ATOS - Fundamentos

Transcrição

ATOS - Fundamentos
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Volume 17 / Número 3
EDIÇÃO PORTUGUÊS
ATOS
CONSTRUINDO UMA
VIDA DE TRIUNFO
Como Deus Pode nos Dar Vitória Sobre as Provações e Tentações
Zac Poonen
B
SA ÍBLIA
GR
AD
A
PARE! Antes de você ler esta revista, por favor, olhe para a etiqueta de endereço em seu envelope.
No topo esquerdo de sua etiqueta está o seu número de ATOS.
Por favor, escreva esse número aqui.
No topo direito de sua etiqueta, depois da
palavra "EXPIR", está sua data de vencimento da assinatura da Revista ATOS.
(month/year).
Por favor, escreva essa
data aqui:
________ / _________
mês
ano
1 / ATOS
OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO 2001
Você deverá dar esta informação cada vez que escrever ao World MAP, ou quando preencher
seu Formulário de Renovação de Assinatura ou solicitação do livro O Cajado do Pastor.
JULHO
/ AGOSTO / SETEMBRO 2002
ATOS2001
/1
1 / ATOS
OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO
Queridos Amigos e Contribuintes do World MAP:
É com gratidão e uma expectativa de grandes coisas no futuro que aproveitamos esta oportunidade
para anunciar a nomeação de Frank e Wendy Parrish à Diretoria e Presidência do World MAP.
Após quarenta anos de fiel e dedicado serviço aos múltiplos ministérios do World MAP, o Fundador
e Diretor Ralph Mahoney está confiando o manto deste chamado e responsabilidade a Frank e Wendy.
Na Reunião da Diretoria em agosto de 2001, foi aprovada unanimemente a nomeação de Frank Parrish
como Presidente do World MAP e a nomeação dele e de sua esposa Wendy para servirem juntos como
Diretores.
Foi um privilégio para nós termos Frank e Wendy “a bordo da Diretoria” do World MAP nos últimos
três anos, enquanto o ministério navegava nesta transição de liderança do Fundador Ralph Mahoney,
agora Diretor Emérito do World MAP, para Frank e Wendy.
Juntamente com um novo fardo, visão, e perspectiva para a obra e o ministério do World MAP,
Frank e Wendy também trazem consigo muitos anos de experiência pastoral, administrativa, e de
implantação de igrejas. A paixão pelo preparo de obreiros e líderes para a Colheita nestes últimos dias é
o tema central absoluto da família Parrish.
Como membros da Diretoria, queremos recomendar a vocês Frank e Wendy (que é filha de Ralph
Mahoney), quer você seja nosso leitor pela primeira vez, um contribuinte regular, ou um observador
curioso! O espírito e testemunho deles têm sido revigorante a todos nós, e estamos certos do
compromisso deles para com o Senhor e o Seu povo, especialmente para com os obreiros dos campos
de colheita do Terceiro Mundo. Temos a certeza de que Frank e Wendy possuem um profundo respeito
pelos ancoradouros espirituais do ministério do World MAP e um senso profético de direção e
dependência no Senhor para o futuro.
Gostaríamos de encorajá-los a se unirem a nós enquanto renovamos o compromisso de orarmos
pelos nossos líderes nestes dias críticos, e gostaríamos de pedir que vocês acrescentassem as famílias
Parrish e Mahoney à lista de pessoas pelas quais vocês oram regularmente! Deus os abençoe!
Dos seus colaboradores no campo,
Diretoria do World MAP
Ralph Mahoney, Fundador
Jeff Clark
Jon Cook, Secretário
Keith Lane
Skip Mahoney, Vice-Presidente
George Veach
2 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
EDIÇÃO PORTUGUÊS
Volume 17 / Número 3
De Frank e Wendy Parrish:
Com um humilde reconhecimento de
nossas limitações humanas e uma firme
confiança no Deus Todo-Suficiente que
nos capacita, Wendy e eu aceitamos o
chamado para dirigir, servir e desenvolver
o ministério do World MAP.
É um privilégio continuarmos o trabalho
dos santos fiéis que serviram e dirigiram o World MAP nas últimas
quatro décadas, especialmente o Fundador do World MAP – e pai
da Wendy – Ralph Mahoney.
É um privilégio e alegria para nós servirmos santos fiéis como
vocês, os nossos colaboradores na Colheita, e unirmo-nos a vocês
no serviço ao Senhor da Colheita, “prosseguindo para o alvo” de
levarmos o Evangelho da salvação através de Cristo até “os confins
da terra” (Fp 3:14; At 1:8).
À medida que servimos, rendemo-nos a Deus para que os Seus
propósitos sejam cumpridos: iremos aonde Ele nos dirigir, capacitados pelo Seu Espírito, obedientes à Sua vontade, e sempre seguindo
Aquele que é o nosso tudo em todos.
Grandes desafios estão à nossa frente – e também grandes
vitórias. Vamos portanto confiar na infalível graça de Deus, descansar em Seu inextingüível amor, permanecer firmes em Sua constante fidelidade, e movermo-nos com o Seu Espírito em direção ao
cumprimento de tudo o que Ele deseja realizar.
Desejamos sinceramente as suas orações e a sua participação no
ministério do World MAP, por nós como Diretores, e pela causa de
Cristo em todo o mundo.
Por amor e pela glória de Jesus,
Frank e Wendy Parrish
Diretores do World MAP
COMENTÁRIO DE RALPH MAHONEY:
Há muito tempo Ralph Mahoney vinha se preocupando muito no sentido de que uma nova liderança
fosse levantada para dar continuidade à obra do
World MAP, que Deus o chamou para iniciar há
quase meio século. “Mas quem”, perguntou Ralph
antes de sua recente aposentadoria, “poderia dar
continuidade à obra com o mesmo nível de integridade e competência? Quem poderia garantir a
contínua eficiência dos ministérios que o World
MAP tem levado adiante durante quarenta anos? Louvado seja o
Senhor! Ele tinha a Sua resposta aguardando o tempo certo. E este
tempo chegou agora! A vinda de Frank e Wendy Parrish ao World
MAP nesta hora é realmente muito oportuna. O World MAP está
vendo o raiar de um novo dia!”
— Ralph Mahoney,
Fundador e Diretor Emérito do World MAP
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
ATOS
Índice
CONSTRUINDO UMA
VIDA DE TRIUNFO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
Uma Vida de Constante Triunfo ................ 4
A Necessidade Absoluta de Fé .................... 5
Levando a Palavra de Deus a Sério ............. 7
Todos os Atos de Deus São emAmor .......... 8
Deus nos Ama Como Ama a Jesus ............. 9
Deus Tem um Propósito em Toda
Provação ................................................. 11
Não Somos Provados Além da Nossa
Capacidade ............................................ 13
Deus Dá Sua Graça Somente aos
Humildes ................................................ 15
Deus Controla as Circunstâncias ............. 17
Graça Suficiente ..................................... 20
Chamado, Escolhido e Fiel ...................... 21
O Castigo Divino ..................................... 22
Consolo Divino ....................................... 29
Fortalecimento Divino ............................. 32
Jesus, Aquele que Carrega Meus Fardos ... 37
Diretor Responsável ............... Ralph Mahoney
Diretores ....................... Frank & Wendy Parrish
Diretores Administrativos
África ................................. Loreen Newington
Índia ................................................... Bill Scott
Internacional ............................. Gayla Dease
Artes Gráficas Dennis McLain & Vander Santos
Tradutor ....................................... Vander Santos
Revisora .............................................. Rita Leite
Leitora de Provas ................... Maura Ocampos
Impressão Gráfica .............. Editora Betânia S/C
VISÃO E MISSÃO
Como um ministério ao Corpo de Cristo, o
World MAP existe para:
1. Fornecer aos líderes de igrejas nos países da Ásia, África e América Latina um
treinamento prático que os torne eficazes
ministros do Evangelho.
2. Compartilhar com os crentes das nações
ocidentais as vitórias e as tribulações de
obreiros de igrejas nacionais, a fim de
que a Igreja: Ore mais fervorosamente e
dê mais sacrificialmente para abençoar e
desenvolver a obra dos que servem nas
linhas de frente do evangelismo.
ATOS, no original, (ISSN 0744-1789) é publicada a cada três meses pelo “World MAP”, 1419
N. San Fernando Blvd., Burbank, CA 91504,
EUA. Toda correspondência deve ser dirigida
para o endereço acima ou para Caixa Postal
5053, 31611-970 Venda Nova, MG, Brasil ou
ainda para o e-mail: [email protected]
SR. AGENTE POSTAL: Favor enviar as mudanças de endereço para “World MAP”, Caixa
Postal 5053, 31611-970 Venda Nova, MG, Brasil.
Todas as passagens das Escrituras serão
da Bíblia Sagrada, traduzida em português por
João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do
Brasil – 1981, a menos que outra fonte seja
indicada.
ATOS / 3
“Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo...” (2 Co 2:14.)
Capítulo 1
UMA VID
A DE CONST
ANTE TRIUNFO
VIDA
CONSTANTE
Deus deseja que tenhamos uma
vida de CONSTANTE VITÓRIA. Isso
é ensinado claramente em vários trechos das Escrituras.
Consideremos alguns....
“Graças, porém, a Deus, que,
em Cristo, SEMPRE nos conduz em
triunfo...” (2 Co 2:14.)
“Em TODAS ESTAS COISAS, porém, somos mais que vencedores,
por meio daquele que nos amou.”
(Rm 8:37.)
“... estas coisas vos escrevo
para que NÃO PEQUEIS...” (1 Jo 2:1.)
Apesar desses e de outros trechos bíblicos, é difícil convencer
muitos crentes de que Deus deseja
que eles tenham uma vida vitoriosa.
Se aceitarmos as Escrituras da
forma como está escrita e simplesmente crermos nisso – como uma criança – então essa mensagem se tornará clara para nós. Mas se confiar-
BÍB
L
SA
GR IA
AD
A
mos em nossa razão, poderemos encontrar muitos argumentos que nos
convencerão de que é impossível ter
uma vida vitoriosa neste mundo mau.
Muitos crentes céticos acrescentarão seu testemunho para embasar os
argumentos de nossa razão. E então
nós nos convenceremos de que é impossível viver vitoriosamente neste
mundo.
Se não tivermos a convicção de
que, antes de tudo, Deus quer que
vivamos constantemente pela fé,
nunca seremos capazes de viver em
triunfo. E, sem fé, é impossível ter
uma vida vitoriosa. Tudo na vida cristã é totalmente dependente da fé. E
a revelação que Deus nos deu na Sua
Palavra é a base dessa fé.
Não importa que você tenha vivido em derrota por muitos anos.
Se você puder entender a verdade
de uma vida de constante vitória na
Palavra de Deus, terá dado o primeiro passo para viver vitoriosamente.
■
Uma NOVA MANEIRA de ajudar outros
líderes de igreja a receber ATOS!
Querido Leitor da Revista ATOS,
Se você conhece outros líderes de igreja que ainda não recebem a Revista ATOS,
e acha que eles gostariam de recebê-la, por favor, peça-lhes que nos escrevam e nos
enviem os seguintes dados:
• O nome completo e endereço, em letra de fôrma;
• A quantas pessoas ensinam ou pregam a cada semana;
• Uma descrição do ministério que exercem.
Querido leitor, NÃO nos envie os nomes e endereços dessas pessoas. Quem desejar ser assinante da Revista ATOS deve escrever-nos pessoalmente; isso nos ajudará a estar seguros de que só estamos enviando a Revista aos líderes de igreja que
a queiram receber.
Que Deus possa fortalecer e capacitar você e seus companheiros líderes de igreja para a Sua grande obra!
4 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 2
A NECESSID
ADE ABSOL
UT
A DE FÉ
NECESSIDADE
ABSOLUT
UTA
1 João 2:6 diz: “Aquele que diz
que permanece nele, esse deve também ANDAR ASSIM COMO ELE ANDOU.”
Como Jesus andou? Em vitória
durante uma PARTE do tempo, a MAIORIA do tempo ou TODO o tempo? Nós
sabemos a resposta. Ele foi tentado
em todos as coisas como nós também
somos, mas nunca pecou.
“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se
das nossas fraquezas; antes, foi ele
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”
(Hb 4:15.)
Hoje, somos chamados a andar
como Ele andou. Isso é possível aqui
na terra? Deus nos mandaria fazer
algo que Ele sabe muito bem que não
podemos fazer? Não. Isso é inconcebível. Nem mesmo os pais terrenos
dão ordens irracionais aos seus filhos.
Quanto mais Deus!
Em Mateus 13:58, encontramos
algumas das palavras mais tristes escritas no Novo Testamento: “E não
fez ali muitos milagres, POR CAUSA
DA INCREDULIDADE DELES.”
A passagem correspondente a
essa, em Marcos 6:5, declara: “Não
PÔDE fazer ali nenhum milagre...”
Ele desejara fazer grandes coisas
a essas pessoas em Sua terra natal.
Ele, porém, estava limitado pela incredulidade delas. Nossa incredulidade
nos impossibilita de recebermos do
Deus todo-poderoso as boas coisas
que Ele quer fazer por nós.
Eu gostaria de saber se já existiram milagres que Deus pretendia realizar por você, mas que não pôde fazêlo por causa de sua incredulidade. No
tribunal de Cristo, no juízo final, alguns
de nós teremos de ouvir estas palavras: “Eu não pude fazer tudo que
desejei realizar para você e através
de você, por causa da sua incredulidade.”
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Se constatarmos que isso aconteceu conosco, que pesar haverá em
nosso coração ao término de nossa
vida terrena! É bom pensar nisso agora.
Nos meus primeiros anos de cristão pertenci a um grupo de irmãos que
priorizavam o estudo das Escrituras.
Em certo sentido, sou grato a Deus
por isso, pois me permitiu ter um bom
conhecimento básico da Palavra.
Contudo o estudo ministrado por
eles era todo baseado na razão hu-
mana, sem a revelação do Espírito
Santo. Nós estudávamos a Bíblia
como um colegial estuda química na
escola.
Nós descobrimos os significados
dos tipos do Velho Testamento, etc.,
mas éramos derrotados pelo pecado
em nossa vida. Eu sabia que Deus tinha perdoado meus pecados; mas não
tinha fé para ir além disso.
Quando percebi na Palavra a verdade sobre o batismo no Espírito e
comecei a buscar a Deus nesse senti-
Você Precisa Renovar
Sua Assinatura de ATOS?
Veja aqui como saber disso:
Verifique sua etiqueta de endereço no envelope da Revista ATOS. No
topo direito da etiqueta há uma DATA (month/year) depois da palavra
"EXPIR ";
Se a data está a QUATRO MESES ou MENOS DE QUATRO MESES da data atual, então está na hora de renovar!
Você não precisa renovar sua assinatura a cada edição da Revista
ATOS; você só precisa renovar SE sua assinatura de dois anos estiver vencendo nos próximos quatro meses.
•
•
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Veja aqui como renovar sua assinatura
de dois anos da Revista ATOS:
Destaque o Formulário de Renovação da Revista ATOS desta revista;
Siga TODAS as instruções do Formulário de Renovação;
Responda a TODAS as perguntas do Formulário de Renovação –
escreva claramente em letra de fôrma; e,
Remeta o Formulário de Renovação, sem demora, para o escritório
do World MAP mais próximo de você!
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NOTA: A Revista ATOS não é um “curso por correspondência”. Você não
receberá um “certificado” ou “diploma” depois que ler a Revista ATOS. Nossa esperança e oração é que você receba algo mais valioso: Ensinamento
bíblico e treinamento para o ministério prático! Isso o ajudará a tornarse mais eficaz no ensino, no serviço e no testemunho a outros.
A Revista ATOS é enviada, gratuitamente, quatro vezes ao ano, aos
líderes de igreja que a solicitem na Ásia, África, e América Latina. Esses
líderes receberão a Revista ATOS durante dois anos, e após esse período
eles deverão renovar sua assinatura para que continuem a recebê-la por
mais dois anos.
ATOS / 5
do, achei que eu simplesmente não poderia crer.
Eu jejuava, orava e estava disposto a pagar qualquer preço por isso. Contudo achei extremamente
difícil acreditar que Deus
ouvia meu pedido e me concedia o que pedira. Jesus
ensinou que sempre que
orássemos deveríamos
crer que já recebêramos o
que tínhamos pedido.
“Por isso, vos digo que
tudo quanto em oração
pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” (Mc 11:24.)
Levei bastante tempo –
muitos anos – para crer
nessa declaração com a fé
simples de uma criança. Finalmente, pela graça de
Deus, eu consegui crer que
Deus tinha ouvido minha
oração e me concedera o
que buscava. Fui batizado
Duas pessoas podem ouvir a Palavra de Deus e uma
no Espírito, pela fé.
delas crer enquanto que a outra não.
O dom de línguas que
se seguiu foi apenas uma
Romanos 10:10 declara: “Porque
confirmação do que eu já tinha rece- de pode nos afastar de Deus. A incredulidade é a raiz de todos os ou- com o coração se crê para justiça
bido pela fé.
e com a boca se confessa a respeiQuando olho para trás, após todos tros pecados.
Romanos 6:14 declara: “Porque o to da salvação.”
esses anos de lutas, vejo claramente
Esse é um princípio importante,
que o que me atrapalhava era a incre- pecado não terá domínio sobre vós;
pois não estais debaixo da lei, e sim pois é pela confissão de nossa boca
dulidade.
que expressamos nossa fé. Isso nos
O mesmo princípio se aplica a con- da graça.”
Nesse texto, o Espírito Santo nos confere a libertação do poder de pequistar uma vida de triunfo sobre o
pecado. Nós podemos jejuar, orar e fala muito claramente que, se estiver- cado. E então nós devemos dar nosso
desejar – e ainda assim não conseguir mos debaixo da graça, o pecado não testemunho diante de Satanás, dizennada – até que CREIAMOS que Deus terá domínio sobre nós. Isso está es- do: “Eu acredito que Deus está me
PODE e VAI nos conduzir a uma vida crito de forma tão clara que até mes- conduzindo a uma vida de vitória sovitoriosa.
mo uma criança pode entender essa bre o pecado”. Desse modo nós poSatanás sabe que você não pode verdade. Apesar disso, muitos cren- demos derrotar a Satanás.
obter nada de Deus a não ser pela fé. tes ainda não acreditam na possibili“Eles, pois, o venceram por cauEntão você pode imaginar como ele dade de ter uma vida de vitória sobre sa do sangue do Cordeiro e por
tentará encher seu coração de incre- o pecado.
causa da palavra do testemunho
dulidade. A incredulidade é mais periDeus quer que você viva em vitó- que deram e, mesmo em face da
gosa que a mentira ou o adultério, pois ria. Não importa quão sujo seja o seu morte, não amaram a própria
esses são facilmente reconhecidos pensar, ou há quanto tempo você vem vida.” (Ap 12:11.)
como pecado; e a incredulidade, não. sendo derrotado pela raiva. Deus pode
Toda vez que você cair, faça essa
Em Hebreus 3:12 lemos: “Tende torná-lo completamente livre e dar-lhe confissão, até que a vitória se torne
cuidado, irmãos, jamais aconteça um coração puro. Mas Ele não pode uma realidade em sua vida. Não se
haver em qualquer de vós perverso fazer isso enquanto você não crer.
deixe desencorajar se isso não vier
coração de incredulidade que vos
A Bíblia diz que devemos confes- de um dia para outro. Deus, com
afaste do Deus vivo.”
sar com nossa boca o que cremos no certeza, honrará a confissão de sua
Um coração cheio de incredulida- coração.
boca.
■
6 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 3
LEV
ANDO A P
AL
AVR
A DE DEUS A SÉRIO
LEVANDO
PAL
ALA
VRA
O que significa isso?
Um mau hábito que muitos cren- Palavra de Deus a sério, nós não poIsso permite a um marido estar
tes têm é de não levar a Palavra de demos esperar progredir em nossa
amargurado contra sua esposa AO
Deus a sério. Tomemos, como exem- vida espiritual.
Tiago 1:26 diz: “Se alguém supõe MENOS UMA VEZ?
plo, as palavras de Jesus em Mateus
Nós sabemos que, quando a Palaser religioso, deixando de refrear a
12:36, 37:
“Digo-vos que de toda palavra língua, antes, enganando o próprio vra de Deus proíbe o adultério ou o
assassinato, isso quer dizer que não
frívola que proferirem os homens, coração, a sua religião é vã.”
devemos cometer tal pecado
dela darão conta no Dia
NEM MESMO UMA VEZ. Condo Juízo; porque, pelas
tudo, quando lemos que um
tuas palavras, serás justiA maioria dos cr
entes não
crentes
marido não deveria estar
ficado e, pelas tuas palaacr
edita que, literalmente,
acredita
amargurado contra sua espovras, serás condenado.”
sa, isso não causa em nós o
A maioria dos crentes não
terão de pr
estar conta de
prestar
mesmo impacto. Por quê?
acredita que, literalmente, tetoda palavra frívola que
Isso ocorre porque nós esrão de prestar conta de toda
colhemos e elegemos quais os
palavra frívola que falarem.
falar
em.
falarem.
mandamentos da Palavra de
Quando nós realmente
Deus levaremos a sério ou
acreditamos nisso, eliminaQuando nós rrealmente
ealmente
não. Nós não percebemos que
mos de nossa vida toda caacr
editamos nisso,
acreditamos
TODA a Palavra de Deus deve
lúnia, fofoca, má conversaser levada a sério.
ção e raiva. Todo aquele que
eliminamos de nossa vida
Aqueles que levam toda a
leva a sério essas palavras
toda calúnia, fofoca, má
Palavra de Deus a sério se
de Jesus será radical, e eliafligirão por causa do pecaminará toda palavra frívola
conversação e raiva. T
odo
Todo
do, toda vez que falharem.
de seu falar.
Desse modo eles acharão o
Jesus diz aqui que sereaquele que leva a sério
(poder) do Espírito
mos justificados por nossas
essas palavras de Jesus será conforto
Santo, e serão conduzidos a
palavras.
uma vida de vitória. “BemTodos nós temos conheradical, e eliminará toda
aventurados os que chocimento da justificação pela
palavra frívola de seu falar
falar.. ram, porque serão consolafé. Mas a fé sem obras é
dos.” (Mt 5:4.)
morta, e uma fé que não puAqui está outro segredo da
rifica nosso falar é morta.
