Restauração de um Mercedes-Benz 220S â€“ Ponton â€“ 1959

Transcrição

HistÃ²ria recolhida num site Brasileiro.
Tudo começou com um sonho de infância. Restaurar um carro antigo, poder conhecê-lo nos mÃ-nimos
detalhes, cada peça, cada parafuso. No final de 2002, juntei algumas economias e resolvi que era hora de
pensar neste projeto, começando por procurar um carro que, apesar de antigo e precisando de reparos,
contivesse todas as peças originais.
A procura demorou um pouco, mas acabei achando uma jóia, estacionada em um â€œabrigoâ€ havia 13
anos, sem funcionar. Tinha ainda placas amarelas quando a comprei, e pertencia ao mesmo proprietário
desde 1975.
Pode-se dizer que foi encantamento ao primeiro olhar. O painel e os quadros de porta eram de madeira, não
faltava nada e tinha todos os frisos, lanternas e detalhes originais. Outro factor decisivo é que o carro
originalmente tinha tecto de abrir em lona que havia sido fechado com uma chapa de aço há muitos anos,
mas o atual proprietário, com a intenção de restaurá-lo, já tinha comprado um em ferro-velho, um teto-solar
de MB do mesmo modelo em estado precário, mas que poderia ser a base para a reconstrução de um tetosolar novo.
Apesar de conhecer pouco sobre a marca e nada sobre o modelo, não hesitei em â€œfechar negócioâ€.
MB 220 S 1959 no dia da compra - 1
http://www.mercedistas.com/forum/index.php?topic=512.0 (1 sur 29) [21/02/2009 19:38:48]
Com 3 dias de oficina para limpeza de tanque, carburador, revisão de freios, bateria nova , troca de pneus,
troca de óleo, limpeza de filtros, substituição de mangueiras e correias, além de um banho e polimento, já
foi possÃ-vel sair com ela andando para casa.
MB 220 S 1959 no dia da compra - 2
3 dias após a compra, já em condiçÃµes de â€œrodarâ€
Fiquei impressionado com a robustez mecânica e a leveza ao rodar. O motor de 6 cilindros, câmbio na
coluna de direção e banco dianteiro inteiriço, mesmo sem estar restaurada já despertava a curiosidade por
onde passava.
â€œAproveiteiâ€ o carro de outubro-02 a janeiro de-03, e neste perÃ-odo procurei por profissionais que
pudessem fazer a restauração. A parte de funilaria e pintura foi a mais difÃ-cil, uma vez que eu fazia
questão de reconstituir o teto-solar e nem todos os profissionais que encontrei tinham habilidade ou
coragem de aceitar este desafio. Para executar este trabalho, recebi orçamentos com diferença de 850%
entre o menor e o maior. Alguns propuseram cobrar â€œpor hora de trabalhoâ€, sem qualquer previsão de
quantas horas seriam consumidas. Jamais aceitaria uma proposta assim.
Por recomendação do meu irmão, que caminhou comigo a longa estrada da restauração de um auto antigo,
fui até um profissional, que avaliou o carro e me perguntou se eu tinha desenhos, fotos, ou material sobre o
teto-solar. Quando lhe disse que tinha inclusive um teto-solar completamente enferrujado, mas que poderia
servir de modelo, ele me disse: â€œ- Bom, o que o olho vê, a mão fazâ€. Diante disso e, considerando que
o orçamento apresentado não era dos mais elevados, e que o preço era â€œfechadoâ€, confiei a ele a tarefa
da restauração da lata e pintura.
Antes de iniciar a desmontagem, comecei por fotografar cada detalhe da â€œjóiaâ€, para ter a certeza de
que conseguiria montá-la outra vez.
Foto do painel antes do inÃ-cio da desmontagem
Começamos eu e meu irmão desmontando o interior (madeira, painel, bancos, forro, etc.). Cadastrei cada
peça, botão, acabamento e acondicionei tudo em caixas plásticas e vidros com a respectiva identificação
escrita em cartÃµes e fita adesiva.
Minha curiosidade era saber como estava o teto pelo lado de dentro. Após a remoção da forração interna,
descobri que havia ficado a bandeja de suporte do teto solar, o que se mostraria decisivo para reconstituÃ-lo da maneira original.
