrsula e Praia da Costa. Também atende a pedidos de púlpito em ambão, e o espaço abaixo do palco acolhe a Central, Meridional, das Clínicas, da Polícia Militar, Santa urgência em outros hospitais, como Vila Velha, da Asso- Pouco antes das 15 horas os assentos começam a ser ocupados por pessoas que buscam nas palavras de Deus ciação e Santa Mônica. a força espiritual necessária para enfrentar os problemas. Lidar tão de perto com a morte não é uma tarefa fácil. to, que sempre foi aonde estava a sua ovelha. E é seguin- “No início do sacerdócio, eu não tinha vontade de ir a Na homilia, padre Vandaike destaca o papel de Jesus Crisdo esse exemplo que o sacerdote deixa os limites físicos da Igreja para ir ao encontro dos que mais precisam. “Atuo em alguns hospitais realizando missas e visitas aos enfermos para ministrar os sacramentos e também ouvir e levar uma palavra de esperança. Nunca a minha palavra, mas a Palavra daquEle em que cremos”, destaca. Mas padre Vandaike acabou sendo preparado pela vida. tos de suas avós, de um primo e dos pais fizeram com que se sentisse tocado a iniciar essa missão em 2015. “Essas experiências me deram uma visão maior das coisas da vida, da experiência de Deus durante as perdas. Isso me deu visão e ânimo para ajudar as pessoas que estavam passando pelo que eu passei”, lembra. O retorno muitas vezes é imediato. “Tenho visitado muitos enfermos e é sempre uma alegria para os que A entrada da Igreja Católica em hospitais para a assistência conscientes, mesmo com aparelhos. Também há mo- Fevereiro de 2010. No entanto, mesmo com respaldo jurídi- conseguem falar ou se expressar com gestos, quando mentos de recuperação, onde a pessoa estava desespe- rada, mas obteve uma melhora só em ouvir uma palavra de esperança, de fé, de Deus”, conta. apenas a bênção final para descansar. “Quando começo as orações, geralmente olho para o aparelhinho, que vai di- minuindo o ritmo. A pessoa vai se entregando. Dou a un- 22 aos enfermos é garantida pelo Decreto Nº 7.107, de 11 de co, ainda há muitos obstáculos a esta missão. “A dificuldade maior que enfrentamos é a frieza de alguns hospitais que Diz o ditado com inspiração religiosa que “o bom filho a formadores que passaram por aqui deixaram a casa um ano, assumiu a reitoria do Seminário Nossa Senhora espiritual, intelectual e na vida comunitária. Porém, casa torna”. Assim foi com padre Jorge Campos que, há da Penha. Há 16 anos era ele quem se preparava para a vida sacerdotal. O retorno ao convívio do seminário o fez lembrar o início da sua caminhada, o processo de aceitação da família e a aproximação de seus pais da Igreja devido à sua escolha. Ele comenta que o convite para ser reitor foi uma surpresa: “Sempre atuei como pároco em comunidades e gostava muito da vida paroquial. É uma grande oportunidade e um privilégio exercer também esse lado do ministério e colocar em prática outras habilidades como sacerdote”. muito bem organizada, com equilíbrio nas dimensões organizar a equipe de presbíteros que ajudam a formar espiritualmente os seminaristas foi desafiador. Todo o presbitério é responsável por essa formação e eu precisava de uma equipe de diretores espirituais”, explica. Dar continuidade à Pastoral Vocacional Específica, que tem como objetivo encontrar e buscar novas vocações indo até as paróquias foi outra tarefa árdua. Entretanto, os resultados já surgem. Hoje há 17 inscritos cursando o propedêutico para ingressar no seminário em 2017. Lá, ele é responsável por 32 seminaristas em diferentes A rotina é puxada e padre Jorge classifica seu dia a dia Destes, seis já serão ordenados diáconos no fim do ano pois a Santa Missa se inicia às 5h50. Em seguida, tomam estágios. “Dezesseis cursam Filosofia e os outros Teologia. para, logo mais, serem ordenados padres. Um dos mo- mentos mais gratificantes no seminário é quando há uma ordenação. É uma festa para a Igreja e a família”, conta. como bastante intenso. Os seminaristas levantam às 5h, o café da manhã, feito pelo seminarista da escala do dia, que acorda às 4h para preparar tudo e também participar da missa. Após o café, iniciam os estudos. O retorno acontece às 12h15 para o almoço. Descansam até 14h, quando começa o momento do estudo pessoal. SEMPRE ATUEI COMO PÁROCO EM COMUNIDADES E GOSTAVA MUITO DA VIDA PAROQUIAL. É UMA GRANDE OPORTUNIDADE E UM PRIVILÉGIO EXERCER TAMBÉM ESSE LADO DO MINISTÉRIO E COLOCAR EM PRÁTICA OUTRAS HABILIDADES COMO SACERDOTE”. No fim da tarde rezam o terço e a oração da liturgia das horas, que chamam de vésperas. Novamente por escala, a partir de 18h15, três seminaristas preparam o jantar. A fol- ga é