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Blog do Galeno Página 1 de 5 HOME PERFIL DO GALENO UOL BUSCA CRÔNICAS Web Blog ARTIGOS Neste blog PUBLICAÇÕES Fotoblog REGRAS DO BLOG Sites pessoais Buscar Imagens de leitura Sexta-feira, 27 de março de 2009 Livro e leitura no Parlamento O blog na mídia O que foi dito Ver todos Ação cultural e a biblioteca pública Alexandre Nogueira Paixão 23/3/2009 imprimir | enviar As últimas notícias sobre livro no Brasil e no mundo. Confira os destaques da mídia História de gente que lê O livro da sua vida Dicas de quem já leu Prêmios para quem faz Quem financia projetos Pelo mundo afora Fazer Ação Cultural se apresenta como uma das propostas para que as bibliotecas públicas superem o estado de crise em que se encontram. Verificada pela constante queda no número de usuários, esta crise pode ser concebida como manifestação do fim de um processo histórico no qual as bibliotecas públicas serviram predominantemente como suporte para a educação formal e tiveram no público escolar a base de suas estatísticas. Num país em que o analfabetismo absoluto e funcional ainda são representativos, pode-se dizer que a instituição desempenhou um papel legítimo. Nesse novo e ainda um tanto quanto indefinido contexto, o fomento à leitura aparece como o principal eixo para a formulação de políticas públicas para a biblioteca. Longe de ser seu papel natural, a visibilidade que o termo possui nos dias de hoje é sintomático, pois parte da premissa de que o Brasil não é um país de leitores, seja devido ao preço dos livros, ou falta de interesse – enfim, os argumentos são vários. A questão que se coloca é a seguinte: como a ação cultural poderia se tornar um ponto de convergência entre a formulação de políticas para a biblioteca e a orientação das práticas de fomento à leitura no País? No entanto, para esboçar uma resposta a essa questão, outra deve ser resolvida: como a ação cultural pode se tornar uma prática no ambiente da biblioteca? Das inúmeras variáveis que podem ser apresentadas como obstáculos à consolidação dessa prática, aqui, o olhar deverá ser dirigido para a relação entre o sistema de classificação do conhecimento e os regimes de espacialização existentes em algumas bibliotecas públicas. Sem a reflexão sobre isto, será impossível fazer ação cultural em seu interior. Cadastre-se e receba toda semana em seu e-mail. Digite aqui seu e-mail Baixe e instale no seu website Para isso, a adequação dos espaços das bibliotecas às demandas escolares e o sistema de classificação que, embora um pouco mais distante dos currículos universitários, constituem-se no principal entrave no momento, obstáculos à realização de ação cultural nesses espaços, pois envolvem a postura de seus funcionários e o imaginário construído pela população. Minha tentativa aqui será a de tentar expor algumas contradições existentes na relação entre bibliotecas públicas e ação cultural. Ao expô-las, a intenção não será a de resolvê-las, pois fazem parte da dialética da vida; tampouco evitá-las, pois a função da ação cultural, penso, é exatamente a de fornecer subsídios para o enfrentamento destas. Você já encontrou erros em livros? Sim, de dados incorretos Sim, de ortografia Sim, de impressão Não Não sei O caminho escolhido poderia ter sido o de levantar questões conceituais e apontar as incongruências existentes. Essa perspectiva, no entanto, acabaria por reificar e mascarar o problema, pois partiria de um ponto ideal e por isso externo ao problema em discussão. Iniciarei, portanto, a partir de dentro, ou seja, daquilo que se manifesta na biblioteca. Do material que revela a práxis, que por sua vez representa a visão de dos bibliotecários e seus administradores. Benita Prieto – Histórias sem parar Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEI-LIJ) - Rio Grande do Sul Sítio do Alexandre Marino VER TODOS Como minha experiência mais próxima em termos de biblioteca pública está em São Bernardo do Campo, me orientei por ela para realizar este esboço crítico. O sistema de classificação corrente na biblioteca pública de SBC pode ser dividido, de