vocação sacerdotal: conheça histórias de padres que dedicam suas

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vocação sacerdotal: conheça histórias de padres que dedicam suas
nspsocorro.com.br
PRAIA DA COSTA - JULHO - 2016 #26
VILA VELHA - ES
REVISTA DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
VOCAÇÃO SACERDOTAL:
CONHEÇA HISTÓRIAS
DE PADRES QUE
DEDICAM SUAS VIDAS À
EVANGELIZAÇÃO
IGREJA EM AÇÃO
Saiba o que acontece na
igreja antes da Missa
16
COMUNIDADE
Mais segurança: Morro
do Moreno ganha
módulo da Polícia Militar
30
CONSCIÊNCIA CRISTÃ
Campanha do Dízimo:
Minha igreja é mais quando
eu sou mais
34
Nesta edição
você encontra:
Produtos:
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Paróquia N. Senhora do Perpétuo Socorro
Pároco: Padre Anderson Gomes da Silva
Contato: (27) 3329-4282 | Rua São Paulo, S/N
Praia da Costa - Vila Velha - ES
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MTb 1879 - ES
Jornalista responsável:
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Fotos: Colaboração Antônio Ferrão e Pascom
Tiragem: 3.000 exemplares
Distribuição: Praia da Costa
Vila Velha - ES
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儀甀攀洀 琀攀 昀愀稀 猀攀渀琀椀爀 攀猀瀀攀挀椀愀氀Ⰰ 洀攀爀攀挀攀 爀攀最椀猀琀爀漀⸀
nar-nos fortes
(CF. 2Cor 12, 10)
10
PATROCINADORES DA FÉ
Empresários de Vila Velha apoiam Revista
Panorama desde o início
12
JOVENS
O machismo criminoso
IGREJA EM AÇÃO
16
Nos bastidores da Missa
18
PALAVRA DE SALVAÇÃO
A oferta para Deus
ESPECIAL
20
Vocação sacerdotal: um dom a
serviço da vida
LITURGIA
26
A importância de se cantar “a” liturgia e
não “na” liturgia (parte II)
COMUNIDADE
30
Morro do Moreno: lazer com segurança
CONSCIÊNCIA CRISTÃ
34
Minha Igreja é mais quando eu sou mais
36
Confira o que aconteceu no mês de Junho
em nossa Paróquia
DEVOCIONAL
Santa Maria Goretti
IGREJA EM AÇÃO
***Os artigos e matérias da Revista Panorama são produzidos por colaboradores,
membros do Conselho Editorial e da Pastoral
da Comunicação da Paróquia Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro.
8
Sabemos que, na fraqueza, podemos tor-
SITE
Conselho Editorial:
Andrea Almeida
Antônio Ferrão
Camila Sampaio
Carol Zorzanelli
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Gese Loriato
Gustavo Comério
Kênia Puziol
Max Rege
Micael Paz
Paulo Soldatelli
Ruana Oliveira
Soeli Uliana
Tariza Campos
Thiago Sanches
6
FALA PARÓQUIA
VOZ DO PAPA
Serviços:
Vila Velha
Av. Carlos Lindemberg, 2400
4
EDITORIAL
38
40
Os pequenos estão crescendo
3
REVISTA PANORAMA
EDITORIAL
SER PADRE É...
No próximo dia 04 de agosto a Igreja comemora o Dia do
Padre. Uma vocação cercada de desafios e dificuldades,
mas também cheia de alegrias, amor e fé. O sacerdócio
talvez seja um dos ofícios mais cheio de contrastes. Dia-
riamente, lidamos com alegrias e tristezas, nascimentos e
perdas, privações e bênçãos.
A palavra sacerdote, em sua origem, quer dizer saciar dos
dons do céu, alimentar da graça de Deus. Ser sacerdote
é satisfazer no outro a fome do alimento espiritual. Na
celebração eucarística, temos a honra de, mesmo com
toda nossa humanidade, consagrar o pão e o vinho, para
que, como Corpo e Sangue de Cristo, sejam alimento que
traz nova esperança, impulsiona para enfrentar os desafios
da vida e nos salva.
A VIDA DO
Pe. Anderson Gomes da Silva
PÁROCO
SACERDOTE É UM
EXERCÍCIO DE AMOR.
UMA DOAÇÃO
SILENCIOSA”.
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Ser padre é assumir a missão de
Jesus de ser o Bom Pastor para
suas ovelhas e apascentar aquelas que precisam de resgate,
cura, libertação, orientação, luz.
Também é ser pai, aquele que
busca ter sempre uma orienta-
ção, uma proposta de vida e um
rumo seguro a indicar. Ser padre
é gastar-se gratuita, alegre e generosamente a cada dia
como dom a serviço da vida.
O padre é um ser humano sujeito a tentações, fraque-
zas, emoções e sentimentos. A vida do sacerdote é um
exercício de amor. Uma doação silenciosa. Um testemunho eloquente dado por meio de uma vocação vivida e
renovada todos os dias. Somos comunicadores e entusiastas do Evangelho, pregadores e conversores da fé, lutando
sempre por uma vivência cristã mais perfeita.
Nas palavras de São Vicente de Paulo, “com o tempo se
percebe que ser padre é muito mais que um status social,
mas um compromisso sincero e verdadeiro com a pessoa
e o projeto de Jesus Cristo”.
4
REVISTA PANORAMA
FALA
PARÓQUIA
Muito boa a edição de junho. Excelentes matérias,
do início ao fim! Não poderia deixar de destacar os
casais da Paróquia que nos dão exemplo de tes-
temunho de consciência cristã no servir a Deus, à
Igreja e ao próximo. Quero parabenizar os responsáveis por nos permitirem um ano cheio de matérias
interessantes”.
ILUSKA CALIMAN PERIM (Whatsapp)
Gostaria de parabenizar o Pároco, todos os
membros do conselho editorial e patrocinadores da
revista Panorama pelo belíssimo trabalho, dedicação, empenho, capricho, carinho, doação e com-
Muito interessante a reportagem sobre a impor-
prometimento para que todo mês tenhamos em
tância de se cantar a Liturgia, muitos questionam e
evangelização, entre outros assuntos. A todos vocês,
são litúrgicas, agora podem entender o porquê”.
nossas mãos informações, serviços, conhecimentos,
querem que cantemos algumas músicas que não
obrigada pelo maravilhoso trabalho e empenho. Um
SORAIA RAFAEL RODRIGUES (Whatsapp)
grande abraço”.
ANDRÉA MARQUES PREST E FAMÍLIA (Site)
A importância de ter a família servindo ao próxi-
mo e à igreja incentiva outras famílias a fazerem o
Muito importante a reportagem sobre o desafio de
mesmo, ótima reportagem”.
locomoção em nosso bairro. É necessário cuidar com
RAFAEL OLIVEIRA (Whatsapp)
seriedade de nossas ruas e calçadas”.
ROSSANA ABICAIR (Whatsapp)
Erramos
[email protected]
[email protected]
Na edição de junho, as fotos da matéria especial saíram com as datas erradas. A imagem da página 18 é da década de 60 e a da página 19 foi tirada
Rua São Paulo, s/n – Praia da Costa-ES
6
nos anos 1970.
REVISTA PANORAMA
os olhos à enfermidade e à defi-
Sabemos que Deus pode com-
contexto dedica-se a jornada jubilar
dadeiro sentido da vida, que inclui
porque Ele mesmo foi pessoalmen-
n’Ele o seu sentido último. Nesse
a todos aqueles que carregam os
sinais da doença e da deficiência.
Todos nós, mais cedo ou mais
tarde, somos chamados a encarar
e a lutar contra as fragilidades e
as doenças, nossas e alheias. De
diferentes formas, mas que sempre
a confiança nas descobertas da
ciência, pensando que certamente
deverá haver um remédio capaz
de curar a doença. Infelizmente
não é assim; e mesmo se fosse,
seria acessível a poucas pessoas.
considera que é impossível ser feliz
uma pessoa enferma ou deficiente,
por ser incapaz de realizar o estilo
de vida imposto pela cultura do
prazer e da diversão. Nesses tem-
NA HOMILIA DO DIA 12 DE JUNHO, O PAPA FRANCISCO DESTACOU O
JUBILEU DOS DOENTES E DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
contra a felicidade e a serenidade
manifesta a vida nova no Espírito
o apóstolo Paulo expressa o mistério
da vida cristã a partir do Batismo.
De fato cada um, pela imersão na
água, é como se tivesse morrido e
8
REVISTA PANORAMA
Santo. Esta condição de renascidos
envolve a vida inteira, em todos
os seus aspetos; também a doença, o sofrimento e a morte ficam
o respeito entre os seres humanos.