às segundas-feiras e, nas sextas, o momento de lazer. Aos sábados, às 10h30, há missa aberta ao público seguida de almoço. De tarde, cada seminarista vai para uma comunidade vivenciar a vida pastoral. “A vida no Indagado sobre os desafios, Pe. Jorge comenta que encontrou o seminário num momento muito bom. “Os seminário não é somente aqui dentro, não é reclusa. Nós saímos nos fins de semana para estar no meio do povo e das comunidades”, explica o reitor. não se preocupam com a espiritualidade. Mas é preciso entender que ela não faz parte de um trabalho psicológi- Há ainda aqueles que estão mais debilitados e esperam O padre dos futuros padres hospitais. O cheiro, injeções, ver as pessoas no corredor... Não me sentia bem”, recorda. No entanto, os falecimen- ESPECIAL ESPECIAL Pe. Vandaike Araújo co”, enfatiza. Quando os hospitais são administrados por outra religião, há mais dificuldade de celebrar missas. Assim, padre Vandaike defende mais diálogo “porque o Estado é laico, mas o povo não, este tem fé e religião”. REVISTA PANORAMA Pe. Jorge Campos >> 23 REVISTA PANORAMA Dedicação aos mais pobres Atendar aos mais humildes é o grande desafio do padre com as famílias. É incentivador do ECC na Paróquia quia Nossa Senhora dos Navegantes, composta por 30 casais que se reúnem uma vez por mês para aprofundar Paulo César Magalhães, há cinco anos à frente da Paró- O ministério que humaniza De família muito religiosa, padre Diego Carvalho conta durante a semana ou aos domingos a igreja está sem- vocacional do Papa Paulo VI. Assim, foi com alegria com uniforme, que assistem a missa antes de ir para a que, todos os dias, ele, os pais e a irmã rezavam a oração que todos receberam sua decisão de se tornar padre, quando tinha 15 anos. Ele terminou o Ensino Médio já no seminário, em Nova Friburgo (RJ). Para cursar a faculdade de Teologia, mudou-se para São Paulo, onde pre cheia de pessoas de todas as idades. Vejo crianças escola”, fala. Numa ação recente, atendeu confissão por 24 horas ininterruptamente, confirmando que a população do interior exerce com seriedade esse sacramento. foi ordenado em 2010. Enquanto dirige em direção a uma comunidade num a espiritualidade conjugal). Lá, iniciou sua vida sacerdotal fazendo visitas aos doen- realizar cinco batizados, encontra alguns paroquianos precisa deixar a luz do carro acesa para que vejam que Como pároco, diz que prefere não decidir nada sozinho. sua congregação à época firmou uma parceria com a não se assusta, foi formado para atuar em ambientes de tomar qualquer medida. Como padre orionista, é comunidades nos bairros Barra do Jucu e Ponta da Fruta, em Vila Velha. Para chegar a algumas delas à noite, ele está chegando o padre, pois pode sofrer violência. Mas populares, a serviço dos mais pobres, tanto espiritual, quanto material. “Temos aqui um povo bom, leigos que se dedicam muito. Economicamente simples, mas ricos de carisma. Aprendi a amar essa gente”, diz o padre. e acompanha equipes de Nossa Senhora (grupos de Escuta muito os conselhos Paroquial e Econômico antes praticamente um dever desenvolver um trabalho de atendimento aos mais carentes. A paróquia apoia a Casa Lar, atualmente coordenada pelo padre Magela, que atende 22 crianças carentes. Esse mineiro de 53 anos descobriu sua vocação por Para os jovens, deixa uma mensagem: “Vale a pena ser anos. Foi ela que ponderou: “Você nasceu para ser padre”. pondera que muitos se sentem chamados, mas acabam acaso, ajudando uma tia a fazer massa para pastel aos 15 Ele disse que levou um susto, mas acabou concordando, mesmo não tendo nem feito a catequese para primeira eucaristia. Dois anos depois já estava no seminário, um anos de sacerdócio, nunca se arrependeu de sua opção. convicção de nunca querer magoar ou afastar alguém”. às 30 comunidades com o padre Custódio, e aguarda a chegada de um terceiro sacerdote agora em julho. Padre Paulo conta o que mais gosta na vivência sacerdotal: presidir a eucaristia, atender confissões e estar 24 grande. Há quatro anos ele conduz a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Alfredo Chaves. “É o municí- pio capixaba com o maior número de católicos: 94% da população”, diz orgulhoso. Paróquia. “A região é grande e as distâncias também. Paulo tornou-se padre da congregação dos orionistas, neiro (RJ). Atualmente, divide o trabalho de atendimento paulistano não ficaria por muito tempo na cidade abandonando a vocação. Ele garante que, ao longo dos 22 te. Alguns me consideram um padre bravo. Mas tenho a em Ouro Branco (MG), em Rio Bananal (ES) e no Rio de Ja- paróquia em Cariacica. Entretanto, esse carioca meio