Se um homem não puder controlar vitória:
Pense em todas as palavras que
Leve toda a Palavra de Deus a
você falou (ou escreveu) durante os a própria língua, seu cristianismo é inúúltimos três meses – em casa e no til – pois, como disse Jesus, as pala- sério e, toda vez que você falhar peescritório, ao cônjuge, aos filhos, aos vras que falamos mostram como é rante os padrões de Deus, lamente-se
por causa do seu pecado.
empregados, etc. Uma fita que regis- nosso coração.
“Porque a boca fala do que está
Assim você provará que teme a
trasse sua fala provaria que você, um
Deus – e o temor do Senhor é o prinfilho de Deus justificado, é diferente cheio o coração.” (Mt 12:34.)
O modo como usamos nossa lín- cípio da sabedoria que conduz a uma
do mundo ao seu redor? Ou suas palavras seriam semelhantes às dos in- gua é um dos indícios mais claros de vida vitoriosa.
nossa condição espiritual.
Deus olha graciosamente e favocrédulos?
Aqui temos outro exemplo: A Pa- rece aqueles que estão quebrantados
O falar de muitos crentes não foi
purificado, porque eles não levaram lavra de Deus diz que os maridos nun- e contritos em seu espírito e que treas palavras de Jesus a sério. Isso ca deveriam tratar suas esposas com mem diante da Sua Palavra.
“... mas o homem para quem
ocorre porque eles não temem a amargura.
“Maridos, amai vossa esposa e olharei é este: o aflito e abatido de
Deus. Eles temem aos homens mais
do que temem a Deus. Se não de- não a trateis com amargura.” (Cl espírito e que treme da minha palavra.” (Is 66:2.)
senvolvermos o hábito de levar a 3:19.)
■
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
ATOS / 7
Capítulo 4
TODOS OS A
TOS DE DEUS SÃO EM AMOR
ATOS
Deus sempre exigiu que o homem
obedecesse aos Seus mandamentos.
Na Velha Aliança, os israelitas receberam ordenanças, que eles deveriam
obedecer. Mas eles descobriram que
não podiam guardar perfeitamente as
leis de Deus.
Na Nova Aliança, Deus promete
escrever Suas leis em nosso coração e
em nossa mente de forma que nós não
apenas O obedeçamos, mas também
que GOSTEMOS de obedecê-lO.
“Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus
estatutos, guardeis os meus juízos
e os observeis.” (Ez 36:27.)
Somente temos comunhão com
Deus quando obedecemos aos Seus
mandamentos.
No entanto, obediência é algo que
muitos crentes não entendem. A maioria dos crentes, por entender mal a
“graça”, considera que a obediência
é uma exigência da Velha Aliança.
Como resultado, consideram as
ordens de Deus um fardo pesado.
Esse é um engano satânico. É o resultado de uma ignorância quanto ao
amor de Deus.
Todos os mandamentos de Deus
são para o nosso bem e têm o objetivo
de nos tornar livres. Todos eles tiveram origem no coração de um Deus
que nos ama perfeitamente.
Moisés diz (com relação ao fato de
Deus dar Suas leis ao povo de Israel no
monte Sinai), “... à sua direita, havia
para eles o fogo da lei. Na verdade,
amas os povos...” (Dt 33:2,3.)
O fato de Deus nos ter dado a Sua
lei é uma prova do Seu intenso amor
por nós.
Alguns dos mandamentos de Deus
podem requerer abnegação de nossa
parte. Mas, com o correr do tempo,
descobriremos que eles são para nosso bem maior. Um pai não dá ordens
a seus filhos para sobrecarregá-los ou
prejudicá-los – mas tão-somente para
ajudá-los. É dessa forma que precisamos ver as ordens que Deus nos dá
8 / ATOS
também. Ter fé é acreditar em um
Deus que é perfeito em amor. Quando tivermos tal fé, nos deleitaremos
em cumprir as ordens de Deus, a qualquer preço.
Essa é a razão de grande parte de
nossas derrotas. O diabo convenceu a
muitos de nós de que os mandamentos
de Deus, ou são desnecessários, ou são
um fardo. Se não entendemos por que
Deus nos chama para fazer algo, isso
apenas prova nossa imaturidade. Um
dia, quando formos um pouco mais
maduros, ENTENDEREMOS isso.
Quando os pais obrigam os filhos
a irem à escola, estes não entendem
por que não podem ficar em casa brincando. Eles até podem pensar que
seus pais estão sendo muito duros.
Mas é por amor aos filhos que os pais
os obrigam a adquirir uma educação.
Tal como essas pequenas crianças,
nós também freqüentemente não en-
Freqüentemente, o Senhor
corrigirá nosso andar
porque Ele sabe que isso
nos trará problemas.
Devemos estar prontos a
escutar.
tendemos os caminhos de Deus. Mas
se crêssemos no Seu amor, obedeceríamos a toda a Sua Palavra e nos
submeteríamos a todos os Seus mandamentos, sem questionar.
Consideremos a questão do sofrimento. Por que um Deus de amor
permite que soframos?
Isso acontece porque o sofrimento
é uma parte do programa (currículo) de
nossa educação espiritual. É através do
sofrimento que Deus nos conduz à maturidade. Se você não teve muitas oportunidades de sofrer, certamente não
aprendeu muita coisa que tenha algum
valor espiritual para sua vida.
Talvez você tenha murmurado e
reclamado tanto na última vez que
passou por um pequeno sofrimento,
que Deus permite que você agora ande
nos seus caminhos. É muito triste ser
colocado de lado por Deus. Eu preferiria passar por sofrimentos diariamente do que ser colocado de lado por
Deus.
Quando Deus nos conduz pelas
veredas do sofrimento, é tolice nos
compararmos com os outros. Isso seria como nossos filhos questionarem
por que eles têm de ir à escola enquanto as crianças na rua podem brincar na lama todo o dia.
Todos os atos de Deus para conosco são praticados em perfeito
amor. Ele quer que estejamos contentes – não com a felicidade superficial
do mundo, mas com a alegria profunda e eterna, que vem através de uma
vida santa. E o único caminho para a
santidade é o sofrimento.
“Pois eles nos corrigiam por
pouco tempo, segundo melhor lhes
parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de
sermos participantes da sua santidade.” (Hb 12:10.)
Jesus foi o homem mais feliz que
já andou pela terra. Mas Ele foi também o que mais sofreu. Sua felicidade originava-se em fazer a vontade de
Seu Pai – não vivendo de um modo
fácil. Ele via Seu Pai como o perfeito
Amor e, assim, alegremente, se submetia a tudo que o Pai colocava em
Seu caminho. Esse era o segredo de
toda a Sua vida.
■
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 5
DEUS NOS AMA COMO AMA A JESUS
A causa de todos os nossos problemas espirituais é que não vemos a
Deus como um Pai de Amor e um
Deus Soberano.
Uma verdade que revolucionou
minha vida cristã foi a gloriosa revelação que Jesus nos deu, de que o Pai
nos ama da mesma maneira
que O amou.
Jesus orou ao Pai: “... para
que o mundo conheça que
tu me enviaste e os amaste,
como também amaste a
mim.” (Jo 17:23.)
Jesus pediu nessa oração
que o mundo ao nosso redor
pudesse conhecer essa verdade. Mas, antes que o mundo possa perceber essa verdade, é preciso que ela, primeiro, domine nosso coração.
Todos os cristãos acreditam teoricamente em um Pai
amoroso no céu. Mas o fato
de estarem freqüentemente
preocupados, ansiosos e
cheios de insegurança e temor, prova que eles realmente não crêem nisso em seu
coração.
Menor ainda é o número
daqueles que ousariam crer que Deus
os ama tanto QUANTO AMA A JESUS!
Nenhum de nós ousaria crer em tal
verdade se o próprio Jesus não nos
tivesse falado claramente que era assim.
Quando seus olhos se abrem para
essa verdade gloriosa, toda a sua perspectiva de vida se modifica. Toda murmuração, depressão e trevas desaparecerão completamente de sua vida.
Eu sei que isso pode ocorrer, pois
aconteceu comigo.
Eu vivi, por muitos anos, derrotado
e sob a escravidão da depressão. Isso
não era a vontade de Deus para mim;
mas eu simplesmente não conseguia
me livrar disso. As coisas se torna-
ram diferentes desde que meus olhos
foram abertos à verdade de que Deus
me ama da mesma maneira que ama
a Jesus.
Vejo agora que tudo o que foi colocado em meu caminho veio das mãos
de um Pai amoroso. Eu tenho visto que
Não é porque você não jejua nem
ora suficientemente que você não está
tendo uma vida vitoriosa. A vitória não
vem através do auto-esforço, mas pela
fé. “Fé em quê?”, você pode perguntar. Fé no amor perfeito de Deus por
você.
Muitos crentes vivem debaixo da condenação de Satanás
que continua lhes falando:
“Você não está jejuando o
bastante. Você não está pedindo o suficiente. Você não
está testemunhando o bastante. Você não está estudando
a Bíblia o suficiente”, etc.
Eles constantemente estão
sendo enganados por tais pensamentos e se deixam envolver em um círculo infinito de
atividades e em uma multidão
de obras mortas.
Você percebe que a autodisciplina, o jejum, a oração, a
prática de dizimar e testemunhar são obras mortas, se não
têm origem no amor a Deus?
E elas não podem se originar
no amor a Deus a menos que
você esteja seguro de que
Deus o amou primeiro.
A oração de Paulo para os
cristãos de Éfeso era para que eles
pudessem ser arraigados e fundamentados no amor de Deus.
“Para que, segundo a riqueza
da sua glória, vos conceda que
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no
vosso coração, pela fé, estando vós
arraigados e alicerçados em amor.”
(Ef 3:16,17.) “E conhecer o amor de
Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda
a plenitude de Deus.” (Ef 3:19.)
Os cristãos de Éfeso já eram convertidos e batizados no Espírito. Mas
eles ainda precisavam ser fortalecidos
pelo Espírito no homem interior, de
Todos os cristãos acreditam
teoricamente em um Pai
amoroso no céu. Mas o fato
de estarem freqüentemente
preocupados, ansiosos e
cheios de insegurança e temor, prova que eles realmente não crêem nisso em
seu coração.
Menor ainda é o número
daqueles que ousariam crer
que Deus os ama tanto
quanto ama a Jesus!
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Ele se preocupa comigo como a menina de Seus olhos. Assim, agora, nenhuma circunstância da vida pode me
fazer murmurar nem consegue me
deprimir. Eu aprendi, como diz Paulo,
o segredo de estar contente e louvar
a Deus em todas as circunstâncias de
minha vida.
“Alegrai-vos sempre no Senhor;
outra vez digo: alegrai-vos.” (Fp
4:4.) “Digo isto, não por causa da
pobreza, porque aprendi a viver
contente em toda e qualquer situação.” (Fp 4:11.)
Agora este é o fundamento inabalável da minha vida: DEUS ME AMA
DA MESMA MANEIRA QUE ELE AMA
A JESUS.
ATOS / 9
forma que pudessem ser arraigados e
fundamentados no perfeito amor de
Deus por eles, entendendo o comprimento, largura, altura e profundidade
daquele amor. Só então Paulo passou
a falar dos dons pelos quais o Corpo
de Cristo pode ser edificado.
“E a graça foi concedida a cada
um de nós segundo a proporção do
dom de Cristo... E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros
para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho
do seu serviço, para a edificação
do corpo de Cristo.” (Ef 4:7,11,12.)
Essa perfeita segurança no amor
de Deus tem de estar nos sustentando constantemente. Nós devemos estar arraigados e alicerçados nisso, para
que nosso ministério seja produtivo.
Em outro lugar, o Novo Testamento fala disso como “descanso”. “Nós,
porém, que cremos, entramos no
descanso” diz o apóstolo (Hb 4:3). Ele
nos persuade então a que nos esforcemos com todo o nosso coração para
entrar nesse descanso.
“Esforcemo-nos, pois, por entrar
naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.” (Hb 4:11.)
É fácil desistir quando não estamos
“descansando” em perfeita segurança no amor de Deus.
O mundo está cheio de pessoas
que estão procurando alguém que as
ame. Muitos cristãos vão de igreja em
igreja, querendo ser amados. Alguns
buscam o amor em amizades; outros,
no casamento. Mas toda essa procura pode terminar em decepção.
Como órfãos, os filhos de Adão são
inseguros e o resultado é que, dia após
dia, são vencidos por ataques de autopiedade. O fato triste é que, mesmo depois da conversão, muitos ainda permanecem inseguros, apesar de não haver
necessidade de eles serem assim.
Qual é a resposta do evangelho a
este problema? A solução é achar nossa segurança no amor de Deus. Jesus
falou repetidamente aos Seus discípulos que até os cabelos da cabeça deles eram contados e que um Deus que
alimenta milhões de pássaros e veste
10 / ATOS
O AMOR DE DEUS
O mesmo amor que Deus tem por Jesus,
Ele tem por nós.
milhões de flores, certamente cuidaria deles.
Um argumento maior que tudo isso
é: “Aquele que não poupou o seu
próprio Filho, antes, por todos nós
o entregou, porventura, não nos
dará graciosamente com ele TODAS
as COISAS?” (Rm 8:32.)
Como Deus cuidou de Jesus, Ele
cuidará de você também.
Uma razão por que Deus permite
que nossos semelhantes nos decepcionem às vezes, é para que aprendamos a não nos apoiar no homem. Ele
deseja nos livrar de tal idolatria (pois
depender do homem é uma forma de
idolatria), de forma que nós possamos
aprender a confiar totalmente nEle.
Dessa forma, quando Deus prepara
as circunstâncias de tal modo que você
fique desapontado em todos os sentidos, isso não deve desencorajá-lo.
Deus apenas está desacostumando-o
de confiar no braço humano, de forma que você possa aprender a viver
pela fé nEle.
Aprenda a pôr sua segurança no
fato de que Deus o ama como Ele ama
a Jesus.
Toda competição e ciúme entre
cristãos surgem por causa de nossas
próprias inseguranças (falta de fé).
Nós devemos estar seguros no amor
de Deus. Quer dizer, temos de crer
que Deus nos ama.
Eu tenho de crer (ter fé) que esse
Deus não cometeu nenhum erro ao me
criar dessa forma. Eu tenho de crer
(ter fé) que esse Deus me deu dons e
talentos singulares.
Quando alguém tem fé (crê) que
tudo isso é verdade para ele, nunca
terá ciúmes de outros nem competirá
com ninguém.
Entender isso resolve todos os problemas de relacionamento entre os líderes e os crentes.
Simplesmente pense quantos de
seus problemas serão resolvidos quando seus olhos se abrirem para essa
verdade – esse Deus o ama exata■
mente como Ele ama a Jesus.
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 6
DEUS TEM UM PROPÓSITO
EM TOD
A PROV
AÇÃO
TODA
PROVAÇÃO
A vida se torna maravilhosa quando entendemos que Deus tem um propósito – um propósito glorioso – em
tudo que Ele permite que aconteça em
nossa vida. Quando Ele diz “não” às
nossas orações, isso também constitui uma resposta vinda de um coração
de perfeito amor.
Quando Deus enviou serpentes
abrasadoras para picar os israelitas no
deserto, isso foi um ato de amor?
“Então, o Senhor mandou entre
o povo serpentes abrasadoras, que
mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel.” (Nm 21:6.)
Isso certamente era um ato de
amor, pois foi o meio que Deus usou
para fazer com que aqueles israelitas
se arrependessem e voltassem para
Ele, a fim de que o Senhor pudesse
abençoá-los. Ele não podia fazer isso
enquanto eles não se arrependessem.
“Eu é que sei que pensamentos
tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de
mal, para vos dar o fim que
desejais.” (Jr 29:11.)
Uma razão por que Deus permitiu
que este mundo se tornasse um lugar
incômodo para se viver – com doenças, enfermidades, cobras venenosas,
etc. – é para que as pessoas pudessem se voltar para Ele na angústia, e
assim Ele pudesse abençoá-las.
E então nós podemos ver como
Deus usa até mesmo o mal (aquele
causado por Satanás) para trabalhar
em favor dos Seus propósitos.
Quando, na eternidade, encontrarmos todos os que foram resgatados
do pecado, e ouvirmos suas histórias,
descobriremos como Deus usou picadas de cobras, dificuldades financeiras, cânceres, etc. para afastar as
pessoas do pecado e torná-las filhas
do Pai. Nós também ouviremos como
Deus usou o sofrimento para santifiJULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
car Seus filhos de forma que eles pudessem participar da Sua natureza.
Naquele dia, nós agradeceremos a
Deus por muitas coisas que não pudemos entender aqui na terra. Mas o
homem de fé não precisa esperar até
aquele dia. Ele crê agora mesmo na
sabedoria e no amor de Deus – e assim ele dá graças por tudo.
O principal propósito em todos os
atos de Deus para conosco é que possamos participar da Sua natureza.
Deus faz com que todas as coisas
cooperem para o nosso bem – esse
“bem” aí é que sejamos conformes à
imagem do Seu Filho.
“Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão
conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.”
(Rm 8:28,29.)
Por que Deus permite que, às vezes, tenhamos perdas financeiras inesperadas, ou sejamos enganados por
pessoas sem escrúpulos? Muitos de
nós tivemos a experiência de ser roubados em trens ou ônibus abarrotados.
Nessas ocasiões, eu sempre fiz
questão de orar pelo ladrão ou fraudador.
E, além disso, Deus deseja também
nos livrar de um apego excessivo ao
dinheiro e a coisas materiais. Ele não
quer que fiquemos calculando nossas
perdas e nos preocupando com elas.
Ele, tampouco, deseja que nos alegremos com o que ganhamos! Ele quer
que encontremos nossa alegria nEle
– uma alegria que não pode ser aumentada por nenhum ganho material
nem ofuscado por nenhuma perda material.
Jesus andou sobre a terra assim
– e nós somos chamados a andar tal
como Ele andou. A Bíblia diz: “Tende em vós o mesmo sentimento que
houve também em Cristo Jesus.”
(Fp 2:5.)
Se alguém tivesse dado a Jesus um
presente de dez mil denários, por gratidão pelo Seu ministério, isso não teria aumentado Sua alegria nem um
pouco. A alegria de Jesus no Pai já
era completa e transbordante.
Ao mesmo tempo, a alegria de Jesus não teria diminuído em virtude de
nenhuma perda material. Por exemplo,
Judas Iscariotes freqüentemente roubava do dinheiro que era dado como
oferta a Jesus. O Senhor sabia disso,
mas nunca deixou essa perda perturbar sua paz nem sua alegria. Jesus deve
ter se preocupado muito com Judas,
pois o amor ao dinheiro causou a completa ruína dele. Contudo, Jesus nunca
permitiu que a perda do próprio dinheiro perturbasse Sua alegria.
Que diferença ocorre hoje com
relação a muitos pregadores e homens
que têm o dom de curar. A alegria deles
oscila de acordo com o valor de cada
oferta! Mas deixemos os pregadores
e curandeiros de lado! O que diremos
a nosso respeito?
As coisas materiais determinam a
intensidade de nossa alegria? Se isso
acontece, precisamos nos julgar, com
temor e tremor. Estamos seguindo
uma rota perigosa e temos de remover essa atitude materialista de nossa
vida e de nossa salvação.
Se você realmente trata com seriedade o participar da vida de Jesus,
Deus permitirá que muitas coisas lhe
aconteçam, a fim de que você abandone o amor às coisas materiais, deixe de buscar a honra de homens, e se
livre da autopiedade e de muitas outras atitudes não-cristãs.
ATOS / 11
Ele não o obrigará a fazer isso. Se aquele que dentre vós não renunSe crêssemos no perfeito amor
você está contente com uma vida in- cia a tudo quanto tem não pode ser de Deus, deixaríamos tudo por Ele,
correta e de derrotas, que a maioria meu discípulo.” (Lc 14:33.)
alegremente e sem reservas. Ficados crentes ao seu redor tem, Ele o
Já vimos em João 17:23 que Jesus ríamos então totalmente livres da andeixará só.
disse: “Eu neles, e tu em mim, a fim siedade.
Mas se você está ansioso pelo me- de que sejam aperfeiçoados na uniO texto de Filipenses 4:6,7 nos orlhor de Deus, Ele tratará firmemente dade, para que o mundo conheça dena: “Não andeis ansiosos de coicom você, eliminando os “cânceres” que tu me enviaste e os amaste, como sa alguma; em tudo, porém, sejam
que o estão arruinando, e destruindo os também amaste a mim.”
conhecidas, diante de Deus, as vosídolos que o corrompem. Ele pode perNesse texto, Jesus não estava sas petições, pela oração e pela
mitir que você sofra dor, decepções, orando pelo mundo nem pelos crentes súplica, com ações de graças. E a
perdas, humilhação, críticas injustas, etc, carnais. Ele estava orando pelos Seus paz de Deus, que excede todo o ene tenha suas esperanças frustradas, onze discípulos que tinham abandona- tendimento, guardará o vosso copara levá-lo àquele lugar de estabilida- do tudo para segui-lO. ESSES discípu- ração e a vossa mente em Cristo Jede – onde você não pode ser mais aba- los poderiam encontrar, no amor do sus.”
lado.
Os crentes
Então, depois
carnais estão
disso, não fará
sempre preocunenhuma difepados em saber
rença se você é
se o barco derico ou pobre,
les afundará em
criticado ou elomeio à tempesgiado, honrado
tade.
ou desonrado.
Jesus podia
Tendo morrido
dormir normalcom Cristo para
mente em meio
tudo deste munà tempestade,
do, você passará
porque Ele esa participar da
tava seguro no
vida de Jesus.
amor de Seu
Isso o levará a
Pai. Ele sabia
caminhar como
que o diabo não
um rei nesta terpoderia subra.
mergi-lO tão
“Levando
facilmente. Seu
sempre no corPai estava vepo o morrer de
lando sobre Ele
Jesus, para que
o tempo todo.
também a sua
Como a vida
vida se manifesse torna maraVocê precisa manter os olhos no objetivo maior, não nos
te em nosso corvilhosa quando
po.” (2 Co 4:10.)
percebemos
problemas que estão à sua frente.
São poucos os
que, da mesma
que encontram
maneira que o
esse caminho para a vida abundante Pai, uma segurança que os crentes Pai amou a Jesus e cuidou dEle, Ele
em Cristo, porque poucos estão dis- carnais e as pessoas mundanas nun- nos ama e cuida de nós.
postos a pagar o preço – de morte to- ca poderiam conhecer.
Quando finalmente virmos a Deus,
O que faz com que determinado nos surpreenderemos ao descobrir
tal para o ego. Se não morrermos para
cristão venha a ser um “crente car- como é grande o Seu amor por nós;
o ego, não poderemos viver pela fé.
