Projeto para combater bullying chega a todas as escolas
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Projeto para combater bullying chega a todas as escolas
ANO CLXXXI . Nº 1 SEGUNDA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 1 O MAIS ANTIGO JORNAL PORTUGUÊS FUNDADO EM 1 POR MANUEL ANTÓNIO DE VASCONCELOS DIRETOR PAULO SIMÕES , € IVA inc. www.acorianooriental.pt Projeto para combater bullying chega a todas as escolas Um livro infantil escrito por duas psicólogas será distribuído por todas as escolas dos Açores para promover o combate ao bullying, que se revela em faixas etárias cada vez mais baixas. Professores e educadores passam a ter mais ferramentas para abordar o tema nas aulas PÁGINA PUB Regional Turismo inclusivo beneficia cem pessoas Cresaçor promove de julho a outubro mais de uma dezena de atividades adaptadas PÁGINA PUB Regional Cordeiro lembra que base precisa de soluções PÁGINA EDUARDO RESENDES Regional Açoriano campeão do mundo em Rosicolis Emanuel Medeiros, professor e apaixonado por Rosicolis, conhecidos por ‘pássaros do amor’, conquistou título de campeão do mundo com uma ave criada nos Açores PÁGINA Regional Artistas de ‘peso’ vão subir ao palco do Teatro PÁGINA Regional Rotary levanta a bandeira da paz PÁGINA PUB Desporto Juventude Ilha Verde conquista 3.ª Divisão Campeões dominam etapa nas Milícias Clube micaelense sagrou-se campeão, batendo o segundo classificado por 3.5 pontos PÁGINA Terminou ontem a etapa açoriana do Nacional de Duplas de Voleibol de Praia PÁGINA 2 Regional AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 DIREITOS RESERVADOS Orquestra Regional Lira Açoriana atua em setembro Ana Moura regressa aos palcos açorianos para apresentar o álbum “Moura” Palco do Teatro Micaelense receberá variedade de artistas e formatos nos últimos quatro meses deste ano JOANA MEDEIROS [email protected] Ana Moura, Aline Frazão, Mário Laginha, Pedro Burmester e Cristina Branco são alguns dos artistas que vão pisar o palco do Teatro Micaelense no último quadrimestre de 2016, encerrando, assim, mais um ano de espetáculos. Assim, setembro inicia-se com a atuação da Orquestra Regional Lira Açoriana, sob a orientação do Maestro Henrique Piloto, no dia 3 daquele mês, a partir das 21h30, seguindo-se no dia 16, pelas 21h30, a Sinfonieta de Ponta Delgada como projeto orquestral profissional da Quadrivium, com o intuito de dar continuidade à promoção dos jovens músicos açorianos na interpretação e composição do repertório que apresentam. Aline Frazão atuará no final de outubro Artistas de ‘peso’ no Teatro nos últimos meses deste ano Por sua vez, em outubro está marcado o regresso de Ana Moura aos Açores com dois espetáculos agendados para os dias 7 e 8, às 21h30, servindo o concerto para apresentar o seu novo álbum, “Moura”, juntando a voz da fadista a diversos compositores nacionais. Na noite de 29 daquele mês, pelas 21h30, será a vez de Aline Frazão, conceituada artista angolana no plano internacional, atuar no palco do Teatro Micaelense. Este concerto é um regresso da artista Milagres Paz vai levar ballet aos palcos do Teatro Micaelense aos palcos nacionais, numa vertente elétrica e acústica em simultâneo. Novembro é sinónimo da atuação de Dom la Mena, artista que se apresentou nos palcos do ‘Misty Fest’ no ano passado empenhando diversos instrumentos. Esta é uma atuação que marca a estreia do ‘Misty’ no arquipélago dos Açores, com data marcada para o dia 12 de novembro, às 21h30. O mês de novembro é também sinónimo da atuação de Mário Laginha e Pedro Burmester, num Laginha e Burmester farão concerto a dois pianos Cristina Branco encerra o último quadrimestre de atuações concerto a dois pianos, unidos por uma formação musical clássica, que irá ocorrer no dia 26 pelas 21h30 nos palcos do Teatro Micaelense, sendo Laginha um artista mais próximo do jazz e Burmester mais orientado para a interpretação de um repertório clássico. A 3 de dezembro, pelas 21h30, pisará os palcos da casa de espetáculos o bailado “Açores uma jornada de sonho”, a cargo da Companhia Ballet Teatro Paz. Neste caso trata-se de um espetáculo de celebração dos vinte anos da Companhia Ballet Teatro Paz, com a participação da bailarina Milagres Paz. A encerrar a programação de 2016 no Teatro Micaelense está Cristina Branco, que atuará no dia 17 de dezembro, pelas 21h30, apresentando ao vivo o seu novo trabalho de originais - “Menina” -, situado numa área de fortes raízes conservadoras e tradicionalistas como é o caso do fado, alicerçada no profundo conhecimento dos poetas e poemas que interpreta. PUB Regional 3 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 CRESAÇOR ARQUIVO AO/JOSÉ LUÍS GARCIA Várias atividades adaptadas decorrem até outubro Turismo inclusivo chega a mais de uma centena de pessoas Cresaçor promove de julho a outubro mais de uma dezena de atividades adaptadas para pessoas com necessidades especiais ANA PAULA FONSECA [email protected] A partir de hoje e até final de outubro, pessoas com necessidades especiais podem ter acesso a um conjunto de atividades adaptadas, sejam de caráter desportivo, social e/ou cultural promovidas pela Cresaçor, através da Agência de Turismo Inclusivo e Cultural. Surf, ioga, passeios pedestres em joillette, descida em cadeira de rodas, mergulho, paratrike, escalada, equitação e canoagem, são algumas das atividades que a cooperativa de economia solidária, através do seu projeto Azores For All – Atividades adaptadas, irá realizar. Com as inscrições ainda abertas, o programa para o corrente mês já está concluído (ver caixa). Este projeto, financiado em mais de três mil e 500 euros pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, pretende dar acesso ao lazer a pessoas com necessidades especiais residentes na ilha de São Miguel, indo ao encontro dos objetivos da marca Azores For All, registada pela Cresaçor enquanto empresa de animação turística promotora do turismo social e inclusivo na região. Projeto da Agência para Turismo Inclusivo e Cultural conta com o financiamento do Instituto Nacional para a Reabilitação Está prevista a participação de mais de uma centena de pessoas nas diversas atividades promovidas em parceria com várias entidades, entre elas a Associação de Juventude da Candelária, a Norte Crescente, Best Spot, Exploradventure e a Escola Roberto Ivens. Desde 2005 que a Cooperativa Regional de Economia Solidária (Cresaçor) e, enquanto empresa de animação turística, através da marca Azores For All, tem vindo a implementar projetos destinados a pessoas com necessidades especiais. Foram já os casos do “Juventude em ação” e a valorização do mar dos Açores através da inclusão pela diferença e o BPI Capacitar, que permite a aquisição de equipamentos adaptados. Segundo a coordenadora da Azores for All, Manuela Soeiro, estas iniciativas têm vindo a revelar-se de “extrema importância para a melhoria da qualidade de vida do público alvo, assim como para o aumento do seu bem es- Atividades adaptadas arrancam hoje em vários locais Yoga 1 ou de julho no período da manhã (Local - Parque Urbano) Surf de julho às 1h (Local: Areal de Santa Bárbara) Mergulho 1, , , , e de julho a partir das 1h (Local – Piscinas da Lagoa) Equitação 1,1 e julho no período da manhã (Local – Parque Aventura – Pilar da Bretanha) Escalada 1 a de julho no período da manhã (Local – Escola Roberto Ivens) Canoagem 1 julho à tarde (Local – Sete Cidades) Roteiro Cultural de julho à tarde (Local – Ponta Delgada) Basquete Adaptado de julho (Local – Sete Cidades) Passeio joelette e jogos adaptados de julho (Local Sete Cidades) tar e autoestima enquanto cidadãos ativos”. A Cresaçor continua a ser a entidade pioneira no desenvolvimento de iniciativas de turismo social, cultural e inclusivo em São Miguel, possuindo uma equipa especializada, quer na Agência para Turismo Inclusivo e Cultural, em Ponta Delgada, quer no posto de ecoturismo Eco Atlântida, nas Sete Cidades. Desde a sua fundação, têm sido realizadas uma série de ações com o objetivo de qualificar e sensibilizar a população para a importância do turismo social; ações de formação para a qualificação de técnicos e simulacros para averiguar as barreiras físicas e comunicacionais, para além de aquisição de equipamentos destinados a quem tem mobilidade reduzida, como é o caso da cadeira de acesso à praia e a joellette, que é um equipamento de transporte todo-oterreno mono roda, que permite a prática de pedestrianismo e o acesso a áreas montanhosas, com pisos mais irregulares. PUB 4 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL PUB PUB Regional 5 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Paixão por ‘pássaros do amor’ valeu a açoriano título mundial EDUARDO RESENDES que mantém uma enorme paixão pelas sua aves. Emanuel Medeiros, professor na escola dos Ginetes, conquistou título de campeão do Mundo com uma ave criada nos Açores “Há vícios mais caros” A criação de aves é encarada como um desporto que obriga a manter uma rotina de cuidados diários. Emanuel Medeiros, professor do 1.º ciclo da escola dos Ginetes, explica que num dia normal demora cerca de 30 minutos a cuidar das aves, mas durante o fim de semana precisa de dedicar um dia em exclusivo para a limpeza e desinfeção dos viveiros e gaiolas. O clima nos Açores é bom para a criação destas aves, mas exige cuidados com a humidade. “Há criadores que se queixam que tiveram muitos ovos, mas vinham sem LUÍS PEDRO SILVA [email protected] A paixão de Emanuel Medeiros por Rosicolis, conhecidos por ‘pássaros do amor’, começou há 15 anos. Começou com um casal, quando ainda vivia na casa dos pais na Povoação, mas atualmente tem quase 100 aves. No início deste ano venceu uma medalha de ouro no Mundial de Ornitologia, realizado no Porto. Foi campeão do Mundo com uma ave num concurso que contou com 23 mil aves. Foi a terceira vez que um açoriano venceu um mundial de Ornitologia. “Não é fácil ser campeão do Mundo. É quase inédito porque se fosse fácil todos os anos tínhamos sempre títulos. Haver uma ave da Região campeã do Mundo num concurso com milhares de aves é um feito importante para todos os criadores de aves dos Açores”, destaca. Emanuel Medeiros enviou cinco aves para o Mundial e sabia que “tinha a possibilidade de ganhar”. “Se fosse para perder não ia mandar. Nós enviamos as aves para ganhar e sabia que tinha algumas boas aves. Quando chegaram os resultados fiquei muito feliz porque fui campeão do Mundo e porque as outras aves também ficaram bem classificadas”, conta. Emanuel Medeiros recebeu voto de congratulação da Assembleia Regional e foi condecorado pela Câmara da Povoação Ave de Emanuel Medeiros distinguiu-se num concurso com mil aves Para ser campeão do Mundo de Ornitologia é preciso investir no melhoramento genético das aves, através de bons cruzamentos e aquisição de boas aves a criadores do continente ou estrangeiro. A vitória no mundial desperta sempre o interesse de outros criadores na aquisição de aves, mas Emanuel Medeiros defende que “o dinheiro não é tudo. Prefiro manter as minhas aves em casa e continuar a desenvolver o meu trabalho”. Com a vitória no Mundial, Emanuel Medeiros recebeu os parabéns do presidente do Governo Regional, um voto de congratulação da Assembleia Legislativa dos Açores e foi condecorado pela Câmara Municipal da Povoação. “Isto significa que as pessoas estão atentas e fico agradecido pelas homenagens”, frisa o criador, crias. É preciso manter uma temperatura equilibrada e ter cuidado com a humidade. Aqui podemos criar as aves durante todo o ano, porque estas aves adaptam-se bem às temperaturas mais baixas registadas nos Açores”, refere. Neste momento existem cerca de 300 criadores registados na ilha de São Miguel, mas a maioria das pessoas não está registada e cria aves como um passatempo. “Penso que existem vícios mais caros”, salienta, acrescentando que estas aves apenas necessitam de uma gaiola, mistura de sementes, hortícolas, fruta e água limpa. Base das Lajes ainda necessita de “soluções concretas” O Presidente do Governo Regional reiterou que futuras cooperações com os EUA não fazem esquecer o presente e os impactos que derivam da redução militar na Base das Lajes, que “ainda necessitam de soluções concretas”. Vasco Cordeiro reuniu no sábado, na ilha Terceira, com uma delegação do Comité de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, um encontro que não foi divulgado e serviu para sensibilizar o grupo de 11 congressistas para a relevância estratégica que a Base das Lajes assume no âmbito do relacionamento entre Portugal e os EUA. Citado numa nota do Governo Regional, Vasco Cordeiro manifestou à delegação que está disponível e interessado em analisar e apoiar todas as potencialidades de cooperação entre os dois países, nomeadamente nas áreas da investigação oceanográfica, espacial e climática. Alertou, no entanto, que essa perspetiva de cooperação futura não pode fazer esquecer as necessidades do presente, que resultam dos impactos que derivam da redução do contingente norte-americano na Base das Lajes, que “ainda necessitam de soluções concretas, da responsabilidade de Portugal e dos Estados Unidos”. O Comité de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara dos Representantes dos EUA é a entidade que se encontra a desenvolver uma das investigações internas sobre os fundamentos do Pentágono para escolher como sede do Joint Analysys and Inteligence Complex (JAIC) a Base de Croughton, no Reino Unido. LUSA PUB Caixilharias * Portas * Janelas * Persianas, etc. etc. [email protected] 6 Regional AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 ANA CARVALHO MELO Rotary de Ponta Delgada focado na valorização da ética e paz Com o lema “Rotary ao serviço da Humanidade”, a presidente do Rotary Club de Ponta Delgada destaca a atenção que pretende dar à ética e à paz ANA CARVALHO MELO [email protected] Consciente dos diversos conflitos que caracterizam a atual situação mundial, o Rotary Club de Ponta Delgada vai, este ano, dar particular atenção às questões da ética e da paz. “O plano para 2016/2017 pretende ser uma referência distintiva no âmbito da ética, centrado na nossa família rotariana e na sociedade civil, relevando neste plano a importância da solidariedade como contributo para uma melhor harmonia na sociedade. A paz será também matéria da nossa atenção, no que diz respei- to à educação para a paz e à sua sensibilização como instrumento para o desenvolvimento humano”, afirmou Leonor Anahory, que no passado dia 4 de julho tomou posse como presidente do Rotary Club de Ponta Delgada, para o ano rotário de 2016/2017, sucedendo a Pilar Melo Antunes. Assim, num ano rotário cujo lema é “Rotary ao serviço da Humanidade”, a presidente do Rotary Club de Ponta Delgada realça que “só este grande objetivo encerra em si mesmo um grande sentido de responsabilidade que vai exigir ação aliada à reflexão”. Por outro lado, lembrando que os membros desta organização estão muito atentos à atualidade nacional e internacional, revelou que logo na cerimónia de transferência do ano rotário foi proferida uma palestra sobre ética em Rotary por José Braz, companheiro do Rotary. Segundo Leonor Anahory , outra meta para este ano do Rotary Leonor Anahory tomou posse este mês como presidente do Rotary Club de Ponta Delgada, para o ano rotário de 1/1 Club de Ponta Delgada é alargar o quadro social com rotários “que queiram fazer a diferença ao serviço do bem comum”. Também foi criada uma comissão para as novas gerações, dado que tem sido enfatizado pelos vários presidentes do Rotary Internacional e pelo Governador do Distrito 1960 a necessidade de atrair jovens ao movimento. Nesse sentido será criado, em Ponta Delgada, o Interact que é uma or- Renovado acordo coletivo de trabalho médico nos Açores Luís Cabral assinou alterações aos acordos coletivos de trabalho médico trabalho aplicáveis aos trabalhadores médicos com contrato individual de trabalho ao abrigo do Código do Trabalho, que exercem funções nas entidades públicas empresariais da Região Autónoma dos Açores, assim como da carreira