(Lc 7, 36–8,3) apresenta também
za. A mulher pecadora é julgada e
se tornou um mito de massa e um
deve ser ocultado, porque atenta
dos privilegiados e põe em crise
o modelo dominante. É melhor
manter tais pessoas segregadas em
qualquer ‘recinto’ ou em ‘reservas’
criadas por um compassivo assistencialismo, para não estorvar o ritmo
dum bem-estar falso. Na realidade,
porém, como é grande a ilusão em
que vive o homem, quando fecha
a deficiência é indicação do amor
cer. A forma como enfrentamos o
sofrimento e a limitação é critério
da nossa liberdade em dar sen-
tido às experiências da vida. Por
isso, não nos deixemos turbar por
estas tribulações (cf. 1 Ts 3, 3)”.
marginalizada pelos circunstantes,
mas Jesus acolhe-a e defende-a
‘porque muito amou’ (v. 47). Tal é
a conclusão de Jesus, atento como
está ao sofrimento e às lágrimas
daquela pessoa. A sua ternura é
sinal do amor que Deus reserva
àqueles que sofrem e são excluídos.
mas só é possível alcançá-la se for
negócio, aquilo que é imperfeito
que vive em mim’ (Gal 2, 19). Assim
solidariedade, a mútua aceitação e
a realidade da limitação, onde se
(CF. 2 COR 12, 10)
6, 3-4), e quando reemerge dela,
que estamos dispostos a ofere-
A felicidade que deseja cada um
pos em que o cuidado do corpo
não sou eu que vivo, mas é Cristo
‘perfeitas’, mas quando crescem a
apenas de pessoas aparentemente
A natureza humana, ferida pelo
pecado, traz inscrita em si mesma
te provado por elas (cf. Heb 4, 15).
O modo como vivemos a doença e
uma situação particular de fraque-
pelo contrário, coloca-se toda
preender as nossas enfermidades,
torna melhor quando se compõe
pensar ser possível resolver tudo
com as próprias forças; outras vezes,
fosse sepultado com Cristo (cf. Rm
e da limitação. O mundo não se
O Evangelho do dia 12 de junho
suportando ou contando apenas
“’Estou crucificado com Cristo; já
também a aceitação do sofrimento
nos colocam a questão do sentido
da vida e algumas vezes fazem-nos
SABEMOS QUE, NA
FRAQUEZA, PODEMOS
TORNAR-NOS FORTES
ciência! Não compreende o ver-
pode exprimir-se de muitos modos,
capaz de amar. Esta é a estrada.
Quantas pessoas com deficiência
e enfermas se reabrem à vida, logo
que descobrem que são amadas! E
quão grande amor pode brotar dum
coração, mesmo só através dum
sorriso! Então, a própria fragilidade
pode tornar-se conforto e apoio
para a nossa solidão. Jesus, na sua
paixão, amou-nos até ao fim (cf. Jo
13, 1); na cruz, revelou o amor que
se dá sem limites. Que poderíamos
“O mundo não
se torna melhor
quando se compõe
apenas de pessoas
aparentemente
‘perfeitas’, mas
quando crescem
a solidariedade, a
mútua aceitação e
o respeito entre os
seres humanos”.
nós censurar a Deus, nas nossas
enfermidades e tribulações, que
não esteja já impresso no rosto
do seu Filho crucificado? Jesus é
o médico que cura com o remé-
dio do amor, porque toma sobre
Si o nosso sofrimento e redime-o.
9
REVISTA PANORAMA
Leia a homilia na íntegra em:
w2.vatican.va/content/vatican/pt.html
VOZ DO PAPA
VOZ DO PAPA
inseridos em Cristo, encontrando
PATROCINADORES DA FÉ
PATROCINADORES DA
D
APOIADORES FIÉIS, MERECEDORES DO NOSSO RECONHECIMENTO
ois anos de existência, 26
diante de um cenário econômico
participação. Este é o saldo
E o que motiva esses empresários
publicações e 100% de
de uma relação de parceria que
18 empreendedores e profissionais liberais da região da Praia
da Costa mantêm com a revista.
Empresários que são, antes de
tudo, paroquianos fiéis e apoiado-
desfavorável, entre outros desafios.
a permanecerem como anunciantes da Panorama? Segundo eles,
é a certeza de aliar a publicidade
direcionada com a evangelização:
“Anunciar na Revista Panora-
res do projeto de evangelização
ma significa apoiar esse projeto
Perpétuo Socorro. Presentes desde
tempo, estar entre os católicos,
da Paróquia Nossa Senhora do
a primeira edição da revista, esses
Patrocinadores da Fé merecem
visibilidade e reconhecimento.
É a fidelidade desses empreende-
dores que garante a publicação da
Panorama todos os meses. Uma
lealdade que sobrevive mesmo
de evangelização e, ao mesmo
fortalecendo a nossa imagem
como uma empresa idônea, de
princípios e valores, comprometida
com o trabalho e com as pessoas
que atendemos. Isso acaba sendo
muito favorável, também, para nós”,
garante Andréia Giorisatto, sócia
proprietária da Papelaria Rainha.
Conheça os Patrocinadores da Fé
anunciantes desde a primeira edição da Revista:
Construtora Canal,
Construtora Galwan,
Papelaria Rainha, Orion
Engenharia, Alvomac,
Santos Neves, UpTime,
Tevah, Restaurante Tonini’s, Expert Engenharia,
3 L Engenharia, Cabelo
& Beleza, Ótica Glória,
Dra. Renata Fassarella,
Hegner & Almeida, Dr.
Paulo Paladini, Kylimedi, Posto Champagnat.
comentários grosseiros em relação
e também dados estatísticos.
um objeto descartável”, relata.
uma série de elementos culturais
Estima-se que a cada 11 minutos
Embora admita que ele mesmo já
Este número, contudo, é reconhe-
ao dar uma cantada, o estudante
uma mulher é estuprada no país.
cidamente subnotificado e, de
acordo com especialistas, pode ser
até dez vezes maior: acredita-se
que, por ano, mais de meio milhão
de mulheres tenham sofrido algum
tipo de violência sexual. Assim, a
proporção, na verdade, seria de
quase um abuso por minuto.
Pesquisadores do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
do Governo Federal, concluíram,
com base em dados de uma pes-
quisa feita em 2013, que 0,26% da
população tenha sofrido algum
tipo de violência sexual, porcenta-
O MACHISMO
CRIMINOSO
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER GANHA CADA VEZ MAIS ESPAÇO
NAS RODAS DE CONVERSA E FAZ COM QUE OS JOVENS DEBATAM
COMPORTAMENTOS QUE INCENTIVAM A ‘CULTURA DO ESTUPRO’
D
urante o mês de maio, o Brasil figurou nas manchetes dos principais jornais do mundo. Infelizmente, as notícias não eram boas.
Os dois casos de estupro coletivo envolvendo menores de idade
que foram noticiados, no Rio de Janeiro e no Piauí, reabriram o debate
sobre a existência da chamada “cultura do estupro” no Brasil. As discus-
12
REVISTA PANORAMA
às mulheres, como se elas fossem
gem que equivale a 527 mil pes-
soas; destas, apenas 10% chegam
ao conhecimento da polícia.
Essa “cultura” e esse comporta-
tenha se excedido algumas vezes
tem uma postura empática ao falar
da situação das mulheres. “Acredito
que frequentemente as mulheres
devem pensar duas vezes antes
de colocar uma roupa mais cur-
ta com receio de ouvirem algum
comentário grosseiro na rua, no
trabalho, na escola ou na faculdade.
Imagino que não deve ser fácil ser
mulher no Brasil e apoio que elas
critiquem esse pensamento ma-
chista e sexista que existe no país,
onde muitas vezes não se elogia a
mulher pelo que ela pensa, pelas
suas qualidades intelectuais, e sim
pela sua aparência física”, aponta.
É IMPORTANTE DESTACAR QUE NEM TODOS
mento social começaram a figurar
OS HOMENS TÊM ESSA
que veem a urgente necessidade de
MACHISTA E SEXISTA, MAS
também nas conversas dos jovens,
POSTURA MISÓGINA,
desconstruir o machismo exacerba-
RECONHEÇO QUE UMA
do da sociedade brasileira, que acaba por propiciar esse tipo de man-
GRANDE MAIORIA AGE
anos, acredita que a mudança deve
ACABA POR REFLETIR EM
chete. O universitário Jorge, de 27
DESSA FORMA, O QUE
começar pelos homens. “O terrível
NOSSA SOCIEDADE”.
acontecimento do estupro coletivo
que ocorreu no Rio é asqueroso,
Entretanto, Jorge não deixa de fazer
dito que, infelizmente, fatos como
que nem todos os homens têm essa
para dizer o mínimo, porém, acre-
esse ocorram continuamente. Como
homem, posso dizer que o Brasil é
um país muito machista. Já pre-
senciei, em roda de amigos, vários
uma ressalva: “É importante destacar
postura misógina, machista e sexis-
ta, mas reconheço que uma grande
maioria age dessa forma, o que acaba por refletir em nossa sociedade”.
13
REVISTA PANORAMA
JOVENS
JOVENS
ESPECIAL
sões são travadas com base em
JOVENS
ESPECIAL
Na visão de
quem sofre
Julia (nome fictício), 21 anos, é estudante de Direito e
relata já ter vivido uma experiência de violência. “Fiquei
estarrecida com os casos de estupro coletivo, mas não
foi surpresa. Todo dia ocorrem inúmeros atos de vio-
lência contra a mulher, seja na forma de assédio ou de
violência sexual, e a maioria fica impune. Eu mesma já
fui assediada na rua quando passava em frente a uma
construção. Uma vez, no ônibus, um senhor que apa-
rentava ter mais de 60 anos se enroscou em mim e eu,
já cansada de atos como este acontecendo comigo, dei
um grito tão estridente que o ônibus todo ficou mudo
e o senhor que praticou essa nojeira, não sabendo onde
se esconder, saltou correndo na primeira parada”.
