Brasil ficará abaixo da média da América Latina em tráfego móvel

Transcrição

Brasil ficará abaixo da média da América Latina em tráfego móvel
SINTTEL - Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicaçãoes de Minas Gerais
Brasil ficará abaixo da média da América Latina em tráfego móvel em 2017
http://www.sinttelmg.org.br
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 1 October, 2016, 18:14
SINTTEL - Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicaçãoes de Minas Gerais
O Brasil está enfrentando uma dicotomia no tráfego de redes móveis: por um lado, o crescimento no consumo de
dados; por outro, menor investimento de empresas para modificar as cadeias produtivas. Foi o que revelou o estudo
Visual Networking Index da Cisco, que prevê um cenário em que o País cresce em uma taxa abaixo da média mundial
e mesmo da América Latina. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 6, em São Paulo, mostra que o crescimento
do tráfego de dados global crescerá 13 vezes até 2017, enquanto o volume brasileiro será 12 vezes maior no
período, taxa anual de 65% e 0,25 exabytes (EB) por mês.
O crescimento do tráfego nacional de dados móveis para o consumidor final será de 13 vezes, um crescimento médio
anual (CAGR) de 67%. Por sua vez, tráfego para o mercado corporativo será de apenas nove vezes (CAGR 54%) no
período. Correspondendo a 40% dos dispositivos móveis na América Latina, o Brasil acaba por influenciar um resultado
mais fraco na região.
Na previsão da Cisco, em termos de geração de tráfego de dados móveis, a média da América Latina é a mais baixa do
planeta, com 0,7 EB/mês até 2017. A região com maior índice será a Ásia-Pacífico, com 5,3 EB/mês; seguida por
América do Norte (2,1 EB/mês); Europa Ocidental (1,4 EB/mês); Oriente Médio e África (0,9 EB/mês); e Europa
Central e Leste Europeu (0,8 EB/mês). Na soma, o tráfego global será de 11,2 EB/mês, CAGR de 66%.
Políticas mais inteligentes
Segundo o diretor de empresas da Cisco Brasil, Rodrigo Dienstmann, o comportamento das operadoras mostra que é
preciso investir mais, mas isso precisa ser mais otimizado. "A explosão de dados não é uma novidade, as operadoras
estão acostumadas. Mas no próprio plano apresentado à Anatel (no final do ano passado), as empresas reconheceram que
têm de investir melhor, em uma rede mais inteligente para reagir às condições de tráfego", afirma.
http://www.sinttelmg.org.br
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 1 October, 2016, 18:14
SINTTEL - Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicaçãoes de Minas Gerais
Ele diz ainda que, apesar de os resultados brasileiros estarem aquém da média na América Latina e no mundo, este
cenário pode ser modificado. "As projeções são baseadas muito na interpretação do estado atual. Eu me arrisco a dizer
que a previsão da Cisco para o Brasil pode se modificar, dependerá de políticas públicas", explica, citando a
desoneração para equipamentos de redes e para smartphones como um exemplo que pode causar impacto positivo no
mercado nacional.
O tráfego médio por usuário no Brasil em 2012 foi de 127 megabytes (MB) por mês, crescendo para 1,367 gigabyte
(GB) por mês em 2017. O setor corporativo será responsável por 29 terabytes (TB) por mês (40% disso sendo
comunicação máquina-a-máquina – M2M) e o mercado do consumidor final consumirá 222 TB/mês. Em
comparação, o Brasil estará em 2017 atrás da Argentina (1,394 GB/mês) e do Chile (1,731 GB/mês), além de abaixo
da média do usuário latino-americana de 1,411 GB/mês.
O Brasil ficará próximo da média de crescimento global na velocidade de conexão móvel - sete vezes em cinco anos,
enquanto no mundo será de 7,4 vezes. Mas em valores absolutos, a velocidade do acesso no mundo atingirá 3,9
Mbps em 2017; enquanto no Brasil a velocidade será de 1,7 Mbps.
LTE
O estudo prevê que o 4G será responsável por 7% das conexões móveis (incluindo M2M) em 2017 no Brasil, mas, por
conta da maior disponibilidade de velocidade e do perfil dos usuários, deverá responder por 30% de todo o tráfego
móvel no País. Diretor geral da Cisco do Brasil e responsável pela área de telecomunicações, Anderson André afirma
que o LTE não acabará com as demais tecnologias de rede móvel. "O 4G não será a bala de prata, o 3G e o 2G vão
continuar existindo, é um processo evolutivo devagar", diz. A previsão da Cisco para a América Latina é de que o 2G
ainda será 37% do tráfego daqui a quatro anos, enquanto o 3G será a tecnologia mais utilizada, com 58%. O LTE
será apenas 5%, pouco abaixo da média brasileira, embora também responda por 30% do tráfego.
Para sustentar tudo isso, o descarregamento do tráfego (offload) para uma rede fixa por meio de soluções como
hotspots Wi-Fi ou femtocells aumentará, representando 27% de todo o tráfego móvel. "Acho que os hotspots serão o
que mais vão vingar, pois colocar femtocell dentro das casas é mais complicado”, explica Anderson André, da
Cisco Brasil. Ele explica que a tecnologia Wi-Fi é mais barata, podendo inclusive ser utilizada por redes de smartgrids
para comunicação M2M.
Nesta categoria, 32% dos acessos serão por conta de smartphones e 41% por tablets. Do tráfego total associado a
dispositivos móveis, 90% será feito via Wi-Fi. O IPv6 será mais utilizado também: 46% dos dispositivos e conexões
http://www.sinttelmg.org.br
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 1 October, 2016, 18:14
SINTTEL - Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicaçãoes de Minas Gerais
móveis serão compatíveis com o protocolo em 2017.
Dispositivos
O estudo mostra que haverá um grande crescimento também de dispositivos conectados no Brasil. Serão 357 milhões
em 2017, aproximadamente 1,7 per capita. Em 2012, o mercado brasileiro foi de 285 milhões de unidades, ou 1,4 per
capita. Os smartphones deverão chegar a 139 milhões daqui a quatro anos, contra 55 milhões em 2012. Os tablets serão
5,6 milhões em 2017, enquanto o total de laptops conectados chegará a 11 milhões. O número de usuários móveis
chegará a 175,3 milhões.
A penetração de smartphones no Brasil também tende a aumentar, levando o consumo de dados por esses dispositivos
a crescer 20 vezes no período, com CAGR de 81% e quase 167 mil TB/mês, ou 66% do total do tráfego móvel. Os
tablets terão uma explosão de consumo ainda maior, com aumento de 107 vezes entre 2012 e 2017, CAGR de 155% e
19 mil TB/mês daqui a quatro anos, sendo responsáveis por 8% do tráfego (contra 0,12% em 2012).
O vídeo será 72% de todo o tráfego móvel, contra 58% em 2012. As aplicações na nuvem serão 87%, comparado com
79% atualmente. O tráfego M2M crescerá 16 vezes, chegando a 12 mil TB/mês, ou 5% de todo o tráfego móvel.
Fonte: www.teletime.com.br
http://www.sinttelmg.org.br
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 1 October, 2016, 18:14