Descarregar Ficheiro - Ministério dos Petróleos

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Relatório do seminário sobre “O Mercado de Capitais Angola – Londres
Na sequência do convite da Embaixada de sua Majestade Britânica em Angola, em nome da
London Stock Exchange (LSE – Bolsa internacional de valores de Londres, realizou-se no dia 7
de Fevereiro de 2013 por volta das 15 horas e 20 minutos nas instalações do novo edifício sede
do BESA o seminário sobre o “Mercado de Capitais Angola – Londres”, tendo o GEPEMINPET, na pessoa de Deise Vilarinho participado no mesmo em representação de sua
Excelência Ministro dos Petróleos de Angola Sr. Eng.º José Maria Botelho de Vasconcelos.
O evento, uma parceria do BESA (Angola e Investment Bank), LSE, Norton Rose e Ernest &
Yong, teve como objectivo apresentar as oportunidades de financiamento abertas às empresas
angolanas no mercado financeiro internacional, através da London Stock Exchange (LSE), uma
das principais bolsas internacionais, tendo esta atraído muitas empresas africanas para a
admissão à cotação no seu mercado principal (Main Market) e no mercado AIM (Alternative
Investiment Market) principal porta de entrada para as empresas africanas no mercado de
capitais, actualmente o mercado que mais cresce no mundo.
Como oradores do mesmo, estiveram o Dr. Álvaro Sobrinho (PCA-BESA), Dr. Acher
Mangueira (PCA/CMC – Comissão de Mercados de Capitais de Angola), Mr. Ibukun Adebayo
(LSE-Head of Business Development), Dr. Jorge Ramos (Director Sénior de gestão do BESAInvestiment Bank), Mr. Bayo Odubeko (Partner na Norton Rose- Consultoria, Assessoria e
Advogacia) e o Mr. Marcus Bailey (Director executivo da Ernst & yong) contando o mesmo,
com a participação de membros de várias entidades Angolanas como o BNA, ANIP, CMC,
Sonangol e de alguns Ministérios como o dos Petróleos, de Geologia e Minas, dos Transportes,
do comércio, da Construção, das Telecomunicações e do Urbanismo e Habitação.
O Dr. Acher Mangueira fez uma breve introdução ao evento destacando a importância do capital
capitado pelo Estado (títulos e impostos) e Bancos (empréstimos e aplicações) no
desenvolvimento económico, reflectidos em investimentos em infra-estruturas e projectos de
investimentos que alavancam a economia real. Falou da estrutura da CMC, seus padrões de
orientação, garantindo assim a protecção do investidor de forma eficiente justa e transparente e
de prevenção do risco sistémico, destacando alguns diplomas, regimes jurídicos já aprovados e
outros que se encontram em discussão pelo executivo, e da necessidade dos emitentes
cumprirem os padrões internacionais exigidos mediante a prestação de informação fidedigna,
transparente, com comparabilidade e tempestividade para uma eficiente admissão das empresas
à bolsa e sua consequente manutenção.
Mr. Ibukun Adebayo, apresentou a London Stock Exchange (LSE), como uma bolsa de negócios
diversificados (desde serviços de segurança, tranding e pós tranding até serviços informáticos e
tecnológicos/ gestão de dividas, correctoria electrónica, etc), destacando a vantagem da sua
localização e do seu volume de negócio (37% de Capital financeiro global e 46% do Volume de
negócio global de actividade financeira. Sendo a bolsa com maior captação de investidores
(2666 das quais 596 são representações internacionais). Terminando a secção com explanações
da Norton e da Ernest & Yong sobre os IPO´s (oferta pública inicial em acções) e pressupostos
para a entrada de Angola no mercado internacional, com destaque para o facto de a LSE ter no
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Main Market 32 empresas africanas, algumas de países com rating abaixo do de Angola como a
Zâmbia e o Marrocos (Angola – Outlook Rating BB+).
Nele foram debatidas questões como a verdadeira origem da crise financeira, à importância da
criação da abertura da Bolsa de Valores de Angola de forma sustentada, o acesso das empresas
angolanas ao mercado de capitais internacional através da LSE, a necessidade de se estender os
prazos de maturidade dos títulos de divida pública (TBC, BT e OP´s), de Angola fazer a sua
primeira emissão internacional criando assim um padrão para as empresas, de existir uma forte
acção de sensibilização para a criação de cultura financeira para este tipo de investimento, como
forma de capitação de capital para o Investimento (em acções, obrigações e
commodities/investimentos na produção e transformação de mercadorias).
Como elações para o desenvolvimento do mercado de capitais angolano, se destacou a
necessidade de se melhorar o nosso índice de competitividade, mediante o aumento da produção,
redução da taxa inflação (9%) à taxa de inflação média da zona (5%), investimento em
commodities pela riqueza e diversidade de recursos que possuímos, redução dos custos
excessivos dos bens não transaccionáveis, revisão e criação de legislação para o incentivo ao
investimento privado, destacando-se a necessidade de as Empresas angolanas promoverem
outras potencialidades do País, como agricultura, gás, indústria mineira e turismo, pois existem
investidores interessados a investir em África, desde que as empresas se deixem conhecer como
sérias, mediante os seus resultados e informação que prestam ao mercado.
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