Ela conta que, em razão desse tipo de situação, pas-
sou a se preocupar mais com o modelo de roupa que
vai vestir antes de sair de casa e que repara o mesmo
comportamento entre suas amigas. “Possuo colegas
que têm o chamado ‘corpo violão’ e sofrem assédio
diário na rua, no trabalho, na faculdade... e fico pensando que, se eu que sou magra e fujo a esse estereótipo,
me policio em relação à roupa que vou usar, imagina
essas minhas amigas. Os homens precisam parar de
pensar que a mulher é posse deles, um objeto”.
A jovem afirma que, embora casos como o do Rio de Janeiro e do Piauí sejam muito graves, as pessoas não devem deixar de se atentar para outras situações que, por
vezes disfarçadas, são tão desrespeitosas e criminosas
quanto. “O estupro é a expressão máxima da violência
contra a mulher, porém, o assédio que sofremos na rua,
no trabalho e na faculdade, na maioria das vezes com
palavras grosseiras e de baixo calão, dói e machuca. Já
passou da hora de nós, mulheres, perdermos a vergonha
e denunciarmos as agressões que sofremos, seja através
da violência física ou verbal. É preciso dar um basta a
tudo isso que nós sofremos há décadas”, desabafa.
14
REVISTA PANORAMA
CONHEÇA O TRABALHO DESENVOLVIDO PELAS EQUIPES PASTORAIS QUE PREPARAM TUDO
PARA QUE OS FIÉIS POSSAM TER MOMENTOS PROFUNDOS DE ORAÇÃO E ESPIRITUALIDADE
que tudo funcione de maneira
patena, véu, galhetas, manustérgio,
das celebrações são feitos em
cálice, corporal, sanguinho, pala,
bacia, jarra, hóstia, água e vinho.
Cada um desses objetos, com
especial zelo, é tratado e disposto
à credência em ordem específica
para o uso do presbítero. Reserva-se o suporte para o missal (livro
usado pelo sacerdote), a cruz pro-
ordenada e correta. Os roteiros
nível paroquial com um mês de
antecedência, buscando partilha
e unidade do mistério celebrado.
As equipes de Som e Canto traba-
que cada um possa se preparar de
elas que preparam o conteúdo a ser
é feita com antecedência para
maneira adequada para sua leitura.
Também cabe a essa equipe a
também definem cada ponto onde
cionário (contém as leituras do dia),
será feita a distribuição da comu-
nhão. Os Coroinhas conduzem as
procissões de entrada e saída e
auxiliam o presbítero no altar na
preparação da liturgia eucarística.
Conexão
Além de ser o elo entre as equipes
envolvidas, a Liturgia cuida para
Oração em
forma de
música
A definição dos leitores também
cessional e velas para a procissão
de entrada. Nesse momento eles
IGREJA EM AÇÃO
IGREJA EM AÇÃO
NOS BASTIDORES
DA MISSA
que se compõem de ambulas,
preparação dos livros litúrgicos: le-
missal, livreto das preces e o roteiro
do animador. Seus integrantes
fazem, ainda, o levantamento dos
avisos a serem dados ao final da
missa, bem como a recepção das
intenções da assembleia. Outra de
lham em profunda afinação. São
projetado no datashow, testam os
microfones dos músicos e do presbitério, ajustam todos os sons aos
instrumentos e às vozes. Os cantores
já chegam com cantos escolhidos
e treinados, utilizando o momento
que antecede a missa para o último
ensaio, que serve também para
inspirar aqueles que chegam mais
cedo a entrar em estado de oração.
suas atribuições são a distribuição
A Acolhida, em outra nobre função,
cação das do presbítero. Por fim,
e acolhendo com carinho os que
das vestes dos leitores e a verifi-
organizam as procissões de entrada
e saída.
está à porta da igreja recebendo
chegam. Seus integrantes disponibilizam os folhetos e todo material
de divulgação necessário, além
de dar orientação e informações a
quem precisa. Eles também au-
xiliam na disposição de cadeiras
extras e acomodação dos fiéis.
O
Eventualmente, esse grupo pode ser
responsável pela coleta das ofertas
s sinos ainda não tocaram
mo, cada uma com sua função.
o servir inicia-se sempre na capela
missa, falta uma hora para
Dependendo do tamanho da co-
individual de oração com o Senhor.
estão chegando. São paroquianos
esses grupos chegam a somar 25
Os MESCs inicialmente verificam
par da missa não imagina o trabalho
das partículas a serem consagradas,
A atuação de cada uma dessas pes-
e o ambão (mesa da Palavra) com
do “ser igreja”. Doar seu tempo
chamando os fiéis para a
o início da celebração e eles já
que, voluntariamente, se dividem
em oito equipes de serviço. Juntas, elas colaboram para que a
missa aconteça da melhor forma
possível. Liturgia, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão
(MESC), Coroinhas, Canto, Som,
Acolhida, Ambientação e Dízi-
munidade e do tipo de celebração,
pessoas e quem chega para particidesenvolvido por cada uma delas
para deixar tudo pronto. Cada equi-
pe possui a sua própria dinâmica de
atuação e escala para servir a todas
as celebrações. Em comum, elas
têm uma característica essencial:
16
REVISTA PANORAMA
que, normalmente, é realizada pela
do Santíssimo, com um momento
equipe do Dízimo. Esta se faz sem-
pre presente durante as celebrações
para atender aos fiéis que se disponibilizam a atualizar o seu dízimo.
a reserva eucarística para controle
preparam o altar (mesa do Senhor)
soas é a materialização do sentido
as toalhas nas cores específicas do
e seu servir a Deus em benefício
tempo litúrgico. Também é respon-
do próximo com o único objetivo
sabilidade deles organizar a credên-
de evangelizar e levar a Palavra
cia (mesa para objetos litúrgicos),
àqueles que mais precisam dela.
17
>>
REVISTA PANORAMA
PALAVRA DE SALVAÇÃO
PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
A OFERTA PARA DEUS
“LEVANTANDO OS OLHOS, ELE VIU OS RICOS LANÇANDO OFERTAS NO TESOURO DO
TEMPLO. VIU TAMBÉM UMA VIÚVA INDIGENTE, QUE LANÇAVA DUAS MOEDINHAS E
DISSE: ‘DE FATO, EU VOS DIGO QUE ESTA POBRE VIÚVA LANÇOU MAIS DO QUE TODOS, POIS AQUELES DERAM DO QUE LHES SOBRAVA PARA AS OFERTAS; ESTA, PORÉM,
NA SUA PENÚRIA, OFERECEU TUDO O QUE POSSUÍA PARA VIVER’”. (LUCAS 21, 1-4)
Padres
da Igreja
1}
A viúva ainda em sua oferta
é viúva pobre, pois que sim tudo o
que se destina a viúvas e órfãos, ela
dá o que devia receber, para que
compreendamos o castigo que está
reservado ao rico ávaro, já que com
este exemplo nem os pobres estão
livres de dar ofertas. (Cipriano)
2}
Alegra-te, ó rico, na abun-
dância de tuas posses. Tu não dá
conforme os teus recursos, mas do
que te sobra, de tua abundância,
do que nunca lhe faltarás. A mulher
ofereceu duas moedas pequenas,
dando assim tudo o que possuía.
Não pode dar mais. Acaso não será
julgada por sua superioridade? Não
superou ela tua abundância, ao menos pelo que respeita a sua generosidade? (Cirilo de Alexandria)
3}
Esta preciosa pobreza é a
opulência do mistério da fé. Estas
duas moedas são as que o samaritano
do Evangelho deixou ao dar pousada
para curar as feridas do que tinha
caído nas mãos dos ladrões. Portanto,
também neste aspecto a viúva, como
figura da Igreja, pensou que devia
deixar no tesouro sagrado uma ofe-
renda com a que se pudessem curar
as feridas dos pobres e satisfazer a
fome dos caminhantes. (Ambrósio)
4}
Ninguém se faça alheio à
boa obra. Ninguém se escusa por
sua pobreza, como que apenas tem
para si e não possa ajudar a outros.
INGLÊS
FLUENTE
EM TEMPO
REDUZIDO.
UPTIME Vila Velha
Av. Hugo Musso, 623 - Praia da Costa
3319-8366 | uptime.com.br
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A viúva do Evangelho deixou duas
moedas no cofre e jogou ao vento
os dons de todos os ricos. Nenhuma
obra de piedade é vil para Deus,
nenhuma comiseração infrutuosa.