Se não nos dispusermos a ser cru- nal”? O diabo o enganou, levando-o a muito maior do que poderíamos imacificados com Cristo, nosso conheci- pensar que será mais feliz se não se ginar. Perceberemos então como fomento do amor perfeito de Deus per- render totalmente a Deus. O crente mos tolos ao ficar ansiosos.
manecerá sempre teórico. Nós não carnal tenta conseguir “o melhor de
Mas qual será o benefício de perpodemos ser discípulos de Jesus se ambos os mundos” (conforme dizem ceber isto então? AGORA é o momennão abandonarmos tudo deste mun- alguns). Mas isso é um engano; ele, to de abrirmos os olhos para o amor
na verdade, não consegue o melhor de Deus e para o fato de vivermos
do.
■
pela fé.
Jesus disse: “Assim, pois, todo de nenhum dos mundos.
12 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 7
NÃO SOMOS PROV
ADOS ALÉM
PROVADOS
ADE
DA NOSS
A CAP
ACID
NOSSA
CAPA
CIDADE
1 Coríntios 10:13 é um verso glorioso, e traz um tremendo conforto a
todos nós. Ele diz: “... Deus é fiel e
NÃO PERMITIRÁ QUE SEJAIS TENTADOS ALÉM DAS VOSSAS FORÇAS ;
pelo contrário, juntamente com a
tentação [provação], vos
proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”
As pessoas dizem freqüentemente que estão passando por provações e tristezas insuportáveis. Isso pode
ser real para os filhos de
Adão; mas, certamente, não
é verdade para os filhos de
Deus – pois o Senhor vigia
cuidadosamente todas as provações e tentações que surgem no caminho deles.
Satanás e aqueles que nos
odeiam podem desejar nos
afligir de muitas maneiras.
Mas eles não podem chegar
a nós sem nossa permissão
ou a permissão de Deus. Até
mesmo no Velho Testamento, Satanás percebeu que
Deus tinha posto um muro ao
redor de Jó de forma que nenhum mal poderia tocá-lo.
Satanás falou para Deus: “Acaso,
não o cercaste com sebe, a ele, a
sua casa e a tudo quanto tem? A
obra de suas mãos abençoaste, e
os seus bens se multiplicaram na
terra.” (Jó 1:10.)
Mas, para a santificação de Jó,
Deus permitiu uma pequena abertura
nesse muro, e deixou que Satanás atacasse o Seu servo. A extensão da
abertura nesse muro, porém, foi determinada por Deus. Foi aberta um
pouco inicialmente (Jó capítulo 1) e,
depois, mais um pouco (Jó capítulo 2).
Os sabeus e os caldeus, que roubaram a propriedade de, Jó tiveram
de passar pela abertura que Deus tinha feito no muro.
“De repente, deram sobre eles os
sabeus, e os levaram, e mataram
aos servos a fio de espada... Falava este ainda quando veio outro e
nós não podemos culpá-lo, porque ele
não conhecia os registros bíblicos,
como nós os conhecemos.
Mas, agora, nós temos a Palavra
de Deus para nos mostrar Quem controla a abertura do muro.
O muro é de fato o próprio
Deus como uma parede de
fogo ao redor de nós.
“Pois eu lhe serei, diz o
Senhor, um muro de fogo em
redor e eu mesmo serei, no
meio dela, a sua glória.”
(Zc 2:5.)
Mas, como lemos no Velho Testamento sobre o servo
de Eliseu, nossos olhos estão
freqüentemente cegos e nós
não vemos a parede de fogo
que nos cerca. Porém, Eliseu
viu isso e assim não temeu.
“Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem
de Deus [Eliseu] e saído, eis
que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe
disse: Ai! Meu senhor! Que
faremos?
“Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão
conosco do que os que estão com
eles.
“Orou Eliseu e disse: Senhor,
peço-te que lhe abras os olhos para
que veja. O Senhor abriu os olhos
do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de
fogo, em redor de Eliseu.” (2 Rs
6:15-17.)
O servo estava apavorado porque
não podia ver o que Eliseu via. Quando Eliseu orou por ele, seus olhos foram abertos. Então ele pôde descansar. Nós precisamos ter nossos olhos
abertos também.
Deus sabe quando fechar a aber-
O fato de Deus nunca permitir que sejamos tentados
ou provados além da nossa
capacidade, é a razão que
nos permite estar seguros
de que podemos viver em
vitória todo o tempo.
Deus garante que podemos
vencer todas as provações e
tentações que aparecem em
nosso caminho. Por que
então nós falhamos?
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
disse: Dividiram-se os caldeus em
três bandos, deram sobre os camelos, os levaram e mataram aos servos a fio de espada...” (Jó 1:15,17.)
A tempestade que derrubou a casa
de Jó sobre seus filhos entrou pela
mesma abertura no muro. Porém, a
abertura não era larga o bastante para
que a doença passasse e atacasse o
corpo de Jó. Mas, depois, quando
Deus abriu o muro um pouco mais, a
doença pôde também passar e afligir
Jó.
Jó não percebeu inicialmente que
Deus estava no controle de tudo o que
acontecia. Ele se deu conta disso muito depois (no término da história). Mas
ATOS / 13
tura no muro, também. Ele controla
“e, tendo sido aperfeiçoado, tor- do-se obediente até à morte e morte
nossas circunstâncias com muito cui- nou-se o Autor da salvação eterna de cruz.” (Fp 2:7,8.)
dado e precisão, de acordo com nos- para todos os que lhe obedecem.”
Esse é o caminho estreito para a
sa capacidade espiritual e nosso deFoi assim que Jesus completou seu vida abundante, que poucos buscam.
sejo de alcançar o melhor dEle.
aprendizado como um homem, tor- O orgulho está tão profundamente arEnquanto formos espiritualmente nando-se perfeito. Essa é a única ma- raigado na carne que poucos procuimaturos e fracos, Deus não permitirá neira de nos tornamos perfeitos tam- ram esse caminho glorioso de humilque sejamos tentados por nenhuma bém.
dade – ou nem mesmo entendem o
tentação muito forte.
que significa humilharEle não deixará que
se a si mesmo. Esse é
Satanás nos ataque
realmente um mistério
de forma muito vio– mas Deus revelará
lenta. Ao mesmo
isso a todos os que são
tempo, se Deus vê
íntegros de coração.
que nós não estamos
Podemos pensar
interessados no proque são as pressões
pósito dele para nosda vida que a tornam
sa vida, Ele permitiinsuportável para nós.
rá que tenhamos
Na realidade, é o nosuma vida tranqüila.
so orgulho – os elevaNesse caso, a perda
dos conceitos que teserá nossa na eternimos de nós mesmos –
dade.
que torna a vida difíComo Jó era um
cil.
dos servos escolhiDeus deseja nos didos, Deus permitiu
minuir. Ele tem de nos
que ele enfrentasse
reduzir a NADA em
nossa autovalorização,
um sofrimento tão
para que possa cumprir
intenso. Deus não
o Seu propósito em nós.
permitirá isso a todas
Por que, por exemas pessoas, pois
plo, nós nos ofendemos
poucos têm amaducom os outros?
recido o suficiente
É porque temos uma
para suportar uma
Deus proverá tudo de que você precisa para
opinião elevada de nós
prova assim. Em
mesmos e de nossos ditodo caso, bem poua tarefa que Ele puser diante de você.
reitos. Nós sentimos
cos estão interessaque as pessoas não esdos nessa maturidade espiritual.
O fato de Deus nunca permitir que tão nos dando o respeito que mereceJesus foi levado por Seu Pai a pas- sejamos tentados ou provados além da mos ou que, talvez, estejam usurpansar por toda tentação possível, as quais nossa capacidade é a razão que nos do nossos direitos.
Nós nos sentimos ofendidos quannós também podemos enfrentar. Foi permite estar seguros de que podemos
desse modo que Ele se tornou perfeito. viver em vitória TODO O TEMPO. Se do as pessoas falam mal de nós por
Vejamos Hebreus 4:15: “Porque não fosse pela garantia dada por Deus trás. É nosso orgulho exacerbado que
não temos sumo sacerdote que não em 1 Coríntios 10:13, nós não poderí- nos causa tal sofrimento. Furemos o
“balão de nosso orgulho” e, quando espossa compadecer-se das nossas amos ter tal confiança.
Deus garante que podemos ven- tivermos verdadeiramente esvaziados,
fraquezas; antes, foi ele tentado em
todas as coisas, à nossa semelhan- cer todas as provações e tentações verificaremos que não há nenhuma
que aparecem em nosso caminho. Por pressão.
ça, mas sem pecado.”
Esse é o segredo.
Vejamos também Hebreus 5:7-9: que então nós falhamos? Porque não
Que Deus possa abrir nossos olhos
“... nos dias da sua carne, tendo usamos o modo de escape que Deus
oferecido, com forte clamor e lágri- nos oferece em toda provação e ten- para vermos isso.
Enquanto as pessoas ao nosso remas, orações e súplicas a quem o tação.
Qual é esse modo de escape?
dor estiverem reclamando de mil e uma
podia livrar da morte e tendo sido
É HUMILHAR-SE – como Jesus fez. coisas, nós não teremos nenhuma reouvido por causa da sua piedade,
“embora sendo Filho, aprendeu “... e, reconhecido em figura huma- clamação – porque tomamos o modo
■
a obediência pelas coisas que sofreu na, a si mesmo se humilhou, tornan- de escape, humilhando-nos.
14 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 8
DEUS DÁ SUA GRAÇA SOMENTE
AOS HUMILDES
Há outra razão por que Deus quer
que nos humilhemos – é para que Ele
possa nos dar a Sua graça.
Deus não violará Suas próprias leis
– e uma das leis que o Senhor instituiu
e manterá, é que Ele resiste ao soberbo e concede graça ao humilde: “...
sede submissos aos que são mais
velhos; outrossim, no trato de uns
com os outros, cingi-vos todos de
humildade, porque Deus resiste aos
soberbos, contudo, aos humildes
concede a sua graça. (1 Pe 5:5.)
Por mais que Deus nos ame, Ele
não pode nos dar a Sua graça se formos orgulhosos. E, se não obtivermos
a graça de Deus, não poderemos viver em vitória.
Há dois tipos de graça – dois significados para essa palavra.
(1) A definição mais comum do primeiro significado de graça é “favor
imerecido”, “receber o oposto do que
merecemos”.
(2) A segunda definição dessa palavra é “divina habilitação” ou “autorização pessoal”. Quer dizer, Deus
habilita e nos autoriza a executar algo
que não podemos fazer sem a Sua
“graça”.
O poder da tentação só pode ser
superado pelo poder da graça de Deus.
“Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade
vieram por meio de Jesus Cristo.”
(Jo 1:17). Debaixo da Lei (a Velha
Aliança), as pessoas lutaram e lutaram contra a tentação em seu coração, mas foram sempre derrotados.
Saulo de Tarso viveu em perfeito
acordo com os padrões EXTERIORES
da lei de Deus. Em Filipenses 3:6, ele
dá testemunho de sua vida: “Quanto
à justiça que há na lei, irrepreensível”.
Contudo Paulo descobriu que era
impotente contra a luxúria e a cobiça
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
que havia em seu coração. Ele diz em
Romanos 7:8: “Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento,
despertou em mim toda sorte de
concupiscência...”
A Lei não tem o poder de capacitar as pessoas a manter o coração livre da luxúria. Ela nunca pretendeu
isso. O objetivo da Lei era apenas
mostrar ao homem a sua impotência
contra as concupiscência da carne, e
mantê-lo afastado do pecado pelo
medo do castigo.
Através da Lei, alguém talvez tivesse uma vida perfeita externamente, aos olhos dos homens. Ainda assim o coração dele poderia estar como
um esgoto de pecado! Isso era o melhor que a Lei conseguia realizar.
Mas as boas-novas da Nova Aliança através de Jesus Cristo são que
o que a Lei não conseguiu fazer, a graça pode. A graça de Deus não é só
Seu favor imerecido perdoando nossos pecados. É mais que isso. É o poder de Deus!
Em 2 Coríntios 12:9, a “graça” é
comparada ao “poder”. “... A minha
graça te BASTA, porque o PODER
se aperfeiçoa na fraqueza...”
Essa graça (poder) nos ajuda quando somos tentados. Hebreus 4:16 diz:
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça,
a fim de recebermos misericórdia e
acharmos GRAÇA PARA SOCORRO em
ocasião oportuna.”
“... o que vale é estar o coração
CONFIRMADO COM GRAÇA...” (Hb
13:9.) Então nós podemos impedir que
nosso coração seja maculado pela
concupiscência e pela cobiça. Essas
são as boas-novas da Nova Aliança.
Em Hebreus 8:10, Deus diz: “... na
sua mente imprimirei as minhas leis,
também sobre o seu coração as inscreverei...” Deus faz isso em nossa
mente e em nosso coração pelo ESPÍRITO DA GRAÇA.
Pela graça, “Porque Deus é quem
efetua em vós tanto o querer como
o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13), para que “o preceito
da lei se cumprisse EM nós” (Rm
8:4).
Esse foi o principal propósito para
o qual Deus derramou Seu Espírito no
dia de Pentecostes. Era o “Espírito da
graça” que foi derramado “sobre os
habitantes de Jerusalém” (Zc 12:10).
Hoje, esse rio ainda está fluindo
como um rio do trono de Deus para a
terra. Os habitantes da Jerusalém
celestial de Deus (a Igreja) ainda podem nadar nesse rio e ser cobertos
por sua água, imergidos na graça de
Deus.
Esse rio de graça que nos cobre
habilitando-nos e capacitando-nos,
também nos protege e nos purifica. Se
você entende e aceita isso, então a
promessa de Romanos 6:14 será cumprida: “Porque o pecado não terá
domínio sobre vós; pois não estais
DEBAIXO da lei, e sim da GRAÇA
[imerso na graça e capacitado pela
graça].”
Há apenas uma condição para se
entrar nesse rio: NÓS NOS humilharmos. Eu ouço líderes de igreja orando: “Senhor, humilha-me!” A Bíblia diz
humilhe-SE! “Humilhai-VOS, portanto, sob a poderosa mão de Deus,
para que ele, em tempo oportuno,
vos exalte.” (1 Pe 5:6.)
A graça pode capacitar-nos e habilitar-nos a viver acima do pecado,
acima de nossas circunstâncias, acima da depressão, acima do mau humor, acima de Satanás, acima da
amargura, acima do ódio, do ciúme,
da luxúria e de todo mal, se somente
nos humilharmos debaixo DA PODEROSA MÃO DE DEUS.
ATOS / 15
O que é a PODEROSA MÃO DE
DEUS sob a qual devemos nos humi-
ça, das quais nós, como filhos de Adão,
estamos cheios.
Uma forma de orgulho é pensar
que nós temos o poder para superar o
pecado. Às vezes, um ensino errado
nos dá a autoconfiança de que nós
podemos obter vitória apenas tendo um
pouco mais de determinação, de
autodisciplina e de conhecimento bíblico e nos dedicando um pouco mais
à oração e ao jejum.
Se nós pudermos fazer apenas isso,
pensamos que agora adquirimos uma
caiamos novamente e novamente –
repetidamente – até que percamos
lhar? É a mão que controla todas as
toda a esperança de sempre obter vicircunstâncias e pessoas que cruzam
tória, devido ao fato de cairmos tão
nosso caminho diariamente.
freqüentemente, apesar de todas nosHumilhar-nos é submeter-nos alesas boas decisões. Isso é a estaca zero
gremente a todos os atos de Deus para
a partir da qual Deus pode nos conduconosco – em todas circunstâncias, e
zir à terra prometida da vitória.
até mesmo quando Ele permite que as
No Velho Testamento, Deus levou
pessoas nos tratem mal.
os israelitas que saíram do Egito para
Nós nunca precisamos temer que
as fronteiras da Terra Prometida dois
esses acontecimentos se tornem peanos após eles terem deixado aquele
sados demais para suportarmos, pois
país. Mas eles não puderam entrar na
Deus está controlando
terra prometida por
a “abertura do muro”
causa da incredulida(veja Jó 1:10) e sabe
de (veja Números
quanto abrir de cada
capítulos 13 e 14).
vez. Ele também sabe
E assim Deus perquando fechar.
mitiu que aqueles israSe somos derrotaelitas orgulhosos e
dos por qualquer pecaautoconfiantes vagasdo, só pode haver uma
sem pelo deserto durazão para isso – nosrante outros “trinta e
so ORGULHO. Deus só
oito anos, até que
dá graça ao humilde.
toda aquela geraNós não podemos venção dos homens de
cer o pecado se Deus
guerra (simbolizando
não nos der graça. E
a força do ego) se
Deus não nos dá graconsumiu” (Dt 2:14).
ça, quando estamos
Assim eles voltacheios de orgulho.
ram à estaca zero.
Toda vez que nos
Nessas condições,
achamos derrotados,
poderiam entrar na
temos de ir a Deus e
terra. Então Jericó
dizer: “Senhor, mostrecaiu diante deles, sem
me onde está em mim
qualquer esforço por
o orgulho que O impeparte dos israelitas.
diu de me dar graça
Deus tem de nos
para superar essa sireduzir a zero antes
tuação”. Se nós forque Ele possa fazer
mos rápidos em nos
Sua obra em nós e por
humilhar a cada franós. Não é necessácasso, a vitória pode
rio levar quarenta
ser nossa em um temanos. Você pode enNormalmente, o processo de nos humilharmos
po muito curto.
trar na terra prometisignifica que devemos procurar alguém para
A vitória sobre o
da muito mais rápido
pedir-lhe perdão ou pedir-lhe ajuda.
pecado é nosso direito
se tratar firmemente
inato na Nova Aliancom seu orgulho, e se
ça. Não deixe Satanás privá-lo disso boa doutrina e a vitória será fácil. estiver determinado a se humilhar a
por ignorância ou orgulho.
Prosseguimos com grande confiança, qualquer preço.
Se nossa vitória estiver demoran- mas ainda não percebemos que nossa
Enquanto culparmos as circunstândo, é porque estamos lentos em res- confiança está em nós mesmos e não cias ou as outras pessoas, não podeponder à pressão de fracassos que na graça de Deus. E repare que fa- mos esperar a vitória. Mas se nos huDeus permite e que, finalmente, nos lhamos miseravelmente.
milharmos, crendo que Deus controla
levará a nos humilhar. Leva tempo
Mas você acha que aprendemos a todas as circunstâncias e que poderepara que fiquemos dispostos a quebrar lição com uma queda? Não, não apren- mos superar qualquer tentação, então
■
nossa auto-afirmação e auto-confian- demos. E assim Deus permite que a vitória estará segura.
16 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 9
DEUS CONTROL
AA
S CIR
CUNSTÂNCIA
S
CONTROLA
AS
CIRCUNSTÂNCIA
CUNSTÂNCIAS
Para que a nossa fé seja inabalável, temos de descansar, confiando em
três fatos relativos a Deus:
1. Seu perfeito amor,
2. Seu poder absoluto e
3. Sua perfeita sabedoria.
Se estivermos certos do Seu amor,
temos de estar igualmente convencidos do Seu poder soberano. Essa é a
razão por que Jesus nos ensinou a iniciar nossas orações dirigindo-nos a
Deus como “Pai nosso, que estás nos
céus” (Mt 6:9). “Pai nosso” nos faz
lembrar do amor perfeito dele; e “no
céu” nos lembra de que Ele tem poder absoluto. Ele é Deus! E em Sua
soberania absoluta, Ele tem poder para
dominar e controlar tudo o que acontece na terra.
Sendo Deus, Ele é também perfeitamente sábio, e assim dirige nossos
caminhos rigorosamente de acordo
com Sua sabedoria.
“O caminho de Deus é perfeito;
[Sua sabedoria é perfeita] ... e [Ele]
aperfeiçoou o meu caminho [Ele
controla minhas circunstâncias perfeitamente].” (Sl 18:30,32.)
Se Deus não fosse perfeito em
amor, poder e sabedoria, nossa fé
não teria um fundamento adequado
onde pudéssemos descansar. Mas
porque Ele tem todas essas três qualidades nós nunca precisamos temer.
A fé é o descansar da personalidade humana em Deus, confiando totalmente no Seu amor perfeito, no Seu
poder absoluto e na Sua perfeita sabedoria.
Reconheçamos prontamente que a
sabedoria desse Deus é perfeita. Seus
caminhos são mais altos, assim como
o céu é mais alto que a terra.
“Porque os meus pensamentos
não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos, os meus
caminhos, diz o Senhor, porque,
assim como os céus são mais altos
do que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamenJULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
tos, mais altos do que os vossos
pensamentos.” (Is 55:8,9.)
É por isso que nem sempre entendemos o modo como Ele opera ou dirige nossas ações. Se uma criança não
consegue entender todos os procedimentos de seu pai, então não é de estranhar que não possamos entender
todos os atos de Deus.
À medida que crescemos espiritualmente e participamos mais da natureza divina, começaremos a entender
cada vez mais os caminhos do Senhor.
A soberania total de Deus sobre
todas as pessoas e circunstâncias é
uma questão que interessa a muitos
crentes que permanecem em dúvida.
Eles podem reconhecer isso “verbalmente”, mas não crêem que “funciona” nas situações da vida diária.
As Escrituras estão cheias de
exemplos de como Deus operou soberanamente no interesse de Seu povo
– e freqüentemente das formas mais
improváveis.
Muitos de nós estamos familiarizados com os modos obviamente
miraculosos pelos quais Deus operou
em favor do Seu povo – como a libertação dos israelitas do Egito, etc. Mas,
freqüentemente, deixamos de ver os
maiores milagres pelos quais Deus
“virou o jogo” contra Satanás quando
este atacou o Seu povo.
O caso de José é um clássico.
Deus tinha um plano para o décimo
primeiro filho de Jacó – fazer dele o
segundo governante no Egito, aos trinta anos.
José era um jovem temente a Deus
e por isso Satanás o odiava. Então
Satanás influenciou os irmãos mais
velhos de José a dar um sumiço nele.
Mas Deus interveio, e eles não tiraram a vida de José.
Contudo, eles conseguiram vendêlo para alguns comerciantes ismaelitas.
Mas para onde você acha que esses
comerciantes levaram José? Para o
Egito, claro! Esse era o cumprimento
de uma parte do plano de Deus.
No Egito, José foi comprado por
Potifar. Isso também foi arranjado por
Deus. A esposa de Potifar era uma
mulher má. Nutrindo uma fantasia
sexual por José, ela tentou atraí-lo
várias vezes. Finalmente, quando ela
viu que não teria sucesso, acusou-o
falsamente e fez com que fosse lançado na prisão.