especial médica aplicável aos trabalhadores médicos em regime de contrato de trabalho em funções públicas, foram assina- da vai também contribuir para o combate à poliomielite, que é uma meta deste movimento internacional. Como forma de contribuir para a erradicação desta doença, que atualmente só existe no Afeganistão e Paquistão, será realizado um jantar, no dia 28 de junho, durante a visita a São Miguel do Governador do Distrito 1960, que terá como enquadramento as festas do Espírito Santo. Freitas diz que responsáveis por má gestão devem sair GACS-AIC O secretário da Saúde dos Açores, Luís Cabral, assinou sexta-feira alterações aos acordos coletivos de trabalho com o Sindicato Independente dos Médicos e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, anuncia uma nota de imprensa do executivo regional. Com esta assinatura, em Angra do Heroísmo, “fica previsto no documento que as normas particulares de organização e disciplina do trabalho médico sobre a organização do trabalho médico, os intervalos de descanso, o regime de descansos compensatórios e o procedimento de fixação do horário de trabalho sejam objeto de acordo a celebrar entre as unidades de saúde e os sindicatos”, refere a mesma nota. O documento visa ainda a alteração no descanso compensatório obrigatório na prática do trabalho noturno aos médicos na Região Autónoma dos Açores. Os últimos acordos coletivos de ganização de jovens entre os 12 e os 18 anos patrocinada pelo Rotary, que tem como objetivo a ajuda à comunidade e o desenvolvimento de capacidades que serão úteis durante a vida pessoal e profissional. A atribuição de bolsas de estudo a estudantes desfavorecidos é outras das iniciativas que o Rotary Club de Ponta Delgada pretende dar continuidade. O Rotary Club de Ponta Delga- dos em 2012, abrangendo nesta data cerca de 390 médicos. Citado na mesma nota, o secretário regional da Saúde destacou ser “fundamental dar continuidade ao aperfeiçoamento deste instrumento de regulamentação sempre que possível, o que resulta do constante diálogo entre as organizações representativas dos trabalhadores médicos e a tutela”. LUSA O líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, defendeu que os responsáveis pela “má gestão dos stocks” piscícolas no arquipélago não devem continuar a gerir o setor a partir de outubro, considerando que “é possível fazer diferente”. “Nós estamos neste momento com dificuldades no âmbito dos stocks e é preciso reconhecer que houve uma má gestão dos stocks e essa má gestão tem responsáveis, que não podem continuar a gerir o setor das pescas”, afirmou aos jornalistas Duarte Freitas, à chegada para um encontro com pescadores de Rabo de Peixe, em São Miguel. Considerou importante a apresentação de um plano de recuperação dos stocks piscícolas no mar dos Açores junto das instâncias europeias, “para que os pescadores possam ser compensados com fundos europeus por paragens ou diminuições de capturas”. Para Duarte Freitas, antigo eurodeputado, que disse conhecer bem o setor e a vi- são em Bruxelas sobre o mesmo, “quando se atingem certos níveis o que há a fazer são planos de recuperação”, reconhecendo que há problemas ecológicos, de sustentabilidade e de “má gestão dos stocks”. Advogando que o setor precisa de “uma nova abordagem política”, lamentou os “problemas terríveis” por que passam muitos pescadores com rendimentos mensais de 100 euros, reiterando o compromisso de aumentar os rendimentos dos homens do mar e torná-los parceiros na definição das políticas para o setor, caso vença as eleições regionais. “Ao fim de 20 anos de regime socialista é possível fazer diferente e dar uma esperança a este setor, de maneira que se possa dignificar os pescadores, dando-lhes mais rendimento, mais formação e mais dignidade”, referiu Freitas, lembrando que é necessário reconverter alguma da frota para que se possa ir pescar noutras zonas. LUSA Regional 7 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 DIREITOS RESERVADOS Submarino tripulado ajuda a desvendar o mar Submarino “LULA1000”, operado pela Fundação Rebikoff-Niggeler, tem contribuído para mapear ambientes marinhos desconhecidos nos Açores LUSA Açoriano Oriental Professores e educadores com mais ferramentas para abordar o ‘bullying’ nas aulas Projeto leva livro de combate ao ‘bullying’ às escolas açorianas Livro infantil será distribuído por todas as escolas para ajudar a combater o ‘bullying’, que se revela em faixas etárias cada vez mais baixas LUSA Açoriano Oriental Um livro infantil escrito por duas psicólogas vai ser distribuído por todas as escolas dos Açores, para promover o combate ao ‘bullying’, que se revela em faixas etárias cada vez mais baixas. “Criámos esta história, ‘A Magia da Amizade’, muito também a pedido das escolas, porque, infelizmente, cada vez mais existem casos de ‘bullying’. Outra coisa que nós percebemos é que ocorre com crianças cada vez mais pequenas”, salientou, em declarações à Lusa, Cátia Oliveira, coautora do livro. Cátia Oliveira e Letícia Leal, psicólogas do Núcleo de Iniciativas de Prevenção e Combate à Violência Doméstica da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, começaram a criar histórias para crianças, há cinco anos, para tentar sensibilizar os mais novos para o problema da violência doméstica. Com o auxílio do ateliê de costura da Santa Casa da Miseri- córdia da Praia da Vitória, transformaram as histórias em espetáculos de fantoches, divulgando-as em várias escolas da ilha Terceira. O projeto começou a ter cada vez mais procura e foram surgindo novas histórias, que abordavam temas como a promoção da igualdade de género, a multiculturalidade, a inclusão, a promoção de afetos positivos e a prevenção da discriminação e violência. “Os fantoches surgiram como a forma mais apelativa e mais psicopedagógica de chegar às crianças. Nós, neste momento, com as histórias que temos desenvolvido, não nos restringimos tanto às crianças do pré-escolar, já está a alargar-se e vamos fazendo para um público quase dos zero aos 100, porque os idosos reveem-se também na forma como fazemos as histórias”, salientou Letícia Leal. A Direção Regional da Educação decidiu agora publicar a história ‘A Magia da Amizade’ em livro e distribuí-la por todas as escolas dos Açores, permitindo aos professores e educadores ter ferramentas para abordar o ‘bullying’ nas aulas. O livro tem ilustrações de dois alunos de artes do 11.º ano da Escola Secundária Antero de Quental, de Ponta Delgada, e o kit enviado para as escolas inclui ainda a história em versão simplificada, em versão reconto, em versão pictográfica SPC, em versão em braille, em audiolivro, em vídeo livro em linguagem gestual e um vídeo do teatro de fantoches. Segundo Letícia Leal, o kit vai permitir que a história chegue a crianças que nos espetáculos de fantoches não têm oportunidade de a compreender e dar materiais aos professores para que a mensagem chegue às nove ilhas dos Açores. “Nós damos o pontapé de saída. Depois, o grande trabalho de desconstrução das crenças, dos estereótipos, das questões da discriminação e da promoção da igualdade é feito com os professores e com os educadores”, frisou. Apesar do livro não abordar a questão da violência doméstica, em que as duas psicólogas trabalham, o ‘bullying’ pode também estar relacionado com esta problemática, segundo Cátia Oliveira. “Independentemente do nome que se dá e de onde é que a pessoa exerce essa violência, é fundamental começar-se a travar isso”, salientou, acrescentando que, por vezes, o ‘bullying’ nas escolas é praticado por crianças que já assistiram a episódios de violência doméstica. Para Cátia Oliveira é importante iniciar a prevenção do bullying nos colégios, porque, por vezes, há crianças com 3 ou 4 anos que, mesmo sem se aperceberem, “já têm comportamentos agressivos bastante vincados”. O submarino tripulado “LULA1000”, operado pela Fundação Rebikoff-Niggeler, tem contribuído para desvendar e mapear ambientes marinhos desconhecidos nos Açores, um mergulho a mil metros de profundidade que foi acompanhado pelo secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia. “A Fundação Rebikoff-Niggeler tem contribuído para afirmar os Açores como uma região marítima rica em biodiversidade e interessada em explorar e preservar o seu meio marinho”, afirmou Fausto Brito e Abreu citado numa nota do Governo Regional, acrescentando que “a exploração científica dos oceanos é hoje um objetivo que todas as nações, e regiões, marítimas estão empenhadas em cumprir”. A Fundação Rebikoff-Niggeler está sediada na ilha do Faial desde 1994 e foi considerada, em 2000, instituição de utilidade pública pelo Governo Regional. Após um mergulho no talude insular das Lajes do Pico a bordo do submarino “LULA1000”, um dos dez veículos tripulados existentes no mundo com capacidade para mergulhar a mil metros de profundidade, Fausto Brito e Abreu considerou que “o conhecimento científico dos ecossis- temas marinhos é o primeiro passo para se definir política marítima”. “O mergulho a 1.000 metros de profundidade permitiu observar e registar espécies e habitats sensíveis e ainda pouco conhecidos”, salientou o governante açoriano, frisando que “o mar profundo dos Açores, com milhões de quilómetros quadrados, esconde aos nossos olhos paisagens submersas que só há poucas décadas começámos a desvendar”. A Direção dos Assuntos do Mar tem colaborado com a Fundação Rebikoff-Niggeler, contratando 20 horas de imersão por ano ao submarino “LULA1000” para estudos oceanográficos. O submarino “LULA1000”, com capacidade para três tripulantes, está a ser usado para projetos de documentação e de pesquisa de espécies do mar profundo dos Açores, mas também para a realização de vídeos “de elevadíssima qualidade” dirigidos ao grande público, que “está cada vez mais desperto para a importância de conhecer e preservar as maravilhas naturais que o mar dos Açores encerra”. Várias cadeias internacionais de televisão já vieram ao arquipélago filmar os fundos submarinos. Destacou que os Açores são “no contexto nacional e internacional considerados uma potência em ciências do mar”, acrescentando que “o futuro centro de investigação internacional dos Açores, que incluirá o Observatório do Atlântico, dará uma maior centralidade e visibilidade às ciências do mar que se produzem na Universidade dos Açores e nos centros de investigação, como o IMAR e o Okeanos”. GACS - GM Submarino é dos poucos a poder mergulhar a mil metros de profundidade 8 Regional AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Entrevista DIREITOS RESERVADOS José Santos A definição vem do cantador ao desafio e Presidente da Associação de Cantadores e Tocadores ao Desafio dos Açores “O improviso é sinónimo de repentismo” PATRÍCIA CARREIRO Açoriano Oriental Percorre o mundo das cantorias desde os 11 anos. Como tem sido esta experiência? Posso dizer que a experiência foi e é extremamente enriquecedora. Poder partilhar ideias, poesia e amizade com os nossos verdadeiros poetas, “os Poetas do Povo”, é, sem dúvida nenhuma, uma dádiva de Deus. Todos nós precisamos de formação académica para enfrentar os desafios da vida moderna que, cada vez mais, está recheada de grande tecnologia. Por isso, devemos enfrentá-la com mais sabedoria, para uma vivência com mais dignidade. Porém, a escola que a vida nos dá na secretária dos coretos das festas das nossas ilhas foi e é muito importante para um equilíbrio emocional entre o erudito e o popular. A vida de um cantador tem por base o improviso. Como descreve esta capacidade de improvisar? Cantar de improviso não é mais nem menos que uma conversa rimada. O cantador já nasce, na minha opinião, com um dom para improvisar. Muitos conseguem descobri-lo, outros nem por isso. O improviso é um sinónimo de repentismo. Para quem tem o dom da rima é muito mais fácil fazê-lo cantando ao desafio. Os cantadores de cantigas ao desafio têm grande facilidade em juntar as palavras em sintonia com a rima, para uma rá- pida ligação de parcelas recheadas de poesia, para a composição de uma quadra, sextilha e até oitava, em verdadeiro abraço harmónico com a rima, a poesia e o tema em que se discute. Há pouco tempo elogiaram-no com uma coleção de textos de cantadores, na qual o denominam de “o elo dos cantadores”. Porquê? A publicação do livro “O elo dos Cantadores” foi ideia do meu amigo e escritor José Liduíno Borba que, depois de uma pesquisa feita pelos Açores e pela América do Norte, concluiu que “fui culpado” pela aparição de vários novos cantadores quer na diáspora, quer nos Açores. De facto, tenho feito o que posso para ligar a antiga e a nova geração de cantadores, para que possam aparecer os novos e, consequentemente, os mais antigos possam partilhar ideias com eles. A sua carreira já passou pela rádio, pela restauração, entre outras áreas. Cresceu profissionalmente com todas elas? Sim, cresci e continuo a crescer, pois a escola da vida dá-nos grandes ensinamentos. Quem, em qualquer área profissional se aplica diariamente, só tem a ganhar. Ainda hoje penso com muito carinho nos anos em que estive na Rádio e o bichinho está sempre cá dentro! Continuo a gostar de restauração, embora já não exerça a atividade. O José viveu a emigração em 1989. O que nos pode contar sobre esta fase da sua vida? “Todos aqueles que sentem ter um dom para cantar, devem aparecer” Foi a fase mais complicada da minha vida. Ora imagine! Um homem vive até aos 22 anos nos Açores, está enraizado com tudo o que lhe rodeia e de repente parte para outro país, outra cultura, outra língua, outras pessoas. É complicado! Mas foi também a melhor parte! Talvez a mais enriquecedora, pelo facto de ter tido a possibilidade, enquanto Imigrante, de valorizar tudo quanto havia deixado para trás e, por essa razão, ter contribuído para que, na cidade onde estava a viver e na comunidade onde estava inserido, pudesse fazer algo pelos Açores e pelos açorianos. Cada vez mais se encontram cantadores ao desafio. Parece-lhe mais uma moda ou novos talentos a surgir? É evidente que nos últimos anos tem aparecido uma nova geração de cantadores que vieram trazer um “ar fresco” às cantorias. Secretário-geral do PCP defende reavaliação das quotas leiteiras O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu a necessidade de uma reavaliação das quotas leiteiras, considerando que PS, PSD e CDS têm “um certo peso na consciência” nesta matéria. “Era preciso uma reavaliação e uma reconsideração em relação à questão das quotas leiteiras”, afirmou Jerónimo de Sousa, após uma reunião com elementos da Associação dos Jovens Agricultores do Faial, nos Açores, onde aler- tou para a importância da atividade na região e “as consequências económicas que poderiam advir do encerramento de muitas unidades produtivas”. Aos jornalistas, o dirigente comunista considerou ser inaceitável que dos poucos setores em que o país é autossuficiente e “o único setor que pode garantir o escoamento da produção, tem aqui uma dificuldade incontornável, que é a política das grandes superfícies” e “uma certa desresponsabilização do Estado”. “Com o fim das quotas leiteiras, nós hoje temos um problema que é o compromisso assumido pelo PSD, pelo PS e pelo CDS na abolição das quotas, digamos que têm um certo peso na consciência e, por isso, não agem, do nosso ponto de vista, em conformidade”, salientou. Para Jerónimo de Sousa, a União Europeia geriu mal este processo. “Decidiram abolir as Não creio que seja moda, são mesmo novos talentos a surgir. Que mensagem pode deixar aos talentos cantadores que se sentem reticentes em apresentarem-se como cantadores? Todos aqueles que sentem ter um dom para cantar, devem aparecer, pois só subindo a um palco, na companhia de outro cantador mais experiente, podem dar largas à imaginação e partilhar com o povo tudo quanto lhe vai na alma. A avaliação é feita pelo povo e logo se vê se há ou não futuro, se deve ou não continuar. A Associação de Cantadores e Tocadores ao Desafio dos Açores está sempre atenta quando aparecem novos valores, e os seus dirigentes dispostos a fazer tudo