ANÁLISE FARMACOGNÓSTICA E AVALIAÇÃO DA
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ANÁLISE FARMACOGNÓSTICA E AVALIAÇÃO DA
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE FARMÁCIA FERNANDA DAGOSTIM MANDELLI ANÁLISE FARMACOGNÓSTICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Hibiscus acetosella CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2010 FERNANDA DAGOSTIM MANDELLI ANÁLISE FARMACOGNÓSTICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Hibiscus acetosella Trabalho de conclusão de curso, apresentado para o curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientadora: Profª. Drª. Patrícia de Aguiar Amaral CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2010 2 FERNANDA DAGOSTIM MANDELLI ANÁLISE FARMACOGNÓSTICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Hibiscus acetosella Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do grau de Farmacêutica Generalista do Curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. CRICIÚMA, 25 DE NOVEMBRO DE 2010 BANCA EXAMINADORA Profª Patrícia de Aguiar Amaral – UNESC Orientadora Profª Simone Gnoato – UNESC Examinadora Profª Tatiana Barrichello Examinadora 3 Análise Farmacognóstica e Avaliação da Atividade Antimicrobiana de Hibiscus acetosella 1,2 Fernanda D. Mandelli, 4Geovana D. Savi, 4Graziela L. Milioli, 2,3Vanilde C. Zanette, 4 Tatiana Barichello,2,3Patricia A. Amaral 1 Acadêmico do Curso de Farmácia/UNASAU/UNESC. 2Grupo de Extensão e Pesquisa em Plantas Medicinais/UNAHCE/UNESC - 3Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA)/UNAHCE/UNESC. 4Laboratório de Microbiologia Experimental – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS)/UNASAU/UNESC. RESUMO: “Análise farmacognóstica e avaliação da atividade antimicrobiana de Hibiscus acetosella” A planta medicinal Hibiscus acetosella é originaria da África, pertencente à família Malvaceae, conhecida popularmente como vinagreira. Esta planta foi uma das plantas estudadas no projeto de extensão “Fitoterapia Racional” com a Pastoral da Saúde de Criciúma (SC) e Região. A resistência bacteriana é um problema de saúde pública, por esse motivo, o uso irracional de antimicrobianos é uma das principais preocupações mundiais. O objetivo deste trabalho foi fazer análise farmacognóstica de Hibiscus acetosella e avaliar seu potencial antimicrobiano, pois existem poucos trabalhos publicados referentes a ação biológica desta espécie. Realizaram-se testes de precipitação e colorimétricos para detecção dos seus metabólitos secundários e avaliou-se seu potencial antimicrobiano contra os microorganismos: Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. A análise farmacognóstica apresentou os seguintes resultados: positivo para substâncias fenólicas tais como: taninos, flavonóides e cumarinas; e positivo também para heterosídeos cardiotônicos e alcalóides. Sobre a atividade antimicrobiana o extrato hidroalcóolico 70% de Hibiscus acetosella mostrou efeito contra os microrganismos S. aureus e P. aeruginosa. Palavras-chaves: Plantas Medicinais, Uso popular, Efeito antimicrobiano, Extrato vegetal ABSTRACT: "Analyze phytochemistry and evaluation of the antimicrobial activity of Hibiscus acetosella" The medicinal plant Hibiscus acetosella is originary from Africa and belongs to the family Malvaceae, popularly known as Roselle. This plant was one of the plants studied in extension project "Phytotherapy Rational" with the Pastoral da Saúde of health of the Criciúma (SC) and region. Bacterial resistance is a public health problem, for this reason, the irrational use of antimicrobials is a major concern worldwide. The goal of this work was to make analyses of Hibiscus acetosella phitochemistry and evaluate its potential antimicrobial, because there are few published works for the biological action of this kind. Precipitation and colorimetric test for the detection of its secondary metabolites and assessed your potential antimicrobial against microorganisms: Staphylococcus aureus, Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa. Phitochemistry analyses showed positive results for phenolic substances such as: tannins, flavonoids and coumarins; and also positive to cardiotonic glycosides and alkaloids. The hydroalcoholic extract 70% of Hibiscus acetosella showed antimicrobial effect against microorganisms S. aureus and P. aeruginosa. Keywords: Medicinal plants, Popular Usage, Antimicrobial Effect, Plant Extract 4 INTRODUÇÃO As plantas medicinais apesar do emprego, na sua grande maioria, empírico no tratamento de doenças, continuam