Por lá, a messe é grande. Padre Diego se desdobra para “A gente não é perfeito, lógico. Sou sincero, transparen- o apóstolo da caridade. Depois de ordenado, foi vigário Arquidiocese de Vitória e o enviou para assumir uma sacerdote, ser religioso, deixar tudo para seguir Jesus”. Ele dos períodos que considera o mais feliz da sua vida. sacerdote italiano canonizado em 2004, conhecido como tes nos hospitais. Mas, com pouco tempo de ordenado, Para corrigir uma pessoa, ele diz que pede discerni- mento a Nossa Senhora do Equilíbrio. “Precisamos de firmeza e ternura”, pondera. “Por mais que você faça, nunca deixará de ser um pecador. Mas Deus é misericordioso. Essa é a grande men- dar atenção às 31 comunidades que fazem parte da Há lugares onde só consigo ir uma vez por mês, mas, mesmo assim, o povo não deixa de ir à igreja”, explica. Recentemente, recebeu o reforço do padre Antônio distrito no interior do município para celebrar a missa e no caminho e faz questão de cumprimentá-los. Cha- ma a atenção o fato de saber o nome e o sobrenome de todos. A proximidade com os fieis é o que mais lhe agrada. “Exercer o sacerdócio no interior me fez uma pessoa melhor, me humanizou mais. As pessoas aqui são simples, solidárias e presentes”, avalia. Em sua opinião, essa aproximação é característica tam- bém dos padres formados mais recentemente. “Antiga- mente, as pessoas tinham o sacerdote como uma figura distante. Hoje, elas têm o nosso telefone! Uma situação que me marcou muito aqui foi de uma paroquiana recebida por mim com um abraço que me disse emo- cionada ser a primeira vez, em 60 anos de vida, que ela ganhou o abraço de um padre”. Marcos e de dois seminaristas. Além das grandes distân- Quando precisa viajar, sempre procura um colega para no interior. Segundo ele, muitos jovens saem de casa recorre à sua turma do seminário, onde formaram 60 cias, o êxodo rural é um dos maiores desafios de atuar para estudar e acabam não voltando. Na matriz, a missa das 6h é concorrida. “No interior, a missa é considerada muito importante para todos. Seja lhe substituir e atender a população. Normalmente, padres. Mas isso não tem sido tão necessário. Padre Diego já se habituou tanto com a vida no interior que, quando vai a São Paulo, quer voltar antes do tempo para casa. “Gosto muito daqui!”. sagem que o Papa Francisco quer revigorar na Igreja”, avalia padre Paulo, “não só com a palavra, mas com gestos, com testemunho”, finaliza. REVISTA PANORAMA Pe. Diego Carvalho 25 REVISTA PANORAMA ESPECIAL ESPECIAL Pe. Paulo César Magalhães a compreender o sentido do rito, não serve qualquer música e que é solene. rito. Isso nos faz compreender que complicado fazer uma única folha a dar beleza a ele e torná-lo mais Aclamação ao Evangelho (rela- a letra da liturgia, muda a melo- leituras diferentes nas celebrações, cionada ao Evangelho do dia) e nem as mesmas motivações, e de acordo com o contexto celebra- que existem propostas simbólicas Canto das oferendas (escolhido tivo) diferentes para cada missa, enten- Canto de comunhão (relaciona- de-se que a música não pode ser parte dela como um todo, colabo- rando para a que a celebração seja uma unidade: palavras, símbolos, A IMPORTÂNCIA DE SE CANTAR A LITURGIA E NÃO NA LITURGIA (PARTE II) Em alguns momentos da celebração eucarística, a canção tem a RITOS CANTADOS Deve-se estar atento aos ritos que são (ou podem ser) cantados. Em alguns desses casos, é necessário preservar a originalidade do texto litúrgico e não se deve trocar por outra canção. Ato penitencial (há várias can- ções) sica deverá ajudar os celebrantes poesia aprovada, muda a melodia) Glória (permanece a letra ou A MÚSICA SACRA É PARTE INTEGRANTE DA SOLENE LITURGIA E RESPONDE CRITÉRIOS FUNDAMENTAIS: A SANTIDADE (“SERÁ TANTO MAIS SANTA, QUANTO MAIS ESTIVER UNIDA À AÇÃO LITÚRGICA” - SC 112), A BELEZA (“NÃO DEVERIA HAVER NA CELEBRAÇÃO UMA MÚSICA QUE NÃO FOSSE UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE” - PIO X) E A UNIVERSALIDADE (AJUDAR OS CELEBRANTES DE TODAS AS CULTURAS A SE IDENTIFICAR NA CELEBRAÇÃO) D izer que a música é parte da lavra, seja o modo mais utilizado na derá-la integrante juntamen- tem a capacidade de dar um colori- celebração litúrgica é consi- te com a Palavra, os gestos, os sinais e símbolos. Ela ajuda a compor a celebração e não é o elemento principal, muito embora, depois da Pa- 26 REVISTA PANORAMA comunicação litúrgica e aquela que do especial e festivo à celebração. Não se pode pensar a celebração litúrgica sem a música, pois, em nn 286 – 288. Têm a finalidade de transpor para finalidade de acompanhar o rito, como coadjuvante. Assim, a