Artigo - UPPLAY - Soluções em Comunicação
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1 CUIDAR DO PLANETA: UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA Justina Inês Marchesi Riboldi¹ Aline Verardo Corrêa- Orientadora² Resumo Fruto de estudos e reflexões este artigo pretende apresentar a trajetória de um projeto de pesquisa realizado na Escola Estadual de Ensino Médio Maranhão pela turma de 3ª série com 32 alunos do Ensino Fundamental. Tendo como tema o meio ambiente surgindo das inquietações da turma em relação à possibilidade de cada um colaborar para a preservação do planeta. A maior preocupação foi saber se ainda é possível frear o desequilíbrio ambiental, tanto no que se referem ao solo, os rios, o ar, a flora. A pesquisa de opinião mostra possíveis caminhos para ações que contribuirão para conter as agressões ao planeta. A amostra da pesquisa compõe-se de cem pessoas adultas, residentes na cidade de São Marcos, escolhidas aleatoriamente e nos aponta que um comportamento comum perpassa todos os interesses: o desejo de progresso e, como promover o desenvolvimento sem destruir o meio ambiente. Essa é a grande questão, pois como nos lembrou uma aluna dessa turma, vão todos morrer, pois destruindo o meio ambiente estarão destruindo-se. Enfim um alerta: é hora da escola, que é onde se estuda e se produz conhecimentos, tornar-se um ator-chave na preservação do planeta, reforçando seu empenho em colaborar na solução dos conflitos que afetam a riqueza do patrimônio natural da Terra. Palavras-chave: Meio-ambiente. Desequilíbrio. Agressões. Preservação. INTRODUÇÃO Cuidar do Planeta: Uma Questão de Sobrevivência foi o tema tratado em pesquisa pelos alunos da 3ª série. Abordar esta questão do meio ambiente com as crianças pequenas da Escola Estadual de Ensino Médio Maranhão foi a confirmação de que as crianças não só desejam, como estão ansiosas para fazer a sua parte. Mas precisam de informação, encorajamento e – o mais importante – da consciência de que têm o poder para influir nas coisas. As crianças têm um poder imenso. Sempre que elas dizem alguma coisa os adultos são levados a escutar. 1 Sempre que elas se preocupam com alguma coisa, os adultos também devem se preocupar. Sempre que elas fazem algo, os adultos são forçados a prestar atenção. (Nem sempre se conta isso às crianças, mas é verdade). Assim se a salvação do Planeta Terra é importante para as crianças, os adultos terão que acompanhar. E não podemos correr o risco 1 Professora de séries iniciais na Escola Estadual de Ensino Médio Maranhão e da Educação de Jovens e Adultos na escola Municipal de Ensino Fundamental Demétrio Moreira da Luz, em São Marcos. Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Gestão, supervisão e Orientação. ² Formadora e orientadora do Programa NEPSO, Professora da Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul e de Farroupilha, Licenciada em Pedagogia Matérias Pedagógicas do 2º Grau pela UCS/RS. Pós – Graduada em Psicopedagogia pela LAPA/PR. 2 de deixá-las crescerem achando que os problemas com que nos defrontamos – e elas também – são grandes, difíceis e desesperadores demais para serem solucionados. Várias questões se sucederam nos debates para a definição do tema com os alunos, prevaleceu: Será que é possível conter ou diminuir as agressões ao Planeta? A preocupação maior era “Será que ainda há tempo para salvar o Planeta”? Assim, pensaram e decidiram pesquisar com adultos, buscando possíveis soluções para proteger o Planeta. Este relato baseia-se em pesquisa de opinião, realizada com 100 pessoas adultas, escolhidas aleatoriamente, que estavam na cidade de São Marcos-RS no dia 18 de junho de 2009, fundamenta-se em estudos que aconteceram em decorrência disto. Este trabalho faz parte do Projeto NEPSO – Nossa Escola Pesquisa sua Opinião que utiliza a metodologia da pesquisa de opinião como ferramenta pedagógica para desenvolver projetos que tratem de temas de interesse dos alunos, tornando-os protagonistas do seu aprender. Pelo que se percebem estas questões tais como economizar água e energia, reciclar, cuidar das florestas enfim as questões referentes ao meio ambiente já fazem parte do universo das crianças e elas já são mais conscientes do que talvez muitos de nós. A opção por pesquisarem com adultos se justifica, pois reflete o que vai escondidinho nos coraçõezinhos deles: “São os adultos que estão destruindo o Planeta!” e a Natália 9 anos 3ª série ainda disse: “Será que querem morrer, por isso não cuidam do Planeta?” As inquietações com relação ao meio ambiente são tratadas aqui a partir daquilo que pensam os adultos pesquisados, na visão dos alunos 3ª série. 