Após concluir a primeira etapa da desmontagem (geralmente feito Ã noite e nos fins de semana), deixei no
interior apenas o volante, o banco do motorista e os pedais. Conduzi o carro rodando para que fossem
retirados os vidros em uma empresa especializada.
Após retirar todos os vidros, em meio a muito vento, conduzi o carro para a oficina de funilaria e pintura.
Este foi o Ãºltimo trajeto no qual dirigi a Mercedes, antes de tê-la restaurada completamente.
As partes do interior, que eram de madeira, encaminhei imediatamente para um restaurador de móveis. A
restauração ficou muito boa, mas muito antes do carro ficar pronto, por isso embrulhei tudo em â€œplástico
bolhaâ€ e guardei em local seguro.
Sem os acabamentos do interior e sem os vidros
Os trabalhos de desmontagem continuaram, agora já na oficina de funilaria e pintura, mas sempre com o
meu acompanhamento quando era possÃ-vel.
Uma das primeiras coisas a serem feitas foi a desmontagem dos frisos, retirada dos pára-lamas e retirada da
chapa que escondia o buraco original do teto solar.
Os frisos, maçanetas, pára-choques, espelhos, enfim, tudo o que era originalmente cromado foi restaurado e
re-cromado ficando cuidadosamente acondicionado em â€œplástico bolhaâ€ aguardando a hora da
montagem. Utilizei-me dos serviços de diversas empresas de cromagem, mas na verdade com nenhuma
delas fiquei completamente satisfeito. Uma inclusive danificou 3 frisos e não se responsabilizou pelo
conserto, com outras o trabalho teve que ser refeito diversas vezes.
Nesta ocasião, além de freqÃ¼entar locais onde colecionadores se encontravam com freqÃ¼ência para
conseguir informaçÃµes, as minhas pesquisas na Internet se intensificaram, buscando todos os dados possÃveis sobre este carro.
No modelo que oferecia o teto-solar, encontrei a cor que seria a minha escolhida: Pintura saia-e-blusa,
creme em baixo e preto em cima.
Só não usei a cor do estofamento, porque achei que caramelo não ficaria bom, porém, busquei outra cor
original e encontrei para o interior as cores areia estofamento e marrom escuro para forração. Estavam
decididas as questÃµes de cores e padronagens.
Folder original da época que oferecia alguns acessórios disponÃ-veis
O teto-solar era uma preocupação constante. Do teto-solar encontrado no ferro-velho quase nada foi
aproveitado, exceto as calhas e acabamentos que eram de alumÃ-nio. Depois de uma limpeza, levei para
receber o polimento e, após isso, a anodização. Ficaram quase como novos.
Teto solar conseguido em um ferro-velho no Rio de Janeiro
No dia em que a chapa que cobria o buraco do teto foi removida, tivemos a certeza de que poderÃ-amos
reinstalar um novo teto-solar no carro, uma vez que não haviam destruÃ-do a parte interna onde este é
fixado. Este foi um dia muito especial para mim.
Teto do carro sem a chapa que tapava o buraco do teto solar
Depois de já quase que completamente desmontado o carro foi levado para outra oficina mecânica de um
profissional conhecido e que tem muita experiência em carros antigos, o qual foi encarregado de trocar selos
de motor, reconstituir os freios, e os mecanismos de suspensão do trem traseiro e dianteiro, retirar e
reinstalar o motor e o conjunto de suspensão dianteira e traseira.
Nesta ocasião consegui um manual de peças de um modelo 220 S do ano de 1957. O proprietário
gentilmente me cedeu o original para que eu fizesse uma cópia. Comprei também pela Internet uma cópia
de manual do proprietário original vindo dos Estados Unidos.
Carro sendo levado para a oficina mecânica â€“ retirada do motor e caixa
A retirada do motor revelou que os coxins estavam completamente deteriorados e não poderia ser
reutilizados. Tentei várias alternativas até que , localizando e importando 4 coxins novos .
Motor fora do carro
O motor estava com os selos enferrujados e furados. Garimpei por muitos dias para encontrar 3 selos que
tem um formato côncavo (ao invés do formato â€œtampinha de garrafaâ€ dos selos atuais). Encontrei 3
que eram 1 milÃ-metro maiores. Resolvi a questão com um torneiro mecânico que os ajustou com
facilidade. A chapa de aço que esconde as camisas, estava com buracos e tive que â€œfabricarâ€ uma
tampa nova que foi galvanizada para evitar corrosão.