a serem usadas pela população e jamais foram completamente substituídas pelos fármacos sintéticos1. A utilização das plantas medicinais com finalidade terapêutica é de origem popular e são empregadas tanto em preparações tradicionais (chás, sucos, xaropes, tinturas, unguentos, etc.) quanto na forma de princípios ativos puros, podendo ser muitas vezes o único recurso terapêutico de comunidades e grupos étnicos. Muitos fatores têm colaborado com o desenvolvimento das práticas de saúde que incluam plantas medicinais, principalmente baixo custo e fácil manuseio2,3,4,5. Há uma grande investigação científica no que diz respeito à atividade biológica de plantas medicinais. Plantas superiores e aromáticas, além de serem usadas pela medicina popular, apresentam um amplo aspecto de atividade e inibição comprovada contra bactérias e fungos. Essas propriedades são relacionadas aos seus metabólitos secundários6,7. O gênero Hibiscus é o maior da família Malvaceae, sendo constituído por cerca de 300 espécies8, esta planta é cultivada em jardins e hortas caseiras, usada para fins ornamentais, confecção de geléias, com suas folhas é preparado o famoso arroz-de-cuchá, prato típico da cozinha maranhense9. Dentro deste gênero o grupo despertou interesse sobre a espécie Hibiscus acetosella que tem como nomes populares vinagreira, quiabo-azedo, quiabo-roxo e groselheira. É uma planta arbustiva, bienal ou perene, ereta ou de crescimento disperso, de caule semi-lenhoso, vináceo e ramificado. Suas folhas possuem cor vinho escuro, nervuras palmadas e heterofílicas. As flores são solitárias, axilares, sésseis e de cor rosa-arroxada. Possui como fruto cápsula. É originária da África e possui muita semelhança com a Hibiscus sabdariffa, espécie largamente estudada10,11. 5 Afolabi et al.12 mostrou que os extratos aquoso e metanólico da planta Hibiscus sabdariffa obteve um efeito antibacteriano contra Streptococcus mutans carcinogênico obtidos de pacientes com cárie, na concentração inibitória mínima de 2,5 mg/mL. Nas últimas décadas, o desenvolvimento de fármacos eficientes para o combate a infecções bacterianas revolucionou o tratamento médico reduzindo drasticamente a mortalidade causada por doenças de origem microbiana, por outro lado, a grande utilização dos antibióticos fez com que as bactérias desenvolvessem defesa a esses fármacos13. A resistência bacteriana é um problema de saúde pública14, existem dois tipos de resistência, a natural; onde qualquer indivíduo isolado da espécie é resistente; e a adquirida, pois desenvolveram ao longo do tempo15. Por esse motivo, o uso irracional de antimicrobianos é uma das principais preocupações mundiais no que diz respeito à resistência bacteriana16. Os antibióticos vendidos nas farmácias e drogarias do país só poderão ser entregues ao consumidor mediante receita de controle especial. A retenção obrigatória das receitas dos antibióticos será a partir de 28 de novembro de 2010. Essa medida foi tomada com o objetivo de ampliar o controle sobre essa classe de medicamentos, e contribuir para a redução da resistência bacteriana na população17. Com o surgimento de microrganismos resistentes, ratifica-se necessidade da busca de novos agentes antimicrobianos. Na busca de novas moléculas, enfatizam-se aquelas de origem vegetal, pois o Brasil apresenta uma grande biodiversidade e muitas plantas vêm sendo testadas a centenas de anos para diversas finalidades18, inclusive como ação antibacteriana onde a investigação de plantas medicinais como fonte de agentes antibacterianos tem aumentado potencialmente nos últimos anos19,20. Justifica-se este trabalho, por se tratar de uma planta estudada no mês de junho de 2010 pelo Projeto Fitoterapia Racional: Aspectos Etnobotânicos, Taxonômicos, Agroecológicos e Terapêuticos (UNESC) junto a Pastoral da Saúde, neste encontro as agentes 6 da pastoral relataram algumas utilizações desta espécie, tais como: usar as folhas para saladas; na forma de chás e sucos para melhorar o desempenho físico e mental, ansiedade e angústia, melhorar a imunidade, anemia, usado também para minimizar os efeitos associadas à menopausa e andropausa. Também por ser uma planta pouco estudada na literatura científica e bastante utilizada em Criciúma e região. METODOLOGIA O material vegetal para análise, representado pelas folhas de Hibiscus acetosella, foram colhidos do Horto Florestal da UNESC, uma exsicata da planta foi previamente identificado pela botânica Dra. Vanilde Citadini Zanette e armazenada no Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz da UNESC, sob o registro CRI: 8551. Para a identificação das classes de substâncias foram realizadas análises com as folhas submetidas à secagem, em estufa com temperatura máxima de 40 ºC e a seguir moídas transformando-as em pó semi-fino21. Foram efetuados testes para a verificação da presença das seguintes classes de substâncias: fenólicas (antraquinonas, cumarinas, taninos, flavonóides), saponinas, alcalóides e heterosídeos cardiotônicos. Estes testes seguiram especificações22,23. Foi realizada maceração em etanol 70% com as folhas de Hibiscus acetosella, com cerca de 12,5g do material vegetal e 62,5mL do solvente, proporção 1:5, durante 15 dias, após a mistura foi filtrada, o solvente eliminado em rota evaporador e obteve-se rendimento de 0,771g. O extrato foi diluído em água destilada estéril para a verificação do potencial antimicrobiano. A atividade antimicrobiana dos materiais foi avaliada pelo método do poço, conforme padronização pela National Committee for Clinical Laboratory Standards. As bactérias 7 Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Escherichia coli (ATCC 25922) foram inoculadas em ágar Mueller Hinton, Cetrimide e MacConkey, respectivamente. A cultura bacteriana foi crescida a 37 ºC por 24 horas. Após a incubação, a cultura foi diluída em solução salina estéril (NaCl 0,9%) de acordo com a escala de MacFarland 0,5, a fim de se obter uma densidade bacteriana de aproximadamente 108 UFC/mL. Uma alíquota da suspensão foi inoculada em placa contendo ágar Mueller Hinton, mergulhando-se um swab estéril sobre a suspensão ajustada em até 5 minutos. A alíquota microbiana foi espalhada de forma homogênea por toda a placa. Foram realizados em cada placa um poço com 6 mm de diâmetro e inoculado 60 µL da amostra, também foi colocado um disco contendo o antibiótico ceftriaxona como controle positivo. A placa foi incubada a 37 ºC por 24 horas. Após a incubação foi verificado a presença de halo de inibição ao redor do material e mensurado seu diâmetro com auxílio de uma régua milimetrada24. RESULTADOS E DISCUSSÃO As análises farmacognósticas mostraram que a Hibiscus acetosella possui uma grande diversidade química. Historicamente, o reino vegetal constitui uma das fontes mais abundantes de substâncias potencialmente ativas, para os mais diversos alvos farmacológicos25. A partir das análises farmacognósticas, pode-se identificar quais metabólitos secundários a planta possui e associar esses metabólitos com as possíveis atividades farmacológicas que a Hibiscus acetosella pode apresentar. As reações de coloração e precipitação realizadas neste presente estudo apresentaram resultados positivos para substâncias fenólicas tais como: taninos, flavonóides e cumarinas; também apresentaram resultados positivos para: heterosídeos cardiotônicos e alcalóides. E apresentaram resultados negativos para: antraquinonas e saponinas, conforme demonstrado na tabel 8 Tabela 1: Reações indicativas de substâncias presentes na Hibiscus acetosella. Classes de Hibiscus Reações Substâncias acetosella Realizadas Substâncias fenólicas + Cloreto férrico; Hidróxido de potássio. Taninos + Cloreto férrico; Solução de gelatina. Flavonóides + Óxido de magnésio; Ácido clorídrico. Antraquinonas - Hidróxido de potássio. Cumarinas + Reativo de KOH; Visualização UV. Saponinas - Água destila e agitação em cilindro graduado; Ácido clorídrico. Heterosídeos cardiotônicos + Reação de Baljet; Reação de KellerKiliani; Reação de Salkowsky. Alcalóides +(*) Reativo de Mayer; Reativo de Dragendorf; Reativo de Brouchardat; Reativo de Bertrand. Legenda: (+) resultado positivo para reação; (-) resultado negativo para reação; (*) teste repetido Metabólitos secundários encontrados na Hibiscus acetosella As substâncias fenólicas pertencem a uma classe de substâncias que possui uma grande diversidade de estruturas, simples e complexas, que possuem pelo menos um anel aromático no qual, ao menos, um hidrogênio é substituído por um grupamento hidroxila26. Frutas, legumes e bebidas são as principais fontes de compostos fenólicos na dieta humana27 estes, são conhecidos por possuir atividade antiinflamatória28, efeito hipolipemiante29, e 9 propriedades antioxidante30 também destacadas esta propriedade na Hibiscus sabdariffa31, um estudo mostra que hambúrgueres elaborados com sementes de Hibiscus sabdarifa apresentaram uma redução na oxidação lipídica, tornando assim, essas sementes um bom potencial para serem utilizadas como antioxidante de alimentos32. Os taninos são compostos por componentes