1 MEIO AMBIENTE: UM PATRIMÔNIO A ZELAR POR INTEIRO Nossa casa, esse grande planeta azul, está a cada dia nos dando sinal claro que precisa de ajuda. Basta lembrar-se de alguns desastres recentes: tsunamis, enchentes no Amazonas, enchentes no Vale do Itajaí – SC, deslizamentos de terra, ondas de calor, furacões nos EUA, queimadas, secas, aumento de áreas desertas, terremotos, chuvas de granizo, vulcões, chuva ácida, baixa umidade do ar, avalanches, alagamentos, derretimento das geleiras, aumento do nível do mar. e embora no mundo sempre tenham acontecido muitos desses desastres, as atividades humanas e a falta de preservação e conservação dos recursos naturais vêm acelerando esses fenômenos. 3 A destruição do Planeta caminha a passos largos, se consideremos os bilhões de anos da existência da Terra. Está em risco a sobrevivência de todos os seres vivos e seus descendentes. Segundo a revista Agrinho (p.557): “As gerações do último século consumiram uma quantidade maior de recursos do que todas as populações desde o aparecimento do homem na terra [...]” E esta escala gera uma enorme pressão ambiental sobre os recursos naturais, que já demonstram sinais de escassez e ainda geram uma grande quantidade de lixo e resíduos que causam impactos ambientais com graves reflexos na população. O cuidado com o Planeta é um chamado que reivindica uma postura consciente de todos nós, na qual revela o fato de que a mudança depende de cada um. Depende de mim, de você e de todos nós. E como diz Sandro Sayão Quando desejamos verdadeiramente mudar, mudamos, quando percebemos que devemos ser diferentes, assim nos tornamos. Penso que em relação às questões ambientais, a questão do lixo, à violência, ao uso indiscriminado das águas e dos solos, a poluição entre outros, já temos tecnologia suficiente para um novo modo de agir. (SAYÃO, 2006, p.164) Então segundo ele não nos falta técnica, mas sim querer empregar a tecnologia em favor da preservação do meio ambiente. Preservar e levar informações aos seres humanos sobre o meio ambiente para evitarse termos conseqüências graves no futuro é o nosso dever, pois a cada momento de destruição compromete-se a vida de todos. A educação tem um papel fundamental nesse processo de mudança. Se cada um de nós faz a sua parte, e se os governantes fazem seriamente o que lhes compete, já teremos dado um grande passo para a transformação necessária à manutenção das condições saudáveis de vida sobre o Planeta. A crise sócio ambiental, além de ser um sinal de alerta, é um chamado à mudança. Nos dizeres de Sandro Sayão A meu ver a educação tem um papel fundamental nesse processo. É nela que repercute de maneira direta a necessidade de reconfiguração. Enquanto em outras áreas o capital domina e dificulta qualquer discussão que subverta a lógica vigente, na educação rapidamente incorporamos novos discursos e repensamos nossa maneira de trabalhar. (SAYÃO, 2006 p. 159) Os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs ditam em um de seus objetivos de Ciência Naturais que se deve desenvolver as capacidades de “Responsabilizar-se no cuidado com os espaços que habita [...]” Segundo Gadotti 4 Nossa Mãe-Terra é um organismo vivo e em evolução. O que for feito a ela repercutirá em todos os seus filhos. Ela requer de nós uma consciência e uma cidadania planetárias, isto é, o reconhecimento de que somos parte da Terra e de que podemos perceber com a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir. (GADOTTI, 2000, p. 184). Já sabemos que não somos os donos da Terra, apenas fazemos parte dela e não destruí-la cabem a nós, seus habitantes. No ver de Sayão, educação que não é ambiental não é educação, então, usemos a educação como uma tomada de atitudes a respeito