V Fórum - Repensando a Educação tendo em vista as transformações
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V Fórum - Repensando a Educação tendo em vista as transformações
A INFLUÊNCIA DA INDISCIPLINA EM SALA DE AULA Larissa Siewk Silva co-autora: Carmela de Souza Maquiaveli 1 INTRODUÇÃO O titulo deste projeto é ”A influência da indisciplina em sala de aula “ , tem como objetivo conscientizar os pais da importância da disciplina em sala de aula .Pois muitos pais que optam por manter seus filhos na escola desde de cedo ou o mais tempo possível, acham a escola é responsável pela educação dos mesmos,quando a escola reclama de maus comportamentos ou das indisciplinas dos alunos, os pais jogam a responsabilidade sobre ela .Porém ao observar o cotidiano escolar, vemos reclamações e relatos dos funcionários e até mesmo da diretora, e estes também destacaram a questão disciplinar como uma das dificuldades fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho escolar. Muitos professores destacam que o ensino teria como um de seus obstáculos centrais a conduta desordenada dos alunos, como: bagunça, tumulto, falta de limites, mau comportamento, desrespeito A indisciplina, no âmbito educacional, é a manifestação de um individuo ou de um grupo com um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência, desacato, traduzida na falta de educação ou de respeito pelas autoridades, na bagunça ou agitação. Como também na incapacidade do aluno (ou alunos) em se ajustar às normas e padrões de comportamento esperados. A comunidade escolar comunidade escolar ,pais, educadores ,alunos deve compreender a importância da disciplina em sala de aula com isso os alunos melhoram sua aprendizagem e aprendem a cumprir regras morais e convencionais.Lembrando que a disciplina deve ser vista como um conjunto de prescrições e, principalmente, como um pré-requisito para o bom aproveitamento do que é oferecido na escola. Com isso há uma melhora para seguir as regras que são imprescindíveis e desejados de cada aluno em sala de aula. JUSTIFICATIVA Um professor tem como objetivo principal em sala de aula ensinar seus alunos a ler e a escrever ,porém muitas vezes são barrados de fazer este trabalho que é básico ,pois tem que parar a todo momento para chamar a atenção de alunos que o interrompem no momento da explicação ou por outros motivos. Pode ser feito um trabalho de esclarecimento sobre o que podemos realmente considerar indisciplina criando uma consciência e orientando os pais que ás vezes para disciplinar uma criança precisa de tempo e dedicação e saber dizer não na hora certa. Pensando desta forma desenvolvi um trabalho de pesquisa bibliográfica para tentar colaborar com a comunidade escolar compreendendo um pouco o que a disciplina pode ajudar em sala de aula . 1.1 PROBLEMA Qual é o reflexo da indisciplina em sala de aula ? 1.2 HÍPÓTESE Acredita-se que com orientação através de palestras a comunidade escolar ,pais, educadores ,alunos podem compreender a importância da disciplina em sala de aula pois os alunos melhoram sua aprendizagem e aprendem a cumprir regras morais e convencionais. 1.3 OBJETIVO GERAL -Compreender melhor os benefícios que os alunos disciplinados conseguem desenvolver em sala de aula . 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Entender sobre o que é exatamente indisciplina em sala de aula; - Conhecer os métodos para melhorar a indisciplina ; -Orientar a comunidade escolar sobre os benefícios da disciplina em sala de aula. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 DISCIPLINA E INDISCIPLINA A maioria das pessoas entendesse por disciplina a adequação do comportamento do aluno com aquilo que o professor deseja. Considera-se ainda que, disciplina é o comportamento do aluno previamente esperado pelo professor,mais disciplina é o respeito das regras morais,éticas e convencionais o contrario disso é o que se conhece por indisciplina que está ligada na maioria das vezes ao âmbito escolar. De acordo com as conclusões de Vasconcelos (1994,p.13)constata que: É claro que tudo isto perturba e muito o educador ,mas se esta indisciplina for comparada com a social – fome ,mortalidade infantil , desemprego , nazismo ,trafico de droga ,corrupção ,favela ,pichação ,assalto , seqüestro ,roubo ,trote danificação dos equipamentos públicos lixo no chão ,desrespeito á faixa de pedestre ,excesso de velocidade ,passar em sinal vermelho ,dar troco com bala ou chiclete ,não registro de funcionários ,não emissão de nota fiscal,não pagamento de imposto de renda extermínio de crianças,etc.