Certamente, deu aos homens riquezas diferentes, mas não quer diversos afetos. (Leão Magno)
5}
Tudo aquilo que os ofere-
cemos com ânimo bem disposto é
aceitável a Deus, ao qual pesa não
a substância mas o coração, e não
examina a quantidade que vem
sacrificada, mas de qual quantidade
vem ofertada. (Beda)
18
REVISTA PANORAMA
Matrículas
Abertas
Unidade Centro
(27) 3229-0777
Unidade Praia
(27) 3340-1240
www.pueridei.com.br
CONHEÇA HISTÓRIAS DE ALGUNS PADRES QUE, EM DIFERENTES REALIDADES,
EXERCEM SEU MINISTÉRIO EM FAVOR DOS OUTROS E DA EVANGELIZAÇÃO
“Sou agradecido Àquele
que me deu forças” (1Tm,12)
Natural de Colatina, Padre Paulo Régis Silvestre já soma
muitos, de outras paróquias. O que os atrai é uma rea-
ministerial, assumiu várias funções: representante dos
vou à Catedral”. Por ser patrimônio histórico, é visitada
25 anos de sacerdócio. Durante esse tempo de serviço
presbíteros, coordenador do propedêutico, vice-reitor
do Seminário Arquidiocesano, coordenador de pastoral,
articulador de pastorais, assistente eclesial da Pastoral
do Dízimo, vigário episcopal para assuntos econômicos
e de patrimônio, além de ser pároco.
Quando foi ordenado, assumiu a recém-criada Paróquia
São Pedro, que fora desmembrada da Paróquia Nossa
Senhora da Conceição, em Guarapari. Há cinco anos, é
pároco da Paróquia da Catedral. Segundo ele, mesmo
sendo uma catedral e patrimônio histórico, é uma Paró-
quia como outra qualquer: abrange nove comunidades,
suas pastorais e serviços. Para dar conta de atender a
E
m 04 de agosto, a Igreja celebra o Dia do Padre.
De maneira muito especial, a equipe do Conselho
rama saiu em busca de alguns personagens
rotina de cada um. No interior, na periferia, nos hos-
Em comemoração a esta data, a Revista Pano-
para retratar como é o dia a dia do sacerdote em
diferentes comunidades. Quais são seus principais
desafios? O que os motiva a desempenhar suas funções diariamente? Por que se tornaram padres?
20
Editorial foi a campo e acompanhou pessoalmente a
pitais, no centro histórico, no seminário. Nas próxi-
mas páginas, você poderá conferir o resultado dessa
experiência e conhecer um pouco mais cada um
deles. Histórias de fé, doação e amor ao próximo.
REVISTA PANORAMA
lidade histórica de “igreja mãe” e o status de dizer “eu
diariamente por turistas. Mesmo tendo os jovens guias,
quando está por ali, padre Paulo faz questão de aco-
lher o visitante. “Às vezes vou lá, pois faço questão de
mostrar que o padre está aqui, fazer essa recepção e
dar algumas explicações, sobretudo sobre o restauro,
trazendo o contexto histórico para a realidade. Muitos
querem rezar e contemplar”, afirma.
FAÇO QUESTÃO DE MOSTRAR
QUE O PADRE ESTÁ AQUI,
FAZER ESSA RECEPÇÃO E DAR
todos, é auxiliado por outros dois padres.
ALGUMAS EXPLICAÇÕES,
Por ser catedral, é também a “Igreja mãe”, onde está a
TRAZENDO O CONTEXTO
cátedra do Bispo, cadeira central do presbitério. Assim,
padre Paulo também é “curador”, pois coordena todas
SOBRETUDO SOBRE O RESTAURO,
HISTÓRICO PARA A REALIDADE”.
as celebrações em que o Bispo se faz presente na Ca-
Padre Paulo é assistente eclesial da Pastoral do Dízimo
Vaticano II, as Irmandades, que permanecem até hoje.
chegue até as paróquias. Sempre fez um belo trabalho
tedral. Ela é a única paróquia que traz, desde o Concilio
Mesmo com o esvaziamento do Centro de Vitória, é
grande o número de fiéis que frequentam a igreja,
21
para pensar, através do marketing, uma linguagem que
de conscientização sobre o dízimo, o que faz com que
o mesmo seja expressivo na Catedral, aberta todos os
dias, de 7h às 19h.
REVISTA PANORAMA
ESPECIAL
ESPECIAL
VOCAÇÃO SACERDOTAL:
UM DOM A SERVIÇO DA VIDA
Pe. Paulo
Régis Silvestre
A benção chega até os enfermos
Quinta-feira, 23 de junho, 14 horas. O auditório do
ção dos enfermos e, quando termino, o aparelho já parou.
confortáveis, uma mesa e um púlpito, dentro de uma
o Senhor. Isso já aconteceu muitas vezes. Mas a unção dos
Hospital Santa Rita, em Vitória, equipado com cadeiras
hora dará lugar a um ambiente de fé e orações. É o que
acontece com a chegada dos voluntários da Pastoral da
Saúde da Arquidiocese de Vitória e do padre Vandaike
Nestas situações, agradeço a Deus e entrego a pessoa para
enfermos não é o sacramento para a morte, é para a cura.
É o sacramento que perdoa os pecados”, explica.
Araújo. Aos poucos, a mesa se transforma em altar, o
Além do Santa Rita, padre Vandaike visita os hospitais
dupla que toca violão e canta as músicas da missa.
Úrsula e Praia da Costa. Também atende a pedidos de
púlpito em ambão, e o espaço abaixo do palco acolhe a
Central, Meridional, das Clínicas, da Polícia Militar, Santa
urgência em outros hospitais, como Vila Velha, da Asso-
Pouco antes das 15 horas os assentos começam a ser
ocupados por pessoas que buscam nas palavras de Deus
ciação e Santa Mônica.
a força espiritual necessária para enfrentar os problemas.
Lidar tão de perto com a morte não é uma tarefa fácil.
to, que sempre foi aonde estava a sua ovelha. E é seguin-
“No início do sacerdócio, eu não tinha vontade de ir a
Na homilia, padre Vandaike destaca o papel de Jesus Crisdo esse exemplo que o sacerdote deixa os limites físicos
da Igreja para ir ao encontro dos que mais precisam.
“Atuo em alguns hospitais realizando missas e visitas aos
enfermos para ministrar os sacramentos e também ouvir
e levar uma palavra de esperança. Nunca a minha palavra, mas a Palavra daquEle em que cremos”, destaca.
Mas padre Vandaike acabou sendo preparado pela vida.
tos de suas avós, de um primo e dos pais fizeram com
que se sentisse tocado a iniciar essa missão em 2015.
“Essas experiências me deram uma visão maior das
coisas da vida, da experiência de Deus durante as perdas. Isso me deu visão e ânimo para ajudar as pessoas
que estavam passando pelo que eu passei”, lembra.
O retorno muitas vezes é imediato. “Tenho visitado
muitos enfermos e é sempre uma alegria para os que
A entrada da Igreja Católica em hospitais para a assistência
conscientes, mesmo com aparelhos. Também há mo-
Fevereiro de 2010. No entanto, mesmo com respaldo jurídi-
conseguem falar ou se expressar com gestos, quando
mentos de recuperação, onde a pessoa estava desespe-
rada, mas obteve uma melhora só em ouvir uma palavra
de esperança, de fé, de Deus”, conta.
apenas a bênção final para descansar. “Quando começo as
orações, geralmente olho para o aparelhinho, que vai di-
minuindo o ritmo. A pessoa vai se entregando. Dou a un-
22
aos enfermos é garantida pelo Decreto Nº 7.107, de 11 de
co, ainda há muitos obstáculos a esta missão. “A dificuldade
maior que enfrentamos é a frieza de alguns hospitais que
Diz o ditado com inspiração religiosa que “o bom filho a
formadores que passaram por aqui deixaram a casa
um ano, assumiu a reitoria do Seminário Nossa Senhora
espiritual, intelectual e na vida comunitária. Porém,
casa torna”. Assim foi com padre Jorge Campos que, há
da Penha. Há 16 anos era ele quem se preparava para
a vida sacerdotal. O retorno ao convívio do seminário
o fez lembrar o início da sua caminhada, o processo de
aceitação da família e a aproximação de seus pais da
Igreja devido à sua escolha.
Ele comenta que o convite para ser reitor foi uma surpresa:
“Sempre atuei como pároco em comunidades e gostava
muito da vida paroquial. É uma grande oportunidade e
um privilégio exercer também esse lado do ministério e
colocar em prática outras habilidades como sacerdote”.
muito bem organizada, com equilíbrio nas dimensões
organizar a equipe de presbíteros que ajudam a formar
espiritualmente os seminaristas foi desafiador. Todo o
presbitério é responsável por essa formação e eu precisava de uma equipe de diretores espirituais”, explica.
Dar continuidade à Pastoral Vocacional Específica, que
tem como objetivo encontrar e buscar novas vocações
indo até as paróquias foi outra tarefa árdua. Entretanto,
os resultados já surgem. Hoje há 17 inscritos cursando o
propedêutico para ingressar no seminário em 2017.
Lá, ele é responsável por 32 seminaristas em diferentes
A rotina é puxada e padre Jorge classifica seu dia a dia
Destes, seis já serão ordenados diáconos no fim do ano
pois a Santa Missa se inicia às 5h50. Em seguida, tomam
estágios. “Dezesseis cursam Filosofia e os outros Teologia.
para, logo mais, serem ordenados padres. Um dos mo-
mentos mais gratificantes no seminário é quando há uma
ordenação. É uma festa para a Igreja e a família”, conta.
como bastante intenso. Os seminaristas levantam às 5h,
o café da manhã, feito pelo seminarista da escala do dia,
que acorda às 4h para preparar tudo e também participar da missa. Após o café, iniciam os estudos.
