prazer para ler - Livraria da Vila

Transcrição

prazer para ler - Livraria da Vila
Edição 146
●
Ano 13
●
Seu Jeito de Ler
●
Junho 2016
PRAZER PARA LER
Uma seleção especial com títulos da literatura erótica
sob medida para o Dia dos Namorados
ENTREVISTA
Monja Coen no
projeto Planeta de
Leitores
RETRATO
Marilyn Monroe
jamais cansou
de ser sexy
VIAGEM
Histórias e
lembranças do
Navegar 2016
2
ÍNDICE | junho_2016
16diário
5editorial
Por Samuel Seibel
As histórias e lembranças
do Navegar 2016
FRADIQUE COUTINHO
20evento
...............................................................
As atrações da
14ª edição da Flip
21oportunidade
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6entrevista
Av. Juscelino Kubitscheck, 2041
11 5180-4790
Monja Coen fala sobre livros e
o momento atual do mundo
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Av. Magalhães de Castro, 12000
11 3755-5811
Ilustração de Jonas Ribeiro com trecho do livro
As relações perigosas, de Choderlos de Laclos, em
tradução de Dorothée de Bruchard.
...............................................................
Edição 146
●
Ano 13
●
Seu Jeito de Ler
●
Campinas
Junho 2016
GALLERIA SHOPPING
Rod. Dom Pedro I, s/nº
19 3706-1200
22retrato
Os 90 anos de nascimento
de Marilyn Monroe
PRAZER PARA LER
Uma seleção especial com títulos da literatura erótica
sob medida para o Dia dos Namorados
24aconteceu
ENTREVISTA
Monja Coen no
projeto Planeta de
Leitores
RETRATO
VIAGEM
Marilyn Monroe
jamais cansou
de ser sexy
Histórias e
lembranças do
Navegar 2016
25programação
10capa
Cursos, teatro, lançamentos
e outras atrações da
agenda de junho
Literatura erótica no
mês dos namorados
14romance
A estreia da Vila em
Londrina e outras atrações
Carol Teixeira autografa
Bitch na Lorena
39nossas dicas
Sugestões para ver, ouvir e ler
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A Revista Vila Cultural é uma publicação mensal da Livraria da Vila • Editor-chefe: Samuel Seibel
[email protected] • Editor: Rafael Seibel [email protected] • Jornalista responsável:
Sérgio Araújo MTB - 4422 • Publicidade: Gil Torres [email protected] • Programação: Gil Torres
e Wilson Junior [email protected] • Estagiária de eventos: Beatriz Quina • Revisão: Valéria
Palma • Colaboraram: Thaís Mendes e Paula Skromov • Estagiária de criação: Izabel Mendes • Capa
& Diagramação: Jonas Ribeiro [email protected]
3
4
EDITORIAL | por Samuel Seibel
Um século memorável
M
inha mãe completou 100 anos no
dia 27 de maio. Essa notícia de
100 anos nos foi comunicada por
ela mesma, porque todos nós – filhos, netos, bisnetos, noras e sobrinhos – iríamos
comemorar seus 97 anos. O que, convenhamos, já não é pouco.
Pois bem. Faltando pouco mais de um
mês para o 27 de maio, toquei no tema
“97 anos” e ela me diz que, na verdade,
“são 100 anos”. Na hora, achei que, infelizmente, ela, sempre tão lúcida, começara
a sentir o efeito da idade.
“Como assim, 100 anos, mãe?”, consegui perguntar.
“É que quando saímos da Bessarábia
(então Romênia, hoje Moldávia), meu pai,
preocupado com a idade de minhas duas
irmãs mais velhas – mulheres com 20
anos naquela época já eram consideradas
velhas para casar – , mudou nossos documentos e ficamos três anos mais novas.”
“Mas mãe, por que você nunca falou
isso antes?”, perguntei.
“Nunca achei relevante”, ela respondeu.
“E por que falar isso somente agora?”,
insisti.
“Porque agora eu acho relevante”,
ela respondeu, com um sorriso tranquilo
e maroto (e quase centenário) no rosto.
Perguntei se ela lembrava da aldeia
onde nasceu e para onde nunca mais
retornou, assim como nunca mais viu
seus pais após a vinda para o Brasil. Ela
disse que lembrava, sim, da casa onde
viveu, e que havia uma igreja em frente.
“Não gostaria de rever tudo isso?”,
indaguei.
Para minha segunda grande surpresa
do dia, minha mãe disse que sim, gostaria
de ir.
Resumo da ópera: meus irmãos, duas
cunhadas e eu (minha namorada não
poderá ir) vamos levá-la para este incrível
reencontro com o seu passado, quase um
século depois.
No próximo editorial, conto como foi
a jornada.
Boa leitura.
Abraços,
Samuel.
5
Entrevista | Monja Coen
Ler para viver
“A leitura é sempre um encontro com alguém que
pode nos inspirar a compreender melhor e a atuar na
realidade”, diz a monja Coen, que abre o projeto Planeta
de Leitores dia 9 de junho na loja de Higienópolis
6
Brasil em 1995, como missionária
da tradição Sôtô Zenshû para o
Brasil, servindo o Templo Busshinji,
no bairro da Liberdade, em São
Paulo, durante seis anos. “O que
a minha supervisora dizia quando
eu ainda estava no Japão é que
você leva pelo menos dez anos
para criar um templo e dez anos
para fazer um monge. E são 20
anos para se fazer um professor e
pelo menos uns 30 para formar um
mestre”, diz monja Coen, ao ser
lembrada dos 15 anos da fundação da comunidade em que atua.
“E faz 33 anos que virei monja”,
ela cita, com a espontaneidade
cativante que minimiza referências
temporais ao pensar nas centenas
ou milhares de anos que envolvem
tradições religiosas. Sobre o momento atual do mundo e do Brasil,
que ela também lamenta, monja
Coen diz que o mais importante
é deixarmos de lado as posturas
egoicas para voltarmos a pensar
no bem comum, independentemente das diferenças de opiniões e posições que têm gerado
tantos conflitos. “Não acredito
numa participação de ódio”,
afirma. “Na hora que perceber que
estou ficando com muita raiva de
alguém, é preciso dizer um: ‘Peraí.
Menos’. Só porque a pessoa é do
outro time, do outro partido, eu
vou ter raiva?”. Leia a entrevista
da monja.
Vila Cultural. Que avaliação faz
dos 15 anos, em 2016, da Comunidade Zen Budista que a
senhora criou?
Monja Coen. O tempo nos faz
enraizar. Houve um crescimento
e um enraizamento da comunidade. Nós começamos com 17
pessoas que se comprometeram
a manter a comunidade e hoje
temos um grupo de cem pessoas
entre os mantenedores. Há uma
procura maior na sociedade, não
só em São Paulo, mas em todo
o Brasil. Tenho sido procurada
para fazer palestras para plateias
com quatro, seis mil pessoas, e
isso até me surpreende porque
há um questionamento contínuo
sobre como se pode ser feliz e
encontrar alguma estabilidade
na vida, mesmo num mundo tão
instável. Como posso ter foco se
tenho tantas provocações no dia
a dia? A gente é muito provocado
pela internet, pelas redes sociais,
por tudo que acontece. E os meios
de comunicação são muito ágeis,
o que faz com que as pessoas
se sintam exaustas, exauridas ao
querer participar de tudo.
VC. E o que a senhora diz quando lhe trazem estas questões?
MC. Primeiro, é importante perceber que não há nada fixo, nada
permanente. E que você deve
apreciar o que está acontecendo
agora ao invés de tanto reclamar ou querer que seja diferente.
Os meios de comunicação, por
exemplo, nos fazem perceber
coisas que sempre estiveram aí.
Mas a gente não tinha acesso a
tanta informação. Como é que
vamos lidar com isso? Sempre
tivemos problemas, sempre houve
Foto Divulgação
A
utora, entre outros, de 108
contos e parábolas orientais, lançado no ano passado, a monja Coen, fundadora e
mestre da Comunidade Zen Budista do Brasil, é a convidada especial da estreia do projeto Planeta
de Leitores, dia 9 de junho, quinta-feira, a partir das 19h, na Livraria
da Vila do Shopping Pátio Higienópolis. A iniciativa marca uma promissora parceria da livraria com
a Editora Planeta, cujo propósito
é aproximar autores, nacionais e
estrangeiros, do público leitor, em
um formato que extrapole a ideia
de palestra e traga um sentido
mais amplo de formação de leitores a cada diálogo e encontro. A
aposta é partir da presença de um
“mediador de leitura”, que entende
seu público leitor, para enriquecer
interesses, repertórios e trocas. “A
leitura é sempre um encontro com
alguém que pode nos inspirar a
compreender melhor e a atuarmos
na realidade”, diz monja Coen em
entrevista a Vila Cultural. Respeitada e querida por onde passa,
ela teve seu primeiro contato com
o Zen-Budismo no Zen Center de
Los Angeles, nos Estados Unidos,
onde fez, em 1983, os votos monásticos. Em seguida, durante oito
anos, viveu no Mosteiro Feminino
de Nagoia, no Japão, onde se
graduou como monja especial,
habilitada a ministrar aulas de
Budismo para monges e leigos.
Sob a orientação de Shundô Aoyama Dôchô Rôshi, sua mestra de
treinamento, foi a primeira monja
líder do mosteiro. Retornou ao
“Minha proposta foi a de apresentar
um livro de fácil leitura, compreensão e
interpretação, que tem como pano de fundo
os aspectos mais intrincados dos estudos
Zen”, diz a monja sobre o livro 108 contos e
parábolas orientais, da Editora Planeta
7
Entrevista | Monja Coen
corrupção, sempre houve dificuldades de relacionamentos, países
sempre tiveram dificuldades internas. E cada pessoa é como um
país. Acho muito interessante um
pensador que diz que nós não somos ilhas, que somos penínsulas.
Estamos ligados e não desligados,
separados uns dos outros. Acho
que há essa percepção de que
todos estamos passando por dificuldades muito semelhantes e
que isso é da nossa era, da nossa
época. E que estamos devidamente equipados para lidar com
isso. Porque, se não, não seria
assim. Não é que você não tenha
condições. Tem sim. Há que se
procurar os meios. O meu meio, o
meu primeiro expediente, vamos
dizer assim, o meu principal equipamento, é a meditação, o zazen.
É sentar-se em silêncio e observar
em profundidade a si mesmo e ao
mundo e perceber que não há muita separação. Dentro e fora estão
ligados. Nós somos a vida da terra,
nós somos a vida do planeta, a
vida da cidade onde estamos morando. E ela reflete quem somos e
o que somos porque são escolhas
nossas. Embora a gente diga que
não, “eu não escolhi isso”, escolheu sim. Cada um de nós escolheu
estar onde está agora da mesma
forma que cada um pode escolher,
de certa forma, como está o seu
corpo, a sua saúde – física, mental e social. Não queremos tomar
essa responsabilidade para nós.
Nós queremos jogar no mundo,
nos outros, na situação, mas é de
nossa responsabilidade como é
que lidamos com tudo isso que
acontece e estamos devidamente
equipados para lidar com o mundo de hoje porque nós somos do
mundo de hoje. Nós não viemos
do passado. Nós não somos seres do século 15 ou do século 18.
Nós somos pessoas deste século,
vivemos nesta época e sabemos
lidar com tudo isso.
VC. Como, afinal?
MC. É necessário lidar com a inteligência e com a sabedoria, mas para isso é preciso ter tranquilidade.
8
Buda dizia que a mente humana deve ser
mais temida do que cobras venenosas.