- até que a indisciplina escolar não é tão grave ... As manifestações de indisciplinados dos alunos , podem ser vistas como uma forma de se mostrar para o mundo sua existência, em muitos casos o aluno tem somente a intenção de ser ouvido por alguém, então para muitos indisciplinados a rebeldia é uma forma de expressão. Ela cresce frequentemente, produto de uma sociedade na qual os valores humanos tais como o respeito, o amor, a compreensão, a fraternidade, a valorização da família e diversos outros foram ignorados. Devemos dar relevância ao aspecto familiar , diferentes problemas podem acarretar na indisciplina escolar, talvez esse aluno conviva em um lar desestruturado onde os pais não se respeitam e assim reproduzem o que presencia em casa na escola. Podem existir problemas psicológicos e sociais atingem diretamente o rendimento escolar, mais precisamente no fenômeno da indisciplina que se tornou, nos últimos anos, um dos principais problemas da educação no Brasil. De acordo com as conclusões de Vasconcelos (1994,p.21)constata que: Segundo muitos professores ,nunca a situação em sala de aula esteve tão difícil como agora.Teria piorado a indisciplina nos últimos trinta/quarenta anos? A tendência é dizer que sim ,principalmente se considerarmos em termos do nível de decibéis de ruído em sala de aula ...No entanto, poderíamos questionar : de que tipo de indisciplina estamos falando : apenas da ativa ou também da passiva?Neste segundo caso ,as coisas já não ficam tão claras ...o fato é que indisciplina normalmente preocupa o professor é a ativa e esta objetivamente parece ter aumentado. Observando o cotidiano escolar, vemos reclamações e relatos dos funcionários e até mesmo da diretora, e estes também destacaram a questão disciplinar como uma das dificuldades fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho escolar. Segundo os professores, o ensino teria como um de seus obstáculos centrais a conduta desordenada dos alunos, como: bagunça, tumulto, falta de limites, mau comportamento, desrespeito.A conquistar da disciplina em sala de aula e na escola tornou-se um verdadeiro desafio para o ensino atual, tanto nas instituições de âmbito público como privado e merece uma séria reflexão A disciplina é importante para a aprender, não visando só as condições individuais, mais também deve se visar a criação de um ambiente, um clima, que ajude as pessoas a aprender. Cada um deve contribuir com o seu modo de ser e estar pronto para ajudar a construir um ambiente escolar estimulante. De acordo com as conclusões de Vasconcelos (1994,p.21)constata que: A situação em sala de aula é intrincada ,pois ali se entram vários seres imerso em processo de alienação .Cabe ao educador ,como ser mais experiente e maduro ,tomar a iniciativa de buscar romper o circulo da alienação .No processo de construção da disciplina consciente e interativa ,há que se enfrentar a alienação ,a brutalização tanto do próprio educador ,quando doa aluno ( bem como dos pais ,etc.) Ela parece ser vista como obediência cega a um conjunto de prescrições e, principalmente, como um pré-requisito para o bom aproveitamento do que é oferecido na escola, as regras são imprescindíveis ao ordenamento, ajustamento e controle desejados de cada aluno e da classe como um todo. É pode se observar que qualquer inquietação, questionamento, discordância, conversa ou desatenção por parte dos alunos é entendida como indisciplina, já que busca obter a tranqüilidade, o silêncio, a docilidade, a passividade dos alunos dos exercícios passados pelo professor. Muitas vezes a falta de firmeza dos pais e educadores, leva a criança a impor a sua vontade. E determina o que vai comer, o que vai vestir, que programa assistir na televisão, como deve ser mobiliado seu quarto.Com isso se acostumados desde cedo a impor sua vontade não aceitando ser contrariados,começando está reação desde de cedo sendo elas conhecida como espernear, gritar, chorar ou alegar doença para realizar todas as suas vontades depois acabam por praticar atos mais graves que preocupam a todos;pois se tornam indisciplinados. 