O retorno acontece às 12h15 para o almoço. Descansam
até 14h, quando começa o momento do estudo pessoal.
SEMPRE ATUEI COMO PÁROCO
EM COMUNIDADES E GOSTAVA
MUITO DA VIDA PAROQUIAL. É
UMA GRANDE OPORTUNIDADE E
UM PRIVILÉGIO EXERCER TAMBÉM
ESSE LADO DO MINISTÉRIO E
COLOCAR EM PRÁTICA OUTRAS
HABILIDADES COMO SACERDOTE”.
No fim da tarde rezam o terço e a oração da liturgia das
horas, que chamam de vésperas. Novamente por escala, a
partir de 18h15, três seminaristas preparam o jantar. A fol-
ga é às segundas-feiras e, nas sextas, o momento de lazer.
Aos sábados, às 10h30, há missa aberta ao público
seguida de almoço. De tarde, cada seminarista vai para
uma comunidade vivenciar a vida pastoral. “A vida no
Indagado sobre os desafios, Pe. Jorge comenta que
encontrou o seminário num momento muito bom. “Os
seminário não é somente aqui dentro, não é reclusa.
Nós saímos nos fins de semana para estar no meio do
povo e das comunidades”, explica o reitor.
não se preocupam com a espiritualidade. Mas é preciso
entender que ela não faz parte de um trabalho psicológi-
Há ainda aqueles que estão mais debilitados e esperam
O padre dos futuros padres
hospitais. O cheiro, injeções, ver as pessoas no corredor...
Não me sentia bem”, recorda. No entanto, os falecimen-
ESPECIAL
ESPECIAL
Pe. Vandaike
Araújo
co”, enfatiza. Quando os hospitais são administrados por
outra religião, há mais dificuldade de celebrar missas.
Assim, padre Vandaike defende mais diálogo “porque o
Estado é laico, mas o povo não, este tem fé e religião”.
REVISTA PANORAMA
Pe. Jorge
Campos
>>
23
REVISTA PANORAMA
Dedicação aos mais pobres
Atendar aos mais humildes é o grande desafio do padre
com as famílias. É incentivador do ECC na Paróquia
quia Nossa Senhora dos Navegantes, composta por 30
casais que se reúnem uma vez por mês para aprofundar
Paulo César Magalhães, há cinco anos à frente da Paró-
O ministério que humaniza
De família muito religiosa, padre Diego Carvalho conta
durante a semana ou aos domingos a igreja está sem-
vocacional do Papa Paulo VI. Assim, foi com alegria
com uniforme, que assistem a missa antes de ir para a
que, todos os dias, ele, os pais e a irmã rezavam a oração
que todos receberam sua decisão de se tornar padre,
quando tinha 15 anos. Ele terminou o Ensino Médio
já no seminário, em Nova Friburgo (RJ). Para cursar a
faculdade de Teologia, mudou-se para São Paulo, onde
pre cheia de pessoas de todas as idades. Vejo crianças
escola”, fala. Numa ação recente, atendeu confissão por
24 horas ininterruptamente, confirmando que a população do interior exerce com seriedade esse sacramento.
foi ordenado em 2010.
Enquanto dirige em direção a uma comunidade num
a espiritualidade conjugal).
Lá, iniciou sua vida sacerdotal fazendo visitas aos doen-
realizar cinco batizados, encontra alguns paroquianos
precisa deixar a luz do carro acesa para que vejam que
Como pároco, diz que prefere não decidir nada sozinho.
sua congregação à época firmou uma parceria com a
não se assusta, foi formado para atuar em ambientes
de tomar qualquer medida. Como padre orionista, é
comunidades nos bairros Barra do Jucu e Ponta da Fruta,
em Vila Velha. Para chegar a algumas delas à noite, ele
está chegando o padre, pois pode sofrer violência. Mas
populares, a serviço dos mais pobres, tanto espiritual,
quanto material. “Temos aqui um povo bom, leigos que
se dedicam muito. Economicamente simples, mas ricos
de carisma. Aprendi a amar essa gente”, diz o padre.
e acompanha equipes de Nossa Senhora (grupos de
Escuta muito os conselhos Paroquial e Econômico antes
praticamente um dever desenvolver um trabalho de
atendimento aos mais carentes. A paróquia apoia a Casa
Lar, atualmente coordenada pelo padre Magela, que
atende 22 crianças carentes.
Esse mineiro de 53 anos descobriu sua vocação por
Para os jovens, deixa uma mensagem: “Vale a pena ser
anos. Foi ela que ponderou: “Você nasceu para ser padre”.
pondera que muitos se sentem chamados, mas acabam
acaso, ajudando uma tia a fazer massa para pastel aos 15
Ele disse que levou um susto, mas acabou concordando,
mesmo não tendo nem feito a catequese para primeira
eucaristia. Dois anos depois já estava no seminário, um
anos de sacerdócio, nunca se arrependeu de sua opção.
convicção de nunca querer magoar ou afastar alguém”.
às 30 comunidades com o padre Custódio, e aguarda a
chegada de um terceiro sacerdote agora em julho.
Padre Paulo conta o que mais gosta na vivência sacerdotal: presidir a eucaristia, atender confissões e estar
24
grande. Há quatro anos ele conduz a Paróquia Nossa
Senhora da Conceição, em Alfredo Chaves. “É o municí-
pio capixaba com o maior número de católicos: 94% da
população”, diz orgulhoso.
Paróquia. “A região é grande e as distâncias também.
Paulo tornou-se padre da congregação dos orionistas,
neiro (RJ). Atualmente, divide o trabalho de atendimento
paulistano não ficaria por muito tempo na cidade
abandonando a vocação. Ele garante que, ao longo dos 22
te. Alguns me consideram um padre bravo. Mas tenho a
em Ouro Branco (MG), em Rio Bananal (ES) e no Rio de Ja-
paróquia em Cariacica. Entretanto, esse carioca meio
Por lá, a messe é grande. Padre Diego se desdobra para
“A gente não é perfeito, lógico. Sou sincero, transparen-
o apóstolo da caridade. Depois de ordenado, foi vigário
Arquidiocese de Vitória e o enviou para assumir uma
sacerdote, ser religioso, deixar tudo para seguir Jesus”. Ele
dos períodos que considera o mais feliz da sua vida.
sacerdote italiano canonizado em 2004, conhecido como
tes nos hospitais. Mas, com pouco tempo de ordenado,
Para corrigir uma pessoa, ele diz que pede discerni-
mento a Nossa Senhora do Equilíbrio. “Precisamos de
firmeza e ternura”, pondera.
“Por mais que você faça, nunca deixará de ser um pecador. Mas Deus é misericordioso. Essa é a grande men-
dar atenção às 31 comunidades que fazem parte da
Há lugares onde só consigo ir uma vez por mês, mas,
mesmo assim, o povo não deixa de ir à igreja”, explica.
Recentemente, recebeu o reforço do padre Antônio
distrito no interior do município para celebrar a missa e
no caminho e faz questão de cumprimentá-los. Cha-
ma a atenção o fato de saber o nome e o sobrenome
de todos. A proximidade com os fieis é o que mais lhe
agrada. “Exercer o sacerdócio no interior me fez uma
pessoa melhor, me humanizou mais. As pessoas aqui
são simples, solidárias e presentes”, avalia.
Em sua opinião, essa aproximação é característica tam-
bém dos padres formados mais recentemente. “Antiga-
mente, as pessoas tinham o sacerdote como uma figura
distante. Hoje, elas têm o nosso telefone! Uma situação
que me marcou muito aqui foi de uma paroquiana
recebida por mim com um abraço que me disse emo-
cionada ser a primeira vez, em 60 anos de vida, que ela
ganhou o abraço de um padre”.
Marcos e de dois seminaristas. Além das grandes distân-
Quando precisa viajar, sempre procura um colega para
no interior. Segundo ele, muitos jovens saem de casa
recorre à sua turma do seminário, onde formaram 60
cias, o êxodo rural é um dos maiores desafios de atuar
para estudar e acabam não voltando.
Na matriz, a missa das 6h é concorrida. “No interior, a
missa é considerada muito importante para todos. Seja
lhe substituir e atender a população. Normalmente,
padres. Mas isso não tem sido tão necessário. Padre
Diego já se habituou tanto com a vida no interior que,
quando vai a São Paulo, quer voltar antes do tempo
para casa. “Gosto muito daqui!”.
sagem que o Papa Francisco quer revigorar na Igreja”,
avalia padre Paulo, “não só com a palavra, mas com
gestos, com testemunho”, finaliza.
