Eu só quero patinar

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Eu só quero patinar
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Esportes
Eu só quero patinar
Como esporte, atividade física ou meio de transporte,os patins estão presentes em
todas as cidades do DF. A patinação em velocidade é a modalidade que mais cresce
Não se sabe ao certo quando
eles surgiram. Patins primitivos
feitos de ossos foram encontrados na Ásia, Grã-Bretanha e
no norte e centro da Europa. O
relato mais antigo da patinação
como recreação é de 1175 d.C,
quando os londrinos usavam varas nos pés para deslizar sobre o
gelo. A primeira idéia de patins
sobre rodas foi do violinista belga Joseph Merlin, que em 1760
teria tido a idéia de adaptar os
já conhecidos patins de gelo ao
solo. Sua idéia não foi muito
bem sucedida, já que ele colocou apenas uma roda em cada
pé. Dessa forma, o protótipo dos
patins sobre rodas só saiu do papel pelo menos 40 anos depois.
Em Brasília, a patinação
surgiu nos anos 80, na época era
concentrada nos clubes, onde se
praticava apenas a modalidade
“Patinação Artística”, um esporte elitista ainda nos dias de
hoje. No começo dos anos 90,
os patins em linha, ou rollers,
começaram a ser vendidos na
capital, e se tornaram febre
entre jovens e crianças, mesmo
que para isso fosse necessário
gastar cerca de R$ 500 em um
modelo mais simples.Hoje já é
possível comprar um modelo
para iniciantes por R$ 30.
São cinco as modalidades de
patinação segundo a Federação
Internacional de Esportes sobre
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Procurando diversão ou atividade esportiva os candangos vão às ruas com as “rodinhas” nos pés
Rodas: Patinação Artística, Patinação de Velocidade, Patinação
Radical, Hóquei Tradicional
(no gelo), e Hóquei em Linha.
Com a criação da Federação
Brasiliense de Hóquei e Patinação, a FEBRHPA, em 2000,
o que era apenas uma atividade
esportiva começou a se organizar
como esporte de competição. No
Distrito Federal, as modalidades
artística, de velocidade e radical
são as que se destacam.
Para quem quer se manter em
forma, patinar é uma alternativa
bem legal.Além de consumir até
600 calorias por hora de atividade, dependendo da intensidade
do exercício, é uma atividade de
baixo impacto, que trabalha pernas, cintura, barriga; melhora a
respiração, o equilíbrio, a flexibilidade, a agilidade, a força e
a resistência; preserva mais os
ligamentos que outros esportes
como aeróbica e futebol; e
auxilia no desenvolvimento da
coordenação motora.
Aqueles que querem aprender a andar sobre rodinhas
podem recorrer às escolas de
patinação, a mais em conta é a
do Parque da Cidade, onde a aula
individual custa a partir de R$ 20
a hora, e R$ 10 a aula em grupo.
As aulas acontecem nos estacionamentos do Parque, geralmente
de segunda à sexta, das 08 às 22
horas.Mas se você só pode ter
aulas aos fins de semana, não se
desespere, há professores que
também trabalham aos sábados
e domingos. A idade ideal para
começar a patinar vai dos 05
aos 75, 85 anos, dependendo da
condição física do aluno.
A professora Fátima Figueirêdo, é formada em Educação
Física e dá aulas de patinação no
Parque. Ela alerta para a importância de se procurar um profissional especializado - “Quando
praticar que não seja por conta
própria, e sim com um profissional da área de Educação Física
experiente na modalidade e que
se identifique com o registro do
CREF(Conselho Regional de
Educação Física), pois hoje nos
deparamos com falsos professores que tem deixado traumas
e algumas seqüelas em pessoas
que não se preocupam em saber
com quem estão aprendendo”.
Claudiane Sperber, estudante
de Fisioterapia, mora em Águas
Claras, mas recorreu à escolinha
do Parque da Cidade. “Queria
fazer uma atividade física mais
agradável. Com um mês de
aulas já dá até fazer umas manobrinhas.