Mas quem você acha que José
conheceu na prisão? O copeiro de
Faraó! Deus também tinha arranjado
as coisas de forma que o copeiro de
Faraó fosse encarcerado ao mesmo
tempo e que José pudesse conhecêlo. Essa era a segunda etapa do plano
de Deus.
O terceiro passo de Deus foi permitir que o copeiro de Faraó se esquecesse de José durante dois anos.
“O copeiro-chefe, todavia, não
se lembrou de José, porém dele se
esqueceu... Passados dois anos
completos, Faraó teve um sonho...
Então, disse a Faraó o copeiro-chefe...” (Gn 40:23; 41:1,9.)
Essa era a hora, de acordo com o
tempo de Deus, para José ser liberto
da prisão.
O Salmo 105:19,20 diz: “Até cumprir-se a profecia a respeito dele, e
tê-lo provado a palavra do Senhor.
[Então] O rei mandou soltá-lo...”
José tinha agora trinta anos. O tempo de Deus havia chegado. E assim
Deus deu a Faraó um sonho. E Deus
também fez com que o mordomo se
lembrasse de José e de como ele interpretara seu sonho. Assim José veio
perante Faraó e se tornou o segundo
governante no Egito.
O controle de Deus sobre os eventos na vida de José não poderia ter
sido mais perfeito!
Nós nunca pensaríamos em arranjar as coisas do modo que Deus fez.
Se nós tivéssemos o poder de planejar a vida de José, provavelmente teríamos impedido que as pessoas lhe
causassem qualquer dano. Mas a
maneira como Deus fez foi a melhor.
ATOS / 17
Há um milagre grandioso quando o te. Certa noite, o rei não conseguia nejando pedir ao rei permissão para
mal que as pessoas nos fazem se tor- dormir. Aquela noite de insônia salvou enforcar Mordecai.
nam em meios para cumprir os propó- os judeus.
Antes que Hamã pudesse abrir a
sitos de Deus para nós! O Senhor se
Certa noite, o perverso Hamã e sua boca, o rei lhe perguntou o que ele
regozija ao virar o jogo contra Satanás, esposa conspiraram para conseguir a achava que deveria ser feito a alguém
de forma que todas as coisas operem permissão do rei para enforcar o justo a quem o rei desejava honrar. Hamã,
juntas para o bem dos Seus escolhidos. Mordecai. Este seria o início da des- homem convencido que era, pensou
Vamos aplicar isso a nossas cir- truição de todos os judeus.
que o rei estivesse referindo-se a ele,
cunstâncias.
Mas enquanto Hamã e sua esposa e assim sugeriu uma grande parada
Qual deveria ser nossa atitude para faziam seus planos, Deus estava ope- em honra de tal homem. “Vá e faça
com os homens maus, para com as rando em favor de Mordecai. “É cer- isso com Mordecai, imediatamente”,
pessoas que têm ciúmes de nós, para to que não dormita, nem dorme o disse o rei.
com os que nos acusam falsamente, guarda de Israel.” (Sl 121:4.)
Como o nosso Deus pode, maravipara com os amigos que prometem nos
Naquela noite, Deus impediu que lhosamente, virar o jogo contra Sataajudar mas se esquecem, ou se for- o rei dormisse. “Naquela noite, o rei nás. No final, Hamã foi enforcado na
mos lançados injustamente na prisão? não pôde dormir; então, mandou mesma forca que havia preparado
Cremos que Deus seja soberano o trazer o Livro dos Feitos Memorá- para Mordecai.
bastante para usar todas essas pesso- veis, e nele se leu diante do rei.”
A Bíblia diz: “Quem abre uma
as e tudo o que elas fazem – seja deli- (Et 6:1.)
cova [para outro] nela cairá [ele
berada ou acidentalmente –
próprio]; e a pedra rolapara cooperarem para o
rá [para esmagar] sobre
cumprimento do Seu propóquem a revolve [para ousito em nossa vida? Se Ele
tro].” (Pv 26:27.)
fez isso por José, não fará
Nessa história, Hamã é
também por nós? Ele pode
um tipo de Satanás, que
e certamente vai fazer.
está sempre planejando alMas eu lhe direi quem
gum mal contra nós. Deus
poderia ter arruinado o planão o impedirá, porque Ele
no de Deus para a vida de
tem um plano melhor mais
José. Somente uma pessoa
adiante. Ele quer virar o
– o próprio José. Se ele
jogo contra Satanás. A setivesse se rendido à tentapultura que o diabo cava
ção da esposa de Potifar,
para nós será aquela em que
Deus certamente o teria
ele finalmente cairá.
colocado de lado.
Sofonias 3:17 diz: “O SeSomente uma pessoa no
nhor, teu Deus, está no
universo pode arruinar e
meio de ti, poderoso para
frustrar o plano de Deus
salvar-te; ele se deleitapara sua vida – você. Ninrá em ti com alegria; reÉ o Senhor Quem põe as situações e as
guém mais pode fazer isso.
novar-te-á no seu amor,
Nem seus amigos nem seus pessoas em nossos caminhos e estabelece as regozijar-se-á em ti com
inimigos. Nem anjos nem
circunstâncias com as quais temos de lidar. júbilo.”
Satanás. Somente você.
Mordecai estava dorminQuando percebemos É prerrogativa de Sua soberania fazer isso. do pacificamente naquela
isto, somos libertos de muinoite, ignorando totalmente
tos de nossos medos e de atitudes erO rei ouviu a história de sua nação todos os planos perversos que Hamã e
radas para com aqueles que nos pre- durante muitas horas, até que o dia sua esposa arquitetavam contra ele.
judicam.
começou a raiar. Então, a leitura cheÉ bom que olhemos mais um gou ao ponto onde foi registrado que
Eu tenho duas perguntas para
exemplo do Velho Testamento, de for- Mordecai, certa vez, salvara o rei de você.
ma que nossa mente possa ser esta- ser assassinado. O rei perguntou aos
(1) Teria Mordecai dormido tranbelecida firmemente nessa verdade.
criados que honra tinha sido dada a qüilamente da mesma maneira, mesNo livro de Ester, lemos como Deus Mordecai por isso, e eles responde- mo se tivesse conhecimento dos plasalvou os judeus de serem mortos ram que nada havia sido feito.
nos perversos de Hamã? Possivelmente
como uma raça (pelo genocídio). Mas
Deus novamente estava controlan- não, pois sem dúvida ele era como eu e
é maravilhoso vermos como Deus fez do os acontecimentos com perfeição. você. Nós nos preocupamos com as
isso – mediante um pequeno inciden- Naquele instante, Hamã entrou, pla- coisas de que temos conhecimento.
OPOSIÇÃO
DECEPÇÕES
SOFRIMENTO
18 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
EU NÃO ENTENDO POR
QUE TODAS ESTAS COISAS ME ACONTECERAM!
Quando Deus esconde o perigo de nós,
não preocupamos nem nos irritamos.
E a segunda pergunta é esta:
(2) Poderia Mordecai ter dormido da mesma maneira, tranqüilamente, se tivesse conhecimento dos planos perversos de Hamã? Ele poderia,
se tivesse uma fé firme de que Deus
estava ao lado dele e que quando os
inimigos estavam conspirando para
matá-lo, Deus estava executando um
contra-plano para protegê-lo.
Nós sabemos que Pedro tinha esse
tipo de fé. Na noite anterior ao dia em
que seria executado por Herodes, Pedro
dormiu tranqüilamente na prisão, sabendo que Deus estava silenciosamente
operando por ele em amor. No momento certo, o anjo de Deus veio, acordou
Pedro e o libertou (Atos 12:6,7).
Nós também podemos dormir tranqüilamente toda noite, independentemente do que pessoas ou demônios
possam estar tentando fazer contra
nós – se cremos na soberania total de
Deus sobre tudo e todos.
Quando tivermos consciência da
soberania de Deus, deixaremos de
culpar as pessoas por qualquer coisa.
Já não teremos medo de Satanás, temendo que ele possa nos prejudicar
de algum modo. Não teremos medo
de enfermidade nem de nenhuma outra coisa neste mundo.
A Bíblia nos diz que devemos dar graças por tudo, em todas as circunstâncias
e também por TODAS AS PESSOAS.
“Dando sempre graças POR TUDO
a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Ef 5:20.)
“EM TUDO, dai graças, porque
esta é a vontade de Deus em Cristo
Jesus para convosco.” (1 Ts 5:18.)
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
TALVEZ VOCÊ NÃO
ESTEJA VENDO
COM CLAREZA...
DEUS O AMA E ELE PODE USAR
TUDO O QUE LHE ACONTECE A PARA
O SEU BEM -- VOCÊ PRECISA
OLHAR PELA PERSPECTIVA DE
DEUS!
“Antes de tudo, pois, exorto que
se use a prática de... ações de graças, em favor de todos os homens.”
(1 Tm 2:1.)
Isso somente terá sentido para nós
quando aceitarmos a soberania absoluta de Deus.
Deus cuida de nós como Ele cuidou de Jesus. A mesma graça que ajudou Jesus, o mesmo poder do Espírito
Santo que O capacitou a superar tudo,
está disponível para nós agora.
Judas traiu Jesus, Pedro O negou,
Seus discípulos O abandonaram, a
multidão se voltou contra Ele. Jesus
foi tentado injustamente, falsamente
acusado e conduzido para fora a fim
de ser crucificado. E no caminho do
Calvário, Ele virou-se para a multidão
e disse: “... não choreis por mim;
chorai, antes, por vós mesmas e por
vossos filhos!” (Lc 23:28.)
Não havia nenhum sinal de autopiedade nEle.
Ele sabia que o Pai tinha enviado o
cálice que Ele estava bebendo. Judas
Iscariotes era só o mensageiro que
havia trazido o cálice. E assim Ele
poderia olhar com carinho para Judas
e chamá-lo de “amigo”. Você não
pode fazer isso, a menos que tenha fé
na soberania total de Deus.
Jesus disse a Pilatos: “Nenhuma
autoridade terias sobre mim, se de
cima não te fosse dada; por isso,
quem me entregou a ti maior pecado tem.” (Jo 19:11.)
Foi essa garantia que permitiu a
Jesus caminhar por este mundo como
um rei, com dignidade. Ele viveu e
morreu com essa dignidade espiritual.
Agora somos chamados para “andar assim como ele andou” (1 Jo
2:6). Como Ele “fez a boa confissão”
diante de Pilatos (1 Tm 6:13), nós também devemos fazer nossa confissão
perante uma geração de incrédulos
(Fp 2:14,15).
Em 1 Timóteo 6:13,14, Paulo diz a
Timóteo: “Exorto-te, perante Deus,
que preserva a vida de todas as
coisas, e perante Cristo Jesus, que,
diante de Pôncio Pilatos, fez a boa
confissão, que guardes o mandato
imaculado, irrepreensível, até à
manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Como já vimos, o bem maior que
Deus deseja para nós é fazer-nos participantes da Sua natureza e da Sua
santidade. Em Sua maravilhosa soberania, Ele usa todos que cruzam o nosso caminho para o nosso bem, para
cumprir o Seu propósito. É por isso
que nós podemos dar graças por TODOS os homens.
Por que Deus permite aquele vizinho problemático, aquele parente
resmungão e aquele chefe tirano que
está sempre importunando-o? Ele
pode facilmente afastá-los ou até mesmo tirar a vida deles, e assim tornar a
existência mais confortável para você.
Mas Ele não faz nenhuma dessas
coisas. Por quê? Porque Ele quer usálos para santificá-lo. E, muito freqüentemente, Ele quer salvá-los também –
através de você.
Glorifique a Deus porque nossa
vitória nunca depende do tipo de pessoas que nos rodeiam – seja em nossa casa ou escritório ou em qualquer
outro lugar. Nossa vitória depende totalmente da graça de Deus. E essa
graça pode ser nossa em qualquer situação, se nós nos humilharmos. ■
ATOS / 19
Capítulo 10
GRAÇA SUFICIENTE
A síntese e a essência de tudo aquilo que temos dito até aqui é que a nossa salvação é PELA GRAÇA e MEDIANTE A FÉ.
“Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós;
é dom de Deus.” (Ef 2:8.)
Nós começamos nossa vida cristã
– recebendo o perdão pelos pecados
e o batismo no Espírito – pela graça,
mediante a fé. Um dia, quando Jesus
Cristo nosso Senhor retornar
em glória, subiremos para
encontrar com Ele nas alturas. Isso também se dará
pela graça e pela fé.
Assim, o começo e o fim
de nossa vida cristã sobre a
terra se dá pela graça e mediante a fé. O que precisamos aprender é que o mesmo princípio se aplica a tudo
o que ocorrer nesse intervalo. Pela graça e mediante a
fé podemos superar todo
mal, e cumprir a tarefa que
nos é dada por Deus na terra.
Deus conhece todo o
futuro. Nada do que vai
nos acontecer amanhã, ou
na semana que vem, ou no
ano que vem pode pegar
Deus de surpresa. Ele
sabe o fim desde o princípio. Isso deveria nos trazer
grande conforto. Se Deus
sabe que sofreremos uma grande
provação ou tentação amanhã ou na
semana que vem, Ele certamente
nos dará graça para enfrentarmos
isso.
Deus disse a Paulo: “A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza...” (2 Co
12:9.)
Sua graça É suficiente para toda
necessidade.
“Deus pode fazer-vos abundar
em toda graça, a fim de que, tendo
sempre, em tudo, ampla suficiência,
superabundeis em toda boa obra.”
(2 Co 9:8.)
A graça está disponível em abundância para nos ajudar em nosso tempo de necessidade.
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hb 4:16.)
bem abundância da graça reinarão em
vida por Jesus Cristo.
“Se, pela ofensa de um e por meio
de um só, reinou a morte, muito mais
os que recebem a abundância da
graça e o dom da justiça reinarão
em vida por meio de um só, a saber,
Jesus Cristo.” (Rm 5:17.)
Essa era a vontade de Deus para
Adão – que ele pudesse ter domínio e
reger sobre tudo.
Gênesis 1:26 diz: “Também disse Deus: Façamos
o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; TENHA ELE DOMÍNIO...”
A desobediência de
Adão impediu que o propósito maravilhoso de Deus
fosse cumprido em sua vida.
Mas agora Deus levantou uma nova raça (família)
na terra – os filhos de Deus
que vivem pela fé em Jesus
Cristo – que vivem com a
dignidade de reis e reinam
sobre a terra.
Se nos humilharmos e recebermos a graça de Deus,
não precisaremos permitir
que o pecado tenha domínio
sobre nós.
Nenhum medo ou ansiedade precisam entram em
nosso coração novamente.
Ninguém na terra pode
tornar a nossa vida miserável – nem
nosso chefe, nem nosso vizinho, nem
nossos parentes, nem nossos inimigos, nem Satanás, ninguém – pois
aprendemos o segredo da vitória.
Louvado seja Deus que sempre
nos conduz em triunfo em Cristo.
Como é maravilhoso viver debaixo da Nova Aliança da graça de
Deus!
A Terra Prometida está disponível
para você!
■
Entre e tome posse dela!
Pela graça e mediante a fé
podemos superar todo mal,
e cumprir a tarefa que nos é
dada por Deus na terra.
Qualquer que seja a nossa
necessidade, a graça de
Deus está disponível para
ajudar-nos a enfrentá-la.
A Bíblia diz que aqueles que
recebem abundância da
graça reinarão em vida por
Jesus Cristo.
20 / ATOS
Qualquer que seja a nossa necessidade, a graça de Deus está disponível para ajudar-nos a enfrentá-la. Assim, somos convidados a IR CONFIADAMENTE ao trono da graça para
recebê-la.
Fomos derrotados no passado porque não recebemos essa graça. A história pode ser diferente no futuro. Se
nos humilharmos e clamarmos pela
graça em nosso tempo de necessidade, Deus não nos desapontará.
A Bíblia diz que aqueles que rece-
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Capítulo 11
CHAMADO, ESCOLHIDO E FIEL
O Remanescente Fiel
O livro de Apocalipse fala do triunfo do
Cordeiro de Deus. E diz também que o Cordeiro tem um exército de discípulos através
dos quais Ele luta Suas batalhas e as vence.
Esses discípulos são (1) chamados, (2) escolhidos e (3) fiéis.
“[Ele] é o Senhor dos senhores e o Rei
dos reis; vencerão também os chamados,
eleitos [escolhidos] e fiéis que se acham com
ele.” (Ap 17:14.)
Muitos são chamados, poucos são escolhidos; e, menos ainda, são fiéis. Esses são o
vencedores mencionados dez vezes no livro de
Apocalipse. Eles são os discípulos de Jesus
que não apenas foram aceitos por Deus mas
que também foram testados por Ele mediante
muitas circunstâncias. E o Senhor os aprovou.
Muitos criam em Jesus quando Ele estava na terra, mas Ele não confiava em todos
eles.
“Estando ele [Jesus] em Jerusalém, durante a festa da Páscoa, muitos, vendo os
sinais que ele fazia, creram no seu nome;
mas o próprio Jesus não se confiava a eles,
porque os conhecia a todos.” (Jo 2:23,24.)
Jesus sabia que a grande maioria desses
que ainda acreditavam nEle buscavam o seu
próprio interesse, e vinham a Ele apenas por
causa das bênçãos pessoais. Seus pecados tinham sido perdoados, mas eles não desejavam
ser vencedores. Para ser um vencedor a pessoa
tem de desejar dominar esse impulso de buscar
o próprio bem às custas de outros.
Quando Gideão reuniu um exército para
lutar contra os inimigos de Israel, ele teve
32.000 homens com ele. Mas Deus sabia que
nem todos estavam nesse empreendimento
de todo o coração. E assim Deus reduziu o
número deles. Os medrosos foram enviado
para casa primeiro. Mas 10.000 ainda permaneceram. Esses foram levados então até o
rio e testados. Só 300 passaram no teste e
foram aprovados por Deus (Juízes 7:1-8). O
modo como aqueles dez mil homens beberam
a água do rio para aliviar a sede foi o meio
determinado por Deus pelo qual eles se qualificaram para estar no exército de Gideão.
Poucos deles perceberam que estavam sendo
testados.
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Nove mil e setecentos deles esqueceramse totalmente do inimigo enquanto se ajoelhavam para satisfazer sua sede. Só 300 deles
permaneceram em posição de alerta, enquanto lambiam a água e a levavam com a mão à
boca.
Testado na Vida Diária
É nas coisas comuns da vida que Deus
nos testa – em nossa atitude para com o dinheiro, o prazer, a honra terrena, o conforto,
etc. Quando Deus prepara as circunstâncias
que vêm a nós, agimos como o exército de
Gideão e não percebemos que Ele está nos
testando, para ver como reagimos.
Jesus nos advertiu para não ficarmos sobrecarregados com os cuidados deste mundo.
Ele disse: “Acautelai-vos por vós mesmos,
para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele
dia não venha sobre vós repentinamente,
como um laço.” (Lc 21:34.)
Paulo exortou os cristãos de Corinto, dizendo: “Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os
casados sejam como se o não fossem; mas
também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se
alegrassem; e os que compram, como se nada
possuíssem; e os que se utilizam do mundo,
como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa... Digo isto... para...
consagrar-vos, desimpedidamente, ao Senhor.” (1 Co 7:29-31, 35.)
Não podemos permitir que nada deste
mundo desvie nossa atenção da devoção total a Deus. As coisas legítimas do mundo
são armadilhas maiores que as pecaminosas
– porque elas parecem tão inocentes e inofensivas!
Podemos saciar nossa sede – mas devemos tomar com as mãos em concha e beber o
que for necessário, mantendo-nos alerta contra todo ataque de surpresa do inimigo. Nossa mente deve estar ocupada com a batalha
que Deus nos deu para lutar, não com nossa
sede, nossa fome ou nossos desejos.
Se queremos ser discípulos de Jesus, te-
mos de abandonar tudo e estar dispostos a
suportar dificuldades (2 Tm 2:3; Lc 14:33).
Como um elástico esticado, nossa mente
pode prestar atenção às coisas terrenas que
são necessárias. Mas assim que essas necessidades são supridas, como o elástico que
volta à sua posição normal, quando se liberta
da tensão, nossa mente também deve voltar
para as coisas de Deus e da eternidade. É isso
o que significam as palavras “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra.” (Cl 3:2.)
Com muitos crentes, porém, a faixa elástica opera de outro modo. Somente algumas
vezes, sua mente está tensionada, pensando
nas coisas eternas e, quando é liberada, volta
ao seu modo normal de se ocupar com as
coisas deste mundo!
Aprovado por Deus
Paulo exortou Timóteo, dizendo: “Nenhum
soldado em serviço se envolve em negócios
desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer
àquele que o arregimentou.” (2 Tm 2:4.) Paulo não estava falando a Timóteo como ser salvo, mas como ele poderia agradar a Cristo como
um soldado eficiente no exército de Deus.
“Procura apresentar-te a Deus aprovado”, disse Paulo (2 Tm 2:15). Deus já aceitara Timóteo. Agora ele precisava ser diligente
para ganhar a aprovação divina.
Cristo tinha colocado Paulo no ministério cristão porque ele havia sido aprovado
por Deus.
Ele diz: “Sou grato para com aquele que
me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor,
que me considerou fiel, designando-me para
o ministério” (1 Tm 1:12).
Paulo estava entre os chamados, escolhidos E FIÉIS – e ele desejava que Timóteo também fizesse parte desse grupo.
Mas Paulo tinha sido testado antes de
ser aprovado.
Nós também seremos testados. Às vezes, precisamos ser castigados e corrigidos
por Deus. Mas, em todo tempo, podemos
ter o conforto de saber que Deus nos fortalecerá… e que, testando, castigando e nos
fortalecendo, Ele nos permitirá construir uma
vida de “constante triunfo em Cristo”. ■
ATOS / 21
O CASTIGO DIVINO
Judson Cornwall
Como Nosso Pai Divino nos
Corrige e Instrui
“Filho meu, não menosprezes a
correção que vem do Senhor, nem
desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a
quem ama e açoita a todo filho a
quem recebe. É para disciplina que
perseverais (Deus vos trata como
filhos); pois que filho há que o pai
não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado
participantes, logo, sois bastardos e
não filhos. Além disso, tínhamos os
nossos pais segundo a carne, que
nos corrigiam, e os respeitávamos;
não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e,
então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo
melhor lhes parecia; Deus, porém,
nos disciplina para aproveitamento,
a fim de sermos participantes da sua
santidade. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. (Hb 12:5-11).