2.3 A importância de uma presença ativa dos pais no crescimento e amadurecimento de seus filhos A maioria dos pais acham que quando seus filhos vão crescendo precisam de estarem ativos no seu crescimento e amadurecimento não ,pois não compreendem que possuem um papel fundamental no desenvolvimento de seus filhos . Eles acham que seus filhos vão crescer e não precisam de sua ajuda para compreender que, existe muitos caminhos e sempre devemos escolher um. Os pais possuem grande influência nas habilidades que os filhos desenvolvem perante a sociedade ,nestas habilidades podemos incluir a vivencia amigável com o outro ,o agir com inteligência de maneira responsável e a comunicação mútua ,entre outras habilidades essenciais para viver em sociedade. De acordo com as conclusões de Weber (2005 p.41) constata que : A primeira questão que devemos entender é que os papéis de mãe e de pai ajustam –se a cada idade da criança ,assim como se ajustam à época .É um processo dinâmico .Mantenha suas expectativas de maneira realista e entenda algumas questões que fazem parte da idade do seu filho. As crianças quando nascem são totalmente dependente dos pais aos poucos vão se tornando independente mais não totalmente os filhos precisaram sempre da ajuda dos pais . De acordo com as conclusões de Weber (2005 p.44) constata que: “Lembra-se que a idéia de “desenvolvimento” indica que ocorrem alguns picos em determinadas áreas,mas isso não é tão rígido quanto se pensam há alguns anos .Não é porque a criança completou sete anos que passará inevitavelmente a outro estágio .Depende de toda a sua história de vida .Diversas esfera do comportamento podem em fases diferentes do que se chama de “maturidade” 2.4 A qualidade da participação dos pais na vida escolar de seus filhos A educação está em todos os lugares ,muitos pais acha que lugar de educar é na escola com os professores .Esquecendo sempre que a vida escolar do seu filho deve sempre ser acompanhada por ele ,pois os pais tem um papel fundamental e importantíssimo a desenvolver no âmbito escolar juntamente com seus filhos. De acordo com as conclusões de Brandão (1980/1989) p.7 constata que: Ninguém escapa da educação .Em casa na rua ,na igreja ou na escola ,de modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela : para aprender ,para ensinar ,para aprender - e - ensinar .Para saber ,para fazer ,para ser ou para conviver ,todos os dias misturamos a vida com a educação .Com uma ou com várias :educação? 3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS A pesquisa será bibliografica e depois segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo. Ainda de acordo com Cervo e Bervian (1976, p. 69) “qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa”. Ciente ambos que a pesquisa bibliográfica é um excelente meio de formação e juntamente com a técnica de resumo de assunto ou revisão de literatura, constituí geralmente o primeiro passo de toda pesquisa científica. 4 CONCLUSÃO Pode-se concluir que hoje em dia os professores estão encontrando junto ao ensino alguns obstáculos que interfere na aprendizagem dos alunos ,um dele é a indisciplina fazendo que os alunos tenham a conduta desordenada como: bagunça, tumulto, falta de limites, mau comportamento, desrespeito.O professor tem que ante de ensinar estabelecer a disciplina em sala de aula e na escola ,isso é o verdadeiro desafio para o ensino atual, tanto no ensino público como privado . 5 QUESTIONÁRIO 1)Par você o que disciplina? 2)Você acha que existe educação sem disciplina ? 3) Para você é importante o acompanhamento dos pais no crescimento de seus filhos ? 4)Você acha necessário que os pais acompanhe seus filhos no âmbito escolar? REFERÊNCIAS Origem :Educador Brasil escola .Disponível em: www.educador.brasilescola.com/.../indisciplina-escolar Acesso em :01 de novembro de 2009 ás 18:20 VASCONCELOS,DISCIPLINA:Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola,São Paulo ,Sp.Caderno Pedagógicos do Libertad.1994.3ºedição INDISCIPLINA, Nova Escola,p.78 ,outubro ,2009. WEBER,Ligia,Eduque com carinho Curitiba /Pr .Juruá .2005.1ª edição ATUNES,Professor bonzinho =aluno difícil : A questão da indisciplina em sala de aula,Petrópolis ,RJ:vozes,2002,2ª edição http://pt.wikipedia.org/wiki/Criança Acesso em 05 de setembro de 2010 ás 15:15 http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/13962 Acessado em 12 de setembro de 2010 ás 19:30 DIREITOS HUMANOS DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO EUGÊNICO Bruno Maidl 1. INTRODUÇÃO No presente estudo será analisada a questão da descriminalização do aborto de feto anencefálico na legislação penal brasileira. Cumpre salientar que a discussão sobre o aborto de feto anencefálico, aborto eugênico, é muito combatido no ordenamento jurídico brasileiro, o qual traz, contudo uma normatização muito clara a respeito do tema. Será realizada uma análise da questão em comento sob a ótica da medicina e do campo jurídico, demonstrando a questão doutrinária, jurisprudencial e prática sobre o assunto. O que será feito com o desiderato de proporcionar a viabilidade da descriminalização do aborto de feto anencéfalo, tema que gera um árduo debate no direito atual em razão de serem aplicados preceitos religiosos em uma área extremamente técnica e bem delimitada pelo ordenamento jurídico. 