para que cada vez mais a nossa juventude se entregue a essa nossa tradição que canta os Açores. quotas e falaram na necessidade de uma aterragem suave depois do fim das quotas, a verdade é que, no plano da monitorização, no plano da regulação, não surgiu nada que desse garantias de continuidade deste setor tão importante que é o setor leiteiro”, frisou o dirigente comunista. Segundo o secretário-geral do PCP, o país não tem que aceitar as imposições da União Europeia. “Temos que procurar do ponto de vista nacional corresponder àquilo que todos proclamam, que é a necessidade de mais crescimento e mais desenvolvimento económico, produzir mais riqueza para criar mais emprego”, referiu, no- tando que, “quando há um caso concreto onde isso era possível”, assiste-se “a esta incerteza que tanto preocupa quem trabalha no setor”. Para Jerónimo de Sousa, é igualmente necessário “impedir que as grandes superfícies usem e abusem das promoções para meter leite estrangeiro nas suas prateleiras”, que é resultado “de excedentes de países, designadamente de países do norte, da Alemanha, da Polónia, dos países nórdicos”. “É evidente que quem entra no supermercado vê o leite mais barato compra esse leite”, declarou, sustentando, contudo, que “arruína a produção nacional”.LUSA AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Publicidade 9 10 Regional AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 ARQUIVO AO Governo realiza visita estatutária a Santa Maria Governo dos Açores está hoje e amanhã na ilha de Santa Maria para a última visita estatutária desta legislatura ANA CARVALHO MELO [email protected] O Governo dos Açores inicia hoje a visita estatutária à ilha de Santa Maria, durante a qual será inaugurado o Centro de Processamento de Resíduos, adjudicada a empreitada de conclusão do Loteamento do Outeiro e visitadas obras em curso, como a re- modelação do Quartel dos Bombeiros e a ampliação do Lar de Idosos. Segundo nota do executivo açoriano, o programa desta visita estatutária - que estava inicialmente prevista para os dias 6 e 7 de julho, mas teve que ser adiada devido ao cancelamento da ligação aérea por razões meteorológicas - também inclui um período em que os membros do Governo dos Açores estarão disponíveis para receber as pessoas que lhes pretendam colocar as suas questões diretamente, numa iniciativa que visa reforçar a política de proximidade com os açorianos promovida pelo Executivo. Última visita estatutária desta legislatura, a Santa Maria, inicia-se hoje Hoje, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, visita as obras em curso de remodelação e ampliação do Quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, orçadas em mais de 700 mil euros, se- guindo depois para a inauguração do Centro de Processamento de Resíduos e de Valorização Orgânica desta ilha, após o que reunirá com as direções da Associação Agrícola e da ARCOA e com agricultores marienses. Ao princípio da tarde, o presidente do Governo visita as obras em curso para ampliação do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto, que vão permitir aumentar a sua capacidade para 42 utentes, num investimento superior a 250 mil euros. Ainda hoje terá lugar a habitual reunião do Governo dos Açores com o Conselho de Ilha, assim como a reunião do Conselho do Governo. Amanhã, Vasco Cordeiro preside à cerimónia de adjudicação da empreitada de conclusão do Loteamento do Outeiro, durante a qual será também assinado um protocolo com o Recolhimento de Santa Maria Madalena para a reabilitação de habitações e autorizados processos de recuperação de habitação degradada, num investimento global superior a 240 mil euros que vai beneficiar mais de uma dezena e meia de famílias. Ainda de manhã, o presidente do Governo reúne-se com a direção da Associação de Pescadores e com pescadores marienses. O programa desta visita estatutária inclui ainda, como habitualmente, visitas dos membros do Governo a diversos investimentos em curso, além de reuniões com várias entidades. PUB Opinião 11 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 + software - hardware O Açoriano Oriental iniciou um zonte temporal ideal” para a sua novo ciclo de conferências com concretização. Partindo do a apresentação, no passado dia pressuposto, tal como no passa11 de julho, de: “Açores 2027 do, que o (des)povoamento das Contributos para o Roteiro do ilhas será dos maiores desafios Futuro”, protagonizada pelo que teremos de enfrentar. economista Paulo Madruga, sóA este, eu acrescentaria outro, REPÓRTER X ALEXANDRE cio da Sociedade de Consultores o das alterações climáticas, que PASCOAL Augusto Mateus & Associados, já se fazem sentir com uma GESTOR /PRODUTOR na qual abordou uma série de enorme agressividade na erosão CULTURAL assuntos que são hoje notícia costeira e em fenómenos climámas que acabam, quase sempre, ticos extremos. E convém percepor não ser debatidos. bermos que, perante a força da natureza, Perante um conjunto significativo de há situações que não são passíveis de corstakeholders da sociedade micaelense, o rigir ou de repor. orador desferiu algumas ‘provocações’, Paulo Madruga deu, ainda, algumas para utilizar uma terminologia com a pistas sobre como devíamos realizar esta qual adjectivou alguns dos pontos que focaminhada, na tentativa de evitarmos recou. E foram cinco, a saber: “um novo caplicar situações que fracassaram no pasminho de articulação entre a competitivisado recente, prosseguindo este trilho dade e a coesão; a valorização do com recurso à “qualidade das ideias” princípio da diferenciação territorial mais do que pelas “infraestruturas”, aplicomo factor de sucesso; a incorporação de cando uma lógica de “mais software e conhecimento e inovação afirmando o camenos hardware”, numa aposta directa e rácter distintivo da Região e as preocupaconcreta nos sectores em que açorianos ções da sustentabilidade ambiental; o fa“sabem fazer melhor” ou naquilo que vorecimento e incentivo à componente “têm de melhor para oferecer”, como a imaterial do desenvolvimento e a alteraagricultura, a pesca, ou o turismo. ção da organização dos Açores, promoEm síntese, Paulo Madruga, natural da vendo sinergias regionais e um modelo de ilha do Faial, foi peremptório quando governação que valorize a dimensão da afirmou que: “está na altura de perceberilha e a articulação funcional entre ilhas, mos que as ilhas não são todas iguais, que bem como entre a administração regional têm vocações diferentes e conseguem e local” (Açoriano Oriental, 12/07/2016). coisas diferentes, mesmo as ilhas mais A ideia da criação de um Roteiro do pequenas” e que “o tempo de cobiçar Futuro para a Região que culmine em aquele equipamento ou aquela infraes2027 (não confundir com a candidatura trutura porque o outro também a tem de Ponta Delgada a Capital Europeia da deve ser um tempo do passado” (AçoriaCultura) tem por base os 600 anos da no Oriental, 12/07/2016). descoberta dos Açores (1427) e é, no enNão quero parecer presunçoso mas altendimento de Paulo Madruga, o “horigumas destas ideias não me são estranhas. Nos últimos anos, tenho vindo a discorrer sobre muitas delas em diferentes plataformas e nos muitos caracteres que acumulo na colaboração com este jornal. Considero que, mais do que sinalizar e diagnosticar os problemas, muitos deles amplamente diagnosticados, começa a ser verdadeiramente urgente passar das palavras aos actos e operacionalizar medidas e estratégias de (e com) futuro. Recupero o que aqui escrevi em Maio de 2013: “Os Açores são nove realidades distintas. E no interior de cada uma delas encontramos muitas mais. Considerar exequível a harmonização de costumes, práticas e modelos económicos é reduzir à indiferença as idiossincrasias que tanto apregoamos ter, anular as vicissitudes distintivas de cada ilhéu e acirrar a mesquinhez e os bairrismos que muito contribuem para a desarmonização arquipelágica.” Há quem procure na acção política uma desculpa (esfarrapada) para as suas limitações e incapacidades. Para mim a leitura é aparentemente simples: “o maior problema da nossa paisagem (…) é cultural e não o de uma determinada hegemonia política” (António Guerreiro in Ípsilon, 15/07/16). PS: Paulo Madruga partilhou com a plateia a sua estupefacção perante a quantidade de eventos em São Miguel, todos em simultâneo, no fim-de-semana que antecedeu esta conferência. Uma entrada pertinente e sobre a qual darei nota nas próximas semanas. Por opção, o autor escreve segundo a antiga ortografia O marketing. E o lesbianismo Marketing. Cada vez mais menos gosto. Sempre senti o paladar da clara noção de o motor propulsor dessa área assentar em criar nas pessoas uma necessidade que não tinham, fazendo-as entendê-la como intrínseca e primordial. Germinando com saúde essa carência, é momento de a revestir de adornos o mais apelativos à moda possível, e seguramente o produto terá sucesso. Além da moda, há outros recursos que todos nós conseguimos reconhecer com facilidade, como o humor e/ou emotividade. Quanto à ferramenta humorística, essa até absolvo tolerantemente; o recurso à emotividade é-me difícil tolerar realmente – remexer, expor e manipular os sentimentos mais crus e sensíveis das pessoas apenas para vender de forma massificada qualquer coisa (muitas vezes sem importância) não é propriamente uma atitude nobre. Não a meu ver. Outro recurso potencialmente fomentador de interesse e vendas subsequentes é o sexo, isso já todos nós sabíamos. Porém já há algum tempo tenho vindo a notar várias sugestões de lesbianismo inerentes a campanhas publicitárias, que parecem vir a acentuar-se com mais inci- dência recentemente. Antes que mulasse. O problema? As mulheeu continue a minha apreciação res são vistas como isco. Como sobre estes métodos, quero resmercadoria. Como carne para casalvar com veemência (!)que nhão. Para atrair clientes, para não é de modo algum o lesbiavender. Vender: a própria terminismo autêntico que está em nologia implica tudo. Até emprecausa nestes meus comentários. sas regionais já cedem a esta tenSOCIEDADE PAULA Acredito sem reserva alguma dência, no entanto desses já seria COSTA que o sexo/amor são bons, são de esperar qualquer coisa. ResulESCITORA perfeitos, seja qual for a prefetado de campanhas vulgares e FREE-LANCER rência de quem os pratica. O não muito recheadas de inteliamor e o sexo são bonitos, sejam gência, ano após ano não têm homossexuais ou não. O que não é efetiusado nada mais que carne feminina para vamente nada bonito é que se use uma atear as brasas dos churrascos de verão. diversidade pessoal para vender através Se por um lado estas tendências pudesda objetivação sexual das mulheres. sem ajudar a encarar a homossexualidade Como teima ser hábito, infelizmente. com mais espontaneidade, isso seria um As imagens exibem mulheres de pouca e ponto a favor. A homossexualidade existe diminuta roupa sugestivamente abraçadesde sempre e desde sempre que tentam das/enleadas umas nas outras, de lábios desmedidamente rejeitá-la num ritmo conjuntos por vezes, incutindo na imaginação traproducente. Por analogia, é como lutar com exuberância o que se passará entre contra a chuva: é absurdo, pois simpleselas mais tarde (que é provavelmente mente faz parte da natureza. Por outro lado, nada). Creio que até fora dos cartazes, pana homossexualidade que importa aceitar é a fletos e spots algumas possam ceder em faverdadeira, que nasce com o ser e derrama zê-lo para atrair possíveis parceiros; o que paixão e felicidade, não devendo ser reduzipenso que não se iria manifestar tão geneda ignobilmente a uma simulação hipócrita ralizadamente se o marketing não o estide propósitos pouco altruístas. Rotundas giratórias OUTRA CONVERSA HERMENEGILDO GALANTE TÉCNICO SUPERIOR A banalização do mal pegou de tal modo de estaca que varreu a memória política nacional. Já se consideram corriqueiras a falta de ética, de moral e de transparência na coisa pública. Do caso “Panamá papers” nem se fala. Do consórcio de jornalistas que o pôs a nu nada se ouve e da maior promiscuidade entre o poder político e o seu congénere financeiro, protagonizada por Durão Barroso, só agora nos chega um remoque de consciência do governo francês: “juridicamente é possível, mas moralmente é inaceitável”, diz o senhor Hollande. Por terras lusas o assunto mereceu o sentido orgulho do Presidente da República e os votos de felicidades do Primeiro-Ministro no cargo a ocupar pelo ex-presidente da Comissão Europeia. É saco roto, de facto, a “rotunda giratória” que levou Barroso a presidente da Goldman Sachs. E nesta servidão voluntária em que somos mais autistas e menos autónomos, vale mais o cadastro e menos o currículo. Passaram pano torcido sobre o percurso do ex-Primeiro Ministro visionário de armas químicas no Iraque e homem que abandonou o leme do País para ser gente na CE. As teorias da conspiração acerca de Bilderberg e do Fórum de Davos transitaram à realidade, por isso, já não incomodará muito ver um chefe da polícia terminar a sua comissão e aceitar o convite para “padrinho” da Máfia. E como a ética é um sonho e o povo será sempre o “velho do Restelo”, são poucos os que dizem sobre o jogo sujo da Goldman Sachs enquanto instituição financeira das mais poderosas do mundo. Ninguém diz dos políticos sem pudor que nela entram nem dos funcionários sem óbice que dela saem para a política. Calados, consentimos que gente desta estirpe domine os nossos destinos e remeta o nosso espírito crítico ao frigorífico. Gente que gosta de incriminar as vítimas e que para viver no seu paraíso não tem qualquer pejo a transformar-nos a vida num inferno. A escandalosa normalização das “rotundas giratórias” e o silêncio sobre elas é apenas a justificação de um macabro propósito para impedir a liberdade e tornar cada vez mais estranha a decência. 