REVISTA PANORAMA
Pe. Diego
Carvalho
25
REVISTA PANORAMA
ESPECIAL
ESPECIAL
Pe. Paulo
César Magalhães
a compreender o sentido do rito,
não serve qualquer música e que é
solene. rito. Isso nos faz compreender que
complicado fazer uma única folha
a dar beleza a ele e torná-lo mais
Aclamação ao Evangelho (rela-
a letra da liturgia, muda a melo-
leituras diferentes nas celebrações,
cionada ao Evangelho do dia)
e nem as mesmas motivações, e
de acordo com o contexto celebra-
que existem propostas simbólicas
Canto das oferendas (escolhido
tivo)
diferentes para cada missa, enten-
Canto de comunhão (relaciona-
de-se que a música não pode ser
parte dela como um todo, colabo-
rando para a que a celebração seja
uma unidade: palavras, símbolos,
A IMPORTÂNCIA DE SE
CANTAR A LITURGIA E
NÃO NA LITURGIA (PARTE II)
Em alguns momentos da celebração eucarística, a canção tem a
RITOS CANTADOS
Deve-se estar atento aos ritos que
são (ou podem ser) cantados. Em
alguns desses casos, é necessário
preservar a originalidade do texto
litúrgico e não se deve trocar por
outra canção.
Ato penitencial (há várias can-
ções)
sica deverá ajudar os celebrantes
poesia aprovada, muda a melodia)
Glória (permanece a letra ou
A MÚSICA SACRA É PARTE INTEGRANTE DA SOLENE LITURGIA E RESPONDE CRITÉRIOS
FUNDAMENTAIS: A SANTIDADE (“SERÁ TANTO MAIS SANTA, QUANTO MAIS ESTIVER UNIDA
À AÇÃO LITÚRGICA” - SC 112), A BELEZA (“NÃO DEVERIA HAVER NA CELEBRAÇÃO UMA
MÚSICA QUE NÃO FOSSE UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE” - PIO X) E A UNIVERSALIDADE
(AJUDAR OS CELEBRANTES DE TODAS AS CULTURAS A SE IDENTIFICAR NA CELEBRAÇÃO)
D
izer que a música é parte da
lavra, seja o modo mais utilizado na
derá-la integrante juntamen-
tem a capacidade de dar um colori-
celebração litúrgica é consi-
te com a Palavra, os gestos, os sinais
e símbolos. Ela ajuda a compor a
celebração e não é o elemento principal, muito embora, depois da Pa-
26
REVISTA PANORAMA
comunicação litúrgica e aquela que
do especial e festivo à celebração.
Não se pode pensar a celebração
litúrgica sem a música, pois, em
nn 286 – 288.
Têm a finalidade de transpor para
finalidade de acompanhar o rito,
como coadjuvante. Assim, a mú-
Sobre isso: ler CNBB, Estudo 12,
nn 283 – 285.
Sobre isso: ler CNBB, Estudo 12,
mistério pascal de Cristo, sempre
CANÇÕES PARA ACOMPANHAR O RITO
dia)
contexto celebrativo)
sinais e gestos exaltando o mesmo
iluminado por diferentes contextos.
Cordeiro de Deus (permanece
CANÇÕES QUE REALÇAM
O TEMPO LITÚRGICO
do com o evangelho do dia ou com
um elemento estranho, mas sim
Santo (permanece a letra da litur-
gia, muda a melodia)
acordo com o contexto celebrativo)
que não se faz a mesma homilia
proposto pela liturgia do dia)
Canto de entrada (escolhido de
de cantos para todas as missas da
comunidade. Uma vez que existem
Salmo responsorial (sempre o
>>
27
REVISTA PANORAMA
dentro da celebração o clima que a
Igreja vive. Quanto ao tempo litúrgico, na escolha das canções não
se considera somente a poesia, mas
também o ritmo e a execução. Na
Quaresma e no Advento, por exemplo, a sensibilidade litúrgica pede
canções com poucos instrumentos
e um jeito de cantar diferente. De
modo geral, o clima é manifestado
pela música nestas ocasiões:
Advento (canções de esperança
e expectativa, sóbrias)
Natal (canta alegre e com ternu-
LITURGIA
LITURGIA
alguns momentos, ela é o próprio
para apoiar e dirigir o canto dos fiéis
ca, proclamando os textos bíblicos,
ministério múltiplo: ora dirigindo o
festas do Tempo, canções alegres)
principalmente em lugares onde
ponsorial, e participando dos outros
ou reforçando seu canto litúrgico,
e de conversão, muito sóbrias)
res pode ser formado, ou então, nas
Tempo do Natal (conforme as
Quaresma (canções penitenciais
Páscoa (conforme os dias do
Tríduo Pascal)
Tempo Pascal (cantar alegre e
animado a vitória da vida e o com-
(Instrução Musicam Sacram, 21),
nem um pequeno grupo de canto-
Não se deve, por hipótese alguma,
canto:
um canto qualquer cuja mensagem
pode atuar. Cabe ao animador de
Orientar a escolha dos cantos da
celebração;
pedagogia litúrgica do discipula-
equilíbrio entre tradição e novidade,
do cristão, varia de domingo a
domingo)
FUNÇÃO DE QUEM
PRESIDE A ASSEMBLEIA
LITÚRGICA
Quem preside tem plena liberdade
quanto ao canto de uma ou mais
partes da celebração que são de sua
Dosar o repertório, promovendo
repetição e variedade;
Animar o canto da assembleia,
de modo a fazê-la vibrar ao cantar
estribilhos e refrãos ou hinos, ao
responder ou aclamar à proclamação das Escrituras, e ainda levá-la
a sintonizar profundamente com
a Oração Eucarística, dela participando mediante as aclamações,
sobretudo o “Santo”;
Encontrar, com sua sensibilida-
competência cantar. A Oração Euca-
de e criatividade, a expressão cor-
te da celebração, se os que presi-
de canto, a cada ritmo, provocan-
rística se tornaria o ponto culminandem cantassem o Prefácio seguido
do “Santo” entoado pela assembleia;
a narrativa da instituição; a aclamação memorial (Eis o mistério da Fé!
e a resposta da assembleia: Anun-
ciamos...) e a doxologia (Por Cristo...).
Além de dar maior expressividade a
essas partes da Oração Eucarística,
o canto resgataria valores preciosos
que a teologia eucarística do Vaticano II nos legou e que as Igrejas
Orientais até hoje conservam.
FUNÇÃO DO ANIMADOR
DE CANTO
É muito importante a participação
de pessoas adequadamente preparadas para o papel de solistas,
cantos responsoriais.
celebrações nas quais o coral não
promisso cristão)
Tempo Comum (conforme a
de maneira especial o Salmo res-
poral mais adequada a cada tipo
substituir um salmo indicado por
não faça eco à primeira leitura, e
admitir “cantores profissionais”
contratados apenas para “dar show”
na celebração. Isso desmerece o
trabalho das equipes de celebração,
além de transformá-la em mera
formalidade social, sem significado
litúrgico verdadeiro.
FUNÇÃO DO CORAL
A reforma litúrgica do Vaticano II
não aboliu o coral, mas o incentivou
(SC114). Um coral bem formado e
orientado, longe de eliminar o canto
da assembleia, pode exercer seu
povo na oração cantada, alternando
ora destacando-o com o acréscimo
de um arranjo musical. Para bem
Os instrumentos podem ser de
coral se coloque próximo ao povo,
o canto ou sós (MS 63), na medida
exercer sua função, é preciso que o
sem impedir sua visão, e não longe
dos instrumentos de acompanhamento. São suas funções:
Enriquecer o canto do povo,
com possibilidades de variar textos
e melodias;
Criar espaços de descanso que
fomentem a contemplação em
celebrações mais festivas ou até
substituindo o povo no canto;
Dar um colorido mais próprio a
cada celebração do ano litúrgico,
favorecendo uma vivência mais
intensa da diversidade do mistério
cristão;
Animar o canto da assembleia,
guiando e sustentando as vozes
do povo.
do pouco a pouco a assembleia,
com naturalidade e simplicidade,
a se expressar em gestos, aplausos
e dança em certos momentos da
celebração.
FUNÇÃO DO
SALMISTA
É importante valorizar a função
do salmista na assembleia, com
seu ministério específico. Ele está
encarregado do salmo responsorial,
que é Palavra de Deus e resposta à
primeira leitura. Por isso, entoa os
versos enquanto a assembleia fica
em atitude de escuta, respondendo
com o refrão. Esse ministério poderá
ser exercido com habilidade artísti-
28
REVISTA PANORAMA
FUNÇÃO DOS
INSTRUMENTISTAS
29
REVISTA PANORAMA
grande utilidade, acompanhando
em que prestam serviço à Palavra
cantada, ao rito e à comunidade
em oração. Tal como a voz, não
podem ser classificados como
sacros ou profanos. O uso de
determinados instrumentos na
liturgia depende do contexto no
qual se insere a comunidade celebrante: se conseguem integrar-se
à liturgia, ajudando-a e exprimindo-a melhor, especialmente pelo
acompanhamento do canto, a comunidade poderá fazer uso deles.
Para admitir e usar instrumentos
na liturgia deve-se levar em conta
o gênio, a tradição e a cultura de
cada povo. (MS, 63)
LITURGIA
LITURGIA
ra o nascimento de Jesus)
B
oa notícia para os moradores do Morro do Moreno: desde
o dia 14 de junho o local passou a contar com um módulo de Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), da
Polícia Militar (PM). O objetivo é reforçar a segurança da re-
gião e trazer mais tranquilidade aos frequentadores do local.
