O que nos falta. . a falta da falta . Mulher 7 x 7 . .POCA

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O que nos falta. . a falta da falta . Mulher 7 x 7 . .POCA
O que nos falta… é a falta da falta – Mulher 7 x 7 – ÉPOCA
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Para mulheres e homens, héteros e gays, não necessariamente nessa ordem. É 7x7 porque não fecha nunca, nem no feriado, e somos sete.
Múltiplas e enlouquecidas com a vida. O blog não tem especialidade, mas a gente quer que seja especial para vocês. Uma conversa divertida e
polêmica, fútil e útil, supérflua e essencial. Que faça pensar, rir ou chorar. Comentem, opinem, esbravejem. Bem-vindos.
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13/06/2012 | 16:53 | Redação | Atualidades | rio + 20
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A jornalista Claudia Penteado é uma das nossas visitas de domingo. Mas hoje ela nos visita
numa quarta-feira, dia em que começa a Rio + 20, para falar sobre o aprendizado de ideias
que beneficiam o nosso planeta.
Passei um dia e meio no evento TEDxRio+20, encerrado na última terça-feira com um bate-papo quase ao pé do ouvido
com o rabino Nilton Bonder. É curioso como participar de um encontro desses nos dá uma certa aura de magnetismo, como se nos tornassemos,
repentinamente, detentores de algum saber especial. A pergunta que mais ouvi das pessoas foi: e aí, que grande novidade você aprendeu sobre
sustentabilidade?
Fiz um balanço e acredito que em primeiro lugar aprendi que não existe, ainda, o chamado “crescimento sustentável”. Como disse Marina Silva,
entre poemas e lições de vida, somos ainda exterminadores do futuro e o que nos falta é “a falta da falta”. Vivemos o mal do excesso. Talvez um
dia o conceito venha a existir, muito embora a própria definição de crescimento que conhecemos hoje, talvez tenha que ser reinventada, pois não
se encaixa na ideia de sustentabilidade.
Acredito que a mensagem mais valiosa que recebi nesse encontro de pessoas e ideias foi a de que o que fará toda a diferença no processo de
mudança esperado da humanidade diante da escancarada destruição da natureza, é cuidar do próprio jardim, em primeiro lugar. É quase óbvio,
mas é também um gigantesco desafio, simplesmente porque é muito mais fácil falar do que fazer. Se cada um fizer mesmo “o seu”, mudamos o
mundo. Tenho certeza disso. Sempre precisaremos dos nossos pensadores e cientistas, os gênios capazes de promover transformações maiores e
mais abrangentes. Para espalhar ideias pelo mundo, contaminar o planeta com novidades que ajudem a resolver problemas sem destruir nossos
recursos naturais, escassos e preciosos.
Gente que idealiza projetos com potencial para transformar a vida de muita gente, como máscaras que geram energia pela respiração humana
(Aire, invenção de João Lammoglia), bolas de futebol que em jogo acumulam energia e são capazes de alimentar lâmpadas e carregar celulares (a
Soccket, projetada por Jessica Matthews), blocos de pavimento capazes de converter a energia de quem passa sobre eles em energia elétrica
(Pavegen, projeto de Laurence Kemball-Cook), pontos de luz para tetos de casas feitos apenas garrafas pet cheias de água (o programa Liter of
Light de Illac Diaz). O filipino Illac, por exemplo, deixou um pensamento interessante: “Nunca vire as costas para aquilo que lhe incomoda na
vida.”
A italiana Martina Hauser, líder da equipe do Ministério Italiano do Meio Ambiente, apresentou uma unidade de medida capaz de avaliar a
quantidade de gás carbônico gerada por cada produto existente no mundo – o Carbon FootPrint. Se antes as empresas fugiam dessa medição,
hoje procuram Martina porque querem saber quanto geram de carbono e melhorar sua pontuação. Uma invenção que está gerando mudança de
atitude – a primeira e mais essencial delas. Algumas pessoas falaram no TEDx Rio sobre suas preocupações em proteger os peixes que limpam
corais, as árvores que estão morrendo no alto de montanhas norte-americanas ou com a quantidade e diversidade de plancton que existe nos
oceanos e sua utilidade para a biodiversidade. Houve quem propusesse coisas tão curiosas quanto abastecer prédios nas grandes cidades através
de cabos conectando-os pelo alto, para eliminar caminhões de abastecimento, ou um sistema que permita às pessoas atravessar bairros inteiros
suspensos em cabos de aço e acoplados a asas postiças para reduzir o número de veículos em circulação. Anjos dos nossos tempos…
Aprendi, por exemplo, que existe uma universidade chamada Singularity University dentro da NASA, na Califórnia, onde se fala com
naturalidade que daqui a 30 anos haverá colônias humanas em marte e que um dia não se vai mais envelhecer. Segundo o engenheiro José Luis
Cordeiro, talvez nem mesmo se morra no futuro. O que os filósofos diriam disso?
Helio Mattar, do instituto Akatu, disse que a sociedade da falta nos consome, e que é preciso valorizar o afeto para ter uma vida com significado.
Mensagem semelhante passou o rabino Nilton Bonder no encerramento do evento: nossa vida não é feita de coisas e sim de vínculos, pois são
eles que nos dão energia. “Sábio é aquele que aprende de todos, poderoso é quem contém seu ímpeto, rico é aquele que se satisfaz com o que
tem e respeitado é aquele que respeita o outro”, ensinou Bonder. O psicólogo especializado em pacientes viciados em drogas abriu seu coração
ao confessar seus próprios vícios: o trabalho e consumir música clássica. “Prazeres temporários – sejam eles quais forem – nos prejudicam no
longo prazo”, disse, aconselhando as pessoas a procurarem dentro de si o seu melhor, porque ele está lá.
Aprendi ainda que nos lembramos muito pouco da teoria da sincronicidade idealizada por Carl Gustav Jung (na apresentação do astrólogo e
escritor José Maria Gomes Neto). E que, como disse Victor Hugo, não há nada mais poderoso do que a força de uma ideia cujo tempo chegou.
No fundo, é disso que falamos o tempo todo. Ideias não nascem prontas e, se soam estranhas, é porque não chegaram no momento ideal, mas
talvez possam agregar outras ideias e passar a fazer sentido no futuro. Por isso encontros como o TEDx são importantes: ideias corajosamente
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apresentadas ali, divulgadas, espalhadas, compartilhadas, entram em um ciclo colaborativo virtuoso bom para todos – o que só pode dar certo. O
planeta agradece.
Redação
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Renata 14/06/2012 | 9:49
Parabéns Claudia!
Você traduziu melhor do que ninguém a essência do evento! Senti e absorvi exatamente isso!
Um beijo grande!
Gueta 14/06/2012 | 0:44
Claudia, pelo que leio “vimos” o mesmo evento. Voce verbalizou o que senti nesses 2 dias. Tks pelas palavreas. bjs
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