12 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL Opinião 13 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Uma banca bancária Na entrevista ao semanário Exres, sem rentabilidade. A obscepresso de 2 de Julho, o chefe de na luta pelo poder no BCP, em missão do FMI, Subir Lall, teve 2007, foi um embate de relações uma frase espantosa, muito ree compadres. Os problemas que veladora dos nossos problemas. assombram o Banif, o Montepio “Os bancos, de forma geral, não e a CGD, entre outros, resultam se focam no lucro. Parecem essobretudo da prioridade dada NÃO HÁ ALMOÇOS tar muito mais concentrados às influências, sacrificando a GRÁTIS numa actividade bancária asrentabilidade. Em todos estes JOÃO CÉSAR sente nas relações.” casos foi um conjunto de podeDAS NEVES Esta afirmação manifesta rosos (clientes e accionistas de PROFESSOR UNIVERSITÁRIO uma das questões centrais da referência, partidos, ministécrise. Primeiro, e apesar da rios, interesses ou sectores) que atenção às finanças públicas, recebeu empréstimos com base que estão muito mal, a nossa maior difiem garantias pessoais e pouca atenção ao culdade situa-se na economia produtiva, lucro. Enquanto a bolha enchia, tudo paainda mais endividada do que o Estado e recia fácil; assim que o inchaço parou, sem crescimento válido desde 2001. O desabou como um castelo de cartas. sector bancário, local onde os dois draMesmo agora, que a loucura terminou mas convergem, constitui um dos elee a realidade geme diariamente, o enviementos mais combalidos e perigosos da samento permanece. Os recentes temonossa conjuntura. Demorou tempo, mas res quanto à chamada “espanholização finalmente hoje todos entendem isto. da banca” nascem do mesmo. Diz-se teDe forma arguta, Lall identifica uma mer que a liderança castelhana não atendas causas decisivas: os bancos não se foda às especificidades das nossas emprecam na rentabilidade. E explica: “Censas. Mas quando a banca funciona com tram-se nos clientes prime, que em muibase no lucro a nacionalidade dos donos tos casos não querem os fundos (…) a das entidades financeiras é irrelevante: banca portuguesa parece assentar muito quem tiver bons projectos sempre consenas garantias pessoais.” guirá financiamento. Só que não é assim Uma breve inspecção às recentes catásque o sistema funciona entre nós. Somos trofes financeiras mostra essa verdade. O um país de compadres e “quem não tem caso BES é um exemplo extremo de padrinhos morre mouro”. Os padrinhos “clientes prime”, em particular familiamais valiosos são dos bancos. É precisa- mente por isso que a inevitável mudança da nossa elite financeira alarma tanta gente: precisamos de uma banca portuguesa para atender às tais particularidades das nossas empresas. Fica subentendido que uma dessas particularidades é não terem lucros, porque se os tivessem não seria preciso mais nada. Se as coisas são assim na banca, alegadamente economicista e mesquinha, como não andarão no resto da sociedade? Ouve-se a cada passo que não podemos ser dominados por interesses financeiros, devendo atender à complexidade política. A justificação é que as forças económicas são mecânicas, parcelares, avarentas e injustas, enquanto a política é democrática e representativa. Mas por cá a realidade é frequentemente a inversa. Quando os critérios são o lucro e a produtividade, todos aqueles que têm bons projectos, de qualquer origem e orientação, são atendidos. Na política nacional, pelo contrário, a democracia foi capturada por algumas forças e interesses, que dominam os aparelhos e monopolizam influências. Isso vê-se com toda a clareza nos debates correntes. O alegado fim da austeridade não significou mais investimento produtivo, mas obras públicas e créditos à habitação. As 35 horas de trabalho não são para os trabalhadores, mas para os funcionários públicos. As medidas políti- cas que dominam a agenda não se dirigem aos pobres, às empresas, ao desenvolvimento, mas ao consumo, aos pensionistas, empresas públicas, serviços do Estado e autarcas em campanha. Assim, a frase de Lall também se aplica com a mesma relevância aos dirigentes nacionais: não se focam na qualidade, progresso e eficácia, porque estão mais concentrados numa actividade política assente nas relações. A montanha de crédito malparado que se vem revelando na banca, e tem servido de matéria para o jogo de acusações mútuas das nossas elites, nasceu precisamente da influência exagerada dessas elites sobre as instituições de crédito. Agora outras elites estrangeiras irão comprar a banca lusitana, porque as nossas não têm capital para a sustentar. Esperemos que, finalmente, venhamos a ter um sector financeiro que cumpra a sua função, atendendo apenas ao que lhe compete: o lucro. Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico Diga Leitor Não faças mal Henry Marsh 1, um neurocirurgião inglês, é autor do livro cujo título inspirou o deste trabalho. De facto, muitas das suas afirmações são inspiradoras por serem verdadeiras e estimularem a pensamentos profundos e à tomada de atitudes responsáveis. A grande verdade, comum a todas as pessoas, é a de que os médicos cometem erros e, no caso dos neurocirurgiões, os seus erros poderem causar grandes sofrimentos aos seus pacientes. Segue-se o facto de os médicos não gostarem de dar a conhecer esses erros embora tais experiências pudessem ser úteis aos profissionais de saúde. Além disso, os próprios doentes e seus familiares devem ter consciência dos factos e “participar” no risco de tomar a decisão de avançar ou não para uma cirurgia, sabendo que, por vezes, podem ajudar os médicos em novas pesquisas e descobertas. Os heróis não se contam apenas entre os soldados que dão a vida pela sua Pátria. Eles estão presentes em cada episódio da vida. O Dr. Marsh alerta ainda para o risco de os médicos se coibirem de tratar os doentes quando são frequentemente incriminados por insucessos e pouco elogiados nos bons resultados. O sofrimento e a dor, são companheiros habituais da vida humana, e esta acaba em data imprevisível e de forma desconhecida, mesmo para aqueles que, supostamente, já têm os dias contados. Uma coisa é certa: mesmo no final da vida, existe ainda, de modo misterioso, a possibilidade de fazer-se mal ou bem: a vontade de oferecer ou reter o bem. Estas considerações podem ser aplicadas nas variadas circunstâncias da vida humana, e exclusivamente humana, pelo facto de os homens serem pessoas, isto é, seres capazes de pensar e decidir o que fazer face à sua experiência e conhecimentos. Podem, é certo, agir mal e ferir ou magoar outras pessoas. Porém, se amam a verdade e se esforçam por praticar o bem, os benefícios alcançados pelos seus atos serão muito superiores, em qualidade e em número, aos dos malefícios. Só os preguiçosos e cobardes não cometem erros. Quantas vezes não são esses mesmos erros os que incentivam ao trabalho, à pesquisa, à persistência, à coragem, à esperança de encontrar soluções e novos modos de agir? São vários os hagiógrafos que, certamente com boas intenções, tentam ocultar os defeitos dos santos cujas vidas descrevem. Perdese então a possibilidade de entender como conseguiram chegar à santidade, pois pode cair-se no erro de pensar que a prática do bem lhes era natural e fácil, o conhecimento da verdade lhes fora oferecido sem o esforço do estudo e que os trabalhos não os cansavam. Que ingenuidade! Os santos, os heróis, os investigadores... as pessoas correntes, enfim, sempre terão no seu currículo progressos e recuos, alegrias e tristezas, saúde e doenças, vitórias e derrotas. E são os momentos duros que desafiam a vontade humana a insistir e a arriscar-se em novas aventuras. O resultado tem sido encorajador e inspirador. Nunca é tarde para “arregaçar as mangas” e voltar ao trabalho. A preguiça é um mal, mesmo em tempo de férias. Fujamos dele. ISABEL VASCO COSTA Os textos enviados para publicação nas rubricas “Diga Leitor” e “Carta ao Diretor” devem indicar nome, morada e telefone. Não publicamos os artigos assinados com pseudónimos ou iniciais. O Açoriano Oriental reserva-se ao direito de selecionar ou resumir por razões de espaço ou clareza. Rua Dr. Bruno Tavares Carreiro, 34/36 - 9500-055 Ponta Delgada - São Miguel - Açores. Email: [email protected] Coordenadores Editoriais: Luís Pedro Silva C.P.: ; Paula Gouveia C.P.: Editores de fecho de Edição: Ana Paula Fonseca C.P.: 1; Paulo Faustino C.P.: ; Rui Jorge Cabral C.P.: Editor de fecho de Desporto: Arthur Melo C.P.: ; Editora de fecho de Nacional, Internacional, AOonline e Revista Açores: Ana Carvalho Melo, CP: ; Serviço de Apoio Editorial: Maria Cordeiro (Secretariado de Redação e Planeamento). Diretor Editorial: Paulo Simões C.P.: 1 ESTATUTO EDITORIAL: www.acorianooriental.pt/pagina/estatuto-editorial PROPRIEDADE: AÇORMEDIA, COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA E EDIÇÃO DE PUBLICAÇÕES, S.A. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Daniel Proença de Carvalho (Presidente) Victor Ribeiro, Pedro Gonçalves de Melo, José Carlos Lourenço e Pedro Coimbra (Administradores). Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ponta Delgada Capital Social € . - NIPC 1 Sede: Rua Dr. Bruno Tavares Carreiro, / - - Ponta Delgada, São Miguel - Açores Telef.: 1 (geral) Fax: Administração 1 - Redação: 1 Email: Administração: [email protected] Redação: [email protected] Diretor Administrativo e Financeiro: Daniel Correia Diretor de Publicidade: António Filinto Departamento de Produção: Amândio Botelho (Chefe); Carlos Sousa (Designer); Eduardo Resendes (Fotografia). Publicidade: Paulo Jorge (Chefe de Equipa de Vendas); Luísa Cabral (Produção). Impressão: Coingra, Lda. Sede: Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote - Ribeira Grande - S. Miguel - Açores. Distribuição: Notícias Direct e CTT Depósito Legal n.º 1/ Registo ERC n.º 1 (Açoriano Oriental) e n.º 1 (Açormedia, S.A.) - ISSN - Detentores com mais de % do Capital Social: Global Notícias-Media Group, S.A. (%), António Lourenço de Melo (1%) Tiragem média diária de junho 1: exemplares Governo dos Açores Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada Porte Pago Membro honorário da Ordem do Infante Dom Henrique Insígnia Autonómica de Mérito Cívico Medalha de Ouro do Município de Ponta Delgada 14 Opinião AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Aula Magna O PROF. VASCO GARCIA ASSINA A “AULA MAGNA” QUINZENALMENTE À SEGUNDA-FEIRA Baleias e balelas Considerar a morte de um cachalote no Pico, em 1987, um “ato heroico”, mostra falta de visão estratégica relativamente àquilo que foi uma demonstração primária de reacionarismo VASCO GARCIA PROFESSOR CATEDRÁTICO Em 24 de julho de 1987, o Diretor do Centro Regional dos Açores da RTP, Dr. José Maria Lopes de Araújo, enviou-me por carta um convite para presidir à sessão de encerramento da 3ª Mostra Atlântica de Televisão, a ter lugar na ilha de Santa Maria, entre 21 e 23 de agosto desse ano. Respondi aceitando e informando que “ estarei em Santa Maria no dia 22/Agosto/87, vindo de Boston via Terceira, regressando convosco a São Miguel no dia 24, às 9h00”. Sendo na altura o único deputado dos Açores no Parlamento Europeu, membro da respetiva Comissão do Ambiente e Vice Presidente do Intergrupo para a Proteção Animal (Animal Welfare) estava envolvido numa cruzada para defesa dos mamíferos marinhos. Esta luta durava desde o início do Instituto Universitário dos Açores e do seu Laboratório de Ecologia Aplicada, tendo começado pela denúncia das matanças de golfinhos, uma tarefa em que se empenhou corajosamente o Doutor Gérald Le Grand, meu ex-colega da Universidade de Marselha. Daí a ida a Boston e a Barnstable (Cape Cod) onde estava a sede do IFAW-International Fund for Animal Welfare, dirigido pelo meu velho amigo Brian Davies. Com o apoio do IFAW e do Parlamento Europeu, desde 1986 que procurava apoios para converter a caça ao cachalote, nessa época já moribunda, numa rentável atividade turística de observação de mamíferos marinhos, especialmente baleias e golfinhos. Tinha visto como essa verdadeira indústria funcionava ao largo de Cape Cod, quando comi malassadas e chouriço assado, cozinhados pela D. Deolinda a bordo do “Dolphin IV”, um dos barcos da frota do Capitão Avelar, um português originário da zona de Aveiro. Brian Davies e a sua equipa, nas reuniões que tivemos nesse agosto de há 29 anos, propuseram-me um apoio de algumas dezenas de milhares de dólares para permitir aos baleeiros do Pico cessar a caça e iniciar o “whale watching”. Feliz com o êxito da missão na América, aterrei de manhã em Ponta Delgada, para apanhar o Avro da SATA no voo SP211, com destino a Santa Maria e à 3ª MAT. No mesmo voo seguiu minha Mulher, que me esperava no aeroporto. O Avro ia cheio e iniciou a descolagem pouco depois das 10 horas, pilotado pelo Comandante Carvalhal, a cujo sangue frio e perícia devemos a vida. Com o avião a rolar, um autocarro atravessou a pista –e só a qualidade do piloto, aliada à maneabilidade da aeronave, evitou o desastre. O “Açoriano Oriental “ de 26/Agosto/1987 descreve tudo com detalhe, juntando o pormenor do condutor do autocarro ter acelerado e saído da pista, evitando o choque. Esta razão teria sido suficiente para que nunca mais esquecesse esse dia 22 de agosto de 1987, quando aterrámos sãos e salvos em Santa Maria, onde anunciei o sucesso da missão aos Estados Unidos. Mas logo no dia seguinte, um dos jornalistas da MAT veio dizerme que no Pico, tinham arpoado um cachalote, provavelmente em protesto contra a iniciativa de reconversão da atividade. A notícia chegou rápida a Brian Davies e ao IFAW, pelo que não me surpreendeu o telefonema que recebi 2 ou 3 dias depois, já em São Miguel, informando do cancelamento do apoio financeiro. Mesmo assim, não desisti – e em 4 de setembro, uma semana após o desastroso episódio da caça ao cachalote, o “Açoriano Oriental” noticiava na primeira página: “Vasco Garcia, cientistas estrangeiros e armações baleeiras reunidas no Pico”, com uma extensa descrição das reações internacionais ao gesto irresponsável de quem provocou a morte do fatídico cachalote. Que, quanto pude apurar, terá tido aproveitamento político que de nada serviu, a não ser atrasar meia dúzia de anos o início do “whale watching”, com graves prejuízos para os próprios picoenses. Passado mês e meio, tomei a decisão de solicitar no Parlamento Europeu um apoio de 100 mil contos (500 mil euros) para um programa plurianual de reconversão da caça à baleia, conforme noticiou este jornal, em edição de 20.10.1987. Curiosamente, certos setores políticos europeus que eram apoiantes da ideia, quando viram que ia ter sucesso, mudaram de sinal e opuseram-se, porque, afinal…a caça à baleia, nos Açores, era “pesca artesanal”. De nada lhes serviu, porque em 1992, fui procurado no meu gabinete de Ponta Delgada por Serge Vialelle, um francês empreendedor e arrojado que me pediu opinião sobre a criação da sua empresa de “whale watching” no Pico. Encorajei-o, dei-lhe algumas dicas e disse-lhe que se não fosse eurodeputado, fazia sociedade com ele, porque aquilo tinha sucesso seguro. Serge avançou – e assim nasceu a observação turística de mamíferos marinhos nos Açores. Hoje, esta verdadeira indústria vale muitos milhões de euros anuais, além de potenciar outras atividades marítimo-turísticas. Considerar a morte do cachalote no Pico, em 1987, “um ato heroico”, mostra falta de visão estratégica relativamente àquilo que foi uma demonstração primária de reacionarismo, o que foi feito pelo orador da conferência “Açores 2027-Contributos para o roteiro do futuro”. Aliás, na referida palestra, onde o convidado era suposto traçar metas e indicar caminhos para o aproveitamento futuro das oportunidades abertas pelos quadros europeus de apoio (2014/2020 e 2021/2027) pouco ou mesmo nada foi explicitado. Era importante que se tivessem abordado as perspetivas de financiamento do quadro comunitário 2021/2027, pois era isso que, considerando o tema e a expectativa criada, quase todos aguardavam. O “politicamente correto” do orador evitou essa parte polémica, porque fica cada vez mais evidente qual vai ser a situação daqui a 3 anos, quando alemães, franceses, holandeses e outros nórdicos acharem que o que resta dos PIIGS têm de ser castigados por não serem suficientemente rentáveis ao esbulho a que estão sujeitos. Um dos meios de “sancionar” é a via dos Fundos Estruturais, os quais prevejo serem grandemente reduzidos no horizonte 2027. Começam a existir sinais, com as famigeradas sanções da Comissão Europeia e da restante tropa de negócios. Quem se deu ao trabalho de ler o texto do chamado Tratado Orçamental de 2012, perceberá facilmente como foi montada a armadilha para encurralar os países endividados. Pior será se as nuvens negras que pairam sobre grandes bancos, como o Deutsche Bank ou o Santander, se adensarem e derem em chuva tóxica de contaminação global. São os caminhos de resposta a estas questões e às suas consequências nos Açores que se devem abordar, com ou sem baleias pelo meio. O resto são balelas. 