gustativos, responsáveis pela adstringência de frutos e produtos vegetais33, eles possuem atividades biológicas relatadas na literatura como antioxidantes34, efeito antimicrobiano35, além de um estudo onde mostra que taninos hidrolisáveis deprimiram contrações musculares e potencializaram as atividades do bloqueador -adrenérgico in vivo36. Os flavonóides são biossintetizados a partir da via dos fenilpropanóides, constituem uma importante classe de polifenóis, além de representarem um dos grupos fenólicos mais importantes e diversificados entre os produtos de origem natural37. Estudos sugerem que os flavonóides possuem uma grande influência sobre doenças cardiovasculares38,39. Eles possuem uma série de ações farmacológicas relatadas, tais como: ação antiviral40, antimutagênico41, anti-inflamatório42 e antimicrobiana43,44. Epigalocatequina galato (EGCG) e quercetina são exemplos de flavonóides que mostraram atividades, in vitro, antioxidante45,46 e anti-apoptose46. Jonadet et al.47 avaliou o extrato hidroalcóolico de H. sabdariffa em modelo in vitro, que obteve uma atividade significativa na inibição da enzima conversora de angiotansia I (ECA), efeito este, atribuído as flavonas. As cumarinas são amplamente distribuídas nos vegetais e também podem ser encontradas em fungos e bactérias, derivam-se de 1,2-benzopironas48. Esse metabólito possui algumas atividades farmacológicas como: antioxidante49, antifúngica50, gastroprotetora51, antiulcerogênica, influenciando o controle das secreções mediado pelo sistema parassimpático in vivo52, além da estrutura química das cumarinas desempenhar um importante papel na prevenção de toxicidade hepática em ratos53. 10 Os heterosídeos cardiotônicos ou também chamados glicosídeos cardiotônicos, são esteróides e estão presentes na natureza, caracterizados pela sua alta especificidade e poderosa ação exercida no músculo cardíaco54,55,56,57. Os alcalóides são compostos nitrogenados farmacologicamente ativos e são encontrados predominantemente nas angiospermas58. Algumas ações farmacológicas estão descritas na literatura a respeito dos alcalóides presentes nas plantas, tais como: ação contra o vírus da herpes in vitro59, analgésico e anti-inflamatório60, antibacteriano61,62, antioxidante63, anti-diabético64, possui atividade antimalárica65, e anti-alérgico, tendo efeitos inibitórios sobre os eosinófilos e a produção de leucotrienos in vivo66. Avaliação do potencial antimicrobiano Os resultados referentes à avaliação antimicrobiana estão descritos na tabela 2. Tabela 2: Diâmetros dos halos de inibição em mm do extrato hidroalcóolico da Hibiscus aecetosella, coletados no Horto Florestal da UNESC. Microorganismos H. acetosella ceftriaxona S. arueus 21 mm 24 mm P. aeruginosa 19 mm 20 mm E. coli 16 mm 30 mm Em análise dos resultados obtidos verificamos que o extrato hidroalcóolico de Hibiscus acetosella, contendo cerca de 0,06 g do extrato mole, mostrou atividade inibitória sobre o crescimento microbiano de todos os microorganismos testados, tendo como um comparativo a Ceftriaxona. Porém, obteve resultados mais interessantes para S. arures e P. aeruginosa. Os halos de inibição foram medidos e apresentaram os seguintes resultados: 21 mm para S. aureus, 19 mm para P. aeruginosa e 16 mm para E.coli. O halo de inibição da P. 11 aeruginosa obteve diferença de 1 mm em relação ao seu controle positivo (20 mm), mostrando assim que extrato hidroalcóolico de Hibiscus acetocella foi tão ativo para este microorganismo quanto o fármaco utilizado como padrão positivo. Esse resultado corrobora sobre a importância dos produtos naturais como alternativa viável para o descobrimento de novos fármacos, também podem ser uma alternativa mais econômica no controle de doenças67. Dentre os estudos realizados sobre os metabolitos secundários produzidos pelas plantas com propriedades antimicrobianas, destacam-se os taninos68, essas moléculas possuem mecanismos de ação contra microorganismos que privam os substratos necessários para o crescimento microbiano ou então agem diretamente no metabolismo microbiano inibindo a fosforilação oxidativa69, outro mecanismo de ação proposto por Engels, et al.70 seria a falta de ferro, os taninos hidrolisáveis possuem propriedades complexantes ao ferro, tendo assim um efeito inibitório à microorganismos, considerando que os mesmos podem se restaurar com a adição de ferro ao meio. Outro metabólito estudado com propriedade antimicrobiana são os flavonóides71. Várias plantas foram estudadas e mostraram um potencial antimicrobiano, sendo os compostos