mú- Sobre isso: ler CNBB, Estudo 12, nn 283 – 285. Sobre isso: ler CNBB, Estudo 12, mistério pascal de Cristo, sempre CANÇÕES PARA ACOMPANHAR O RITO dia) contexto celebrativo) sinais e gestos exaltando o mesmo iluminado por diferentes contextos. Cordeiro de Deus (permanece CANÇÕES QUE REALÇAM O TEMPO LITÚRGICO do com o evangelho do dia ou com um elemento estranho, mas sim Santo (permanece a letra da litur- gia, muda a melodia) acordo com o contexto celebrativo) que não se faz a mesma homilia proposto pela liturgia do dia) Canto de entrada (escolhido de de cantos para todas as missas da comunidade. Uma vez que existem Salmo responsorial (sempre o >> 27 REVISTA PANORAMA dentro da celebração o clima que a Igreja vive. Quanto ao tempo litúrgico, na escolha das canções não se considera somente a poesia, mas também o ritmo e a execução. Na Quaresma e no Advento, por exemplo, a sensibilidade litúrgica pede canções com poucos instrumentos e um jeito de cantar diferente. De modo geral, o clima é manifestado pela música nestas ocasiões: Advento (canções de esperança e expectativa, sóbrias) Natal (canta alegre e com ternu- LITURGIA LITURGIA alguns momentos, ela é o próprio para apoiar e dirigir o canto dos fiéis ca, proclamando os textos bíblicos, ministério múltiplo: ora dirigindo o festas do Tempo, canções alegres) principalmente em lugares onde ponsorial, e participando dos outros ou reforçando seu canto litúrgico, e de conversão, muito sóbrias) res pode ser formado, ou então, nas Tempo do Natal (conforme as Quaresma (canções penitenciais Páscoa (conforme os dias do Tríduo Pascal) Tempo Pascal (cantar alegre e animado a vitória da vida e o com- (Instrução Musicam Sacram, 21), nem um pequeno grupo de canto- Não se deve, por hipótese alguma, canto: um canto qualquer cuja mensagem pode atuar. Cabe ao animador de Orientar a escolha dos cantos da celebração; pedagogia litúrgica do discipula- equilíbrio entre tradição e novidade, do cristão, varia de domingo a domingo) FUNÇÃO DE QUEM PRESIDE A ASSEMBLEIA LITÚRGICA Quem preside tem plena liberdade quanto ao canto de uma ou mais partes da celebração que são de sua Dosar o repertório, promovendo repetição e variedade; Animar o canto da assembleia, de modo a fazê-la vibrar ao cantar estribilhos e refrãos ou hinos, ao responder ou aclamar à proclamação das Escrituras, e ainda levá-la a sintonizar profundamente com a Oração Eucarística, dela participando mediante as aclamações, sobretudo o “Santo”; Encontrar, com sua sensibilida- competência cantar. A Oração Euca- de e criatividade, a expressão cor- te da celebração, se os que presi- de canto, a cada ritmo, provocan- rística se tornaria o ponto culminandem cantassem o Prefácio seguido do “Santo” entoado pela assembleia; a narrativa da instituição; a aclamação memorial (Eis o mistério da Fé! e a resposta da assembleia: Anun- ciamos...) e a doxologia (Por Cristo...). Além de dar maior expressividade a essas partes da Oração Eucarística, o canto resgataria valores preciosos que a teologia eucarística do Vaticano II nos legou e que as Igrejas Orientais até hoje conservam. FUNÇÃO DO ANIMADOR DE CANTO É muito importante a participação de pessoas adequadamente preparadas para o papel de solistas, cantos responsoriais. celebrações nas quais o coral não promisso cristão) Tempo Comum (conforme a de maneira especial o Salmo res- poral mais adequada a cada tipo substituir um salmo indicado por não faça eco à primeira leitura, e admitir “cantores profissionais” contratados apenas para “dar show” na celebração. Isso desmerece o trabalho das equipes de celebração, além de transformá-la em mera formalidade social, sem significado litúrgico verdadeiro. FUNÇÃO DO CORAL A reforma litúrgica do Vaticano II não aboliu o coral, mas o incentivou (SC114). Um coral bem formado e orientado, longe de eliminar o canto da assembleia, pode exercer seu povo na oração cantada, alternando ora destacando-o com o acréscimo de um arranjo musical. Para bem Os instrumentos podem ser de coral se coloque próximo ao povo, o canto ou sós (MS 63), na medida exercer sua função, é preciso que o sem impedir sua visão, e não longe dos instrumentos de acompanhamento. São suas funções: Enriquecer o canto do povo, com possibilidades de variar textos e melodias; Criar espaços de descanso que fomentem a contemplação em celebrações mais festivas ou até substituindo o povo no canto; Dar um colorido mais próprio a cada celebração do ano litúrgico, favorecendo uma vivência mais intensa da diversidade do mistério cristão; Animar o canto da assembleia, guiando e sustentando as vozes do povo. do pouco a pouco