15 Suplemento literário coordenado por Vamberto Freitas e Álamo Oliveira nº 1 | SEGUNDA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 1 A&L Nota de Abertura Os Açores noutras letras M A&L Ensaio José Martins Garcia e a literatura de guerra VAMBERTO FREITAS ulher de Porto Pim, de Antonio Tabucchi, é mais do que uma mera curiosidade da literatura de viagens referente aos Açores. Lê-lo em sequência e suspendendo no percurso dessas páginas as nossas próprias experiências de vida, ideias e noções históricas, que, de qualquer modo, são sempre e necessariamente provisórias, acompanhamos o autor na sua narrativa, que vai de ilha em ilha, Flores, Pico, São Miguel, e muito especialmente o Faial, algures entre a realidade e a ficção. O narrador nunca se assume como protagonista no que nos conta, retraindo-se como um ouvinte atento e interessado entre os que com ele tomam um copo, conversam, inventam ou reinventam as suas histórias, ora dramáticas ora cómicas, os seus momentos lúdicos nunca separados da luta pela vida em ilhas, que eram ainda por essa altura um mistério quase absoluto, mesmo para o restante país. Antes de alguns portugueses que escreveram sobre nós ao longo dos séculos, foram quase sempre os estrangeiros, em termos afectuosos ou difamadores, que nos lembravam nas suas obras. Da civilidade de uns irmãos Joseph e Henry Bullar, em Um Inverno nos Açores e Um Verão no Vale das Furnas, e de Albert, Príncipe de Monaco, em La Carrière d’un Navigateur, (ambos mencionados por Tabucchi) à barbaridade racista de um Mark Twain em Innocents Abroad, ao poema adulto de John Updike “Azores” e à imaginação de infância num diário de um Edmund Wilson contendo impressões ou avistamentos ao longe a partir de um cruzeiro, durante séculos quase só nos “conheciam” alguns militares portugueses cá destacados por razões de soberania nacional ou castigo institucional, as suas atitudes posteriores frequentemente condicionadas pela sua sorte pessoal. Manuel Alegre disse-me há uns tempos que a sua presença inicial nestas ilhas, a que ele regressa sempre e celebra nalguma da sua poesia, foi como que um desterro punitivo. Lembro-me de o olhar perplexo ao usar essa palavra, mas depois concordámos que a nossa vivência até ao 25 de Abril de 1974 era pouco mais do que isso, o mundo longe e inacessível, fora de uma muito reduzida elite, ou quase só para os que fugiam da fome e humilhação para as Américas. Mulher de Porto Pim tem no seu centro narrativo uma dama estrangeira que arriba à Horta para um “trabalho” que então era considerado uma transgressão aceite no faz de conta que é muita da nossa vida, é uma narrativa que consegue a proeza de parecer simultaneamente uma peça jornalística de viagem e um conto com princípio, meio e fim, uma ficção que espelha toda a solidão e tragédia de que supostamente já falavam os primeiros povoadores que o autor cita em paráfrase a dada altura, o medo, a coragem, a criminalidade e fuga o tema que domina toda a nossa própria literatura da vida em ilha. A cada passo nesta prosa, as ilhas perdem o exotismo que sempre as rodeou até a tempos recentes, e tornam-se numa geografia humana, isolada, sim, mas palco de uma humanidade que vai e vem do mundo na sua incessante busca de salvação e felicidade. VALTER TAPIA C JOÃO NUNO ALMEIDA E SOUSA omecemos pelo epílogo de leitor: um livro que ecoa e permanece em nós depois da sua última palavra é um livro perfeito. Num tempo de “mediocridades flamejantes”, como bem sinalizou Urbano Bettencourt, em O Gosto das Palavras III, reeditar uma pérola como Lugar de Massacre é um acto de resistência contra a tirania da vulgaridade que também contaminou o meio literário e editorial. O registo lavrado neste Lugar de Massacre é o da cartografia de “uma juventude condenada”, reduzida a arrastar-se em “dias de degredo” na omnipresente lama da Guiné, emparedada sem paredes num mato “fora do mundo”, tendo “por esperança algum milagre” que falha, exausta, alucinada, “borrando-se nas armadilhas chamadas latrinas, quando não na merda do próprio susto”, embrutecida pelo “whisky torrencial” e pela fornicação desbragada, paga a “um peso por cada pancada”, vítima dos desmandos do regime e das “panasquices” de um comandante homossexual “rechonchudo e meigo” que “tanto mirava cu como braguilha” e geria as posições de guerra “de gatas sobre o mapa, fixando bandeirinhas” com o seu “efebo eleito”. Um reles e pútrido “mapa da vitória” de uma guerra que “Não é para perder, mas também não é para ganhar. É só para empatar”. Personagem central desta sátira delirante, o alferes miliciano Pierre Avince é um animal em extinção, um dos últimos cruzados de uma milenar linhagem de servidores da Cruz de Cristo. Em Maio de 1968, é parte do corpo de infantaria cuja geração foi a última lança de Portugal em África. A sombra protectora do Santo Condestável, patrono da infantaria, que venceu todas as batalhas e rechaçou exércitos mais poderosos do que aquele que arrastava atrás de si, não chegava, contudo, ao longínquo poço Africano, onde perecia o Império que se dizia “Uno e indivisível do Minho a Timor”. Quando de São Francisco ecoavam as baladas dos cantautores da paz e amor hippie, o mato Africano soava a fado triste como hino de uma desditosa Pátria. Perder África era perder a dimensão do Estado e a massa económica que dava peso político a Portugal no concerto das Nações. “Portugal Não É Um País Pequeno” era um dos credos salazaristas, estampado em cartaz de propaganda de 1934, que seria recuperado como slogan para levantar a moral de Guerra. Portugal sem o Ultramar seria uma região condenada a diluir-se e a desaparecer, por absorção, na Europa. “Rapidamente e em força”, em Abril de 1961, Portugal reagiu às catanadas da UPA, numa guerra que se prolongou por treze aziagos anos até que, num outro dia de Abril, em 1974, na frente do Quartel do Carmo, em Lisboa, morria o Império. Não sabemos onde estava Pierre Avince no dia 25 de Abril de 1974, pois perdemos-lhe o rasto na linha equatorial do “último enclave do ocupante”, palco da derradeira epopeia iniciada nos Descobrimentos, num território cujo mapa ignora, assim como ignora o golpe de misericórdia que virá com o MFA. Pierre Avince é mais um peão numa encadeada corrente que, sob o peso da Cruz da Ordem de Cristo, carregou durante séculos o fardo civilizador do homem branco. É um bandei- >> continua 16 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 >> continuação rante extemporâneo na Guiné que leva a flâmula de Portugal numa lancha de patrulha, através das artérias do Rio Geba, para defender feitorias marciais onde se trocam tiros com um inimigo patrocinado por outros inimigos de Portugal. No negrume dessa saga, Pierre Avince terá a visão do próprio Cristo martirizado tal como os seus irmãos de armas tiveram em La Lys o seu Cristo das Trincheiras. O avatar desse Jesus, carregado por incontáveis gerações de Portugueses é, ali, na selva, “com a barba esguia descaída no peito, a cabeça enrolada em espinhos, os braços pregados numa cruz de sombra, Cristo, no poilão”. Um poilão com um perímetro de arame farpado transformado num altar para uma alucinante procissão de velas nas cercanias da selva. Um “velório inútil” de uma guerra que atirava toda uma geração para a escuridão Africana sem a alumia de qualquer fé que não fosse a da sobrevivência. Estar vivo faz dos homens divindades que celebram como animais a passagem de mais um dia no inferno verde. Assim, no mato, “à meia-noite”, hora zero de cada dia que se reinicia, em adoração ao sangue que ainda permanece num corpo fechado às balas inimigas, sai a procissão. “Os guerreiros, exaustos e quase todos alucinados, borrando-se nas armadilhas chamadas latrinas, quando não na merda do próprio susto, cirandavam do poilão ao arame farpado, com as mãos cheias de burlescas tochas. Um vento acicatado pela sombra varria o esforço de minuto a minuto. Quando a segunda fila se acendia, já da primeira pouco reluzia. E o mato ameaçava com ruídos tão lúgubres como a própria imaginação. Morteiradas, bazucadas devolvidas, violação e gumes do passado, restos de escravos e gemidos velhos – tudo na procissão se incorporava.” Essa metáfora tão escatológica e herética é a descida ao grotesco cujo guia é José Martins Garcia em Lugar de Massacre. Utilizando uma linguagem claramente satírica que cruza o grotesco com o poético, o horror com o humor, o autor oferece-nos, para lá do iconoclasta Pierre Avince “um ser sem sombra de dignidade” que “falava muitas línguas quando se embebedava o que acontecia todas as noites”, uma galeria de personagens extravagantes e perturbadas como: o conde d’Avince, homónimo parcial de Pierre, “todo ele aprumo”, atormentado pelo “vocabulário indigno dos camaradas”, que passeia por Bissau os maneirismos e privilégios do seu pretenso sangue azul; o Silva, hipnotizador de lagartixas e crente em “bruxas, alquimistas e vampiros”; a negrinha Maria, “casada e católica” que “recrutava rapariga, gente fêmea, solteira, disposta a cobrar cinquenta pesos por serviço sexual”; o bestial Zé Burro, praça desterrado na Ponta do Inglês, “pastor de ovelhas no seu outrora” que “não amava mulher nem homem. Mas dessem-lhe uma ovelhinha e veriam” ; o presunçoso conde d’Enxeque incumbido “de velar contra a infiltração de plebeus”; e o repulsivo Comandante Oliveira, crismado A Porca, quando avistava “um homem louro, a sua linguagem tornava-se monossilábica e a língua (…) dançava-lhe sobre os lábios um vaivém de maré vazia” e não tinha pejo em mandar abusivamente os subordinados que lhe contornassem as vontades para o mato; todos eles caricaturas mordazes de um real alucinante, “tipos inesquecíveis” que completam o retrato visceral de uma “terra martirizada por uma guerra sem fim, um povo dividido entre os decretos europeus, despóticos e estúpidos, e a acção de cabecilhas saídos desse mesmo povo, cientes de que as bombas de napalme não conseguiriam roubar-lhes o futuro”. Neste livro não há amanhãs que cantam, nem sequer um requiem por um Portugal moribundo, nem tampouco qualquer glorificação da luta do inimigo pela sua emancipação. O inimigo é invisível, mas existe no o horror. A selva esconde um perigo de morte, causa de um vigilante “horror que adivinha o inquietante mais do que vê, mas que por isso mesmo o homem é apanhado por ele nas suas garras poderosas”. A citação de Ernst Jünger é transplantada de O Coração Aventuroso, mas o horror que se vive na Guerra da Guiné está mais próximo da fronteira de temor que ecoa no Coração das Trevas de Joseph Conrad. Em Lugar de Massacre, rio acima até à Ponta do Inglês, sítio não cartografado e de indecifrável valor estratégico-militar, a guarnição, ao atingir o seu inútil destino, salta da lancha de patrulha “atascando-se até ao joelho num solo traiçoeiro” para ser emboscada pela “sombria e pensativa floresta”, de que nos fala Conrad, e de cujo coração aparecem seres humanos “como se saíssem da terra”. O horror telúrico é o mesmo que povoa o Coração das Trevas, sendo que temos Pierre Avince no lugar de Marlow e o Rio Geba é o equivalente do Rio Congo. Em ambos, os homens à deriva estão à mercê da “grande muralha de vegetação – exuberante, emaranhado de troncos, ramos, folhas, rebentos e grinaldas – que lembra uma invasão violenta de silenciosa vida, uma alta onda vegetal, prestes a desabar na enseada e a varrer os homens insignificantes”, citando Conrad. A vã glória do absurdo de que nos fala Claudio Magris, a propósito de Conrad, “a heróica derrota, a impávida coragem de enfrentá-la e uma obscura vocação para capitular” é outro ponto em comum com Lugar de Massacre, devidamente explorado no desenrolar do romance e indiciado desde o início. Não é por acaso que José Martins Garcia dedica este livro “a todas as vítimas da paranóia e da incompetência dos déspotas, caídas para nada no campo do dever e do absurdo”. Os treze anos de Guerra Colonial mobilizaram cerca de um milhão de combatentes Portugueses. Cerca de nove mil perderam a vida em combate e estima-se que vinte mil regressaram feridos “mutilados por dentro e por fora, alguns sem pernas, outros sem braços, outros sem sexo, outros sem alma. Não havia branco regressado do mato que viesse inteiro, mesmo quando por fora não trazia nem um arranhão”. Os Açores contribuíram proporcionalmente no esforço de Guerra com cerca de quinze mil efectivos, num total de cinco Batalhões e sessenta e nove Companhias. De facto, para os contingentes das Companhias de Caçadores da Guiné foram incorporados muitos Açorianos, porventura à força de uma subliminar selecção natural que os escolheu pela sua genética de adaptação à estufa equatorial, a par de uma rusticidade atavicamente propensa à loucura. No Vietname Português a geografia é labiríntica e rendilhada por rios e canais fortificados por linhas de circunvalação de ilhas e penínsulas, sempre mutantes entre a maré cheia, que submerge um terço do exíguo território, e a maré vazia, com as suas areias movediças e áreas lodosas. O clima inóspito e insalubre era outro inimigo, armado com temperaturas tórridas e humidade elevada típica das selvas litorais. Nessa terra, cuja costa os Portugueses viram pela primeira vez no século XV , os Açorianos eram, na sua maioria, praças com a especialidade de atirador ou condutor. Cerca de duzentos soldados Açorianos morreram no Ultramar ao serviço de Portugal. Para nada. Prefácio a Lugar de Massacre, na recente edição da Companhia das Ilhas. A&L Poesia POEMA DE GEORGE MONTEIRO Martins Garcia in America End-stop words, cigar smoke, the afternoon courtesies, the thirst to speak ill of Portugal and things Portuguese, the nub of his perversity. When, afternoons, he walked in the door of the little house, so much out of place among decidedly institutional buildings, that we, the Portuguese, gradually took over, a small place for the language of the great seaman who crossed all the great seas (but that was long ago), he never failed to greet the secretaries, first the one in the room on his left and then, passing through, the one in the central office, on his right, with a quiet boa tarde and the gallantry of the half-bow. It was only a few years after the evolutionary moment of the carnations and his routine, smacking of another time, another place, called attention to itself. At his desk at the end of the back office, he would now smoke his cigar, maybe a panatela, as he waited to go off to class. He was shaped like the little king of the comics, without the rich red robe or the yellow crown, of course, but with an impish goatee. Dead now, suddenly, not in the Pico of his birth but on São Miguel, a world away in things that matter. A Swiss-American scholar teaching in a Pennsylvania university reviewed Imitação da Morte and hated its bleakness, its misanthropy. But its acidic author was never more in tune with himself than when he stepped up his attack on natural perfidies, on humankind. Once in Santa Barbara, there to take part in a symposium on Camões, we ate dinner together. Stuff I told him—nothing personal, mind you—ended up in his newspaper column a week or two later. That was the way he worked. A whiff of experience—his or someone else’s, it didn’t much matter—and he was off, writing it down, all down, and then some. Nov. 4, 2002 It is included in AZOREAN POEMS, unpublished. 