Até mesmo nas melhores famílias,
há ocasiões em que as crianças ficam
incontroláveis e desobedecem a seus
pais. Elas testam os limites que foram
fixados para a sua conduta. Elas querem descobrir se seus pais realmente
falavam sério. Nessas ocasiões, é necessário que o pai “castigue” seus
filhos. Castigar significa disciplinar,
tendo em vista um propósito positivo. O propósito é restabelecer a
ordem na casa e desenvolver o caráter moral dos filhos. Tal disciplina é
realmente necessária para ensinar “a
criança no caminho em que deve
andar” (Pv 22:6).
O que é verdade em nossas famílias terrenas também é verdade na família de Deus. Há ocasiões em que
Deus tem de aplicar a correção aos
22 / ATOS
Seus filhos rebeldes, quando estes procuram fazer a sua vontade. Essa desobediência na vida dos cristãos provoca muita confusão na Igreja de Jesus Cristo. Os rebeldes têm de ser disciplinados para que haja paz na casa
de Deus.
Conhecer a Deus e Torná-lO
Conhecido
Davi declara que “nosso Deus é
o Deus da salvação” (Sl 68:20 – RC).
Deus faz muito mais que dar salvação ao Seu povo. Ele, na verdade, se
torna a salvação deles. Nós não somos apenas salvos de nossos pecados, mas somos salvos para uma relação permanente com Deus. Isso implica um progressivo e crescente
processo na vida – a vida de Deus.
Esse era o plano do Criador para Adão
antes que ele caísse. Por causa de
Cristo, esse ainda é o propósito de
Deus para nós. Ele quer que cresçamos em nosso conhecimento dEle. Ele
deseja que nos tornemos mais como
Ele em nossos pensamentos, palavras
e obras – em nossas atitudes e ações.
Deus deseja influenciar nossa vida
com a Sua vontade e o Seu modo de
agir. É através de nós que a vida de
Jesus será vista aqui na terra. Nós devemos ser uma testemunha fiel dessa
vida a todas as nações, tribos e povos
no mundo. Mas isso começa com a Sua
vida em nós, e nossa vida nEle. Ser
conformado à imagem de Jesus é um
processo. Tornarmo-nos um com Ele,
envolve tempo de provas e disciplina
de nossa vontade. Deus, paciente e fielmente, trabalha em nossa vida, fazendo-nos semelhantes ao Seu Filho.
Deus Castiga Seus Filhos
O princípio ou o conceito de Deus
castigando é quase tão velho quanto o
Livro de Deus, a Bíblia. O Senhor corrige e castiga Seu povo, porque Ele o
ama e quer que ele faça a Sua vonta-
de. Sua disciplina pode envolver dor.
Porém, Seu propósito é poupá-los das
conseqüências trágicas de suas próprias decisões. A dor da disciplina de
Deus é uma advertência de que nós
estamos em um caminho perigoso e
andamos na estrada errada.
Em Deuteronômio, Deus diz: “Confessa, pois, no teu coração que, como
um homem castiga a seu filho, assim
te castiga o SENHOR, teu Deus.” (Dt
8:5 – RC). É a esse princípio que Davi
se referia quando disse: “Mas Deus ferirá gravemente a cabeça de seus
inimigos e o crânio cabeludo do que
anda em suas culpas.” (Sl 68:21– RC).
Alguns sentem que a ação aqui é dirigida
para os inimigos de Israel. Mas os inimigos de Deus podem muito bem estar
entre o Seu povo. Qualquer um que,
em atitude de orgulho, se opõe a
Deus, torna-se Seu inimigo (veja
Tiago 4:6). Isso pode incluir todos nós,
quando somos tentados a exercer nossa vontade, seguir nossa maneira de
pensar e nosso comando, em vez de nos
submetermos a Deus. Quando fazemos
isso, colocamo-nos em uma posição que
requer a disciplina de Deus em nossa
vida.
Dor com um Propósito Positivo
A palavra hebraica para “ferida” no
Salmo 68:21 é machats. Essa palavra
é usada quatorze vezes no Velho Testamento. Sete vezes, é traduzida por
“ferida”. As outras traduções são: “seja
imergido, perfure, perfure por, golpeie,
golpeie por, acaricie, e golpeie por”.
Normalmente onde a palavra “ferida”
é usada, também é seguida por uma
promessa para “cura.” “...eu mato e
eu faço viver; eu firo e eu saro...”
(Dt 32:39). Também, “Porque ele faz
a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere,
e as suas mãos curam.” (Jó 5:18).
Em nenhuma parte na Bíblia, o termo machats é usado como julgamento
de Deus. Em vez disso, parece falar de
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
castigo severo ou disciplina que são seguidos de cura e restauração. Outras
palavras hebraicas são usadas para julgamento ou condenação. Machats se
refere à dor com um propósito positivo!
Castigo Versus Punição
Há uma diferença entre castigo e
punição. Punição é a penalidade dolorosa para a desobediência. A intensidade da dor é determinada pelo grau da
desobediência. É uma conseqüência legal. A punição equivale-se ao crime.
Quanto mais grave o crime, maior a dor.
É o que merecemos por quebrar a lei.
Castigo é a punição com um propósito positivo. O objetivo é corrigir
e aperfeiçoar uma vida instável.
Não é só uma penalidade dada pelo mal.
É projetado para ensinar e treinar o indivíduo em retidão – atitudes e ações
corretas. O propósito principal do castigo é instruir quanto ao que é certo
fazer, em vez de penalizar pelo mal.
Essa idéia é vista claramente nas
palavras hebraicas e gregas usadas na
Bíblia para “castigo”:
Musar (hebraico): “instruir ou treinar”
Yasar (hebraico): “corrigir, instruir,
reformar, ensinar, reprovar”
Paideno (grego): “treinar, educar,
disciplinar”
Portanto, o verdadeiro tema do
Salmo 68:21 não é julgamento nem
justiça. É correção e instrução. Vemos um quadro de Deus como um Pai
divino, instruindo fielmente Seus filhos.
Ele os salvou dos seus pecados, para
que eles pudessem crescer na semelhança do Seu caráter.
O Propósito do Castigo de Deus
O propósito do castigo, portanto, começa com arrependimento. A disciplina divina deve nos conduzir a uma
posição onde confessamos prontamente que estamos errados e Deus tem
razão. Expressamos nossa tristeza por
termos pecado contra a Sua santa vontade e afligido o Seu grande coração
de amor. Nós, por nossa própria vontade, nos voltamos de nossos maus caminhos e buscamos fazer a Sua vontade. Nosso desejo é ouvir, aprender e
crescer na graça – para que outros
possam ver a vida dele em nós.
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
O verdadeiro arrependimento nos
livra da penalidade de nossos pecados. Aprendemos nossa lição, e nos
tornamos melhores e mais sábios em
virtude do castigo de Deus. Porém, às
vezes pode haver conseqüências ou
efeitos de nosso pecado que não podem ser suspensos nem desfeitos.
Esses resultados não são a mão de
juízo de Deus, mas a conseqüência
natural de nossas ações. Aquele que
na ira mata não pode trazer de volta a
vida que foi levada, não importa o
quanto ele chore. Aquele que em desespero salta de um precipício pode
se arrepender no meio do caminho,
quando estiver caindo. Deus o perdoará, mas as conseqüências trágicas de
sua ação não podem ser evitadas.
Porém, podemos ser gratos pelo
fato de que Deus prometeu que faria
com que tudo cooperasse para o bem.
Ele também nos fala que isso é “bom”.
Essa é a natureza e o caráter de Jesus em nossa vida e na vida dos outros (Rm 8:28-29). Esse é o propósito
perfeito de Deus para Seus filhos e
filhas amados.
Nossa vida em Cristo começa com
arrependimento. Quando sinceramente nos arrependemos e O confessamos
como nosso Salvador, nós recebemos
completo perdão . Nós nunca sofreremos a penalidade final pelos nossos pecados que é a morte espiritual. No perdão de Cristo temos a Sua vida, agora
e sempre. Porém, isso não significa que,
como cristãos, nunca seremos castigados nesta vida, mesmo que nos rebelemos e voluntariamente desobedeçamos
a Deus. Ele fielmente nos corrigirá e
nos instruirá, ainda que o processo envolva um pouco de dor. Ele nos ama
demais para nos deixar seguindo
nosso caminho.
Jesus: Nosso Divino Exemplo
Até mesmo Jesus “aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu”
(Hb 5:8). Toda Sua vida foi guiada pelo
princípio de “Seja feita a Tua vontade,
não a minha”: “Adiantando-se um
pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se
possível, passe de mim este cálice!
Todavia, não seja como eu quero, e
sim como tu queres” (Mt 26:39). O
preço dessa obediência era realmente
A disciplina de Deus pode vir através daqueles que estão
perto de nós reprovando-nos ou nos falando algo que
não queremos ouvir, mas que PRECISAMOS ouvir.
ATOS / 23
doloroso; uma necessidade de olhar
somente para a cruz. Nós também devemos tomar nossa cruz e seguir o
mesmo princípio em nossa vida diária.
Jesus viveu sem pecado; Ele nunca foi punido pelo pecado, até que tomou nosso lugar na cruz. Lá Ele levou nosso pecado e a penalidade dele
sobre Si. Contudo, a Bíblia afirma que
ao longo de Sua vida terrena Ele também teve de aprender as lições de disciplina e obediência.
Nossa vida não está isenta de pecado, e somos castigados por causa
de nossas ações e atitudes erradas.
Porém, o propósito é o mesmo – que
nós também possamos aprender o
princípio de nos submetermos à
vontade de Deus.
Do ponto de vista de Deus, então,
o significado de castigo e punição está
claro. O propósito da punição é prover uma penalidade justa pela quebra
da santa lei de Deus. O propósito do
castigo é que nós possamos aprender a viver de acordo com a santa
vontade de Deus.
A Necessidade de Castigo
Como Deus reage quando Seus filhos em algum ponto da vida escolhem
se rebelar? E como Ele passa a se relacionar com eles? O que dizer daquele
que tem vontade própria, o crente rebelde? Há momentos em toda família
terrena quando os filhos escolhem
contrariar a vontade de seus pais. Eles,
voluntariamente, se rebelam contra as
regras e os regulamentos do lar. Até
mesmo quando eles fazem a coisa certa, freqüentemente abrigam rebelião
e ressentimento no coração. Eles podem estar dizendo “sim” externamente, mas, no interior, dizem “não”. O
que faz o Pai divino quando enfrenta
esse problema em Sua família?
As Escrituras declaram que “os
estultos, por causa do seu caminho
de transgressão e por causa das
suas iniqüidades, serão afligidos.”
(Sl 107:17.) Deus trata com esses filhos que desobedecem castigando-os.
A dor da correção freqüentemente torna a pessoa disposta a aprender. Mesmo assim, Deus não está ansioso para
disciplinar nossa vida. Ele prefere nos
dar bastante tempo para que nos ar24 / ATOS
rependamos por nós mesmos. Se estamos sob pressão, podemos fazer ou
dizer coisas que realmente não queremos. Se nos aproximarmos de Deus
em arrependimento, Ele estará sempre pronto a nos perdoar. Porém, se
demorarmos em buscá-lO em arrependimento, ou se persistirmos em
nossas ações e atitudes erradas, Ele
nos castigará.
Deus, em Sua Graça, nos Dá
Tempo Para que nos
Arrependamos
Na carta à igreja de Tiatira, Deus
fala de uma mulher chamada Jezabel.
Ela era uma falsa profetiza que incitou alguns dos servos de Deus ao pecado sexual e à idolatria. Ele disse o
seguinte a respeito dela: “Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela,
todavia, não quer arrepender-se da
sua prostituição.” (Ap 2:21.) Seu
pecado era muito sério, e envolveu
muitos outros em um modo de vida
impertinente, atrevido e mau. Deus
ainda lhe deu tempo para se arrepender. Certamente Ele fará o mesmo por
nós quando errarmos e fracassarmos.
Infelizmente, alguns pensam que o
“tempo para o arrependimento” que
Deus dá é um sinal de que Ele não está
levando o pecado deles totalmente a
sério. Eles podem se enganar e acreditar que têm a aprovação de Deus para
as suas ações. Se o castigo não vier
imediatamente, eles podem sentir que
tudo que estão fazendo é certo. O que
não percebem é que Deus é gracioso
e espera, em amor, que eles se arrependam do seu pecado e O busquem
para obterem o perdão.
Às vezes, essas pessoas dizem que
ainda sentem a presença de Deus, e
então acreditam que nada está errado. Deus honra nosso desejo de estar
na presença dEle, e nos protegerá e
livrará do mal por algum tempo. Porém, o tempo todo Ele estará buscando nos advertir e nos convencer de
nossas atitudes e comportamentos errados. Se nos recusarmos a atendêlO, então Ele terá de agir de um modo
mais direto. Nunca devemos usar o
sentimento da presença de Deus
como desculpa para não enfrentar
o pecado em nossa vida. Na hora
certa, colheremos o que semeamos.
Não há exceção. Deus não pode e
não ignorará nosso pecado. O Calvário
é toda a prova que precisamos para
crermos nessa declaração.
Sem Desculpas e Sem Exceções
Francamente, nós nunca conseguiremos esconder nada que seja uma
violação direta da Palavra de Deus e
de Sua vontade. Não há maneira alguma pela qual possamos nos desculpar, como um caso especial. Satanás
pode vir a nós até mesmo como um
“anjo de luz” (2 Co 11:14). Quando
ele age, procura fazer-nos pensar que
se aquilo é tão bonito, deve ser certo
– até mesmo quando a Palavra de
Deus diz que é errado. Mas Satanás
está errado; não há nenhuma exceção aos princípios da Palavra de
Deus. Eu digo isso depois de anos de
experiência em aconselhamento. Não
há forma nenhuma pela qual possamos evitar os claros mandamentos da
Palavra de Deus.
Quando Deus mostra um pecado em
nossa vida, Ele nunca fica só nisso. Ele
começará a tratar conosco imediatamente. No princípio Ele pode fazer isso
com uma voz suave, porque deseja que
estejamos perto do Seu coração. Se
escolhermos seguir a uma distância, Ele
pode ter de elevar Sua voz e até mesmo erguer Sua mão para chamar nossa atenção. Mesmo assim, Ele nos dará
bastante tempo para que comecemos
a nos mover – em direção a Ele. O
Senhor espera pacientemente.
O tempo que Deus espera, e quanto tempo Ele nos dá, é diferente para
cada pessoa. Parece depender do grau
da intimidade de nossa relação com
Ele. Alguns parecem levar anos para
fazer a coisa certa. Outros precisam
apenas de alguns dias ou até mesmo
horas para se arrepender. Quanto
mais perto estivermos de Deus,
menos tempo precisaremos. Ele
espera que respondamos mais depressa à Sua voz. Isso seria verdade no
caso de um bom pai terreno. Se houvesse um problema, ele esperaria uma
resposta rápida por parte dos seus filhos. Porém, ele poderia esperar um
mês para um vizinho corrigir o mesmo problema na relação deles.
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Se vivemos de maneira rebelde e
voluntariosa, então, como declara a
Bíblia, podemos esperar que Deus nos
castigue. Se ignorarmos Sua palavra
suave de advertência, sentiremos, no
tempo de Deus, a Sua vara de correção.
Um estudioso das Escrituras declarou que o “cabeludo crânio” do Salmo
68:21 fala de alguém que possui um forte orgulho, é obstinado e não se arrepende. Tal atitude com certeza traz o
castigo de Deus. Esse castigo será forte e durará o bastante para nos ensinar
a dura lição que precisamos aprender.
A Lei da Razão no
Castigo de Deus
As Escrituras declaram que Deus
começa a tratar conosco “dobrando
nossa cabeça” (humilhando-nos). O
orgulho e a rebelião começam na
mente do homem. Então, é apropriado que Deus faça Seu primeiro apelo
à nossa compreensão: “Vinde, pois,
e arrazoemos, diz o Senhor; ainda
que os vossos pecados sejam como
a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam
vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.” (Is 1:18.)
Entendendo a Seriedade
do Pecado
Deus, em Sua misericórdia, atrai
primeiro a nossa compreensão porque
quer que entendamos completamente
as conseqüências sérias até mesmo do
“menor” dos pecados.
Sim, Deus quer tornar claro para
nós que o resultado final do pecado é a
morte total do nosso ser – espírito, alma
e corpo. A morte espiritual significa ser
separado da presença do próprio Deus.
O pecado pode começar com pequenas coisas, de modos simples, mas finalmente conduz a uma grande perda.
“Que aproveita ao homem ganhar o
mundo inteiro e perder a sua alma?”
(Mc 8:36). É um mito pensar que
podemos manter pequenos os pequenos pecados.
“Vinde, pois, e Arrazoemos”
Não é de admirar que Deus diga:
“Vinde, pois, e arrazoemos.” Ele quer
que vejamos a loucura do pecado. Ele
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
começa trabalhando em nossa mente,
onde faz o Seu primeiro apelo. Mas o
que acontece se não atentamos para a
Sua argumentação? Se escolhermos
ignorar as palavras suaves de advertência do Senhor, o que podemos esperar?
O Castigo de Deus é
Progressivo
Nosso pecado não é a única coisa
que evolui de pequeno para grande.
Os castigos de Deus também podem
ser brandos ou severos. Ele vem contra nossa rebelião com uma disciplina
que se equivale a nossos esforços para
resistir. O profeta Oséias advertiu ao
povo e aos sacerdotes de Israel que
estavam em pecado com estas duras
palavras de Deus: “Derramarei, pois,
o meu furor sobre eles como água.”
(Os 5:10.)
A Primeira Fase da
Disciplina Divina
Nas Escrituras a água é um “tipo”
do Espírito Santo. Pode vir como uma
chuva serena ou uma garoa branda.
Pode fluir também como um rio estrondoso ou uma poderosa inundação. O
solo duro e seco é quebrado. A força
da água arranca da terra árvores profundamente enraizadas e as arrasta.
Assim acontece com o Espírito Santo.
“Quando ele vier,” disse Jesus, “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” (Jo 16:8).
Eu tenho assistido à operação do
Espírito Santo em épocas de verdadeiros avivamentos. Aqueles que responderam ao mover do Espírito de Deus
receberam vida nova e tiveram a sua
fé edificada. Os que resistiram à obra
do Espírito Santo ficaram sem nenhuma noção de firmeza espiritual. O amor
de Deus, a alegria e a paz foram totalmente tirados da vida deles.
A Segunda Fase da
Disciplina Divina
O segundo passo do castigo de
Deus é encontrado em Oséias 5:12:
“Portanto, para Efraim [Israel] serei como a traça...” Se não formos
sensíveis aos toques de Deus, como a
água, Ele lidará conosco como uma
traça. A traça é um inseto que, em
uma fase de seu ciclo de vida, se alimenta de lã. Pode atacar as roupas
secretamente em nosso armário. Nós
nem mesmo sabemos o que está acontecendo até que encontramos nosso
casaco de lã ou suéter cheio de buracos. Então, quando descobrimos nossa perda, já é muito tarde.
Isso nos faz lembrar de Sansão, dos
tempos antigos, que não sabia que o
Espírito de Deus o havia deixado (Jz
16:20). Às vezes não atentamos para
o fato de que entristecemos o Espírito
de Deus e nos tornamos impotentes.
Assim foi a triste história de Sansão,
e pode ser também conosco. Nós só
percebemos que o perdemos quando
buscamos agir no poder do Espírito de
Deus e descobrimos que ele se foi. O
fracasso que se segue a isso pode golpear duramente o nosso orgulho. Deus
prefere nos disciplinar reservadamente. Se nós não respondemos a essa
abordagem, Ele será forçado a tratar
conosco publicamente.
A Terceira Fase da
Disciplina Divina
Com estas palavras, Oséias nos leva
mais adiante no processo de Deus de
castigar: “Portanto... serei... para a
casa de Judá, como a podridão.” (Os
5:12.) Às vezes, a podridão de uma fruta começa no lado de dentro antes que
seja percebida do lado de fora. Exteriormente, pode parecer boa, mas do lado
de dentro está mole e podre. O processo de deterioração e morte começou, embora invisível e despercebidamente. Sempre que entristecemos o Espírito de Deus, não apenas ocorre a
perda do poder divino, mas começamos a morrer interiormente. Deus deseja que sintamos algo que esteja profundamente errado em nós e nos tornemos a Ele em arrependimento. Se
não fizermos assim, Deus continuará o
processo de disciplina!
A Quarta Fase da
Disciplina Divina
“Porque para Efraim serei como
um leão e como um leãozinho, para
a casa de Judá; eu, eu mesmo, os
despedaçarei e ir-me-ei embora;
arrebatá-los-ei, e não haverá quem
os livre. Irei e voltarei para o meu
ATOS / 25
lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, cedo me
buscarão, dizendo.” (Os 5:14,15.)
A palavra hebraica aqui para “leão”
é shachal. Sua raiz significa basicamente “rugir”. O leão é um animal
grande, terrível, que, quando ruge,
pode fazer sua presa tremer de medo.
Se necessário, Deus elevará a voz
para chamar nossa atenção. Ele permite que coisas terríveis nos aconteçam como resultado de nossa rebelião. Começamos a colher o que temos semeado. Somos forçados a enfrentar o resultado terrível de nossa
desobediência. Novamente Deus procura nos corrigir e nos ensinar que é
loucura agir da nossa maneira, em vez
de seguir a Sua vontade.
A Fase Final da
Disciplina Divina
Deus está preparado para dar ainda
mais um passo ao longo do caminho da
disciplina. “Serei... como um leãozinho,
para a casa de Judá” (Os 5:14).
Oséias usa uma palavra hebraica diferente para “leão” nessa passagem. É
kephiyr que significa um “leão jovem”.
Um leão velho pode rugir ruidosamente, mas um leão jovem procurará sua
presa vigorosamente. Ele tem força e
corre rápido, alcançando e superando
todos os animais da floresta. Ele é conhecido como o “o rei da selva”.
Quando nós, obstinadamente, recusamos atender às muitas advertências do Senhor, então ele, como um
leão, tomará algumas medidas muito
duras para nos fazer mudar. Em Seu
amor, Ele busca nos parar em nosso
caminho descendente para a destruição. Ele pode permitir até mesmo que
soframos grande dor física e perda
material. É nossa alma eterna que
Ele está buscando para salvar!
Se palavras suaves e advertências
amedrontadoras não fizerem com que
nos arrependamos, podemos esperar
que a disciplina de Deus se torne muito severa. Oséias pinta claramente o
quadro desse passo final do castigo
divino com palavras muito fortes: “serei... como um leãozinho, para a
casa de Judá; eu, eu mesmo, os despedaçarei e ir-me-ei embora; arre26 / ATOS
batá-los-ei, e não haverá quem os
livre. Irei e voltarei para o meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, cedo me buscarão.” (Os 5:14,15.)