Se o coração ficar muito agitado,
se deixar se guiar só pelas emoções, fica difícil. Acho que isso é
uma coisa das mais recentes que
nós começamos a descobrir nas
últimas gerações: como lidar com
as nossas emoções e os nossos
sentimentos. Não é apenas “vou
sentindo, vou falando, vou fazendo”. Tenho que conhecer a minha
mente para usá-la de forma mais
adequada. Como um computador. Se você der um computador
para quem nunca viu um, ele não
vai saber nem como ligá-lo. Da
mesma forma, nós temos um equipamento extraordinário que não
sabemos usar direito. E as práticas
meditativas e alguns ensinamentos
de Buda evidentemente – e de
diversas tradições espirituais também – nos ensinam a lidar com as
nossas emoções e sentimentos, e
como conhecer a si mesmo para
poder utilizar o nosso potencial da
melhor forma possível. Uma das
maneiras de ligar esse aparelho da
nossa mente, da nossa condição,
é através da meditação. Não significa que não há outros. Mas para
nós a meditação silenciosa é esse
portal principal de autoconhecimento. Não é para sair do mundo.
É para perceber melhor o mundo
e, portanto, poder atuar de forma
mais adequada.
VC. Tudo invariavelmente passa
pelo autocontrole mental?
MC. A grande transformação da
humanidade agora é exatamente
essa: a neurociência e o conhecimento de como funciona o cérebro
e a mente humana. Como podemos
utilizar isso de forma eficaz para
eticamente pensar no bem coletivo, não no bem individual. Cada
vez que penso que vantagem eu
levo, já estou perdendo. Na verdade, ao desenvolver aptidões que
serão melhores para a sociedade
como um todo, eu estou melhorando para mim também. Porque
eu não estou separado. Eu sou a
sociedade, o mundo, a realidade,
eu sou a família, o bairro, a casa
onde moro. Na hora que eu quero
limpar a casa, organizar as coisas,
eu estou mantendo a mim mesmo
em ordem. A minha casa externa
e a minha casa interna. Não estou
separado disso. Na hora que estou
cuidando de observar como é que
funciona a minha mente, estou
compreendendo o funcionamento
da mente humana. Aí eu vou poder
me relacionar com outros humanos
de uma forma mais eficaz. Não
para manipular ninguém nem ser
manipulado por ninguém, mas
para ter plena consciência do que
se está fazendo. E é isso que o
mundo está procurando.
VC. Às vezes parece difícil...
MC. Mas porque parece tão fácil a gente ser controlado pelas
emoções? A gente se ofende, fica
com raiva, xinga de volta ou fica
imaginando coisas perversas.
É preciso sair disso. Não ficar
prisioneiro disso. Se a pessoa te
ofendeu, você vai constatar: ela
não está bem, né? Ela está com algum problema. Será que eu posso
ajudá-la? Ou não? Não devia ficar
ofendido por isso. Para compreender o que está acontecendo com
cada um e com a sociedade, com
o mundo. Se queremos modificar
o mundo, se achamos que o mundo está violento, nós queremos
menos violência. Se queremos um
mundo mais ético, nós temos que
começar fazendo isso. Apontar
para o outro, dizer o que o outro
não tem, não é suficiente. Como
é que você lida com isso, nas
coisas mínimas?
VC . E q u a l é o l u g a r d a s
emoções?
MC. A vida é maravilhosa inclusive
por estar repleta de emoções.
O que você precisa é conhecê-las. Mas você não controla coisa
Gosto muito do que o Paulo Freire diz:
‘Educar é ensinar a ler a realidade.’
alguma. Você apenas reconhece.
Não é ficar controlando: não posso sentir isso, não posso sentir
aquilo. O que eu sinto é maravilhoso. A vida é cheia de emoções
e sentimentos, mas a questão é
como você os utiliza. Aqui, na
nossa conversa, eu posso começar a falar que você é o amor
da minha vida, que quero estar
com você e quero me casar com
você... Aí, você vai dizer: “Opa,
peraí monja. Muito legal essas
emoções, mas eu tenho outros
compromissos e tal”. Aí, eu, monja, vou fazer o quê? Te matar? Ou
seja: se não houver o mínimo de
coerência da minha emoção, do
que eu estou sentindo com o que
eu faço com isso, nós fazemos essas bobagens. A maioria dos crimes passionais acontece porque
a pessoa não tem controle e acha
que amor é apego e posse sobre
o outro. E não é. Conhecer as
emoções é saber transformá-las.
Transformar raiva em compaixão,
transformar apego em amor. Um
relacionamento cheio de ciúmes
pode até ser sexualmente muito
excitante, mas é terminal. É breve
e exaustivo, enquanto você pode
ter um relacionamento amoroso
de respeito, sem ficar controlando
o outro o tempo todo num pequeno inferno cotidiano. Então, as
nossas emoções são maravilhosas, mas se não as conhecemos,
elas nos controlam. E você fica
vítima de si mesmo. Buda dizia
que a mente humana deve ser
mais temida do que cobras venenosas e assaltantes vingadores.
Não é que eu vou ficar uma “tábua
rasa” e eu não sentir nada, ser ausente. É o contrário: estamos mais
dentro do mundo. Na alegria, a
gente pode rir, ficar muito feliz.
Na tristeza, a gente pode sofrer
muito. Mas o que não dá é pra se
sentir pendurado nem em uma
nem na outra emoção. A gente
sabe que tudo passa.
VC. Como lidar com emoções, às
vezes tão negativas, por causa
do Brasil, ou melhor, do mundo
de 2016?
MC. Vemos um grande circo instaurado. E temos que ter a capacidade para tentar entender
o que acontece. Não é apenas
dizer que eu estou com raiva disso
ou não gosto disso. A questão
é: o que é que realmente está
acontecendo aqui? Quais são as
intenções por trás disso? E tem
pessoas com más intenções?
Claro que tem. Aliás, como tem.
Tem pessoas com más intenções
e outras com boas intenções. O
Hitler, por exemplo, tinha muitas
boas intenções. Ele leu um livro
sobre a raça pura e resolveu que
ia purificar a Alemanha. Por isso
que a gente diz que a mente tem
que ser cuidadosamente compreendida. Gosto muito do que o
Paulo Freire diz: “Educar é ensinar
a ler a realidade”. Não adianta
você apenas ler livros se você
não lê o que está acontecendo na
sua vida. O que está acontecendo
com a sociedade neste momento?
De quem são os interesses, quem
é que está levando vantagem nesta história? Para quê? O país está
melhorando com isso? O que está
acontecendo de verdade? A gente
tem que olhar em profundidade
para não ser manipulado. Para
poder avaliar e participar. Mas
não acredito numa participação
de ódio, que é o que vem sendo
levantado ultimamente no Brasil,
lamentavelmente – mas não é só
no Brasil, é no mundo. A gente
vê o neofascismo crescendo na
Europa ou, nos Estados Unidos,
o crescimento de Trump, um homem cheio de discriminações e
preconceitos. Temos uma onda
que eu chamaria de retrocesso,
uma onda de terrorismo, uma
onda de “maldadezinhas” que
está se levantando. Mas assim
como ela levanta, ela abaixa. E o
que a gente pode fazer, da nossa
parte, é não entrar nisso. Na hora
que perceber que estou ficando
com muita raiva de alguém, dizer
um: “Peraí. Menos”. Só porque a
pessoa é do outro time, do outro
partido, eu vou ter raiva? É o que
acontece. Há famílias que não se
falam porque foi desenvolvido por
grandes marqueteiros um sistema
de raiva: “Eu odeio você se você
não é meu par. Ou ameaço você.
Ou corto meu relacionamento com
você”. Imagine: cortar o relacionamento com alguém porque temos
partidos diferentes, ou uma visão
da realidade financeira, administrativa, social que é diferente da
minha. Que bom que tem diferentes! O que é que podemos
fazer juntos ou não, apesar das
diferenças? Mas vou te odiar por
isso? Eu odeio porque está fazendo besteiras? Eles são nossos
representantes. Nós elegemos
essas pessoas. Então nós não
sabemos eleger. Nós temos que
olhar para nós. Porque elegemos
pessoas que estão fazendo bobagens ou manifestações horríveis?
Mas fomos nós que os colocamos
lá, nós todos. Não adianta dizer:
“Eu não votei nessa pessoa, eu tô
fora disso”. Não, não tá fora. Você
faz parte dessa realidade. Essa é
a realidade do nosso Brasil neste
momento. Queria que fosse diferente, mas não é. E o Brasil está inserido num contexto internacional.
O problema que nós temos aqui
não é nacional, é internacional
também. Então, a gente olhando
isso numa perspectiva mais ampla, não tem nada que ficar cheio
de ódio, cheio de raiva. Dá apenas
para falar: “Que lamentável que
ainda não amadurecemos o suficiente pra tomar decisões mais
adequadas”. Que pena, né? Mas
vamos esperar que isso venha a
acontecer, talvez não na nossa
geração, mas na geração dos
nossos netos, bisnetos. Que algum dia, nós, como humanidade
e não como brasileiros apenas,
possamos desenvolver esse olhar
que quer o bem de todos, não
apenas o bem de um grupo.
9
CAPA
Prazer em palavras
N
o embalo do 12 de junho,
o Dia dos Namorados no
Brasil, e das temperaturas
de inverno que sempre combinam
com a leitura mais aconchegante,
a Livraria da Vila destaca uma
seleção de títulos da literatura
erótica que tem tudo a ver com
a temporada de presentes ou as
expectativas mais acolhedoras ou
sedutoras. Até o dia 12, uma seleção especial de títulos em que
o erotismo é destaque (veja nas
próximas páginas) tem 20% de
desconto no valor original e pode
ser um ótimo pretexto para desfrutar, na criação literária, de histórias e sensações relacionadas aos
tantos prazeres proporcionados
pelos sentidos humanos.
“A vida fisiológica não deixa
tanto rastro quanto a vida intelectual e criativa”, disse, com sua
ironia habitual, o escritor Reinaldo
de Moraes, autor de Pornopopeia,
numa entrevista à Vila Cultural.
Expert ao tratar de temas eróticos (ou “sacanagem”, como
ele costuma brincar), desejos e
sexualidade, sempre com leveza
e humor inconfundíveis, Moraes
publicou também O cheirinho do
amor – Crônicas safadas, que
está entre os títulos selecionados
na promoção deste mês.
“Literatura erótica precisa,
antes de tudo, excitar. Mas precisa ser literatura também, não
só entretenimento. Meu objetivo
com o romance foi fazer algo cru
do ponto de vista sexual – minhas
descrições são bem pornográficas – mas elaborado do ponto de
10
vista psicológico. O livro tem um
viés bem filosófico também”, diz a
escritora e artista multimídia Carol
Teixeira (leia a entrevista nas próximas páginas), que lança este
mês, na Livraria da Vila da Lorena,
o romance Bitch (Record). A protagonista é uma artista plástica de
26 anos que se relaciona com o
mundo através da exploração do
prazer – “intrinsecamente artístico
e sexual”.
Como a maioria dos autores (e
leitores) que gostam de literatura
erótica, Carol é fã do norte-americano Henry Miller (1891-1980),
dos franceses Georges Bataille
(1897-1962) e Anaïs Nin (19031977), da brasileira Hilda Hilst
(1930-2004), e de autores que,
no texto ou na vida, tiveram assumida devoção pelo prazer físico,
sensual e sexual como vivência
sensorial capaz de enriquecer e
definir a experiência existencial.