17 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 A&L Recensão Sobre Açores: o Segredo das Ilhas, Narrativa de Viagem, de João de Melo E VICTOR RUI DORES m (quase) formato de “pocket book” acaba de ser editado Açores, o Segredo das Ilhas, Narrativa de Viagem (D. Quixote, 2016), de João de Melo. Teve uma primeira edição no ano de 2000, de capa dura, em grande formato e ilustrado com fotos e quadros de autorias diversas. Revisto e acrescentado (com os textos “O Arco das Ilhas” e “Sobre este mar da minha infância”), o livro continua a ser um convite à descoberta das ilhas, e saímos da sua leitura com os olhos encharcados de tanta luz, de tanta cor… Agradou-me sobremaneira a escrita intensa e iluminada, fascinante e metafórica deste livro. E isto porque, para João de Melo, a ilha não é só beleza, sedução e fascínio; é, sobretudo, segredo, melancolia, sonho e utopia. Sendo as ilhas insondáveis e misteriosas na sua formação e existência, optou o autor por agarrar – e bem – o lado mítico, sagrado, simbólico e lendário das ilhas açorianas. Estamos perante uma obra dificilmente classificável. Não se trata propriamente de um livro de viagens, apesar de resultar de duas viagens que, no Verão de 1997, o autor empreendeu por cada uma doas nove ilhas do arquipélago; muito menos será um diário, um relatório ou um roteiro turístico, se bem que João de Melo, munido de cadernos de viagem, tenha neles feito anotações, com pormenor e minúcia (sei do que falo porque acompanhei o escritor na viagem que empreendeu à ilha do Faial e… “espiei-lhe os movimentos e o caderno de notas de capa preta”) (1), anotações de natureza geográfica, histórica, social, factual, cultural e antropológica; não será também só um livro de impressões do vivido e do sentido, ainda que ele seja o registo de quanto a observação do seu autor pôde detectar no contacto directo com gentes e terras açorianas. João de Melo escreveu sobre o que viu, sentiu e ouviu, recordando tudo o que sabe (que não é pouco) sobre os Açores. Para mim, Açores – o Segredo das Ilhas é a expressão de sentimentos e emoções sentidos pelo autor perante a viagem como forma de procura e de descoberta. Sendo ilhéu, João de Melo sabe que o melhor da ilha é a própria ilha. Por isso ele criou “os verbos e os adjectivos do mar”. Porque visitar os Açores não é só ver paisagens, é, sobretudo, sentir atmosferas. Por isso este autor não capta apenas o encanto de paisagens luxuriantes e o espanto A&L de cenários exuberantes – ele vai fundo no imaginário, no tempo e na alma dos açorianos. E fá-lo, de forma contemplativa e impressionista, sob diversos ângulos de observação e enquadramento (com visões de fora para dentro, de dentro para fora e de dentro para dentro das ilhas). E é precisamente aqui que este livro marca uma diferença em relação, por um lado, aos escritos de alguns conhecidos viajantes que, no século XIX, sulcaram os mares açorianos e visitaram as ilhas. Por exemplo: o oficial sueco Jean Gustave Hebbe (1800), o médico norteamericano John W. Webster (1820), o oficial inglês captain Boid (1832), os irmãos ingleses Joseph e Henry Bullar (1838, nesse livro espantoso que dá pelo título de Um inverno nos Açores e um verão no Vale das Furnas), o zoólogo francês Henri Drouet (1857), o naturalista Alberto I, príncipe de Mónaco (1879), ou a jornalista norte-americana Alice Baker (1882). Por outro lado, este livro de João de Melo marca também uma diferença em relação a algumas obras de referência do século XX como, por exemplo, As Ilhas Desconhecidas (1926), de Raul Brandão, Mês de Sonho (1926), de Leite de Vasconcelos, Terras de Maravilha (1928), de Oldemiro César, Primavera nas Ilhas (1935), de Hugo Rocha, ou Mulher de Porto Pim (1983), de Antonio Tabucchi. Repito: João de Melo leva vantagem em relação aos nomes citados: é que ele vê os Açores de fora para dentro, de dentro para fora e de dentro para dentro. Ouso mesmo aqui afirmar que, mutatis mutandis, em certos temas abordados, João de Melo vai mesmo mais longe do que Raul Brandão de As Ilhas Desconhecidas – o livro mais belo que alguma vez já se escreveu sobre os Açores. É óbvio que, em Açores – o segredo das ilhas, o escritor se sobrepõe claramente ao visitante. E o resultado salta à vista: estamos perante uma escrita de palpitante qualidade literária. Dou-vos apenas estes pequenos exemplos: os piratas e os corsários que infestavam os mares dos Açores são, para João de Melo, “os bandidos do mar”; os velejadores que aportam à cidade da Horta são por ele nomeados de “os andarilhos do mar”… E adivinhem sobre o que ele escreve quando escreve sobre a “basílica de lava vulcânica”, “a tristeza dos olhos dos bois”, os “olhos tímidos dos garajaus”, ou os “lugares remotos do inconsciente”… Derramando, nestas páginas, a sua (e nossa) açorianidade telúrica, João de Melo capta, neste livro, a policromia dos tons, dos cambiantes, das simbioses de luz e cor. Guardemos no escaparate e no coração este livro muito belo e esta escrita de um impressionismo literário. E saibamos o que é, verdadeiramente, escrever com os olhos da memória. (1) Vitorino Nemésio, Sob os signos de agora. Temas portugueses e brasileiros. (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932). “Raul Brandão, íntimo”. Recorde-se que, em Junho de 1924, Nemésio acompanhou Raul Brandão na viagem Lisboa-Açores a bordo do navio “S. Miguel”. Ficção Os Aflitos T SÓNIA BETTENCOURT odos os amores são à prova de explicações. Como explicar isto? Talvez dizendo que, neste momento, não consigo mudar os lençóis da cama como anteriormente o fazia. E fazia-o a cada necessidade de individual afeto. A minha explicação pode relevar-se mais cruel que a minha afetação. Mas amarei? Somos todos oriundos de uma história tão humana. É como se a carne fosse um disfarce para aperfeiçoar as derrotas do corpo. Só assim, derrotados, conseguimos colocar as grandes questões. Sou um péssimo imitador de mim mesmo. A imitação funciona como mais uma costela do meu dorso. Imito todos os meus amores. São filhos da doença. Crónica. Sem explicação. Então tudo se torna amargo. E surge uma dor nos molares. Um dente que sofre por ser diferente dos seus semelhantes. O sofrimento parece prolongar a vida. Perante a dor, a vida vê-se forçada a sustentar o nosso espírito por nós mesmos. Então os anos prolongam-se em linha reta. Ambas as partes procuram o fio à meada, como quem diz a lucidez ou a loucura, para sentir o côncavo e o convexo. Estarão fixos em terrenos humanos. Demasiado humanos. Tu até podes ser o que não és, mas tudo tem a sua explicação. És de fé e bom vestido. Quem te dera ter espaço no armário para o tanto de tecido. Verdade? São os sortilégios da poesia que provocam um estranho sentimento de aflição. Vou mudar os lençóis e já volto. No regresso saberei a resposta, retirada de um livro aberto sobre a cama. 18 A&L AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Edição Artes e Letras, da Livraria Solmar Saída POEMAS DE ANTERO DE QUENTAL Sonho Oriental Ideal “Sonho-me às vezes rei, nalguma ilha, Muito longe, nos mares do Oriente, Onde a noite é balsâmica e fulgente E a lua cheia sobre as águas brilha… “Aquela, que eu adoro, não é feita De lírios nem de rosas purpurinas, Não tem as formas lânguidas, divinas Da antiga Vénus de cintura estreita… O aroma da magnólia e da baunilha Paira no ar diáfano e dormente… Lambe a orla dos bosques, vagamente, O mar com finas ondas de escumilha… Não é a Circe, cuja mão suspeita Compõe filtros mortais entre ruínas, Nem a Amazona, que se agarra às crinas Dum corcel e combate satisfeita… E enquanto eu na varanda de marfim Me encosto, absorto num cismar sem fim, Tu, meu amor, divagas ao luar, A mim mesmo pergunto, e não atino Com o nome que dê a essa visão, Que ora amostra ora esconde o meu destino… Do profundo jardim pelas clareiras, Ou descansas debaixo das palmeiras, Tendo aos pés um leão familiar.” É como uma miragem que entrevejo, Ideal, que nasceu na solidão, Nuvem, sonho impalpável do Desejo…” (In) Sonetos Completos de Antero de Quental Edição Artes e Letras, 2016 (In) Sonetos Completos de Antero de Quental Edição Artes e Letras, 2016 A&L Miradouro Salim Miguel, “Maktub” Q LÉLIA PEREIRA DA SILVA NUNES uando o escritor Salim Miguel celebrava o aniversário de 90 anos, amigos e admiradores do nosso grande ficcionista correram a expressar a sua reverência na afortunada comemoração de aniversário. Amigos que nas últimas semanas nos mantiveram informados sobre a gravidade do estado de saúde de Salim Miguel, internado num hospital de Brasília, como do escritor Deonísio da Silva que, num breve e sentido telefonema, anunciou desolado a sua partida na noite de 22 de Abril. Passamos a aguardar a chegada de suas cinzas que seriam espalhadas no mar da Cachoeira de Bom Jesus, em Florianópolis e na sua Biguaçu, onde viveu a maior parte da infância e a adolescência, conforme o último desejo desse “libanês-biguaçuense” inquieto, humanista que fez da palavra a sua ferramenta de luta pela liberdade e por uma sociedade mais justa e solidária. Na iluminada tarde de outono, 7 de maio, o Museu da Escola Catarinense abriu suas portas para que os familiares, amigos, colegas de imprensa e escritores prestassem sua última homenagem a Salim Miguel numa grande conversa onde não faltou o vinho para celebrar a sua obra perenizada. Um desfile de testemunhos e de documentários como os realizados pelos cineastas Zeca Pires (Salim na Intimidade – Maktub) e Kátia Kloch (Modernos do Sul). Há dois anos, publiquei na coluna Opinião do jornal Notícias do Dia a crónica “Obrigada, seu Salim”. Dizia obrigada por sua escrita admirável, por sua história de imigrante libanês vivendo desde menino em Biguaçu. Uma história contada com tanta maestria e sabor no premiado romance autobiográfico “Nur na escuridão” de 1999. Obrigada pela lição de amor à Florianópolis e à cultura que me transmitiu quando assumia a Superintendência da Fundação Franklin Cascaes, a 2 Janeiro de 1997. Iniciava o meu caminhar, tendo a nortear o seu trabalho na gestão daquela instituição municipal que se perfilava como exemplar na consolidação de uma política cultural para a capital dos catarinenses. Salim nasceu em Kfarsouroun, no Líbano, em janei- ro de 1924 e veio para o Brasil com três anos. Seus pais se instalaram em Biguaçu, na Grande Florianópolis, onde o filho cresceu e onde ambientou uma boa parte de sua obra literária. O primeiro livro, “Velhice e outros contos”,foi publicado em 1951. Escreveu muito e muito fez pela cultura de Santa Catarina, tornando-se personalidade cultural reconhecida no País. Sua trajetória se confunde com a história cultural catarinense desde a criação do idealista Grupo Sul (1947-1958) que sacudiu a provinciana Florianópolis fechada aos ventos modernistas que sopravam pelo Brasil desde 1920. Uma verdadeira revolução cultural que se alastrou pelo universo da criação artística – literatura, artes plásticas, teatro e cinema. Ao lado de sua mulher, a escritora Eglê Malheiros e de outros intelectuais catarinense arquitetaram este novo olhar voltado à vida real, à crítica social no desvendar os conflitos morais e sociais. É dessa época de tanta inquietação o primeiro longa-metragem catarinense “O Preço da Ilusão”, rodado em Florianópolis em 1957, com roteiro de Salim Miguel. Mais tarde assinaria com Eglê Malheiros e Marcos Farias, no Rio de Janeiro, a adaptação e roteiro de A Cartomante,1973 (conto de Machado de Assis) e de Fogo Morto (romance de José Lins do Rêgo), 1976. Na época da ditadura militar deixou Florianópolis e foi viver para o Rio de Janeiro. No Rio, atuou como jornalista, trabalhou na revista Manchete, foi crítico literário do Jornal do Brasil e militou ao lado de grandes nomes da imprensa e da literatura na edição de suplementos culturais cariocas. De volta a Santa Catarina, dirigiu a editora da Universidade Federal de Santa Catarina (Ed. UFSC), de 1983 a 1991, e a Fundação Franklin Cascaes, braço cultural da Prefeitura Municipal de Florianópolis, de 1993 a 1996. Intelectual multifacetado, pena consagrada, uma produção literária profícua com mais de trinta títulos publicados. O romance Nur na Escuridão, de 1999, valeu-lhe o prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor romance e o Prémio Zaffari & Bourbon, dois anos depois, na 9ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS). Salim Miguel é uma referência na literatura brasileira, tanto é verdade que, merecidamente, foi reconhecido com a outorga em 2002 do Troféu Juca Pato como “Intelectual do ano”, segundo a União Brasileira de Escritores e a Folha de São Paulo e o título de Doutor Honoris Causa da UFSC e, em 2010, o Prémio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Uma vida dedicada à cultura não se perde e sim se reverencia. Uma escrita e uma voz da grandeza de Salim Miguel jamais silenciarão. Para sempre brilhará como Nur na Escuridão. Já estava escrito, Maktub! AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Lic. AMI 622 Membro APEMIP Publicidade 19 Matriz, Ribeira Grande Moradia de Tipologia T3, constituída por 2 pisos. 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Um ponto apenas bastou para o ciclista micaelense bater o faialense, campeão em título. A Ribeira Grande acolheu a derradeira prova e viu um filho da casa subir ao lugar mais alto do pódio. Tiago Furna nem disputou o sprint com David Morais mas também não o precisava: foi ele quem instigou a decisiva movimentação na parte final da subida do Cabouco. A última prova de ciclismo de estrada teve início e fim na cidade da Costa Norte, com o pelotão a enfrentar um percurso ondu- lante, que se iniciou com a difícil subida do PPA (2 quilómetros a 10.9% de pendente média), uma estreia nas provas da Taça. Délio Chaves (Charib Santa Clara) e José Afonso (Marítimo) foram quem começou com as hostilidades na inclinada subida, com o pelotão a esfrangalhar-se nos 2 mil metros. A dupla coroou o topo a subida, seguida bem de perto pelo trio formado por Furna, Morais e Nuno Silva (Marítimo), a 11 segundos, que acabariam por colar à frente. Tudo se manteve inalterado até o grupo - agora com 15 elementos - chegar à a subida do Cabouco, a cerca de 10 quilómetros do fim: Furna acelera na subida e só Morais o acompanha, ficando os restantes elementos do grupo, onde estavam Afonso, Silva e Melo, sem resposta. Daí, a dupla rolou até à meta, ampliando os 23 segundos iniciais para os 40 finais. Classificação 5# Etapa Elites 1.º David Morais, 01:45:05 2.º Tiago Furna, a 2 segundos 3.º Délio Melo, a 40 Master 50 1.º José Afonso, 01:45:455 2.º João Paulo Amaral, a 2:20 3.º Rui Torres, a 12:01 Juniores 1.º Filipe Lopes, 1:46:32 Luís Cabral fecha top- da Volta a Portugal de Cadetes O micaelense Luís Cabral voltou a mostrar ser um valor a seguir no ciclismo nacional, ao terminar a 9.ª Volta a Portugal em bicicleta de Cadetes na 25.ª posição, entre 117 ciclistas. O ciclista do Marítimo Sport Club esteve a representar a Seleção de Ciclismo dos Açores e fechou o terceiro e último dia de prova a apenas 2:14 minutos do vencedor Diogo Gonçalves (Mato-Cheirinhos/Liberty Seguros/Vila Gal), que terminou a Volta em 05:21:03 horas. Para este resultado, muito contribuiu a prestação de Luís Cabral na segunda tirada da corrida de cadetes, entre Figueira da Foz e Alcobaça. Na etapa mais longa dos três dias (82.7 quilómetros), o jovem micaelense foi 5.º classificado à geral, a apenas 10 segundos do vencedor da etapa, João Carvalho (Viseu 2001 / AMPQ-A.M. Póvoa das Quartas). Ontem, domingo, o ciclista açoriano foi o 44.º mais rápido da etapa Caldas da Rainha - Torres Ve- NUNO MARTINS NEVES/AO Tiago Furna terminou a Taça de São Miguel de Estrada 1 com duas vitórias e dois segundos lugares Derradeira prova não provocou alterações na classificação final da Taça de Estrada Com Tiago Furna a confirmar a conquista do título de Elites, dando à nova equipa do Atlético de São Pedro uma estreia de sonho. pontos, mais um que David Morais, bastaram para o jovem ciclista vencer o título. Nuno Silva, com pontos, fechou o pódio de Elites. André Melo (Bike +) conquistou o título de Juniores, à frente de Filipe Lopes (Metralhas) por 1 pontos, com Paulo Lopes (Metralhas) em terceiro. Ain- dras (69.3 quilómetros), incluído num grupo a 1:28 minutos de Diogo Gonçalves, que cortou isolada a meta. De recordar que, na primeira etapa, na sexta-feira, o ciclista do Marítimo Sport Clube foi 39.º, a 1:37 minutos do vencedor Rodrigo Caixas (LA Alumínios/SGR Ambiente/CC A.Paio Pires). Luís Cabral acabou por ser o único atleta regional que conseguiu concluir a Volta a Portugal, tendo ontem Gonçalo Anjos desistido da prova, à semelhança do que aconteceu com Rui e Bruno Tânger, João Medeiros e João Massa, afetados por lesões e pelo tempo quente que se fez sentir no centro de Portugal Continental. NMN da na formação, o cadete Romeu Sousa (Bike+) bateu Gonçalo Medeiros (Metralhas), com João Medeiros em terceiro. Nas mulheres, Andrea Costa (Metralhas) foi a campeã, à frente de Lúcia Ramos (Metralhas) e Dina Morgado (GREDA). Em Master , vitória para José Afonso (Marítimo), derrotando João Amaral (Charib Santa Clara) e Rui Torres (Marítimo). Por equipas, ganhou o CD Metralhas. 2.º André Melo, a 6:38 3.º Paulo Lopes, a 13:31 Cadetes 1.º Romeu Sousa, 02:00:15 2.º Gonçalo Medeiros, a 07:39 Femininos 1.º Line Holst, 02:08:23 2.º Andrea Costa, a 05:24 3.º Lúcia Ramos, a 05:24 Promoção 1.º Óscar Ferreira, 02:08:23 2.º Roberto Melo, a 05:24 3.º Bruno Medeiros, a 05:24 Equipas 1.º CD Metralhas 2.º Atlético São Pedro 3.º Marítimo Sport Clube. Jarlinson Pantano triunfa na 1.ª etapa da Volta a França O colombiano Jarlinson Pantano (IAM Cycling) estreou-se ontem a vencer na Volta a França em bicicleta, ao impor-se na 15.