- Editora Restauração

Transcrição

- Editora Restauração
A maneira como o vemos é a maneira como vemos nosso destino. A cada nova etapa
da revelação de quem é Yeshua, há uma progressão correspondente na revelação de nosso
próprio destino nele. Estamos nele, e ele está em nós. Cada nível de identidade tem um novo
nível correspondente de autoridade.
A revelação de Yeshua como Rei de Israel foi dada a Simão (Pedro) em Mateus 16.
Yeshua lhe disse que aquela revelação não era humana ou natural, mas celestial e sobrenatural (v. 17). Naquele momento, Pedro recebeu autoridade espiritual de forma que tudo o que ele
ligasse ou desligasse na terra seria realizado no céu (vv. 18, 19). O mesmo é verdadeiro para
qualquer um hoje que recebe e crê na mesma revelação que Pedro teve.
A revelação de Yeshua como cabeça da Igreja foi dada a Saulo (Paulo) em Efésios 1.
Yeshua subiu ao céu acima de todos os principados e potestades (vv.20,21). Esse entendimento foi dado a Paulo por revelação. Ele orou para que tivéssemos a mesma iluminação (vv.
17,18). Essa iluminação nos transmitirá o mesmo poder e autoridade que Yeshua tem tanto
neste mundo quanto no mundo vindouro. Estamos espiritualmente assentados com ele no céu
(Ef 2.6,7).
A primeira etapa do nosso destino nos é revelada por meio de Pedro nos evangelhos,
e a segunda por Paulo, nas epístolas. A etapa final vem por intermédio de João no livro do
Apocalipse.
À medida que meditamos na visão de Yeshua no livro de Apocalipse, acontece uma
mudança em nós. Enquanto percebemos quem ele realmente é, compreendemos também
quem realmente somos nele. Seus olhos são como chamas de fogo. Ele usa muitas coroas.
Está vestido de branco, com um cinto de ouro no peito e uma espada que sai de sua boca.
Seus cabelos são como a lã, e o seu rosto brilha como o sol.
Quando essa imagem PENETRA em nós, ela nos transforma. Fogo sai dos nossos
olhos. Há um novo poder, paixão e pureza. Santidade e zelo queimam a carnalidade e a semelhança com o mundo. Obtemos uma perspectiva celestial do reino. Ficamos preparados para a
sua vinda e preparados para a guerra espiritual que culminará em sua vinda. Graça é comunicada ao nosso coração.
Que Deus nos conceda a compreensão de quem Yeshua é tal como ele se revelou a
Pedro, Paulo e João! E que sejamos transformados à sua imagem.
Livio Indicado Para a Leitura do Mês
Há uma figura que aparece continuamente nas
Escrituras Hebráicas (Antigo Testamento). Às
vezes, o texto se referea ele como o Anjo do Senhor,
às vezes como opróprio Deus e, às vezes, como o
“Filho do Homem”. A aparição dessa figura requer
uma revelação das cosmovisões judaico-critãs
clássicas.
Este livro pode ser adiquirido através do site:
https://www.revistaimpacto.com.br/
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O mensageiro das
BOAS NOVAS
Agosto 2016
Ano XVIII n° 255
“No princípio era o Verbo”
A DIVINA REVELAÇÃO DE JOÃO
Asher Intrater
A compreensão antiga de Israel acerca da natureza de Deus, da identidade do Anjo
de Yehovah e da vinda do Rei messiânico aumentou de forma progressiva. Naquele tempo,
unir todas as “peças do quebra-cabeça” não estava dentro dos limites da possibilidade. Na
época do Segundo Templo, no início do relato dos evangelhos, havia uma fervorosa expectativa quanto à vinda do Messias.
Na Nova Aliança, também há o desenvolvimento progressivo no entendimento da divindade de Yeshua na mente de seus discípulos. Vemos que Pedro foi o primeiro a ter a revelação de que Yeshua é o Messias (Mt 16.16). A revelação de Pedro estabeleceu o primeiro
nível, a rocha, sobre a qual a Igreja e a compreensão mais ampla da identidade de Yeshua
seriam construídas.
Depois, Paulo recebeu outro grande nível de revelação celestial que impulsionou a Igreja para uma dimensão mais ampla. Ele viu Yeshua como o Cristo divino, cabeça da Igreja
internacional (Ef 1.20-22-, 2 Co 12.2-4; G1 1.12; 2.2,6). Até Pedro admitiu que Paulo compreendera coisas que ele mesmo ainda não entendia (2 Pe 3.16).