2. JUSTIFICATIVA O estudo que será realizado visa a complementação de temas que abrangem a medicina, o direito penal e o direito processual penal, com o ensejo de auxiliar, depois de concluído, para formação de uma fonte de pesquisa futura, esclarecendo os aspectos práticos e legais do aborto eugênico enquanto crime no Brasil. 3. OBJETIVO GERAL Analisar a questão do aborto de feto anencefálico enquanto crime no direito penal brasileiro. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3.2.1. Analisar a legislação brasileira, a doutrina jurídica e médica e a jurisprudência sobre o assunto, especialmente no tocante ao tipo penal que a descreve como crime. 3.2.2. Demonstrar a ausência de liame entre o tipo penal que descreve a conduta de aborto como crime e a retirada fetos anencéfalos do corpo das gestantes. 4. PROBLEMA O ordenamento jurídico brasileiro realmente considera o aborto de fetos anencéfalos como sendo crime? 5. REFERÊNCIAL TEÓRICO Há tempos os Comitês da ONU que tratam sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, bem como, sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher, recomendam ao Estado brasileiro que sejam adotadas medidas garantidoras do pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. Ambas as propostas, enfatizam a necessidade da revisão da legislação brasileira no que toca à punição contra o aborto, visto que no Brasil este é um problema de saúde pública, vez que, estatisticamente, acontecem aproximadamente dois abortos clandestinos por minuto no território brasileiro. Neste diapasão, existem mais de 33 (trinta e três) propostas de alteração da legislação sobre o aborto no Congresso Nacional. Devido a isto, na certeza de uma postura séria do poder judiciário, louvando o seu papel em um Estado laico, que seja assegurado, sobretudo, a vida, a saúde, o respeito e a dignidade da pessoa humana. Assim, há de ser ressaltado o disposto no artigo 1°, inciso III da nossa Carta Magna, vejamos: “Art. 1º CF/88 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) III - a dignidade da pessoa humana” (Grifei). Imagine-se a grave perturbação psíquica e o enorme sofrimento imposto à gestante de um feto anencefálico pelo continuísmo de uma gravidez que terá, indubitavelmente, como seu fruto um natimorto. Ora, o continuísmo desse tipo de gravidez seria uma afronta a dignidade da pessoa humana, que se trata, além de um preceito constitucional, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Além do que, existe um enorme percentual de comprometimento da saúde psíquica da gestante, já que existem graves implicações do ponto de vista médico por dar continuidade a uma gestação de um feto anencefálico, visto que o líquido amniótico produzido pela gestante, em contato com o cérebro do feto pode ocasionar, abortamento espontâneo, sangramentos, risco de infecções graves, inclusive risco de morte à gestante por anemia. Nesse passo, vejamos o que dispõe o artigo 196 da Constituição Federal de 1988: “Art. 196. CF/88 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (Grifei). Convém ressaltar que a discussão sobre o tema é muito mais extensa e, analisando-a pelo ângulo jurídico, não podemos trazer para um tema que possui consistência técnica, princípios religiosos ou fundamentos jus naturalistas, que discutem a realidade do direito e induzem a irracionalidade. Devemos levar em consideração que em 1990, o Conselho Federal de Medicina, frente ao avanço da medicina no Brasil, trouxe a tona uma nova realidade à classe médica, com a finalidade de embasar uma nova postura jurídica, ensejando uma proposta para a reformulação do Código Penal. A indagação que deve ser feita é se a interrupção da gravidez de um feto anencefálico pode ser considerada prática abortiva. A resposta que encontramos é negativa; porque o Código Penal não conceituou