ª etapa, com o britânico Chris Froome (Sky) a manter as diferenças para os adversários na geral. Pantano concluiu com êxito a fuga do dia, que foi integrada pelo português Nelson Oliveira (Movistar), sendo o primeiro a cruzar a linha de meta em Culoz, no final dos 159 km desde Bourg-en-Bresse, com o tempo de 04:24.49 horas, à fren- te do polaco Majka (Tinkoff ). Froome concluiu a montanhosa tirada lado a lado com os corredores que o sucedem na geral, pelo que mantém 01.47 minutos de vantagem sobre o holandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo) e 02.45 sobre o também britânico Adam Yates (Orica-BikeExchange), respetivamente segundo e terceiro. Hoje corre-se os 209km 16.ª etapa entre Moirans-en-Montagne (França) e Berna (Suíça). LUSA AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Publicidade 21 peugeot.pt NOVO PEUGEOT EXPERT A SUA MISSÃO : O SEU NEGÓCIO DE 13 A 16 DE JULHO VENHA CONHECÊ-LO E APROVEITE AS OFERTAS NA GAMA DE COMERCIAIS PEUGEOT 22 Desporto AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 AASM César Bettencourt quebra novamente recorde nacional Graciosense somou mais cinco metros à marca que estabeleceu no sábado, no âmbito do Azores Freediving Open, desenvolvido pelo CN Rabo de Peixe NUNO MARTINS NEVES [email protected] Micaelenses venceram cinco provas, ficaram em segundo em quatro e em terceiro em três Juventude Ilha Verde campeão nacional da .ª Divisão O clube micaelense venceu o Nacional de Clubes, prova que decorreu em Viseu, por uma diferença de apenas 3.5 pontos para o segundo classificado NUNO MARTINS NEVES [email protected] Foi por uma unha negra mas foi: o Juventude Ilha Verde conquistou este fim de semana o Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Masculino de Atletismo de Clubes, ao bater por apenas 3.5 pontos de diferença o Atlético Clube de Vermoil (Leiria). Na pista de atletismo de Viseu, os micaelen- ses foram os mais fortes no final dos dois dias de prova, pontuando 122 pontos, contras os 118,5 do Vermoil. Na terceira posição ficou o Atlético Clube da Póvoa de Varzim com 106 pontos. O clube micaelense fez-se representar por uma comitiva de 13 atletas, que participaram nas provas de velocidade e estafetas, meio fundo e fundo, barreiras, lançamentos, saltos e marca. Destaque para o “ouro” de Sérgio Silva nos 400 metros e 400 metros barreira, de Rúben Ventura no lançamento do dardo, de Luís Melo no lançamento do peso e nos 4x400 metros; a “prata” de João Janeiro nos 1500 metros, de Pedro Amaral nos 5 mil metros, de Luís Melo no lançamento do disco e nos 4x100 metros; e o Lotus Rallye conta com 1 equipas inscritos A quarta prova do Campeonato de Ralis dos Açores vai contar com uma lista de 17 pilotos, encabeçado pelo campeão em título Ricardo Moura, onde se contam igualmente Luís Miguel Rego, Hugo Mesquita, Ruben Rodrigues, Rafael Botelho e o “regressado” Henrique Moniz, ao volante do seu Citroen DS3 R3T. Desta forma, Botelho, líder das 2RM, vai regressar ao seu fiel Citroen Saxo, com a luta das duas rodas animada ainda por Moniz, João Faria e Marco Soares. Ausente dos volantes mas não da corrida estará Pedro Vale, que vai ser o navegador de Pedro Rodrigues. O Lotus Rallye de 2016 realiza-se entre 23 e 24 de julho na ilha de São Miguel, com o dia 23 de ju- O graciosense César Bettencourt voltou ontem a superar-se, ao estabelecer, pelo segundo dia consecutivo, o recorde nacional de apneia na disciplina de Imersão Livre. Depois de no sábado ter acrescentado dois metros à marca que ele próprio estabeleceu em 2014 em Creta , o praticante de caça submarina fez ainda melhor ontem de manhã no mar de Rabo de Peixe, no segundo e último dia do Azores Freediving Open, organizado pelo Clube Naval de Rabo de Peixe. A nova marca nacional passou agora a ser de 70 metros, ou seja, mais cinco metros do que a sua anterior marca. Aliás, nada de surpreendente para o atleta, que na véspera já tinha informado a organização que iria tentar os 70 metros em Imersão Livre ou os 45 na disciplina de Peso Constante sem Barbatanas. Ficou-se pelo primeiro e foi bem sucedido. Azores Freediving Open Resultados finais Peso Constante com Barbatanas / Masculino 1.º Marco Botelho, 42 metros 2.º Miguel Azevedo, 35 metros 3. Miguel Sardinha, 25 metros Peso Constante com Barbatanas / Feminino 1.º Daniela Oliveira, 6 metros Imersão Livre 1.º César Bettencourt 2.º Marco Botelho 3.º Miguel Azevedo. PEDRO COUTO “bronze” de Rodrigo Toste nos 100 metros e no salto em altura e de João Janeiro nos 800 metros. Marco Câmara vice-campeão nos Jogos Desportivos da CPLP O atleta juvenil açoriano da Juventude Ilha Verde, Marco Câmara, obteve ontem o segundo lugar na prova de 400m nos Campeonatos da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), em representação da Seleção Nacional. Os Jogos vão na 10.ª edição e decorrem entre os dias 17 e 24 de julho de 2016, na Ilha do Sal, em Cabo Verde. Marco Câmara, atleta juvenil de 16 anos, foi chamado pela primeira vez à Seleção Nacional, no que é tida como uma consequência natural do trabalho desenvolvido. lho a ficar reservado para a disputa de Lagoa Stage e ainda da Qualifying Stage, numa inovação a introduzir em provas pontuáveis apenas para o Campeonato de Ralis dos Açores. Os cinco melhores classificados da prova de qualificação irão escolher a sua ordem de partida para o domingo, com todos os restantes pilotos inscritos no CRA a partirem conforme a ordem da lista de inscritos, nos respetivos grupos, de acordo com a classificação da Prova de Qualificação. No domingo serão oito as provas especiais de classificação a per- O pódio da disciplina de Imersão Livre com César Bettencourt ao centro correr, para determinar o vencedor que será proclamado pelas 17h00 em pódio instalado na Alameda do Conhecimento, no Tecnoparque de Lagoa. Lista de inscritos 1.º Ricardo Moura, Ford Fiesta R5 2.º Hugo Mesquita, M. Lancer Evo9 3.º Ruben Rodrigues, M. Lancer Evo9 4.º Rafael Botelho, Citroen Saxo 5.º Luís Rego, Ford Fiesta R5 6.º Pedro Rodrigues, M. Lancer Evo9 7.º João Faria, Peugeot 206 RC 8.º Marco Medeiros, Citroen Saxo Cup 9.º Marco Soares, Citroen Saxo 10.º Bruno Tavares, Peugeot 205 MI 16 11.º João Torres, Toyota Rav4 12.º David Paiva, Toyota Starlet 14.º Henrique Moniz, Citroen DS3 R3T 15.º Adriano Medeiros, Renault Clio RS 16.º Luís Mota, Citroen Saxo 17.º Augusto Ponte, Toyota Corolla T Sport 18.º António Moniz, Renault Clio 16v. NMN AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Publicidade 23 MISSA DO 7º DIA MARIA ODÍLIA DE MEDEIROS SARDINHA Sua família participa que manda celebrar uma missa de 7º dia por alma da sua ente querida hoje (dia 18), pelas 18h30 na Igreja Paroquial da Matriz, agradecendo deste já a todas as pessoas que possam participar neste ato litúrgico, como também agradece a todas aquelas que, de uma forma ou outra, manifestaram o seu sentimento e que a acompanharam até à sua última morada. Um bem haja a todos. A. SIMÕES desde 1998 ARTE FUNERÁRIA * CAMPAS EM MÁRMORE / GRANITO * JAZIGOS * IMAGENS Grande variedade de modelos Armazéns nos Valados - Seguimento da R. António de Medeiros e Almeida, Lotes 360 e 361 www.asimoesacores.com - 919 237 974 - 926 576 232 email: [email protected] Tampos de cozinha Escadarias Soleiras Recuperadores de calor Lareiras Salamandras 24 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL Desporto 25 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL Afonso/Resende 0-2 Melo/Reis (8-21, 13-21) Pimentel/Ferreira 0-2 Lemos/Brito (14-21, 8-21) Silva/Rocha 0-2 Alvar/Leão (1321, 12-21) 3.ª Ronda Simões/Moreira 1-2 Bacciotti/Barros (19-21, 21-13, 10-15) Oliveira/Moreira 0-2 Pereira/Magalhães (12-21, 11-21) Derrotados no ranking 7 Pombeiro/Jardim 0-2 Melo/Reis (19-21, 18-21) Lemos/Brito 2-1 Alvar/Leão (1421, 21-15, 15-10) Derrotados no ranking 5 Melo/Reis 2-0 Oliveira/Moreira (21-13, 24-22) Lemos/Brito 0-2 Simões/Moreira (14-21, 11-21) Meia-Final Bacciotti/Barros - Melo/Reis Lesão equipa B Pereira/Magalhães 0-2 Simões/Moreira (12-21, 14-21) 3º/4º Lugar Melo/Reis 2-0 Pereira/Magalhães (26-24, 21-19) Final Bacciotti/Barros 0-2 Simões/Moreira (15-21, 16-21) A dupla Juliana Rosas e Tânia Oliveira preparam-se para defender o ataque de Vanessa Paquete e Joana Resende, finalistas vencidas do quadro feminino Campeões em título puxaram dos galões na praia das Milícias FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL Duplas de Voleibol prossegue já no próximo fim de semana, dias 23 e 24 de julho, na cidade de Matosinhos, para a terceira etapa do calendário. Rosas/Oliveira e Simões/Moreira impuseram-se na areia negra de São Miguel, vencendo a etapa do Nacional Campeonato Nacional de Duplas de Voleibol de Praia NUNO MARTINS NEVES [email protected] José Pedro Simões / Rui Moreira e Juliana Rosas / Tânia Oliveira defenderam da melhor forma as suas lideranças no Campeonato Nacional de Duplas de Voleibol de Praia, com as duplas a vencerem as respetivas competições na estreante etapa açoriana que ontem terminou naas Milícias. No quadro feminino, o par Rosas/Oliveira passeou pela areia negra açoriana, somando os quatro jogos que disputaram em São Miguel. Curiosamente, os jogos onde venceram com maior facilidade foram os dois frente às finalistas vencidas, Vanessa Paquete/Joana Resende. José Pedro Simões prepara-se para apontar o ponto que deu a vitória na final A prova masculina contou com quatro atletas micaelenses, mas as duplas Lourenço Afonso / João Resendes e João Pimentel / António Ferreira não tiveram vida facilitada, acabando eliminadas após duas derrotas seguidas. Afonso/Resendes deram uma boa réplica contra Lemos/Brito (14-21, 17-21), enquanto Pimentel/Ferreira quase forçaram a “negra” diante de Melo/Reis, acabando ambas as duplas em 9.º lugar. Quem também não teve um caminho isento de obstáculos foram os campeões em título Simões/Moreira. Após vencerem o jogo da 1.ª ronda, caíram às mãos de Franciscarlos Bacciotti / Fabricio Barros, que viriam a ser os seus adversários na final. Aí, com o jogo mais acertado e apostados na sua principal valia, o inside out, José Pedro Simões e Rui Moreira venceram de forma tranquila. O Campeonato Nacional de Quadro Masculino 1.ª Ronda Silva/Rocha 0-2 Amante/Silveira (13-21, 15-21) Melo/Reis 2-0- Pimentel/Ferreira (21-11, 21-18) Afonso/Resende 0-2 Lemos/Brito (14-21, 17-21) Alvar/Leão 2-0 Pombeiro/Jardim (21-13, 21-13) 2.ª Ronda Simões/Moreira 2-0 Amante/Silveira (21-14, 21-16) Melo/Reis 1-2 Bacciotti/Barros (16-21, 21-14, 10-15) Oliveira/Moreira 2-0 Lemos/Brito (21-16, 21-15) Alvar/Leão 0-2 Pereira/Magalhães (13-21, 19-21) Derrotados no ranking 9 Pombeiro/Jardim 2-0 Amante/Silveira (21-16, 21-15) Quadro Feminino 1.ª Ronda Hurst/Coelho 2-0 Carneiro/Mar (21-13, 21-5) Reis/Lopes 0-2 Ferreira/Loureiro (9-21, 13-21) 2.ª Ronda Rosas/Oliveira 2-1 Hurst/Coelho (19-21, 21-11, 17-15) Teixeira/Marques 0-2 Resende/Paquete (14-21, 10-21) Esteves/Gonzalez 2-1 Vicente/Tinoco (21-16, 23-21, 15-13) Ferreira/Loureiro 0-2 Freches/Luana (12-21, 16-21) Derrotados no ranking 9 Reis/Lopes 0-2 Hurst/Coelho (20-22, 10-21) Carneiro/Mar 0-2 Ferreira/Loureiro (12-21, 17-21) 3.ª Ronda Rosas/Oliveira 2-0 Resende/Paquete (21-17, 21-16) Esteves/Gonzalez 0-2 Freches/Luana (13-21, 17-21) Derrotados no ranking 7 Hurst/Coelho 2-0 Teixeira/Marques (21-14, 21-10) Vicente/Tinoco - Ferreira/Loureiro Lesão equipa A Derrotados no ranking 5 Hurst/Coelho 0-2 Esteves/Gonzalez (19-21, 16-21) Ferreira/Loureiro 1-2 Resende/Paquete (13-21, 22-20, 7-15) Meia-Final Rosas/Oliveira 2-1 Esteves/Gonzalez (21-13, 17-21, 16-14) Freches/Luana 0-2 Resende/Paquete (15-21, 16-21) 3º/4º Lugar Esteves/Gonzalez 2-1 Freches/Luana (15-21, 21-15, 15-10) Final Rosas/Oliveira 2-0 Resende/Paquete (21-18, 21-10). 26 Classificados AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 publicidade veiculos VENDAS Renault Kangoo Furgonete de , em muito bom estado c/ preço acessível 1 1 11 Loira atrevida, quente, bumbum durinho, mamas xl, beijos gostosos, atendo langery completa nas calminhas 1x, loira, fogosa, boca gulosa, beijo molhadinho, massagem espanholada, completa Bela morena, amando do prazer, safada, sensual, super carinhosa, corpo de boneca, escaldante, boca quente e doce! 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Jorge; CHEGADAS: De Santa Maria às h, h; da Terceira às h, 1h, 1h, 1h1, 1h, 1h, 1h; da Horta às 1h1; do Pico às 1h; das Flores às 1h; de S. Jorge às 1h Aeroporto da Terceira: PARTIDAS: Às h, 1h, 1h, 1h, 1h, h para Ponta Delgada; às 1h, 1h para Horta; às 1h, 1h para Graciosa; às 1h para Pico; às 11h para S. Jorge; CHEGADAS: Da Horta às 1h, 1h; da Graciosa às 11h, 1h; de Ponta Delgada às h, 1h, 1h, 1h1, 1h, h; de S. Jorge às 1h; do Pico às 11h Aeroporto da Horta: PARTIDAS: Às 1h, 1h para Terceira; às h para Corvo; às 1h1, 1h para Ponta Delgada; às 11h para Flores; CHEGADAS: Da Terceira às 1h; de Ponta Delgada às h, 1h; do Corvo às 1h; das Flores às 11h1; da Terceira às 1h AZORES AIRLINES Aeroporto de Ponta Delgada PARTIDAS: Às h, 1h, 1h para Lisboa; às h para Porto; às h para Funchal/Faro; às 1h1 para Boston; às 1h para Toronto; CHEGADAS: de Boston às h; de Lisboa às h, 1h; do Porto às1h; de faro/Funchal às 1h TAP PARTIDAS: Às 1h1 para Lisboa; CHEGADAS: De Lisboa às 1h RYANAIR PARTIDAS: Às h, 1h para Lisboa; às 1h para Porto; CHEGADAS: De Lisboa às 1h1h; do Porto às 1h1 Farmácias PONTA DELGADA CENTRAL Rua Marquês da Praia Telefone: 11 RIBEIRA GRANDE MISERICÓRDIA Rua de São Francisco Telefone: VILA DO PORTO AVENIDA SANTA MARIA Rua Avenida Santa Maria Telefone: 1 Bilheteiras COLISEU MICAELENSE .ª a ª das 1h às h Sábado das 1h às h Telefone: TEATRO MICAELENSE Terça a sábado das 1h às 1h Nos dias de espectáculo das 1h às 1h - Telefone: TEATRO RIBEIRAGRANDENSE Seg. a sex. - h às 1h, ininterruptamente Telefone: / 1 Telefones úteis 296 205 500 296 629 757 PSP Ponta Delgada Serviço S.O.S. Mulher 296 638 001 296 306 580 SEPNA/GNR Dias úteis (horário de serviço) GNR Fora das horas de expediente 296 301 301 808 246 024 Bombeiros Ponta Delgada Linha Saúde Açores 296 203 000 296 285 399 Hospital Ponta Delgada APAV Ponta Delgada 296 281 777 296 205 246 Marinha - Salvamento Ponta Delgada Polícia Marítima Ponta Delgada Museus MUSEU CARLOS MACHADO NÚCLEO DE ARTE SACRA NÚCLEO DE STA. BÁRBARA De ª a domingo das 1h às 1h (última entrada às 1h) PÓLO MUSEOLÓGICO DO COLISEU MICAELENSE Visita sujeita a marcação prévia SINAGOGA DE PONTA DELGADA Segunda a sexta das 1h às 1h1 MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE Segunda a sexta das h às 1h MUSEU VIVO DO FRANCISCANISMO Segunda a sexta das h às 1h CASA DO ARCANO NA RIBEIRA GRANDE Segunda a sexta das h às 1h MUSEU DA EMIGRAÇÃO DA RIBEIRA GRANDE Segunda a sexta das h às 1h ARQUIPÉLAGO – CENTRO DE ARTES CONTEMPORÂNEAS De terça-feira a domingo das 1h às 1h; Rua Adolfo Coutinho de Medeiros, s/n - Ribeira Grande CASA DOS VULCÕES Atalhada, Rosário, Lagoa MUSEU DO TABACO DA MAIA De segunda a sexta feira das h às 1h; sábado às 1h e das 1h às 1h MUNICIPAL VILA FRANCA DO CAMPO De ª a ª feira das h às 1h e das 1h às 1h; sábado e domingo das 1h às 1h MUNICIPAL NORDESTE De segunda a sexta feira das h às 1h e das 1h às 1h MUSEU DO TRIGO DA POVOAÇÃO De ª a sexta das h às 1h sábado, domingo e feriados das 11h às 1h MUNICIPAL LAGOA De ª a ª feira das 1h às 1h 1h às 1h Sábado: 11h às 1h Segunda: Encerrado CASA DAS MEMÓRIAS De ª a ª feira das 1h às 1h 1h às 1h Sábado: 11h às 1h Segunda: Encerrado MUSEU ETNOGRÁFICO DO CABOUCO De ª a ª feira das 1h às 1h 1h às 1h Sábado: 11h às 1h Segunda: Encerrado MERCEARIA CENTRAL CASA TRADICIONAL De ª a ª feira das 1h às 1h 1h às 1h Sábado: 11h às 1h Segunda: Encerrado (Visitas mediante marcação prévia) MUSEU MILITAR DOS AÇORES De ª a ª feira das 1h às 1h sábado e domingo das 1h às 1h e das 1h às 1h Encerrado aos Feriados NÚCLEOS MUSEOLÓGICOS RIBEIRA CHà Visita Guiada: ª a ª das h às 1h e das 1h às 1h Cinema Sorte PROGRAMAÇÃO TOTOLOTO (sábado) Sorteio de 1 de julho De 1 a de julho CINEPLACE 4 13 23 Sorteio de 1 de julho SALA M/ “Angry Birds”: O Filme D (VP) ª a ª sessões às 1h N/A “A Lenda do Tarzan” D ª a ª sessões às 1h, 1h, h* N/A “A Lenda do Tarzan” D ª a ª sessões às 1h Sorteio de 1 de julho SALA M/ “Á Procura de Dory” D (VP) ª a ª sessões às 1h, 1h1, 1h, 1h N/A “O Dia da Independência: Nova Ameaça” D ª a ª sessões às 1h, h1* * Sessão válida sex, sáb e vésperas de feriado Bibliotecas PÚBLICA E ARQUIVO DE P. DELGADA De ª a ª feira das h às 1h Sábado das 1h às 1h MUNICIPAL DE PONTA DELGADA De ª a ª feira das 1h às 1h ARQUIVO MUN. DE PONTA DELGADA De ª a ª feira das h às 1h e das 1h às 1h1 CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA .ª feira das h às 1h; de .ª a .ª feira das h às 1h e sábado das 1h às 1h MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE De ª a ª feira das h às 1h ARQUIVO MUN. DE RIBEIRA GRANDE De ª a ª feira das h às 1h MUNICIPAL DANIEL DE SÁ - R.GRANDE De ª a ª feira das h às 1h Missas PONTA DELGADA Matriz de ª a ª ., 1h, 1h; sábado 1h, 1.; domingo 1h, 1h, 1h; Santuário do Santo Cristo ª a ª h; domingo h, 1h; S. Pedro ª a ª 1h; sábado 1h; domingo 1h, 11h, 1h1, 1.; Imaculado Coração de Maria ª a ª 1h; sábado 1h; domingo 1h; S. José ª a ª 1h; sábado 1h; domingo 11h, 1h; Nª Srª de Fátima Lagedo ª , a sábado às 1h, domingo 1h Santa Clara ª a ª às 1.; sábado 1.; domingo 1h e 11h; Clíni- 46 TOTOLOTO (quarta) SALA 1 M/1 “A Canção de Lisboa” D ª a ª sessões às 1h, 1h, 1h1, 1h1, h* SALA M/ “O Amigo Gigante” D (VP) ª a ª sessões às 1h, 1h, 1h M/ “O Amigo Gigante” D (VO) ª a ª sessões às 1h, h* (sorteio ) 28 22 25 30 JOKER 5260200 EUROMILHÕES Sorteio de 1 de julho 38 +8 (sorteio ) 41 + 1 (semana ) (sorteio ) NÚMEROS: 2 11 13 14 21 ESTRELAS: 1 8 LOTARIA CLÁSSICA Sorteio de 11 de julho 1ºPrémio 11 ºPrémio 1 ºPrémio 11 LOTARIA POPULAR Sorteio de 1 de julho 1ºPrémio ºPrémio ºPrémio ºPrémio 1 Série Premiada: .ª (semana ) €., €., €., (Extracção ) ., ., ., 1., MUNICIPAL DE VILA FRANCA De ª a ª feira das h às 1h MUNICIPAL DA POVOAÇÃO De ª a ª feira das h às 1h CENTRO DE MONITORIZAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DAS FURNAS 1 de setembro a 1 de junho: De ª a domingo das h às 1h e das 1h às 1h; 1 de junho a 1 setembro: De segunda a domingo das 1h às 1h MORADA DA ESCRITA CASA ARMANDO CÔRTES RODRIGUES Horário: das 1h às 1h (terça, quarta, sexta e sábado). E ncerrada: domingo, segunda e quinta SINAGOGA De .ª a .ª feira das 1h às 1h1 MUNICIPAL TOMAZ BORBA VIEIRA De ª a ª feira das 1h às 1h e das 1h às 1h ao sábado das 1h às 1h ca do Bom Jesus sábado às 1h, Domingo às h; Saúde - Arrifes sábado 1h; domingo h, 1h; Capela de São João de Deus -Fajã de Baixo sábado 1h; domingo 1h; Nossa Senhora da Oliveira - Fajã de Cima Terça a sexta às h; sábado 1h; domingo 11h; Nossa Senhora dos Anjos - Fajã de Baixo .ªs a .ªs 1.; sábado 1.; domingo h, 11h, 1h; Clínica do Bom Jesus Sábado 1h; domingo h; Hospital Domingo 1h; Nossa Senhora das Mercês - Bairros Novos ª feira 1h; sábado 1h; domingo às 11h; Nª Srª das Neves Relva sábado 1h; domingo 1. Exposições CASA DO ARCANO - RIBEIRA GRANDE Exposição de pintura “Reflexos da Ilha” da autoria de Patrícia Medeiros CASA DA CULTURA CARLOS CÉSAR Exposição de pintura “.” da autoria de Martin Cymbron CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA Exposição de pintura “Puro Ouro ” da autoria de Susana Lemos CENTRO DE ESTUDOS NATÁLIA CORREIA Exposição “Espelho Meu” da autoria de Margarida Sousa 28 Passatempos AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Grau de dificuldade fácil Grau de dificuldade médio Sudoku Sudoku Infantil 111896 111528 Completar a grelha de forma a que cada linha, cada coluna e cada uma das caixas x contenham todos os números de 1 a . Completar a grelha de forma a que cada linha, cada coluna e cada uma das caixas x contenham todos os números de 1 a . KRAZYDAD.COM Palavras cruzadas HORIZONTAIS: 1. Príncipe indiano. Membro da tribo de Levi. . Construção ou lugar onde se recolhem ou criam pombos. Comissão Europeia do Turismo. . Digno de vénia ou perdão. Indivíduo do povo (fig.). . Paraíso terreal no qual, segundo o Génesis, viveram Adão e Eva. Desumana. . Aguardente de cereais. Contr. da prep. de com o art. def. o. Andar de um edifício. . Antigo nome da nota musical dó. Interj. designativa de cautela. Palavra havaiana que designa lavas ásperas e escoriáceas. A minha pessoa. . Género de macaco nocturno da América Tropical. Milímetro (abrev.). Vurmo. . Género de algas verdes gelatinosas a que pertence a alface-do-mar. Projéctil de arma de fogo. . Associação de Estudantes. Encobrir (fig.). 1. Banco Português de Investimento. Sal do ácido gálico. 11. Rebocar. Correia dupla que sustenta o estribo. Pintar Soluções SUDOKUS 111895 VERTICAIS: 1. Peça direita, de madeira ou outro material, para traçar linhas rectas. Sistema de antibloqueio das rodas de um automóvel. . Aprovado (abrev.). Expressão que se diz. Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de por cima de. . Pessoa moça. Banto ou bantu. Caminhar. . Assentimento. Forma internacional de vóltio. . Biblioteca Nacional. Oferece. Popularidade (fig.). . Não religioso. A maçã do rosto. . Prender-se com elos. Antes do meio-dia (abrev.). Decilitro (abrev.). . Lente biconvexa que aumenta muito os objectos à vista. Divindade dos Assírios e Fenícios. . Instituto Camões (abrev.). Grito de dor ou de alegria. Acto de parir. 1. Epiderme, especialmente a do rosto. Capital da Coreia do Sul. Suf. de agente ou profissão. 11. Prep., indicativa de limite. Atrever-se. SUDOKUS 111527 PALAVRAS CRUZADAS: HORIZONTAIS: 1. Rajá, Levita. . Pombal, CET. . Venial, Zé. . Éden, Crua. . Gim, Do, Piso. . Ut, Vá, Aa, Eu. . Aoto, Mm, Pus. . Ulva, Bala. . AE, Toldar. 1. BPI, Galato. 11. Sirgar, Loro. VERTICAIS: 1. Régua, Abs. . Ap, Dito, Epi. . Jovem, Tu, Ir. . Ámen, Volt. . BN, Dá, Voga. . Laico, Malar. . Elar, Am, Dl. . Lupa, Baal. . IC, Ai, Parto. 1. Tez, Seul, Or. 11. Até, Ousar. Horóscopo POR MARIA HELENA MARTINS TARÓLOGA TEL. 210 929 000 SITE: www.mariahelena.pt EMAIL: [email protected] BLOG: http://concultoriodeastrologia.blogs.sapo.pt Facebook: http://www.facebook.com/ MariaHelenaMartinsMHM Carneiro 1/ a / Caranguejo 1/ a / Terá oportunidade de assumir uma relação séria. Força! Irá sentir-se em plena forma. Sinal de que a boa alimentação está a dar frutos. Dia ótimo para trabalhar em equipa. Período marcado pela depressão. Distraia-se com a sua cara-metade. Não se renda! Dê mais atenção aos ouvidos. Vá ao médico. É importante que seja cuidadoso nas atitudes. Touro 1/ a / A sua boa disposição ajuda a manter a família unida e feliz. Vigie a sua saúde. O excesso de atividades pode desgastá-la. É provável que um colega lhe peça ajuda. Seja generosa. / a / Evite prender demasiado o seu par. Amar é dar liberdade. Para diminuir o colesterol e melhorar a circulação coma amêndoas. Possibilidade de fracassar numa tarefa. 1/ a / Terá força para dar ânimo à sua cara-metade que hoje pode estar mais em baixo. Carneiro possui um temperamento nervoso. Acalme-se. Viva o agora. / a / Poderá ter um sonho muito bom. Previna infeções urinárias bebendo chá de barbas de milho. É certo que anda com pouco dinheiro, mas não perca a esperança. Gémeos Leão Virgem / a /1 No amor está em alta! Faça uma declaração ao seu amor. Se tem tendência para sofrer de cãibras coma mais amendoins e bananas. Provável promoção na carreira. Balança Escorpião /1 a 1/11 Deixe os medos de lado e viva a relação de forma intensa. Coma mais grelhados e cozidos. Mantenha-se em forma. Podem oferecer-lhe um novo emprego. Cuidado com falsas ilusões. Sagitário /11 a /1 Antes de atirar-se de cabeça numa relação tente perceber se é correspondida. Cuidado com possíveis problemas de olhos. As suas finanças estão de boa saúde. Capricórnio 1/1 a 1/1 Terá tendência para isolar-se. Não o faça durante muito tempo. Se anda com queda de cabelo, coma mais passas e couves e tome um suplemento vitamínico. /1 a 1/ Ofereça um presente ao seu amor. Uma surpresa sabe sempre bem. Nos dias mais quentes, opte por refeições leves. Pense bem antes de dizer sim a tudo. Aquário / a / Andará mais agitado do que o habitual. Saia com as suas amigas. Para aliviar as dores nos pés mergulhe-os em água quente com sal e vinagre. Peixes AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 Publicidade 29 30 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 . AÇORIANO ORIENTAL Meteo&Tv 31 AÇORIANO ORIENTAL SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 PUB Lua Cheia 22/07 Q. Minguante 27/07 Humidade para hoje 73% prevista amanhã 83% Lua Nova 02/08 Índice UV Efectivo de ontem Previsto para hoje Grupo Ocidental 10 10 Q. Crescente 10/08 Marés Hoje Baixa-mar às 07h16 e 19h45 Preia-mar às 01h09 e 13h29 Grupo Central Frente Fria Frente Quente Frente Oclusa Frente Estacionária PUB . . . . 1. 11. 1. 1. 1. 1. 1. 1. 1. 1.1 Bom dia Portugal Mundo Automóvel Bom Dia Portugal às 1 às 11 Jornal das 1 Documentário às 1 Eixo do Norte Sul às 1 às 1 1/ As Horas Extraordinárias Números do Dinheiro A economia não é uma ciência exata. O que revelam e o que escondem os números? O sobe e desce da econonia. Os grandes negócios . .º Um novo programa de informação, para analisar, contar ao detalhe e acrescentar novos dados sobre o assunto do dia. Olhar a notícia sobre todos os ângulos “.º”, com Ana Lourenço . às . Horas Isóbaras Alta Pressão Grupo Oriental Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros mais frequentes na madrugada e manhã. Vento noroeste moderado (/ km/h), rodando para norte. Mar cavado. Ondas noroeste de 1 a metros. Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros. Vento norte bonançoso a moderado (1/ km/h). Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 1 a metro. 19/24 23 Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Aguaceiros fracos. Vento norte fraco a bonançoso (/ km/h), temporariamente de noroeste. Mar encrespado a de pequena vaga. Ondas noroeste de 1 a 1, metros. Baixa Pressão PUB . . 1. 1.1 1. Amanhã Baixa-mar às 07h52 e 20h22 Preia-mar às 01h47 e 14h05 20/25 22 19/24 22 INFORMAÇÃO DA DIRECÇÃO REGIONAL DOS AÇORES DO INSTITUTO DE METEOROLOGIA Nascer do Sol Pôr do Sol às 21h02 às 06h34 Bom Dia Portugal A Praça Jornal da Tarde Bem-vindos a Beirais Água de Mar Henrique convida Teresa para sair, mas ela recusa e diz que já combinou com Vicente. Henrique fica aborrecido... mas rapidamente ganha outro ânimo, com a visita de Lúcia, a filha de um amigo que vive no Dubai. Lúcia quer ser atriz e procura a ajuda de Henrique para entrar na Academia. 1. Agora Nós 1. Portugal em Direto Portugal em Direto é um espaço de informação nacional 1. O Preço Certo 1. Telejornal . The Big Picture 1. The Voice Portugal 1 Compactos . Guerra e Paz . Batman - o Início .1 O Chef .1 Programa a designar PUB . Zig Zag 11. A Fé dos Homens 1.1 Ciclismo: Tour de France Etapa 1 (Direto) 1.1 Zig Zag 1. Academia de Dança O Fim - Os exames acabaram e, com uma noite livre, rapazes raparigas têm uma missão: provar que se conseguem divertir-se muito mais quando estão separados 1. Inesquecíveis Viagens de Comboio . Jornal 1. Hora da Sorte 1. O Palácio . Escrito na Pedra Milreu - Faro: Duas pedras encontradas no Algarve referem-se a duas mulheres, bem diferentes no seu estatuto social: uma escrava e uma senhora . The Coca-Cola Case . A Entrevista de Maria Flor Pedroso . Whats Up - Olhar A Moda . Totó ST no B. Leza PUB . . . 1. 1. 1. 1. 1. . 1. . . .1 Edição Da Manhã A Vida Nas Cartas: O Dilema Queridas Manhãs Primeiro Jornal Dancin’ Days Grande Tarde I Love Paraisópolis Jornal Da Noite Coração D’Ouro Duarte vai pedir satisfações a Henrique e ele ainda faz pior chamando estúpida a Joana e acusando-a de estar a inventar tudo. Duarte perde a cabeça e dá-lhe um soco. Henrique responde na mesma moeda e os dois acabam no chão. A luta só termina com a chegada de William que pede a Duarte para ir embora e manda Henrique para o gabinete. William lembra a Henrique que ultimamente ele só atrai problemas. Rainha das Flores Verdades Secretas The Blacklist Amigos Coloridos PUB . .1 1. 1. 1.1 1. 1.1 Diário Da Manhã Você Na TV! Jornal Da Uma Deixa Que Te Leve Mundo Meu A Tarde É Sua Massa Fresca Diamantino entrega um telemóvel a Sebastião e este promete ajuda-los a apanhar Antónia. Diamantino diz que virá outro agente para trabalhar consigo e avisa-o que continua debaixo e olho. Sebastião promete cumprir 1. Jornal Das . A Única Mulher 1. Santa Bárbara David vai com Francisca para casa, depois do que se passou na Tasca. David está deliciado com o jantar que Francisca lhe prepara. David pede desculpa a Francisca por tê-la abandonado e revela que Sara está grávida . Love On Top : Extra . Querido, Mudei A Casa! . Super Quiz PUB SPORT.TV 1 1. Jogo de Preparação Futebol Sporting x PVS (1ª parte) SPORT.TV 1. Reverso da medalha Informação Carlos Lopes Reverso da Medalha Olímpico SPORT.TV 1. Water Sports World Desportos Aquáticos Magazine SPORT.TV 1. The Open - Golfe The Open - º dia SPORT.TV . Indy car Desportos Motorizados Streets of Toronto PUB PUB SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 www.acorianooriental.pt Email: [email protected] Telefone: + 1 FAX: + 1 PUB Flagrante PUB EDUARDO RESENDES O rei vai nu! PONTO DE VISTA HERMANO AGUIAR POLÍTOLOGO Homem armado faz 4 reféns nos EUA Um homem armado fez ontem reféns quatro pessoas, incluindo uma rapariga de sete anos, num restaurante em Baltimore, Estados Unidos, após uma perseguição pela polícia, afirmaram as autoridades locais. Os agentes procuravam deter o homem, que alegadamente era suspeito num caso recente de violação, quando ele fugiu num carro. Na fuga, o carro em que seguia chocou contra outro num cruzamento e o homem saiu a correr em direção ao restaurante Burger King, onde se barricou com os reféns. LUSA RIBEIRA GRANDE Festival de balões deu colorido especial ao campo municipal de jogos Contrato de telecomunicações possível sem fidelização As operadoras de telecomunicações estão, desde ontem, obrigadas a oferecer contratos sem qualquer tipo de fidelização ou com seis e 12 meses de fidelização, em opção ao período máximo de 24 meses. A alteração à Lei das Comunicações Eletrónicas entrou ontem em vigor e é já considerada pela DECO como “uma vitória para os consumidores” e um reflexo de um conjunto de reivindicações da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e de cerca de 270 mil consumidores, manifestadas numa petição (sobre a fidelização em 2013) e um abaixo-assinado (sobre refidelização em 2015). Em declarações à agência Lusa, o jurista e coordenador do departamento de estudos e apoio ao consumidor da DECO, Paulo Fonseca, descodificou o texto da lei e disse que a única pretensão que não foi acolhida na legislação foi a redução do período máximo de fidelização dos 24 meses, que foi mantido, mas sublinhou terse encontrado uma forma de gaPUB rantir a liberdade de fidelização. “A alteração obriga todas as operadoras, para toda a sua oferta comercial, a disponibilizar vários tipos de fidelização”, ou seja, a oferecer contratos sem qualquer tipo de fidelização ou contratos com seis e 12 meses de fidelização, em opção à fidelização máxima de 24 meses, explicou. Paulo Fonseca destaca também a maior transparência nos contratos e que na fidelização “o ónus é totalmente colocado no operador”. LUSA/PF Algo de inédito aconteceu na vida político-social dos Açores democráticos e autónomos. A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, a Federação Agrícola dos Açores e União Geral dos Trabalhadores – UGT Açores, em véspera de eleições regionais, vieram a público anunciar uma “parceria para o desenvolvimento económico e social dos Açores”, contestando o modo com a Região está a ser governada. Numa Região em que os dias são marcados por notícias de sismos, acidentes, suicídios, festas e festivais, a atitude dos representantes dos empresários, dos agricultores e dos trabalhadores é uma autêntica pedrada no charco. E porque o fazem, deste modo e agora? Porque o modelo de desenvolvimento socialista está errado e o governo está de costas voltadas para as pequenas e médias empresas. Porque 60% dos agricultores estão à beira da falência, 71% das famílias açorianas vive de rendimentos mensais inferiores a 530€. E porque os resultados na Educação nos envergonham. E porque temos um governo sem liderança, esgotado, gordo e sem rumo. Mas, ao mesmo tempo, arrogante, prepotente, com uma atitude para com a sociedade civil que, por vezes, roça a má educação. E porque o rei vai, na verdade, nu. PUB