Para tanto, há vários motivos
que extrapolam os sentidos. Autor
de um ensaio célebre sobre o
tema, Bataille, por exemplo, escreveu que o erotismo é “a aprovação da vida até na morte”. Para
o pensador francês, que transitou
com desenvoltura por temas como a filosofia, a antropologia e
a história da arte, as diferentes
formas do erotismo – nos corpos,
nos corações ou na concepção
do sagrado – substituem a ideia
do isolamento humano por um
sentimento de continuidade mais
profunda, o que seria próprio da
morte. “O momento erótico é também o mais intenso (à exceção,
se quisermos, da experiência dos
místicos). Assim, ele está situado
no ponto mais elevado do espírito humano”, escreve Bataille no
livro O erotismo, publicado originalmente na França na década
de 1950.
Muito antes dessas reflexões
se tornarem contemporâneas e
atualíssimas, verdadeiros tratados sobre a vivência sexual já
tiveram lugar, mantido hoje como
referência atemporal tamanha a
sua importância. O mais antigo
de que se tem notícia, com suas
incontáveis versões editoriais, é
o Kama Sutra, livro atribuído ao
autor Mallanaga Vatsyayana, que
teria vivido na Índia, provavelmente no século 3. A obra ficou
conhecida no Ocidente a partir
da tradução publicada pelo britânico poliglota Richard Burton em
1883. Para o escritor e tradutor
do sânscrito Indra Sinha, inglês
que se dedica a estudar a cultura hindu, “o Kama Sutra não
é exclusivamente um manual de
sexual, nem, como o senso comum acredita, uma obra sagrada
ou religiosa. Ao abrir com uma
discussão das três metas da vida
hindu antiga – dharma, artha e
kama –, a proposta de Vatsyayana
é contextualizar o kama, ou seja, o
prazer dos sentidos. Dessa forma,
o dharma, ou a vida virtuosa, é
meta mais alta; artha, o acúmulo
de saúde, e kama o último dos
três”, escreve Sinha, indicando
que quando o assunto é desejo
e sexo todas as interpretações
são possíveis.
Ilustração de Jonas Ribeiro com trecho do livro As relações perigosas, de Choderlos de Laclos, em tradução de Dorothée de Bruchard.
Para celebrar o Dia dos Namorados, a Livraria da Vila
apresenta uma seleção especial com títulos da literatura
erótica, evidenciando que o desejo e o sexo sempre
renderam ótimos livros
11
CAPA
Títulos excitantes
Entre os dias 2 e 12 de junho, uma seleção
de obras com citações da literatura erótica
tem redução de 20% no preço original sob o
pretexto do Dia dos Namorados
Delta de Vênus – Histórias eróticas
Da LP&M, o livro da escritora francesa Anaïs Nin (1903-1977), autora predileta de muitos
leitores que cultuam a literatura erótica, sintetiza ao mesmo tempo a delicadeza de estilo
e a intensidade sexual que ela assumidamente experimentou em sua vida. Há prostitutas
lidando com desejos improváveis de clientes, orgias múltiplas, triângulos amorosos e uma
mistura proposital de culto à beleza e ao desejo. Vividas num ambiente aristocrático meio
decadente, corrompido por experiências sexuais ou emocionais, as histórias eróticas datam
da década de 1940 e teriam sido escritas sob encomenda para um cliente misterioso.
Câmera indiscreta
Livro do desenhista italiano Milo Manara, que se transformou num ícone mundial dos
quadrinhos eróticos e uma referência incontornável da melhor produção do gênero. Um
legítimo mestre que dá um show de elegância em temas que podem incluir bondage,
sadismo, voyeurismo e uma espécie de “tensão sexual” permanente e crescente.
Da editora Veneta, Câmera indiscreta junta algumas das histórias mais famosas de
Manara, a maioria inédita no Brasil, com personagens superfamosos, como Casanova,
John Lennon, Marcello Mastroianni, Pavarotti e Charlie Chaplin, e as personagens
femininas mais lindas, sensuais e voluptuosas de que se tem notícia.
Pornô chic
Da editora Globo/Biblioteca Azul, o livro de Hilda Hilst (1930-2004), referência de
erotismo na literatura brasileira, reúne os títulos O caderno rosa de Lori Lamby, Contos
d’escárnio – Textos grotescos e Cartas de um sedutor, que formam A trilogia obscena,
e o livro de poemas Bufólicas, além do Fragmento pornográfico rural e fortuna crítica,
que aborda a fase mais polêmica da escritora. Há ilustrações originais de Millôr Fernandes e Jaguar, além de criações recentes de Laura Teixeira e Veridiana Scarpelli. Só
esses nomes já justificariam o “chic” do título, que, bem ao estilo Hilst, mistura humor,
críticas à sociedade e todo tipo de práticas sexuais e referências a autores célebres
pelo erotismo como Henry Miller e Georges Bataille.
12
Fotos Divulgação
Afrodite – Quadrinhos eróticos
Da editora Veneta, o livro do poeta Paulo Leminiski (1944-1989) e Alice Ruiz é imperdível e
fundamental para as bibliotecas com toques históricos ou pop. Remonta o Brasil do fim da
década de 1970, em plena ditadura militar, no instante em que um grupo de desenhistas e
poetas de Curitiba decide produzir histórias eróticas em quadrinhos. Além de quadrinistas
experientes como Flávio Colin, Júlio Shimamoto, Claudio Seto, o casal de poetas Leminski
e Alice Ruiz criava roteiros para enfrentar a censura com tramas de um erotismo libertário,
feminista e escandaloso. Sucesso nas bancas na época, desapareceram subitamente, por
motivos óbvios. Trinta anos depois, reaparecem em livro superbem-vindo.
Antologia da poesia erótica brasileira
Da editora Ateliê, a seleção feita por Eliane Robert Moraes é resultado de um longo estudo, alguns anos de pesquisa e uma dedicação meticulosa que apresenta “as principais
figuras de pensamento e formas de criação que compõem nossa lírica erótica desde
o século 17 até os dias de hoje”. Há autores de épocas, estéticas, estilos e contextos
históricos bastante distintos, numa seleção que, por si só, já excita: Álvares de Azevedo,
Carlos Drummond de Andrade, Gonçalves Dias, Olavo Bilac, Gregório de Matos, Hilda
Hilst, Ferreira Gullar e Ana Cristina César (que será homenageada na Flip este ano), entre
muitos outros. “Eles se reúnem para dar voz a um excesso que é, antes de tudo, o da
imaginação”, descreve Eliane.
Lolita
Nesta edição da Alfaguara, o clássico de Vladimir Nabokov (1899-1977) mantém todo o
encantamento da história que narra o amor obsessivo de Humbert, um cínico intelectual
de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que inflama suas loucuras
e seus desejos mais agudos. Citado como um dos romances mais célebres na história
da literatura, o livro e a genialidade do autor acabaram incorporados ao imaginário
coletivo ao ponto de a personagem-título virar substantivo para definir garotas em plena
adolescência. Como autêntica aventura intelectual que é, não costuma deixar nenhum
leitor indiferente.
O cheirinho do amor – Crônicas safadas
Dos mais talentosos autores contemporâneos brasileiros, Reinaldo Moraes ganhou notoriedade, prestígio e admiradores com Pornopopeia, eleito pelo jornal O Globo como um
dos melhores livros da literatura nacional em décadas recentes. O estilo ágil e divertido de
Moraes está também nessas crônicas safadas, que reúnem tudo o que está de alguma forma
relacionado a sexo. Se não estiver, Moraes faz a conexão: feministas fazendo topless, carros
de corrida, viagens espaciais, Marquês de Sade, tartarugas, retiro para artistas, futebol,
psicanálise. Escrachado e cômico, o livro da Alfaguara é garantia de boa leitura e diversão.
As relações perigosas
Da Penguin, o livro de Choderlos de Laclos (1741-1803), lançado originalmente em
1782, fez tanto sucesso na época que teve vinte edições esgotadas apenas no primeiro
ano de sua publicação. O sucesso intemporal vem com a habilidade incomum e muita
Inteligência para seguir os caminhos mais obscuros do desejo com um grupo peculiar
da nobreza francesa, que troca cartas secretamente. No centro da intriga, o libertino
visconde de Valmont. Ele tenta conquistar a presidente de Tourvel e a dissimulada
marquesa de Merteuil, suposta confidente da jovem Cécile, a quem ela tenta convencer
a se entregar a outro homem antes de se casar.
Kama Sutra
Da versão clássica de Richard Burton e F.F. Arbuthnot para o texto de Mallanaga Vatsyayana, o livro da Zahar cumpre o seu papel de “manual” para prática sexual como experiência
de transcendência seguindo tradições orientais. Considerado um clássico sobre o amor na
literatura sânscrita, datado supostamente do século 3, só ficou conhecido no Ocidente no
século 19, pela versão do aventureiro e poliglota inglês Burton. O Kama Sutra se propõe
descobrir quais as melhores maneiras para alcançar a felicidade e o prazer ao analisar
as técnicas sexuais para o amor como experiência de êxtase.
13
CAPA
Todos os sentidos
“Tenho um modus operandi totalmente dionisíaco e isso
me leva sempre para a questão do corpo. O corpo como
instrumento para a transcendência”, diz a escritora Carol
Teixeira, que lança o romance Bitch
14
percebe que não era mais você
que mandava naquilo. Quando
acabou eu senti um prazer absurdo justamente por me sentir
dominada por algo que eu não
controlava.
VC. Como definiria a personagem Princess?
CT. Ela é uma artista plástica
jovem e linda, mas insatisfeita.
Ela quer mais e mais, quer ser
levada ao limite, quer bagunçar
aquela vida perfeita, quer transcender os conceitos – mesmo
que isso signifique estragar a
vida dos outros ao seu redor. Ela
é uma apocalíptica dentro dos
integrados.
VC. Ainda que personagem C.,
a escritora, seja evidentemente
seu alter ego, o que há de você
em Princess?
CT. Assim como ela, eu tive
uma criação burguesa e tradicional, mas me tornei uma artista
subversiva em certos aspectos.
Sempre tive essa ânsia por “sujar” a perfeição, que é justamente
o que ela vive no livro. E, como
ela, também perdi meu pai, que
morreu muito cedo, e levo na minha história a marca da ausência
paterna – detalhe também importante no romance, já que todas
as mulheres do livro têm isso
em comum.
VC. Como descobriu sua vocação e sua habilidade para falar
e escrever sobre sexo?
CT. Sou fascinada pelo erotismo
Foto Gabriela Mo/Divulgação
B
itch (Record) é o nome
do romance que Carol
Teixeira autografa na Livraria da Vila da Lorena no dia
20 de junho, a partir das 18h30.
Filósofa, DJ, vocalista e baixista
da banda Brollies & Apples,
colunista da revista VIP, Carol
já publicou De abismos e vertigens (Ed. Sulina) e Verdades
& mentiras (L&PM), escreveu
duas peças de teatro e mantém
o blog A obscena senhorita C,
título inspirado no livro A obscena senhora D, de Hilda Hilst,
que Carol ama. Sexo, desejo,
amor e a falta de comunicação
entre homens e mulheres são
alguns dos temas prioritários
de Carol, que nasceu no Rio de
Janeiro, cresceu em Porto Alegre e vive em São Paulo, cidade
que, como ela diz, reverbera na
mesma frequência que ela, que
acredita “em um pós-feminismo Carol Teixeira
afirmativo que ainda está por
vir, uma era de menos discurso
esquizofrenia autorizada, né?
e mais ação”. Personagem dela
Todo mundo ao meu redor dizia
mesma, de espontaneidade catique eu estava estranha durante
vante e fluência animadora, Carol
esse processo. Como eu não esconcedeu a seguinte entrevista à
taria estranha com aquele bando
Vila Cultural:
de personagens complexos me
atormentando? Então não foi neVila Cultural. Qual foi a maior
cessariamente um prazer escrever
dificuldade e o grande prazer ao
esse romance, foi uma dor, uma
escrever Bitch e quanto tempo
dor boa, tipo a dor da tatuagem.
levou da ideia original ao texto
No fim, o livro acabou ficando
final do livro?
muito mais profundo do que eu
Carol Teixeira. Eu levei um ano
planejei, mas como diz o escritor
para escrever o livro. Foi um proErnesto Sabato, “os propósitos
cesso muito denso, mergulhei
são sempre superados pela obra”.
em questões muito profundas ali.
