Projeto para combater bullying chega a todas as escolas

Transcrição

Projeto para combater bullying chega a todas as escolas
ANO CLXXXI . Nº 1
SEGUNDA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 1
O MAIS ANTIGO JORNAL PORTUGUÊS
FUNDADO EM 1
POR MANUEL ANTÓNIO
DE VASCONCELOS
DIRETOR
PAULO SIMÕES
, €
IVA inc.
www.acorianooriental.pt
Projeto para
combater
bullying chega a
todas as escolas
Um livro infantil escrito por duas psicólogas será distribuído por todas as
escolas dos Açores para promover o combate ao bullying, que se revela
em faixas etárias cada vez mais baixas. Professores e educadores passam
a ter mais ferramentas para abordar o tema nas aulas PÁGINA 
PUB
Regional
Turismo
inclusivo
beneficia
cem pessoas
Cresaçor promove de
julho a outubro mais de
uma dezena de atividades
adaptadas PÁGINA 
PUB
Regional
Cordeiro
lembra que
base precisa
de soluções
PÁGINA 
EDUARDO RESENDES
Regional
Açoriano
campeão
do mundo
em
Rosicolis
Emanuel Medeiros,
professor e apaixonado
por Rosicolis, conhecidos
por ‘pássaros do amor’,
conquistou título de
campeão do mundo
com uma ave criada
nos Açores PÁGINA 
Regional
Artistas de
‘peso’ vão
subir ao palco
do Teatro
PÁGINA 
Regional
Rotary
levanta
a bandeira
da paz
PÁGINA 
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Desporto
Juventude Ilha
Verde conquista
3.ª Divisão
Campeões
dominam etapa
nas Milícias
Clube micaelense sagrou-se
campeão, batendo o segundo
classificado por 3.5 pontos PÁGINA 
Terminou ontem a etapa
açoriana do Nacional de Duplas
de Voleibol de Praia PÁGINA 
2 Regional
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
DIREITOS RESERVADOS
Orquestra Regional Lira Açoriana atua em setembro
Ana Moura regressa aos palcos açorianos para apresentar o álbum “Moura”
Palco do Teatro
Micaelense receberá
variedade de artistas
e formatos nos
últimos quatro meses
deste ano
JOANA MEDEIROS
[email protected]
Ana Moura, Aline Frazão, Mário
Laginha, Pedro Burmester e Cristina Branco são alguns dos artistas que vão pisar o palco do Teatro
Micaelense no último quadrimestre de 2016, encerrando, assim, mais um ano de espetáculos.
Assim, setembro inicia-se com
a atuação da Orquestra Regional
Lira Açoriana, sob a orientação
do Maestro Henrique Piloto, no
dia 3 daquele mês, a partir das
21h30, seguindo-se no dia 16, pelas 21h30, a Sinfonieta de Ponta
Delgada como projeto orquestral
profissional da Quadrivium, com
o intuito de dar continuidade à
promoção dos jovens músicos
açorianos na interpretação e
composição do repertório que
apresentam.
Aline Frazão atuará no final de outubro
Artistas de
‘peso’ no Teatro
nos últimos
meses deste ano
Por sua vez, em outubro está
marcado o regresso de Ana Moura aos Açores com dois espetáculos agendados para os dias 7
e 8, às 21h30, servindo o concerto para apresentar o seu novo álbum, “Moura”, juntando a voz da
fadista a diversos compositores
nacionais.
Na noite de 29 daquele mês, pelas 21h30, será a vez de Aline Frazão, conceituada artista angolana
no plano internacional, atuar no
palco do Teatro Micaelense. Este
concerto é um regresso da artista
Milagres Paz vai levar ballet aos palcos do Teatro Micaelense
aos palcos nacionais, numa vertente elétrica e acústica em simultâneo.
Novembro é sinónimo da atuação de Dom la Mena, artista que
se apresentou nos palcos do ‘Misty
Fest’ no ano passado empenhando diversos instrumentos. Esta é
uma atuação que marca a estreia
do ‘Misty’ no arquipélago dos Açores, com data marcada para o dia
12 de novembro, às 21h30.
O mês de novembro é também
sinónimo da atuação de Mário Laginha e Pedro Burmester, num
Laginha e Burmester farão concerto a dois pianos
Cristina Branco encerra o último quadrimestre de atuações
concerto a dois pianos, unidos por
uma formação musical clássica,
que irá ocorrer no dia 26 pelas
21h30 nos palcos do Teatro Micaelense, sendo Laginha um artista mais próximo do jazz e Burmester mais orientado para a
interpretação de um repertório
clássico.
A 3 de dezembro, pelas 21h30,
pisará os palcos da casa de espetáculos o bailado “Açores uma jornada de sonho”, a cargo da Companhia Ballet Teatro Paz. Neste
caso trata-se de um espetáculo de
celebração dos vinte anos da
Companhia Ballet Teatro Paz,
com a participação da bailarina
Milagres Paz.
A encerrar a programação de
2016 no Teatro Micaelense está
Cristina Branco, que atuará no dia
17 de dezembro, pelas 21h30, apresentando ao vivo o seu novo trabalho de originais - “Menina” -, situado numa área de fortes raízes
conservadoras e tradicionalistas
como é o caso do fado, alicerçada no
profundo conhecimento dos poetas e poemas que interpreta. PUB
Regional 3
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
CRESAÇOR
ARQUIVO AO/JOSÉ LUÍS GARCIA
Várias atividades adaptadas decorrem até outubro
Turismo inclusivo
chega a mais
de uma centena
de pessoas
Cresaçor promove de
julho a outubro mais
de uma dezena de
atividades adaptadas
para pessoas com
necessidades especiais
ANA PAULA FONSECA
[email protected]
A partir de hoje e até final de outubro, pessoas com necessidades
especiais podem ter acesso a um
conjunto de atividades adaptadas,
sejam de caráter desportivo, social e/ou cultural promovidas pela
Cresaçor, através da Agência de
Turismo Inclusivo e Cultural.
Surf, ioga, passeios pedestres em
joillette, descida em cadeira de rodas, mergulho, paratrike, escalada,
equitação e canoagem, são algumas
das atividades que a cooperativa de
economia solidária, através do seu
projeto Azores For All – Atividades
adaptadas, irá realizar. Com as inscrições ainda abertas, o programa
para o corrente mês já está concluído (ver caixa).
Este projeto, financiado em
mais de três mil e 500 euros pelo
Instituto Nacional para a Reabilitação, pretende dar acesso ao lazer a pessoas com necessidades
especiais residentes na ilha de São
Miguel, indo ao encontro dos objetivos da marca Azores For All,
registada pela Cresaçor enquanto empresa de animação turística
promotora do turismo social e inclusivo na região.
Projeto da Agência para Turismo Inclusivo e Cultural conta com o financiamento do Instituto Nacional para a Reabilitação
Está prevista a participação de
mais de uma centena de pessoas
nas diversas atividades promovidas em parceria com várias entidades, entre elas a Associação de
Juventude da Candelária, a Norte Crescente, Best Spot, Exploradventure e a Escola Roberto Ivens.
Desde 2005 que a Cooperativa Regional de Economia Solidária (Cresaçor) e, enquanto empresa de animação turística,
através da marca Azores For All,
tem vindo a implementar projetos destinados a pessoas com necessidades especiais. Foram já os
casos do “Juventude em ação” e
a valorização do mar dos Açores
através da inclusão pela diferença e o BPI Capacitar, que permite
a aquisição de equipamentos
adaptados.
Segundo a coordenadora da
Azores for All, Manuela Soeiro,
estas iniciativas têm vindo a revelar-se de “extrema importância
para a melhoria da qualidade de
vida do público alvo, assim como
para o aumento do seu bem es-
Atividades
adaptadas
arrancam hoje
em vários locais
Yoga 1 ou  de julho no período
da manhã (Local - Parque Urbano)
Surf  de julho às 1h (Local:
Areal de Santa Bárbara)
Mergulho 1, , , , e  de
julho a partir das 1h (Local –
Piscinas da Lagoa)
Equitação 1,1 e  julho no período da manhã (Local – Parque
Aventura – Pilar da Bretanha)
Escalada 1 a  de julho no período da manhã (Local – Escola Roberto Ivens)
Canoagem 1 julho à tarde (Local
– Sete Cidades)
Roteiro Cultural  de julho à tarde (Local – Ponta Delgada)
Basquete Adaptado  de julho
(Local – Sete Cidades)
Passeio joelette e jogos adaptados
 de julho (Local Sete Cidades)
tar e autoestima enquanto cidadãos ativos”.
A Cresaçor continua a ser a entidade pioneira no desenvolvimento de iniciativas de turismo social,
cultural e inclusivo em São Miguel,
possuindo uma equipa especializada, quer na Agência para Turismo
Inclusivo e Cultural, em Ponta Delgada, quer no posto de ecoturismo
Eco Atlântida, nas Sete Cidades.
Desde a sua fundação, têm sido
realizadas uma série de ações com
o objetivo de qualificar e sensibilizar a população para a importância do turismo social; ações de formação para a qualificação de
técnicos e simulacros para averiguar as barreiras físicas e comunicacionais, para além de aquisição
de equipamentos destinados a
quem tem mobilidade reduzida,
como é o caso da cadeira de acesso
à praia e a joellette, que é um equipamento de transporte todo-oterreno mono roda, que permite
a prática de pedestrianismo e o
acesso a áreas montanhosas, com
pisos mais irregulares.
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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL
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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Paixão por ‘pássaros do amor’
valeu a açoriano título mundial
EDUARDO RESENDES
que mantém uma enorme paixão
pelas sua aves.
Emanuel Medeiros,
professor na escola dos
Ginetes, conquistou
título de campeão do
Mundo com uma ave
criada nos Açores
“Há vícios mais caros”
A criação de aves é encarada como
um desporto que obriga a manter
uma rotina de cuidados diários.
Emanuel Medeiros, professor do
1.º ciclo da escola dos Ginetes, explica que num dia normal demora cerca de 30 minutos a cuidar
das aves, mas durante o fim de semana precisa de dedicar um dia
em exclusivo para a limpeza e desinfeção dos viveiros e gaiolas.
O clima nos Açores é bom para
a criação destas aves, mas exige cuidados com a humidade. “Há criadores que se queixam que tiveram
muitos ovos, mas vinham sem
LUÍS PEDRO SILVA
[email protected]
A paixão de Emanuel Medeiros
por Rosicolis, conhecidos por
‘pássaros do amor’, começou há
15 anos.
Começou com um casal, quando ainda vivia na casa dos pais na
Povoação, mas atualmente tem
quase 100 aves.
No início deste ano venceu uma
medalha de ouro no Mundial de
Ornitologia, realizado no Porto.
Foi campeão do Mundo com uma
ave num concurso que contou
com 23 mil aves.
Foi a terceira vez que um açoriano venceu um mundial de Ornitologia. “Não é fácil ser campeão
do Mundo. É quase inédito porque se fosse fácil todos os anos tínhamos sempre títulos. Haver
uma ave da Região campeã do
Mundo num concurso com milhares de aves é um feito importante para todos os criadores de
aves dos Açores”, destaca.
Emanuel Medeiros enviou
cinco aves para o Mundial e sabia que “tinha a possibilidade de
ganhar”. “Se fosse para perder
não ia mandar. Nós enviamos as
aves para ganhar e sabia que tinha algumas boas aves. Quando
chegaram os resultados fiquei
muito feliz porque fui campeão
do Mundo e porque as outras
aves também ficaram bem classificadas”, conta.
Emanuel Medeiros
recebeu voto de
congratulação da
Assembleia Regional
e foi condecorado pela
Câmara da Povoação
Ave de Emanuel Medeiros distinguiu-se num concurso com  mil aves
Para ser campeão do Mundo
de Ornitologia é preciso investir
no melhoramento genético das
aves, através de bons cruzamentos e aquisição de boas aves a
criadores do continente ou estrangeiro.
A vitória no mundial desperta
sempre o interesse de outros criadores na aquisição de aves, mas
Emanuel Medeiros defende que
“o dinheiro não é tudo. Prefiro
manter as minhas aves em casa e
continuar a desenvolver o meu trabalho”.
Com a vitória no Mundial,
Emanuel Medeiros recebeu os
parabéns do presidente do Governo Regional, um voto de
congratulação da Assembleia
Legislativa dos Açores e foi condecorado pela Câmara Municipal da Povoação.
“Isto significa que as pessoas estão atentas e fico agradecido pelas homenagens”, frisa o criador,
crias. É preciso manter uma temperatura equilibrada e ter cuidado
com a humidade. Aqui podemos
criar as aves durante todo o ano,
porque estas aves adaptam-se bem
às temperaturas mais baixas registadas nos Açores”, refere.
Neste momento existem cerca
de 300 criadores registados na
ilha de São Miguel, mas a maioria das pessoas não está registada e cria aves como um passatempo. “Penso que existem vícios
mais caros”, salienta, acrescentando que estas aves apenas necessitam de uma gaiola, mistura
de sementes, hortícolas, fruta e
água limpa.
Base das Lajes
ainda necessita
de “soluções
concretas”
O Presidente do Governo Regional reiterou que futuras cooperações com os EUA não fazem esquecer o presente e os impactos
que derivam da redução militar
na Base das Lajes, que “ainda necessitam de soluções concretas”.
Vasco Cordeiro reuniu no sábado, na ilha Terceira, com uma
delegação do Comité de Supervisão e Reforma Governamental da
Câmara dos Representantes do
Congresso dos Estados Unidos,
um encontro que não foi divulgado e serviu para sensibilizar o grupo de 11 congressistas para a relevância estratégica que a Base das
Lajes assume no âmbito do relacionamento entre Portugal e os
EUA. Citado numa nota do Governo Regional, Vasco Cordeiro
manifestou à delegação que está
disponível e interessado em analisar e apoiar todas as potencialidades de cooperação entre os
dois países, nomeadamente nas
áreas da investigação oceanográfica, espacial e climática. Alertou,
no entanto, que essa perspetiva de
cooperação futura não pode fazer
esquecer as necessidades do presente, que resultam dos impactos
que derivam da redução do contingente norte-americano na Base
das Lajes, que “ainda necessitam
de soluções concretas, da responsabilidade de Portugal e dos Estados Unidos”. O Comité de Supervisão e Reforma Governamental
da Câmara dos Representantes
dos EUA é a entidade que se encontra a desenvolver uma das investigações internas sobre os fundamentos do Pentágono para
escolher como sede do Joint
Analysys and Inteligence Complex (JAIC) a Base de Croughton,
no Reino Unido. LUSA
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Caixilharias * Portas * Janelas * Persianas, etc. etc.
[email protected]
6 Regional
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
ANA CARVALHO MELO
Rotary de Ponta
Delgada focado
na valorização
da ética e paz
Com o lema “Rotary ao
serviço da Humanidade”,
a presidente do Rotary
Club de Ponta Delgada
destaca a atenção que
pretende dar à ética e à paz
ANA CARVALHO MELO
[email protected]
Consciente dos diversos conflitos
que caracterizam a atual situação
mundial, o Rotary Club de Ponta Delgada vai, este ano, dar particular atenção às questões da ética e da paz.
“O plano para 2016/2017 pretende ser uma referência distintiva no âmbito da ética, centrado
na nossa família rotariana e na sociedade civil, relevando neste plano a importância da solidariedade como contributo para uma
melhor harmonia na sociedade.
A paz será também matéria da
nossa atenção, no que diz respei-
to à educação para a paz e à sua
sensibilização como instrumento para o desenvolvimento humano”, afirmou Leonor Anahory,
que no passado dia 4 de julho tomou posse como presidente do
Rotary Club de Ponta Delgada,
para o ano rotário de 2016/2017,
sucedendo a Pilar Melo Antunes.
Assim, num ano rotário cujo
lema é “Rotary ao serviço da Humanidade”, a presidente do Rotary Club de Ponta Delgada realça que “só este grande objetivo
encerra em si mesmo um grande
sentido de responsabilidade que
vai exigir ação aliada à reflexão”.
Por outro lado, lembrando que
os membros desta organização estão muito atentos à atualidade nacional e internacional, revelou que
logo na cerimónia de transferência do ano rotário foi proferida
uma palestra sobre ética em Rotary por José Braz, companheiro
do Rotary.
Segundo Leonor Anahory , outra meta para este ano do Rotary
Leonor Anahory tomou posse este mês como presidente do Rotary Club de Ponta Delgada, para o ano rotário de 1/1
Club de Ponta Delgada é alargar
o quadro social com rotários “que
queiram fazer a diferença ao serviço do bem comum”.
Também foi criada uma comissão para as novas gerações, dado
que tem sido enfatizado pelos vários presidentes do Rotary Internacional e pelo Governador do
Distrito 1960 a necessidade de
atrair jovens ao movimento. Nesse sentido será criado, em Ponta
Delgada, o Interact que é uma or-
Renovado acordo coletivo
de trabalho médico nos Açores
Luís Cabral assinou alterações aos acordos coletivos de trabalho médico
trabalho aplicáveis aos trabalhadores médicos com contrato individual de trabalho ao abrigo do
Código do Trabalho, que exercem
funções nas entidades públicas
empresariais da Região Autónoma dos Açores, assim como da
carreira especial médica aplicável
aos trabalhadores médicos em regime de contrato de trabalho em
funções públicas, foram assina-
da vai também contribuir para o
combate à poliomielite, que é uma
meta deste movimento internacional.