aborto, simplesmente o mencionou citando condutas, contudo sem afirmar o que realmente seja tal prática. Verifica-se assim, que só pode haver aborto se existir possibilidade de vida ou de sobrevida do feto. Não há que se falar em aborto se o feto não possui qualquer condição de sobrevivência posterior ao parto, visto que o feto anencefálico é uma patologia. Assim, vejamos o disposto no artigo 5°, caput, da nossa Carta Magna e no artigo 2° do Novo Código Civil: “Art. 5º. CF/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes” (Grifei). “Art. 2° CC A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” (Grifei). Ora, a única vida em risco é a da gestante, não existe possibilidade de vida ao feto anencefálico, bem como o feto não pode ser posto a salvo pelo artigo supra, vez que o nascituro é pessoa nascida viva, enquanto que o feto anencefálico nunca será um nascituro, será um natimorto. Vejamos o que diz a professora DÉBORA DINIZ, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Bioética da Universidade de Brasília na sua obra, Aborto Seletivo no Brasil e os alvarás judiciais: “A ausência dos hemisférios cerebrais, ou no linguajar comum “a ausência de cérebro”, torna o feto anencéfalo a representação do subumano por excelência. Os subumanos são aqueles que, segundo o sentido dicionarizado do termo, se encontram aquém do nível humano. Ou, como prefere Jacquard, aqueles não aptos a compartilharem da “humanitude”, a cultura dos seres humanos.” (Grifei). Não se trata de uma interrupção da gravidez, mas sim do fato indiscutível de que o feto não terá sobrevida, porque se trata de uma patologia, um ser inumano. Além do que, se existe a possibilidade da gestante correr risco de vida, evidente que o direito à sua saúde deve prevalecer frente ao do feto que não possui sequer expectativa de vida extra-uterina, vejamos o que dispõe o artigo 128, inciso I, do Código Penal sobre o assunto: “Art. 128 CP Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante” (Grifei). A continuidade da gestação se trata de um risco à vida da gestante, bem como à sua integridade física. Em razão deste risco invoca-se o disposto no artigo 23, inciso I do CP: “Art. 23 CP Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade” (Grifei). Patente nos casos concretos o Estado de Necessidade das gestantes, em razão do quadro de risco e do intenso trauma psicológico que terá de suportar em razão da situação, fatos estes, que trazem elevado risco à saúde física, psíquica e à vida das gestantes. Nesta toada, um dos requisitos principais para que seja configurado o Estado de Necessidade é o sacrifício de um bem jurídico inferior ou equivalente ao que se pretende proteger, o que se aplica no presente caso. Vejamos que o feto anencefálico (cabeça fetal com ausência de calota craniana e cérebro rudimentar) padece de uma condição incompatível com a vida em 100% (cem por cento) dos casos, uma vez que ocorre a morte intra-uterina em 80% (oitenta por cento) dos casos e no período neonatal precoce nos outros 20% (vinte por cento) dos casos, tal fato ocorre por não existir vida. O feto que chega ao final da gestação, só atingiu tal estágio, porque estava ligado à gestante através do cordão umbilical. Imperioso salientar que se a legislação é omissa ou dúbia no presente caso, inclusive existindo permissivos legais para a realização da prática abortiva, vejamos o disposto no artigo 5°, inciso II, da Constituição Federal de 1988: “CF/88 Art. 5°, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (Grifei). Dessa forma, a gestante não poderá ser obrigada a deixar de realizar a extração do feto anencefálico, visto que este carece de atividade cerebral, e estando o cérebro morto, juridicamente falando, não existe vida, e não existindo vida, inexiste lei que tipifique tal prática como sendo criminosa. No tocante ao entendimento doutrinário, imperioso ressaltar que por ser um assunto técnico, a concepção da vida não se finda ao meio jurídico, especialistas da área médica em muito influenciam tal matéria, devido a isto, vejamos como descreve anencefalia WILLIAM BELL na obra, Doenças do recém nascido, obra coletiva, Interamericana, 4ª ed., 1979, p. 627: “malformação letal na qual a abóbada do crânio é ausente e o crânio exposto é amorfo” (Grifei). Neste passo, ANGELO MACHADO, no livro, Neuroanatomia funcional, Livraria Atheneu, 1979, p.11, aduz o seguinte sobre o encéfalo: “parte do sistema nervoso central situada