a assembleia, com naturalidade e simplicidade, a se expressar em gestos, aplausos e dança em certos momentos da celebração. FUNÇÃO DO SALMISTA É importante valorizar a função do salmista na assembleia, com seu ministério específico. Ele está encarregado do salmo responsorial, que é Palavra de Deus e resposta à primeira leitura. Por isso, entoa os versos enquanto a assembleia fica em atitude de escuta, respondendo com o refrão. Esse ministério poderá ser exercido com habilidade artísti- 28 REVISTA PANORAMA FUNÇÃO DOS INSTRUMENTISTAS 29 REVISTA PANORAMA grande utilidade, acompanhando em que prestam serviço à Palavra cantada, ao rito e à comunidade em oração. Tal como a voz, não podem ser classificados como sacros ou profanos. O uso de determinados instrumentos na liturgia depende do contexto no qual se insere a comunidade celebrante: se conseguem integrar-se à liturgia, ajudando-a e exprimindo-a melhor, especialmente pelo acompanhamento do canto, a comunidade poderá fazer uso deles. Para admitir e usar instrumentos na liturgia deve-se levar em conta o gênio, a tradição e a cultura de cada povo. (MS, 63) LITURGIA LITURGIA ra o nascimento de Jesus) B oa notícia para os moradores do Morro do Moreno: desde o dia 14 de junho o local passou a contar com um módulo de Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), da Polícia Militar (PM). O objetivo é reforçar a segurança da re- gião e trazer mais tranquilidade aos frequentadores do local. Viaturas, motocicletas e bicicletas da PM transitarão na região, além do acompanhamento por meio de videomonitoramento, com o intuito de inibir ações criminosas. O secretário de Estado de Segurança, André Garcia, explica que a iniciativa servirá de ponto de apoio para o projeto Patrulha da Comu- nidade, que cumpre este papel de um policiamento preventivo nos bairros. Além disso, Garcia lembra que o módulo é fruto de um trabalho desenvolvido a partir de parcerias. “Este módulo da PM no Morro do Moreno é resultado de um projeto do 4º Batalhão, junto com a comunidade. Foi uma parceria com a Associação de Moradores da Praia da Costa, que há tempos apresentava esse anseio. A associação procurou a PM, que acolheu o projeto, nós aqui da secretaria demos apoio, e a Prefeitura Municipal de Vila Velha também colabora com a presença da Guarda Municipal. Enxergamos nesse módulo um ponto de apoio para a patrulha comunitária”, destaca. André Garcia ressalta ainda que os maiores problemas encontrados no Morro do Moreno são o tráfico de drogas, a agressão a esportistas, principalmente corredores, assaltos, além da presença constante de usuários de dro- gas. No entanto, com o aumento do policiamento na região, espera-se a redução gradativa dessas ocorrências. 30 REVISTA PANORAMA 31 REVISTA PANORAMA COMUNIDADE COMUNIDADE MORRO DO MORENO: LAZER COM SEGURANÇA COMUNIDADE PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO COMEMORAÇÃO Walace se lembra que ele e seus amigos, ao perceberem A instalação do módulo do SAC no Morro do Mo- reno foi comemorada por muitos moradores da região, que já sofreram com a violência ou tomaram conhecimento de casos ocorridos. Walace, 25 anos, a situação, imediatamente desceram de forma acelerada. Ele conta ainda que agradece a Deus por ter saído ileso do episódio, já que o assaltante armado poderia ter atirado nele e em seus amigos no momento da descida. praticante de Mountain Bike e assíduo frequentador Já Victor, de 30 anos, praticante de uma modalidade serem assaltados. Segundo ele, a mata fechada da disse que nunca foi assaltado no Morro do Moreno, cam principalmente se a pessoa estiver sozinha. bém o uso de drogas como um dos transtornos para do Morro do Moreno, relata ser comum visitantes região facilita o esconderijo de bandidos, que ata- No que se refere aos ciclistas, Walace observa que, em geral, os assaltos são raros, pois nor- do ciclismo denominada Downhill e colega de Walace, embora tenha ouvido vários relatos. Ele aponta tam- quem frequenta o ponto turístico, deixando de ser um local seguro para se levar as crianças, por exemplo. malmente eles sobem o Morro do Moreno em Apesar dos relatos, tanto Walace como Victor acre- assaltado ao subir o ponto turístico a pé, jun- do Moreno vai ajudar muito no que se refere à grupos. Ele relembra que, anos atrás, quase foi to com dois amigos. Segundo contou, estavam chegando ao topo do Morro quando foram surpreendidos por três jovens saindo da mata, sendo que um deles portava uma arma. ditam que a instalação do SAC da PM no Morro segurança na região, além de atrair mais turistas, já que o local oferece uma vista magnífica de Vi- tória e Vila Velha, exibe uma natureza exuberante e apresenta um enorme potencial turístico. I nst al ad o em j unho, o nov o mód u l o d a P o l í c i a M il it ar v ai of erec er mais seguran ç a a o s fr e q uent ad ores d o M orro d o Mo r e n o 32 REVISTA PANORAMA Lutamos para construir, mas é o Senhor que nos dá força para trabalhar. 