mala voadora - Teatro Maria Matos

Transcrição

mala voadora - Teatro Maria Matos
© NEUER TANZ / VA Wölfl
© Amaya González Reyes
teatro
mala voadora
dead end
Sala Principal com bancada
qua 23 a sáb 26 janeiro 21h30
Duração 75 min | M/12
Maria Matos Teatro Municipal
Av. Frei Miguel Contreiras, n.º 52
1 700-21 3 Lisboa
tel. 21 8 438 800
www.teatromariamatos.pt
dead end é uma aproximação ao melodrama. Como se
diz no Tratado do Melodrama, um opúsculo de 1817, “pa-
ra fazer um bom melodrama, primeiro é preciso um título. Em seguida é preciso adaptar a esse título um
assunto qualquer, seja histórico, seja de ficção; depois,
colocam-se como principais personagens um farsante,
um tirano, uma mulher inocente e perseguida, um cavaleiro e, sempre que se possa, um animal aprisionado,
seja um cão, gato, corvo, passarinho ou cavalo”. O centro de um melodrama é uma personagem injustamente
votada ao sofrimento. Uma vítima de maldade. O desenlace costuma ser adiado até ao final do terceiro ato
para que, assim, aumente a revolta do público e o seu
desejo de que o desfecho justo e consolador chegue. Estáse “agarrado à história”.
dead end foi escrito por Chris Thorpe para a mala voadora, a partir de uma recolha de histórias da zona de
Guimarães. Partiu-se de histórias que são espontaneamente contadas boca a boca (do âmbito do comum, sem
um autor e que, por isso, se vão transformando ao longo
do tempo) e olhou-se para elas à luz do modelo narrativo do melodrama (que surgiu ao mesmo tempo que surgiram as equipas de escrita massificada, e que continua
a ser reconhecível numa infinitude de produtos “instantâneos” da literatura, do cinema, da televisão, etc.). Dead end é um exercício de narração.
dead end pode ser sobre o mal. Aproxima-se de coisas
como o destino e o sacrifício, um certo negrume – coisas
que, nos melodramas, são arrumadas de modo a que a
vitória seja do bem. As histórias em que o bem vence e o
mal é castigado cumprem um papel, não apenas moralizador, mas também apaziguador para os que se revêem no possível papel de vítimas. Tranquilizam.
Constroem uma ordem. Ou, pelo menos, a imagem de
uma ordem. dead end pode ser sobre a necessidade do
mal.
mala voadora
A mala voadora foi fundada por Jorge Andrade e José
Capela, responsáveis pela direção artística da companhia, e apresentou o primeiro espetáculo em maio de
2003.
Gostamos de especular sobre aquilo que pode ser teatro,
ou sobre o modo como ele pode ser feito, pelo que não
trabalhamos no sentido de fixar uma qualquer linguagem reconhecível. Em vários espetáculos temos vindo a
experimentar “fazer teatro com coisas que não são do
teatro”: uma coleção de selos, o registo áudio de um
jantar entre três amigas, a violência e a catástrofe como
entertainment, os livros de uma biblioteca, discursos de
chefes de estado, um conjunto de cerca de 2000 bibelots,
cenas de morte do cinema, títulos de notícias de jornal –
coisas que toda a gente conhece e que constituem uma
base comum para a comunicação. Outras vezes, fazemos
experiências em torno de recursos mais próximos da
tradição do teatro, como a narração ou a representação.
Manter instável a categoria “teatro” é um ato político.
Alguns espetáculos da mala voadora foram reconhecidos no âmbito: do Prémio Madalena Azeredo Perdigão
atribuído pela Gulbenkian (Os Justos, menção honrosa,
2004), dos Prémios spa/rtp (Sílvia Filipe, prémio de melhor actriz, 2011; overdrama nomeado para melhor espetáculo, 2012; memorabilia nomeados para melhor
cenografia, 2012); e dos Total Theatre Awards (what I
heard about the world, cocriação com Third Angel, nomeado para melhor espetáculo do Fringe Festival de Edimburgo, 2012).
direção Jorge Andrade texto Chris Thorpe a partir de contos de tradição oral originalmente recolhidos por Francisco Martins Sarmento com Anabela Almeida, Jani
Zhao, Joana Bárcia, Jorge Andrade, Mónica Garnel, Rui Lima, Sérgio Martins, Simão Cayatte, Tânia Alves, Alexandre Mak, André Tai, António Pedrosa, Celeste Melo,
Cehn Defeng, Jan Gin Quon, Leixiao He, Siqi Chen, Sofia Franco e Yu Miao cenografia José Capela, com execução de Carlos Maia figurinos José Capela, com
assistência de Teresa Ferreira luz Daniel Worm d’Assumpção banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins imagem de divulgação Amaya González Reyes produção
Manuel Poças coprodução Guimarães 201 2 Capital Europeia da Cultura apoio Comuna Teatro de Pesquisa, Maria Matos Teatro Municipal, Taberna das Almas,
Instituto Confúcio, Securitas e Segurança 24 agradecimentos António Amaro das Neves, Gisela Lopes, Hugo Franco, Maria H. Capela, Prolente, Rute Carlos, Rui
Teixeira, Teatro da Garagem e Truta mala voadora é uma estrutura financiada pelo Secretário de Estado da Cultura/DGArtes e é estrutura associada da Associação
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