Retorno do jato de areia â€“ pintura com anti-ferrugem
Depois de completamente desmontada, encaminhamos o corpo do carro para o jato de areia, a fim de limpar
completamente o habitáculo as partes internas do pára-lamas e do assoalho. Com esta operação
removemos todos os vestÃ-gios de emborrachamento e tinta originais. A foto acima mostra o dia em que
retornou do jato de areia e estava sendo aplicada uma camada de proteção para evitar que o metal sofresse
danos imediatos.
Ajustes, limpeza e soldas antes do preparo para pintura
A próxima fase seria a de fazer os Ãºltimos ajustes e soldas antes de partir para um novo emborrachamento
das partes inferiores e a pintura do casco.
Nesta fase as peças do trem dianteiro e traseiro estavam sendo recuperadas, pintadas e remontadas,
incluindo substituição de borrachas de suspensão danificadas. Algumas borrachas, as quais em não consegui
encontrar, por sugestão de um especialista em Mercedes Benz - Osir, eu substituÃ- por poliester usinado,
que ele fabricou especialmente para mim.
Um amigo se encarregou também de fazer a regulagem final do motor (limpeza de carburador, afinação
após a conclusão da restauração).
Fizemos também a reconstituição dos patins de freio e do conjunto de embreagem (disco e platô).
O próximo passo foi recolocar as portas, pára-lamas e tampas traseira e dianteira para fazer os ajustes. As
portas já haviam sido restauradas, cortadas a 40 cm da parte inferior e reconstruÃ-das com chapas novas,
dobradas exatamente no formato das originais. O mesmo aconteceu com os pára-lamas traseiros que
ganharam chapas novas na parte onde são fixadas as lanternas traseiras e no compartimento do bocal do
tanque de combustÃ-vel.
Carro novamente montado para ajustes e remoção da tinta
Com a parte de lataria remontada, iniciou-se a remoção completa da tinta que havia sobre as partes que não
foram reconstruÃ-das com chapas de aço novas e nem puderam ser submetidas ao jato de areia. Muito
removedor e lixa foi gasto a fim de retirar toda a tinta antiga.
Remoção completa da tinta antiga, até â€œchegar na lataâ€
Removida toda a tinta, e corrigido todos os defeitos da lata (amassados) o carro foi novamente desmontado
para o emborrachamento e pintura do assoalho, interior de pára-lama e pintura do compartimento do motor.
Fundo do porta-malas com o emborrachamento
Emborrachamento e pintura da parte inferior do carro
Fizemos um teste de cor no cofre do motor, mas se mostrou muito amarelo. Removemos a tinta e fizemos
uma nova pintura com a cor creme que ficou definitiva.
Depois de pintado o interior do cofre do motor, e enquanto as portas, pára-lamas, capôs traseiro e dianteiro
eram preparadas para pintura, procedermos a reinstalação do trem traseiro, trem dianteiro e do motor.
Reinstalação do motor já montado sobre coxins novos
Preparação dos pára-lamas traseiros para pintura
Preparação da porta para a pintura
Finalmente, com todo o carro preparado, começamos a fase de pintura, onde cada peça foi pintada
individualmente. Um detalhe interessante é que as dobradiças das portas são de alumÃ-nio, originalmente
pintadas na cor do carro. Optamos por limpar, polir e anodizar as dobradiças, e mantê-las sem pintura.
Após a pintura e polimento as dobradiças foram reinstaladas, juntamente com as fechaduras de portas, que
a esta altura também já haviam sido completamente recuperadas por um chaveiro especialista.
Portas pintadas (note as dobradiças de portas em alumÃ-nio)
Tampa do porta-malas após a pintura
Pintura do corpo do carro
Dois meses antes de finalizar a pintura, levei os bancos, forros de portas, tapetes, etc. Para o estofador. A
condição principal para o estofador que eu procurava, além de expert em estofaria, era a experiência em
capotas e teto-solar de lona. A parceria do estofador com o funileiro seria fundamental na preparação
perfeita da armação metálica do teto-solar antes de começar a pintura.