27 3399.5400 www.santosneves.com.br Rua Castelo Branco, 449 Praia da Costa • Vila Velha/ES aluguel, e faziam a transferência de cadastro do dízimo todas as vezes. CONSCIÊNCIA CRISTÃ CONSCIÊNCIA CRISTÃ de domicílio, pois moravam de Sua filha Aline foi pescada pelas homilias do Padre Anderson e esse casal, que sempre percebe a ação de Deus em suas vidas, começou a frequentar a comunidade San- to Antônio. Atualmente, a casa é própria, com vista para o Convento da Penha. Eva faz parte também da B e r n a d e te c o m o m a r i d o , E r a s m o , e o fi l h o V i n í c i u s n o Tr í d u o d a m a tr i z MINHA IGREJA É QUANDO EU SOU N este ano, a Campanha do concreta a misericórdia de Deus. Só de Vitória comemora os de oração podem ser mais acolhe- Dízimo da Arquidiocese 25 anos da Pastoral do Dízimo e destaca a importância do compro- misso e fidelidade de cada dizimista para que o Evangelho aconteça com o dízimo de cada um as casas doras e, assim, receber com alegria aqueles que são chamados à con- versão e a uma nova vida em Cristo. na prática. Para que a Igreja seja Bernardete Maria Magnoni Covre e acolhedora, cada um, indepen- anos, mas, somente no último mês, mais missionária, misericordiosa dente do dom que coloca a serviço da comunidade, tem a missão de ser dizimista, pois é a soma de todos que faz com que a Igreja seja mais e alcance os lugares mais mudou para a Praia da Costa há três transferiu seu dízimo para a comu- para todo cristão: a fé, a esperança criatura” (Marcos 16, 15). As obras de caridade espalhadas pelo mundo só podem ser realizadas em ra- zão do dízimo; é a resposta da Igreja ao chamado de tornar visível e 34 REVISTA PANORAMA no Encontro de Casais com Cristo família sempre foram católicos, (ECC) e Encontro de Jovens com mas buscavam acolhimento em O DÍZIMO REPRESENTA identificassem. Na Igreja dedicada NOSSA VONTADE DE alguma comunidade com a qual se à Santa Luzia, eles encontraram COLABORAR DE VERDADE à Igreja de Cristo. Maria da Penha COM O PROJETO DIVINO o sentimento de pertencimento atualmente integra a equipe de Liturgia e conta que se cadastrar para ser dizimista foi o próximo Jorge Alexandre da Silva e sua simples e acolhedor da comunidade contam que sempre foram dizi- Santa Luzia. É muito bom se sentir parte, se sentir amado”, comenta. que Deus faz por nós”, afirmam. NESTE MUNDO”. passo para selar esse compromisso de vida. “Estamos felizes com o jeito Cristo (EJC). “É preciso ser grato pelo esposa Eva se dizem “misseiros” e mistas. Desde que chegaram ao estado, mudaram algumas vezes definitivo da comunidade anterior. É o dízimo que financia as missões mundo e pregai o Evangelho a toda filha Aline e o genro são voluntários Socorro porque se desligou em “É pelo dízimo que podemos viver a Jesus que nos diz: “Ide por todo o a neta Maria Clara faz catequese, a nidade Nossa Senhora do Perpétuo remotos e solitários do planeta. da Igreja pelo mundo, obedecendo equipe dos Pequeninos do Senhor, Jor ge Ale x a n dr e com sua e sp osa , Eva , a f i lh a , o ge n r o e a n e t a , Ma r i a Cla r a as três virtudes mais importantes e o amor-caridade, que nos levam mais perto de Deus. O dízimo repre- SEJA MEMBRO DA PASTORAL DO DÍZIMO! senta nossa vontade de colaborar de verdade com o projeto divino neste mundo”, diz, explicando a razão pela qual sempre foi dizimista. M a r i a d a P e n h a e a fa m í l i a . A fi l h a Ta ti a n a a tu a c o m o c a te qu i s ta d e C r i s m a n a Maria da Penha Patrocínio e sua c o m u n i d a d e P e r pé tu o S o c o r r o 35 REVISTA PANORAMA SAIBA MAIS NA SUA COMUNIDADE tatas e solenidades de padroeiros. Está tudo no nosso site. Fotos, homilias em vídeo... Confere lá! NO SITE, PODEMOS ENCONTRAR TODOS OS EVENTOS PAROQUIAIS. CONFIRA! Uma noite agradável marcou a Festa Junina da Comunidade Santa Luzia. O Coral da Arcelor Mittal encantou os devotos de Santo Antônio. { Padre Anderson abençoando os pães na Solenidade em honra a Santo Antônio. Santo Antônio pediu e Deus segurou a chuva na Festa Junina da Comunidade. 