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Transcrição

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Tropeiros – Cândida Vilares e Vera Vilhena
PROJETO
P
ROJETO D
DE
E LLEITURA
EITURA
As autoras
A experiência de
sala de aula foi a base
do trabalho das autoras.
Na sala de aula, puderam conviver com a realidade de leitura dos
alunos e com a condição adolescente desses
leitores. Assim, sentiram-se desafiadas
a produzir textos que pudessem levar
os estudantes a compreender a História
do Brasil de maneira divertida e emocionante.
Cândida Vilares é paulistana, licenciada
em Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (1983), e Vera Vilhena
é mineira, licenciada em História pela
Pontifícia Universidade Católica (1960)
e mestra em História pela Universidade
de São Paulo (1974).
Os livros das autoras editados pela Melhoramentos são quatro romances juvenis: Além da Neblina, Poeira de Ouro,
Tropeiros – Viajantes e aventureiros e
A Corte Chegou – O Rio de Janeiro se
transforma, narrativas que aliam aventura e História do Brasil.
Romance histórico
A leitura de uma ficção histórica é,
tradicionalmente, uma forma lúdica de
compreender o passado de um povo,
de uma nação, pois aproxima do leitor
os fatos que, em geral, estão em um livro didático ou são abordados em aulas de História. Como a linguagem de
um livro de ficção pode ser mais leve
e agradável que a dos livros didáticos,
o leitor se distrai enquanto conhece a
dimensão humana e cotidiana dos personagens ilustres e de pessoas comuns
de uma época histórica. Além disso, do
ponto de vista didático, o romance histórico permite o aprofundamento de temas históricos tratados em sala de aula,
bem como a reflexão sobre a história, o
que fortalece a cidadania.
O grande desafio do romance histórico juvenil é colocar em prática a interdisciplinaridade e envolver professores
de História, Geografia, Português, Artes
etc. num trabalho conjunto e proveitoso
para o aluno.
A proposta deste suplemento de trabalho é proporcionar subsídios aos professores para que se sintam confortáveis
com a adoção de um romance histórico
dessa coleção.
Ficha
Autoras:
Cândida Vilares e
Vera Vilhena
Título:
Tropeiros
– Viajantes e
aventureiros
Ilustradora:
Meire de Oliveira
Formato:
13,5 x 20,5 cm
No de páginas::
112
Elaboração:
Cândida Vilares e Vera Vilhena
Quadro sinóptico
Gênero: romance histórico
Temas transversais: tropeirismo,
amizade, relação entre pai e filho,
figura do herói, viagem e turismo,
natureza
INDICAÇÃO:
Interdisciplinaridade: Português,
História, Geografia e Artes
leitor crítico:
a partir de
12
anos
ensino
fundamental
1
Linha do tempo: localização histórica
Brasil Colônia:
1808
Chegada da
família real
1815
Elevação do
Brasil a Reino
Unido de Portugal
e Algarves
Mapa:
Map
pa:: lo
localização
ocalizaçãão g
geográfi
eográfic
ficca
Anexo, mapa
ma de São Paulo.
2
Comentários sobre a obra
Síntese da obra
A narrativa permite ao leitor jovem
acompanhar as viagens dos personagens e vivenciar o ambiente rural e urbano do século XIX. São descritas paisagens que quase não existem mais: casas
de pau a pique com janelas de rótulas,
capelinhas e cruzes nas trilhas – sinais de
religiosidade –, as vendas, os ranchos e
sítios, a exuberância da mata atlântica.
Na primeira viagem de Bento, pode-se
ressaltar a relação entre pai e filho, marcada pela transmissão dos conhecimentos da profissão e também da vida.
A segunda viagem permite trabalhar
com o início da adolescência e o valor
da amizade (com Chico).
Na terceira viagem podem-se discutir
temas como independência e heroísmo,
que definem a importância do tropeiro
na cultura brasileira.