Isso é o bonito da arte, esse desEscrever um romance é aquela
controle, o momento em que você
desde sempre. Sou leitora de
Bataille, Henry Miller e Anaïs Nin
desde muito cedo. Adoro arte erótica, quadrinhos tipo os do Milo
Manara também. Me formei em
Filosofia e na minha monografia já
abordei um tema que gosto muito:
“A sexualidade como afirmação
de vida”. Tenho um modus operandi totalmente dionisíaco e isso
me leva sempre para a questão do
corpo. O corpo como instrumento para a transcendência. Assim
como para Bataille, o erotismo é
sagrado para mim. Isso nos leva
para a sexualidade, é inevitável.
Sempre tive curiosidade em relação ao tema. Foi natural que
minha escrita expressasse esse
meu interesse.
VC. Sofre algum tipo de preconceito ou julgamento ao assumir
essa atuação?
CT. Se existe preconceito, ele não
chega até mim. Sinto muito mais
curiosidade das pessoas em relação ao que escrevo (ou pelo fato
de eu me expor bastante) do que
algum tipo de julgamento. Mas eu
não ligo para julgamento. Se eu
tivesse ouvido metade dos conselhos que já me deram, eu não teria
feito nada do que fiz nem escrito
nada do que escrevi. Ouvir demais
a opinião dos outros (que quase
sempre segue o senso comum,
o seguro) nos desvia do nosso
caminho. E isso é uma violência
para um artista.
VC. Como você entende e estabelece o limite entre o que é
público e o que é privado na sua
vida pessoal ou profissional?
CT. Tenho poucos limites nesse
sentido. Misturo minha arte e minha vida o tempo todo, concordo
com Henry Miller que diz que
“moral e estética fazem apenas
um”. Gosto disso. O que conto
numa mesa de bar entre amigos
conto tranquilamente também nas
minhas colunas, no blog ou nas
minhas redes sociais.
VC. Como e por que decidiu usar
sua própria imagem – as fotos,
VC. O que é ser uma mulher
transgressora num tempo ao
qual você se refere como pós-feminista e pós-moderno?
CT. A gente vive um tempo em
que até a transgressão é incorporada pelo establishment e vira
um produto em embalagem bonitinha. Mas acho que em qualquer
época é transgressor (e raro) se
atrever a colocar seu discurso em
prática na sua vida, ainda mais
sendo mulher. Nem todo mundo
banca se atrever a ser um exemplo do que se acredita porque
isso implica os tais julgamentos
e preconceitos que nem todos
aguentam segurar.
os vídeos, tudo que é visual,
enfim – no seu trabalho criativo
e intelectual?
CT. Desde criança as artes se misturam para mim. Eu tocava piano,
desenhava, dançava, e quando
aprendi a ler fiquei obcecada
com palavras e elas acabaram
roubando a cena na minha vida.
Mas com o tempo a necessidade
de outras expressões artísticas
estão voltando cada vez mais. Por
exemplo, nos últimos meses estou
trabalhando com o artista italiano
Franz Cerami numa instalação
de vídeos inspirada no meu livro
Bitch. Fizemos alguns outros trabalhos, ele leu meu livro e tivemos
a ideia dessa instalação.
VC. Como define a literatura e
o texto erótico e quais são os
seus autores favoritos neste
segmento?
CT. Literatura erótica precisa, antes
de tudo, excitar. Mas precisa ser
literatura também, não só entretenimento. Meu objetivo com esse
romance foi fazer algo cru do ponto
de vista sexual (minhas descrições
são bem pornográficas) mas elaborado do ponto de vista psicológico
(o livro tem um viés bem filosófico
também). Meus autores preferidos
são Georges Bataille e Anaïs Nin.
Gosto também da pornografia da
Hilda Hilst, acho ousada, adoro
gente que perde o limite.
VC. Você diz que vivemos a “ditadura da putaria”. Por quê?
CT. Sim, sempre falo isso. Vejo
que de repente virou muito cool
ser louquinho sexualmente, dizer
“topo todas, faço de tudo”, vejo
adolescentes achando que têm
que fazer jus a essa hipersexualização que vivemos. Falei muito
sobre isso com a Sasha Grey,
quando a entrevistei. Precisamos
respeitar as vontades individuais,
sexo é muito particular, não tem
certo e errado, você não precisa
fazer o que a pornstar faz pra ser
boa de cama.
VC. Poderia, por favor, falar sobre a questão do sexo seguro
para viver a liberdade sexual?
CT. Quando você fala sexo seguro
imagino que esteja falando da
camisinha, né? Sim, acho esse
o único cuidado que se precisa ter, o único. De resto, sou a
favor de uma sexualidade sem
limites. O que estraga é que as
pessoas insistem em colocar implicações românticas e morais
(ou pior, racionais) numa coisa
que é tão natural e linda como
o sexo. Por isso que escrevo no
final do primeiro capítulo do livro,
depois de filosofar profundamente
sobre a questão do corpo: “Não
se engane com esse início erudito
e pretensioso. Entre a metafísica
e a putaria, eu fico sempre com
a putaria”. É isso. Viva a putaria!
15
ESPECIAL
No coração do Brasil
“A viagem comprovou que as nossas diferenças são, na
realidade, uma riqueza natural, amazônica, e que ainda
sobrevivem a apreciação e o respeito humanos”, sintetiza
a atriz Clarice Niskier sobre o Navegar é Preciso 2016
“F
Noemi Jaffe e Rodrigo Lacerda
presenças luxuosas dos músicos
Swami Junior e Tuco Marcondes.
Tudo isso junto e misturado. Entre
os passageiros e convidados, muitas ideias, opiniões, diversas posições políticas, várias gerações
presentes. A viagem comprovou
que as nossas diferenças são, na
realidade, uma riqueza natural,
amazônica, e que ainda sobrevivem a apreciação e o respeito
humanos”, declara a atriz Clarice
Niskier sobre a viagem.
Logo me embrenhei nas ruas antigas e mal conservadas do
centro, a caminho do mercado popular, aos pés do Rio Negro,
onde havia artesanatos indígenas, culinária local, óleos de
andiroba e de copaíba e banha de sucurijú com poderes
medicinais. Em uma loja no caminho, frascos com promessas
reconfortantes: ‘Lava casa’, ‘Espanta inveja’, ‘Vence batalha’,
‘Amansa corno’ e ‘Segura marido’. Comprei um ‘Tira olho
grande’ porque ando precisando.
Raphael Montes, escritor, ao descrever seu passeio por Manaus
16
Sempre repleto de citações
como vivência memorável, o formato do Navegar é originalmente
sedutor: artistas e participantes
originários de diferentes regiões
do país embarcam em Manaus no
navio IberoStar Grand Amazon,
que segue pelo Rio Negro com
possibilidade de outras excursões
em pequenos barcos para garantir
o contato direto com a natureza
e com comunidades ribeirinhas.
Além da programação cultural,
com mesas que reúnem os escritores falando de temas específicos, a experiência da viagem
inclui ainda atrações turísticas
locais e trilhas pela mata.
“Já no avião, fui surpreendido
por uma senhora que me abordou
dizendo: ‘Estou indo para Manaus
só por sua causa.’ Eu não sabia
que as pessoas estavam viajando
especialmente para ouvir autores, para falar de literatura num
Fotos Luciana De Francesco e Gil Torres
oram cinco dias em que
um rio, uma floresta,
os bichos, as pessoas
e os livros nos levaram para um
Brasil possível e melhor”, diz a
escritora Noemi Jaffe sobre a
experiência de participar, no mês
passado, da sexta edição do projeto Navegar é Preciso, realização
da Livraria da Vila e da Auroraeco.
Em um momento tão tumultuado
na história política, econômica e
social do país, a fala de Noemi
sintetiza a constatação entre os
participantes, artistas e escritores
e o público: uma pausa bem-vinda
para uma breve “desconectada”
do noticiário, dos celulares e das
televisões, proporcionando uma
experiência enriquecedora.
“Foi uma rajada de renovação
nas células. Banho de rio, conversas prazerosas, natureza, imensidão, boa comida, a música vital,
visceral e poética do Zeca Baleiro,
a inteligência do Mario Prata, o
entusiasmo do Raphael Montes, a
clareza de raciocínio do Rodrigo
Lacerda, o amor à literatura de
Noemi Jaffe, a calorosa receptividade do público à peça A lista, as
cruzeiro. Isso já me empolgou.
Em segundo lugar, o carinho, a
atenção e a generosidade com
que a gente foi tratado, não só
pelo público, mas pelas equipes
da Auroraeco e da Livraria da Vila,
também foram especiais. O projeto é maravilhoso especialmente
pela disponibilidade de todos para estarem ali. As pessoas vinham
falar comigo sobre personagens
que, para elas, foram marcantes”,
diz o escritor Mario Prata.
“Mas o melhor de tudo foi que
depois de um ano tão intenso, de
tantos ódios no país, nós ficamos
cinco dias sem jornal, sem televisão, sem wifi, sem telefone, ou
seja, ninguém sabia de nada. E
houve um acordo meio tácito de
não se falar em política. Ninguém
falou disso. No cardápio, não havia nem coxinha nem mortadela.
Após tantos anos conectados,
descobri que ficar isolado no meio
da Amazônia é uma experiência
fundamental. Ninguém estava
sabendo do que estava acontecendo e isso foi uma maravilha
para a cabeça de todo mundo
que estava lá. Não vi, em momento algum, alguém interessado
ou querendo saber o que estava
Foi uma rajada de renovação nas células. Banho de rio,
conversas prazerosas, natureza, imensidão, boa comida, a
música vital, visceral e poética do Zeca Baleiro, a inteligência
do Mario Prata, o entusiasmo do Raphael Montes, a clareza
de raciocínio do Rodrigo Lacerda, o amor à literatura de
Noemi Jaffe, a calorosa receptividade do público à peça A
lista, as presenças luxuosas dos músicos Swami Junior e Tuco
Marcondes. Tudo isso junto e misturado.
Clarice Niskier, atriz
17
Foi uma experiência
encantadora. A atmosfera
amorosa e quase juvenil (de
excursão escolar) que se
estabeleceu no barco foi algo
que nos chamou a atenção.
Para além da riqueza dos
bate-papos literários – e
não literários também –, os
passeios foram deliciosos e
com algumas super surpresas,
como o futebol improvisado
na beira do rio e a ‘canja’
pras crianças da Fundação
Almerinda Malaquias.
Amazing!
como se estivesse na porta de casa, reproduzindo aquela cena das
cidades do interior. Isso realmente
é muito rico”, diz Prata.
“A viagem, que eu já esperava
ansiosamente, superou todas as
expectativas. Em primeiro lugar, o
navio é de um conforto absoluto:
acomodações, auditório para palestras e shows, restaurante com
bom atendimento e boa comida
A floresta faz o homem entrar pra dentro do seu interior. Ao
contrário do homem da cidade que quer aparecer, na floresta
ele quer desaparecer pra se proteger do predador. Ele enfrenta
suas fraquezas, sua força, seus demônios. Aprende a se
perguntar: ‘Será que eu sou isso mesmo?’