possivelmente responsáveis por essa atividade os flavonóides72,73,74. Um estudo utilizando a metodologia do poço, mostrou que a flavona, um subtipo de flavonóide, foi ativa frente a vários microrganismos75. A literatura relata que a atividade antimicrobiada de algumas espécies de plantas pode ser atribuída aos metabólitos secundários conhecidos como alcalóides76,77. Stephanine e crebanine são dois alcalóides que foram isolados da planta Stephania dielsiana e mostraram alto poder inibitório contra bactérias gram-positivas em estudo in vitro61. Não podemos descartar também a possibilidade de sinergismo entre as moléculas, a eficácia máxima de uma planta pode não ser devido a um componente específico, mas sim 12 pela ação combinatória de diferentes compostos presentes na planta, proporcionando seu efeito farmacológico, este fator tem sido documentado pela comunidade científica em relação a parâmetros de toxicidade e atividade78,79,80. A resistência bacteriana aos antimicrobianos é considerada um problema inerente à terapia antimicrobiana, por este motivo é preciso sempre buscar novas fontes terapêuticas os quais sejam eficientes para o tratamento de infecções81. CONCLUSÃO Neste trabalho constatou-se a presença de metabólitos secundários como: taninos, flavonóides, cumarinas, heterosídeos cardiotônicos e alcalóides. No entanto os testes realizados para esta espécie foram testes qualitativos e outros ensaios fitoquímicos devem ser realizados com a finalidade de quantificar e elucidar esses compostos químicos. Em relação à atividade antimicrobiana observou-se que o extrato hidroalcoolico 70% apresentou efeito inibitório contra os microorganismos S. aureus e P. aeruginosa impulsionando o nosso interesse na investigação e quantificação deste efeito biológico. Portanto novos ensaios sobre essa atividade microbiológica estão em andamento. REFERÊNCIAS 1. Rates SMK. Plants as source of drugs. Toxicon 2001; 39:603-13. 2. Amorozo MCM. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DI STASI, LC (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: UNESP; 1996. p. 47-68. 3. Corrêa AD, Batista RS, QUINTAS LEM. Plantas medicinais: do cultivo à terapêutica. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes; 2002. 4. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 13 5. Brasil. 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Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5.ed. rev. ampl. Porto Alegre: UFRGS; 2003. 1102 p. 59. Ren Z, Zhang CH, Wang LJ, Cui YX, Qi RB, Yang CR, et al. In vitro anti-viral activity of the total alkaloids from Tripterygium hypoglaucum against herpes simplex virus type 1. Virol Sin 2010; 25(2):107-14. 60. Wang Y, Yang X, Zheng X, Li J, Ye C, Song X, et al. Theacrine, a purine alkaloid with anti-inflammatory and analgesic activities. Fitoterapia 2010; 81:627–31. 61. Deng Y, Yu Y, Luo H, Zhang M, Qin X, Li L. Antimicrobial activity of extract and two alkaloids from traditional Chinese medicinal plant Stephania dielsiana. Food Chem 2011; 124:1556–60. 62. Nenaah G. Antibacterial and antifungal activities of (beta)-carboline alkaloids of Peganum harmala (L) seeds and their combination effects. Fitoterapia 2010; 81:779-82. 63. Zhao Q, Zhao Y, Wang K. Antinociceptive and free radical scavenging activities of alkaloids isolated from Lindera angustifolia Chen. 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Silva JG, Souza IA, Higino JS, Siqueira-Junior JP, Pereira JV, Pereira MSV. Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale Linn. em amostras multiresistentes de Staphylococcus aureu. Rev Bras Farmacogn 2007; 17(4):572-7. 19 Instruções para Colaboradores Ciência & Saúde Coletiva publica debates, análises e resultados de investigações sobre um tema específico considerado relevante para a saúde coletiva; e artigos de discussão e análise do estado da arte da área e das subáreas, mesmo que não versem sobre o assunto do tema central. A revista, de periodicidade bimestral, tem como propósitos enfrentar os desafios, buscar a consolidação e promover uma permanente atualização das tendências de pensamento e das práticas na saúde coletiva, em diálogo com a agenda contemporânea da Ciência & Tecnologia. A revista C&SC adota as“Normas para apresentação de artigos propostos para publicação em revistas médicas”, da Comissão Internacional de Editores de RevistasMédicas, cuja versão para o português encontra-se publicada na Rev Port Clin Geral 1997, 14:159-174. O documento está disponível em vários sítios na World Wide Web, como por