Deus permitirá que sejamos totalmente quebrados e nos deixará quase
sós em nossa dor e tristeza. Podemos
sofrer grande perda em nossos bens terrenos e relações pessoais. Ele não proverá para nós nem sequer uma pequena medida de alívio, para que não nos
voltemos aos nossos velhos hábitos. Freqüentemente, quando estamos passando por dor ou necessidade, nos voltamos para Deus sem muita firmeza. Mas,
assim que a pressão é afastada, voltamos ao nosso modo de vida pecador.
Forçados a Enfrentar
Nosso Pecado
Porém, se persistirmos em nosso
modo de vida pecador, chegará uma
hora em que Deus já não permitirá nenhum tipo de fuga. Seremos forçados
a enfrentar o pecado em nossa vida.
Ele nos levará a uma situação de grande angústia e dificuldade. Algumas
dessas situações são resultado de nossos maus procedimentos. Deus permite que colhamos o que temos semeado. Em outras vezes, Deus toca nossa
vida diretamente de um modo intenso
e doloroso. Tudo o mais falhou, e a dor
severa ou perda são os únicos meios
que Ele encontrou para nos salvar, e a
outros, da destruição. Ele não permitirá que encontremos ajuda do mundo,
dos amigos, nem mesmo da Igreja, enquanto não nos voltarmos para Ele sinceramente arrependidos. Essa é a única maneira que Ele aceitará.
É triste quando não atendemos às
suaves palavras de advertência de Deus.
Ele não sente nenhuma alegria ao permitir a dor em nossa vida. “Porque não
aflige, nem entristece de bom grado
os filhos dos homens.” (Lm 3:33).
Como é trágico forçarmos a Deus a nos
tratar tão severamente, antes de buscarmos a Sua face. Com que freqüência em tempos de bênção e prosperidade nos deixamos levar por nossos modos orgulhosos e obstinados.
Somente em tempo de dor, perda e solidão nós nos voltamos finalmente para
Deus. Parece que às vezes temos de
sofrer a perda da família, dos amigos,
da riqueza e da saúde para que estejamos preparados para experimentar as
boas coisas de Deus.
Isso NÃO quer dizer que qualquer
um que experimenta estas tragédias é
culpado do pecado sem perdão e seja
orgulhoso. Antes de Deus tratar severamente conosco, ele já terá usado
outras formas mais suaves de convencimento. E até mesmo nos procedimentos mais severos de Deus, Ele é
fiel em mostrar que somos responsáveis pelo que está nos acontecendo e que esses acontecimentos
são um meio de restauração através da humildade, do arrependimento e da rendição.
Como somos tolos quando obrigamos Deus a usar esses métodos fortes e dolorosos de disciplina para conseguir nossa atenção. Ele vem primeiro como a chuva suave. Então ele trata intimamente conosco de um modo
tranqüilo, reservado. Se nós permanecermos insensíveis, Ele será forçado
a usar modos mais severos de tratar
conosco. Sua ação será súbita, e ficaremos atordoados e quebrados. Então,
finalmente, nos voltamos para Deus e
nos submetemos à Sua vontade e à
Sua direção.
Aquele que Fere
Também Curará
Há boas notícias, porém. Quando
nos arrependemos e nos voltamos para
Deus de todo o nosso coração, Ele está
pronto a nos perdoar, curar e restabelecer. O mesmo Deus que feriu também
curará. Aquele que fere também sarará. “Vinde, e tornemos para o Senhor”, pleiteia o profeta, “porque ele
nos despedaçou e nos sarará; fez a
ferida e a ligará.” (Os 6:1.)
O Propósito de Nossa Dor
O propósito de nossa dor é nos levar ao arrependimento. Então seremos
restabelecidos à alegria de nossa salvação. Nosso novo desejo será conhecer a Deus e seguir os Seus caminhos.
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a
sua vinda é certa; e ele descerá
sobre nós...” (Os 6:3.)
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Deus nos castiga para que possamos prosseguir em conhecer o Senhor.
Ele não quer apenas ser o “Deus de
nossa vida”, mas quer ser o desejo
mais elevado de nosso coração. Ele
quer que O conheçamos como Ele é
realmente – como Davi O retrata no
Salmo 68. Assim são o amor e a graça de nosso Deus.
“O Senhor não rejeitará para
sempre; pois, ainda que entristeça
a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige, nem
entristece de bom grado os filhos
dos homens.” (Lm 3:31-33).
Os Métodos de Deus Para a
Disciplina Divina
Deus tem muitos modos ou métodos pelos quais Ele nos castiga. Várias vezes, Ele usou os inimigos de Israel para castigar o povo e trazê-lo de
volta à comunhão com Ele. Quando
Israel caminhava longe de Deus, Ele
permitia que outras nações o levassem cativos por um período de tempo. Essa é a razão por que Deus não
destruiu todos os seus inimigos. Ele
escolheu usá-los como meio de disciplinar o Seu povo.
No caso de Nabucodonozor, Ezequias e outros, Deus usou a doença
como meio de disciplina. Ao serem
castigados fisicamente, eles foram levados de volta à graciosa vontade de
Deus para a vida deles. Às vezes o
Senhor usa a doença como meio de
chamar a nossa atenção. É mais fácil
ver o céu quando estamos imobilizados em uma cama. Os negócios com
que nos ocupamos dão uma parada, e
nós temos tempo para “arrazoar com
Deus”. O Senhor verdadeiramente
pode fazer tudo cooperar para a Sua
boa vontade para nós em Cristo Jesus!
Às vezes, Deus usa desastres naturais ou tragédias até mesmo como
uma ferramenta de castigo. Jonas é um
bom exemplo disso. Deus usou uma
tempestade súbita, uma baleia enjoada, e uma trepadeira queimada pelo sol
para castigar Jonas. Esses elementos
fizeram o trabalho, e Jonas finalmente
submeteu-se à vontade de Deus. No
processo, Ele aprendeu mais sobre a
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
grandeza da graça de Deus – para ele
e para os outros.
Deus Está Tentando
nos Dizer Algo?
Precisamos acrescentar aqui que
nem todos os eventos dolorosos
procedem de Deus. Às vezes nós
criamos nossos problemas. Outras
vezes somos vítimas de uma situação
ruim da qual não temos culpa.
Nós não somos protegidos de todos os acidentes ou desastres naturais desta vida terrena. Deus nos protege de muitas coisas. Em outras ocasiões, Ele permite que passemos pela
nossa “fornalha ardente” ou “cova dos
leões”. Deus nos aperfeiçoará através das situações das quais Ele
não nos protege ou que nos permite passar por elas. Novamente
lembremo-nos de que enquanto todas
as coisas que acontecem a nós não
forem boas, Deus promete fazer com
que tudo coopere para o nosso bem
em Cristo Jesus.
Porém, nós sempre deveríamos
examinar nossa vida durante os momentos de angústia. Estará Deus tentando nos dizer algo? Estará Ele nos
advertindo de que estamos andando
longe da Sua vontade e do Seu propósito para nossa vida? Se não prestamos atenção às Suas gentis palavras
e ações, Deus pode estar nos falando
mais diretamente. Será bom irmos perante Ele com humildade e sinceridade. Ele está pronto a nos receber, perdoar e restabelecer. Ele verdadeiramente é muito misericordioso!
A Misericórdia em Castigar
Davi disse, “Deus parte... o cabeludo crânio do que anda nos seus
próprios delitos.” (Sl 68:21.) Como
Deus é misericordioso quando nos condena na privacidade de nosso coração.
Ele não nos golpeia na face. Isso nos
deixaria com uma cicatriz vergonhosa.
Em vez disso, Ele nos fere em nosso
crânio cabeludo onde as cicatrizes não
podem ser vistas. O desejo de Deus
não é nos humilhar, mas nos corrigir e nos ensinar. Nós não somos
marcados como Caim, de forma que
todos saibam do julgamento de Deus
em nossa vida (Gn 4:8-15). Algumas
igrejas acham fácil pôr “a marca de
Caim” em membros que caíram ou falharam. Mas Deus nunca faz isso!
Quando o Senhor nos fere, ficamos com
uma mancha suave, só percebida por
Ele e por nós. Deus esconde as cicatrizes em nosso crânio cabeludo.
Quatro Razões Para a
Disciplina Divina
1. A Disciplina nos Salva
da Destruição
Paulo disse, “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados
com o mundo.” (1 Co 11:32). Através da disciplina seremos poupados da
condenação. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8:1.)
Contudo, se nos recusarmos a aceitar a disciplina de Cristo, não poderemos ser Seus discípulos. Um discípulo é uma “pessoa disciplinada”. Um
discípulo é alguém que observa e escuta seu mestre e aprende dele, de
forma que possa seguir fielmente em
obediência. Essa comunhão será
destruída se escolhermos seguir nosso caminho, em vez do dEle. Então,
nada restará, apenas condenação. A
disciplina divina é um presente do
amor de Deus!
2. A Disciplina é um Sinal ou
Uma Prova do Amor de
Deus
“Eu repreendo e disciplino a
quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” (Ap 3:19.) A disciplina
divina não é um sinal de que Deus não
gosta de nós ou está nos rejeitando. É
uma prova do Seu amor!
Deus não pode aprovar nosso pecado, mas Ele nos aprova. Ele não
pode aceitar em nós uma atitude orgulhosa e obstinada, mas não nos rejeitará. Ele nos disciplina porque
Lhe pertencemos – e Ele nos ama.
Corrigir-nos, sim; rejeitar-nos, não!
3. A Disciplina nos Prepara
Para Compartilharmos Sua
Santidade
“Pois eles [nossos pais] nos corrigiam por pouco tempo, segundo
ATOS / 27
melhor lhes parecia; Deus, porém,
nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da
sua santidade.” (Hb 12:10.)
Deus não nos castiga apenas
para mudar nosso comportamento, mas para nos tornar santos. Ele
quer que compartilhemos a vida santa
de Seu Filho. Ele deseja ter filhos e
filhas amados semelhantes a Jesus.
Sendo assim, Ele luta contra tudo que
não seja santo em nossa vida. Ele almeja que tenhamos a Sua natureza
bem como o Seu Nome. Ele nos castiga a fim de nos transformar. Isso
requer tempo e tratamento. Podemos
agradecer pelo fato de nosso Pai divino ser muito paciente. Ele persistirá
em Seu esforço até que a vida santa
de Jesus resplandeça brilhantemente
através de nós.
4. A Disciplina nos Oferece
Segurança
“Filho meu, não menosprezes a
correção que vem do Senhor, nem
desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a
quem ama e açoita a todo filho a
quem recebe. É para disciplina que
perseverais (Deus vos trata como
filhos)” (Hb 12:5-7).
Os pais são responsáveis apenas
por corrigir seus filhos. Tal disciplina
é um sinal de que os filhos lhes pertencem. Portanto, se Deus nos disciplina, isso é prova de que pertencemos a Ele. Ele é nosso Pai, e nós somos os Seus filhos. Disciplina não é
um sinal de rejeição, mas de parentesco! (Hb 12:8-11.)
Além disso, a disciplina de Deus
nos protegerá e nos manterá salvos
e seguros. Davi disse, “o teu bordão e o teu cajado me consolam.”
(Sl 23:4.) O bordão do pastor era uma
vara que poderia ser usada contra
qualquer animal que tentasse atacar
a ovelha. O cajado com seu gancho
era usado para puxar a ovelha para
longe do perigo; também poderia ser
usado para levar uma ovelha de volta ao caminho se ela se desviasse.
Desse modo, as ovelhas podiam ser
protegidas dos seus inimigos – e delas mesmas.
Como nosso bom Pastor, Deus tam28 / ATOS
bém determina limites para nós e dirige nossos passos. Se atravessarmos
esses limites, ou tomarmos um caminho errado, Ele nos trará de volta. É
para nossa própria segurança. Às vezes nós precisamos ser protegidos de
nós mesmos, como também de nossos
inimigos. Nada pode parar uma conduta insensata mais rapidamente do que
a vara de Deus aplicada à nossa vida.
O amor fiel de nosso bom Pastor é
uma fonte formidável de segurança. Ele
remove o medo de falharmos com a
vontade de Deus. Se queremos fazer
a Sua vontade, mas erramos por ignorância, Ele nos ensinará pacientemente e nos dará a sabedoria de que precisamos. Se nos desviarmos dos caminhos dEle por causa de nossa vontade
voluntariosa, podemos esperar a vara
de Deus para nos corrigir e redirecionar nossa vida. Isso pode envolver dor,
mas o caminho estará livre.
Se, verdadeiramente, dermos a
Deus nosso coração e nossa vida, e
O reconhecer como Senhor e Mestre, nunca precisaremos temer que venhamos a nos desviar da vontade de
Deus. Assim Ele tem o direito de anular e ignorar todos os nossos interesses. Nossa fé não está em nossa sabedoria, nossa força e nossa fidelidade – mas nas dEle. Ele é, verdadeiramente, um bom Pastor!
O Perfeito Amor Lança
Fora o Medo
Os cristãos não deveriam temer a
vara da disciplina de Seu Pai celestial.
Nós deveríamos dar boas-vindas a ela.
Um filho que nunca é corrigido em casa
é verdadeiramente triste e miserável.
Ele não tem nenhum senso de amor ou
de segurança. Não está seguro de sua
relação familiar ou de seu valor pessoal. Lá no fundo ele sabe, de alguma
maneira, que se seus pais realmente o
amassem, eles o disciplinariam.
O mesmo é verdade na família de
Deus. Se nos for permitido ignorar e
desobedecer a lei de Deus e Sua autoridade, certamente seremos muito infelizes. Deus nos ama muito para deixar que isso aconteça. Precisamos saber que não caímos da graça toda vez
que tropeçamos em nosso andar cristão. O pecado entristecerá o Espírito
Santo, mas Ele nunca nos deixará.
Embora entristeçamos o coração de
nosso Pai celestial quando O desobedecemos, Ele não nos abandona. Ele
nos ama sem nos impor nenhuma condição; até mesmo quando éramos pecadores Ele nos amou (Rm 5:8).
Não há nada que possamos fazer,
dizer ou ser que faça com que Deus
nos ame um pouco mais ou um pouco
menos. Ele deu o Seu coração por inteiro quando enviou Seu Filho para que
morresse por nosso pecado. Na realidade, Ele nos ama tanto que não nos
deixará escapar sem sermos tratados,
por mais insignificante que esse pecado possa parecer. Aquele que ama
não é cego; apenas continua amando.
Mas o amor age; ele disciplinará abertamente e, se necessário, castigará severamente – inúmeras vezes.
Deixe-nos Dar as Boas-Vindas
à Disciplina de Deus
O castigo de Deus é para nossa
correção, orientação e desenvolvimento. É para nos ensinar e treinar. Ele
quer corrigir e aperfeiçoar nossas atitudes e ações. Ele quer que andemos
neste mundo em santidade. Davi disse, “O Senhor firma os passos do
homem bom...” (Sl 37:23). Deus ordena (dirige) nossos passos para formar a Sua bondade em nossa vida.
Todo passo que nós damos com Deus
é projetado para nos fazer mais semelhantes a Jesus. A ordem de Deus
envolve castigo se nos desviarmos. As
ovelhas perdidas ainda têm a atenção especial dEle!
A disciplina de Deus nunca nos forçará a ir contra nossa vontade. Ele nunca imporá a Sua vontade sobre nossa
vida. Muitas vezes Deus nos corrige, simplesmente permitindo que colhamos os
frutos de nosso modo de vida. Então, finalmente, percebemos a loucura que é
andar em nosso caminho. Aí, alegremente, buscamos a vontade de Deus.
Quando nos confiamos a Jesus como
nosso Senhor e Mestre, damos a Ele o
direito de corrigir e dirigir nossa vida para
a Sua glória e o nosso bem. Ele é amoroso, sábio e fiel em tudo que faz. Então,
recebamos a disciplina de Deus, dandolhes as boas-vindas. “Porque o Senhor
corrige a quem ama.” (Hb 12:6.) ■
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
CONSOLO DIVINO
Frank e Wendy Parrish
Como você já leu no artigo anterior, algumas vezes é necessário Deus
nos corrigir – como um pai amoroso
corrige os seus filhos – a fim de que
possamos ter o “fruto pacífico da
retidão” (Hb 12:5-11). O Senhor pode
usar até mesmo as circunstâncias difíceis de nossa vida como parte desta
correção.
Contudo, seria errado pensarmos
que todas as vezes que enfrentamos
uma tribulação ou aflição é porque
Deus está nos corrigindo. As tribulações podem ter uma variedade de fontes, e é bem aceitável pararmos e perguntarmos: “Será que há alguma causa específica para eu (ou algum ente
querido meu) estar sofrendo?”
Fontes de Sofrimento
Há várias fontes de tribulações ou
aflições. Um estudo meticuloso de
qualquer uma destas fontes poderia
encher muitas páginas, mas só discutiremos brevemente as fontes primárias desta vez.
Às vezes, os nossos sofrimentos
podem ser causados por um ou mais
dos seguintes itens:
1. Escolhas Pecaminosas: Muitas vezes as nossas próprias escolhas
pecaminosas ou rebeldes (ou as escolhas dos que estão perto de nós) podem trazer conseqüências terríveis à
nossa vida. Isto não é o que Deus deseja para nós. Ele nos dá a Sua Palavra (leis) para nos ajudar a fazermos
as escolhas corretas.
Mas os seres humanos podem ser
fracos e fazer escolhas ruins. Até mesmo os cristãos podem fazer escolhas
ruins.
Podemos escolher rejeitar a Palavra de Deus e seguir o nosso próprio
caminho. Quando fazemos isso, as
conseqüências da nossa rebeldia e do
nosso pecado podem causar uma dor
ou um sofrimento para nós ou para os
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
nossos entes queridos. (Veja Gálatas
6:7,8; Provérbios 11:18,19.)
Mas certamente não somos deixados neste estado irremediável. Lembrese: nós podemos ser perdoados. A
Bíblia nos ensina que sempre que nos
arrependemos, confessamos os nossos
pecados, e abandonamos os nossos caminhos iníquos com uma humildade verdadeira, o Senhor não somente perdoa
os nossos pecados, mas também nos
purifica até mesmo de nossas iniqüidades. (Veja 1 João 1:7-9.) Contudo, ainda assim, talvez tenhamos que viver
com as conseqüências das nossas escolhas pecaminosas.
Por exemplo, podemos ceder à tentação de roubarmos algo. Quando somos descobertos, talvez sintamos a dor
ou a vergonha da rejeição por parte dos
outros. Talvez tenhamos de passar algum tempo sofrendo na cadeia, ou trabalhando arduamente para reembolsarmos a pessoa que roubamos. Deus
perdoa o ato pecaminoso quando nos
arrependemos, mas as conseqüências
ainda podem trazer dificuldades a nós,
ou às pessoas que amamos.
[Para mais informações sobre o
pecado e o perdão, veja Ezequiel Capítulo 18; 2 Pedro 3:9; 2 Crônicas 7:14;
Neemias 9:17; Efésios 1:7.]
2. A Correção ou Teste de Deus.
No artigo anterior, você aprendeu sobre
a obra de correção de Deus. Além da
correção, Deus também nos testa (Pv
17:3), e Ele talvez use as circunstâncias
para fazer isto.
Deus já sabe que o que está em
nosso coração nem sempre é bom. A
Bíblia nos diz que “enganoso é o
coração, mais que todas as coisas,
e desesperadamente corrupto; quem
o conhecerá?” (Jr 17:9). “Pois sondas a mente e o coração, ó justo
Deus” (Sl 7:9).
Deus deseja que sejamos livres de
caminhos pecaminosos e egoísticos.
Talvez sejamos cegos ao pecado ou ao
engano em nossos corações. Deus quer
que reconheçamos nosso pecado a fim
de que nos arrependamos e peçamos
a Ele que nos perdoe e nos liberte. Dizem que as “circunstâncias não fazem
o homem, mas revelam o homem”.
Às vezes são necessárias extremas
pressões, dificuldades, ou sofrimentos
para se revelar o que está no profundo
do nosso coração, como por exemplo,
ira, temor, ciúme, orgulho, imoralidade
sexual, ou muitas outras coisas. Deus
sabe que estas coisas são prejudiciais
a nós e aos outros.
O pecado em nossa vida atrapalha
nosso relacionamento com Deus e nosso serviço à Sua Igreja, como também
prejudica nossos relacionamentos com
os outros. O Senhor prova o nosso coração a fim de que nós possamos ver
que precisamos da ajuda e do poder
Quando estivermos tristes, Deus nos dará o Seu
conforto e a Sua graça.
ATOS / 29
libertador de Deus para nos libertar dos pecados ocultos (ou conhecidos) em nossa vida!
NOTA: É extremamente importante
nos lembrarmos de que os testes não
são a mesma coisa que as tentações
ao pecado. Deus nos testa, mas Ele
nunca tenta ninguém a pecar. (Veja
Tiago 1:2-5, 12-17.)
Deus compromete-Se a nos ajudar
a fugirmos das tentações e do pecado
SE O obedecermos e O seguirmos.
(Veja 1 Coríntios 10:13; 2 Pedro 2:9.)
3. Ataques Demoníacos: Efésios 6:10-20 esclarece muito bem que
há forças satânicas que lutam contra
o povo de Deus. O Diabo nos bombardeia com “dardos inflamados”
de mentiras, enganos, iniqüidades, dúvidas, temores, aflições, opressões –
qualquer coisa que ele possa fazer para
nos desmotivar a amarmos e servirmos a Deus com todo o nosso coração, alma, mente, e força. Esses ataques podem resultar em sofrimentos
para os santos de Deus.
Mas o Senhor usa esta resistência
do Diabo para nos amadurecer e nos
fortalecer como guerreiros para o Reino de Deus. A Bíblia nos diz que não
lutamos contra a carne e o sangue (Ef
6:12; veja também 2 Coríntios 10:3-5),
e Deus deseja que sejamos pessoas que
saibam como se levantar e resistir às
forças espirituais que estão se opondo a Deus e ao Seu povo.
Graças a Deus que Efésios 6 e outras passagens das Escrituras revelam
como nos prepararmos para resistirmos
e vencermos os ataques satânicos.
[Para um estudo adicional, veja o
exemplo de Jesus em Mateus 4:1-11;
Efésios 6:10-20; 1 João 3:8; Apocalipse
12:11.]