de preservar o meio ambiente e de mudarmos nossa forma de agir e de pensar em relação ao universo que nos cerca. Segundo Sandro Sayão (p. 159): “Não é a toa que já existe hoje um grande número de projetos ambientais nas escolas, não é à toa que muito já se fez pelos currículos e pelos espaços acadêmicos nesse sentido [...]” Mobilizar as comunidades por meio de escolas, de maneira que as crianças e seus pais se tornem centros efetivos de atenção para a sensibilização das comunidades em relação às questões ambientais. Para Sandro Sayão (p.137): “A Terra, os homens e as mulheres os animais e as plantas rogam justiça. Deles é o grito mudo que faz agitar as consciências, deles é o chamado para se pensar [...]”Sandro Sayão A destruição e o risco de extinção de muitas espécies vivas, o aquecimento global, a poluição, o desmatamento, o estresse, a fome, a miséria, a depressão, a violência doméstica, e social, o egoísmo, a corrupção, a falta de bom senso e respeito, entre outros tantos exemplo de violência para conosco mesmos e para com a natureza, nos mostram nua e cruamente que precisamos mudar. (SAYÃO, 2006 , p.131) Precisamos agir rapidamente para impedir esta catástrofe que é a degradação do meio ambiente. Vamos começar em casa, na escola, na rua, nos bairros, nos campos, nos municípios, nos estados e nos países. Pôr em prática tudo o que se sabe sobre os cuidados com o meio ambiente, não jogando lixo no chão, não fazendo queimadas, não poluindo o ar. O inesquecível Paulo Freire afirma, (1977, p. 27) “O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo”. Requer sua ação transformadora sobre a realidade [...] 5 2 COLETANDO E ANALISANDO DADOS Optar por direcionar as reflexões com os alunos, para um ou outro assunto dentro do tema Meio Ambiente foi difícil, por isso tratamos de forma abrangente as questões que mais os afligiam. As mais importantes informações colhidas na pesquisa serão aqui analisadas, comentadas e discutidas, visando esclarecer se “É possível conter ou diminuir as agressões ao Planeta?” Uma questão considerada importante para nossa pesquisa foi em relação ao conhecimento que as pessoas têm sobre a destruição, degradação do Planeta, cujos dados se ENTREVISTADOS apresentam a seguir. 1. O Planeta Terra está sendo destruido e com isso a vida. Você concorda com isso? 80 60 40 20 0 76 4 CONCORDO PLENAMENTE CONCORDO EM PARTE 20 NÃO CONCORDO O gráfico mostra que das 100 pessoas entrevistadas 76% concordam plenamente; 4% concordam em parte e 20% não acham que o Planeta está sendo destruído. Percebe-se aqui que a maioria tem consciência do que acontece com a natureza. Embora 20% desconheçam o que está acontecendo, os alunos pequenos já perceberam e para eles está bem claro que o Planeta está sendo destruído, pois recebem informações diárias na escola, na imprensa e outros meios e eles estão preocupados, pois são eles que estão recebendo um Planeta que caminha para a destruição. Perguntaram então aos entrevistados sobre o porquê de as pessoas estarem destruindo seu próprio planeta e obtiveram 66% das respostas afirmando ser por falta de conscientização; 21% por precisarem desmatar, poluir, degradar para poderem realizar o seu trabalho; 13% por total desconhecimento que estão prejudicando. 6 2.1 SUSTENTABILIDADE “O tema da sustentabilidade” originou-se na economia (desenvolvimento sustentável) e na ecologia, para inserir-se definitivamente no campo da educação, sintetizada no lema “uma educação sustentável para a sobrevivência do Planeta”, difundido pelo Movimento pela Carta da Terra na Perspectiva da Educação e pela Eco pedagogia. O que seria uma cultura da sustentabilidade? Esse tema deverá dominar muitos debates educativos das próximas décadas. O que estamos estudando nas escolas? Não estaremos construindo uma ciência e uma cultura que servem para a degradação e deterioração do planeta? O conceito de sustentabilidade foi ampliado. Ele permeia todas as instâncias da vida e da sociedade. Para além da sustentabilidade econômica, podemos falar de uma sustentabilidade ambiental, social, política, educacional, curricular, etc. O conceito é visto aqui muito mais a partir dos seus pressupostos éticos do que econômicos. E