exemplo, www.icmje.org ou www.apmcg.pt/document/ 71479/450062.pdf. Recomenda-se aos autores a sua leitura atenta. Seções da publicação Editorial: responsabilidade do(s) editor(es). Este texto deve ter, no máximo, 3.500 caracteres. Debate: encomendado pelos editores, tratase de artigo teórico pertinente ao tema central da revista, que receberá críticas/comentários assinados de até seis especialistas, também convidados, e terá uma réplica do autor principal. O artigo deve ter, no máximo, 40.000 caracteres; os textos dos debatedores e a réplica,máximo de 10.000 caracteres cada um. Artigos Temáticos: revisão crítica ou resultado de pesquisas de natureza empírica, experimental ou conceitual sobre o assunto em pauta no número temático. Os textos de pesquisa não deverão ultrapassar os 40.000 caracteres; os de revisão, 50.000 caracteres. Artigos de Temas Livres: não incluídos no conteúdo focal da revista, mas voltados parapesquisas, análises e avaliações de tendências teórico-metodológicas e conceituais da área ou das subáreas.Os números máximos de caracteres são osmesmos dos artigos temáticos. Opinião: texto que expresse posição qualificada um ou vários autores ou entrevistas realizadas com especialistas no assunto em debate na revista; deve ter, no máximo, 20.000 caracteres. Resenhas: análise crítica de livro relacionado ao campo temático da revista, publicado nos últimos dois anos, com, no máximo, 10.000 caracteres. Os autores devem encaminhar à Secretaria da Revista uma reprodução de alta definição da capa do livro resenhado. Cartas: crítica a artigo publicado em número anterior da revista ou nota curta, descrevendo criticamente situações emergentes no campo temático (máximo de 7.000 caracteres). Observação: O limite máximo de caracteres considera os espaços e inclui texto e bibliografia; o resumo/abstract e as ilustrações (figuras e quadros) são considerados à parte. Apresentação de manuscritos 1. Os originais podem ser escritos em português, espanhol, francês e inglês. Os textos em português e espanhol devem ter título, resumo e palavras-chave na língua original e em inglês. Os textos em francês e inglês devem ter título, resumo e palavras-chave na língua original e em português. Não serão aceitas notas de pé-de-página ou no final do artigo. 2. Os textos têm de ser digitados em espaço duplo, na fonte Times New Roman, no corpo 12, margens de 2,5 cm, formatoWord e encaminhados apenas pelo endereço eletrônico (www.cienciaesaudecoletiva.com.br) segundo as orientações do menu Artigos e Avaliações. 3. Os artigos submetidos não podem ter sido divulgados em outra publicação,nem propostos simultaneamente para outros periódicos. Qualquer divulgação posterior do artigo em outra publicação deve ter aprovação expressa dos editores de ambos os periódicos. A publicação secundária deve indicar a fonte da publicação original. 4. As questões éticas referentes às publicações de pesquisa com seres humanos são de inteira responsabilidade dos autores e devem estar em conformidade com os princípios contidos na 20 Declaração de Helsinque da AssociaçãoMédicaMundial (1964, reformulada em 1975,1983, 1989, 1989, 1996 e 2000). 5. Os artigos devem ser encaminhados com as autorizações para reproduzir material publicado anteriormente, para usar ilustrações que podem identificar pessoas e para transferir direitos de autor e outros documentos que se façam necessários. 6. Os conceitos e opiniões expressos nos artigos, bem como a exatidão e a procedência das citações são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). 7. Os artigos publicados serão de propriedade da revista C&SC, ficando proibida a reprodução total ou parcial em qualquer meio de divulgação,impressa ou eletrônica, sema prévia autorização da Revista. 8.Os textos são em geral (mas não necessariamente) divididos em seções com os títulos Introdução,Métodos,Resultados e Discussão, às vezes, sendo necessária a inclusão de subtítulos em algumas seções. Os títulos e subtítulos das seções não devem estar organizados com numeração progressiva, mas com recursos gráficos (caixa alta, recuo na margem, etc.). 9.O resumo/abstract, com no máximo 1.400 caracteres (incluindo palavras-chave/key words), deve explicitar o objeto, objetivos, metodologia, abordagem teórica e resultados do estudo ou investigação. Logo abaixo do resumo os autores devem indicar até no máximo seis palavraschave/key words. Chamamos a atenção para a importância da clareza e objetividade na redação do resumo, que certamente contribuirá no interesse do leitor pelo artigo, e das palavras-chave, que auxiliarão a indexação múltipla do artigo. Autoria 1. As pessoas designadas como autores devem ter participado na elaboração dos artigos de modo que possam assumir publicamente a responsabilidade pelo seu conteúdo. A qualificação como autor deve pressupor: a) concepção e o delineamento ou a análise e interpretação dos dados, b) redação do artigo ou a sua revisão crítica, e c) aprovação da versão a ser publicada. 