maneira geral, em duas categorias: O científico/considerado real; o artístico/considerado ficção. Para que serve a classificação? Para que se possa encontrar os livros com a menor dificuldade possível. Simples? Aparentemente. Suas subdivisões nas classificações das obras consideradas científicas varia de acordo com as áreas do conhecimento, enquanto as consideradas ficcionais, de acordo com a origem dos escritores e alguns gêneros, tais como teatro, poesia e suspense. A questão aqui não se trata de indagar sobre a validade dos esquemas de classificação, mas criticar a naturalização deste esquema, como se a ordem dos livros fosse imutável e impusesse uma lógica inflexível. No caso da biblioteca pública de São Bernardo, esse esquema de classificação se manifesta pela divisão espacial dos setores: Fixo e circulante. O setor fixo compreende as obras de referência – dicionários e enciclopédias – e concentram as obras de “ciência”. As explicações para essa divisão podem ser as mais variadas e tiveram sua legitimidade, por exemplo: Devido a grande procura destas por estudantes e a impossibilidade de se disponibilizar vários exemplares do mesmo título, seria difícil atender à demanda daqueles que quisessem emprestar essas obras. No entanto ao se transcender esta questão existe um aspecto simbólico mais geral: A Biblioteca não é pensada como lugar de lazer, o espaço destinado àqueles que permanecem em suas dependências deve ser o território do estudo, do silêncio e da concentração, enquanto que as obras de ficção, por estarem destinadas ao lazer poderiam e deveriam ser emprestadas. Se isto ocorreu porque os espaços da biblioteca foram apropriados por estudantes e a sua http://www.brasilquele.com.br/uol_texto_ler.php?id=4944&page=13 Welington Almeida Pinto Eu Leio. E Você? João Ubaldo Ribeiro diz que seu pai proibia os filhos de entrar em sua biblioteca, mas sempre esquecia a porta aberta. Ziraldo entende que ler é mais importante do que estudar. LEIA MAIS 26/03/2009 Alexandre Nogueira Paixão Ação cultural e a biblioteca pública Como a ação cultural poderia se tornar um ponto de convergência entre a formulação de políticas para a biblioteca e a orientação das práticas de fomento à leitura? LEIA MAIS 23/03/2009 Luciano Trigo O espírito da nova Lei Alcançada sua maioridade, parece que a Lei Rouanet será finalmente reformada ou mesmo substituída. O 27/3/2009 Blog do Galeno Página 2 de 5 função histórica foi a de suporte para a educação formal, isto não interessa, pois reforçou no imaginário das pessoas a idéia da biblioteca como lugar de estudos considerados sérios; literatura como diversão, somente em casa. debate promete ser animado. O novo projeto traz diversas novidades. Algumas pessoas costumam imaginar que a fusão dos acervos, diluindo a diferença entre a circulante e a fixa poderia ser devido à necessidade que os estudantes têm de levar os livros para casa. Uma das justificativas, a impossibilidade das cópias xerográficas. Acho justo, mas devemos pensar dialeticamente, pois a dialética não é um método, mas uma perspectiva da vida. Ao se conceber a fusão dos acervos, não deveríamos pensar também em transformar o espaço da biblioteca num lugar de lazer, leitura e fruição? Para isso as acomodações deverão ser readequadas. 23/03/2009 Pode-se dizer que tal reorganização do espaço favoreceria o desenvolvimento da ação cultural na biblioteca. Não concordo, pois também isso significaria reificar o problema, pois não são os espaços que configuram as relações sociais, mas tão apenas podem ser considerados como manifestações de uma visão de mundo, de uma ideologia. Na minha opinião, redefinir a organização espacial seria, na realidade, a primeira forma de ação de cultural nas bibliotecas públicas e para isso, um sistema de classificação menos formal e por isso rígido e a própria disposição dos livros nas estantes, que hoje apenas mostram suas lombadas, seriam caminhos para superar as fronteiras da ordem em que as bibliotecas públicas se acostumaram a permanecer. Alexandre Nogueira Paixão, historiador em São Bernardo do Campo. LEIA MAIS >> FÓRUM