4. Perseguições: “Ora, todos
quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12). Satanás odeia a
Deus, e ele também odeia o objeto do
amor de Deus – a humanidade. Satanás opõe-se ativamente aos santos e
inspira homens malignos a atacarem
os santos com todos os tipos de crueldade e vingança. E talvez soframos
no meio dessas perseguições.
Deus nos concederá a graça para
sermos libertos das perseguições, ou
30 / ATOS
a graça para suportá-las. Em Daniel
Capítulo 3, o Senhor libertou milagrosamente três homens consagrados a
Deus que foram lançados numa fornalha ardente por não se prostrarem
diante de um ídolo de ouro. Eles não
foram feridos, e somente as cordas
que os amarravam se queimaram.
Em Atos, capítulo 16, Paulo e Silas
foram surrados com varas e lançados
na prisão. Muito embora eles sofressem esta perseguição, Deus poupou
milagrosamente a vida deles e os libertou da cadeia.
No entanto, há outros personagens
da Bíblia que enfrentaram terríveis dores físicas e até mesmo entregaram a
vida e foram martirizados – e Deus
não os poupou. (Leia Hebreus Capítulo 11, especialmente os versículos
35-38.) Deus tampouco poupou o Seu
Próprio Filho (Rm 8:32).
São nas ocasiões em que nos encontramos mais vulneráveis e fracos
nos sofrimentos por amor a Cristo que
experimentamos a força de Deus (2 Co
12:10). Passamos a conhecer o Senhor
de uma maneira muito mais significativa e poderosa – compartilhando no que
a Bíblia chama de “comunhão dos
seus sofrimentos” (Fp 3:10).
O Apóstolo Paulo compreendeu uma
profunda verdade sobre os sofrimentos
– que eles, de alguma maneira, permitem que a glória de Deus seja revelada
em nós e em nossas circunstâncias. Ele
sabia que até mesmo os piores sofrimentos desta terra pareciam como nada
“comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18; veja também 2 Coríntios 4:17).
Nunca deveríamos buscar nem desejar as perseguições. Mas, se nos depararmos com ela, podemos ter a certeza de que
a) O poder de Deus nos libertará
delas, ou
b) A Sua graça nos capacitará a
suportá-las.
De qualquer maneira, podemos ter
a certeza de que Deus será glorificado, tanto em nós, como através de nós!
(Veja 1 Pedro 4:12-19; 5:10.)
5. Circunstâncias “Naturais”.
O mundo em que vivemos não foi
criado como o lugar caótico e despedaçado que é hoje em dia. Quando
Deus formou primeiramente o mundo,
Ele o chamou de “muito bom” (Gn
1:31). Era um mundo perfeito, isento
do pecado, da corrupção, das enfermidades, da dor, e da morte. Mas, quando o homem escolheu rebelar-se contra o Criador Amoroso e pecou, isto
introduziu a corrupção na alma do homem e no mundo perfeito que Deus
havia criado. (Veja Gênesis Capítulo 3.)
Conseqüentemente, coisas como
enfermidades, doenças, dores, fome,
pobreza, injustiças, guerras, e desastres naturais tornaram-se parte do estado pecaminoso e decaído da humanidade. Todas as pessoas – boas e
más, cristãs e não-cristãs – são
afetadas pelo egoísmo contínuo do
homem e pelas condições decaídas e corrompidas do nosso mundo. A Bíblia nos diz que “ele (Deus)
faz... vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45).
Até mesmo depois que somos salvos, talvez experimentemos ainda a
angústia e a dor de vivermos neste
mundo despedaçado, e talvez soframos por causa disto. Deus pode intervir em nossas circunstâncias, ou não.
Mas nós, os que conhecemos a
Cristo, temos uma esperança futura certa, e aguardamos o dia da
nossa total libertação “deste mundo
perverso” (Gl 1:4), quando até mesmo “a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção para
a liberdade...” (Rm 8:21.)
O que eu Faço?
Examinamos algumas das razões
para o sofrimento. No entanto, isso
pode nos ajudar ou não a conhecermos a fonte das nossas tribulações ou
sofrimentos pessoais. Há um elemento de mistério com relação a Deus –
os Seus caminhos e pensamentos são
muito diferentes dos nossos (Is 55:8,9).
Algumas coisas que acontecem nesta
vida talvez nunca sejam totalmente
compreendidas até que os nossos
olhos sejam totalmente abertos e O
vejamos face a face (1 Co 13:12).
Busque o Senhor
Mas ainda assim podemos reagir
positivamente a Deus no meio dos
nossos sofrimentos. Ageu 1:5 nos lemJULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
bra e nos exorta: “Considerai o vosso
passado”. Durante as tribulações e sofrimentos, separe um tempo adicional
para chegar diante do Senhor e examinar o seu coração e a sua vida.
Ore como Davi orou, e peça que o
Senhor sonde o seu coração e revele
se há nele qualquer ansiedade ou iniqüidade (Sl 139:23,24). Separe muito
tempo para orar e para aguardar que
o Senhor lhe dê uma resposta (Sl 86:7).
Certifique-se de que se arrependeu de
qualquer pecado ou ação ímpia.
Certamente deveríamos ler a Bíblia para alimentarmos nosso espírito
e aprendermos mais sobre Quem Deus
é.
Quanto mais conhecermos ao Senhor e a Sua Palavra, tanto mais andaremos em Seus caminhos e seremos consolados em nossos sofrimentos.
Examine-se
Durante as tribulações, também é
bom examinar-se. Examine sua vida
e veja se há alguma área que não esteja submissa a Deus. Separe um tempo para entregar novamente todas as
áreas da sua vida ao Senhorio de Jesus Cristo (veja 1 Pedro 4:19), inclusive seu relacionamento com Deus, sua
família, seu trabalho ou ministério.
Isto Eu Posso Saber...
É fácil ficarmos confusos no meio
dos sofrimentos. Talvez achemos que
algumas partes da Bíblia não fazem
mais sentido. Talvez pensemos erroneamente que Deus nos abandonou,
ou que, por alguma razão, não nos
ama. Muitos crentes fortes até mesmo abandonam a sua fé em Deus durante uma tribulação, ficando irados
com o Senhor por seus sofrimentos.
É importante, durante tempos de
sofrimento, tirarmos nossos olhos das
coisas que não compreendemos e focalizarmos diretamente as coisas que
SABEMOS que são verdadeiras (Fp
4:6-8). A Bíblia nos revela três verdades culminantes sobre nosso relacionamento com Deus nesta vida:
A Verdade
1. Deus está sempre trabalhando na vida de Seus filhos.
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Quer estejamos enfrentando perseguições, difíceis tentações, amargas
decepções, sofrimentos, ou dores –
Deus está trabalhando ativamente para produzir o que Ele tem de
melhor em todas as situações.
Mas o que é o “melhor” de Deus para
o Seu povo?
Vemos a resposta em Romanos
8:28-30: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão
conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja
o primogênito entre muitos irmãos.
E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a
esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou.”
O bom resultado que Deus sempre quer é ver os Seus filhos “conformados à imagem do Seu Filho”.
O resultado final disto será a nossa
plena salvação e “glorificação” com
Ele (vs.30) na eternidade vindoura.
Este é o ponto em que tropeçam
muitos crentes sinceros. Eles interpretam o “bem” de Deus como sendo o
seu conforto, alegria, ou prosperidade
nesta vida. Aí então, ao se depararem
com tribulações ou sofrimentos, eles
acham que Deus os abandonou, ou que
Ele retirou as Suas “bênçãos” e parou de operar na vida deles. Eles se
esquecem das seguintes palavras de
Jesus: “no mundo, passais por aflições” (Jo 16:33).
A verdade é que Deus nunca nos
promete uma vida fácil ou uma vida
sem dores. No entanto, Ele nos promete de fato usar tudo o que experimentamos nesta vida – até mesmo
dores e os sofrimentos – para nos
moldar à imagem de Jesus, SE nos
voltarmos a Ele e permitirmos que Ele
faça isto, e se ORARMOS no meio das
tribulações (Rm 8:26,27).
E Ele promete ainda mais...
2. A Sua presença nunca nos
deixará. Quando as tribulações e os
problemas entram em nossa vida, talvez nos perguntemos se Deus nos
deixou ou nos abandonou. Talvez se-
jamos tentados pelas dúvidas, pelos
temores, e pela incredulidade. Contudo, Deus nos declara: “De maneira
alguma te deixarei, nunca jamais te
abandonarei.” (Hb 13:5). Jesus disse: “E eis que estou convosco todos
os dias até à consumação do século” (Mt 28:20). A Sua presença, a Sua
graça, e o Seu Espírito Santo nos foram dados gratuitamente (Jo 14:16-18;
Rm 8:26,27).
3. O grande amor de Deus por
nós nunca mudará. Ele nos ama com
um “amor eterno” (Jr 31:3). Somos
o objeto do infinito, eterno, e todo-poderoso amor de Deus. Temos a promessa de que NADA jamais poderá
nos separar do amor de Deus em Cristo (Rm 8:35-39).
Em todas as provações, tribulações, e dificuldades que podem vir em
nossa vida – quer sejam resultantes
do nosso pecado, do pecado de outras
pessoas, ou da condição descaída do
mundo em geral – sabemos que o
amor de Deus por nós nunca mudará!
Farol de Fé
Queridos obreiros de igrejas, santos e companheiros, a nossa esperança e oração por vocês, quaisquer que
sejam as suas circunstâncias, é que
vocês possam regozijar-se, dizendo:
“Bendito seja o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação. É ele que nos conforta em
toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em
qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (2 Co 1.3, 4).
À medida que você perseverar em
todas as tribulações e provações deste mundo descaído, a sua vida e o seu
ministério poderão ser uma fonte de
grande consolo para outros. Você se
tornará um farol de fé, resplandecendo sobre todos ao seu redor. Deus operará em você, para torná-lo mais semelhante a Cristo.
Aí então a sua vida será um testemunho do amor, do poder, e da graça
sustentadora de Deus, tanto aos que
conhecem a Cristo, como também aos
que não O conhecem!
■
ATOS / 31
FORTALECIMENTO DIVINO
Judson Cornwall
“Reúne, ó Deus, a tua força, força divina que usaste a nosso favor.”
(Sl 68:28.)
Deus havia conduzido Seu povo à
Terra Prometida. Israel já havia se
instalado na terra e estava aprendendo a governar-se e a reinar em meio a
outras nações. Estava se preparando
para tornar uma potência mundial.
Contudo, o rei Davi estava intranqüilo em seu espírito. Estaria a pequena nação de Israel realmente pronta
para resistir às forças inimigas ao seu
redor?
Só Deus Pode Proteger e
Desenvolver
o que Ele Começou
Davi percebeu que não foi pela força que eles possuíram a terra. Era uma
obra poderosa de Deus. Davi também sabia que só Deus poderia proteger e desenvolver o que Ele começara. “Mostra o Teu poder
em nosso favor, ó Deus!”
Quando marcharmos com
Deus pelo deserto, temos de
esperar inteiramente nEle
para a provisão de comida, água, e abrigo do calor e do frio. Somente
Ele pode nos dirigir e
nos proteger dos muitos perigos que
vêm de todos os lados. Não há nenhum espaço para orgulho de nossa
parte; nós temos de depender completamente de Deus para nos conduzir em segurança na Terra Prometida.
Porém, depois de alcançarmos a
Terra Prometida nossa atitude pode
mudar. É fácil esquecer o papel que
Deus exerceu em nosso sucesso. Nós
começamos a pensar que os ganhos
que fizemos foram devidos à nossa
força e sabedoria. Tendemos a nos
sentir seguros e auto-suficientes.
32 / ATOS
Como isso é triste! As bênçãos de
Deus deveriam nos fazer gratos a Ele,
em vez de nos tornar esquecidos dEle.
Nós temos de lembrar sempre de
apenas uma coisa: “... aquele que
começou boa obra em vós há de
completá-la até ao Dia de Cristo
Jesus.” (Fp 1:6.) “... tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos
aperfeiçoando na carne?” (Gl 3:3).
Nós podemos entrar em um reino
novo e ocupá-lo, apenas pelo poder de
Deus. Somente Ele pode completar o
que começou. Como as comunidades
cristãs e organizações se esquecem
disso rapidamente. À medida que seus
programas crescem e se desenvolvem, elas confiam cada vez mais nas
próprias habilidades, e menos em
Deus. Com o tempo, a sabedoria e o
poder de Deus são substituídos pela
razão e habilidade do homem. Pode
haver uma forma externa de piedade,
mas o verdadeiro poder de Deus já se
foi há muito tempo (2 Tm 3:5).
Todos nós precisamos nos lembrar
de que aquilo que somos e onde estamos em Deus é exclusivamente
uma obra da Sua graça. Se removermos a presença e o poder do Senhor Jesus do cenário de nossos esforços religiosos, todo o quadro desaparecerá. Aos olhos de Deus, não sobrará nada de valor. Jesus disse que
haverá um dia em que muitos que pensaram que estavam fazendo grandes
coisas em nome de Deus ficarão desapontados. Para sua triste surpresa,
Deus declarará que nunca os conheceu. O seu trabalho terreno não era
visto nem conhecido no céu. O homem que se realiza através do próprio orgulho e do seu poder não
terá nenhuma recompensa divina (Mt 7:21-23).
O Deus de Poder
Nós almejamos crescer
em Cristo e nos tornar fortes no Senhor. No entanto, nunca alcançaremos
uma posição em que
não precisaremos
mais da Sua presença ou do Seu poder. Sempre seremos dependentes
dEle, “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). Essa
é uma verdade espiritual estabelecida
pelo próprio Deus. Ele sabe que não
podemos ganhar nem sustentar – adquirir ou manter – nossas posses divinas independentemente do Seu poder.
Assim, Ele não só nos conduz à nossa
Terra Prometida, mas permanece conosco para consolidar nossa posição.
Davi afirma essa verdade claramente com as seguintes palavras: “O
teu Deus ordenou a tua força...” (Sl
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
68:28 – RC). É seu Deus que dá o
comando de força. Não vem da mente do homem; mas de Deus – do Deus
todo-poderoso! Ele é chamado aqui
pelo Seu nome hebraico, Elohim.
No Salmo 27:1, Davi declara: “O
Senhor é a fortaleza da minha vida;
a quem temerei?” E no Salmo 29:11:
“O Senhor dá força ao seu povo...”
Inúmeras vezes, a Bíblia declara que
somente Deus é a fonte de nossa
força.
O Deus de Poder Conforme
Imaginado Pelo Salmista
É interessante notar que no Salmo
68, Davi primeiro mostra a imagem do
“Deus de força” antes de apresentar a
“força de Deus”. Deus é revelado como:
1. Nosso Pai – Salmo 68:5-6
2. Nosso Líder – Salmo 68:7-10
3. Nosso Comandante – Salmo
68:11-14
4. Nossa Habitação – Salmo
68:15-18
5. Nosso Sustentador – Salmo
68:19-20
6. Nosso Castigador – Salmo
68:21
7. Nosso Vingador – Salmo
68:22-23
8. Nosso Rei – Salmo 68:24-26
9. Nossa Força – Salmo 68:27-28
Deus não pode ser dissociado do
Deus do poder. O poder de Deus não
está isolado de Sua Pessoa. Davi ergueu-se no lugar santo da glória de
Deus, dentro do Tabernáculo, e clamou:
“Tributai glória a Deus; a sua
majestade está sobre Israel, e a sua
fortaleza, nos espaços siderais. Ó
Deus, tu és tremendo nos teus santuários; o Deus de Israel, ele dá
força e poder ao povo. Bendito seja
Deus!” (Sl 68:34-35.)
É no santuário ou lugar sagrado
que Deus mostra a Sua força e Seu
poder. Enquanto adoramos a Deus
em nossa fraqueza, Ele opera Seu
poder em nosso ser. Em adoração,
nós somos unidos com a vida dele de
maneira poderosa. O apóstolo Paulo
mostra essa verdade com as seguintes palavras: “Tudo posso naquele
que me fortalece.” (Fp 4:13). É interessante notar que Paulo não fala
que o poder de Cristo está separado
da Pessoa de Cristo. Mas ele diz que
é “por Cristo” que ele acha força. O
poder de Paulo vem de sua relação
com Deus.
Jesus tentou tornar esta verdade
muito clara para os Seus discípulos:
“sem mim nada podeis fazer” (Jo
15:5). Ele é a Videira; nós somos os
ramos. Se não estivermos ligados à
Videira, estamos cortados do Seu fluxo de vida que dá poder. Em vez de
produzir fruto, nós murcharemos e
morreremos. Somente quando estamos ligados à vida dEle em Cristo Jesus, é que Deus pode “ordenar nossa
força.”
Deus Ordena Nossa Força
“O teu Deus ordenou a tua força...” (Sl 68:28 – RC). Esta não é uma
referência à nossa força; mas sim à
força de Deus. Separados dEle, não
temos nenhuma força para ordenar.
Antes de conhecer a Jesus, não tínhamos nenhuma vida espiritual e nenhu-
A Bíblia mostra Deus como um Pai
que conduz Seus filhos em segurança,
justiça, unidade e liberdade. Nós O vimos guiar e sustentar o Seu povo em
sua marcha pelo deserto. Assistimos
maravilhados como Ele guerreia contra Seus inimigos através do grande poder da Sua Palavra. Observamos a Sua
presença na forma como Ele habita
graciosamente entre o Seu povo.
Freqüientemente, nós O vemos (amorosamente) castigar, perdoar e redirecionar Sua rebelde família. Ficamos
maravilhados quando O vemos em Seu
poder, glória e majestade real: Assim é
este Deus – exatamente o mesmo
Deus – que ordena nossa força. Esse
é o Senhor Deus todo-poderoso!
Não Podemos Dissociar
Deus do Seu Poder
“O teu Deus ordenou a tua força...” Verdadeiramente, o poder de
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Podemos achar forças na promessa de Jesus de que
estaria conosco em nossa caminhada.
ATOS / 33
ma força espiritual. Portanto, se olharmos para qualquer outra fonte, que não
o Senhor, para nossa vida de poder,
ficaremos desapontados.
Como pecadores, precisávamos do
poder de Deus para nos salvar de nossos pecados. Como cristãos, necessitamos ainda do poder de Deus para
crescer na graça, e lutar contra o mundo, a carne e o diabo. É impossível
começar no espírito e entrar na carne. Nós não podemos confiar em nossa força de vontade, na nossa razão
ou emoções para ter uma vida de triunfo em Cristo. Se tentarmos utilizar
nossa força, só conseguiremos nos
esgotar. Não podemos tirar água de
um poço seco!
Deus nos conhece melhor que nós
mesmos. Ele nunca ordenará que
exercitemos um poder que não possuímos. Davi escreveu: “Pois ele conhece a nossa estrutura [como nós
somos feitos] e sabe que somos pó.”
(Sl 103:14.)
Ordem: Seu Significado
Quádruplo
Quando Deus “ordena” a nossa
força, Ele não nos está pedindo que
utilizemos nossos próprios recursos.
Antes, está nos oferecendo o poder
da Sua presença. A palavra hebraica
para “ordem” é tsavah. Ela possui
pelo menos quatro significados:
1.
2.
3.
4.
Enviar um mensageiro
Designar
Dar uma responsabilidade
Colocar em ordem
Cada um desses pensamentos tem
um significado ligeiramente diferente. Todos revelam um retrato de Deus
que nos mostra Sua força. Deus tem
“designado” ou demonstrado a Sua
força por nós de um modo especial e
pessoal. Ele “mandou” ou ordenou
que o poder divino esteja pronto para
toda a nossa necessidade. Foi divinamente “ordenado” e organizado no
céu para o nosso benefício aqui na
terra. Não temos de implorar por algo
que Deus já providenciou. Paulo
aprendeu essa verdade com o seu
Senhor durante um tempo de grande
necessidade pessoal. Jesus simplesmente lhe disse: “A minha graça te
34 / ATOS
basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Co 12:9.)
Anjos: Ministros do
Poder Divino
Deus também designa ou envia
Seus “mensageiros” especiais para
ministrar o poder divino. “Não são
todos eles [anjos] espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb 1:14 – veja também Salmo 104:4.) Começando na história da
escada de Jacó (Gn 28:10-12), o papel dos anjos pode ser constatado ao
longo de toda a Bíblia. Eles são vistos
obedecendo as ordens de Deus para
ministrar ao homem em seus momentos de necessidade e fraqueza.
Até mesmo Jesus em seu sua condição humana foi ajudado pelos santos anjos do céu. Sabemos da Sua
grande agonia no Jardim de Getsêmani; lemos em Lucas 22:44 que Ele suou
“gotas de sangue”. Ele estava fraco
e cansado, e a provação terrível da
cruz estava muito próxima. Naquele
momento, Deus o Pai “ordenou força” para o Seu próprio Filho. E aquela força foi provida por um anjo: “Então, lhe apareceu um anjo do céu
que o confortava.” (Lc 22:43.)
Em Sua humanidade, Jesus usou
somente os recursos que estavam disponíveis ao homem. Ele não confiou
no poder ou na autoridade de Sua divindade. Assim, não deveríamos nos
admirar de Deus também enviar anjos para nos fortalecer em nossos momentos de necessidade.
O Poder de Deus
“O teu Deus ordenou a tua força...” (Sl 68:28 – RC). Aqui a palavra hebraica para “força” é owz. Seu
significado principal é “força”, mas
inclui também a idéia de força, poder,
coragem e altura. O pensamento completo para esse verso, então, poderia
ser: O teu Deus ordenou a tua força,
o teu poder e a tua coragem!
O Poder Divino da
Palavra de Deus
Como já vimos, às vezes o poder
divino passa pela ação angelical. Mesmo assim, a fonte desse poder está
sempre na autoridade da Palavra de
Deus. O Senhor fez um acordo legal
conosco. Ele nos incluiu em Seu testamento. O Senhor fez isso quando
anunciou o Novo Testamento. Um
“testamento” é uma vontade. É o meio
legal pelo qual uma pessoa passa seus
bens terrenos a outros após sua morte. Então, ela pode estar segura de que
“sua vontade” relativa à distribuição
dos seus bens, após sua morte, será
cumprida pela lei.
As Escrituras explicam o que isso
significa para nós em nossa relação
com Deus: “Pois um testamento só é
confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador”
(Hb 9:17).
“Semelhantemente, depois de
cear, tomou o cálice, dizendo: Este
é o cálice da nova aliança [testamento] no meu sangue derramado
em favor de vós.” (Lc 22:20.)