Viaturas, motocicletas e bicicletas da PM transitarão na região,
além do acompanhamento por meio de videomonitoramento, com o intuito de inibir ações criminosas. O secretário de
Estado de Segurança, André Garcia, explica que a iniciativa
servirá de ponto de apoio para o projeto Patrulha da Comu-
nidade, que cumpre este papel de um policiamento preventivo nos bairros. Além disso, Garcia lembra que o módulo é
fruto de um trabalho desenvolvido a partir de parcerias.
“Este módulo da PM no Morro do Moreno é resultado de um
projeto do 4º Batalhão, junto com a comunidade. Foi uma parceria com a Associação de Moradores da Praia da Costa, que
há tempos apresentava esse anseio. A associação procurou a
PM, que acolheu o projeto, nós aqui da secretaria demos apoio,
e a Prefeitura Municipal de Vila Velha também colabora com
a presença da Guarda Municipal. Enxergamos nesse módulo
um ponto de apoio para a patrulha comunitária”, destaca.
André Garcia ressalta ainda que os maiores problemas encontrados no Morro do Moreno são o tráfico de drogas,
a agressão a esportistas, principalmente corredores, assaltos, além da presença constante de usuários de dro-
gas. No entanto, com o aumento do policiamento na região, espera-se a redução gradativa dessas ocorrências.
30
REVISTA PANORAMA
31
REVISTA PANORAMA
COMUNIDADE
COMUNIDADE
MORRO
DO MORENO:
LAZER COM
SEGURANÇA
COMUNIDADE
PRIVILEGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
COMEMORAÇÃO
Walace se lembra que ele e seus amigos, ao perceberem
A instalação do módulo do SAC no Morro do Mo-
reno foi comemorada por muitos moradores da região, que já sofreram com a violência ou tomaram
conhecimento de casos ocorridos. Walace, 25 anos,
a situação, imediatamente desceram de forma acelerada.
Ele conta ainda que agradece a Deus por ter saído ileso
do episódio, já que o assaltante armado poderia ter atirado nele e em seus amigos no momento da descida.
praticante de Mountain Bike e assíduo frequentador
Já Victor, de 30 anos, praticante de uma modalidade
serem assaltados. Segundo ele, a mata fechada da
disse que nunca foi assaltado no Morro do Moreno,
cam principalmente se a pessoa estiver sozinha.
bém o uso de drogas como um dos transtornos para
do Morro do Moreno, relata ser comum visitantes
região facilita o esconderijo de bandidos, que ata-
No que se refere aos ciclistas, Walace observa
que, em geral, os assaltos são raros, pois nor-
do ciclismo denominada Downhill e colega de Walace,
embora tenha ouvido vários relatos. Ele aponta tam-
quem frequenta o ponto turístico, deixando de ser um
local seguro para se levar as crianças, por exemplo.
malmente eles sobem o Morro do Moreno em
Apesar dos relatos, tanto Walace como Victor acre-
assaltado ao subir o ponto turístico a pé, jun-
do Moreno vai ajudar muito no que se refere à
grupos. Ele relembra que, anos atrás, quase foi
to com dois amigos. Segundo contou, estavam
chegando ao topo do Morro quando foram
surpreendidos por três jovens saindo da mata,
sendo que um deles portava uma arma.
ditam que a instalação do SAC da PM no Morro
segurança na região, além de atrair mais turistas,
já que o local oferece uma vista magnífica de Vi-
tória e Vila Velha, exibe uma natureza exuberante
e apresenta um enorme potencial turístico.
I nst al ad o em j unho, o nov o mód u l o d a P o l í c i a
M il it ar v ai of erec er mais seguran ç a a o s fr e q uent ad ores d o M orro d o Mo r e n o
32
REVISTA PANORAMA
Lutamos para
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Senhor que nos dá
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CONSCIÊNCIA CRISTÃ
CONSCIÊNCIA CRISTÃ
de domicílio, pois moravam de
Sua filha Aline foi pescada pelas
homilias do Padre Anderson e esse
casal, que sempre percebe a ação
de Deus em suas vidas, começou
a frequentar a comunidade San-
to Antônio. Atualmente, a casa é
própria, com vista para o Convento
da Penha. Eva faz parte também da
B e r n a d e te c o m o m a r i d o , E r a s m o , e o fi l h o
V i n í c i u s n o Tr í d u o d a m a tr i z
MINHA IGREJA É
QUANDO EU SOU
N
este ano, a Campanha do
concreta a misericórdia de Deus. Só
de Vitória comemora os
de oração podem ser mais acolhe-
Dízimo da Arquidiocese
25 anos da Pastoral do Dízimo e
destaca a importância do compro-
misso e fidelidade de cada dizimista
para que o Evangelho aconteça
com o dízimo de cada um as casas
doras e, assim, receber com alegria
aqueles que são chamados à con-
versão e a uma nova vida em Cristo.
na prática. Para que a Igreja seja
Bernardete Maria Magnoni Covre
e acolhedora, cada um, indepen-
anos, mas, somente no último mês,
mais missionária, misericordiosa
dente do dom que coloca a serviço
da comunidade, tem a missão de
ser dizimista, pois é a soma de
todos que faz com que a Igreja
seja mais e alcance os lugares mais
mudou para a Praia da Costa há três
transferiu seu dízimo para a comu-
para todo cristão: a fé, a esperança
criatura” (Marcos 16, 15). As obras
de caridade espalhadas pelo mundo só podem ser realizadas em ra-
zão do dízimo; é a resposta da Igreja ao chamado de tornar visível e
34
REVISTA PANORAMA
no Encontro de Casais com Cristo
família sempre foram católicos,
(ECC) e Encontro de Jovens com
mas buscavam acolhimento em
O DÍZIMO REPRESENTA
identificassem. Na Igreja dedicada
NOSSA VONTADE DE
alguma comunidade com a qual se
à Santa Luzia, eles encontraram
COLABORAR DE VERDADE
à Igreja de Cristo. Maria da Penha
COM O PROJETO DIVINO
o sentimento de pertencimento
atualmente integra a equipe de
Liturgia e conta que se cadastrar
para ser dizimista foi o próximo
Jorge Alexandre da Silva e sua
simples e acolhedor da comunidade
contam que sempre foram dizi-
Santa Luzia. É muito bom se sentir
parte, se sentir amado”, comenta.
que Deus faz por nós”, afirmam.
NESTE MUNDO”.
passo para selar esse compromisso
de vida. “Estamos felizes com o jeito
Cristo (EJC). “É preciso ser grato pelo
esposa Eva se dizem “misseiros” e
mistas. Desde que chegaram ao
estado, mudaram algumas vezes
definitivo da comunidade anterior.
É o dízimo que financia as missões
mundo e pregai o Evangelho a toda
filha Aline e o genro são voluntários
Socorro porque se desligou em
“É pelo dízimo que podemos viver
a Jesus que nos diz: “Ide por todo o
a neta Maria Clara faz catequese, a
nidade Nossa Senhora do Perpétuo
remotos e solitários do planeta.
da Igreja pelo mundo, obedecendo
equipe dos Pequeninos do Senhor,
Jor ge Ale x a n dr e com sua e sp osa , Eva , a
f i lh a , o ge n r o e a n e t a , Ma r i a Cla r a
as três virtudes mais importantes
e o amor-caridade, que nos levam
mais perto de Deus. O dízimo repre-
SEJA MEMBRO
DA PASTORAL
DO DÍZIMO!
senta nossa vontade de colaborar
de verdade com o projeto divino
neste mundo”, diz, explicando a razão pela qual sempre foi dizimista.
M a r i a d a P e n h a e a fa m í l i a . A fi l h a Ta ti a n a
a tu a c o m o c a te qu i s ta d e C r i s m a n a
Maria da Penha Patrocínio e sua
c o m u n i d a d e P e r pé tu o S o c o r r o
35
REVISTA PANORAMA
SAIBA MAIS NA
SUA COMUNIDADE
tatas e solenidades de padroeiros. Está tudo no nosso site. Fotos, homilias em vídeo... Confere lá!
NO SITE, PODEMOS
ENCONTRAR TODOS
OS EVENTOS PAROQUIAIS.
CONFIRA!
Uma noite agradável marcou a Festa
Junina da Comunidade Santa Luzia.
O Coral da Arcelor Mittal encantou
os devotos de Santo Antônio.
{
Padre Anderson abençoando os pães na
Solenidade em honra a Santo Antônio.
Santo Antônio pediu e Deus segurou a chuva na Festa Junina da Comunidade.
36
REVISTA PANORAMA
{
{
{
{
O mês de Junho foi marcado por festas juninas, can-
{
Na Festa Junina da Perpétuo,
SITE
SITE
{
SITE:
nspsocorro
.com.br
MÊS DE JUNHO
NA PARÓQUIA
encontro de todas as gerações no
Arraiá da Alegria.
As crianças fizeram bonito
coroando Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro.
Na Missa Solene em
honra à Padroeira,
presença ilustre do
Arcebispo Dom Luiz
M. Vilela
Cantata e muitas honras
marcaram a Festa em
homenagem à Padroeira.
O Grupo Fraternidade e Vida sempre
apoiando e conscientizando o povo a
cuidar da nossa casa comum em todas
as festas da Paróquia.