Mais tarde, tanto no livro de Apocalipse quanto em seu evangelho, João sobe para
um nível mais elevado. A revelação de João foi o último estágio no desenvolvimento das Escrituras. Pedro teve a revelação necessária para pregar o evangelho ao povo de Israel. Paulo
teve a revelação que serviu de base para estabelecer a Igreja internacional. João teve a revelação que prepararia Israel e a Igreja para a Segunda Vinda de Yeshua.
A revelação de Pedro era para a nação de Israel, com uma característica judia; a de
Paulo era universal e internacional; a de João era celestial e eterna. Nos evangelhos sinópticos
e em Atos, Jesus é o Messias, o Rei de Israel. Nas epístolas, Yeshua é o Cristo, cabeça da
Igreja. No evangelho de João e no Apocalipse, Yeshua é Yehovah, a manifestação de Deus.
Aqui estão sete exemplos de ensinamentos de João que relacionam Yeshua ao Yehovah da Lei e dos Profetas.
Eu Sou
Em todo o evangelho de João, Yeshua diz de si mesmo: “Eu sou”. Há mais de 12 declarações proféticas em que Yeshua diz: “Eu sou”. A primeira referência é quando ele diz: “Eu
sou ele” para a mulher samaritana no poço (Jo 4.26); a última é quando ele diz: “Eu sou ele”,
fazendo cair por terra os soldados que vieram para prendê-lo (Jo 18.5). Essas referências
foram a maneira de João relacionar Yeshua com o “EU SOU O QUE SOU” de Êxodo 3.14,
João acreditava que era Yeshua quem aparecera a Moisés na sarça, e que o nome Yehovah
se referia a ele.
Esta também foi a forma de João identificar Yeshua com as muitas declarações “Eu
sou” contidas nos capítulos 41 ao 49 de Isaías. Chegai-vos a mim e ouvi isto: não falei em
segredo desde o princípio; desde o tempo em que isso vem acontecendo, tenho estado lá.
Agora Yehovah Adonai e seu Espírito me enviaram (Is 48.16).
Aqui, novamente, temos uma pessoa que foi enviada por Deus alegando divindade.
Ele era Deus, mas também foi enviado por Deus.
A Palavra
Yeshua é chamado de a Palavra de Deus. Isso é uma referência a Deus ter criado o
mundo por meio de suas palavras: “Haja...”.
No princípio era o Verbo [a Palavra], e o Verbo [a Palavra] estava com Deus, e o
Verbo [a Palavra] era Deus. João 1.1.
Essa expressão também se refere às aparições da Palavra de Deus como o mensageiro divino que veio visitar os profetas. A “Palavra” é tanto a mensagem quanto o mensageiro.
Os profetas, às vezes, viam e ouviam, às vezes sentiam a presença e ouviam e outras vezes
apenas ouviam.
O fato de Yeshua ser a Palavra significa que ele veio e falou pessoalmente com alguém. Temos dois exemplos claros: 1) quando Abraão viu e ouviu a palavra (Gn 15.1) e 2)
quando a palavra veio e se colocou ao lado de Samuel (1 Sm 3.7,10).
Depois destes acontecimentos, veio a Palavra-Yehovah a Abrão, numa visão... Gênesis 15.1.
Porém Samuel ainda não conhecia Yehovah, e ainda não lhe tinha sido manifestada
a Palavra-Yehovah. Então, veio Yehovah, e ali esteve, e chamou como das outras vezes:
Samuel, Samuel! 1 Samuel 3.7,10.
É interessante observar nos dois versos que a expressão “Palavra de Yehovah” está
na forma gramatical de nomes justapostos do hebraico. “Palavra” e “Yehovah” estão ligadas
por um hífen. As Escrituras não dizem “Palavra do Senhor”, mas “Palavra-Yehovah”. As passagens de Gênesis e de Samuel são impressionantes e só fazem sentido à luz do entendimento
de João de que Yeshua era a Palavra de Yehovah.
A Palavra-Yehovah vem e visita Abraão e Samuel. Conhecer Yehovah é conhecer
essa “Palavra-Yehovah”. João entendeu que Yeshua era aquela Palavra profética que veio
visitar nossos pais.
Autor dos Dez Mandamentos
Na Parte Dois, discutimos a passagem de João 8.6 em que Yeshua escreve com o
dedo no chão em resposta ao desafio de religiosos quanto à pena de morte por adultério. Essa
referência o identificou como o Anjo-Yehovah que escreveu os Dez Mandamentos com o “dedo
de Deus”, de acordo com Êxodo 31.18. João entendeu que foi Yeshua quem escreveu os Dez
Mandamentos.