Encontrei o Fernando estofador que trabalha há muitos anos com carros antigos e estofamentos especiais, e
a parceria dele com o funileiro, na fase de reconstrução da parte metálica do teto foi fundamental.
Estofamento antes da restauração
Banco traseiro completamente restaurado seguindo padrão original
A expectativa a esta altura era saber se o conjunto de cores dos bancos, com a forração, com a pintura
externa do carro e com as partes internas em madeira proporcionariam um bom conjunto.
Forro de porta dianteiro após a restauração
As calotas foram cromadas e pintadas na cor do teto (preto) exatamente como as originais. Tive muita
dificuldade em conseguir pneus convencionais ou diagonais, uma vez que pneus radiais não eram disponÃveis para o modelo na época de construção do carro.
Com muita procura consegui 5 pneus convencionais, com faixa branca, que ficaram muito bem ao serem
montados nas rodas inteiramente restauradas e pintadas.
Calotas e pneu estepe prontos para montagem
Pintura concluÃ-da, rodas e pneus novos
(note o óleo anti-ferrugem escorrido do interior da coluna traseira)
Com a pintura concluÃ-da, o carro foi novamente montado e ajustado. Foi também borrifado óleo antiferrugem no interior das colunas, das portas e dos encaixes de sinaleiras e faróis. Esta proteção extra vai
garantir uma longa vida ao carro no futuro.
Fase final de montagem antes de encaminhar o carro para o auto-elétrico
Depois desta fase levamos o carro para o auto-elétrico. Um excelente profissional que já havia recolhido o â
€œchicoteâ€ antigo (cabos elétricos) um mês antes para refaze-lo. Fato interessante foi quando o carro foi
descarregado do caminhão na oficina e a equipe disse a todos: â€œ-Estão vendo esta Mercedes. Nós a
ganhamos. Vamos fazer o trabalho como se ela fosse de vocêsâ€.
Carro com a parte elétrica já reconstituÃ-da
Parte traseira com as lanternas e detalhes cromados instalados
Com a parte elétrica finalizada pudemos, finalmente, por o motor para funcionar. Foi outro momento
emocionante. O motor em marcha lenta â€œredondinhoâ€, transmitia pouquÃ-ssima vibração para a
carroceria.
Dianteira com faróis, lanternas e pára-choque e porta-placa
Na estofaria iniciamos a montagem do painel, recolocando o conjunto de instrumentos que já estava
restaurado há 5 meses, quando foi feita a limpeza, lubrificação e repintura dos ponteiros, por uma empresa
especializada nesta tarefa.
Painel em fase de montagem
A reconstrução da tapeçaria começou pelo teto e foi o que tomou mais tempo, uma vez que os forros de
portas e bancos já estavam prontos. O teto solar ficou perfeito depois de coberto com a lona e com o forro
interno. Ainda não seria o fim, pois tivemos que desmontá-lo uma segunda vez porque uma das fitas de aço
que servem de mola não tinha sido instalada.
Não foi possÃ-vel recuperar a maneira original de travamento do teto-solar. Fizemos então uma adaptação
tentando seguir o mais próximo possÃ-vel, o padrão de originalidade.
Teto-solar fechado visto internamente
Teto-solar aberto visto internamente
Teto-solar aberto visto de fora
Após a montagem do teto, o restante foi mais fácil. Uma peça importante foi o estribo das portas, que
originalmente são cobertas por uma borracha. Tivemos algum trabalho para encontrar um modelo que se
adaptasse com perfeição, guardando o aspecto original.
Parte de tapeçaria pronta, a caminho do auto-vidros
Após a tapeçaria ter sido concluÃ-da, levamos o carro para o auto vidros. Cada etapa de transporte após a
pintura (sempre com caminhão plataforma) havia sido acompanhada por mim a fim de evitar danos ao carro
já pintado.
Transporte do carro para a auto-vidros
Após uns poucos dias na auto-vidros, o carro já estava pronto com todas as borrachas de porta, borrachas
de vidros, vidros e guarniçÃµes.
Este foi um dia muito especial. Deixei a auto-vidros dirigindo a Mercedes, após mais de um ano de espera.
15 meses de muito trabalho e estávamos quase chegando ao fim.