Jefferson Dionísio, guia turístico na Amazônia
18
Zeca Baleiro, músico
(recomendo, com lágrimas saudosas nos olhos, a sopa de lagosta).
Em segundo lugar, os passeios
são muito bem planejados e compõem, junto com as palestras,
uma agenda cheia e variada para
quem se interessar em cumpri-la
por inteiro, fazendo a ressalva de
que é facultado aos passageiros
o sagrado direito de relaxar nos
terraços do navio, olhando a vista
deitado numa espreguiçadeira.
Por último, e o mais importante,
aquilo que foi a maior surpresa para mim, tendo em vista que nunca
havia viajado num navio. Cria-se
uma interação muito agradável
entre os passageiros, após pouco
tempo de convivência, e à medida
que os artistas vão se apresentando o clima vai se descontraindo
ainda mais. Isso talvez se explique pelo fato de que prevalece
entre todos nós, artistas, público,
organizadores e membros da tripulação um real interesse pelos
livros e pelos ganhos que a leitura
traz para a vida de cada um”, diz
o escritor Rodrigo Lacerda, cuja
participação, programada para
2015, precisou ser adiada para
a edição deste ano do Navegar.
“As lembranças são muitas,
e portanto destaco apenas algumas. Um passeio noturno de barco, por um braço de rio, sob uma
lua cheia literalmente amazônica.
Fotos Luciana De Francesco e Gil Torres
acontecendo no resto do Brasil,
inclusive porque o Brasil é aquilo
que estávamos vivendo lá. Acho
que devia ser uma experiência
obrigatória para todo cidadão
brasileiro: se desligar um pouco,
ter uma trégua. Ninguém andava
com celular na mão, todo mundo
se falava e houve até ‘contação’
de piadas no deck. Você sentava,
se apresentava, e conversava
A visita aos botos cor-de-rosa,
que nos receberam muito hospitaleiramente. O passeio a pé para
conhecer as plantas e árvores
medicinais, com a imponência
da floresta crescendo ao redor. E,
claro, os novos amigos.”, completa Lacerda.
“O Brasil é muito mais do que a
gente vê no Facebook”, escreveu,
citando uma fala de Noemi Jaffe, o
escritor Raphael Montes na coluna
que ele assina no jornal O Globo,
em que compartilhou a experiência – inédita para ele – de estar
num “cruzeiro literário”.
Aos descrever seu passeio por
Manaus, Montes relatou o seguinte: “Sou apaixonado por conhecer
a cultura de um povo – logo me
embrenhei nas ruas antigas e mal
conservadas do centro, a caminho
do mercado popular, aos pés do
Rio Negro, onde havia artesanatos
indígenas, culinária local, óleos de
andiroba e de copaíba e banha de
sucurijú com poderes medicinais.
Em uma loja no caminho, frascos
com promessas reconfortantes:
‘Lava casa’, ‘Espanta inveja’,
‘Vence batalha’, ‘Amansa corno’
e ‘Segura marido’. Comprei um
‘Tira olho grande’ porque ando
precisando”, escreve Montes.
Mario Prata e Raphael Montes
Mas o melhor de tudo foi que depois de um ano tão intenso, de tantos
ódios no país, nós ficamos cinco dias sem jornal, sem televisão, sem
wifi, sem telefone, ou seja, ninguém sabia de nada. E houve um acordo
meio tácito de não se falar em política. Ninguém falou disso. No
cardápio, não havia nem coxinha nem mortadela. Após tantos anos
conectados, descobri que ficar isolado no meio da Amazônia é uma
experiência fundamental.
Mario Prata, escritor
“Minhas expectativas eram
altas – e foram todas superadas
ao longo dos cinco dias. Reunido
naquele espaço fechado, com
conforto e pessoas interessantes,
me esqueci do mundo lá fora.
A desintoxicação começou logo
na segunda-feira: fiquei sem 3G,
nem sinal de celular tão logo o
barco zarpou. Com as atividades
e os ótimos papos entre leitores
e escritores, o dia passava depressa. Fizemos trilhas pela mata,
mergulho com boto cor-de-rosa,
focagem noturna de jacarés e
visitas a comunidades ribeirinhas
e, de modo simbiótico, esse contato com a natureza alimentava a
literatura; a poesia vinha de todos
os lugares, até de onde menos
se espera. Clarice Niskier anotou
a explicação do guia Jefferson
Dionísio, durante um passeio: “A
floresta faz o homem entrar pra
dentro do seu interior. Ao contrário do homem da cidade que
quer aparecer, na floresta ele quer
desaparecer pra se proteger do
predador. Ele enfrenta suas fraquezas, sua força, seus demônios.
Aprende a se perguntar: ‘Será que
eu sou isso mesmo?’”, descreve o
escritor e roteirista em outro trecho
do artigo.
19
FESTA
Paraty é logo ali
Com presença da bielorrussa Svetlana Aleksiévich,
que ganhou o Nobel de Literatura no ano passado,
e homenagem à poeta Ana Cristina Cesar, a 14ª Flip
acontece entre os dias 29 de junho e 3 de julho
20
temáticos da edição 2016. Entre
os brasilianistas, por exemplo,
o britânico Kenneth Maxwell e o
americano Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector, são os
autores convidados por fazer do
Brasil o assunto principal de suas
produções intelectuais.
O curador Paulo Werneck destaca a presença da autora que
venceu o Nobel no ano passado.
“É uma enorme honra receber
Svetlana Aleksiévich no ano seguinte à sua premiação com o
Nobel”, diz. Trata-se da primeira
vez que a Flip confirma a presença de um autor recém-premiado
com a mais importante distinção
literária mundial. Durante a festa,
a autora lançará A guerra não
tem rosto de mulher, sobre a
participação de mais de 500 mil
soviéticas na Segunda Guerra
Mundial (1939-1945).
Nas edições recentes, a Casa
Azul, que organiza a Flip, comemora a ampliação do acesso aos
conteúdos da Flip e da programação paralela oficial durante
a festa literária em Paraty em
suas plataformas digitais. Desde
2014, a programação da Flip é
transmitida gratuitamente nos
telões em Paraty e seus áudios
foram disponibilizados na internet, no canal da Flip no YouTube.
Em 2015, a FlipMais passou a ter
sua programação inteiramente
gratuita, como a da Flipinha e
da FlipZona. “O resultado bem-sucedido dessa perspectiva
democratizou o acesso à Flip,
ampliou a relação entre a literatura e outras artes e diversificou a
programação. A expectativa para
2016 é o desdobramento dessa
direção aliado à capacidade de
Werneck para a criatividade na expansão e integração de conteúdos
e no modo original de juntar as
pessoas”, afirma Mauro Munhoz,
diretor-presidente da Associação
Casa Azul.
FLIP
14ª Festa Literária Internacional de
Paraty, entre os dias 29 de junho
a 3 de julho, em Paraty, no Rio de
Janeiro. Confira a programação
completa, os autores convidados
e todos os detalhes do evento em
www.flip.org.br.
Arte Divulgação
A
jornalista bielorrussa e
prêmio Nobel de Literatura Svetlana Aleksiévich,
cujo livro Vozes de Tchernóbil
(Companhia das Letras), sobre o acidente nuclear ocorrido
em 1986, foi lançado em abril,
o norueguês Karl Ove Knausgard, autor dos romances intitulados Minha luta (Companhia
da Letras) e o escocês Irvine
Welsh, que escreveu Trainspotting (Rocco), são alguns dos
convidados internacionais que
prometem dar o que falar na
14ª Festa Literária Internacional
de Paraty, a Flip, que acontece
entre os dias 29 de junho a 3
de julho.
Em sua edição de 2016, a
Flip homenageia a poeta carioca
Ana Cristina Cesar (1952-1983)
e cria uma oportunidade, como
dizem os organizadores, de juntar
“companheiros de geração”, entre
leitores, autores e críticos literários, para compor o retrato renovado da autora 33 anos depois de
sua morte. Tanto que, na noite de
abertura, o poeta Armando Freitas
Filho vai participar de sessão literária ao lado do documentarista
Walter Carvalho. A editora Heloisa
Buarque de Hollanda, a professora de literatura Vilma Arêas, os
críticos literários e poetas Annita
Costa Malufe e Sérgio Alcides
também participam da homenagem a Ana Cristina Cesar.
Poesia, literatura brasileira,
literatura estrangeira, ciência,
humor e sexo, ensaios, brasilianistas e jornalismo são os eixos
VIAGEM
Embarque nessa
No embalo das férias de julho ou apenas para programar
os próximos destinos possíveis, fica a dica: guias de
viagem têm descontos especiais de 20% em todas as
lojas da Vila entre os dias 13 e 30 de junho
Fotos Divulgação
V
iajar, definitivamente, é preciso. Pode ser no mês que
vem, quando as crianças
saem em férias escolares, ou
pode ser num futuro próximo, não
importa quando. Desde que um
excelente guia sobre o destino
final seja também uma companhia
inseparável na hora do embarque
e durante a viagem. Guias são
tão indispensáveis e úteis que
há quem os colecione ou guarde
como souvenir, antes ou depois
de viajar. Por um motivo ou outro,
aproveite a dica: os melhores
guias disponíveis no mercado
editorial têm descontos de 20% no
preço original entre os dias 13 e
30 de junho em todas as lojas da
Livraria da Vila.
Da série Lonely Planet, publicada no Brasil pela editora Globo,
por exemplo, o guia de Florença
e Toscana, destinos que os brasileiros adoram, traz, além de
todas as informações práticas,
as paisagens de cartão-postal,
a gastronomia única e todos os
detalhes da região que fez fama
mundial como berço da Renascença e, até hoje, com uma zona
bastante rural, mantém-se repleta
de colinas e vales verdejantes.
Arte e arquitetura ganham um capítulo à parte que explica quem
foram os principais mestres locais,
quais obras você não pode deixar
de ver e onde elas estão. O guia
ajuda o viajante a se organizar
para visitas na Galeria Uffizi, Galleria dell’Academia, no Museo di
San Marco e em outros redutos
artísticos de importância mundial.
Depois de morou em Pequim,
na China, entre 2007 e 2013, a
jornalista gaúcha Janaína Camara aceitou o convite para assinar
China – O melhor de Pequim e
Xangai, da Pulp. Ela diz que fez
o guia para ser “o amigo local
que leva você para passear”, já
que o material traz informações
preciosas e mostra coisas que só
quem vive ou viveu lá aprende a
apreciar. Há dicas para destrinchar as cidades sem dificuldade,
mesmo para quem viaja sozinho.
Janaína, que hoje vive no Rio
de Janeiro, lembra que chegou
a Xangai exatamente no dia 12
de junho, o Dia dos Namorados
no Brasil, e se apaixonou não só
pela capital, mas por diversas
cidades que percorreu em quase
sete anos. Em Pequim, atuou na
agência estatal Xinhua até 2010,
quando deu início ao projeto
Radar China (www.radarchina.
co), que analisa as relações
sinobrasileiras.
Há anos mantendo-se como
referência, os guias visuais com
o selo Publifolha também são ótimas alternativas. O que propõe
conhecer Amsterdã, de bicicleta
é, no mínimo, indispensável para
quem tem esse projeto-desejo, já
que para se sentir como um verdadeiro morador da cidade, circular de bicicleta é fundamental.
A bike é amplamente usada pelos
moradores locais. O guia divide
a capital holandesa em quatro
áreas principais para explorar a
arquitetura, as pontes e canais,
além de cafés, lojas, museus e
parques.
21
RETRATO | MARILYN MONROE (1926-1962)
E Deus fez Marilyn...