DE DEBATES Abdalan da Gama Adelson Fernando Affonso Romano de SantAnna Agenor Gasparetto Alberto Carlos Almeida Aldo Bocchini Neto Alexandre Nogueira Paixão Álvaro Alves de Faria Ana Cássia Maturano Ana Miranda Outros textos do mesmo autor Ler Comentários (0) - Escreva seu comentário Andrés Romero Aníbal Bragança Anna Carolina Raposo Annibal Augusto Gama Antoninho Marmo Trevisan Antonio Gonçalves Filho Antonio Marcos Pereira Antonio Miranda Aristides Coelho Neto Arnaldo Niskier Artur Hamerski Benedicto Camargo Dutra Benedicto Ismael Camargo Dutra Bia Abramo Bruno Lima Rocha Bruno Rodrigues Carlos Augusto Calil Carlos Heitor Cony Carlos Minuano Carlos Sávio Teixeira Cássia R. M. de Assis Medel Cecilia Giannetti Celso Lafer Chico Lopes Christian Petermann Christopher Montenegro Cláudia Costin Cláudia Nina Cláudia Souza Claudio Amadio Cleide Cristina Soares Cora Rónai Cynara Menezes Daniel González Daniel Piza Denilson Monteiro Deonísio da Silva Dioclécio de Quadros Lopes Domício Proença Filho Edgar Lisboa Edmir Perroti Ednei Procópio Eduardo Matarazzo Suplicy Eliana de Freitas Eliane Arruda Eliane Lobato Elio Gaspari Elmer Corrêa Barbosa Erlon José Paschoal Fábio Cyrino Fábio Reynol Fabrício D. Viana Fausto Wolff Felipe Lindoso Fernanda Takai http://www.brasilquele.com.br/uol_texto_ler.php?id=4944&page=13 27/3/2009 Blog do Galeno Página 3 de 5 Fernando Paixão Fernando Savater Flamarion Maués Flávio Paiva Flávio Tavares Gabriel Magadan Gabriel Perissé Galeno Amorim Geraldo Galvão Ferraz Geraldo Maia Gilberto Dimenstein Giovana Cordeiro Campos Gloria M. Rodríguez Santa María Gustavo Bombini Gustavo Franco Hubert Alquéres Ignácio de Loyola Brandão Inajá Martins de Almeida Ivan Lessa Ivan Marques Izabela Moi Jaime Pinsky João Arinos João Baptista Herkenhoff João Pereira Coutinho John Lanchester Jorge Werthein José Castello José Castilho Marques Neto José de Souza Martins José Mindlin José Renato Nalini Joselma Noal Juca Ferreira Juliana Krapp Kennedy Martins Laudelino José Sardá Lourdes Atié Luciana Vicária Luciano Trigo Lud Inácio Luís Fernando Veríssimo Luiz Alberto Marinho Luiz Antônio Simas Luiz Carlos Ramos Luiz Costa Pereira Junior Luiz Nivardo Melo Filho Lya Luft Manuel da Costa Pinto Marcelo Alencar Marcelo Rocha Márcia Denser Márcia Luzia Prim Marco Antonio Bezerra Campos Marco Aurélio Benites Marco Maciel Maria Antonieta da Cunha Maria Clara Lucchetti Bingemer Maria Tereza Leme Fleury Mariana Filgueiras Marília de Abreu M. de Paiva Marino Lobello Marlucia Machado de Miranda Marta Gouvêa Trench Martinho da Vila Matthew Shirts Mauro Villar Meire Cavalcante Menalton Braff Miguel Sanches Neto Mileide Flores Milena Duchiade Milena Piraccini Milton Hatoum Miriam Mermelstein http://www.brasilquele.com.br/uol_texto_ler.php?id=4944&page=13 27/3/2009 Blog do Galeno Página 4 de 5 Moacyr Scliar Motoko Rich Muniz Sodré Naercio Menezes Filho Nelson Ascher Nelson Jacintho Nelson Motta Nelson Valente Neuto de Conto Nicholas Clee Nina Lemos Noemi Jaff Norma Couri Oswaldo Siciliano Paola Gentile Pasquale Cipro Neto Patrícia Ferreira Bianchini Borges Paulo Araújo Paulo César Araújo Paulo César de Araújo Paulo Coelho Paulo Pitaluga Costa e Silva Paulo Roberto de Almeida Paulo Roberto Pires Pedro A. Biondo Pedro Bandeira Pedro Doria Plínio Fraga Priscila M. Netto Soares Professor Victoriano Garrido Filho Rafael Capanema Raul Wassermann Renato Bernhoeft Ricardo Cravo Albin Ricardo Queiroz Pinheiro Ricardo Riedel Rita Foelker Roberto DaMatta Rodrigo Capella Rosana Ferrão Rosely Boschini Rosemary Conceição dos Santos Rossaly Beatriz C. Lorenset Rubem Alves Ruy Castro Sebastião Nunes Sérgio Amadeu Sérgio Augusto Sergio Faraco Sônia Machado Jardim Suzana Herculano-Houzel Tânia M. K. Rösing Terezinha Saraiva Tico Santa Cruz Ulisses Tavares Umberto Eco Valdeck Almeida de Jesus Valdson de Souza Soares Valter Kuchenbecker Vanderléa Martins da Rocha Venício A. de Lima Vera Stefanov e Levi Bucalem Ferrari Vicente Golfeto Vicente Martins Vitor Tavares Vivian Lobato Voltaire de Souza Walter Omar Kohan Walter S. 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