Visitante de Abraão
Na Parte Um, estudamos João 8.56 que mostra como Yeshua já havia visto e conhecido Abraão, e que também existia antes dele. Essa referência o identificou como o Yehovah
visitante que veio com dois anjos para almoçar com Abraão (Gn 18.1). João entendeu que
aquele visitante era Yeshua.
Comandante de Josué
Na Parte Três, vimos a ligação entre o Comandante de Josué 5.13 que veio para lutar
em Jericó e o Comandante de Apocalipse 19.11 que vem guerrear na Segunda Vinda. João
acreditava que o Comandante que apareceu a Josué era Yeshua.
Rei de Isaías
Na Parte Quatro, vimos que João 12.41 identifica diretamente o Rei glorificado de Isaías 6.1 como Yeshua. João acreditava que o Rei descrito em Isaías era Yeshua, o que também
é comprovado pelo contexto das profecias do reino por todo o livro do profeta.
O Homem Glorificado nas Visões de Ezequiel e Daniel
Discutimos na Parte Quatro que, em Apocalipse 4, João teve praticamente a mesma
visão registrada em Ezequiel 1. João acreditava que o Homem glorificado acima dos querubins
era Yeshua (Ap 3.21; 5.6; 7.17). Isso foi confirmado por João ao associar o homem de fogo de
Daniel 10.5 com sua visão de Yeshua glorificado em Apocalipse 1.12.
Esses exemplos dão um breve esboço da visão geral que João tinha de Yeshua como o eterno Deus-Homem que revela Deus à humanidade desde o início dos tempos. João
também acreditava que Yeshua existia antes da fundação do mundo.
Glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que
houvesse mundo (antes da fundação do mundo). João 17.5.
... porque me amaste antes da fundação do mundo. João 17.24.
Se Yeshua existia antes da criação, certamente seria lógico pensar que ele estivera
disponível e ativo durante todos os anos da história de Israel que antecederam os evangelhos.
Se assim foi, onde ele estivera? E o que estivera fazendo? A resposta deveria ser evidente
agora.
O ponto de vista compartilhado neste livro sobre a identidade de Yeshua não é encontrado, com maior clareza, nos evangelhos, no livro de Atos ou nas epístolas. Essa revelação faz parte da visão de mundo dos escritos de João, que representa o último estágio no
desenvolvimento da compreensão dos apóstolos sobre a divindade de Yeshua.
João o conhecia tanto como homem quanto como Deus. Nós, igualmente, acreditamos que Yeshua é homem e Deus ao mesmo tempo.
... com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi e
foi designado [declarado] Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade [o Espírito
Santo] pela ressurreição dos mortos, a saber, Yeshua o Messias, nosso Senhor... Romanos
1.3,4.
Certa vez, eu estava meditando sobre essa passagem. Yeshua é descrito como a
semente de Davi (v. 3) e Filho de Deus (v. 4). Senti em meu coração a vontade de saber qual
dos dois era mais importante. Pensei: “É claro que ser o Filho de Deus é mais importante”.
Então, percebi a direção do Espírito Santo dizendo: “Não”. Fiquei surpreso e perguntei em meu
coração: “Ser filho de Davi é mais importante?!”. Então, senti o Espírito testemunhar de novo,
dizendo: “Não”. Fiquei perplexo. Finalmente, a solução veio na suave voz interior: “E o fato de
ser as duas coisas simultaneamente”. A chave para compreender o Messias é que ele é divino
e humano ao mesmo tempo.
Nos últimos anos, os dois lados da questão foram debatidos por líderes judeus messiânicos. Há um pequeno grupo de líderes que nega a divindade de Yeshua; há outro pequeno
grupo que nega sua humanidade. Entretanto, a grande maioria dos pastores e presbíteros
defende com convicção sua dupla natureza.
O modo como vemos Yeshua afeta como vemos a nós mesmos. Fomos criados à
imagem de Deus (Gn 1.27). Yeshua é essa imagem de Deus para nós e em nós. Aqueles que
se veem como descendentes dos macacos terão necessariamente uma baixa estima pela
natureza humana. Nossas origens determinam nosso alvo. Não nos vemos como resultado da
evolução de macacos, mas como pessoas que se arrependem de seus pecados e se tornam
filhos de Deus glorificados na imagem de Yeshua.

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