se conseguirmos atingir a sustentabilidade seremos eco cidadãos; usaremos a água de um modo inteligente, praticando a reutilização; não seremos vítimas de nossa própria condição precária de higiene; teremos saúde e as doenças não se proliferarão a ponto de se tornarem epidemias; os alimentos chegarão a todas as mesas, produzidos por muito mais pessoas, em suas casas ou em suas cidades, gerando empregos e sendo comercializados por preços justos; os solos voltarão a ser férteis e produtivos, através de novas práticas agrícolas haverá alimentos para todos; também seremos mais seletivos e vamos saber escolher o que é melhor para nós, para o meio ambiente e para a natureza; a crise social, injustiça social desemprego e violência serão coisas do passado. Ganharemos a PAZ. Como vemos a nova ordem mundial e um novo estilo de vida é escolha que cada um faz para promover uma melhor condição de vida para todos. 2.2 SINAIS DA TERRA Na questão sobre quais os sinais que mostram que o Planeta está sendo destruído, a maioria respondeu que é a poluição, seguida das enchentes e secas, escassez de água potável, alterações no clima e o aumento de insetos. Acrescente-se a isto com o que o aluno Augusto disse em um texto: “Os sinais que estamos tendo são a poluição do ar, extinção de animais, chuva ácida, lixo demais, efeito estufa, poluição, poluição da água, buraco na camada de ozônio.” (Augusto – 8 anos – Escola Maranhão) E quando perguntamos sobre como as pessoas estão destruindo o Planeta Terra 62% responderam que é porque as pessoas estão poluindo as águas, o ar e o meio ambiente no 7 geral; 27% disseram que é fazendo mau uso dos agrotóxicos; 42% disseram que é porque estão desmatando as florestas e realizando queimadas e 33% afirmaram que é porque estão destruindo a camada de ozônio. 2.3 PENSANDO PARA O FUTURO A preocupação que fundamenta esta pesquisa está expressa nesta questão: ENTREVISTADOS 5. VOCÊ ACHA QUE AS PESSOAS VÃO CONSEGUIR SALVAR NOSSO PLANETA? 60 40 50 39 20 11 0 SIM NÃO EM PARTE Os dados coletados nos mostram que 39% das pessoas entrevistadas responderam que as pessoas vão conseguir salvar o Planeta; 50% responderam que só em parte e 11% acham que não. De acordo com estudos feitos pelos alunos há diversas ações que podem ser feitas já dentro da casa de cada um. 2.4 DENTRO DE CASA Logo no projeto do imóvel, a pessoa pode escolher pela economia de energia. Um bom projeto deve prever racionalidade na iluminação de ambientes e no uso de vedações e materiais transmissores de calor, a fim de permitir economia na iluminação artificial e na refrigeração. Mas se o imóvel já está pronto sem levar isso em conta é preciso saber que mesmo no dia a dia, se pode utilizar a energia elétrica de forma sustentável dentro de casa. Lâmpada – usar lâmpada fluorescente, afinal, a troca da incandescente por esta proporciona economia de 15% na conta de luz, segundo da Coppe/UFRJ (Centro de Pesquisa e Estudo de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Para se ter uma idéia, as lâmpadas incandescentes apresentam um consumo superior ao de televisores, de aparelhos de som e do ferro elétrico. 8 Equipamentos novos – trocar equipamentos antigos pelos sistemas novos e eficientes. Uma boa ideia é ficar atento ao Selo Procel de Economia, pois ele indica os equipamentos com os melhores índices de eficiência energética em suas categorias. Eletroeletrônicos – desligar o computador, a televisão, o aparelho de som ou qualquer eletrônico quando não estiver sendo usado. Stand by – não deixar os aparelhos como TVs e conversores digitais no modo stand by, afinal, quando eles estão no modo de espera, gastam pouco menos do que quando estão em funcionamento. Então o segredo é desligá-los diretamente no botão. Geladeira – quando for abrir a geladeira, retirar de uma só vez todos os alimentos que necessitar e evitar guardá-los quentes nos refrigerados ou no freezer. Além disso, regular o termostato adequado e verificar se a borracha de vedação da porta está em bom estado, para evitar a fuga de ar frio. Chuveiro – não se prolongue no banho e não tente aproveitar uma resistência queimada, pois isso acarretará aumento de consumo. Água – não utilizar água