Como forma de contribuir para
a erradicação desta doença, que
atualmente só existe no Afeganistão e Paquistão, será realizado
um jantar, no dia 28 de junho, durante a visita a São Miguel do Governador do Distrito 1960, que
terá como enquadramento as festas do Espírito Santo.
Freitas diz que responsáveis
por má gestão devem sair
GACS-AIC
O secretário da Saúde dos Açores,
Luís Cabral, assinou sexta-feira alterações aos acordos coletivos de
trabalho com o Sindicato Independente dos Médicos e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul,
anuncia uma nota de imprensa do
executivo regional.
Com esta assinatura, em Angra
do Heroísmo, “fica previsto no documento que as normas particulares de organização e disciplina
do trabalho médico sobre a organização do trabalho médico, os intervalos de descanso, o regime de
descansos compensatórios e o
procedimento de fixação do horário de trabalho sejam objeto de
acordo a celebrar entre as unidades de saúde e os sindicatos”, refere a mesma nota.
O documento visa ainda a alteração no descanso compensatório obrigatório na prática do trabalho noturno aos médicos na
Região Autónoma dos Açores.
Os últimos acordos coletivos de
ganização de jovens entre os 12 e
os 18 anos patrocinada pelo Rotary, que tem como objetivo a ajuda à comunidade e o desenvolvimento de capacidades que serão
úteis durante a vida pessoal e profissional.
A atribuição de bolsas de estudo a estudantes desfavorecidos é
outras das iniciativas que o Rotary Club de Ponta Delgada pretende dar continuidade.
O Rotary Club de Ponta Delga-
dos em 2012, abrangendo nesta
data cerca de 390 médicos.
Citado na mesma nota, o secretário regional da Saúde destacou ser
“fundamental dar continuidade ao
aperfeiçoamento deste instrumento de regulamentação sempre que
possível, o que resulta do constante
diálogo entre as organizações representativas dos trabalhadores médicos e a tutela”. LUSA
O líder do PSD/Açores, Duarte
Freitas, defendeu que os responsáveis pela “má gestão dos stocks”
piscícolas no arquipélago não devem continuar a gerir o setor a
partir de outubro, considerando
que “é possível fazer diferente”.
“Nós estamos neste momento
com dificuldades no âmbito dos
stocks e é preciso reconhecer que
houve uma má gestão dos stocks
e essa má gestão tem responsáveis, que não podem continuar
a gerir o setor das pescas”, afirmou aos jornalistas Duarte Freitas, à chegada para um encontro
com pescadores de Rabo de Peixe, em São Miguel. Considerou
importante a apresentação de
um plano de recuperação dos
stocks piscícolas no mar dos Açores junto das instâncias europeias,
“para que os pescadores possam
ser compensados com fundos europeus por paragens ou diminuições de capturas”. Para Duarte
Freitas, antigo eurodeputado, que
disse conhecer bem o setor e a vi-
são em Bruxelas sobre o mesmo,
“quando se atingem certos níveis
o que há a fazer são planos de recuperação”, reconhecendo que há
problemas ecológicos, de sustentabilidade e de “má gestão dos
stocks”. Advogando que o setor
precisa de “uma nova abordagem
política”, lamentou os “problemas terríveis” por que passam
muitos pescadores com rendimentos mensais de 100 euros,
reiterando o compromisso de aumentar os rendimentos dos homens do mar e torná-los parceiros na definição das políticas para
o setor, caso vença as eleições regionais. “Ao fim de 20 anos de regime socialista é possível fazer diferente e dar uma esperança a este
setor, de maneira que se possa dignificar os pescadores, dando-lhes
mais rendimento, mais formação
e mais dignidade”, referiu Freitas,
lembrando que é necessário reconverter alguma da frota para
que se possa ir pescar noutras zonas. LUSA
Regional 7
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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
DIREITOS RESERVADOS
Submarino
tripulado ajuda
a desvendar o mar
Submarino “LULA1000”,
operado pela Fundação
Rebikoff-Niggeler, tem
contribuído para mapear
ambientes marinhos
desconhecidos nos Açores
LUSA
Açoriano Oriental
Professores e educadores com mais ferramentas para abordar o ‘bullying’ nas aulas
Projeto leva livro de
combate ao ‘bullying’
às escolas açorianas
Livro infantil será
distribuído por todas as
escolas para ajudar a
combater o ‘bullying’, que
se revela em faixas etárias
cada vez mais baixas
LUSA
Açoriano Oriental
Um livro infantil escrito por duas
psicólogas vai ser distribuído por
todas as escolas dos Açores, para
promover o combate ao ‘bullying’,
que se revela em faixas etárias
cada vez mais baixas.
“Criámos esta história, ‘A Magia
da Amizade’, muito também a pedido das escolas, porque, infelizmente, cada vez mais existem casos de ‘bullying’. Outra coisa que
nós percebemos é que ocorre com
crianças cada vez mais pequenas”,
salientou, em declarações à Lusa,
Cátia Oliveira, coautora do livro.
Cátia Oliveira e Letícia Leal, psicólogas do Núcleo de Iniciativas de
Prevenção e Combate à Violência
Doméstica da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, começaram a criar histórias para
crianças, há cinco anos, para tentar sensibilizar os mais novos
para o problema da violência doméstica. Com o auxílio do ateliê de
costura da Santa Casa da Miseri-
córdia da Praia da Vitória, transformaram as histórias em espetáculos de fantoches, divulgando-as
em várias escolas da ilha Terceira.
O projeto começou a ter cada vez
mais procura e foram surgindo novas histórias, que abordavam temas como a promoção da igualdade de género, a multiculturalidade,
a inclusão, a promoção de afetos
positivos e a prevenção da discriminação e violência. “Os fantoches
surgiram como a forma mais apelativa e mais psicopedagógica de
chegar às crianças. Nós, neste momento, com as histórias que temos
desenvolvido, não nos restringimos tanto às crianças do pré-escolar, já está a alargar-se e vamos fazendo para um público quase dos
zero aos 100, porque os idosos reveem-se também na forma como
fazemos as histórias”, salientou Letícia Leal. A Direção Regional da
Educação decidiu agora publicar
a história ‘A Magia da Amizade’ em
livro e distribuí-la por todas as escolas dos Açores, permitindo aos
professores e educadores ter ferramentas para abordar o ‘bullying’
nas aulas. O livro tem ilustrações
de dois alunos de artes do 11.º ano
da Escola Secundária Antero de
Quental, de Ponta Delgada, e o kit
enviado para as escolas inclui ainda a história em versão simplificada, em versão reconto, em versão
pictográfica SPC, em versão em
braille, em audiolivro, em vídeo livro em linguagem gestual e um vídeo do teatro de fantoches. Segundo Letícia Leal, o kit vai
permitir que a história chegue a
crianças que nos espetáculos de
fantoches não têm oportunidade
de a compreender e dar materiais
aos professores para que a mensagem chegue às nove ilhas dos Açores. “Nós damos o pontapé de saída. Depois, o grande trabalho de
desconstrução das crenças, dos estereótipos, das questões da discriminação e da promoção da igualdade é feito com os professores e
com os educadores”, frisou. Apesar
do livro não abordar a questão da
violência doméstica, em que as
duas psicólogas trabalham, o
‘bullying’ pode também estar relacionado com esta problemática, segundo Cátia Oliveira. “Independentemente do nome que se dá e
de onde é que a pessoa exerce essa
violência, é fundamental começar-se a travar isso”, salientou,
acrescentando que, por vezes, o
‘bullying’ nas escolas é praticado
por crianças que já assistiram a episódios de violência doméstica. Para
Cátia Oliveira é importante iniciar
a prevenção do bullying nos colégios, porque, por vezes, há crianças com 3 ou 4 anos que, mesmo
sem se aperceberem, “já têm comportamentos agressivos bastante
vincados”. O submarino tripulado “LULA1000”, operado pela Fundação
Rebikoff-Niggeler, tem contribuído para desvendar e mapear ambientes marinhos desconhecidos
nos Açores, um mergulho a mil metros de profundidade que foi acompanhado pelo secretário regional
do Mar, Ciência e Tecnologia.
“A Fundação Rebikoff-Niggeler
tem contribuído para afirmar os
Açores como uma região marítima
rica em biodiversidade e interessada em explorar e preservar o seu
meio marinho”, afirmou Fausto
Brito e Abreu citado numa nota do
Governo Regional, acrescentando
que “a exploração científica dos
oceanos é hoje um objetivo que todas as nações, e regiões, marítimas
estão empenhadas em cumprir”. A
Fundação Rebikoff-Niggeler está
sediada na ilha do Faial desde 1994
e foi considerada, em 2000, instituição de utilidade pública pelo Governo Regional. Após um mergulho no talude insular das Lajes do
Pico a bordo do submarino “LULA1000”, um dos dez veículos tripulados existentes no mundo com
capacidade para mergulhar a mil
metros de profundidade, Fausto
Brito e Abreu considerou que “o conhecimento científico dos ecossis-
temas marinhos é o primeiro passo para se definir política marítima”. “O mergulho a 1.000 metros
de profundidade permitiu observar e registar espécies e habitats
sensíveis e ainda pouco conhecidos”, salientou o governante açoriano, frisando que “o mar profundo dos Açores, com milhões de
quilómetros quadrados, esconde
aos nossos olhos paisagens submersas que só há poucas décadas
começámos a desvendar”. A Direção dos Assuntos do Mar tem colaborado com a Fundação Rebikoff-Niggeler, contratando 20
horas de imersão por ano ao submarino “LULA1000” para estudos
oceanográficos. O submarino “LULA1000”, com capacidade para
três tripulantes, está a ser usado
para projetos de documentação e
de pesquisa de espécies do mar
profundo dos Açores, mas também
para a realização de vídeos “de elevadíssima qualidade” dirigidos ao
grande público, que “está cada vez
mais desperto para a importância de conhecer e preservar as maravilhas naturais que o mar dos
Açores encerra”. Várias cadeias internacionais de televisão já vieram
ao arquipélago filmar os fundos
submarinos. Destacou que os Açores são “no contexto nacional e internacional considerados uma potência em ciências do mar”,
acrescentando que “o futuro centro de investigação internacional
dos Açores, que incluirá o Observatório do Atlântico, dará uma
maior centralidade e visibilidade
às ciências do mar que se produzem na Universidade dos Açores e
nos centros de investigação, como
o IMAR e o Okeanos”. GACS - GM
Submarino é dos poucos a poder mergulhar a mil metros de profundidade
8 Regional
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Entrevista
DIREITOS RESERVADOS
José Santos A definição vem do cantador ao desafio e
Presidente da Associação de Cantadores e Tocadores ao
Desafio dos Açores
“O improviso
é sinónimo
de repentismo”
PATRÍCIA CARREIRO
Açoriano Oriental
Percorre o mundo das cantorias desde os 11 anos. Como tem sido esta experiência?
Posso dizer que a experiência foi e é extremamente enriquecedora. Poder partilhar ideias, poesia e amizade com os nossos verdadeiros poetas, “os Poetas do Povo”,
é, sem dúvida nenhuma, uma dádiva de
Deus.
Todos nós precisamos de formação académica para enfrentar os desafios da vida
moderna que, cada vez mais, está recheada
de grande tecnologia. Por isso, devemos enfrentá-la com mais sabedoria, para uma vivência com mais dignidade. Porém, a escola que a vida nos dá na secretária dos coretos
das festas das nossas ilhas foi e é muito importante para um equilíbrio emocional entre o erudito e o popular.
A vida de um cantador tem por base
o improviso. Como descreve esta capacidade de improvisar?
Cantar de improviso não é mais nem menos que uma conversa rimada. O cantador
já nasce, na minha opinião, com um dom
para improvisar. Muitos conseguem descobri-lo, outros nem por isso. O improviso
é um sinónimo de repentismo. Para quem
tem o dom da rima é muito mais fácil fazê-lo cantando ao desafio.
Os cantadores de cantigas ao desafio
têm grande facilidade em juntar as palavras em sintonia com a rima, para uma rá-
pida ligação de parcelas recheadas de poesia, para a composição de uma quadra,
sextilha e até oitava, em verdadeiro abraço harmónico com a rima, a poesia e o
tema em que se discute.
Há pouco tempo elogiaram-no com
uma coleção de textos de cantadores, na
qual o denominam de “o elo dos cantadores”. Porquê?
A publicação do livro “O elo dos Cantadores” foi ideia do meu amigo e escritor José Liduíno Borba que, depois de uma pesquisa feita pelos Açores e pela América do
Norte, concluiu que “fui culpado” pela aparição de vários novos cantadores quer na
diáspora, quer nos Açores. De facto, tenho
feito o que posso para ligar a antiga e a nova
geração de cantadores, para que possam aparecer os novos e, consequentemente, os mais
antigos possam partilhar ideias com eles.
A sua carreira já passou pela rádio,
pela restauração, entre outras áreas.
Cresceu profissionalmente com todas
elas?
Sim, cresci e continuo a crescer, pois a
escola da vida dá-nos grandes ensinamentos. Quem, em qualquer área profissional se aplica diariamente, só tem a ganhar. Ainda hoje penso com muito carinho
nos anos em que estive na Rádio e o bichinho está sempre cá dentro! Continuo
a gostar de restauração, embora já não
exerça a atividade.
O José viveu a emigração em 1989. O
que nos pode contar sobre esta fase da
sua vida?
“Todos aqueles que sentem ter um dom para cantar, devem aparecer”
Foi a fase mais complicada da minha
vida. Ora imagine! Um homem vive até aos
22 anos nos Açores, está enraizado com
tudo o que lhe rodeia e de repente parte
para outro país, outra cultura, outra língua,
outras pessoas. É complicado! Mas foi também a melhor parte! Talvez a mais enriquecedora, pelo facto de ter tido a possibilidade, enquanto Imigrante, de valorizar
tudo quanto havia deixado para trás e, por
essa razão, ter contribuído para que, na cidade onde estava a viver e na comunidade
onde estava inserido, pudesse fazer algo pelos Açores e pelos açorianos.
Cada vez mais se encontram cantadores ao desafio. Parece-lhe mais uma
moda ou novos talentos a surgir?
É evidente que nos últimos anos tem aparecido uma nova geração de cantadores que
vieram trazer um “ar fresco” às cantorias.
Secretário-geral do PCP defende
reavaliação das quotas leiteiras
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu a necessidade de uma reavaliação das
quotas leiteiras, considerando que
PS, PSD e CDS têm “um certo peso
na consciência” nesta matéria.
“Era preciso uma reavaliação
e uma reconsideração em relação
à questão das quotas leiteiras”,
afirmou Jerónimo de Sousa, após
uma reunião com elementos da
Associação dos Jovens Agricultores do Faial, nos Açores, onde aler-
tou para a importância da atividade na região e “as consequências económicas que poderiam
advir do encerramento de muitas
unidades produtivas”. Aos jornalistas, o dirigente comunista considerou ser inaceitável que dos
poucos setores em que o país é autossuficiente e “o único setor que
pode garantir o escoamento da
produção, tem aqui uma dificuldade incontornável, que é a política das grandes superfícies” e
“uma certa desresponsabilização
do Estado”. “Com o fim das quotas leiteiras, nós hoje temos um
problema que é o compromisso
assumido pelo PSD, pelo PS e pelo
CDS na abolição das quotas, digamos que têm um certo peso na
consciência e, por isso, não agem,
do nosso ponto de vista, em conformidade”, salientou.
Para Jerónimo de Sousa, a
União Europeia geriu mal este
processo. “Decidiram abolir as
Não creio que seja moda, são mesmo novos talentos a surgir.
Que mensagem pode deixar aos talentos cantadores que se sentem reticentes em apresentarem-se como cantadores?
Todos aqueles que sentem ter um dom
para cantar, devem aparecer, pois só subindo a um palco, na companhia de outro
cantador mais experiente, podem dar largas à imaginação e partilhar com o povo
tudo quanto lhe vai na alma. A avaliação é
feita pelo povo e logo se vê se há ou não futuro, se deve ou não continuar.
A Associação de Cantadores e Tocadores
ao Desafio dos Açores está sempre atenta
quando aparecem novos valores, e os seus dirigentes dispostos a fazer tudo para que cada
vez mais a nossa juventude se entregue a essa
nossa tradição que canta os Açores. quotas e falaram na necessidade
de uma aterragem suave depois
do fim das quotas, a verdade é que,
no plano da monitorização, no
plano da regulação, não surgiu
nada que desse garantias de continuidade deste setor tão importante que é o setor leiteiro”, frisou
o dirigente comunista.
Segundo o secretário-geral do
PCP, o país não tem que aceitar as
imposições da União Europeia.
“Temos que procurar do ponto de
vista nacional corresponder àquilo que todos proclamam, que é a
necessidade de mais crescimento
e mais desenvolvimento económico, produzir mais riqueza para
criar mais emprego”, referiu, no-
tando que, “quando há um caso
concreto onde isso era possível”,
assiste-se “a esta incerteza que
tanto preocupa quem trabalha no
setor”. Para Jerónimo de Sousa,
é igualmente necessário “impedir que as grandes superfícies
usem e abusem das promoções
para meter leite estrangeiro nas
suas prateleiras”, que é resultado
“de excedentes de países, designadamente de países do norte,
da Alemanha, da Polónia, dos
países nórdicos”. “É evidente que
quem entra no supermercado vê
o leite mais barato compra esse
leite”, declarou, sustentando, contudo, que “arruína a produção nacional”.LUSA
AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Publicidade 9
10 Regional
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
ARQUIVO AO
Governo
realiza visita
estatutária
a Santa Maria
Governo dos Açores
está hoje e amanhã
na ilha de Santa Maria
para a última visita
estatutária desta
legislatura
ANA CARVALHO MELO
[email protected]
O Governo dos Açores inicia
hoje a visita estatutária à ilha de
Santa Maria, durante a qual será
inaugurado o Centro de Processamento de Resíduos, adjudicada a empreitada de conclusão do
Loteamento do Outeiro e visitadas obras em curso, como a re-
modelação do Quartel dos Bombeiros e a ampliação do Lar de
Idosos.