36 REVISTA PANORAMA { { { { O mês de Junho foi marcado por festas juninas, can- { Na Festa Junina da Perpétuo, SITE SITE { SITE: nspsocorro .com.br MÊS DE JUNHO NA PARÓQUIA encontro de todas as gerações no Arraiá da Alegria. As crianças fizeram bonito coroando Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na Missa Solene em honra à Padroeira, presença ilustre do Arcebispo Dom Luiz M. Vilela Cantata e muitas honras marcaram a Festa em homenagem à Padroeira. O Grupo Fraternidade e Vida sempre apoiando e conscientizando o povo a cuidar da nossa casa comum em todas as festas da Paróquia. { { REVISTA PANORAMA Todas as edições da Revista Panorama estão disponíveis em www.nspsocorro.com.br 37 REVISTA PANORAMA tou e tentou fugir. Então, ele acertou Maria Goretti no qual ela lhe entre- quando ela tinha nove anos. e fugiu. Foi o pai do jovem quem que ele as segurou. Quando terminou deiros e acabou morrendo de malária Aos onze, sua beleza já chamava atenção e despertou paixões desequilibradas no jovem Alessandro Serenelli, então com 20 anos. Ele assediava mais três facadas na pobre menina levou Maria Goretti ao hospital. Ela foi operada, sem anestesia, mas os médicos não puderam fazer muito frente aos graves ferimentos. Maria Goretti, mas a menina não cedia Para admiração de todos, Maria julho de 1902, quando ela estava cos- do que queria encontrá-lo no céu. às investidas. Foi então, que, em 5 de turando e vigiando sua irmã menor, Alessandro a ameaçou de estupro. Corajosa, defendeu-se e começou a rezar, dizendo que aquilo era pecado e que ele iria para o inferno. Não conseguindo o que queria, o rapaz lutou com a garota, que continuava rezando e lutando para se proteger. Vendo que nada conseguiria, Ales- sandro lhe deu 11 facadas. Maria gri- Goretti perdoou seu agressor, dizen- MARIA GORETTI N ela faleceu no dia seguinte, olhando uma pintura da Virgem Maria. Seu assassino foi preso, julgado e condenado a 30 anos de reclusão. Três anos mais tarde, ele recebeu a visita do Bispo local e se arrependeu, dizendo que teve um sonho com 38 REVISTA PANORAMA leito de morte, lhe perdoou, eu também lhe dou meu perdão”. Depois disso, os dois foram juntos à missa. por Deus e pelo perdão de Maria para o mosteiro da ordem menor dos frades Capuchinos. Lá, trabalhou como porteiro e jardineiro. Dizia que Maria Goretti era sua pequena Santa. Morou ali até o fim de sua vida, em 1970. Devoção Oração O Papa Pio XII celebrou a beatificação de Maria Óh Santa Maria Goretti que, reforçada pela graça de 1950, celebrou sua canonização. Sua mãe e os qua- em derramar teu sangue em sacrifício da própria tro irmãos estavam presentes na cerimônia, inclusive seu assassino, arrependido, Alessandro Serenelli. Foi uma das mais jovens santas da Igreja católica. Deus, não hesitou, mesmo com a idade de 11 anos, vida para defender tua pureza virginal, olhai graciosamente para a infeliz raça humana, que se desvia muito longe do caminho da eterna salvação. Ensi- nai-nos a todos e, especialmente à juventude, com Mais de 500 mil pessoas assistiram a celebração na praça de São Pedro, em Roma. Foi um momento inesquecível para a história da Igreja, onde todos pude- ram ver como a misericórdia de Deus pode transfor- coragem e presteza, que devíamos fugir, por amor a Jesus, de tudo o que possa ofender ou manchar as nossas almas com o pecado. Obtenha para nós, a partir de Nosso Senhor, vitória na tentação, conforto mar tudo, inclusive situações quase sem esperança, nas tristezas da vida, e a graça que fervorosamente como o assassinato de uma menina de 11 anos. juventude, da pobreza, das vítimas de estupro, da uma casa compartilhada com outra família, chamada Serenelli. O pai de Maria menina disse: “Se minha filha, em seu Goretti e sua mãe, Alessandro entrou temente a Deus, e os pais ensinavam a fé cristã para os filhos: Maria da época, a família perdeu a fazenda onde morava e precisou se mudar para Goretti implorar seu perdão. A mãe da defendeu. Para a comoção de todos, várias vezes, mas que sempre se A festa de Santa Maria Goretti é celebrada em 6 Goretti, Tereza, Ersília, Ângelo, Sandrino e Marciano. Devido a circunstâncias Serenelli foi à casa da mãe de Maria Profundamente arrependido, tocado atural de Corinaldo (Itália), Santa Maria Goretti nasceu em 1890, filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini. Sua família era muito pobre, porém, de cumprir sua pena, Alessandro Contou que ele tentou estuprá-la Goretti em 27 de abril de 1947 e, em 24 de junho de SANTA gava flores, que pegaram fogo assim imploro-te, (fazer seu pedido), e possamos desfrutar um dia da imperecível glória do Céu. Amém. de julho. Ela é tida como a Santa da castidade, da pureza de coração e do perdão. É representada carregando lírios, sinal de pureza, e com vestes brancas, sinal de sua virgindade. 