quente para lavar roupas ou utensílios de cozinha, pois ela normalmente é aquecida com energia elétrica, aumentando demasiadamente o consumo. Energia renovável – utilize sempre que possível a solar ou a eólica. Na questão onde foi perguntada a quem compete preservar e cuidar do meio ambiente 73% respondeu que compete à população juntamente com as autoridades; 7% acham que é de competência só das autoridades e 20% responderam que compete a população. Também em relação a isto foi perguntado se têm conhecimento de alguma ação que as autoridades municipais estão fazendo para preservar o meio ambiente, em São Marcos e 65% dos entrevistados, respondeu que não; 35% responderam que sim. Apenas uma minoria sabe que em São Marcos se faz coleta seletiva do lixo que vai para usina de triagem. Há que se pensar nisso, pois se não sabem, não separam o lixo orgânico do reciclável. Não estão a par que existe educação ambiental nas escolas municipais; que as autoridades fazem fiscalização para que não se cortem árvores; não se polua as águas; não se faça queimada; não haja caça de animais. Também não sabem das mudas de árvores que às vezes são distribuídas; dos programas de rádio que ensinam como cuidar do meio ambiente e que agora também está 9 sendo planejado um viveiro para o plantio e distribuição de mudas de árvores; não sabem dos canteiros e parques que são mantidos pelo poder público de São Marcos. 2.5 COMPROMISSO Os dados coletados em resposta à questão: “Como você pode ajudar a cuidar do Planeta?” nos mostram que 46% dos entrevistados podem ajudar, informando as pessoas. 40% separando o lixo, 39% economizando água e energia. 28% utilizando corretamente os agrotóxicos na lavoura; 38% plantando e cuidando de árvores e 4% responderam que pode fazer também outras ações, tais como recolhendo lixos; “arrumando” esgotos; distribuindo mudas de árvores. Várias pessoas responderam que vão fazer mais de que uma destas ações. Some-se a isto o trabalho dos alunos e certamente, teremos passos na direção de um ambiente mais preservado para as futuras gerações. CONSIDERAÇÕES FINAIS A tomada de consciência de que o meio ambiente necessita ser preservado para garantir a sobrevivência das novas gerações, é um passo já. E é justificável a preocupação dos alunos pequenos da escola ao querer saber se é possível conter ou diminuir as agressões ao Planeta. A grande lição deste projeto é a importância das pequenas atitudes para salvarmos o meio ambiente em geral. Já não podemos mais fugir da missão possível que é de todos, junto com as crianças: a de preservar a natureza e o planeta em que vivemos. Devemos falar e mostrar às crianças que elas podem fazer coisas maravilhosas pela Terra. Elas precisam experimentar o sentimento de satisfação que acompanha a realização de algo certo e bom. Tal como fizeram os alunos desta turma ao irem ao viveiro, plantar flores para distribuir na “Oficina de Ideias da Escola”, que é uma mostra de trabalhos criados pelos alunos. Esta é nossa responsabilidade enquanto professores e pais. Se nada mais pudermos dar-lhes, devemos ao menos lhes proporcionar a confiança que podem mudar – e ajudar a salvar – o mundo. 10 REFERÊNCIAS AWAZU, Luiz A. F. Orientações sobre educação ambiental para crianças. 1. ed. São Paulo: AM, 1996. __________________ Experiência em educação ambiental, pressupostos orientadores, Rio Grande do Sul (Estado) Secretaria da Educação. Porto Alegre, 1998. 1 v. BOTTELSON, Elza. A agonia das florestas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1992. BRASILIA. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente. MEC, 1997. FREIRE, Paulo. Extensão e Comunicação? Tradução de Rosisca Darcy de Oliveira. 9 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. ____________. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. GADOTTI, Moacir, 1941. Pedagogia da Terra São Paulo: Peirópolis,2000 – Série Brasil Cidadão. GRAZZIOTIN, Luciane. SAYÃO, Sandro, STECANELA, Nilda. Construção de Conceitos de Ciências Naturais. Caxias do Sul, RS: UCS Nead 2006. Educs. TORRES, Patrícia L. Uma leitura para os temas transversais. Curitiba: Sennar. Agrinho. PR, 2003.
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