Receita libera a verificação de débitos com o Simples
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Receita libera a verificação de débitos com o Simples
Segunda-feira 29 de dezembro de 2014 Jornal do Comércio - Porto Alegre Economia 9 TRIBUTOS Receita libera a verificação de débitos com o Simples Nacional A Receita Federal coloca à disposição dos contribuintes, a partir desta segunda-feira, o serviço que permite aos contribuintes acessar a relação dos débitos motivadores da exclusão de ofício do Simples Nacional. A consulta poderá ser feita por meio do Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC ), no site www.receita.fazenda.gov.br. Para usar o serviço, o contribuinte deve acessar, na sequência, as seções empresa/Simples Nacional/consulta débitos após o prazo para regularização - Sivex. O Simples Nacional é um regime especial de tributação para as micro e pequenas empresas, que permite aos negócios reunir oito impostos - seis federais, além do ICMS e do ISS - em uma única guia de recolhimento. As alíquotas cobradas também são menores. Neste ano, o Simples Nacional foi ampliado para todo o setor de serviços, com a inclusão de 140 novas categorias que incluem profissionais como advogados, corretores, consultores, arquitetos, engenheiros, jornalistas, publicitários, fisioterapeutas e outras atividades da área de saúde que antes eram impedidas de ingressar na categoria. O governo estima que cerca de 450 mil micro e pequenas empresas poderão ser beneficiadas. Conforme as novas regras do Supersimples, o enquadramento de empresas no regime especial passou a ser pelo faturamento. Com isso, qualquer empresa da área de serviço, que fature até R$ 3,6 milhões por ano, pode ingressar no regime diferenciado de tributação. A adesão ao Simples Nacional poderá ser feita até o último dia útil de janeiro de 2015. Segundo a Receita, as empresas que estão em atividade têm a opção de informar antecipadamente que vão aderir ao sistema. Para empresas recém-abertas, o prazo para solicitação de opção é de 30 dias contados, após a inscrição legal. A nova carga tributária começará a valer a partir de janeiro de 2015. Grupos com pendências cadastrais e/ou fiscais com algum ente federativo não podem se inscrever. MARCOS NAGELSTEIN/JC A adesão ao regime especial poderá ser feita até o último dia útil de janeiro de 2015 Empresas recém-abertas têm prazo específico Por credibilidade, mercado será ouvido sobre dados fiscais A gestão das contas públicas está tão desacreditada pela contabilidade criativa do primeiro governo de Dilma Rousseff que o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pensa em buscar apoio no mercado financeiro para fazer projeções. A exemplo do que faz o Banco Central, que afina suas projeções econômicas com a percepção de bancos e corretoras por meio de uma pesquisa semanal chamada Focus, a ideia é fazer um “Focus fiscal”. O objetivo é aumentar a transparência sobre o andamento das contas públicas. Hoje, uma queixa frequente dos analistas de mercado é que eles são surpreendidos diariamente com novas manobras contábeis que dificultam o acompanhamento da real situação fiscal. A ponto de bancos e consultorias começarem a fazer cálculos independentes sobre o resultado das contas públicas. Mas, diferentemente do Focus do Banco Central, o “Focus fiscal” não seria uma pesquisa coordenada pelo governo. A ideia é deixá-la com o próprio mercado. O alinhamento com projeções do mercado não é uma exclusividade brasileira. O futuro ministro também analisou os modelos utilizados na Alemanha e no Reino Unido.