Personificação do glamour e da sensualidade de
Hollywood, a atriz americana Marilyn Monroe
virou mito no cinema e um ícone de beleza e
espontaneidade que encanta gerações
S
e a longevidade fosse, ainda que no plano da ficção,
uma experiência possível
para a atriz norte-americana Marilyn Monroe, que morreu em agosto
de 1962, ela provavelmente seria
uma senhorinha adoravelmente
excêntrica e difícil – ou completamente amalucada – que festejaria
90 anos este mês. Marilyn, que
nasceu em 1º de junho de 1926,
viveu 36 anos, mas o tempo foi
suficiente para que sua imagem
e sua presença (das mais intensas) se incrustassem no inconsciente coletivo global como uma
referência de desejo, sinônimo de
sensualidade capaz de atravessar
décadas, além de superar referências raciais e diversos padrões
estéticos de beleza, das supermagras às popozudas. Nem aí para o
resto das outras simples mortais,
Marilyn, que tinha 1,66 metros de
altura, 94 centímetros de busto,
61 de cintura e 89 de quadril, era
a personificação do sex appeal
numa época em que insinuar podia ser muito mais excitante do
que se exibir ou mandar nudes virtuais. Marilyn era realidade pura.
O nome de batismo era Norma
Jeane Mortensen. A mãe, Gladys
Baker, trabalhava editando filmes
em Los Angeles e tinha problemas
psicológicos que costumavam fazer com que fosse internada com
frequência. A pequena garota,
meio “órfã” de mãe solteira e viva,
se revezava em casas de família e
orfanatos até ser acolhida por uma
amiga de Gladys por cinco anos,
na pré-adolescência. A grande
22
lacuna afetiva que Marilyn viveu
na infância provavelmente foi determinante para o jeito de aparente
vulnerabilidade e inocência meio
forjada que, junto com a sensualidade inata, fizeram da atriz uma
das mulheres mais desejadas do
século passado. Para resolver a
questão do abandono/falta de um
lar, casou-se aos 16 anos, em julho
de 1942, com James Dougherty,
de 21 anos, que, dois anos depois, na Marinha, foi transferido
para o Pacífico Sul.
Com a partida do marido, em
pouco tempo divorciou-se, mudou
de nome e tentava a carreira de
atriz, fazendo pontas para sobreviver. Até que, em 1949, completamente sem dinheiro, linda e
loira (falsa, diga-se) aos 22 anos,
topou posar nua (sem mostrar
tudo, o que nem era viável na
época) para um calendário. Fez
tanto sucesso que, anos depois,
o ensaio acabou gerando a capa da primeira edição da revista
Playboy, em 1953, um clássico de
época que mudou a história do
comportamento e da sexualidade
– e a vida de Marilyn.
No cinema, o primeiro papel
importante foi O segredo das viúvas, de 1951. O nome da atriz
virou sinônimo de bilheteria para
multidões ensandecidas. Filmes
como Os homens preferem as
loiras e Como agarrar um milionário, ambos de 1953, O pecado
mora ao lado, de 1955, e Quanto
mais quente melhor, de Billy Wilder, citado então como “a melhor
comédia de todos os tempos”,
definiram o reinado absoluto de Marilyn na década
de 1950. Em 1954, ela se
casou com o ex-jogador de
beisebol Joe Di Maggio,
e, em plena lua de mel,
em Tóquio, decidiu fazer
uma performance para
os militares americanos
que serviam em guerra,
na Coreia. O marido não
deu conta da situação
de tamanha notoriedade
e o casal se separou em
alguns meses. O ilustre
casamento de Marilyn com
o escritor e dramaturgo Arthur
Miller foi em 1956. Durou cinco
anos e terminou quando o casal perdeu um bebê, no mesmo
ano, 1961, em que ela fez seu
último filme, Os desajustados.
Conhecida também pelo temperamento difícil e pelos atrasos homéricos em seus compromissos,
foi “demitida”, justamente por isso,
pelo diretor Billy Wilder no set de
Something’s got to give.
Outra cena que eternizou o
jeito ultrasexy de Marilyn foi o “Parabéns a você” que ela dedicou
ao presidente americano
John Kennedy, no Madison Square Garden,
reforçando boatos
incluíram até participação do
FBI na investigação, nascia ali o
mito que ainda hoje se alimenta.
No mês passado, foi anunciado
um leilão – marcado para novembro deste ano – com mais
de 500 objetos pessoais de
Marilyn Monroe, para marcar o 90º
aniversário da diva. Para serem
expostos, os itens vão viajar pela
Europa, Ásia, América do Sul e
Estados Unidos a partir deste
mês. Estima-se que a venda dos
objetos possa atingir a cifra de
US$ 4 milhões.
“Nunca pratico esportes ao ar livre e não
tenho nenhuma vontade de me sobressair em
tênis, natação ou golfe. Vou deixar essas
coisas para os homens. Eu não acho
que a pele bronzeada de sol seja mais
atraente do que a pele branca, ou
mais saudável. Eu sou contrária
ao bronzeado profundo porque
eu gosto de me sentir toda loira.”
“Eu odeio fazer as coisas com
uma atmosfera tensa e apressada e é praticamente impossível para mim saltar da cama
de manhã. No domingo, que é o
meu primeiro dia de lazer total,
às vezes eu levo duas horas para
acordar, fico deleitando até o
último momento de sonolência. Dependendo de minhas
atividades, eu durmo entre
cinco e dez horas por noite.
Durmo em uma cama extragrande sozinha e eu uso apenas
um edredom pesado em cima de
mim, no verão ou inverno.”
Marilyn Monroe, em duas citações famosas
na entrevista que concedeu à revista Pageant, em
1952, para falar de sua rotina e
de seus cuidados com o corpo
Ilustração Jonas Ribeiro
de que eles seriam amantes. Alguns meses depois, Marilyn foi
encontrada morta, ao lado de um
vidro de barbitúricos, segurando
um telefone. Além de versões que
ACONTECEU
Tudo em movimento
A estreia da loja de Londrina, a literatura russa na Vila
de Campinas, um leitor premiado em Guarulhos e outras
cenas inspiradoras marcam a temporada de um outono
que combina com muitos livros
24
A nova loja (no alto) e Piquet e Santos (acima), em Campinas
dos pilares é determinante para a
organização de todo o layout.
Na Vila do Galleria Shopping,
em Campinas, o professor e tradutor Nivaldo dos Santos e o editor
Cide Piquet, da Editora 34, falaram dos autores e da produção
literária russa na estreia do projeto
Momento da Literatura, que prevê
encontro mensais nos próximos
meses para evidenciar a produção
literária de um país específico.
Em junho, no dia 16, a produção
literária do continente africano é
o destaque, com presenças das
professoras Iris Amâncio, doutora
no tema, e Natasha Magno, da
Unicamp.
Fotos Pedro Fernandes (Campinas) e Divulgação (Londrina)
J
unto com toda a movimentação em torno da viagem
do Navegar é Preciso (leia
nesta edição), não faltaram emoções na agenda da Livraria da Vila
neste outono de temperaturas tão
variáveis. E, apesar do friozinho
irregular, quem se revelou um “pé-quente” de primeira foi o cidadão
Wagner Macedo Carvalho, morador de Guarulhos e frequentador
do Parque Shopping Maia. Ao
participar da promoção Um ano
perfeito, feita sob pretexto do Dia
das Mães/Dia dos Namorados,
Carvalho foi sorteado para ganhar,
além de estacionamento grátis até
2017, “Um Ano de Livraria da Vila”,
o que significa que nos próximos
12 meses ele tem crédito mensal
de R$ 200 na loja de Guarulhos
para fazer as compras que quiser.
Nada mal, não? É orçamento que
rende alguns ótimos livros.
Outra cena de contentamento evidente se configurou com a
chegada da Livraria da Vila em
Londrina, em sua segunda loja no
Paraná. A estreia foi no final do
mês. O novo acervo, a qualidade
do atendimento e o visual da loja
geraram os melhores comentários
locais. Com a assinatura do arquiteto Isay Weinfeld, autor de vários
projetos premiados para a livraria,
a Vila do Aurora Shopping tem
um “planta-livre”, ou seja, não há
compartimentação em salas, como
acontece em outras unidades. As
janelas e os pilares, segundo Weinfeld, guiaram a configuração do
espaço. A altura das janelas define
a altura das estantes e a posição
PROGRAMAÇÃO | junho_2016*
Fome de viver
Foto Divulgação
Cursos, noites de autógrafos, teatro, workshops
e lançamentos como o do livro Saboreando
o Rio, da chef Mariana Daiha Vidal, deixam a
agenda de junho ainda mais apetitosa
Receitas e acentos cariocas estão em Saboreando o Rio (Editora Senac Rio), que a
chef Mariana Daiha Vidal autografa dia 23 de junho, quinta-feira, na loja da Shopping
JK Iguatemi. Formada em Direito e apaixonada por culinária, Mariana foi motivada por
amigos e entusiastas de sua cozinha a transformar seu hobby em ofício e criou com
dois sócios, em 2009, o bufê 3 na Cozinha, que faz sucesso desde então
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PROGRAMAÇÃO | junho_2016*
Lançamentos
Fradique
1/6, QUARTA, das 19h às 21h30
Pluralidade urbana em São
Paulo – Vulnerabilidade,
marginalidade, ativismos
De Lúcio Kowarick e Heitor Frúgoli
Ed. 34
Haverá bate-papo com autores.
6/6, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
A clínica
De Vicente Vilardaga
Ed. Record
9/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
O sabor da arte
De Morena Leite, Tatiana Cardoso,
Danielle Dahoui, Madhava Lila e Shinya
Koike
Ed. Independente
14/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Te amo até a lua: Da adoção até…
De Ana Davivi
Apoio: Magu Comunicação
15/6, QUARTA, das 19h às 21h30
Repensando o marxismo
De Duarte Pereira
Ed. Anita
28/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30
De que cor será sentir?
De Marina de Oliveira Costa
Ed. Manole
Lorena
14/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Hora e vez de Candy Darling e
Desiluminismo
De Horácio Costa e Glauco Mattoso
Ed. Martelo
1/6, QUARTA, das 19h às 21h30
Eu você
De Verena Smit
Ed. Companhia das Letras
15/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Ana Flor
De Heloisa Abdala
Ed. Iluminuras
1/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Cozinhar é doar
De Elisa Mendes de Almeida Pedras
Marcolini
Ed. Independente
22/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Manifestações no Brasil: As ruas
em disputa
De Heloisa Abdala
Ed. Iluminuras
23/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Poema número um
De Leonardo Bachiega
Ed. Chiado
Shopping
Pátio Higienópolis
2/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Coleção Direito dos Negócios
Aplicado – Volume II e III
De vários autores
Ed. Almedina
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2/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
A arbitragem e os contratos da
administração
De Eugênia Cristina Cleto Marolla
Ed. Lumen Juris
4/6, SÁBADO, das 15h às 18h
Diferentes, não desiguais
De Bia Accioly Lins
Ed. Companhia das Letras
7/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Alongamento e postura
De Victor Liggieri e Christina Ribeiro
Ed. Summus
7/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Direito Penal: Jurisprudência em
debate
De Miguel Reale Jr.
Ed. Saraiva
8/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Impeachment e corrupção
De João Benedicto de Azevedo
Marques e Camila Bragatto
Ed. CLA
9/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Planejamento sucessório
empresarial – Proteção
patrimonial nacional e
internacional
De Daiille Toigo
Ed. AGWM
16/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
A vida como ela pode ser
De Christina May Moran de Brito
DBA Editora
18/6, SÁBADO, das 18h às 21h
Ayumi
De Cristiane Izumi Nakagawa
Benjamin Editorial
20/6, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
Bitch
De Carol Teixeira
Ed. Record
22/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Glauber Rocha: Cinema, estética
e revolução
De Humberto Pereira da Silva
Paco Editorial
Haverá bate-papo com autor.
