Os Séculos XV e XVI. Da Azulejaria Arcaica ao início da produção
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Os Séculos XV e XVI. Da Azulejaria Arcaica ao início da produção
CURSO DE HISTÓRIA DO AZULEJO CINCO SÉCULOS DE PRESENÇA EM PORTUGAL OS SÉCULOS XV E XVI. DA AZULEJARIA ARCAICA AO INÍCIO DA PRODUÇÃO PORTUGUESA José Meco Os dois notáveis pavimentos do Paço Real de Sintra (meados do século XV, possivelmente de origem toledana) iniciam um notável período, até meio do século XVI, no qual Portugal importou imensa azulejaria de Espanha, tanto de Valência, para pavimentos, como nomeadamente de Sevilha, nas técnicas de corda seca e de aresta e de gosto mudéjar os quais foram usados em Portugal em combinações dinâmicas e originais (Coimbra, Sintra, Funchal, etc.), associados por vezes a encomendas exclusivas de modelos raros. A renovação técnica e estética da majólica italiana difundiu-se na Península Ibérica a partir da fixação de ceramistas e de modelos decorativos flamengos, em meados do século XVI. Para além da importação de azulejos notáveis de Antuérpia, de Sevilha e de Talavera de la Reina para Portugal, Lisboa produziu durante a segunda metade deste século uma azulejaria de excepcional qualidade artística e técnica (Quinta da Bacalhoa, Igreja de São Roque em Lisboa), paralelamente à difusão dos dinâmicos revestimentos geométricos e enxaquetados. Breve nota biográfica biográfica Historiador de Azulejaria e de Artes Decorativas luso-brasileiras. Colaborador do Museu da Cidade de Lisboa, de 1981 a 1995. Diversas publicações sobre História da Arte e, em especial, azulejaria. Realização de exposições de azulejos, cursos sobre azulejaria, palestras de divulgação da arte portuguesa e participação em congressos de História da Arte em Portugal e no estrangeiro. Docente de História da Arte na ESAD (Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva) e no IAO (Universidade Autónoma de Lisboa). Actualmente, prepara dissertação de Doutoramento em História da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, intitulada “O colorido da pedraria na arquitectura e os embutidos marmóreos entre a Itália e o Portugal barroco”, com a orientação do Prof. Doutor Vítor Serrão.
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