A Ãºltima etapa foi retocar alguns danos decorrentes da montagem, fazer um Ãºltimo polimento e recolocar
os frisos, que já estavam recuperados e re-cromados.
Terminar o carro e deixa-lo perfeito, requereu alguns dias a mais, pois a embreagem estava â€œpatinandoâ
€ e tivemos que fazer alguns ajustes. O teto-solar precisou de uma nova maneira de fixação, o que
requereu mais um dia na estofaria
Finalmente no dia 19 de março de 2004, com o carro completamente pronto deixei a estofaria, Ã noite de
baixo de uma chuva torrencial. O teto-solar resistiu bravamente.
Cheguei em casa feliz como garoto em dia de Natal.
Interior completamente restaurado
Mercedes completamente restaurada - 1
Mercedes completamente restaurada - 2
Já me perguntaram se tanto trabalho e investimento compensa. Penso que esta resposta depende de
quanto se quer mesmo fazer isso. É um trabalho enorme, repleto de prazeres que compensam cada minuto
de inevitável aborrecimento, hora porque não se encontram peças, hora porque prazos não são cumpridos,
dentre outras pequenas frustraçÃµes.
Dedicamos incontáveis horas neste projeto, mas a realização de um sonho e a sensação de dirigir um carro o
qual eu ajudei a reviver, é um prazer indescritÃ-vel e compensa cada minuto e cada centavo investido.
Nestes 15 meses, conheci muita gente e aprendi bastante durante todo o processo de restauração. Fiz
muitos amigos principalmente entre colecionadores e profissionais que participaram nesta restauração, os
quais faço questão de recomendar. São pessoas de muito valor, que trabalharam duro e, na minha opinião,
estão não só restaurando carros antigos, mas contribuindo para conservar a memória e a história da
humanidade.
Encontrei igualmente o que chamo de â€œmal profissionalâ€. São pessoas para as quais o trabalho é um
peso, e não uma benção.
Encontrei também os quais chamo de â€œespertosâ€ (um amigo meu sempre diz: â€œA esperteza é um
tipo requintado de burriceâ€). Gente assim acha que toda pessoa que está restaurando um veÃ-culo antigo é
milionária ou ingênua, por isso, para você ele majora os preços dos produtos e serviços. Aprendi a
identificar e me afastar de pessoas assim.
Fora a compreensão da famÃ-lia, especialmente da minha esposa e filha, pelas inÃºmeras horas de
ausência, e o constante apoio de amigos que conquistei nesta caminhada, um fator importantÃ-ssimo em
todo o processo foi a ajuda do meu irmão mais velho, sempre disposto a aportar sua experiência e me
auxiliar em todas as ocasiÃµes. Em trilhas desconhecidas, caminhar a dois é sempre melhor do que
caminhar sozinho.
Especificação Técnica:
Motor : 6 cilindros em linha, 2.2 litros.
Potência : 106 hp a 5.200 rpm.
CombustÃ-vel : Gasolina.
Alimentação : 2 carburadores â€œgêmeosâ€ SOLEX.
Consumo médio : 7 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada.
Aceleração : De 0 a 100 km/h em 17 segundos.
Velocidade máxima : 162 Km/h.
Tanque de combustÃ-vel : 64 litros.
Autonomia : Entre 450 e 608 Km com 1 tanque de combustÃ-vel.
Câmbio : 4 marchas Ã frente e 1 Ã ré, alavanca de câmbio na coluna de direção.
Peso do carro vazio : 1.350 Kg.
Sistema elétrico : 12 volts - dÃ-namo.
Freios : A tambor nas 4 rodas com servo-freio (opcional).
Acessórios : Teto-solar, freio servo-assistido a vácuo, pintura em 2 cores, rádio blaupunkt, pneus com faixa
branca, aquecimento e ventilação independente para motorista e passageiro, lavadores (esguicho) de párabrisa com acionamento elétrico.
PaÃ-s de origem : Alemanha.
PerÃ-odo de produção : ...........Abri/1.956 a setembro/1.959.
Quantidade produzida : .........55.279 unidades, exportados para 136 paÃ-ses.
Performance de produção : Eram gastos 1.500 min. para produzir 1 carro completo. (25 horas ou
aproximadamente 3 jornadas de 8 horas).

Restauração de um Mercedes-Benz 220S â€“ Ponton â€“ 1959

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