23/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Aplicação de penas na repressão
a cartéis: Uma análise da
jurisprudência do CADE
De Flávia Chiquito
Ed. Lumen Juris
Shopping
JK Iguatemi
2/6, QUINTA, das 20h às 21h30
Bion e a psicanálise infantil
De Evelise de Sousa Marra, Cecil
José Rezze, Claudio Castelo Filho,
Deocleciano Bendocchi Alves, João
Carlos Braga, Júlio Frochtergarten,
Miguel Marques e Paulo Cesar Sandler
Ed. Primavera
* Programação sujeita a alteração.
5/6, DOMINGO, das 17h às 19h30
Superdotação
De Claudia Hakim
Ed. Juruá
6/6, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
O conhecimento dos valores
De Alfonso López Quintás
Ed. E-Realizações
8/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Ufficcio Arquitetura e
Engenharia – 20 anos
De Cris Correa e Guto Requena
Ed. C4
9/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
73+1 – Perguntas sobre
liderança, gestão, marketing,
vendas, motivação e sucesso
De Luiz Marins
Ed. Integrare
15/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Treinamento funcional
De Luciano D´Elia
Ed. Phorte
23/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Saboreando o Rio
De Mariana Daiha Vidal
Ed. Senac-Rio
30/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Flexibilidade, gestão de riscos
e resiliência na cadeia de
suprimentos
De Giovani Ortiz Tanoue e Néocles
Alves Pereira
Ed. Appris
Pátio Batel
2/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
O senhor da minha história
De Carlyle Popp
Apocalipse: A verdade final
De Luiz Afonso Caprilhone Erbano
Ed. InVerso
3/6, SEXTA, das 19h30 às 21h30
Altas habilidades, superdotação
(AH/SD) e criatividade –
Identificação e Atendimento
De Fernanda Hellen Ribeiro Piske, Tania
Stoltz, Járci Maria Machado e Sara Bahia
Ed. Juruá
9/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Bullying escolar: De acordo
com a Lei 13.185/2015 e outros
aspectos jurídicos
De Mariana Moreira Neves
Ed. Juruá
18/6, SÁBADO, das 18h30 às 21h30
O caminho do guerreiro
De Jaime Caiape
Ed. Giostri
23/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
O Menino que pedalava
De Cassia Cassitas
Ed. Pandorga
25/6, SÁBADO, das 18h30 às 21h30
Encarcerado
De Lilian Fleury Dória
Ed. Giostri
Galleria Shopping
2/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Castelo de cartas
De Rezende G. Santos
Ed. Pontes
14/6, TERÇA, das 17h às 21h30
Croniquei
De Silvio Luis Carrara
Ed. Novo Século
16/6, QUINTA, das 19h às 21h
Orosimbo Maia − Eterno prefeito
De Cirilo Muraro
Ed. Pontes
Palestras
18/6, SÁBADO, das 11h às 13h
Sócrates ao Café: Meditação e
saúde mental, um diálogo entre
psicanálise e neurociência
Evento Gratuito
Loja: Fradique
2506, SÁBADO, das 11h às 13h
Café Lacaniano
Evento Gratuito
Loja: Fradique
2/6, QUINTA, das 19h30 às 21h
Noites de Gestão: Foco, livro de
Daniel Goleman
Com Almir Neves
Inscrições Gratuitas:
http://clickconhecimento.com.br/
noites-de-gestao
Loja: Pátio Batel
13/6, SEGUNDA, das 19h às 21h
Amor e relacionamentos na
atualidade
Com Cláudya Toledo
Evento Gratuito
Loja: Pátio Batel
25/6, SÁBADO, das 11h às 13h30
Diálogos do Lacaneando
Com Antonio Quinet
Evento Gratuito
Loja: Pátio Batel
2/6, QUINTA, das 19h às 21h
Mês das Mães – A beleza como
instrumento de autoestima na
gravidez e no pós-gravidez
Com Alexandro Alves
Evento Gratuito
Loja: Galleria
8/6, QUARTA, das 19h às 21h
Ciclo de Palestras: Gastronomia
Com Cléo Martins
Evento Gratuito
Loja: Galleria
19/6, DOMINGO, das 10h15 às 12h
Encontro de Gestantes:
Esclarecendo mitos e aumentando
as chances de sucesso
Com Carolina Camargo Copolla e
Luciane Fernandes (Consultoras em
aleitamento materno)
Evento Gratuito
Loja: Galleria
29/6, QUARTA, das 19h às 21h
Ciclo de Palestras: Gastronomia
Com Claudia Porteiro
Evento Gratuito
Loja: Galleria
30/6, QUINTA, das 19h às 21h
Momento da Literatura:
Continente africano
C o m Í r i s A m â n c i o , p ro f e s s o r a e
doutora em Literatura Africana em
língua portuguesa e Natasha Magno,
professora da Unicamp
Evento Gratuito
Loja: Galleria
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PROGRAMAÇÃO | junho_2016*
11/6, SÁBADO, das 10h30 às 13h30
Diálogos do Lacaneando
Evento Gratuito
Inscrições: [email protected]
Loja: Pátio Higienópolis
13/6, SEGUNDA, das 19h às 20h
Talk Show CBN 25 anos: Cenários
para a educação
Com Ilona Becskeházy e Antonio Gois
Evento Gratuito
Haverá distribuição de senhas com 1
hora de antecedência.
Loja: Pátio Higienópolis
15/6, QUARTA, das 15h às 17h
Encontros da tarde: Introdução à
cabala
Com Daniel Kwintner
Evento Gratuito
Loja: JK Iguatemi
20/6, SEGUNDA, das 19h30 às 20h30
La Gracia: Comunicação é o que
se percebe
Com La Gracia
Evento Gratuito
Loja: JK Iguatemi
29/6, QUARTA, das 19h30 às 21h
Projeto Compliance Brasil
Com Rodrigo Carril
Evento Gratuito
Loja: JK Iguatemi
30/6, QUINTA, das 19h30 às 21h
Palestra: Noites de Gestão
Com Almir Neves
Evento Gratuito
Loja: JK Iguatemi
4/6, SÁBADO, das 14h às 16h
Palestra: Ciclo Música &
Psicanálise – Improvisações
Com Leonardo Luiz e Vitor Cabral
Entrada: R$ 30
Inscrições:
[email protected]
Loja: Lorena
28
4/6, SÁBADO, das 14h às 16h
Palestra + pocket show:
Ciclo Música & Psicanálise –
Improvisações
Com Leonardo Luiz e Vitor Cabral
Apoio: Instituto Tavola Espaço São Paulo
Inscrições e mais informações:
[email protected] e
www.institutotavola.com.br/sp/
Valor: R$ 30
Loja: Lorena
27/6, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
No universo do café gourmet –
Conheça as diferenças entre cafés
tradicionais e especiais
Com Fernando Santana
Os responsáveis pela elaboração do
café Afrodite oferecem um workshop
para mostrar aos amigos e clientes
do Café Afrodite/Livraria da Vila as
principais diferenças entre os cafés
tradicionais e o novo blend que será
lançado no evento. Esperamos vocês!
Evento Gratuito
Loja: Galleria
Cursos e Workshops
6/6 a 10/6, SEGUNDA a SEXTA, das
18h45 às 21h45
Curso Escola São Paulo:
Marketing digital
Com Keith Matsumoto
Valor: R$ 350 + 2 parcelas de R$ 350
Mais informações:
www.escolasaopaulo.org
Loja: Lorena
Educacuca
O objetivo primordial do Educacuca é promover o desenvolvimento, a
aprendizagem e a socialização das
crianças em seus primeiros anos de
vida, além de instrumentalizar o adulto
cuidador, orientando-o e enriquecendo seu repertório de brincadeiras.
Para agendamento de aula experimental e informações sobre horários para cada grupo, consulte o site
www.educacuca.com.br
Idade Permitida: 3 a 30 meses.
Terças e quintas – Loja: Lorena
Quartas – Loja: Fradique
5/5 à 14/7, QUINTAS, das 19h30 às
21h
Fundamentos de Cabala
Com Daniel Kwinter
Valor: R$ 599
Inscrições: [email protected]
ou (11) 9 9960-6505
Loja: Fradique
5/6, DOMINGO, das 17h às 19h
Workshow com Duo Fryvan e
Jonathas Ferreira
Com Duo Fryvan e Jonathas Ferreira
Neste workshow, serão discutidas
tendências de estilo, influências,
histórias das composições e técnicas,
com apresentação dos músicos
no final. O Duo Fryvan é formado
pelos violonistas Fredy Pietz e Ivan
Sakavicius.
Evento Gratuito
Loja: Fradique
Sarau
25/6, SÁBADO, das 19h às 21h
Sarau dos Conversadores
Com Os Conversadores
Evento Gratuito
Loja: Lorena
Informações: [email protected],
(11) 9 9338-9088 ou http://facebook.
com/sarau.dos.conversadores
Clube de leitura
9/6, QUINTA, das 19h às 21h
Planeta de Leitores
Com monja Coen
Apoio: Planeta de Livros Editora
Haverá distribuição de senhas com
1 hora de antecedência e sessão de
autógrafos após o bate-papo.
Loja: Pátio Higienópolis
13/6, SEGUNDA, das 20h ás 21h
A vida invisível de Eurídice
Gusmão
Com Jéssica Carvalho
Apoio: Boitempo
Loja: Fradique
17/6, SEXTA, das 19h30 às 21h30
Os Espanadores
Com Os Espanadores
Loja: Fradique
* Programação sujeita a alteração.
7/6, TERÇA, das 19h30 às 21h30
Mais Ainda
Com Alexandre Rosa e Jane Bastos
Mediação da jornalista Patrizia
Corsetto.
Evento Gratuito
Loja: Pátio Higienópolis
VILA DA CRIANÇA
GALLERIA
FRADIQUE
12/6, DOMINGO, das 15h às 18h
Lançamento:
O segredo mais forte do mundo
De Gaël Aymon e Pauline Comis
Ed. Dedo de Prosa
25/6, SÁBADO, das 15h às 18h
Lançamento: Canto do Uirapuru
Com Erica Bombardi
Escrita Fina Edições
11/6, SÁBADO, das 10h30 às 12h30
Lançamento: Os animais de Lina
Com Luisa Prada
Ed. Independente
18/6, SÁBADO, das 15h às 18h
Lançamento:
Amanhã, como será?
De Juliana Grasso
Tempo Editora
MOEMA
11/6, SÁBADO, das 15h às 18h
Lançamento:
O menino e o monstro
Com Henrique Sitchin
Ed. Panda Books
19/6, DOMINGO, às 11h
Atividade infantil: Quico, mico
Oficina de fantoches
Faixa etária: 3 a 6 anos
Apoio: V&R Editoras
12/6, DOMINGO, às 11h
Atividade infantil: Meu livro de
formas
Oficina de colar
Faixa etária: 3 a 6 anos
Apoio: V&R Editoras
25/6, SÁBADO, das 15h às 18h
Lançamento: O presente
De Mônica Guttmann
Ed. Paulus
4/6, SÁBADO, das 15h às 18h
Lançamento:
Varinha de imaginar
De Marco Antonio Ponce
Ed. Compor
Haverá atividade para crianças.
11/6, SÁBADO, às 11h
Atividade infantil: Deu zebra
Confecção de máscaras.
Faixa etária: 3 a 6 anos
Apoio: V&R Editoras
18/6, SÁBADO, às 11h
Atividade infantil:
Mochi mochi morango
Confecção de almofadas.