2. No final do texto devem ser especificadas as contribuições individuais de cada autor na elaboração do artigo (ex. LM Fernandes trabalhou na concepção e na redação final e CM Guimarães, na pesquisa e na metodologia). Nomenclaturas 1. Devem ser observadas rigidamente as regras de nomenclatura biológica, assim como abreviaturas e convenções adotadas em disciplinas especializadas. 2. Devem ser evitadas abreviaturas no título e no resumo. 3. A designação completa à qual se refere uma abreviatura deve preceder a primeira ocorrência desta no texto,a menos que se trate de uma unidade de medida padrão. Ilustrações 1.Omaterial ilustrativo da revista C&SC compreende tabela (elementos demonstrativos como números, medidas, percentagens, etc.), quadro (elementos demonstrativos com informações textuais), gráficos (demonstração esquemática de um fato e suas variações), figura (demonstração esquemática de informações por meio de mapas, diagramas, fluxogramas, como também por meio de desenhos ou fotografias).Vale lembrar que a revista é impressa em uma cor, o preto, e caso o material ilustrativo esteja em cor, será convertido para tons de cinza. 2. O número de material ilustrativo deve ser de, no máximo, cinco por artigo, salvo exceções referentes a artigos de sistematização de áreas específicas do campo temático, quando deverá haver negociação prévia entre editor e autor(es). 3. Todo o material ilustrativo deve ser numerado consecutivamente em algarismos arábicos, com suas respectivas legendas e fontes, e a cada um deve ser atribuído umbreve título. Todas as ilustrações devem ser citadas no texto. 4. As tabelas e os quadros devem ser confeccionados no mesmo programa utilizado na confecção do artigo (Word). 21 5. Os gráficos devem estar no programa Excel, e os dados numéricos devem ser enviados, de preferência, em separado no programa Word ou em outra planilha como texto, para facilitar o recurso de copiar e colar. 6. Os arquivos das figuras (mapa, por ex.) devem ser salvos no (ou exportados para o) formato Ilustrator ou Corel Draw. Estes formatos conservam a informação VETORIAL, ou seja, conservam as linhas de desenho dos mapas. Se for impossível salvar nesses formatos; os arquivos podem ser enviados nos formatos TIFF ou BMP, que são formatos de imagem e NÃO conservam sua informação vetorial, o que prejudica a qualidade do resultado. Se usar o formato TIFF ou BMP, salvar na maior resolução (300 ou mais DPI) e maior tamanho (lado maior = 18cm).Omesmo se aplica para o material que estiver em fotografia. Caso não seja possível enviar as ilustrações no meio digital, deve ser enviado o material original em boas condições para reprodução. Agradecimentos 1.Quando existirem, devem ser colocados antes das referências bibliográficas. 2.Os autores são responsáveis pela obtenção de autorização escrita das pessoas nomeadas nos agradecimentos, dado que os leitores podem inferir que tais pessoas subscrevem os dados e as conclusões. 3. O agradecimento ao apoio técnico deve estar em parágrafo diferente daqueles a outros tipos de contribuição. Referências 1. As referências devem ser numeradas de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto.No caso de as referências serem de mais de dois autores, no corpo do texto deve ser citado apenas o nome do primeiro autor seguido da expressão et al. 2. Devem ser identificadas por números arábicos sobrescritos, conforme exemplos abaixo: ex. 1: ... Outro indicador analisado foi o de !maturidade do PSF” 11 ... ex. 2: ... Como alerta Maria Adélia de Souza 4, a cidade... As referências citadas somente nos quadros e figuras devem ser numeradas a partir do número da última referência citada no texto. 3. As referências citadas devem ser listadas ao final do artigo, em ordem numérica, seguindo as normas gerais dos Requisitos uniformes paramanuscritos apresentados a periódicos biomédicos (http://www.icmje.org). 4. Os nomes das revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/). 