dentro do crânio neural” (Grifei). Assim, inegável que o feto anencefálico não possui condições de vida extra-uterina, vejamos ainda, o que diz WILLIAM BELL, quanto à sobrevivência do feto anencefálico: “Entre 75 e 80 por cento desses recém-nascidos são natimortos e os restantes sucumbem dentro de horas” (Grifei). Esta é a realidade da anencefalia, que atualmente pode ser detectada através do ultrasom, ainda no ventre materno. Contudo, em 1940, quando foi editado o Código Penal que vige até a presente data, não havia tecnologia suficiente para mensurar com certeza, a respeito da má formação do feto, razão pela qual não era admitido o aborto no feto anencefálico. Porém, não é o que acontece na atualidade, visto que a medicina avançou de forma considerável e, conseqüentemente, o direito deve avançar junto, sob pena de ficar obsoleto. Nesta toada, vejamos o que diz o renomado jurista NELSON HUNGRIA, a respeito da gravidez extra-uterina na obra, Comentários ao código penal, Forense, 1958, vol. V, p. 207 e 208: “O feto expulso ( para que se caracterize aborto) deve ser produto fisiológico, e não patológico. Se a gravidez se apresenta como um processo verdadeiramente mórbido, de modo a não permitir sequer uma intervenção cirúrgica que pudesse salvar a vida do feto, não há falar-se em aborto, para cuja existência é necessária a presumida possibilidade de continuação da vida do feto” (Grifei). Não pode ser desconsiderada, em matéria penal, a opinião deste renomado jurista, que em muito contribuiu para o direito penal atual. Ademais a Ordem dos Advogados do Brasil, pela seccional da Bahia, aprovou em 2004 uma resolução que considera a interrupção da gravidez em caso de anencefalia como não sendo aborto, logo como um indiferente penal. (Informação obtida in GAIOTTI, Thais Tech; SHINZATO, Simone. Visão Jurídica a respeito do aborto de fetos portadores de anencefalia. DireitoNet, São Paulo, 21 de outubro de 2004). Contudo, não deve ser desconsiderado o risco que a continuidade da gravidez em epigrafe traz às gestantes, invocando assim, a interpretação do artigo 128, inciso I do Código Penal, nas palavras do jurista GUILHERME DE SOUZA NUCCI in Código Penal Comentado, Revista dos Tribunais, 6ª ed., 2006, p. 553/557: “Nenhum direito é absoluto, nem mesmo o direito à vida. Por isso, é perfeitamente admissível o aborto em circunstâncias excepcionais, para preservar a vida digna da gestante. Em continuidade a essa idéia, convém mencionar a posição de Alberto Silva Franco, ao dizer não ser inconstitucional o “sistema penal em que a proteção à vida do não-nascido cedesse, ante situações conflitivas, em mais hipóteses do que aquelas em que cede a proteção penal outorgada à vida humana independente (...) algumas decisões de juízes têm autorizado abortos de fetos que tenham graves anomalias, inviabilizando, segundo a medicina atual, a sua vida futura. Seriam crianças que fatalmente morreriam logo ao nascer ou pouco tempo depois. Assim, baseando-se no fato de que algumas gestantes, descobrindo tal fato, não se conformam com a gestação de um ser completamente inviável, abrevia-se o sofrimento e autoriza-se o aborto, o juiz invoca, por vezes, a tese da inexigibilidade de conduta diversa, por vezes a própria interpretação da norma penal que protege a “vida humana” e não a falsa existência, pois o feto só está “vivo” por conta do organismo que o sustenta. A tese da inexigibilidade, nesse caso, teria dois enfoques: o da gestante, não suportando carregar no ventre uma criança de vida inviável; o do médico, julgando salvar a genitora do forte abalo psicológico que vem sofrendo. A medicina, por ter meios, atualmente, de detectar tais anomalias gravíssimas, propicia ao juiz uma avaliação antes impossível. Até este ponto, cremos ser razoável a invocação da tese de ser inexigível a mulher carregar por meses um ser que, logo ao nascer, perecerá.” (Grifei). Em razão do exposto, inegável que o entendimento doutrinário embasa o entendimento delineado em todos os seus termos, amoldando-se perfeitamente ao caso concreto. Estando a legislação pátria e o entendimento doutrinário de acordo, não poderia a jurisprudência configurar-se de modo diverso, vejamos os seguintes julgados sobre o assunto: “Apelação cível. Alvará judicial. Antecipação terapêutica do parto. Feto anencefálico. Exames médicos comprobatórios. Viabilidade do pleito. Não se pode lançar mão dos avanços médicos, mormente, em casos de anencefalia