Segundo nota do executivo
açoriano, o programa desta visita estatutária - que estava inicialmente prevista para os dias
6 e 7 de julho, mas teve que ser
adiada devido ao cancelamento da ligação aérea por razões
meteorológicas - também inclui
um período em que os membros
do Governo dos Açores estarão
disponíveis para receber as pessoas que lhes pretendam colocar
as suas questões diretamente,
numa iniciativa que visa reforçar a política de proximidade
com os açorianos promovida
pelo Executivo.
Última visita estatutária desta legislatura, a Santa Maria, inicia-se hoje
Hoje, o presidente do Governo
Regional, Vasco Cordeiro, visita
as obras em curso de remodelação e ampliação do Quartel da
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários, orçadas
em mais de 700 mil euros, se-
guindo depois para a inauguração do Centro de Processamento
de Resíduos e de Valorização Orgânica desta ilha, após o que reunirá com as direções da Associação Agrícola e da ARCOA e com
agricultores marienses.
Ao princípio da tarde, o presidente do Governo visita as obras em
curso para ampliação do Lar de
Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto, que vão permitir aumentar a sua capacidade
para 42 utentes, num investimento superior a 250 mil euros. Ainda
hoje terá lugar a habitual reunião
do Governo dos Açores com o Conselho de Ilha, assim como a reunião
do Conselho do Governo.
Amanhã, Vasco Cordeiro preside à cerimónia de adjudicação
da empreitada de conclusão do
Loteamento do Outeiro, durante a qual será também assinado
um protocolo com o Recolhimento de Santa Maria Madalena para a reabilitação de habitações e autorizados processos de
recuperação de habitação degradada, num investimento global superior a 240 mil euros que
vai beneficiar mais de uma dezena e meia de famílias.
Ainda de manhã, o presidente
do Governo reúne-se com a direção da Associação de Pescadores
e com pescadores marienses.
O programa desta visita estatutária inclui ainda, como habitualmente, visitas dos membros
do Governo a diversos investimentos em curso, além de reuniões com várias entidades.
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Opinião 11
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
+ software - hardware
O Açoriano Oriental iniciou um
zonte temporal ideal” para a sua
novo ciclo de conferências com
concretização. Partindo do
a apresentação, no passado dia
pressuposto, tal como no passa11 de julho, de: “Açores 2027 do, que o (des)povoamento das
Contributos para o Roteiro do
ilhas será dos maiores desafios
Futuro”, protagonizada pelo
que teremos de enfrentar.
economista Paulo Madruga, sóA este, eu acrescentaria outro,
REPÓRTER X
ALEXANDRE
cio da Sociedade de Consultores
o das alterações climáticas, que
PASCOAL
Augusto Mateus & Associados,
já se fazem sentir com uma
GESTOR
/PRODUTOR
na qual abordou uma série de
enorme agressividade na erosão
CULTURAL
assuntos que são hoje notícia
costeira e em fenómenos climámas que acabam, quase sempre,
ticos extremos. E convém percepor não ser debatidos.
bermos que, perante a força da natureza,
Perante um conjunto significativo de
há situações que não são passíveis de corstakeholders da sociedade micaelense, o
rigir ou de repor.
orador desferiu algumas ‘provocações’,
Paulo Madruga deu, ainda, algumas
para utilizar uma terminologia com a
pistas sobre como devíamos realizar esta
qual adjectivou alguns dos pontos que focaminhada, na tentativa de evitarmos recou. E foram cinco, a saber: “um novo caplicar situações que fracassaram no pasminho de articulação entre a competitivisado recente, prosseguindo este trilho
dade e a coesão; a valorização do
com recurso à “qualidade das ideias”
princípio da diferenciação territorial
mais do que pelas “infraestruturas”, aplicomo factor de sucesso; a incorporação de
cando uma lógica de “mais software e
conhecimento e inovação afirmando o camenos hardware”, numa aposta directa e
rácter distintivo da Região e as preocupaconcreta nos sectores em que açorianos
ções da sustentabilidade ambiental; o fa“sabem fazer melhor” ou naquilo que
vorecimento e incentivo à componente
“têm de melhor para oferecer”, como a
imaterial do desenvolvimento e a alteraagricultura, a pesca, ou o turismo.
ção da organização dos Açores, promoEm síntese, Paulo Madruga, natural da
vendo sinergias regionais e um modelo de
ilha do Faial, foi peremptório quando
governação que valorize a dimensão da
afirmou que: “está na altura de perceberilha e a articulação funcional entre ilhas,
mos que as ilhas não são todas iguais, que
bem como entre a administração regional
têm vocações diferentes e conseguem
e local” (Açoriano Oriental, 12/07/2016).
coisas diferentes, mesmo as ilhas mais
A ideia da criação de um Roteiro do
pequenas” e que “o tempo de cobiçar
Futuro para a Região que culmine em
aquele equipamento ou aquela infraes2027 (não confundir com a candidatura
trutura porque o outro também a tem
de Ponta Delgada a Capital Europeia da
deve ser um tempo do passado” (AçoriaCultura) tem por base os 600 anos da
no Oriental, 12/07/2016).
descoberta dos Açores (1427) e é, no enNão quero parecer presunçoso mas altendimento de Paulo Madruga, o “horigumas destas ideias não me são estranhas.
Nos últimos anos, tenho vindo a discorrer
sobre muitas delas em diferentes plataformas e nos muitos caracteres que acumulo
na colaboração com este jornal.
Considero que, mais do que sinalizar e
diagnosticar os problemas, muitos deles
amplamente diagnosticados, começa a
ser verdadeiramente urgente passar das
palavras aos actos e operacionalizar medidas e estratégias de (e com) futuro.
Recupero o que aqui escrevi em Maio
de 2013: “Os Açores são nove realidades
distintas. E no interior de cada uma delas
encontramos muitas mais. Considerar
exequível a harmonização de costumes,
práticas e modelos económicos é reduzir
à indiferença as idiossincrasias que tanto
apregoamos ter, anular as vicissitudes
distintivas de cada ilhéu e acirrar a mesquinhez e os bairrismos que muito contribuem para a desarmonização arquipelágica.”
Há quem procure na acção política
uma desculpa (esfarrapada) para as suas
limitações e incapacidades.
Para mim a leitura é aparentemente
simples: “o maior problema da nossa paisagem (…) é cultural e não o de uma determinada hegemonia política” (António
Guerreiro in Ípsilon, 15/07/16).
PS: Paulo Madruga partilhou com a
plateia a sua estupefacção perante a
quantidade de eventos em São Miguel,
todos em simultâneo, no fim-de-semana
que antecedeu esta conferência. Uma entrada pertinente e sobre a qual darei nota
nas próximas semanas. Por opção, o autor escreve segundo
a antiga ortografia
O marketing. E o lesbianismo
Marketing. Cada vez mais menos gosto.
Sempre senti o paladar da clara noção de o
motor propulsor dessa área assentar em
criar nas pessoas uma necessidade que
não tinham, fazendo-as entendê-la como
intrínseca e primordial. Germinando com
saúde essa carência, é momento de a revestir de adornos o mais apelativos à moda
possível, e seguramente o produto terá sucesso. Além da moda, há outros recursos
que todos nós conseguimos reconhecer
com facilidade, como o humor e/ou emotividade. Quanto à ferramenta humorística,
essa até absolvo tolerantemente; o recurso
à emotividade é-me difícil tolerar realmente – remexer, expor e manipular os
sentimentos mais crus e sensíveis das pessoas apenas para vender de forma massificada qualquer coisa (muitas vezes sem importância) não é propriamente uma
atitude nobre. Não a meu ver.
Outro recurso potencialmente fomentador de interesse e vendas subsequentes
é o sexo, isso já todos nós sabíamos. Porém já há algum tempo tenho vindo a notar várias sugestões de lesbianismo inerentes a campanhas publicitárias, que
parecem vir a acentuar-se com mais inci-
dência recentemente. Antes que
mulasse. O problema? As mulheeu continue a minha apreciação
res são vistas como isco. Como
sobre estes métodos, quero resmercadoria. Como carne para casalvar com veemência (!)que
nhão. Para atrair clientes, para
não é de modo algum o lesbiavender. Vender: a própria terminismo autêntico que está em
nologia implica tudo. Até emprecausa nestes meus comentários.
sas regionais já cedem a esta tenSOCIEDADE
PAULA
Acredito sem reserva alguma
dência, no entanto desses já seria
COSTA
que o sexo/amor são bons, são
de esperar qualquer coisa. ResulESCITORA
perfeitos, seja qual for a prefetado de campanhas vulgares e
FREE-LANCER
rência de quem os pratica. O
não muito recheadas de inteliamor e o sexo são bonitos, sejam
gência, ano após ano não têm
homossexuais ou não. O que não é efetiusado nada mais que carne feminina para
vamente nada bonito é que se use uma
atear as brasas dos churrascos de verão.
diversidade pessoal para vender através
Se por um lado estas tendências pudesda objetivação sexual das mulheres.
sem ajudar a encarar a homossexualidade
Como teima ser hábito, infelizmente.
com mais espontaneidade, isso seria um
As imagens exibem mulheres de pouca e
ponto a favor. A homossexualidade existe
diminuta roupa sugestivamente abraçadesde sempre e desde sempre que tentam
das/enleadas umas nas outras, de lábios
desmedidamente rejeitá-la num ritmo conjuntos por vezes, incutindo na imaginação
traproducente. Por analogia, é como lutar
com exuberância o que se passará entre
contra a chuva: é absurdo, pois simpleselas mais tarde (que é provavelmente
mente faz parte da natureza. Por outro lado,
nada). Creio que até fora dos cartazes, pana homossexualidade que importa aceitar é a
fletos e spots algumas possam ceder em faverdadeira, que nasce com o ser e derrama
zê-lo para atrair possíveis parceiros; o que
paixão e felicidade, não devendo ser reduzipenso que não se iria manifestar tão geneda ignobilmente a uma simulação hipócrita
ralizadamente se o marketing não o estide propósitos pouco altruístas.
Rotundas
giratórias
OUTRA
CONVERSA
HERMENEGILDO
GALANTE
TÉCNICO SUPERIOR
A banalização do mal pegou de tal
modo de estaca que varreu a memória política nacional. Já se consideram corriqueiras a falta de ética, de
moral e de transparência na coisa
pública. Do caso “Panamá papers”
nem se fala. Do consórcio de jornalistas que o pôs a nu nada se ouve e
da maior promiscuidade entre o poder político e o seu congénere financeiro, protagonizada por Durão Barroso, só agora nos chega um
remoque de consciência do governo
francês: “juridicamente é possível,
mas moralmente é inaceitável”, diz o
senhor Hollande.
Por terras lusas o assunto mereceu
o sentido orgulho do Presidente da
República e os votos de felicidades
do Primeiro-Ministro no cargo a
ocupar pelo ex-presidente da Comissão Europeia.
É saco roto, de facto, a “rotunda
giratória” que levou Barroso a presidente da Goldman Sachs. E nesta
servidão voluntária em que somos
mais autistas e menos autónomos,
vale mais o cadastro e menos o currículo. Passaram pano torcido sobre o
percurso do ex-Primeiro Ministro
visionário de armas químicas no Iraque e homem que abandonou o leme
do País para ser gente na CE.
As teorias da conspiração acerca
de Bilderberg e do Fórum de Davos
transitaram à realidade, por isso, já
não incomodará muito ver um chefe
da polícia terminar a sua comissão e
aceitar o convite para “padrinho” da
Máfia.
E como a ética é um sonho e o
povo será sempre o “velho do Restelo”, são poucos os que dizem sobre o jogo sujo da Goldman Sachs
enquanto instituição financeira
das mais poderosas do mundo.
Ninguém diz dos políticos sem pudor que nela entram nem dos funcionários sem óbice que dela saem
para a política.
Calados, consentimos que gente
desta estirpe domine os nossos destinos e remeta o nosso espírito crítico ao frigorífico. Gente que gosta de
incriminar as vítimas e que para viver no seu paraíso não tem qualquer pejo a transformar-nos a vida
num inferno.
A escandalosa normalização das
“rotundas giratórias” e o silêncio sobre elas é apenas a justificação de
um macabro propósito para impedir
a liberdade e tornar cada vez mais
estranha a decência.
12 Publicidade
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL
Opinião 13
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Uma banca bancária
Na entrevista ao semanário Exres, sem rentabilidade. A obscepresso de 2 de Julho, o chefe de
na luta pelo poder no BCP, em
missão do FMI, Subir Lall, teve
2007, foi um embate de relações
uma frase espantosa, muito ree compadres. Os problemas que
veladora dos nossos problemas.
assombram o Banif, o Montepio
“Os bancos, de forma geral, não
e a CGD, entre outros, resultam
se focam no lucro. Parecem essobretudo da prioridade dada
NÃO HÁ
ALMOÇOS
tar muito mais concentrados
às influências, sacrificando a
GRÁTIS
numa actividade bancária asrentabilidade. Em todos estes
JOÃO CÉSAR
sente nas relações.”
casos foi um conjunto de podeDAS NEVES
Esta afirmação manifesta
rosos (clientes e accionistas de
PROFESSOR
UNIVERSITÁRIO
uma das questões centrais da
referência, partidos, ministécrise. Primeiro, e apesar da
rios, interesses ou sectores) que
atenção às finanças públicas,
recebeu empréstimos com base
que estão muito mal, a nossa maior difiem garantias pessoais e pouca atenção ao
culdade situa-se na economia produtiva,
lucro. Enquanto a bolha enchia, tudo paainda mais endividada do que o Estado e
recia fácil; assim que o inchaço parou,
sem crescimento válido desde 2001. O
desabou como um castelo de cartas.
sector bancário, local onde os dois draMesmo agora, que a loucura terminou
mas convergem, constitui um dos elee a realidade geme diariamente, o enviementos mais combalidos e perigosos da
samento permanece. Os recentes temonossa conjuntura. Demorou tempo, mas
res quanto à chamada “espanholização
finalmente hoje todos entendem isto.
da banca” nascem do mesmo. Diz-se teDe forma arguta, Lall identifica uma
mer que a liderança castelhana não atendas causas decisivas: os bancos não se foda às especificidades das nossas emprecam na rentabilidade. E explica: “Censas. Mas quando a banca funciona com
tram-se nos clientes prime, que em muibase no lucro a nacionalidade dos donos
tos casos não querem os fundos (…) a
das entidades financeiras é irrelevante:
banca portuguesa parece assentar muito
quem tiver bons projectos sempre consenas garantias pessoais.”
guirá financiamento. Só que não é assim
Uma breve inspecção às recentes catásque o sistema funciona entre nós. Somos
trofes financeiras mostra essa verdade. O
um país de compadres e “quem não tem
caso BES é um exemplo extremo de
padrinhos morre mouro”. Os padrinhos
“clientes prime”, em particular familiamais valiosos são dos bancos. É precisa-
mente por isso que a inevitável mudança
da nossa elite financeira alarma tanta
gente: precisamos de uma banca portuguesa para atender às tais particularidades das nossas empresas. Fica subentendido que uma dessas particularidades é
não terem lucros, porque se os tivessem
não seria preciso mais nada.
Se as coisas são assim na banca, alegadamente economicista e mesquinha,
como não andarão no resto da sociedade? Ouve-se a cada passo que não podemos ser dominados por interesses financeiros, devendo atender à complexidade
política. A justificação é que as forças
económicas são mecânicas, parcelares,
avarentas e injustas, enquanto a política
é democrática e representativa. Mas por
cá a realidade é frequentemente a inversa. Quando os critérios são o lucro e a
produtividade, todos aqueles que têm
bons projectos, de qualquer origem e
orientação, são atendidos. Na política nacional, pelo contrário, a democracia foi
capturada por algumas forças e interesses, que dominam os aparelhos e monopolizam influências.
Isso vê-se com toda a clareza nos debates correntes. O alegado fim da austeridade não significou mais investimento
produtivo, mas obras públicas e créditos
à habitação. As 35 horas de trabalho não
são para os trabalhadores, mas para os
funcionários públicos. As medidas políti-
cas que dominam a agenda não se dirigem aos pobres, às empresas, ao desenvolvimento, mas ao consumo, aos pensionistas, empresas públicas, serviços do
Estado e autarcas em campanha. Assim,
a frase de Lall também se aplica com a
mesma relevância aos dirigentes nacionais: não se focam na qualidade, progresso e eficácia, porque estão mais concentrados numa actividade política assente
nas relações.
A montanha de crédito malparado que
se vem revelando na banca, e tem servido de matéria para o jogo de acusações
mútuas das nossas elites, nasceu precisamente da influência exagerada dessas
elites sobre as instituições de crédito.
Agora outras elites estrangeiras irão
comprar a banca lusitana, porque as
nossas não têm capital para a sustentar.
Esperemos que, finalmente, venhamos a
ter um sector financeiro que cumpra a
sua função, atendendo apenas ao que lhe
compete: o lucro.