Há aqueles que não precisaram de aulas, é o caso de Carlos
Magno Laboissiére Faria, estudante de Farmácia, e morador da
Asa Sul. Ele patina por hobby
, no Parque, no “Eixão” aos
domingos ou mesmo nos estacionamentos da quadra onde
mora. “Nas horas vagas gosto de
caminhar, correr, e com o patins
eu tenho mais velocidade. Eu
gosto dessa sensação”.
Mas patinar não é fácil para
todos, em Taguatinga, Camila
Silva também gosta de patinar
nos momentos de lazer, o problema é onde patinar. “Patino
quando posso, mas aqui na Comercial não tem onde patinar.
Ou você vai pra pista, pros estacionamentos, ou disputa espaço
nas calçadas.Além de cada uma
ser de um jeito diferente”.
Como em qualquer esporte,
alguns cuidados são necessários, como o uso de capacete,
joelheira, cotoveleira e munhequeira, um tipo de luva que
impede a lesão nos punhos em
caso de queda.O custo mínimo
para se patinar com segurança
é de aproximadamente R$ 100
(R$ 50 os patins e mais R$ 50
com um kit de equipamentos
de proteção). Os equipamentos
podem ser encontrados em lojas
de esporte, de calçados e na
Feira dos Importados, onde há a
maior variedade e a possibilidade de preços mais baixos.
Também é importante ficar
atento ao horário para praticar.
Os mais recomendados são
antes das 10h e depois das 16h,
além é claro de sempre levar
uma garrafinha de água, principalmente neste tempo de seca
extrema.
Em países europeus e cidades como São Paulo e Rio de
Janeiro, já é possível encontrar
quem use patins como meio de
transporte e até para fazer entregas. Em Brasília já é possível
encontrar embriões desta forma
de uso, mas os órgãos responsáveis pelo trânsito da capital
ainda não têm registros oficiais
dos patins como transporte,
que apenas é citado no Código
de Trânsito Brasileiro como
uma forma de se andar a pé.
Patinação Artística
pantes oficiais, por ser também a mais antiga.Possui
três clubes registrados na
FEBRAHPA, a AABB, o
Iate Clube, e o Minas Tênis
Clube, somando 131 atletas
registrados. Além daqueles
que apenas praticam sem
competir, totalizando cerca
de 450 atletas na cidade.
PATINAÇÂO NO DF
Patinação de
Velocidade
É a modalidade que mais
cresce no DF, já que utiliza
patins em linha, que são encontrados a partir de R$ 30 o
modelo mais básico, e pode
ser praticada em qualquer local com superfície um pouco
mais lisa, como estaciona-
mentos e quadras de esportes.
Infelizmente nem todas as
satélites tem espaços com
essas características, isso acaba fazendo com que o maior
número de praticantes ainda
se concentre no Plano Piloto.
Na FEBRAHPA são duas
as equipes registradas e que
participam de campeonatos
nacionais e internacionais,
a Equipe Jaguar, da técnica
colombiana Cindya Katerine Pardo; e a Equipe Papa
Léguas, comandada por
Cecília Maria Simplício, a
Tuca, composta por crianças carentes de Sobradinho.
Patinação Radical
Muito comum nas satélites, onde muitas praças têm
halfes, pistas em forma de
meia lua, próprias para a prática de manobras radicais. O
esporte também ganhou força
depois que atletas brasileiros
como Sandro Dias e Fabíola
da Silva se destacaram na
mídia. No DF não temos representantes em associações
ou campeonatos, mas é praticado principalmente em Taguatinga, Guará e Cruzeiro .
Por ser praticado com
patins tradicionais (aqueles
com dois pares de rodas
paralelas), pelo alto custo
do equipamento, R$300 em
média, e por ser praticado
em clubes tornou-se uma
modalidade elitizada. Ainda
assim é a modalidade com
maior número de partici-