{
{
REVISTA PANORAMA
Todas as edições da Revista Panorama estão disponíveis em www.nspsocorro.com.br
37
REVISTA PANORAMA
tou e tentou fugir. Então, ele acertou
Maria Goretti no qual ela lhe entre-
quando ela tinha nove anos.
e fugiu. Foi o pai do jovem quem
que ele as segurou. Quando terminou
deiros e acabou morrendo de malária
Aos onze, sua beleza já chamava
atenção e despertou paixões desequilibradas no jovem Alessandro Serenelli, então com 20 anos. Ele assediava
mais três facadas na pobre menina
levou Maria Goretti ao hospital. Ela
foi operada, sem anestesia, mas os
médicos não puderam fazer muito
frente aos graves ferimentos.
Maria Goretti, mas a menina não cedia
Para admiração de todos, Maria
julho de 1902, quando ela estava cos-
do que queria encontrá-lo no céu.
às investidas. Foi então, que, em 5 de
turando e vigiando sua irmã menor,
Alessandro a ameaçou de estupro.
Corajosa, defendeu-se e começou a
rezar, dizendo que aquilo era pecado
e que ele iria para o inferno. Não conseguindo o que queria, o rapaz lutou
com a garota, que continuava rezando
e lutando para se proteger.
Vendo que nada conseguiria, Ales-
sandro lhe deu 11 facadas. Maria gri-
Goretti perdoou seu agressor, dizen-
MARIA GORETTI
N
ela faleceu no dia seguinte, olhando
uma pintura da Virgem Maria.
Seu assassino foi preso, julgado e
condenado a 30 anos de reclusão.
Três anos mais tarde, ele recebeu a
visita do Bispo local e se arrependeu,
dizendo que teve um sonho com
38
REVISTA PANORAMA
leito de morte, lhe perdoou, eu também lhe dou meu perdão”. Depois
disso, os dois foram juntos à missa.
por Deus e pelo perdão de Maria
para o mosteiro da ordem menor
dos frades Capuchinos. Lá, trabalhou
como porteiro e
jardineiro. Dizia que
Maria Goretti era
sua pequena Santa.
Morou ali até o fim
de sua vida, em 1970.
Devoção
Oração
O Papa Pio XII celebrou a beatificação de Maria
Óh Santa Maria Goretti que, reforçada pela graça de
1950, celebrou sua canonização. Sua mãe e os qua-
em derramar teu sangue em sacrifício da própria
tro irmãos estavam presentes na cerimônia, inclusive
seu assassino, arrependido, Alessandro Serenelli. Foi
uma das mais jovens santas da Igreja católica.
Deus, não hesitou, mesmo com a idade de 11 anos,
vida para defender tua pureza virginal, olhai graciosamente para a infeliz raça humana, que se desvia
muito longe do caminho da eterna salvação. Ensi-
nai-nos a todos e, especialmente à juventude, com
Mais de 500 mil pessoas assistiram a celebração na
praça de São Pedro, em Roma. Foi um momento inesquecível para a história da Igreja, onde todos pude-
ram ver como a misericórdia de Deus pode transfor-
coragem e presteza, que devíamos fugir, por amor
a Jesus, de tudo o que possa ofender ou manchar
as nossas almas com o pecado. Obtenha para nós, a
partir de Nosso Senhor, vitória na tentação, conforto
mar tudo, inclusive situações quase sem esperança,
nas tristezas da vida, e a graça que fervorosamente
como o assassinato de uma menina de 11 anos.
juventude, da pobreza, das vítimas de estupro, da
uma casa compartilhada com outra família, chamada Serenelli. O pai de Maria
menina disse: “Se minha filha, em seu
Goretti e sua mãe, Alessandro entrou
temente a Deus, e os pais ensinavam a fé cristã para os filhos: Maria
da época, a família perdeu a fazenda onde morava e precisou se mudar para
Goretti implorar seu perdão. A mãe da
defendeu. Para a comoção de todos,
várias vezes, mas que sempre se
A festa de Santa Maria Goretti é celebrada em 6
Goretti, Tereza, Ersília, Ângelo, Sandrino e Marciano. Devido a circunstâncias
Serenelli foi à casa da mãe de Maria
Profundamente arrependido, tocado
atural de Corinaldo (Itália), Santa Maria Goretti nasceu em 1890, filha
de Luigi Goretti e Assunta Carlini. Sua família era muito pobre, porém,
de cumprir sua pena, Alessandro
Contou que ele tentou estuprá-la
Goretti em 27 de abril de 1947 e, em 24 de junho de
SANTA
gava flores, que pegaram fogo assim
imploro-te, (fazer seu pedido), e possamos desfrutar
um dia da imperecível glória do Céu. Amém.
de julho. Ela é tida como a Santa da castidade, da
pureza de coração e do perdão. É representada
carregando lírios, sinal de pureza, e com vestes
brancas, sinal de sua virgindade.
39
REVISTA PANORAMA
DEVOCIONAL
DEVOCIONAL
Goretti foi trabalhar para outros fazen-
CRIADO HÁ DOIS ANOS, GRUPO PEQUENINOS DO SENHOR SE CONSOLIDA E PRECISA DE MAIS
PAROQUIANOS DESEJOSOS DE DEDICAR SEU TEMPO À EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS
ninos do Senhor”, com ações iniciais em
embarcar nesse projeto. A designer de inte-
evangelização de crianças de 3 a 7 anos,
inicialmente e contará com a ajuda de outras
Campinas (SP). Trata-se de um serviço de
durante as missas no Dia do Senhor. Oferece,
gratuitamente, o Missal dos Pequeninos, que
é um material próprio com subsídio Cate-
quético-Litúrgico, de fácil acesso e lingua-
gem simples para os catequistas acolherem
os pequeninos, enquanto seus pais estão na
riores Ingrid Schwartz articula os trabalhos
paroquianas que também coordenam os
trabalhos a cada domingo. “Que essa iniciativa sirva para o crescimento religioso das
crianças. Um servir puro e livre de vaidades”,
comenta Ingrid.
missa ou na celebração dominical. O projeto
No início, a equipe atuará nas missas e ce-
missa no Dia do Senhor, tendo ali um espaço
voluntário servirá aproximadamente em
tem como objetivo levar as famílias para a
adequado para as crianças ouvirem e crescerem nos ensinamentos de Jesus Cristo.
Seguindo esse exemplo, a Paróquia Nossa
lebrações aos domingos, às 18 horas. Cada
uma missa por mês. No primeiro domingo,
elas acolheram 14 crianças, e já na segunda
semana o número quase dobrou.
Senhora do Perpétuo Socorro começou a
As coordenadoras sinalizam que haverá
consolida e já começa a render belos frutos.
para os voluntários, com a finalidade de
implantar o projeto há dois anos. Hoje, ele se
A iniciativa é paroquial, mas cada comuni-
dade tem autonomia de atuação de acordo
com sua realidade. A matriz foi o projetopiloto e as regras seguem os padrões de
Campinas.
eventos em comum e formação paroquial
troca de experiências e colaboração mútua
entre todos. “Embora sejam comunidades
diferentes, os objetivos são os mesmos”,
reforçam Luciana e Ingrid, que anseiam pela
chegada de novos voluntários.
Na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro, a equipe, que hoje é coordenada
CONSEGUIR VOLUNTÁRIOS
pela catequista Luciana Merçon, conta que
o primeiro desafio é encontrar a linguagem
SUFICIENTES PARA QUE
Evangelho de cada domingo para crianças
ESSA MENSAGEM SEJA
adequada para transmitir a mensagem do
tão pequenas. “Conseguir voluntários sufi-
CADA DIA MAIS EFICAZ
cientes para que essa mensagem seja cada
dia mais eficaz é outra barreira que temos
É OUTRA BARREIRA QUE
queninos do Senhor” atua nas missas e cele-
TEMOS QUE TRANSPOR”.
que transpor”, destaca. Na Perpétuo, o “Pe-
É
brações de domingo, às 11 horas e às 19h30.
comum que, com o nascimento dos filhos,
da Igreja Católica sempre foi de acolhida, especial-
menos enquanto as crianças estão pequenas.
próprio Jesus “Deixai vir a mim estas criancinhas e não
alguns casais reduzam a frequência às missas ao
Entre as razões apresentadas para esse comportamento estão a dificuldade de fazê-las se concentrar na
celebração, o receio de incomodar outras pessoas na
assembleia e não ter com quem deixá-las. A postura
40
mente das famílias, lembrando o ensinamento do
as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles
que se lhes assemelham” (Mt 19, 14).
Diante dessa realidade, foi criado o projeto “Peque-
REVISTA PANORAMA
Cada voluntário serve em aproximadamente
apenas uma missa por mês e a média atual é
de 30 crianças por encontro.
Com a expectativa de levar a Boa Nova às
crianças de forma lúdica e apropriada para a
SEJA UM VOLUNTÁRIO DO PROJETO
“PEQUENINOS DO SENHOR” E AJUDE
A LEVAR O EVANGELHO ÀS CRIANÇAS
DA PARÓQUIA.
idade, um grupo de paroquianos da co-
munidade Santo Antônio também decidiu
41
REVISTA PANORAMA
PROCURE AS COORDENADORES DE
SUA COMUNIDADE E PARTICIPE!
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IGREJA EM AÇÃO
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REVISTA PANORAMA
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4Q | 2 Suítes
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