Por decisão pessoal,
o autor do texto não escreve segundo
o novo Acordo Ortográfico
Diga Leitor
Não faças mal
Henry Marsh 1, um neurocirurgião inglês, é autor do livro cujo
título inspirou o deste trabalho.
De facto, muitas das suas afirmações são inspiradoras por serem
verdadeiras e estimularem a pensamentos profundos e à tomada
de atitudes responsáveis.
A grande verdade, comum a todas as pessoas, é a de que os médicos cometem erros e, no caso
dos neurocirurgiões, os seus erros
poderem causar grandes sofrimentos aos seus pacientes. Segue-se o facto de os médicos não
gostarem de dar a conhecer esses
erros embora tais experiências pudessem ser úteis aos profissionais
de saúde. Além disso, os próprios
doentes e seus familiares devem
ter consciência dos factos e “participar” no risco de tomar a decisão de avançar ou não para uma
cirurgia, sabendo que, por vezes,
podem ajudar os médicos em novas pesquisas e descobertas.
Os heróis não se contam apenas
entre os soldados que dão a vida
pela sua Pátria. Eles estão presentes em cada episódio da vida.
O Dr. Marsh alerta ainda para
o risco de os médicos se coibirem
de tratar os doentes quando são
frequentemente incriminados
por insucessos e pouco elogiados
nos bons resultados. O sofrimento e a dor, são companheiros
habituais da vida humana, e esta
acaba em data imprevisível e de
forma desconhecida, mesmo para
aqueles que, supostamente, já
têm os dias contados. Uma coisa é certa: mesmo no final da vida,
existe ainda, de modo misterioso, a possibilidade de fazer-se mal
ou bem: a vontade de oferecer ou
reter o bem.
Estas considerações podem ser
aplicadas nas variadas circunstâncias da vida humana, e exclusivamente humana, pelo facto de
os homens serem pessoas, isto é,
seres capazes de pensar e decidir
o que fazer face à sua experiência e conhecimentos. Podem, é
certo, agir mal e ferir ou magoar
outras pessoas. Porém, se amam
a verdade e se esforçam por praticar o bem, os benefícios alcançados pelos seus atos serão muito
superiores, em qualidade e em número, aos dos malefícios. Só os
preguiçosos e cobardes não cometem erros.
Quantas vezes não são esses
mesmos erros os que incentivam
ao trabalho, à pesquisa, à persistência, à coragem, à esperança de
encontrar soluções e novos modos de agir?
São vários os hagiógrafos que,
certamente com boas intenções,
tentam ocultar os defeitos dos santos cujas vidas descrevem. Perdese então a possibilidade de entender como conseguiram chegar à
santidade, pois pode cair-se no erro
de pensar que a prática do bem lhes
era natural e fácil, o conhecimento da verdade lhes fora oferecido
sem o esforço do estudo e que os
trabalhos não os cansavam. Que
ingenuidade! Os santos, os heróis,
os investigadores... as pessoas correntes, enfim, sempre terão no seu
currículo progressos e recuos, alegrias e tristezas, saúde e doenças,
vitórias e derrotas. E são os momentos duros que desafiam a vontade humana a insistir e a arriscar-se em novas aventuras. O
resultado tem sido encorajador e
inspirador. Nunca é tarde para “arregaçar as mangas” e voltar ao trabalho. A preguiça é um mal, mesmo em tempo de férias. Fujamos
dele. ISABEL VASCO COSTA
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de Ponta Delgada
14 Opinião
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Aula Magna
O PROF. VASCO GARCIA ASSINA
A “AULA MAGNA” QUINZENALMENTE
À SEGUNDA-FEIRA
Baleias e balelas
Considerar a morte de um cachalote no Pico, em 1987,
um “ato heroico”, mostra falta de visão estratégica relativamente
àquilo que foi uma demonstração primária de reacionarismo
VASCO GARCIA
PROFESSOR
CATEDRÁTICO
Em 24 de julho de 1987, o Diretor do
Centro Regional dos Açores da RTP,
Dr. José Maria Lopes de Araújo, enviou-me por carta um convite para presidir à sessão de encerramento da 3ª
Mostra Atlântica de Televisão, a ter lugar na ilha de Santa Maria, entre 21 e 23
de agosto desse ano. Respondi aceitando e informando que “ estarei em Santa
Maria no dia 22/Agosto/87, vindo de
Boston via Terceira, regressando convosco a São Miguel no dia 24, às 9h00”.
Sendo na altura o único deputado dos
Açores no Parlamento Europeu, membro da respetiva Comissão do Ambiente
e Vice Presidente do Intergrupo para a
Proteção Animal (Animal Welfare) estava envolvido numa cruzada para defesa
dos mamíferos marinhos. Esta luta durava desde o início do Instituto Universitário dos Açores e do seu Laboratório
de Ecologia Aplicada, tendo começado pela denúncia das matanças de
golfinhos, uma tarefa em que se empenhou corajosamente o Doutor Gérald Le
Grand, meu ex-colega da Universidade de
Marselha. Daí a ida a Boston e a Barnstable
(Cape Cod) onde estava a sede do IFAW-International Fund for Animal Welfare, dirigido
pelo meu velho amigo Brian Davies.
Com o apoio do IFAW e do Parlamento Europeu, desde 1986 que procurava apoios para
converter a caça ao cachalote, nessa época já
moribunda, numa rentável atividade turística
de observação de mamíferos marinhos, especialmente baleias e golfinhos. Tinha visto como
essa verdadeira indústria funcionava ao largo de
Cape Cod, quando comi malassadas e chouriço
assado, cozinhados pela D. Deolinda a bordo do
“Dolphin IV”, um dos barcos da frota do Capitão
Avelar, um português originário da zona de
Aveiro. Brian Davies e a sua equipa, nas reuniões que tivemos nesse agosto de há 29 anos,
propuseram-me um apoio de algumas dezenas
de milhares de dólares para permitir aos baleeiros do Pico cessar a caça e iniciar o “whale watching”. Feliz com o êxito da missão na América,
aterrei de manhã em Ponta Delgada, para apanhar o Avro da SATA no voo SP211, com destino
a Santa Maria e à 3ª MAT. No mesmo voo seguiu minha Mulher, que me esperava no aeroporto. O Avro ia cheio e iniciou a descolagem
pouco depois das 10 horas, pilotado pelo Comandante Carvalhal, a cujo sangue frio e perícia
devemos a vida. Com o avião a rolar, um autocarro atravessou a pista –e só a qualidade do piloto, aliada à maneabilidade da aeronave, evitou
o desastre. O “Açoriano Oriental “ de 26/Agosto/1987 descreve tudo com detalhe, juntando o
pormenor do condutor do autocarro ter acelerado e saído da pista, evitando o choque.
Esta razão teria sido suficiente para que
nunca mais esquecesse esse dia 22 de agosto
de 1987, quando aterrámos sãos e salvos em
Santa Maria, onde anunciei o sucesso da missão aos Estados Unidos. Mas logo no dia seguinte, um dos jornalistas da MAT veio dizerme que no Pico, tinham arpoado um cachalote,
provavelmente em protesto contra a iniciativa
de reconversão da atividade. A notícia chegou
rápida a Brian Davies e ao IFAW, pelo que não
me surpreendeu o telefonema que recebi 2 ou 3
dias depois, já em São Miguel, informando do
cancelamento do apoio financeiro. Mesmo assim, não desisti – e em 4 de setembro, uma semana após o desastroso episódio da caça ao cachalote, o “Açoriano Oriental” noticiava na
primeira página: “Vasco Garcia, cientistas estrangeiros e armações baleeiras reunidas no
Pico”, com uma extensa descrição das reações
internacionais ao gesto irresponsável de quem
provocou a morte do fatídico cachalote. Que,
quanto pude apurar, terá tido aproveitamento
político que de nada serviu, a não ser atrasar
meia dúzia de anos o início do “whale watching”, com graves prejuízos para os próprios
picoenses. Passado mês e meio, tomei a decisão de solicitar no Parlamento Europeu um
apoio de 100 mil contos (500 mil euros) para
um programa plurianual de reconversão da
caça à baleia, conforme noticiou este jornal,
em edição de 20.10.1987. Curiosamente, certos
setores políticos europeus que eram apoiantes da ideia, quando viram que ia ter sucesso, mudaram de sinal e opuseram-se, porque, afinal…a caça à baleia, nos Açores, era
“pesca artesanal”.
De nada lhes serviu, porque em 1992,
fui procurado no meu gabinete de Ponta
Delgada por Serge Vialelle, um francês empreendedor e arrojado que me pediu opinião
sobre a criação da sua empresa de “whale watching” no Pico. Encorajei-o, dei-lhe algumas
dicas e disse-lhe que se não fosse eurodeputado,
fazia sociedade com ele, porque aquilo tinha sucesso seguro. Serge avançou – e assim nasceu a
observação turística de mamíferos marinhos
nos Açores. Hoje, esta verdadeira indústria
vale muitos milhões de euros anuais,
além de potenciar outras atividades
marítimo-turísticas. Considerar a
morte do cachalote no Pico, em
1987, “um ato heroico”, mostra
falta de visão estratégica relativamente àquilo que foi uma demonstração primária de reacionarismo, o
que foi feito pelo orador da conferência “Açores 2027-Contributos para o roteiro do futuro”.
Aliás, na referida palestra, onde o convidado era
suposto traçar metas e indicar caminhos para o
aproveitamento futuro das oportunidades abertas pelos quadros europeus de apoio
(2014/2020 e 2021/2027) pouco ou mesmo
nada foi explicitado. Era importante que se tivessem abordado as perspetivas de financiamento do quadro comunitário 2021/2027, pois
era isso que, considerando o tema e a expectativa criada, quase todos aguardavam.
O “politicamente correto” do orador evitou
essa parte polémica, porque fica cada vez mais
evidente qual vai ser a situação daqui a 3 anos,
quando alemães, franceses, holandeses e outros
nórdicos acharem que o que resta dos PIIGS têm
de ser castigados por não serem suficientemente
rentáveis ao esbulho a que estão sujeitos. Um dos
meios de “sancionar” é a via dos Fundos Estruturais, os quais prevejo serem grandemente reduzidos no horizonte 2027. Começam a existir
sinais, com as famigeradas sanções da Comissão
Europeia e da restante tropa de negócios. Quem
se deu ao trabalho de ler o texto do chamado
Tratado Orçamental de 2012, perceberá facilmente como foi montada a armadilha para encurralar os países endividados. Pior será se as
nuvens negras que pairam sobre grandes bancos, como o Deutsche Bank ou o Santander, se
adensarem e derem em chuva tóxica de contaminação global. São os caminhos de resposta a estas questões e às suas consequências nos Açores
que se devem abordar, com ou sem baleias pelo
meio. O resto são balelas. 15
Suplemento literário coordenado por Vamberto Freitas e Álamo Oliveira
nº 1 | SEGUNDA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 1
A&L
Nota de Abertura
Os Açores
noutras letras
M
A&L
Ensaio
José Martins Garcia
e a literatura de guerra
VAMBERTO FREITAS
ulher de Porto Pim, de Antonio Tabucchi, é mais do que
uma mera curiosidade da literatura de viagens referente
aos Açores. Lê-lo em sequência e suspendendo no percurso dessas páginas as
nossas próprias experiências de vida, ideias e noções
históricas, que, de qualquer modo, são sempre e necessariamente provisórias, acompanhamos o autor
na sua narrativa, que vai de ilha em ilha, Flores, Pico,
São Miguel, e muito especialmente o Faial, algures
entre a realidade e a ficção. O narrador nunca se assume como protagonista no que nos conta, retraindo-se como um ouvinte atento e interessado entre os
que com ele tomam um copo, conversam, inventam
ou reinventam as suas histórias, ora dramáticas ora
cómicas, os seus momentos lúdicos nunca separados
da luta pela vida em ilhas, que eram ainda por essa
altura um mistério quase absoluto, mesmo para o
restante país. Antes de alguns portugueses que escreveram sobre nós ao longo dos séculos, foram quase sempre os estrangeiros, em termos afectuosos ou
difamadores, que nos lembravam nas suas obras. Da
civilidade de uns irmãos Joseph e Henry Bullar, em
Um Inverno nos Açores e Um Verão no Vale das Furnas, e de Albert, Príncipe de Monaco, em La Carrière d’un Navigateur, (ambos mencionados por Tabucchi) à barbaridade racista de um Mark Twain em
Innocents Abroad, ao poema adulto de John Updike
“Azores” e à imaginação de infância num diário de
um Edmund Wilson contendo impressões ou avistamentos ao longe a partir de um cruzeiro, durante séculos quase só nos “conheciam” alguns militares portugueses cá destacados por razões de soberania
nacional ou castigo institucional, as suas atitudes
posteriores frequentemente condicionadas pela sua
sorte pessoal. Manuel Alegre disse-me há uns tempos que a sua presença inicial nestas ilhas, a que ele
regressa sempre e celebra nalguma da sua poesia, foi
como que um desterro punitivo. Lembro-me de o
olhar perplexo ao usar essa palavra, mas depois concordámos que a nossa vivência até ao 25 de Abril de
1974 era pouco mais do que isso, o mundo longe e
inacessível, fora de uma muito reduzida elite, ou
quase só para os que fugiam da fome e humilhação
para as Américas. Mulher de Porto Pim tem no seu
centro narrativo uma dama estrangeira que arriba à
Horta para um “trabalho” que então era considerado
uma transgressão aceite no faz de conta que é muita
da nossa vida, é uma narrativa que consegue a proeza
de parecer simultaneamente uma peça jornalística de
viagem e um conto com princípio, meio e fim, uma
ficção que espelha toda a solidão e tragédia de que supostamente já falavam os primeiros povoadores que o
autor cita em paráfrase a dada altura, o medo, a coragem, a criminalidade e fuga o tema que domina toda
a nossa própria literatura da vida em ilha. A cada passo nesta prosa, as ilhas perdem o exotismo que sempre as rodeou até a tempos recentes, e tornam-se
numa geografia humana, isolada, sim, mas palco de
uma humanidade que vai e vem do mundo na sua incessante busca de salvação e felicidade. VALTER TAPIA
C
JOÃO NUNO ALMEIDA E SOUSA
omecemos pelo epílogo de leitor:
um livro que ecoa e permanece em
nós depois da sua última palavra é
um livro perfeito. Num tempo de
“mediocridades flamejantes”,
como bem sinalizou Urbano Bettencourt, em O
Gosto das Palavras III, reeditar uma pérola como
Lugar de Massacre é um acto de resistência contra
a tirania da vulgaridade que também contaminou
o meio literário e editorial.
O registo lavrado neste Lugar de Massacre é o da
cartografia de “uma juventude condenada”, reduzida a arrastar-se em “dias de degredo” na omnipresente lama da Guiné, emparedada sem paredes
num mato “fora do mundo”, tendo “por esperança
algum milagre” que falha, exausta, alucinada, “borrando-se nas armadilhas chamadas latrinas, quando não na merda do próprio susto”, embrutecida
pelo “whisky torrencial” e pela fornicação desbragada, paga a “um peso por cada pancada”, vítima
dos desmandos do regime e das “panasquices” de
um comandante homossexual “rechonchudo e
meigo” que “tanto mirava cu como braguilha” e geria as posições de guerra “de gatas sobre o mapa, fixando bandeirinhas” com o seu “efebo eleito”. Um
reles e pútrido “mapa da vitória” de uma guerra
que “Não é para perder, mas também não é para
ganhar. É só para empatar”. Personagem central
desta sátira delirante, o alferes miliciano Pierre
Avince é um animal em extinção, um dos últimos
cruzados de uma milenar linhagem de servidores
da Cruz de Cristo. Em Maio de 1968, é parte do
corpo de infantaria cuja geração foi a última lança
de Portugal em África. A sombra protectora do
Santo Condestável, patrono da infantaria, que venceu todas as batalhas e rechaçou exércitos mais poderosos do que aquele que arrastava atrás de si,
não chegava, contudo, ao longínquo poço Africano,
onde perecia o Império que se dizia “Uno e indivisível do Minho a Timor”. Quando de São Francisco
ecoavam as baladas dos cantautores da paz e amor
hippie, o mato Africano soava a fado triste como
hino de uma desditosa Pátria. Perder África era
perder a dimensão do Estado e a massa económica
que dava peso político a Portugal no concerto das
Nações. “Portugal Não É Um País Pequeno” era um
dos credos salazaristas, estampado em cartaz de
propaganda de 1934, que seria recuperado como
slogan para levantar a moral de Guerra. Portugal
sem o Ultramar seria uma região condenada a diluir-se e a desaparecer, por absorção, na Europa.
“Rapidamente e em força”, em Abril de 1961, Portugal reagiu às catanadas da UPA, numa guerra
que se prolongou por treze aziagos anos até que,
num outro dia de Abril, em 1974, na frente do
Quartel do Carmo, em Lisboa, morria o Império.