39 REVISTA PANORAMA DEVOCIONAL DEVOCIONAL Goretti foi trabalhar para outros fazen- CRIADO HÁ DOIS ANOS, GRUPO PEQUENINOS DO SENHOR SE CONSOLIDA E PRECISA DE MAIS PAROQUIANOS DESEJOSOS DE DEDICAR SEU TEMPO À EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS ninos do Senhor”, com ações iniciais em embarcar nesse projeto. A designer de inte- evangelização de crianças de 3 a 7 anos, inicialmente e contará com a ajuda de outras Campinas (SP). Trata-se de um serviço de durante as missas no Dia do Senhor. Oferece, gratuitamente, o Missal dos Pequeninos, que é um material próprio com subsídio Cate- quético-Litúrgico, de fácil acesso e lingua- gem simples para os catequistas acolherem os pequeninos, enquanto seus pais estão na riores Ingrid Schwartz articula os trabalhos paroquianas que também coordenam os trabalhos a cada domingo. “Que essa iniciativa sirva para o crescimento religioso das crianças. Um servir puro e livre de vaidades”, comenta Ingrid. missa ou na celebração dominical. O projeto No início, a equipe atuará nas missas e ce- missa no Dia do Senhor, tendo ali um espaço voluntário servirá aproximadamente em tem como objetivo levar as famílias para a adequado para as crianças ouvirem e crescerem nos ensinamentos de Jesus Cristo. Seguindo esse exemplo, a Paróquia Nossa lebrações aos domingos, às 18 horas. Cada uma missa por mês. No primeiro domingo, elas acolheram 14 crianças, e já na segunda semana o número quase dobrou. Senhora do Perpétuo Socorro começou a As coordenadoras sinalizam que haverá consolida e já começa a render belos frutos. para os voluntários, com a finalidade de implantar o projeto há dois anos. Hoje, ele se A iniciativa é paroquial, mas cada comuni- dade tem autonomia de atuação de acordo com sua realidade. A matriz foi o projetopiloto e as regras seguem os padrões de Campinas. eventos em comum e formação paroquial troca de experiências e colaboração mútua entre todos. “Embora sejam comunidades diferentes, os objetivos são os mesmos”, reforçam Luciana e Ingrid, que anseiam pela chegada de novos voluntários. Na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a equipe, que hoje é coordenada CONSEGUIR VOLUNTÁRIOS pela catequista Luciana Merçon, conta que o primeiro desafio é encontrar a linguagem SUFICIENTES PARA QUE Evangelho de cada domingo para crianças ESSA MENSAGEM SEJA adequada para transmitir a mensagem do tão pequenas. “Conseguir voluntários sufi- CADA DIA MAIS EFICAZ cientes para que essa mensagem seja cada dia mais eficaz é outra barreira que temos É OUTRA BARREIRA QUE queninos do Senhor” atua nas missas e cele- TEMOS QUE TRANSPOR”. que transpor”, destaca. Na Perpétuo, o “Pe- É brações de domingo, às 11 horas e às 19h30. comum que, com o nascimento dos filhos, da Igreja Católica sempre foi de acolhida, especial- menos enquanto as crianças estão pequenas. próprio Jesus “Deixai vir a mim estas criancinhas e não alguns casais reduzam a frequência às missas ao Entre as razões apresentadas para esse comportamento estão a dificuldade de fazê-las se concentrar na celebração, o receio de incomodar outras pessoas na assembleia e não ter com quem deixá-las. A postura 40 mente das famílias, lembrando o ensinamento do as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham” (Mt 19, 14). Diante dessa realidade, foi criado o projeto “Peque- REVISTA PANORAMA Cada voluntário serve em aproximadamente apenas uma missa por mês e a média atual é de 30 crianças por encontro. Com a expectativa de levar a Boa Nova às crianças de forma lúdica e apropriada para a SEJA UM VOLUNTÁRIO DO PROJETO “PEQUENINOS DO SENHOR” E AJUDE A LEVAR O EVANGELHO ÀS CRIANÇAS DA PARÓQUIA. idade, um grupo de paroquianos da co- munidade Santo Antônio também decidiu 41 REVISTA PANORAMA PROCURE AS COORDENADORES DE SUA COMUNIDADE E PARTICIPE! IGREJA EM AÇÃO IGREJA EM AÇÃO OS PEQUENOS ESTÃO CRESCENDO PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO (27) 3072-8154 | 9.8859-5924 [email protected] www.maryhelp.com.br Rua Maranhão, 575 – Sala 112 Centro Empresarial Praia da Costa – Torre Sul Praia da Costa – Vila Velha – ES CAMPANHA DO DIZIMO Porcelanato 42 REVISTA PANORAMA Pastilhas de Vidro Você e sua família sempre de férias! FRENTE PARA O MAR 3ou4Q | 1ou2 Suítes Praia da Costa PISCINA SEMI-OLÍMPICA 3ou4Q | 1ou2 Suítes 2ou3Q | 1ou2 Suítes Praia de Itapoã SUÍTE COM CLOSET 3Q | 1 Suíte Praia da Costa ELEVADOR PANORÂMICO 4Q | 2 Suítes Praia da Costa CONDOMÍNIO ECONÔMICO 2ou3Q | 1 Suíte Praia de Itapoã Creci 2877j Praia de Itapoã 2 ÁREAS DE LAZER 3201-6999 Av Gil Veloso, 442 - Praia da Costa www.construtoracanal.com.br Marca de qualidade e confiança /canal.construtora /construtoracanal