Com isso, Jesus está dizendo que
a Sua morte liberará para o crente tudo
aquilo que Ele prometeu enquanto estava na terra. Quando essa vontade
(testamento) viesse em poder após
Sua morte e ressurreição, então, diz
Jesus, “aquele que crê em mim fará
também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou
para junto do Pai.” (Jo 14:12.)
Não há nenhum poder maior do que
esse, que esteja disponível para qualquer um de nós. A força da Sua “vontade”, como apresentada em Sua Palavra, vai muito além do que podemos
entender. Quando Jesus morreu na
cruz, a vontade de Deus para nós era
nos encher de poder. Além disso, Ele
sustentará pessoalmente a Sua Palavra com a força do Seu poder. Não é
uma questão de como nós pensamos
ou sentimos, mas de Quem Ele é e o
que Ele disse. A Palavra forte de Deus
é a base segura para nossa fé. “…
pois magnificaste acima de tudo o
teu nome e a tua palavra” (Sl 138:2).
Coragem Divina Para o Serviço
A chamada de Deus e o Seu poder em nossa vida nos dão grande
coragem para realizar o serviço cristão. Como vimos, a palavra hebraica
owz refere-se tanto a coragem quanJULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
to a força. O derramar do Espírito
Santo em nossa vida pode dar coragem até mesmo a pessoas tímidas ou
medrosas.
Um pouco antes de Jesus ser crucificado, Pedro negou o seu Senhor
diante de uma jovem. Depois do Pentecostes, porém, com grande coragem,
ele falou às mesmas pessoas que haviam levado Jesus à morte. Pedro
orou e serviu sem medo. Quando foi
posto na prisão, sob pena de morte,
ele dormiu tranqüilamente. Após sua
libertação pela ação de um anjo, ele
seguiu firme, pregando abertamente o
Evangelho. Isso é coragem divina!
É a vontade de Deus que tenhamos coragem para enfrentar as pessoas – e até mesmo o diabo. A Sua
perfeita vontade, porém, é que tenhamos coragem para entrar na Sua presença. As Escrituras dizem claramente que podemos nos achegar corajosamente ao trono de Deus por causa
de nossa relação com o Senhor Jesus:
“...em Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e
acesso com confiança, mediante a
fé nele.” (Ef 3:11,12.)
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hb 4:16).
Sim, Deus ordenou o poder da coragem – coragem para entrar na Sua
presença. Esse privilégio deveria trazer poder real para a nossa vida. Nós
temos o mesmo direito de ir ao nosso
Pai celestial como fez o próprio Jesus. Nós somos filhos amados em Sua
família. Isso nos dará autoridade divina e coragem quando enfrentarmos as
forças malignas do sistema mundial.
Não somos órfãos abandonados e desamparados. Somos filhos e filhas reais em uma missão divina para nosso
Pai celestial. Ele nos deu a Sua Palavra e o Seu Espírito Santo para nos
apoiar.
“...porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o
meu auxílio, não temerei; que me
poderá fazer o homem?” (Hb 13:5,6).
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Força e Poder Divinos
Sempre Disponíveis
A palavra hebraica owz também
pode significar “força”. Deus tem ordenado a Sua “força” para aqueles que
O seguem. Os israelitas verificaram
ser isso totalmente verdadeiro quando da sua jornada através do deserto
em direção à Terra Prometida.
Em suas orações pelas igrejas de
Éfeso e Colossos, o apóstolo Paulo dá
grande importância ao poder de Deus:
“Por esta causa, me ponho de
joelhos diante do Pai... para que,
segundo a riqueza da sua glória,
vos conceda que sejais fortalecidos
com poder, mediante o seu Espírito
no homem interior.” (Ef 3:14,16.)
“Por esta razão, também nós,
desde o dia em que o ouvimos, não
cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda
a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro
agrado, frutificando em toda boa
obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a
força da sua glória...” (Cl 1:9-11.)
Em outras palavras, Paulo está dizendo que toda força gloriosa, poder
e vigor do céu estão disponíveis a nós.
Podemos nos sentir muito fracos e
débeis às vezes, mas temos o poder e
a autoridade de todo o céu nos dando
cobertura. Isso significa o poder do
nome de Deus, o poder da Palavra de
Deus, o poder do Espírito de Deus, o
poder do Filho de Deus, o poder dos
anjos de Deus e o poder da Igreja de
Deus. Tudo é nosso para realizarmos
a Sua vontade e a Sua obra aqui na
terra. Diante de tudo isso, é muito triste
ouvir as pessoas dizerem, “Eu estou
tentando servir a Deus do meu próprio modo fraco e frágil!”
Deus quer que vivamos em mansidão e confiança, não em fraqueza e
temor. É o poder dele e não nossos
esforços que nos permitirão fazer a
Sua vontade. Ele nunca nos pedirá que
façamos algo que não podemos fazer
por Seu poder e Sua sabedoria. Ele
sempre nos dará poder e autoridade
para fazermos a Sua vontade e con-
cluirmos a missão que Ele tem para
nós.
Vemos isso na vida de Jesus, quando Ele chamou Seus discípulos e os
enviou com “poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas” (Lc 9:1.) Ele lhes deu
ambos, “poder” (habilidade) e “autoridade” (direito legal), para executar
a Sua ordenança. Da mesma maneira,
sempre que Deus ordena nosso serviço, Ele ordenará também nossa força!
Quando realmente precisarmos do
poder de Deus, Ele o enviará através
de:
• um mensageiro angelical
• um ministério do Seu Espírito
• uma revelação da Sua Palavra
• um membro da Sua Igreja
Nós sempre receberemos tudo
aquilo de que precisarmos, e no momento em que necessitarmos. O poder de Deus está sempre disponível!
Deus Aplica Seu Poder
Divino de Quatro Maneiras
O poder divino pode ser colocado
em prática de várias maneiras. O palavra hebraica owz refere-se a quatro
aplicações diferentes: “força”, “segurança”, “majestade” e “louvor”.
Deus nos dá o “poder” espiritual
de que precisamos para fortalecer
nosso serviço para Ele. É pela autoridade da Sua Palavra e pelo poder do
Seu Espírito que podemos obrigar o
inimigo a fugir. Quando nos colocarmos debaixo da autoridade de Deus e
nos submetermos a ela, receberemos
sua cobertura. O diabo não pode subsistir à força espiritual com que nós
resistimos e então ele foge rapidamente (veja Tiago 4:7).
Deus também nos fortalece com
divina “segurança”. Pedro declarou
isso da seguinte maneira:
“... que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a
salvação preparada para revelarse no último tempo.” (1 Pe 1:5.)
Nossa fé e nossa confiança – nossa salvação e nossa segurança – estão na força do Deus todo-poderoso.
O Senhor nos purificou, chamou e
enviou. Ele também nos manterá seguros e firmes até aquele dia. Tendo
ATOS / 35
esse entendimento, ouça estas palavras encorajadoras que Paulo escreveu a Timóteo, seu “querido filho” no
Senhor: “E, por isso, estou sofrendo
estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é
poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.” (2 Tm 1:12.)
A palavra hebraica owz também
se refere à força que nós recebemos
quando compartilhamos da “majestade e do louvor” divinos. Somos “reino, sacerdotes para o seu Deus e
Pai” (Ap 1:6). “Mas Deus, sendo
rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou, e
estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo, – pela graça sois salvos, e,
juntamente com ele, nos ressuscitou,
e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus.” (Ef 2:46.) Sim, nós nos assentamos com Ele
nos lugares celestiais. Nós marchamos
com Ele em vitória depois de vencermos as batalhas espirituais. Desse
modo, Ele, na verdade, nos permite
compartilhar da Sua glória!
A esposa de um presidente ou de
um rei compartilha da sua majestade
e louvor, quando está ao lado dele.
Da mesma maneira, nós, que somos
chamados “a Noiva de Cristo”, compartilhamos da glória de nosso Noivo
divino. Toda honra e todo louvor pertencem a Ele, como o “Rei dos reis
e Senhor dos senhores” (veja Apocalipse 19:16). Por nós mesmos, não
somos merecedores dessa honra ou
desse louvor. Porém, porque nós pertencemos a Ele – como uma noiva
pertence ao seu marido – compartilharemos legalmente da Sua honra.
Todo o céu celebrará eternamente
com os Seus louvores. E nós estaremos lá – ao Seu lado – compartilhando com Ele da glória, da honra e da
majestade do Deus todo-poderoso!
“Glória e majestade estão diante
dele, força e formosura, no seu
santuário.” (Sl 96:6.)
O Poder de Deus:
Sólido Como o Aço
“Confirma, ó Deus, o que já realizaste por nós.” (Sl 68:28 – RC.)
36 / ATOS
Na primeira parte desse verso
(“Seu Deus ordenou sua força”), Davi
usou a palavra hebraica owz para “força”. Nessa parte do verso, ele usa a
palavra hebraica azaz para “fortaleça”. Azaz quer dizer “faça forte” ou
“endureça”. Algo que é endurecido
é sólido e firme. Se for bastante sólido e sufucientemente firme, não se
desintegrará sob pressão; nada poderá movê-lo do lugar. Será inabalável
– firmemente estabelecido.
“Confirma, ... o que já realizaste por nós.”: Davi estava pedindo a
Deus que fizesse sólido, firme e
inabalável o que Ele tinha realizado
para eles.
O que isso significa para nós?
Quer dizer que Deus quer realizar,
dentro de nós e através de nossa vida,
algo que é firmemente estabelecido, sólido e robusto; forte o bastante
para durar para sempre.
Permanecendo Firme
Vi muito da obra de Deus ser impedido e até mesmo tombar durante o tempo de tribulação e provação. Não era
forte o bastante para permanecer firme
sob pressão. Deus ainda quer realizar
um forte e sólido trabalho em nossa vida,
que nos permitirá permanecer firmes
em ocasiões de tentação.
A força de Deus é como o concreto quando é derramado. Ele deve
se “solidificar” antes que fique firme
e forte o bastante para ser usado.
Esse era o desejo de Paulo para os
cristãos em Corinto: “Portanto, meus
amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na
obra do Senhor, sabendo que, no
Senhor, o vosso trabalho não é
vão.” (1 Co 15:58.)
Deus quer solidificar assim Sua
obra em nossa vida para que nos tornemos fortes em nossa fé e serviço
para Ele. Esse também era o grande
desejo do coração de Davi para a sua
vida e a do seu povo. Então, ele orou:
“Confirma [faça sólido, firme e inabalável] o que já realizaste por
nós!”
Poder Divino Prevalecente
Nós vimos que a palavra hebraica
azaz no Salmo 68 significa “fortale-
ça” ou “solidifique”. Há outro significado, porém, mais adiante que traz luz
sobre esse verso do Salmo de Davi.
Azaz também quer dizer “prevalecer”.
“Prevaleça, ó Deus…” é o argumento de Davi. Nós achamos a mesma
idéia nestas palavras de Jesus: “...e
sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela.” (Mt
16:18). Na realidade, Jesus está dizendo que é a Igreja, que prevalecerá em
lugar do inferno.
A palavra “prevaleça” significa
“vencer a vontade da pessoa por
meio de palavras ou de ação”. Nós
vencemos nossas metas superando
tudo aquilo que nos faça oposição. Às
vezes parece que o inferno está prevalecendo contra a Igreja. Porém,
Deus nos assegura que no fim a Igreja seguramente vencerá. Pela força
que Deus ordenou, nós prevaleceremos!
Nós nunca podemos dizer que falhamos porque a força de Deus não
era suficiente nem estava disponível.
Ela sempre está lá à nossa disposição,
e é sempre suficiente. Nós só podemos dizer que falhamos por não termos fé para receber o que Deus já
nos tem dado.
Paulo esperava que o poder de
Deus prevalecesse na vida do Seu
povo: “Estou plenamente certo de
que aquele que começou boa obra
em vós há de completá-la até ao Dia
de Cristo Jesus.” (Fp 1:6.)
Deus nunca começa uma obra que
não completará. Ele sempre apóia a
Sua obra pelo poder prevalecente da
Sua Palavra. “Prevaleça, ó Deus, o
que já realizaste por nós!”
Deus Fortalece Sua Obra,
Não a Nossa
A obra de fortalecer que nós estudamos é totalmente relacionada à
ação de Deus – não à nossa. Vemos
isso nas palavras de Davi: “Confirma... o que já realizaste por nós”
(Sl 68:28).
Muitas vezes imploramos e pleiteamos junto a Deus para fortalecer
algo que Ele nunca começou. De alguma maneira sentimos que, se tãosomente pudermos tocar a Deus em
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
oração, Ele fortalecerá qualquer coisa que se relacione a
nosso trabalho para Ele. Nós nos assentamos durante
horas, enquanto fazemos planos para Deus. Então, no
fim, pedimos a Sua bênção. Na verdade, nós só temos
o direito de pedir a Deus que fortaleça a obra que
Ele começou – e deseja continuar. Deus não está interessado no trabalho de nossas mãos, ou nos planos de
nossa mente, ou no orgulho de nosso coração. Ele só
prometeu fortalecer o que Ele está fazendo através de
nós!
Como é importante, então, descobrir o que Deus está
fazendo, e permitir que Ele faça isso através de nós. Só
quando estamos envolvidos na obra de Deus é que podemos esperar que Ele esteja com Sua força ao nosso lado.
À medida que buscamos a Sua face para fazer a Sua vontade, Ele prontamente nos proverá com o poder e a sabedoria de que nós precisamos. Há segurança e força no
propósito e nos planos de Deus. Nossa fé será fortalecida
quando nos conscientizarmos de que estamos dentro da
sua vontade. Só então poderemos resistir ao inimigo com a
certeza de que prevaleceremos.
Esperança Triunfante
É o Deus de toda a força que traz à Sua Igreja o pleno
crescimento e maturidade. Somente Ele é a Fonte da Sua
vida durante o Seu trabalho e Seu testemunho aqui na terra. Ele prometeu proteger e preservar tudo o que Ele realizou na, com e através da Igreja. Ele a escolheu como
uma Noiva real para o Seu Filho.
E a Noiva, junto com o Seu Senhor e Mestre Jesus
Cristo, sempre reinará com Ele!
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o
possuirão para todo o sempre…” (Dn 7:18.)
“Se perseveramos, também com ele reinaremos...”
(2 Tm 2:12.)
“Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai...” (Ap 1:5,6.)
“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu
trono, assim como também eu venci e me sentei com
meu Pai no seu trono.” (Ap 3:21.)
“Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do
Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze
frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas
da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais
haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de
Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome
dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles
de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.” (Ap 22:1-5.)
Reinar com Ele para sempre... possa Deus fortalecêlo com essa esperança triunfante, solidamente fundamen■
tada em Sua Palavra firme e inabalável.
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
David
Newington
Nota do editor: Durante mais de 50 anos, David
Newington, fundador da Editora Emmanuel na África do Sul, serviu a Igreja de Jesus Cristo abnegadamente. Ele e sua esposa, Loreen, serviram ao Senhor no continente africano, e publicaram uma grande variedade de livros, folhetos e panfletos. Por muitos anos, os Newingtons também se associaram à
World MAP, distribuindo e coordenando a Revista
ATOS e O Cajado do Pastor em toda a África do Sul,
e auxiliando em acampamentos e conferências patrocinadas pela World MAP.
No dia 1.º de agosto de 2001, David Newington,
dormindo serenamente, abandonou essa terra, e despertou em seu lar celestial e, finalmente, viu o seu
amado Salvador face a face.
Nós honramos o Irmão Newington pelos seus
anos fiéis de serviço sacrificial para Jesus, e estamos reimprimindo uma pequena porção de um dos
seus folhetos para a edificação do leitor. Possa cada
um de nós, como David Newington, correr “com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé”
(Hb 12:1-2).
Jesus, Aquele que
Carrega Meus
Fardos
David Newington
“Certamente, ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si... as iniqüidades
deles levará sobre si... levou sobre si
o pecado de muitos...” (Is 53:4,11,12.)
ATOS / 37
Que Carregador de fardo!
Abençoado seja o Seu Nome!
Jesus é Aquele que carrega MEU fardo.
santo trono do Pai. Mesmo
sabendo tudo a meu respeito, Ele ainda permaneceu
como meu Intercessor e levou o meu pecado.
Ele Levou um Fardo
Contaminado
O pecado é uma enfermidade... uma
doença... uma infecção da alma humana! É contaminador, nocivo e horrível
– um câncer do coração. Jesus levou
esse terrível fardo imundo em Sua alma
imaculada. Isso é mais terrível do que
podemos imaginar! O Cordeiro Santo
levando um fardo profano.
Ele Levou um Fardo Doloroso
Ele levou nossas dores (sofrimentos) também. “homem de dores” (Is
53:3). As Suas dores? Não – as NOSSAS! Ele estava familiarizado com a
aflição. Leia Lamentações 1:12:
“Considerai e vede se há dor igual
à minha.” Leia também Salmo 116:3:
“Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram
de mim.”
38 / ATOS
Ele Levou um
Fardo Vergonhoso
“[Ele] foi contado com os
transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos.” (Is
53:12.) Ele era amigo de publicanos,
pecadores e meretrizes. Paulo disse,
“Cristo Jesus veio ao mundo para
salvar os pecadores, dos quais eu
sou o principal.” (1 Tm 1:15). Você
e eu podemos dizer o mesmo!
Ele Levou um Fardo Calculado
“[Ele] levou sobre si o pecado
de muitos e pelos transgressores INTERCEDEU.” (Is 53:12). Mesmo conhecendo exatamente qual era o peso,
a essência e as características do meu
pecado e sua profunda e secreta motivação, Ele INTERCEDE por mim.
Legal e precisamente Ele representou a mim e ao meu pecado perante o
Ele Leva, Não Uma
Única Vez,
Mas Todo o Fardo
da Vida Por Mim
Seu trabalho de levar o
meu fardo não parou no dia
de minha salvação do pecado. Ele continua levando o meu fardo diariamente. Eu faço o que a Sua Palavra diz: “Confia os teus
cuidados ao Senhor, e ele
te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado.” (Sl 55:22). Se eu for
deixado aos meus cuidados, eu cairei mil vezes, ao
tentar levar meus fardos.
Mas eu os coloquei nos ombros fortes e compassivos
de Cristo, o Carregador
dos meus fardos.
Ele Leva Nossos Fardos, Mas
Só Até Hebreus 9:28…
”Cristo, tendo-se oferecido uma
vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
aguardam para a salvação.” Quando nós O virmos pela segunda vez,
não será como Aquele que leva nosso fardo, mas como nosso Senhor e
Rei que regressou. Ele não terá nenhum fardo em Seus ombros. Ele – e
nós nEle – estaremos para sempre
livres de fardos. Uma antiga canção
diz:
Nenhum fardo além,
toda a tristeza passou;
Nenhum fardo além,
finalmente estaremos em casa. ■
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
Leia, no próximo trimestre, na Revista ATOS
Fortalecimento Divino… Para Sua Família
Agora que você estudou esta edição da Revista de ATOS, esperamos que esteja
pensando em como compartilhar o que aprendeu com os dois rebanhos que você é
chamado a conduzir. Sim, dois – aquele que você ensina na igreja… e o outro em
casa.
Sim, sua família precisa de liderança e de treinamento religioso da mesma
maneira que aqueles que você ensina na igreja. Você está ensinando a Palavra à
sua família? Está encorajando-a na fé e auxiliando-a em amor? Marido, você está
amando sua esposa, da mesma forma que Cristo amou a Igreja e deu Sua vida por
Ela (Ef 5:25)? Esposa, você está escolhendo respeitar seu marido e viver debaixo
da proteção e da cobertura de sua liderança (Ef 5:33)? Pais, vocês estão ensinando
a seus filhos o caminho em que eles devem andar (Pv 22:6; Ef 6:4)?
Pense nessas perguntas enquanto espera a edição de outubro de 2002 da
Revista ATOS. Será uma edição especial sobre a “Família” e lhe dará bases bíblicas
firmes para um matrimônio forte e uma saudável vida familiar religiosa.
Você é chamado para ministrar e liderar na igreja; também é chamado para
ministrar e liderar em casa. Nenhuma dessas chamadas divinas deve ser negligenciada; nem deve ser esquecido que o propósito de ambas as chamadas é levar outros
a Jesus, ajudá-los a se tornarem discípulos, e glorificar a Deus.
Esperamos que você e sua família estudem juntos essa edição da Revista de ATOS,
assim que chegar. (Você pode compartilhar o estudo com outros líderes de igreja e até
mesmo com suas famílias.) Oramos para que Deus continue fortalecendo-o e abençoando-o e que você continue ministrando em sua igreja… e em sua casa.
ANÚNCIO ESPECIAL
Amado Líder de Igreja:
Saudações no precioso Nome de nosso Senhor Jesus!
Devido a insuficiência de fundos, haverá apenas 3 edições da Revista ATOS neste ano de 2002.
Esperamos que seja somente uma pausa temporária.
Você receberá a edição de ATOS sobre a Família (conforme mencionado acima) no início de 2003.
Por favor, continue orando pela provisão abundante de Deus para o World MAP de forma que
possamos suprir os líderes de igreja ao redor do mundo com o sólido ensino da Palavra de Deus.
Agradecemos a Deus por nos permitir servir a você e participar do seu trabalho de ganhar as nações
para Cristo, de forma que todos possam conhecê-Lo.
Frank R. Parrish e a
Equipe do World MAP
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002
ATOS / 39
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literário de World MAP!
O Cajado do Pastor – conhecido por alguns como "Uma Escola Bíblica
em Livro" – é uma obra de 1000 páginas projetada para treinar e equipar
líderes de igreja. Contém escritos, com base bíblica, de muitos autores
cheios do Espírito. Este livro foi compilado para satisfazer as
necessidades especiais de líderes de igreja que trabalham na Ásia, África
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Neste livro, O Cajado do Pastor, você achará:
[1] Um Manual de Treinamento Para Novos
Crentes que cobre todos os assuntos que você
precisa ensinar a novos convertidos.
[2] Uma Concordância Tópica com milhares de
referências bíblicas, que cobrem 200 principais
tópicos da Bíblia. Esta seção de referência de
O Cajado do Pastor o ajudará a ensinar a
Bíblia a outros.
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Líderes, contendo o melhor material de
treinamento de liderança de igreja
reunido por World MAP durante os
últimos trinta anos.
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Após responder todas as perguntas, e escrever suas respostas tão
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World MAP mais próximo de você. Você receberá sua cópia do livro O
Cajado do Pastor o mais rápido possível (mas devido aos embaraços que
ocorrem às vezes no correio, por favor, dê um prazo de 6 meses, pelo
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40 / ATOS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002

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