Não sabemos onde estava Pierre Avince no dia 25
de Abril de 1974, pois perdemos-lhe o rasto na linha equatorial do “último enclave do ocupante”,
palco da derradeira epopeia iniciada nos Descobrimentos, num território cujo mapa ignora, assim
como ignora o golpe de misericórdia que virá com
o MFA. Pierre Avince é mais um peão numa encadeada corrente que, sob o peso da Cruz da Ordem
de Cristo, carregou durante séculos o fardo civilizador do homem branco. É um bandei- >> continua
16
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
>> continuação
rante extemporâneo na Guiné que leva a flâmula
de Portugal numa lancha de patrulha, através das
artérias do Rio Geba, para defender feitorias marciais onde se trocam tiros com um inimigo patrocinado por outros inimigos de Portugal. No negrume dessa saga, Pierre Avince terá a visão do
próprio Cristo martirizado tal como os seus irmãos de armas tiveram em La Lys o seu Cristo das
Trincheiras. O avatar desse Jesus, carregado por
incontáveis gerações de Portugueses é, ali, na selva, “com a barba esguia descaída no peito, a cabeça enrolada em espinhos, os braços pregados
numa cruz de sombra, Cristo, no poilão”. Um poilão com um perímetro de arame farpado transformado num altar para uma alucinante procissão de
velas nas cercanias da selva. Um “velório inútil” de
uma guerra que atirava toda uma geração para a
escuridão Africana sem a alumia de qualquer fé
que não fosse a da sobrevivência. Estar vivo faz
dos homens divindades que celebram como animais a passagem de mais um dia no inferno verde.
Assim, no mato, “à meia-noite”, hora zero de cada
dia que se reinicia, em adoração ao sangue que
ainda permanece num corpo fechado às balas inimigas, sai a procissão. “Os guerreiros, exaustos e
quase todos alucinados, borrando-se nas armadilhas chamadas latrinas, quando não na merda do
próprio susto, cirandavam do poilão ao arame farpado, com as mãos cheias de burlescas tochas. Um
vento acicatado pela sombra varria o esforço de
minuto a minuto. Quando a segunda fila se acendia, já da primeira pouco reluzia. E o mato ameaçava com ruídos tão lúgubres como a própria imaginação. Morteiradas, bazucadas devolvidas,
violação e gumes do passado, restos de escravos e
gemidos velhos – tudo na procissão se incorporava.” Essa metáfora tão escatológica e herética é a
descida ao grotesco cujo guia é José Martins Garcia em Lugar de Massacre. Utilizando uma linguagem claramente satírica que cruza o grotesco
com o poético, o horror com o humor, o autor oferece-nos, para lá do iconoclasta Pierre Avince “um
ser sem sombra de dignidade” que “falava muitas
línguas quando se embebedava o que acontecia
todas as noites”, uma galeria de personagens extravagantes e perturbadas como: o conde d’Avince, homónimo parcial de Pierre, “todo ele aprumo”, atormentado pelo “vocabulário indigno dos
camaradas”, que passeia por Bissau os maneirismos e privilégios do seu pretenso sangue azul; o
Silva, hipnotizador de lagartixas e crente em “bruxas, alquimistas e vampiros”; a negrinha Maria,
“casada e católica” que “recrutava rapariga, gente
fêmea, solteira, disposta a cobrar cinquenta pesos
por serviço sexual”; o bestial Zé Burro, praça desterrado na Ponta do Inglês, “pastor de ovelhas no
seu outrora” que “não amava mulher nem homem.
Mas dessem-lhe uma ovelhinha e veriam” ; o presunçoso conde d’Enxeque incumbido “de velar
contra a infiltração de plebeus”; e o repulsivo Comandante Oliveira, crismado A Porca, quando
avistava “um homem louro, a sua linguagem tornava-se monossilábica e a língua (…) dançava-lhe
sobre os lábios um vaivém de maré vazia” e não tinha pejo em mandar abusivamente os subordinados que lhe contornassem as vontades para o
mato; todos eles caricaturas mordazes de um real
alucinante, “tipos inesquecíveis” que completam o
retrato visceral de uma “terra martirizada por
uma guerra sem fim, um povo dividido entre os
decretos europeus, despóticos e estúpidos, e a acção de cabecilhas saídos desse mesmo povo, cientes de que as bombas de napalme não conseguiriam roubar-lhes o futuro”.
Neste livro não há amanhãs que cantam, nem
sequer um requiem por um Portugal moribundo,
nem tampouco qualquer glorificação da luta do
inimigo pela sua emancipação. O inimigo é invisível, mas existe no o horror. A selva esconde um
perigo de morte, causa de um vigilante “horror
que adivinha o inquietante mais do que vê, mas
que por isso mesmo o homem é apanhado por ele
nas suas garras poderosas”. A citação de Ernst
Jünger é transplantada de O Coração Aventuroso,
mas o horror que se vive na Guerra da Guiné está
mais próximo da fronteira de temor que ecoa no
Coração das Trevas de Joseph Conrad. Em Lugar
de Massacre, rio acima até à Ponta do Inglês, sítio
não cartografado e de indecifrável valor estratégico-militar, a guarnição, ao atingir o seu inútil destino, salta da lancha de patrulha “atascando-se até
ao joelho num solo traiçoeiro” para ser emboscada
pela “sombria e pensativa floresta”, de que nos fala
Conrad, e de cujo coração aparecem seres humanos “como se saíssem da terra”. O horror telúrico é
o mesmo que povoa o Coração das Trevas, sendo
que temos Pierre Avince no lugar de Marlow e o
Rio Geba é o equivalente do Rio Congo. Em ambos, os homens à deriva estão à mercê da “grande
muralha de vegetação – exuberante, emaranhado
de troncos, ramos, folhas, rebentos e grinaldas –
que lembra uma invasão violenta de silenciosa
vida, uma alta onda vegetal, prestes a desabar na
enseada e a varrer os homens insignificantes”, citando Conrad. A vã glória do absurdo de que nos
fala Claudio Magris, a propósito de Conrad, “a heróica derrota, a impávida coragem de enfrentá-la
e uma obscura vocação para capitular” é outro
ponto em comum com Lugar de Massacre, devidamente explorado no desenrolar do romance e
indiciado desde o início.
Não é por acaso que José Martins Garcia dedica
este livro “a todas as vítimas da paranóia e da incompetência dos déspotas, caídas para nada no
campo do dever e do absurdo”. Os treze anos de
Guerra Colonial mobilizaram cerca de um milhão
de combatentes Portugueses. Cerca de nove mil
perderam a vida em combate e estima-se que vinte mil regressaram feridos “mutilados por dentro
e por fora, alguns sem pernas, outros sem braços,
outros sem sexo, outros sem alma. Não havia
branco regressado do mato que viesse inteiro,
mesmo quando por fora não trazia nem um arranhão”. Os Açores contribuíram proporcionalmente no esforço de Guerra com cerca de quinze mil
efectivos, num total de cinco Batalhões e sessenta
e nove Companhias. De facto, para os contingentes das Companhias de Caçadores da Guiné foram
incorporados muitos Açorianos, porventura à força de uma subliminar selecção natural que os escolheu pela sua genética de adaptação à estufa
equatorial, a par de uma rusticidade atavicamente
propensa à loucura. No Vietname Português a
geografia é labiríntica e rendilhada por rios e canais fortificados por linhas de circunvalação de
ilhas e penínsulas, sempre mutantes entre a maré
cheia, que submerge um terço do exíguo território, e a maré vazia, com as suas areias movediças e
áreas lodosas. O clima inóspito e insalubre era outro inimigo, armado com temperaturas tórridas e
humidade elevada típica das selvas litorais. Nessa
terra, cuja costa os Portugueses viram pela primeira vez no século XV , os Açorianos eram, na
sua maioria, praças com a especialidade de atirador ou condutor. Cerca de duzentos soldados Açorianos morreram no Ultramar ao serviço de Portugal. Para nada.
Prefácio a Lugar de Massacre, na recente edição
da Companhia das Ilhas.
A&L
Poesia
POEMA DE GEORGE MONTEIRO
Martins Garcia in America
End-stop words, cigar smoke, the afternoon courtesies,
the thirst to speak ill of Portugal and things Portuguese,
the nub of his perversity.
When, afternoons, he walked in the door of the little
house, so much out of place among decidedly institutional buildings, that we, the Portuguese, gradually took
over, a small place for the language of the great seaman
who crossed all the great seas (but that was long ago), he
never failed to greet the secretaries, first the one in the
room on his left and then, passing through, the one in
the central office, on his right, with a quiet boa tarde and
the gallantry of the half-bow.
It was only a few years after the evolutionary moment of
the carnations and his routine, smacking of another time, another place, called attention to itself.
At his desk at the end of the back office, he would now
smoke his cigar, maybe a panatela, as he waited to go off
to class.
He was shaped like the little king of the comics, without
the rich red robe or the yellow crown, of course, but with
an impish goatee.
Dead now, suddenly, not in the Pico of his birth but on
São Miguel, a world away in things that matter.
A Swiss-American scholar teaching in a Pennsylvania
university reviewed Imitação da Morte and hated its
bleakness, its misanthropy.
But its acidic author was never more in tune with
himself than when he stepped up his attack on natural
perfidies, on humankind.
Once in Santa Barbara, there to take part in a symposium on Camões, we ate dinner together.
Stuff I told him—nothing personal, mind you—ended
up in his newspaper column a week or two later.
That was the way he worked.
A whiff of experience—his or someone else’s, it didn’t
much matter—and he was off, writing it down, all
down, and then some. Nov. 4, 2002
It is included in AZOREAN POEMS, unpublished.
17
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
A&L
Recensão
Sobre Açores: o Segredo das Ilhas,
Narrativa de Viagem, de João de Melo
E
VICTOR RUI DORES
m (quase) formato de “pocket book”
acaba de ser editado Açores, o Segredo
das Ilhas, Narrativa de Viagem (D.
Quixote, 2016), de João de Melo. Teve
uma primeira edição no ano de 2000,
de capa dura, em grande formato e ilustrado com fotos e
quadros de autorias diversas. Revisto e acrescentado
(com os textos “O Arco das Ilhas” e “Sobre este mar da
minha infância”), o livro continua a ser um convite à
descoberta das ilhas, e saímos da sua leitura com os
olhos encharcados de tanta luz, de tanta cor…
Agradou-me sobremaneira a escrita intensa e iluminada, fascinante e metafórica deste livro. E isto porque, para João de Melo, a ilha não é só beleza, sedução
e fascínio; é, sobretudo, segredo, melancolia, sonho e
utopia. Sendo as ilhas insondáveis e misteriosas na
sua formação e existência, optou o autor por agarrar –
e bem – o lado mítico, sagrado, simbólico e lendário
das ilhas açorianas.
Estamos perante uma obra dificilmente classificável.
Não se trata propriamente de um livro de viagens, apesar de resultar de duas viagens que, no Verão de 1997, o
autor empreendeu por cada uma doas nove ilhas do arquipélago; muito menos será um diário, um relatório ou
um roteiro turístico, se bem que João de Melo, munido
de cadernos de viagem, tenha neles feito anotações, com
pormenor e minúcia (sei do que falo porque acompanhei o escritor na viagem que empreendeu à ilha do
Faial e… “espiei-lhe os movimentos e o caderno de notas
de capa preta”) (1), anotações de natureza geográfica, histórica, social, factual, cultural e antropológica; não será
também só um livro de impressões do vivido e do sentido, ainda que ele seja o registo de quanto a observação
do seu autor pôde detectar no contacto directo com gentes e terras açorianas. João de Melo escreveu sobre o que
viu, sentiu e ouviu, recordando tudo o que sabe (que não
é pouco) sobre os Açores.
Para mim, Açores – o Segredo das Ilhas é a expressão
de sentimentos e emoções sentidos pelo autor perante a
viagem como forma de procura e de descoberta. Sendo
ilhéu, João de Melo sabe que o melhor da ilha é a própria
ilha. Por isso ele criou “os verbos e os adjectivos do mar”.
Porque visitar os Açores não é só ver paisagens, é, sobretudo, sentir atmosferas. Por isso este autor não capta
apenas o encanto de paisagens luxuriantes e o espanto
A&L
de cenários exuberantes – ele vai fundo no imaginário,
no tempo e na alma dos açorianos. E fá-lo, de forma contemplativa e impressionista, sob diversos ângulos de observação e enquadramento (com visões de fora para
dentro, de dentro para fora e de dentro para dentro das
ilhas). E é precisamente aqui que este livro marca uma
diferença em relação, por um lado, aos escritos de alguns
conhecidos viajantes que, no século XIX, sulcaram os
mares açorianos e visitaram as ilhas. Por exemplo: o oficial sueco Jean Gustave Hebbe (1800), o médico norteamericano John W. Webster (1820), o oficial inglês captain Boid (1832), os irmãos ingleses Joseph e Henry
Bullar (1838, nesse livro espantoso que dá pelo título de
Um inverno nos Açores e um verão no Vale das Furnas),
o zoólogo francês Henri Drouet (1857), o naturalista Alberto I, príncipe de Mónaco (1879), ou a jornalista norte-americana Alice Baker (1882).
Por outro lado, este livro de João de Melo marca também uma diferença em relação a algumas obras de referência do século XX como, por exemplo, As Ilhas Desconhecidas (1926), de Raul Brandão, Mês de Sonho (1926),
de Leite de Vasconcelos, Terras de Maravilha (1928), de
Oldemiro César, Primavera nas Ilhas (1935), de Hugo
Rocha, ou Mulher de Porto Pim (1983), de Antonio Tabucchi.
Repito: João de Melo leva vantagem em relação aos
nomes citados: é que ele vê os Açores de fora para dentro, de dentro para fora e de dentro para dentro. Ouso
mesmo aqui afirmar que, mutatis mutandis, em certos
temas abordados, João de Melo vai mesmo mais longe
do que Raul Brandão de As Ilhas Desconhecidas – o livro
mais belo que alguma vez já se escreveu sobre os Açores.
É óbvio que, em Açores – o segredo das ilhas, o escritor
se sobrepõe claramente ao visitante. E o resultado salta à
vista: estamos perante uma escrita de palpitante qualidade literária. Dou-vos apenas estes pequenos exemplos: os piratas e os corsários que infestavam os mares
dos Açores são, para João de Melo, “os bandidos do
mar”; os velejadores que aportam à cidade da Horta são
por ele nomeados de “os andarilhos do mar”… E adivinhem sobre o que ele escreve quando escreve sobre a
“basílica de lava vulcânica”, “a tristeza dos olhos dos
bois”, os “olhos tímidos dos garajaus”, ou os “lugares remotos do inconsciente”…
Derramando, nestas páginas, a sua (e nossa) açorianidade telúrica, João de Melo capta, neste livro, a policromia dos tons, dos cambiantes, das simbioses de luz e cor.
Guardemos no escaparate e no coração este livro muito
belo e esta escrita de um impressionismo literário. E saibamos o que é, verdadeiramente, escrever com os olhos
da memória. (1)
Vitorino Nemésio, Sob os signos de agora. Temas portugueses e
brasileiros. (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932). “Raul
Brandão, íntimo”.
Recorde-se que, em Junho de 1924, Nemésio acompanhou Raul
Brandão na viagem Lisboa-Açores a bordo do navio “S. Miguel”.
Ficção
Os Aflitos
T
SÓNIA BETTENCOURT
odos os amores são à prova de explicações. Como explicar isto?
Talvez dizendo que, neste momento, não consigo mudar os lençóis da
cama como anteriormente o fazia. E
fazia-o a cada necessidade de individual afeto.
A minha explicação pode relevar-se mais cruel que a
minha afetação. Mas amarei?
Somos todos oriundos de uma história tão humana. É
como se a carne fosse um disfarce para aperfeiçoar as
derrotas do corpo. Só assim, derrotados, conseguimos
colocar as grandes questões.
Sou um péssimo imitador de mim mesmo. A imitação
funciona como mais uma costela do meu dorso. Imito
todos os meus amores. São filhos da doença. Crónica.
Sem explicação. Então tudo se torna amargo. E surge
uma dor nos molares. Um dente que sofre por ser diferente dos seus semelhantes.
O sofrimento parece prolongar a vida. Perante a dor, a
vida vê-se forçada a sustentar o nosso espírito por nós
mesmos. Então os anos prolongam-se em linha reta.
Ambas as partes procuram o fio à meada, como quem diz
a lucidez ou a loucura, para sentir o côncavo e o convexo. Estarão fixos em terrenos humanos. Demasiado humanos.
Tu até podes ser o que não és, mas tudo tem a sua explicação. És de fé e bom vestido.
Quem te dera ter espaço no armário para o tanto de
tecido. Verdade?
São os sortilégios da poesia que provocam um estranho sentimento de aflição.
Vou mudar os lençóis e já volto.
No regresso saberei a resposta, retirada de um livro
aberto sobre a cama. 18
A&L
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Edição Artes e Letras,
da Livraria Solmar
Saída
POEMAS DE ANTERO DE QUENTAL
Sonho Oriental
Ideal
“Sonho-me às vezes rei, nalguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsâmica e fulgente
E a lua cheia sobre as águas brilha…
“Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas lânguidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita…
O aroma da magnólia e da baunilha
Paira no ar diáfano e dormente…
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha…
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortais entre ruínas,
Nem a Amazona, que se agarra às crinas
Dum corcel e combate satisfeita…
E enquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto num cismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino…
Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descansas debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.” É como uma miragem que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo…” (In) Sonetos Completos de Antero de Quental
Edição Artes e Letras, 2016
(In) Sonetos Completos de Antero de Quental
Edição Artes e Letras, 2016
A&L
Miradouro
Salim Miguel, “Maktub”
Q
LÉLIA PEREIRA DA SILVA NUNES
uando o escritor Salim Miguel celebrava o aniversário de 90 anos, amigos e admiradores do nosso grande
ficcionista correram a expressar a sua
reverência na afortunada comemoração de aniversário. Amigos que nas últimas semanas nos mantiveram informados sobre a gravidade do estado de saúde de Salim Miguel, internado
num hospital de Brasília, como do escritor Deonísio da
Silva que, num breve e sentido telefonema, anunciou desolado a sua partida na noite de 22 de Abril. Passamos a
aguardar a chegada de suas cinzas que seriam espalhadas no mar da Cachoeira de Bom Jesus, em Florianópolis e na sua Biguaçu, onde viveu a maior parte da infância e a adolescência, conforme o último desejo desse
“libanês-biguaçuense” inquieto, humanista que fez da
palavra a sua ferramenta de luta pela liberdade e por
uma sociedade mais justa e solidária.