Faixa etária: 3 a 6 anos
Apoio: V&R Editoras
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PROGRAMAÇÃO | junho_2016*
Teatro Infantil
De 4/6 a 25/6, SÁBADOS, às 16h
Um baú de barulhinhos – Teatro para bebês
Lili é uma menina muito curiosa que a cada dia escuta um
barulho diferente saindo de seu baú mágico. Uma história
cheia de sons, cores, movimentos, texturas e poesia. Venha
descobrir cada barulhinho e se encantar com este espetáculo
cuidadosamente criado para uma plateia pra lá de especial:
os bebês entre 6 meses e três anos!
Local: Galleria Shopping de Campinas
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 7/5 a 26/6, SÁBADOS e DOMINGOS, às 15h
Isso não é uma ilusão
A Cia. Caixa Mágica encena Isso não é uma ilusão, que
conta com três dos principais mágicos do Brasil, premiados
internacionalmente, que se uniram para esse espetáculo
fascinante repleto de ilusão, humor e mistério.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 4/6 a 31/7, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h
João e o pé de feijão
Um menino chamado João vai ao mercado a pedido de sua mãe
para vender uma vaca, devido a necessidades financeiras da
família. Quando chega ao mercado, um estranho lhe propõe cinco
feijões mágicos em troca da “Mumú”. Feita a troca, ele volta para
casa com os grãos no bolso. Sua mãe se enfurece porque João
não fez o que ela lhe pediu e joga os feijões pela janela. A partir
disso muitas coisas acontecem e a aventura começa.
Local: Pátio Batel de Curitiba
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 5/6 a 26/6, DOMINGOS, às 16h
O Gato de Botas
Um velho camponês deixou uma herança para cada um dos
três filhos: para o mais velho e para o filho do meio, deixou um
moinho e um cavalo, que garantiriam o sustento de ambos por
um longo período. A inusitada herança foi destinada ao filho
mais novo: um gato de estimação.
Local: Galleria Shopping de Campinas
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
TEATRO DA LIVRARIA DA VILA
30
Mais informações e ingressos: www.ingressorapido.com.br
* Programação sujeita a alteração.
De 7/5 a 26/6, SÁBADOS e DOMINGOS, às 16h
O casamento da Dona Baratinha
Um belo dia, Baratinha fica sabendo que existe um tesouro
perdido na floresta e resolve sair à sua procura, porque
encontrar a tal caixinha pode mudar a sua vida.
Local: Shopping Pátio Higienópolis
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
Teatro Jovem
De 4/6 a 30/7, SÁBADOS, às 17h30
O alvo
Amanda, Maria Anna, Rebecca e Nina são amigas inseparáveis desde o Ensino
Fundamental. Já viveram um monte de coisas juntas que uniu todas elas até o
primeiro ano do Ensino Médio. Mas agora que elas estão na sala de espera da
diretoria do colégio, a amizade está ameaçada. Em meio a divertidas situações e
discussões a trama fará com que elas revelem fatos e opiniões surpreendentes e
mudem as suas vidas para sempre.
Local: Shopping JK Iguatemi | Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
De 4/6 a 30/7, SÁBADOS, às 19h
O alvo – HateClub
Na segunda parte da história de O alvo, as amigas Amanda, Maria Anna, Nina,
Amélia e Rebecca recebem ajuda de uma nova e misteriosa personagem
para descobrir quem anda difamando a imagem delas pela internet, fazendo
acreditar que as meninas são as autoras de um blog contra uma aluna do
colégio. A trama, dividida entre o mundo real e virtual, aborda tanto o tema do
cyberbulling quanto o do crescente discurso de ódio destilado pela internet.
Local: Shopping JK Iguatemi | Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
Teatro Adulto
De 5/6 a 24/7, DOMINGOS, às 18h
Você nunca me vê de onde eu vejo você
Ensaio sobre as máscaras que o indivíduo e a sociedade se utilizam nas
interações do cotidiano, nessa montagem de João Lorenzon, premiado
ator e diretor teatral, a Companhia Espaço Mágico apresenta diferentes
abordagens das relações humanas.
Local: Shopping JK Iguatemi | Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
De 11/6 a 31/7, SÁBADOS, às 20h e DOMINGOS, às 18h
Eu nunca
Eu nunca conta a história de três jovens com vidas extremamente opostas,
convivendo e dividindo suas intimidades até o limite do suportável. A peça
traz à tona as questões mais emergentes da juventude moderna.
Local: Shopping Pátio Higienópolis | Valor: R$ 50 inteira | R$ 25 meia-entrada
Fotos Divulgação
Dia 15/6, QUARTA, às 20h
Humor na Vila − Curitiba em personagens
Show com os humoristas Miau Carraro e Fábio Silvestre apresentando vários
personagens bem curitibanos, como o garçom do Gato Preto e a Polaca da
Barreirinha.
Local: Pátio Batel de Curitiba | Valor: R$ 50 inteira | R$ 25 meia-entrada
Dia 9/6, QUINTA, às 19h
Atelier Cris Cabianca de Voz e Artes apresenta o show: The light in your heart
Pocket show dos alunos do Atelier Cris Cabianca apresentando sucessos de musicais
internacionais em formato piano e voz. Os alunos também são talentos artísticos das
escolas Saint Pauls School, TeenBroadway, Kika Tap Center, Yacov Bait. Show com
abertura e produção da vocal coach Cris Cabianca e coreografia de Letícia Orfali.
Local: Shopping JK Iguatemi | Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada
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PROGRAMAÇÃO | dezembro_2015*
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Vila do Leitor
por Michelle Sill*
Luna genitrix
Cerco ávido acelerado
seguido de silêncio sofrido.
Há vida no centro da lua.
Sua crosta, prepara-se,
Cascata de amor, invisível,
guiada pelo satélite do umbigo
que rege a lua até um nono solo
até que ela pesa,
nasce
chora, e cai no colo.
P.S.: Pra todo mundo que já foi lua
no ventre de alguém.
Haicai ventoso
Tudo a seu tempo,
Tudo a seu vento
em qualquer direção,
deixa estar, deixa vir, voe...
Let it be
*Michelle Sill estudou Letras, formou-se em Gastronomia, que hoje pratica nas horas nada vagas, e atualmente trabalha na editora LP&M.
“Com ou sem rima, alegres ou tristes, verdadeiros ou simplesmente inventados”, ela diz que gosta de traduzir em versos as paisagens
que passam e tocam sua vida. Leia outros textos de Michelle em https://medium.com/@michellesill
A página Vila do Leitor é um espaço aberto para todos aqueles que gostam de escrever, ilustrar e fotografar. Os trabalhos devem ser enviados
para o e-mail: [email protected]
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NOSSAS DICAS
LI E GOSTEI
Thaís Mendes
Pátio Higienópolis
Americanah
Chimamanda Ngozi
Adichie
É com uma escrita leve
e fascinante que Chimamanda Ngozi Adichie nos
pega pela mão para conhecer a trajetória de vida
de Ifemelu, uma jovem mulher negra
que passa parte de juventude na Nigéria e viaja para os Estados Unidos
da América para estudar e tentar uma
nova vida. É neste lugar que ela vai
descobrir o que é ser uma estrangeira
num país ocidental, e tudo o que isso
implica. A autora não nos poupa de seu
próprio engajamento social, político e
cultural ao colocar a protagonista em
conflitos sobre questões presentes em
nossa sociedade, como o racismo, a
identidade e o pertencimento étnico. É
por meio das pontes geográficas que
envolvem Nigéria, Estados Unidos e Inglaterra que a autora constrói também
pontes sentimentais entre as personagens. A sabedoria e a determinação
desta autora nigeriana nos tira do
nosso lugar para fazer refletir sobre os
embates vividos pelas personagens,
sem perder a mão da sensibilidade.
Companhia das Letras
VI E GOSTEI
Paula Skromov
Cidade Jardim
O jogo da imitação
Morten Tyldum
Além de ganhador do
Oscar de melhor roteiro
adaptado em 2015, o
filme O jogo da imitação
é muito mais que a cinebiografia de Alan Turing. Matemático genial,
o britânico Turing foi quem decifrou os
códigos criptografados da Alemanha
nazista, um dos feitos decisivos para
o fim da II Guerra Mundial. Heroico?
Sem dúvida, mas um herói sem ribalta, injustiçado não pelo destino, mas
por inúmeros jogos de poder que se
beneficiaram tanto de sua facilidade
com algorítmos e cálculos complexos
quanto com suas grandes dificuldades pessoais. Um filme imperdível
para quem gosta de uma história bem
contada, verídica e, pasmem, ainda
muito atual.
Paris Filmes
MAIS VENDIDOS |maio_2016
Ficção
Não Ficção
1º A amiga genial
Elena Ferrante
(Biblioteca Azul)
2º Como eu era antes
de você
Jojo Moyes (Intrínseca)
3º História do novo
sobrenome
Elena Ferrante (Biblioteca Azul)
4º Mulheres de cinzas
Mia Couto (Companhia das Letras)
5º Depois de você
Jojo Moyes (Intrínseca)
1º Depois a louca sou eu
Tati Bernardi (Companhia
das Letras)
2º Sapiens – Uma breve
história da humanidade
Yuval Noah Harari (L&PM)
3º Linha M
Patti Smith (Intrínseca)
4º Vozes de Tchernóbil – A história
oral do desastre nuclear
Svetlana Alexievitch (Companhia das
Letras)
5º A mágica da arrumação
Marie Kondo (Sextante/GMT)
Infantil
Juvenil
1º O grande livro da
Clara e do Gabriel
Ilan Brenman (BrinqueBook)
2º Diário de um zumbi
do Minecraft 6
Herobrine Books (Sextante/GMT)
3º O coelhinho que queria dormir
Carl-Johan Forssén Ehrlin (Companhia
das Letrinhas)
4º Authenticgames – Vivendo uma
vida autêntica
Marco Túlio (Astral)
5º O que tem dentro da sua fralda
Guido Van Genechten (Brinque-Book)
1º De volta ao jogo
Pedro Rezende (Suma de
Letras)
2º Dois mundos, um
herói – Uma aventura
não oficial de Minecraft
Pedro Rezende (Suma de
Letras)
3º A coroa
Kiera Cass (Seguinte)
4º A rainha vermelha
Victoria Aveyard (Seguinte)
5º Guinness world records 2016
(Agir)
Importados | adulto
Importados | infantojuvenil
CDs
DVDs
1º Perfume de sonho
Sebastião Salgado (Paisagem)
2º O livro dos símbolos
(Taschen)
3º Genesis
Sebastião Salgado (Taschen)
4º Say a little prayer
Giovanni Bianco (Taschen)
5º Where chefs eat
Joe Warwick (Phaidon Press)
1º Coleção
Marisa Monte (Universal Music)
2º Tropix
Céu (Som Livre)
3º 25
Adele (Sony Music)
4º Samba de Chico
Hamilton de Holanda (Biscoito Fino)
5º Zeca Baleiro – Perfil
Zeca Baleiro (Som Livre)
1º The very hungry caterpillar
Eric Carle (Penguin Books USA)
2º Maisy’s placemat doodle book
Lucy Cousins (Walker Books)
3º The gruffalo
Julia Donaldson (Puffin USA)
4º The family book
Todd Parr (Little Brown)
5º Alphablock
Christopher Franceschelli (Abrams
USA)
1º Star Wars – Episódio VII:
O despertar da força
(Disney Home)
2º O bom dinossauro
(Disney Home)
3º O sal da terra
(SESC Música)
4º Os oito odiados
(Imagem Filmes)
5º Elza canta e chora Lupi
(Coqueiro Verde)
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