Permeando as três viagens estão os
causos, as histórias e a linguagem dos
personagens que dão a cor local.
O momento histórico
Com a vinda da família real e a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves, o Rio de Janeiro passou
a ser o centro cultural mais importante do Brasil. Em contato com a Europa,
esse centro ditava moda e revolucionava costumes.
3
>>
Sugestões de trabalho
Os tropeiros também tiveram grande
importância para a mudança cultural
dessa época, pois eram eles que levavam as novidades e as mercadorias para
o interior do Brasil.
O tropeirismo foi um movimento marcante, sobretudo nos séculos XVIII e
XIX. No sertão do Brasil, utilizaram-se,
inicialmente, o índio e o escravo negro para o transporte. Depois, eles foram substituídos pelas tropas de burros
e mulas, que seguiam pelas antigas trilhas dos índios.
Uma tropa podia contar com até dez
lotes de mulas; cada lote, sob a responsabilidade de um tropeiro, era constituído por até dez mulas. Ou seja, uma tropa completa era composta por cem mulas e dez tropeiros.
Além da importância econômica, o
determin
tropeiro foi fator determinante
para a
al, unind
o pessoas, ci
integração nacional,
unindo
cidades e culturas.
Compreensão d
do texto:
• Solicite ao aluno que liste dois fatos
principais de cada viagem e como
cada fato contribuiu para o amadurecimento de Bento e Chico.
• Chico e Bento, personagens principais da história, têm em comum a
adolescência e o gosto pelo tropeirismo. No entanto diferem em muitos
aspectos, como a personalidade, a
origem social e a vivência. Comente
essas diferenças.
• Trabalhe com as ilustrações do livro,
explorando os principais aspectos do
tropeirismo: roupas, apetrechos de
tropa, perigos dos caminhos…
• Promova discussão em grupo sobre
as atividades dos tropeiros entre um
pouso e outro: arrear os animais,
ajeitar as cargas, enfrentar os perigos
do caminho, a chegada ao pouso de
descanso, alimentar-se e dar de comer aos animais etc.
TTRABALHO
RABALHO IINTERDISCIPLINAR
NTERDISCIPLINAR
Em grupos, os alunos podem organizar
uma exposição sobre tropeirismo. Cada
grupo, com base na leitura, fica responsável por uma atividade: comida, objetos, vestimentas, casos, percursos.
Redação
ç
1. Página de diário
Elaborar uma página de diário, imaginando-se como parte de uma tropa
em viagem. Além de descrever os trabalhos, o autor do diário pode contar
suas emoções diante dos perigos e das
novidades.
2. Folheto de turismo
Elaborar um texto para fazer parte de
um folheto de turismo ecológico, propondo refazer antigas trilhas de tropeiros, a pé, de bicicleta ou a cavalo. Pode-se utilizar como introdução o parágrafo a seguir:
g
A palavra mágica é “natureza”. Todos se voltam para as montanhas, nascentes, lagos e fazendas. O homem urbano, saturado de barulho, luzes, poluição e comidas artificiais, busca um
momento de isolamento, privacidade,
tranquilidade. O que antes era considerado um programa só para aventureiros e desbravadores transformou-se
em novas rotas acessíveis a todos.
4
tema
Aprofundando o te
ema
Pesquisa na internet
rnet – Estrada Real
Um dos muitos caminhos feitos pelas tropas é o da Estrada Real, obrigatório, no século XVIII,
VIII, para o transporte
de ouro e diamantes.
es. Com o declínio da
mineração, a Estrada
ada Real tornou-se o
caminho de circulação
ação de tropas e mercadorias. Hoje ela é objeto de interesse
turístico.
Na internet há farto
arto material (textos e
imagens) sobre o tema,
ema, que pode servir
de base para os alunos
lunos pesquisarem e,
depois, elaborarem
m um folder, cuja finalidade pode ser cultural
tural ou esportiva.
Este projeto de leitura esta com a Nova Ortografia
conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
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