Na iluminada tarde de outono, 7 de maio, o Museu da
Escola Catarinense abriu suas portas para que os familiares, amigos, colegas de imprensa e escritores prestassem sua última homenagem a Salim Miguel numa grande conversa onde não faltou o vinho para celebrar a sua
obra perenizada. Um desfile de testemunhos e de documentários como os realizados pelos cineastas Zeca Pires
(Salim na Intimidade – Maktub) e Kátia Kloch (Modernos do Sul).
Há dois anos, publiquei na coluna Opinião do jornal
Notícias do Dia a crónica “Obrigada, seu Salim”. Dizia
obrigada por sua escrita admirável, por sua história de
imigrante libanês vivendo desde menino em Biguaçu.
Uma história contada com tanta maestria e sabor no
premiado romance autobiográfico “Nur na escuridão”
de 1999. Obrigada pela lição de amor à Florianópolis e à
cultura que me transmitiu quando assumia a Superintendência da Fundação Franklin Cascaes, a 2 Janeiro de
1997. Iniciava o meu caminhar, tendo a nortear o seu
trabalho na gestão daquela instituição municipal que se
perfilava como exemplar na consolidação de uma política cultural para a capital dos catarinenses.
Salim nasceu em Kfarsouroun, no Líbano, em janei-
ro de 1924 e veio para o Brasil
com três anos. Seus pais se instalaram em Biguaçu, na Grande
Florianópolis, onde o filho cresceu e onde ambientou uma boa
parte de sua obra literária. O primeiro livro, “Velhice e outros
contos”,foi publicado em 1951.
Escreveu muito e muito fez pela
cultura de Santa Catarina, tornando-se personalidade cultural
reconhecida no País. Sua trajetória se confunde com a história
cultural catarinense desde a
criação do idealista Grupo Sul
(1947-1958) que sacudiu a provinciana Florianópolis fechada aos ventos modernistas que sopravam pelo Brasil desde 1920. Uma verdadeira revolução cultural que se alastrou pelo
universo da criação artística – literatura, artes plásticas, teatro e cinema. Ao lado de sua mulher, a escritora
Eglê Malheiros e de outros intelectuais catarinense arquitetaram este novo olhar voltado à vida real, à crítica
social no desvendar os conflitos morais e sociais. É dessa época de tanta inquietação o primeiro longa-metragem catarinense “O Preço da Ilusão”, rodado em Florianópolis em 1957, com roteiro de Salim Miguel. Mais
tarde assinaria com Eglê Malheiros e Marcos Farias,
no Rio de Janeiro, a adaptação e roteiro de A Cartomante,1973 (conto de Machado de Assis) e de Fogo
Morto (romance de José Lins do Rêgo), 1976.
Na época da ditadura militar deixou Florianópolis e
foi viver para o Rio de Janeiro. No Rio, atuou como jornalista, trabalhou na revista Manchete, foi crítico literário do Jornal do Brasil e militou ao lado de grandes
nomes da imprensa e da literatura na edição de suplementos culturais cariocas. De volta a Santa Catarina,
dirigiu a editora da Universidade Federal de Santa Catarina (Ed. UFSC), de 1983 a 1991, e a Fundação Franklin Cascaes, braço cultural da Prefeitura Municipal de
Florianópolis, de 1993 a 1996.
Intelectual multifacetado, pena consagrada, uma produção literária profícua com mais de trinta títulos publicados. O romance Nur na Escuridão, de 1999, valeu-lhe
o prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte
(APCA) de melhor romance e o Prémio Zaffari & Bourbon, dois anos depois, na 9ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS). Salim Miguel é uma referência na literatura brasileira, tanto é verdade que,
merecidamente, foi reconhecido com a outorga em
2002 do Troféu Juca Pato como “Intelectual do ano”, segundo a União Brasileira de Escritores e a Folha de São
Paulo e o título de Doutor Honoris Causa da UFSC e, em
2010, o Prémio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.
Uma vida dedicada à cultura não se perde e sim se reverencia. Uma escrita e uma voz da grandeza de Salim
Miguel jamais silenciarão. Para sempre brilhará como
Nur na Escuridão.
Já estava escrito, Maktub! AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
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20 Desporto
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Morais vence
ao sprint mas
foi Furna quem
levou a Taça
Ciclista da Atlético
São Pedro venceu a
Taça de São Miguel
de Estrada por um
ponto apenas de
diferença
NUNO MARTINS NEVES
[email protected]
Tiago Furna (Atlético São Pedro)
sagrou-se ontem, pela primeira
vez, campeão da Taça de São Miguel de Estrada no escalão de Elites, ao fazer o mínimo que lhe
competia na quinta e última etapa, terminando na segunda posição, atrás de David Morais (CD
Metralhas).
Um ponto apenas bastou para
o ciclista micaelense bater o faialense, campeão em título. A Ribeira Grande acolheu a derradeira prova e viu um filho da casa
subir ao lugar mais alto do pódio.
Tiago Furna nem disputou o
sprint com David Morais mas
também não o precisava: foi ele
quem instigou a decisiva movimentação na parte final da subida do Cabouco.
A última prova de ciclismo de
estrada teve início e fim na cidade da Costa Norte, com o pelotão
a enfrentar um percurso ondu-
lante, que se iniciou com a difícil
subida do PPA (2 quilómetros a
10.9% de pendente média), uma
estreia nas provas da Taça.
Délio Chaves (Charib Santa
Clara) e José Afonso (Marítimo)
foram quem começou com as hostilidades na inclinada subida, com
o pelotão a esfrangalhar-se nos
2 mil metros. A dupla coroou o
topo a subida, seguida bem de
perto pelo trio formado por Furna, Morais e Nuno Silva (Marítimo), a 11 segundos, que acabariam por colar à frente.
Tudo se manteve inalterado até
o grupo - agora com 15 elementos
- chegar à a subida do Cabouco,
a cerca de 10 quilómetros do fim:
Furna acelera na subida e só Morais o acompanha, ficando os restantes elementos do grupo, onde
estavam Afonso, Silva e Melo, sem
resposta. Daí, a dupla rolou até à
meta, ampliando os 23 segundos
iniciais para os 40 finais.
Classificação 5# Etapa
Elites
1.º David Morais, 01:45:05
2.º Tiago Furna, a 2 segundos
3.º Délio Melo, a 40
Master 50
1.º José Afonso, 01:45:455
2.º João Paulo Amaral, a 2:20
3.º Rui Torres, a 12:01
Juniores
1.º Filipe Lopes, 1:46:32
Luís Cabral fecha top- da
Volta a Portugal de Cadetes
O micaelense Luís Cabral voltou
a mostrar ser um valor a seguir no
ciclismo nacional, ao terminar a
9.ª Volta a Portugal em bicicleta
de Cadetes na 25.ª posição, entre 117 ciclistas. O ciclista do Marítimo Sport Club esteve a representar a Seleção de Ciclismo dos
Açores e fechou o terceiro e último dia de prova a apenas 2:14 minutos do vencedor Diogo Gonçalves (Mato-Cheirinhos/Liberty
Seguros/Vila Gal), que terminou
a Volta em 05:21:03 horas.
Para este resultado, muito contribuiu a prestação de Luís Cabral
na segunda tirada da corrida de
cadetes, entre Figueira da Foz e
Alcobaça. Na etapa mais longa
dos três dias (82.7 quilómetros),
o jovem micaelense foi 5.º classificado à geral, a apenas 10 segundos do vencedor da etapa,
João Carvalho (Viseu 2001 /
AMPQ-A.M. Póvoa das Quartas).
Ontem, domingo, o ciclista açoriano foi o 44.º mais rápido da etapa Caldas da Rainha - Torres Ve-
NUNO MARTINS NEVES/AO
Tiago Furna terminou a Taça de São Miguel de Estrada 1 com duas vitórias e dois segundos lugares
Derradeira prova não provocou alterações
na classificação final da Taça de Estrada
Com Tiago Furna a confirmar a conquista do título de Elites, dando à
nova equipa do Atlético de São Pedro uma estreia de sonho.  pontos, mais um que David Morais, bastaram para o jovem ciclista vencer o
título. Nuno Silva, com  pontos,
fechou o pódio de Elites. André Melo (Bike +) conquistou o título de Juniores, à frente de Filipe Lopes (Metralhas) por 1 pontos, com Paulo
Lopes (Metralhas) em terceiro. Ain-
dras (69.3 quilómetros), incluído
num grupo a 1:28 minutos de Diogo Gonçalves, que cortou isolada a meta.
De recordar que, na primeira
etapa, na sexta-feira, o ciclista do
Marítimo Sport Clube foi 39.º, a
1:37 minutos do vencedor Rodrigo Caixas (LA Alumínios/SGR
Ambiente/CC A.Paio Pires).
Luís Cabral acabou por ser o único atleta regional que conseguiu
concluir a Volta a Portugal, tendo
ontem Gonçalo Anjos desistido da
prova, à semelhança do que aconteceu com Rui e Bruno Tânger,
João Medeiros e João Massa, afetados por lesões e pelo tempo quente que se fez sentir no centro de Portugal Continental. NMN
da na formação, o cadete Romeu
Sousa (Bike+) bateu Gonçalo Medeiros (Metralhas), com João Medeiros em terceiro. Nas mulheres,
Andrea Costa (Metralhas) foi a campeã, à frente de Lúcia Ramos (Metralhas) e Dina Morgado (GREDA).
Em Master , vitória para José
Afonso (Marítimo), derrotando
João Amaral (Charib Santa Clara) e
Rui Torres (Marítimo). Por equipas,
ganhou o CD Metralhas.
2.º André Melo, a 6:38
3.º Paulo Lopes, a 13:31
Cadetes
1.º Romeu Sousa, 02:00:15
2.º Gonçalo Medeiros, a 07:39
Femininos
1.º Line Holst, 02:08:23
2.º Andrea Costa, a 05:24
3.º Lúcia Ramos, a 05:24
Promoção
1.º Óscar Ferreira, 02:08:23
2.º Roberto Melo, a 05:24
3.º Bruno Medeiros, a 05:24
Equipas
1.º CD Metralhas
2.º Atlético São Pedro
3.º Marítimo Sport Clube.
Jarlinson Pantano triunfa na
1.ª etapa da Volta a França
O colombiano Jarlinson Pantano
(IAM Cycling) estreou-se ontem
a vencer na Volta a França em bicicleta, ao impor-se na 15.ª etapa,
com o britânico Chris Froome
(Sky) a manter as diferenças para
os adversários na geral. Pantano
concluiu com êxito a fuga do dia,
que foi integrada pelo português
Nelson Oliveira (Movistar), sendo o primeiro a cruzar a linha de
meta em Culoz, no final dos 159
km desde Bourg-en-Bresse, com
o tempo de 04:24.49 horas, à fren-
te do polaco Majka (Tinkoff ).
Froome concluiu a montanhosa tirada lado a lado com os corredores que o sucedem na geral,
pelo que mantém 01.47 minutos
de vantagem sobre o holandês
Bauke Mollema (Trek-Segafredo)
e 02.45 sobre o também britânico Adam Yates (Orica-BikeExchange), respetivamente segundo e terceiro. Hoje corre-se os
209km 16.ª etapa entre Moirans-en-Montagne (França) e
Berna (Suíça). LUSA
AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
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22 Desporto
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
AASM
César Bettencourt
quebra novamente
recorde nacional
Graciosense somou
mais cinco metros à
marca que estabeleceu
no sábado, no âmbito
do Azores Freediving
Open, desenvolvido
pelo CN Rabo de Peixe
NUNO MARTINS NEVES
[email protected]
Micaelenses venceram cinco provas, ficaram em segundo em quatro e em terceiro em três
Juventude Ilha Verde campeão
nacional da .ª Divisão
O clube micaelense
venceu o Nacional de
Clubes, prova que
decorreu em Viseu,
por uma diferença de
apenas 3.5 pontos para
o segundo classificado
NUNO MARTINS NEVES
[email protected]
Foi por uma unha negra mas foi:
o Juventude Ilha Verde conquistou este fim de semana o Campeonato Nacional da 3.ª Divisão
Masculino de Atletismo de Clubes, ao bater por apenas 3.5 pontos de diferença o Atlético Clube
de Vermoil (Leiria). Na pista de
atletismo de Viseu, os micaelen-
ses foram os mais fortes no final
dos dois dias de prova, pontuando 122 pontos, contras os 118,5 do
Vermoil. Na terceira posição ficou
o Atlético Clube da Póvoa de Varzim com 106 pontos.
O clube micaelense fez-se representar por uma comitiva de 13
atletas, que participaram nas provas de velocidade e estafetas, meio
fundo e fundo, barreiras, lançamentos, saltos e marca.
Destaque para o “ouro” de Sérgio Silva nos 400 metros e 400
metros barreira, de Rúben Ventura no lançamento do dardo, de
Luís Melo no lançamento do peso
e nos 4x400 metros; a “prata” de
João Janeiro nos 1500 metros, de
Pedro Amaral nos 5 mil metros,
de Luís Melo no lançamento do
disco e nos 4x100 metros; e o
Lotus Rallye conta com
1 equipas inscritos
A quarta prova do Campeonato
de Ralis dos Açores vai contar com
uma lista de 17 pilotos, encabeçado pelo campeão em título Ricardo Moura, onde se contam igualmente Luís Miguel Rego, Hugo
Mesquita, Ruben Rodrigues, Rafael Botelho e o “regressado” Henrique Moniz, ao volante do seu Citroen DS3 R3T.
Desta forma, Botelho, líder das
2RM, vai regressar ao seu fiel Citroen Saxo, com a luta das duas
rodas animada ainda por Moniz,
João Faria e Marco Soares.
Ausente dos volantes mas não
da corrida estará Pedro Vale, que
vai ser o navegador de Pedro Rodrigues.
O Lotus Rallye de 2016 realiza-se entre 23 e 24 de julho na ilha
de São Miguel, com o dia 23 de ju-
O graciosense César Bettencourt
voltou ontem a superar-se, ao estabelecer, pelo segundo dia consecutivo, o recorde nacional de apneia na disciplina de Imersão Livre.
Depois de no sábado ter acrescentado dois metros à marca que ele
próprio estabeleceu em 2014 em
Creta , o praticante de caça submarina fez ainda melhor ontem de
manhã no mar de Rabo de Peixe,
no segundo e último dia do Azores
Freediving Open, organizado pelo
Clube Naval de Rabo de Peixe.
A nova marca nacional passou
agora a ser de 70 metros, ou seja,
mais cinco metros do que a sua
anterior marca. Aliás, nada de
surpreendente para o atleta, que
na véspera já tinha informado a
organização que iria tentar os
70 metros em Imersão Livre ou
os 45 na disciplina de Peso
Constante sem Barbatanas. Ficou-se pelo primeiro e foi bem
sucedido.
Azores Freediving Open
Resultados finais
Peso Constante
com Barbatanas / Masculino
1.º Marco Botelho, 42 metros
2.º Miguel Azevedo, 35 metros
3. Miguel Sardinha, 25 metros
Peso Constante
com Barbatanas / Feminino
1.º Daniela Oliveira, 6 metros
Imersão Livre
1.º César Bettencourt
2.º Marco Botelho
3.º Miguel Azevedo.
PEDRO COUTO
“bronze” de Rodrigo Toste nos 100
metros e no salto em altura e de
João Janeiro nos 800 metros.
Marco Câmara vice-campeão
nos Jogos Desportivos da CPLP
O atleta juvenil açoriano da Juventude Ilha Verde, Marco Câmara, obteve ontem o segundo lugar
na prova de 400m nos Campeonatos da CPLP (Comunidade de
Países de Língua Portuguesa), em
representação da Seleção Nacional. Os Jogos vão na 10.ª edição e
decorrem entre os dias 17 e 24 de
julho de 2016, na Ilha do Sal, em
Cabo Verde. Marco Câmara, atleta juvenil de 16 anos, foi chamado
pela primeira vez à Seleção Nacional, no que é tida como uma
consequência natural do trabalho
desenvolvido.
lho a ficar reservado para a disputa de Lagoa Stage e ainda da
Qualifying Stage, numa inovação
a introduzir em provas pontuáveis apenas para o Campeonato
de Ralis dos Açores.
Os cinco melhores classificados
da prova de qualificação irão escolher a sua ordem de partida
para o domingo, com todos os restantes pilotos inscritos no CRA a
partirem conforme a ordem da lista de inscritos, nos respetivos grupos, de acordo com a classificação
da Prova de Qualificação.
No domingo serão oito as provas especiais de classificação a per-
O pódio da disciplina de Imersão Livre com César Bettencourt ao centro
correr, para determinar o vencedor que será proclamado pelas
17h00 em pódio instalado na Alameda do Conhecimento, no Tecnoparque de Lagoa.
