Viagem Literaria Viaje sem precisar de visto, nem passaporte. Saiba

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Viagem Literaria Viaje sem precisar de visto, nem passaporte. Saiba
Viagem Literaria
Viaje sem precisar de visto, nem passaporte. Saiba quais são os 10 melhores livros para conhecer o
mundo sem sair de casa
Na Patagônia
O inglês Bruce Chatwin (1940-1989), que acreditava ter o mapa-múndi no cérebro, começa o
enredo de sua história pela Patagônia seguindo pistas das origens de um pedaço de brontossauro
enviado pelo primo de sua avó. Clássico da literatura moderna, traz relatos sobre habitantes atuais
e antigos deste pedaço da América do Sul. No livro, você descobre que até o famoso bandido
americano Butch Cassidy passou pela região. (Companhia das Letras; R$ 58)
Na pior em Paris e Londres
Mais conhecido por livros como “1984” e “Revolução dos Bichos”, George Orwell (1903-1950), fala
neste livro sobre o dark side de dois famosos cartões-portais. A história, contada com um misto de
humor e denúncia, é vista sob a ótica do protagonista Eric Arthur Blair, que resolve submeter-se a
uma experiência radical de extrema pobreza. No ano de 1928, ele vai para Paris e passa por maus
bocados na Cidade Luz. Depois ser roubado, passar fome, penhorar suas roupas e trabalhar como
lavador de pratos, ele parte para Londres e chega a viver com mendigos. (Companhia das Letras;
R$ 49)
Medo e Delírio em Las Vegas
O jornalista Raoul Duke, alter-ego de Hunter S. Thompson, e seu advogado Dr. Gonzo, vão para Las
Vegas em busca do sonho americano. Bem, na verdade, eles estão lá para fazer a cobertura de um
evento de motos, mas logo desistem do trabalho para chutarem o balde usando todos os tipos de
drogas. Esse seria um enredo qualquer se não tivesse sido escrito pelo pai do jornalismo gonzo,
que retrata de forma autobiográfica e sem qualquer compromisso com a objetividade a época da
contracultura, seus fracassos e a fuga da realidade por meio das drogas, fazendo uma crítica ao
governo Nixon e à sociedade de consumo. Atenção às ilustrações viscerais de Ralph Steadman.
(Conrad; R$ 45)
Sidarta
Prêmio Nobel de Literatura em 1946, o alemão Herman Hesse (1877-1962), conta a história de um
homem em busca do autoconhecimento. Mais do que isso, o livro fala de Sidarta, que apesar de
ter o mesmo nome de Sidarta Gautama, o Buda, realiza sua trajetória pela Índia ligado aos prazes
mundanos e materiais. Até que sua vida encontra um sentido maior. Prato cheio para os
interessados pela cultura oriental, Sidarta é um convite à descoberta da mística e dos
ensinamentos hindus. (Record; R$ 39,90)
On the Road: Pé na Estrada
Um dos livros mais comentados do século 20, desvenda o lado divertido da viagem dos jovens
inteligentes e de personalidade marcante Sal Paradise e Dean Moriaty. Os dois atravessam os
Estados Unidos de costa a costa compartilhando paixões como o jazz e a literatura em uma
jornada de lirismo e transgressão pelo interior do país. A obra-prima de Jack Kerouac (1922-1969),
um dos principais expoentes da cultura beatnik, influenciou a geração dos anos 60 a botar jogar a
mochila nas costas e pôr o pé na estrada. (L&PM – R$ 21)
Tristes Trópicos
O ensaio do antropólogo e filósofo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009) revela detalhes dos
povos indígenas do Brasil central durante sua estada por aqui entre os anos de 1935 e 1939. Vale a
pena conhecer as lúcidas reflexões sobre sociedades indígenas como os tupis, os caduvéus, os
nambiquaras e os bororós pelas mãos de um dos maiores e mais aclamados pensadores
contemporâneos. (Companhia das Letras; R$ 72,50)
Mongólia
Estruturado a partir de um diálogo entre o diário de um fotógrafo desaparecido nos montes Altais
e as anotações de um diplomata brasileiro que tem a missão de encontrá-lo, o romance do
jornalista brasileiro Bernardo Carvalho dá uma amostra das belezas inefáveis do país do imperador
Gengis Khan. “Na Mongólia, a terra reflete o céu. A sombra das nuvens corre pelo deserto e pelas
estepes. O céu está sempre tão perto. A paisagem não se entrega. O que você vê não se
fotografa”, escreve. (Companhia das Letras – R$ 45)
Em Trânsito: Um ensaio sobre narrativas de viagem
A tese de doutorado do jornalista gaúcho Renato Modernell resultou nesta abordagem das
narrativas das viagens de pessoas que tiveram suas vidas transformadas a partir dessas
experiências. O autor pesquisou as histórias dos aventureiros Nick Tosches, Antonio Tabicchi e
Tiziano Terzani, que, não à toa, são também jornalistas que relataram suas impressões em livros.
Entre na onda e descubra que viajar para fora é fazer também uma viagem para dentro de si.
(Editora Mackenzie; R$ 30)
Literatura de Viagens: Tinta da China
Os livros da coleção de literatura de viagens escolhidos por Carlos Vaz Marques para a editora
portuguesa são um primor. A série composta por 15 livros chama a atenção pelas belas capas e
seus autores célebres, que narram histórias sobre lugares como o Japão, Afeganistão, Etiópia,
Paris e Veneza. Entre eles estão o “Caminhar no Gelo – Munique e Paris, de 23 de Novembro a 14
de Dezembro de 1974”, de Werner Herzog, “Disse-me um Adivinho – Em viagem pelos mistérios
do Extremo Oriente”, de Tiziano Terzani, “Jerusalém Ida e Volta”, de Saul Below e “Uma ideia da
Índia”, de Alberto Moravia.
Dublinesca
O livro de Enrique Vila-Matas narra a história de um renomado editor catalão, Samuel Riba, que
chega à meia-idade imerso numa profunda crise existencial, amorosa, sentimental e histórica.
Abstêmio e aposentado, troca o álcool pelo computador e ressente-se da falta de uma vida social.
Riba deseja estar em Nova York, “o centro do mundo”, onde vive seu amigo Paul Auster. Mas seu
provincianismo, e a vontade de dar o que chama de “salto inglês”, o faz buscar refúgio em Dublin,
na Irlanda, onde, guiado pelo Ulysses, de James Joyce, e imaginando-se testemunha da grande
crise editorial do século – o atropelo do livro impresso pelo digital –, Riba pretende comemorar o
bloomsday e promover um “funeral íntimo” de uma época: velar a passagem da era de Gutenberg
para a do Google.

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