5. O nome de pessoa, cidades e países devem ser citados na língua original da publicação. Exemplos de como citar referências Artigos em periódicos 1.Artigo padrão (inclua até 6 autores, seguidos de et al. se exceder a esse número) Pelegrini MLM, Castro JD, Drachler ML. Eqüidade na alocação de recursos para a saúde: a experiência no Rio Grande do Sul, Brasil. Rev C S Col 2005; 10(2):275-86. MaximianoAA, Fernandes RO,Nunes FP,AssisMP, Matos RV, Barbosa CGS, et al. Utilização de drogas veterinárias, agrotóxicos e afins em ambientes hídricos: demandas, regulamentação e considerações sobre riscos à saúde humana e ambiental. Rev C S Col 2005; 10(2):483-91. 2. Instituição como autor The Cardiac Society of Australia and New Zealand. Clinical exercise stress testing. Safety and performance guidelines. Med J Aust 1996; 164:282-4 3. Sem indicação de autoria Cancer in South Africa [editorial]. S Afr Med J 1994; 84:15. 4.Número com suplemento Duarte MFS. Maturação física: uma revisão de lilteratura, com especial atenção à criança brasileira. Cad Saúde Pública 1993; 9(Supl 1):71-84. 5. Indicação do tipo de texto, se necessário 22 EnzensbergerW, Fisc her PA. Metronome in Parkinson’s disease [carta]. Lancet 1996; 347:1337. Livros e outras monografias 6. Indivíduo como autor Cecchetto FR. Violência, cultura e poder. Rio de Janeiro: FGV; 2004. MinayoMCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8ª ed. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco; 2004. 7.Organizador ou compilador como autor Bosi MLM, Mercado FJ, organizadores. Pesquisa qualitativa de serviços de saúde. Petrópolis: Vozes; 2004. 8. Instituição como autor Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Controle de plantas aquáticas por meio de agrotóxicos e afins. Brasília: DILIQ/Ibama; 2001. 9. Capítulo de livro Sarcinelli PN.A exposição de crianças e adolescentes a agrotóxicos. In: Peres F, Moreira JC, organizadores. É veneno ou é remédio. Agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p. 43-58. 10. Resumo em Anais de congressos Kimura J, Shibasaki H, organizadores. Recent advances in clinical neurophysiology. Proceedings of the 10th International Congress of EMG and Clinical Neurophysiology; 1995 Oct 15-19; Kyoto, Japan. Amsterdam: Elsevier; 1996. 11. Trabalhos completos publicados em eventos científicos Coates V, Correa MM. Características de 462 adolescentes grávidas em São Paulo. In: Anais doV Congresso Brasileiro de adolescência; 1993; Belo Horizonte. p. 581-2. 12. Dissertação e tese Carvalho GCM. O financiamento público federal do SistemaÚnico de Saúde 1988-2001 [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública; 2002. GomesWA. Adolescência, desenvolvimento puberal e sexualidade: nível de informação de adolescentes e professores das escolas municipais de Feira de Santana – BA [dissertação]. Feira de Santana (BA): Universidade Estadual de Feira de Santana; 2001. Outros trabalhos publicados 13.Artigo de jornal Novas técnicas de reprodução assistida possibilitam a maternidade após os 40 anos. Jornal do Brasil 2004 Jan 31; p. 12 Lee G.Hospitalizations tied to ozone pollution: study estimates 50,000 admissions annually. The Washington Post 1996 Jun 21; Sect. A:3 (col. 5). 14. Material audiovisual HIV+/AIDS: the facts and the future [videocassette]. St. Louis (MO):Mosby-Year Book; 1995. 15.Documentos legais Lei nº 8.080 de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990; 19 set. Material no prelo ou não publicado Leshner AI.Molecular mechanisms of cocaine addiction. N Engl J Med. In press 1996. Cronemberg S, Santos DVV, Ramos LFF,Oliveira ACM, Maestrini HA, Calixto N. Trabeculectomia com mitomicina C em pacientes com glaucoma congênito refratário. Arq Bras Oftalmol. No prelo 2004. Material eletrônico 16.Artigo emformato eletrônico 23 Morse SS. Factors in the emergence of infectious diseases. Emerg Infect Dis [serial on the Internet] 1995 Jan-Mar [cited 1996 Jun 5];1(1):[about 24 p.]. Available from: http:// www.cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm Lucena AR,Velasco e Cruz AA, Cavalcante R. Estudo epidemiológico do tracoma em comunidade da Chapada do Araripe – PE – Brasil Arq Bras Oftalmol [periódico na Internet]. 2004 Mar-Abr [acessado 2004 Jul 12];67(2): [cerca de 4 p.]. Disponível em: ht tp:// www.abonet.com.br/abo/672/197-200.pdf 17.Monografia em formato eletrônico CDI, clinical dermatology illustrated [CDROM]. Reeves JRT, Maibach H. CMEA Multimedia Group, producers. 2ª ed.Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995. 18. Programa de computador Hemodynamics III: the ups and downs of hemodynamics [computer program]. Version 2.2. Orlando (FL): Computerized Educational Systems; 1993. 24 25