Lista de inscritos
1.º Ricardo Moura, Ford Fiesta R5
2.º Hugo Mesquita,
M. Lancer Evo9
3.º Ruben Rodrigues,
M. Lancer Evo9
4.º Rafael Botelho, Citroen Saxo
5.º Luís Rego, Ford Fiesta R5
6.º Pedro Rodrigues,
M. Lancer Evo9
7.º João Faria, Peugeot 206 RC
8.º Marco Medeiros,
Citroen Saxo Cup
9.º Marco Soares,
Citroen Saxo
10.º Bruno Tavares, Peugeot 205
MI 16
11.º João Torres, Toyota Rav4
12.º David Paiva, Toyota Starlet
14.º Henrique Moniz, Citroen
DS3 R3T
15.º Adriano Medeiros,
Renault Clio RS
16.º Luís Mota, Citroen Saxo
17.º Augusto Ponte,
Toyota Corolla T Sport
18.º António Moniz,
Renault Clio 16v. NMN
AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
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MISSA DO 7º DIA
MARIA ODÍLIA
DE MEDEIROS SARDINHA
Sua família participa que manda celebrar uma
missa de 7º dia por alma da sua ente querida
hoje (dia 18), pelas 18h30 na Igreja Paroquial
da Matriz, agradecendo deste já a todas as
pessoas que possam participar neste ato litúrgico, como também agradece a todas aquelas
que, de uma forma ou outra, manifestaram o
seu sentimento e que a acompanharam até à
sua última morada. Um bem haja a todos.
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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL
Desporto 25
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL
Afonso/Resende 0-2 Melo/Reis
(8-21, 13-21)
Pimentel/Ferreira 0-2 Lemos/Brito (14-21, 8-21)
Silva/Rocha 0-2 Alvar/Leão (1321, 12-21)
3.ª Ronda
Simões/Moreira 1-2 Bacciotti/Barros (19-21, 21-13, 10-15)
Oliveira/Moreira 0-2 Pereira/Magalhães (12-21, 11-21)
Derrotados no ranking 7
Pombeiro/Jardim 0-2 Melo/Reis
(19-21, 18-21)
Lemos/Brito 2-1 Alvar/Leão (1421, 21-15, 15-10)
Derrotados no ranking 5
Melo/Reis 2-0 Oliveira/Moreira
(21-13, 24-22)
Lemos/Brito 0-2 Simões/Moreira (14-21, 11-21)
Meia-Final
Bacciotti/Barros - Melo/Reis
Lesão equipa B
Pereira/Magalhães 0-2 Simões/Moreira (12-21, 14-21)
3º/4º Lugar
Melo/Reis 2-0 Pereira/Magalhães (26-24, 21-19)
Final
Bacciotti/Barros
0-2
Simões/Moreira (15-21, 16-21)
A dupla Juliana Rosas e Tânia Oliveira preparam-se para defender o ataque de Vanessa Paquete e Joana Resende, finalistas vencidas do quadro feminino
Campeões em título puxaram
dos galões na praia das Milícias
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL
Duplas de Voleibol prossegue já
no próximo fim de semana, dias
23 e 24 de julho, na cidade de Matosinhos, para a terceira etapa do
calendário.
Rosas/Oliveira e
Simões/Moreira
impuseram-se na
areia negra de São
Miguel, vencendo a
etapa do Nacional
Campeonato Nacional de
Duplas de Voleibol de Praia
NUNO MARTINS NEVES
[email protected]
José Pedro Simões / Rui Moreira e Juliana Rosas / Tânia Oliveira defenderam da melhor forma
as suas lideranças no Campeonato Nacional de Duplas de Voleibol
de Praia, com as duplas a vencerem as respetivas competições na
estreante etapa açoriana que ontem terminou naas Milícias.
No quadro feminino, o par Rosas/Oliveira passeou pela areia
negra açoriana, somando os quatro jogos que disputaram em São
Miguel. Curiosamente, os jogos
onde venceram com maior facilidade foram os dois frente às finalistas vencidas, Vanessa Paquete/Joana Resende.
José Pedro Simões prepara-se para apontar o ponto que deu a vitória na final
A prova masculina contou com
quatro atletas micaelenses, mas as
duplas Lourenço Afonso / João
Resendes e João Pimentel / António Ferreira não tiveram vida facilitada, acabando eliminadas
após duas derrotas seguidas. Afonso/Resendes deram uma boa réplica contra Lemos/Brito (14-21,
17-21), enquanto Pimentel/Ferreira quase forçaram a “negra”
diante de Melo/Reis, acabando
ambas as duplas em 9.º lugar.
Quem também não teve um caminho isento de obstáculos foram
os campeões em título Simões/Moreira. Após vencerem o
jogo da 1.ª ronda, caíram às mãos
de Franciscarlos Bacciotti / Fabricio Barros, que viriam a ser os
seus adversários na final. Aí, com
o jogo mais acertado e apostados
na sua principal valia, o inside out,
José Pedro Simões e Rui Moreira venceram de forma tranquila.
O Campeonato Nacional de
Quadro Masculino
1.ª Ronda
Silva/Rocha 0-2 Amante/Silveira (13-21, 15-21)
Melo/Reis 2-0- Pimentel/Ferreira (21-11, 21-18)
Afonso/Resende 0-2 Lemos/Brito (14-21, 17-21)
Alvar/Leão 2-0 Pombeiro/Jardim
(21-13, 21-13)
2.ª Ronda
Simões/Moreira 2-0 Amante/Silveira (21-14, 21-16)
Melo/Reis 1-2 Bacciotti/Barros
(16-21, 21-14, 10-15)
Oliveira/Moreira 2-0 Lemos/Brito (21-16, 21-15)
Alvar/Leão 0-2 Pereira/Magalhães (13-21, 19-21)
Derrotados no ranking 9
Pombeiro/Jardim 2-0 Amante/Silveira (21-16, 21-15)
Quadro Feminino
1.ª Ronda
Hurst/Coelho 2-0 Carneiro/Mar
(21-13, 21-5)
Reis/Lopes 0-2 Ferreira/Loureiro (9-21, 13-21)
2.ª Ronda
Rosas/Oliveira 2-1 Hurst/Coelho
(19-21, 21-11, 17-15)
Teixeira/Marques 0-2 Resende/Paquete (14-21, 10-21)
Esteves/Gonzalez 2-1 Vicente/Tinoco (21-16, 23-21, 15-13)
Ferreira/Loureiro 0-2 Freches/Luana (12-21, 16-21)
Derrotados no ranking 9
Reis/Lopes 0-2 Hurst/Coelho
(20-22, 10-21)
Carneiro/Mar 0-2 Ferreira/Loureiro (12-21, 17-21)
3.ª Ronda
Rosas/Oliveira 2-0 Resende/Paquete (21-17, 21-16)
Esteves/Gonzalez 0-2 Freches/Luana (13-21, 17-21)
Derrotados no ranking 7
Hurst/Coelho 2-0 Teixeira/Marques (21-14, 21-10)
Vicente/Tinoco - Ferreira/Loureiro
Lesão equipa A
Derrotados no ranking 5
Hurst/Coelho 0-2 Esteves/Gonzalez (19-21, 16-21)
Ferreira/Loureiro 1-2 Resende/Paquete (13-21, 22-20, 7-15)
Meia-Final
Rosas/Oliveira 2-1 Esteves/Gonzalez (21-13, 17-21, 16-14)
Freches/Luana 0-2 Resende/Paquete (15-21, 16-21)
3º/4º Lugar
Esteves/Gonzalez 2-1 Freches/Luana (15-21, 21-15, 15-10)
Final
Rosas/Oliveira 2-0 Resende/Paquete (21-18, 21-10).
26 Classificados
AÇORIANO ORIENTAL
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Ponta Delgada
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AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Transportes
MOVIMENTO MARÍTIMO
MUTUALISTA
CORVO A navegar dos Açores
para Leixões
FURNAS Em Ponta Delgada, saindo
às h para a Praia da Vitória
TRANSINSULAR
MONTE GUIA - Em viagem de Leixões
para Ponta Delgada chegando hoje
INSULAR - Em viagem de Ponta
Delgada para Caniçal e Lisboa
CHEM DAISY - Na Horta
AMETYSTH - Em Ponta Delgada
PARECE MACHADO
BAÍA DOS ANJOS Em Ponta Delgada
com saída para Vila do Porto
BOXLINES
MADEIRENSE  - Em Lisboa largando
para Leixões
PONTA DO SOL - Em Ponta Delgada
largando para Praia da Vitória
MOVIMENTO AÉREO
SATA AIR AÇORES
Aeroporto de Ponta Delgada:
PARTIDAS: Às h, 1h, 1h,
1h, 1h, 1h para Terceira; às
h, 1h para Horta; às h,
1h para Santa Maria; às h
para Flores; às h1 para Pico; às
1h para S. Jorge;
CHEGADAS: De Santa Maria às h,
h; da Terceira às h, 1h,
1h, 1h1, 1h, 1h, 1h; da
Horta às 1h1; do Pico às 1h; das
Flores às 1h; de S. Jorge às 1h
Aeroporto da Terceira:
PARTIDAS: Às h, 1h, 1h,
1h, 1h, h para Ponta Delgada; às 1h, 1h para Horta; às
1h, 1h para Graciosa; às 1h
para Pico; às 11h para S. Jorge;
CHEGADAS: Da Horta às 1h, 1h;
da Graciosa às 11h, 1h; de Ponta
Delgada às h, 1h, 1h,
1h1, 1h, h; de S. Jorge às
1h; do Pico às 11h
Aeroporto da Horta:
PARTIDAS: Às 1h, 1h para Terceira; às h para Corvo; às 1h1,
1h para Ponta Delgada; às 11h
para Flores;
CHEGADAS: Da Terceira às 1h; de
Ponta Delgada às h, 1h; do
Corvo às 1h; das Flores às 11h1; da
Terceira às 1h
AZORES AIRLINES
Aeroporto de Ponta Delgada
PARTIDAS: Às h, 1h, 1h
para Lisboa; às h para Porto; às
h para Funchal/Faro; às 1h1
para Boston; às 1h para Toronto;
CHEGADAS: de Boston às h; de
Lisboa às h, 1h; do Porto
às1h; de faro/Funchal às 1h
TAP
PARTIDAS: Às 1h1 para Lisboa;
CHEGADAS: De Lisboa às 1h
RYANAIR
PARTIDAS: Às h, 1h para Lisboa; às 1h para Porto;
CHEGADAS: De Lisboa às 1h1h;
do Porto às 1h1
Farmácias
PONTA DELGADA
CENTRAL
Rua Marquês da Praia
Telefone:  11
RIBEIRA GRANDE
MISERICÓRDIA
Rua de São Francisco
Telefone:  
VILA DO PORTO
AVENIDA SANTA MARIA
Rua Avenida Santa Maria
Telefone:   1
Bilheteiras
COLISEU MICAELENSE
.ª a ª das 1h às h
Sábado das 1h às h
Telefone:   
TEATRO MICAELENSE
Terça a sábado das 1h às 1h
Nos dias de espectáculo das 1h
às 1h - Telefone:   
TEATRO RIBEIRAGRANDENSE
Seg. a sex. - h às 1h,
ininterruptamente
Telefone:   /  1
Telefones úteis
296 205 500
296 629 757
PSP
Ponta Delgada
Serviço
S.O.S. Mulher
296 638 001
296 306 580
SEPNA/GNR
Dias úteis (horário de serviço)
GNR
Fora das horas de expediente
296 301 301
808 246 024
Bombeiros
Ponta Delgada
Linha
Saúde Açores
296 203 000
296 285 399
Hospital
Ponta Delgada
APAV
Ponta Delgada
296 281 777
296 205 246
Marinha - Salvamento
Ponta Delgada
Polícia Marítima
Ponta Delgada
Museus
MUSEU CARLOS MACHADO
NÚCLEO DE ARTE SACRA
NÚCLEO DE STA. BÁRBARA
De ª a domingo das 1h às 1h (última entrada às 1h)
PÓLO MUSEOLÓGICO DO COLISEU
MICAELENSE
Visita sujeita a marcação prévia 
SINAGOGA DE PONTA DELGADA
Segunda a sexta das 1h às 1h1
MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE
Segunda a sexta das h às 1h
MUSEU VIVO
DO FRANCISCANISMO
Segunda a sexta das h às 1h
CASA DO ARCANO
NA RIBEIRA GRANDE
Segunda a sexta das h às 1h
MUSEU DA EMIGRAÇÃO
DA RIBEIRA GRANDE
Segunda a sexta das h às 1h
ARQUIPÉLAGO – CENTRO DE ARTES
CONTEMPORÂNEAS
De terça-feira a domingo das 1h
às 1h; Rua Adolfo Coutinho
de Medeiros, s/n - Ribeira Grande
CASA DOS VULCÕES
Atalhada, Rosário,  Lagoa
MUSEU DO TABACO DA MAIA
De segunda a sexta feira
das h às 1h;
sábado às 1h e das 1h às 1h
MUNICIPAL VILA FRANCA
DO CAMPO
De ª a ª feira das h às 1h
e das 1h às 1h; sábado
e domingo das 1h às 1h
MUNICIPAL NORDESTE
De segunda a sexta feira das h
às 1h e das 1h às 1h
MUSEU DO TRIGO DA POVOAÇÃO
De ª a sexta das h às 1h
sábado, domingo e feriados
das 11h às 1h
MUNICIPAL LAGOA
De ª a ª feira das 1h às 1h
1h às 1h
Sábado: 11h às 1h
Segunda: Encerrado
CASA DAS MEMÓRIAS
De ª a ª feira das 1h às 1h
1h às 1h
Sábado: 11h às 1h
Segunda: Encerrado
MUSEU ETNOGRÁFICO
DO CABOUCO
De ª a ª feira das 1h às 1h
1h às 1h
Sábado: 11h às 1h
Segunda: Encerrado
MERCEARIA CENTRAL
CASA TRADICIONAL
De ª a ª feira das 1h às 1h
1h às 1h
Sábado: 11h às 1h
Segunda: Encerrado
(Visitas mediante marcação prévia)
MUSEU MILITAR
DOS AÇORES
De ª a ª feira das 1h às 1h
sábado e domingo das 1h às 1h
e das 1h às 1h
Encerrado aos Feriados
NÚCLEOS MUSEOLÓGICOS
RIBEIRA CHÃ
Visita Guiada: ª a ª das
h às 1h e das 1h às 1h
Cinema
Sorte
PROGRAMAÇÃO
TOTOLOTO (sábado)
Sorteio de 1 de julho
De 1 a  de julho
CINEPLACE
4
13
23
Sorteio de 1 de julho
SALA 
M/ “Angry Birds”: O Filme D (VP)
ª a ª sessões às 1h
N/A “A Lenda do Tarzan” D
ª a ª sessões às 1h, 1h, h*
N/A “A Lenda do Tarzan” D
ª a ª sessões às 1h
Sorteio de 1 de julho
SALA 
M/ “Á Procura de Dory” D (VP)
ª a ª sessões às 1h, 1h1,
1h, 1h
N/A “O Dia da Independência: Nova
Ameaça” D
ª a ª sessões às 1h, h1*
* Sessão válida sex, sáb e vésperas
de feriado
Bibliotecas
PÚBLICA E ARQUIVO DE P. DELGADA
De ª a ª feira das h às 1h
Sábado das 1h às 1h
MUNICIPAL DE PONTA DELGADA
De ª a ª feira das 1h às 1h
ARQUIVO MUN. DE PONTA DELGADA
De ª a ª feira das h às 1h
e das 1h às 1h1
CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA
.ª feira das h às 1h; de .ª a .ª
feira das h às 1h e sábado
das 1h às 1h
MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE
De ª a ª feira das h às 1h
ARQUIVO MUN. DE RIBEIRA GRANDE
De ª a ª feira das h às 1h
MUNICIPAL DANIEL DE SÁ - R.GRANDE
De ª a ª feira das h às 1h
Missas
PONTA DELGADA
Matriz de ª a ª ., 1h, 1h;
sábado 1h, 1.; domingo 1h,
1h, 1h; Santuário do Santo Cristo
ª a ª h; domingo h, 1h;
S. Pedro ª a ª 1h; sábado 1h;
domingo 1h, 11h, 1h1, 1.;
Imaculado Coração de Maria ª a ª
1h; sábado 1h; domingo 1h;
S. José ª a ª 1h; sábado 1h; domingo 11h, 1h; Nª Srª de Fátima
Lagedo ª , a sábado às 1h, domingo
1h Santa Clara ª a ª às 1.; sábado 1.; domingo 1h e 11h; Clíni-
46
TOTOLOTO (quarta)
SALA 1
M/1 “A Canção de Lisboa” D
ª a ª sessões às 1h, 1h, 1h1,
1h1, h*
SALA 
M/ “O Amigo Gigante” D (VP)
ª a ª sessões às 1h, 1h, 1h
M/ “O Amigo Gigante” D (VO)
ª a ª sessões às 1h, h*
(sorteio )
28
22
25
30
JOKER
5260200
EUROMILHÕES
Sorteio de 1 de julho
38
+8
(sorteio )
41 + 1
(semana )
(sorteio )
NÚMEROS: 2 11 13 14 21
ESTRELAS: 1 8
LOTARIA CLÁSSICA
Sorteio de 11 de julho
1ºPrémio 11
ºPrémio 1
ºPrémio 11
LOTARIA POPULAR
Sorteio de 1 de julho
1ºPrémio
ºPrémio
ºPrémio
ºPrémio
1



Série Premiada: .ª
(semana )
€.,
€.,
€.,
(Extracção )
.,
.,
.,
1.,
MUNICIPAL DE VILA FRANCA
De ª a ª feira das h às 1h
MUNICIPAL DA POVOAÇÃO
De ª a ª feira das h às 1h
CENTRO DE MONITORIZAÇÃO
E INVESTIGAÇÃO DAS FURNAS
1 de setembro a 1 de junho: De ª a domingo das h às 1h e das 1h às
1h; 1 de junho a 1 setembro: De segunda a domingo das 1h às 1h
MORADA DA ESCRITA CASA
ARMANDO CÔRTES RODRIGUES
Horário: das 1h às 1h (terça,
quarta, sexta e sábado). E ncerrada:
domingo, segunda e quinta
SINAGOGA
De .ª a .ª feira das 1h às 1h1
MUNICIPAL TOMAZ BORBA VIEIRA
De ª a ª feira das 1h às 1h
e das 1h às 1h ao sábado
das 1h às 1h
ca do Bom Jesus sábado às 1h, Domingo às h; Saúde - Arrifes sábado
1h; domingo h, 1h;
Capela de São João de Deus -Fajã de Baixo sábado 1h; domingo 1h; Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima
Terça a sexta às h; sábado 1h;
domingo 11h; Nossa Senhora dos Anjos - Fajã de Baixo .ªs a .ªs 1.; sábado 1.; domingo h, 11h, 1h;
Clínica do Bom Jesus Sábado 1h; domingo h; Hospital Domingo
1h; Nossa Senhora das Mercês - Bairros Novos ª feira 1h; sábado 1h;
domingo às 11h; Nª Srª das Neves Relva sábado 1h; domingo 1.
Exposições
CASA DO ARCANO - RIBEIRA GRANDE
Exposição de pintura “Reflexos da Ilha”
da autoria de Patrícia Medeiros
CASA DA CULTURA CARLOS CÉSAR
Exposição de pintura “.” da autoria
de Martin Cymbron
CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA
Exposição de pintura “Puro Ouro ”
da autoria de Susana Lemos
CENTRO DE ESTUDOS NATÁLIA CORREIA
Exposição “Espelho Meu”
da autoria de Margarida Sousa
28 Passatempos
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Grau de dificuldade fácil
Grau de dificuldade médio
Sudoku
Sudoku
Infantil
111896
111528
Completar
a grelha de
forma a que
cada linha, cada
coluna e cada
uma das caixas
x contenham
todos os
números de 1 a .
Completar
a grelha de
forma a que cada
linha, cada
coluna e cada
uma das caixas
x contenham
todos os números
de 1 a .
KRAZYDAD.COM
Palavras cruzadas
HORIZONTAIS: 1. Príncipe indiano. Membro
da tribo de Levi. . Construção ou lugar
onde se recolhem ou criam pombos. Comissão Europeia do Turismo. . Digno de vénia
ou perdão. Indivíduo do povo (fig.). . Paraíso terreal no qual, segundo o Génesis, viveram Adão e Eva. Desumana. . Aguardente de cereais. Contr. da prep. de com o
art. def. o. Andar de um edifício. . Antigo
nome da nota musical dó. Interj. designativa de cautela. Palavra havaiana que designa
lavas ásperas e escoriáceas. A minha pessoa. . Género de macaco nocturno da
América Tropical. Milímetro (abrev.). Vurmo. . Género de algas verdes gelatinosas
a que pertence a alface-do-mar. Projéctil de
arma de fogo. . Associação de Estudantes.
Encobrir (fig.). 1. Banco Português de Investimento. Sal do ácido gálico. 11. Rebocar.
Correia dupla que sustenta o estribo.
Pintar
Soluções
SUDOKUS 111895
VERTICAIS: 1. Peça direita, de madeira ou
outro material, para traçar linhas rectas.
Sistema de antibloqueio das rodas de um
automóvel. . Aprovado (abrev.). Expressão que se diz. Elemento de formação de
palavras que exprime a ideia de por cima
de. . Pessoa moça. Banto ou bantu. Caminhar. . Assentimento. Forma internacional de vóltio. . Biblioteca Nacional.
Oferece. Popularidade (fig.). . Não religioso. A maçã do rosto. . Prender-se
com elos. Antes do meio-dia (abrev.). Decilitro (abrev.). . Lente biconvexa que
aumenta muito os objectos à vista. Divindade dos Assírios e Fenícios. . Instituto
Camões (abrev.). Grito de dor ou de alegria. Acto de parir. 1. Epiderme, especialmente a do rosto. Capital da Coreia do
Sul. Suf. de agente ou profissão. 11. Prep.,
indicativa de limite. Atrever-se.
SUDOKUS 111527
PALAVRAS CRUZADAS:
HORIZONTAIS: 1. Rajá, Levita. . Pombal, CET. .
Venial, Zé. . Éden, Crua. . Gim, Do, Piso. . Ut,
Vá, Aa, Eu. . Aoto, Mm, Pus. . Ulva, Bala. . AE,
Toldar. 1. BPI, Galato. 11. Sirgar, Loro.
VERTICAIS: 1. Régua, Abs. . Ap, Dito, Epi. .
Jovem, Tu, Ir. . Ámen, Volt. . BN, Dá, Voga. .
Laico, Malar. . Elar, Am, Dl. . Lupa, Baal. . IC,
Ai, Parto. 1. Tez, Seul, Or. 11. Até, Ousar.
Horóscopo
POR MARIA HELENA MARTINS
TARÓLOGA
TEL. 210 929 000
SITE: www.mariahelena.pt
EMAIL: [email protected]
BLOG: http://concultoriodeastrologia.blogs.sapo.pt
Facebook: http://www.facebook.com/
MariaHelenaMartinsMHM
Carneiro 1/ a /
Caranguejo 1/ a /
Terá oportunidade de assumir
uma relação séria. Força! Irá sentir-se
em plena forma. Sinal de que a boa
alimentação está a dar frutos. Dia ótimo para trabalhar em equipa.
Período marcado pela depressão. Distraia-se com a sua cara-metade. Não se renda! Dê mais atenção aos
ouvidos. Vá ao médico. É importante
que seja cuidadoso nas atitudes.
Touro
1/ a /
A sua boa disposição ajuda a
manter a família unida e feliz. Vigie a
sua saúde. O excesso de atividades
pode desgastá-la. É provável que um
colega lhe peça ajuda. Seja generosa.
/ a /
Evite prender demasiado o
seu par. Amar é dar liberdade. Para diminuir o colesterol e melhorar a circulação coma amêndoas. Possibilidade
de fracassar numa tarefa.
1/ a /
Terá força para dar ânimo à
sua cara-metade que hoje pode estar
mais em baixo. Carneiro possui um
temperamento nervoso. Acalme-se.
Viva o agora.
/ a /
Poderá ter um sonho muito
bom. Previna infeções urinárias bebendo chá de barbas de milho. É certo
que anda com pouco dinheiro, mas
não perca a esperança.
Gémeos
Leão
Virgem
/ a /1
No amor está em alta! Faça
uma declaração ao seu amor. Se tem
tendência para sofrer de cãibras coma
mais amendoins e bananas. Provável
promoção na carreira.
Balança
Escorpião /1 a 1/11
Deixe os medos de lado e viva
a relação de forma intensa. Coma mais
grelhados e cozidos. Mantenha-se em
forma. Podem oferecer-lhe um novo
emprego. Cuidado com falsas ilusões.
Sagitário /11 a /1
Antes de atirar-se de cabeça
numa relação tente perceber se é correspondida. Cuidado com possíveis
problemas de olhos. As suas finanças
estão de boa saúde.
Capricórnio 1/1 a 1/1
Terá tendência para isolar-se.
Não o faça durante muito tempo. Se
anda com queda de cabelo, coma mais
passas e couves e tome um suplemento vitamínico.
/1 a 1/
Ofereça um presente ao seu
amor. Uma surpresa sabe sempre
bem. Nos dias mais quentes, opte por
refeições leves. Pense bem antes de
dizer sim a tudo.
Aquário
/ a /
Andará mais agitado do
que o habitual. Saia com as suas
amigas. Para aliviar as dores nos
pés mergulhe-os em água quente
com sal e vinagre.
Peixes
AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL
Meteo&Tv 31
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
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Lua Cheia
22/07
Q. Minguante
27/07
Humidade
para hoje
73%
prevista
amanhã
83%
Lua Nova
02/08
Índice UV
Efectivo de ontem
Previsto para hoje
Grupo Ocidental
10
10
Q. Crescente
10/08
Marés
Hoje Baixa-mar às 07h16 e 19h45
Preia-mar às 01h09 e 13h29
Grupo Central
Frente Fria
Frente
Quente
Frente
Oclusa
Frente
Estacionária
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.
.
.
.
1.
11.
1.
1.
1.
1.
1.
1.
1.
1.1
Bom dia Portugal
Mundo Automóvel
Bom Dia Portugal
 às 1
 às 11
Jornal das 1
Documentário
 às 1
Eixo do Norte Sul
 às 1
 às 1
1/
As Horas Extraordinárias
Números do Dinheiro
A economia não é uma ciência exata. O que revelam e o
que escondem os números?
O sobe e desce da econonia.
Os grandes negócios
. .º
Um novo programa de informação, para analisar, contar
ao detalhe e acrescentar novos dados sobre o assunto
do dia. Olhar a notícia sobre
todos os ângulos “.º”,
com Ana Lourenço
.  às 
.  Horas
Isóbaras
Alta
Pressão
Grupo Oriental
Períodos de céu muito nublado
com abertas.
Aguaceiros mais frequentes
na madrugada e manhã.
Vento noroeste moderado
(/ km/h), rodando para norte.
Mar cavado.
Ondas noroeste de 1 a  metros.
Períodos de céu muito nublado com
abertas. Aguaceiros.
Vento norte bonançoso a moderado
(1/ km/h).
Mar de pequena vaga a cavado.
Ondas noroeste de 1 a  metro.
19/24
23
Períodos de céu muito nublado
com boas abertas. Aguaceiros fracos.
Vento norte fraco a bonançoso
(/ km/h), temporariamente
de noroeste.
Mar encrespado a de pequena vaga.
Ondas noroeste de 1 a 1, metros.
Baixa
Pressão
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.
.
1.
1.1
1.
Amanhã Baixa-mar às 07h52 e 20h22
Preia-mar às 01h47 e 14h05
20/25
22
19/24
22
INFORMAÇÃO DA DIRECÇÃO REGIONAL DOS AÇORES DO INSTITUTO DE METEOROLOGIA
Nascer do Sol Pôr do Sol
às 21h02
às 06h34
Bom Dia Portugal
A Praça
Jornal da Tarde
Bem-vindos a Beirais
Água de Mar
Henrique convida Teresa
para sair, mas ela recusa e
diz que já combinou com Vicente. Henrique fica aborrecido... mas rapidamente ganha outro ânimo, com a
visita de Lúcia, a filha de um
amigo que vive no Dubai. Lúcia quer ser atriz e procura a
ajuda de Henrique para entrar na Academia.
1. Agora Nós
1. Portugal em Direto
Portugal em Direto é um espaço de informação nacional
1. O Preço Certo
1. Telejornal
. The Big Picture
1. The Voice Portugal 1 Compactos
. Guerra e Paz
. Batman - o Início
.1 O Chef
.1 Programa a designar
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. Zig Zag
11. A Fé dos Homens
1.1 Ciclismo: Tour de France
Etapa 1 (Direto)
1.1 Zig Zag
1. Academia de Dança
O Fim - Os exames acabaram
e, com uma noite livre, rapazes raparigas têm uma missão: provar que se conseguem divertir-se muito mais
quando estão separados
1. Inesquecíveis Viagens
de Comboio
. Jornal 
1. Hora da Sorte
1. O Palácio
. Escrito na Pedra
Milreu - Faro: Duas pedras
encontradas no Algarve referem-se a duas mulheres,
bem diferentes no seu estatuto social: uma escrava e
uma senhora
. The Coca-Cola Case
. A Entrevista
de Maria Flor Pedroso
. Whats Up - Olhar A Moda
. Totó ST no B. Leza
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.
.
.
1.
1.
1.
1.
1.
.
1.
.
.
.1
Edição Da Manhã
A Vida Nas Cartas: O Dilema
Queridas Manhãs
Primeiro Jornal
Dancin’ Days
Grande Tarde
I Love Paraisópolis
Jornal Da Noite
Coração D’Ouro
Duarte vai pedir satisfações
a Henrique e ele ainda faz
pior chamando estúpida a
Joana e acusando-a de estar
a inventar tudo. Duarte perde a cabeça e dá-lhe um
soco. Henrique responde na
mesma moeda e os dois acabam no chão. A luta só termina com a chegada de
William que pede a Duarte
para ir embora e manda
Henrique para o gabinete.
William lembra a Henrique
que ultimamente ele só atrai
problemas.
Rainha das Flores
Verdades Secretas
The Blacklist
Amigos Coloridos
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.
.1
1.
1.
1.1
1.
1.1
Diário Da Manhã
Você Na TV!
Jornal Da Uma
Deixa Que Te Leve
Mundo Meu
A Tarde É Sua
Massa Fresca
Diamantino entrega um telemóvel a Sebastião e este
promete ajuda-los a apanhar
Antónia. Diamantino diz que
virá outro agente para trabalhar consigo e avisa-o que
continua debaixo e olho. Sebastião promete cumprir
1. Jornal Das 
. A Única Mulher
1. Santa Bárbara
David vai com Francisca para
casa, depois do que se passou na Tasca. David está deliciado com o jantar que Francisca lhe prepara. David
pede desculpa a Francisca
por tê-la abandonado e revela que Sara está grávida
. Love On Top : Extra
. Querido, Mudei A Casa!
. Super Quiz
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SPORT.TV 1
1. Jogo de Preparação
Futebol
Sporting x PVS (1ª parte)
SPORT.TV 
1. Reverso da medalha
Informação
Carlos Lopes
Reverso
da Medalha Olímpico
SPORT.TV 
1. Water Sports World
Desportos Aquáticos
Magazine
SPORT.TV 
1. The Open - Golfe
The Open - º dia
SPORT.TV 
. Indy car
Desportos Motorizados
Streets of Toronto
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SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
www.acorianooriental.pt
Email: [email protected] Telefone: + 1    FAX: + 1   
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Flagrante
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EDUARDO RESENDES
O rei vai nu!
PONTO
DE VISTA
HERMANO
AGUIAR
POLÍTOLOGO
Homem
armado faz 4
reféns nos EUA
Um homem armado fez ontem reféns quatro pessoas, incluindo
uma rapariga de sete anos, num
restaurante em Baltimore, Estados Unidos, após uma perseguição pela polícia, afirmaram as autoridades locais.
Os agentes procuravam deter
o homem, que alegadamente era
suspeito num caso recente de violação, quando ele fugiu num carro. Na fuga, o carro em que seguia
chocou contra outro num cruzamento e o homem saiu a correr
em direção ao restaurante Burger King, onde se barricou com
os reféns. LUSA
RIBEIRA GRANDE
Festival de balões deu colorido especial ao campo municipal de jogos
Contrato de telecomunicações
possível sem fidelização
As operadoras de telecomunicações estão, desde ontem, obrigadas a oferecer contratos sem
qualquer tipo de fidelização ou
com seis e 12 meses de fidelização, em opção ao período máximo de 24 meses.
A alteração à Lei das Comunicações Eletrónicas entrou ontem
em vigor e é já considerada pela
DECO como “uma vitória para os
consumidores” e um reflexo de
um conjunto de reivindicações da
Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e de cerca de
270 mil consumidores, manifestadas numa petição (sobre a fidelização em 2013) e um abaixo-assinado (sobre refidelização em
2015). Em declarações à agência
Lusa, o jurista e coordenador do
departamento de estudos e apoio
ao consumidor da DECO, Paulo
Fonseca, descodificou o texto da
lei e disse que a única pretensão
que não foi acolhida na legislação
foi a redução do período máximo
de fidelização dos 24 meses, que
foi mantido, mas sublinhou terse encontrado uma forma de gaPUB
rantir a liberdade de fidelização.
“A alteração obriga todas as operadoras, para toda a sua oferta comercial, a disponibilizar vários tipos de fidelização”, ou seja, a
oferecer contratos sem qualquer
tipo de fidelização ou contratos
com seis e 12 meses de fidelização,
em opção à fidelização máxima de
24 meses, explicou.
Paulo Fonseca destaca também a maior transparência nos
contratos e que na fidelização “o
ónus é totalmente colocado no
operador”. LUSA/PF
Algo de inédito aconteceu na
vida político-social dos Açores
democráticos e autónomos. A
Câmara do Comércio e Indústria
dos Açores, a Federação Agrícola
dos Açores e União Geral dos
Trabalhadores – UGT Açores,
em véspera de eleições regionais,
vieram a público anunciar uma
“parceria para o desenvolvimento económico e social dos Açores”, contestando o modo com a
Região está a ser governada.
Numa Região em que os dias
são marcados por notícias de sismos, acidentes, suicídios, festas e
festivais, a atitude dos representantes dos empresários, dos agricultores e dos trabalhadores é
uma autêntica pedrada no charco.
E porque o fazem, deste modo
e agora?
Porque o modelo de desenvolvimento socialista está errado e
o governo está de costas voltadas para as pequenas e médias
empresas. Porque 60% dos agricultores estão à beira da falência, 71% das famílias açorianas
vive de rendimentos mensais inferiores a 530€. E porque os resultados na Educação nos envergonham.
E porque temos um governo
sem liderança, esgotado, gordo
e sem rumo. Mas, ao mesmo
tempo, arrogante, prepotente,
com uma atitude para com a sociedade civil que, por vezes, roça
a má educação.
E porque o rei vai, na verdade, nu.
PUB

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