cabalmente comprovada, cujo grau de certeza é absoluto acerca da impossibilidade de continuidade de vida extra-uterina do feto anencefálico por tempo razoável. Para haver a mais límpida e verdadeira promoção da justiça, é de fundamental importância realizar a adaptação do ordenamento jurídico às técnicas medicinais advindas com a evolução do tempo. Vale dizer, o direito não é algo estático, inerte, mas sim uma ciência evolutiva, a qual deve se adequar à realidade. Seja pela inexigibilidade de conduta diversa, causa supra legal de exclusão da culpabilidade, seja pela própria interpretação da lei penal, a interrupção terapêutica do parto revela-se possível à luz do vetusto Código Penal de 1940. Considerando a previsão expressa neste diploma legal para a preservação de outros bens jurídicos em detrimento do direito à vida, não se pode compreender por qual razão se deve inviabilizar a interrupção do parto no caso do feto anencefálico, se, da mesma maneira, há risco para a vida da gestante, com patente violação da sua integridade física e psíquica, e, ainda, inexiste possibilidade de vida extra-uterina. Dentre os consectários naturais do princípio da dignidade da pessoa humana deflui o respeito à integridade física e psíquica das pessoas. Evidente que configura clara afronta a tal princípio submeter a gestante a sofrimento grave e desnecessário de levar em seu ventre um filho, que não poderá sobreviver. Não bastasse a gravíssima repercussão de ordem psicológica, a gestação de feto anencefálico, conforme atestam estudos científicos, gera também danos à integridade física, colocando em risco a própria vida da gestante. Ademais, com o advento da Lei n° 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, adotou-se o critério de morte encefálica como definidor da morte. Nessa linha, no caso de anencefalia, dada a ausência de parte vital do cérebro e de qualquer atividade encefálica, é impossível se cogitar em vida, na medida em que o seu contraponto, a morte, está configurado. (TJMG, Processo 1.0079.07.343179-7/001[1], Rel. Cláudia Maia, DJ 10/8/2007) (Grifei). “Habeas Corpus”. Anencefalia. Alvará de autorização para intervenção cirúrgica. Presença do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”. Feto portador de anencefalia, observada a presença de diversas anomalias. A Comissão de Ética Medica do Instituto Fernandes Figueira, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz, emitiu parecer favorável à interrupção da gravidez, por se tratar de concepto portador de graves mas formações no sistema nervoso central, incompatíveis com a vida extrauterina, tornando a gestação freqüentemente complicada por polidramnia, que acarreta graves conseqüências à saúde da gestante. Precedentes jurisprudenciais. A intervenção se faz necessária, justificada a realização da intervenção cirúrgica para remoção de feto anencefálico pelo estado de necessidade, reconhecendo-se o perigo de grave dano à pessoa, em face das conseqüências morais, familiares e sociais do parto. Conduta atípica por não atingir qualquer bem jurídico penalmente tutelado. Ordem concedida. (Des. DES. SUELY LOPES MAGALHAES, Julgado em 27/01/2005, Processo 2004.059.06681 (TJRJ), HABEAS CORPUS, ANENCEFALIA, ABORTO, ALVARA DE AUTORIZACAO) (Grifei). Ainda a descrição resumida de decisão que autorizou aborto no Rio de Janeiro através da matéria jornalística do Jornal O Globo, 20 de novembro de 2003, ‘Justiça autoriza aborto em jovem de 18 anos’, processo n° 2003.050.05208 – 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vejamos: “Trata-se de apelação interposta contra sentença proferida em primeiro grau de jurisdição, onde o julgador indeferiu pedido formulado pela combativa Defensoria Publica, no sentido de ser expedido alvará de autorização para que Gabriela Oliveira Cordeiro interrompesse inviável gravidez, eis que, realizados exames, constatou-se padecer o feto de anencefalia, o que torna inviável a vida pósnatal. A inicial do requerimento (fls. 02 a 09) veio instruída pelos documentos de fls. 10 a 22. Inconformados com a extinção do feito, as partes requerentes interpuseram recurso de apelação (fls. 23), sustentando nas razoes de fls. 24 a 27 que se trata de hipótese excepcional, pelo que urge a concessão liminarmente de autorização para que a gestante tenha interrompida a gravidez, ante a inviabilidade de vida pós-natal do feto, conforme fartamente demonstrado nos autos. O MP, em contra-razoes de lavra da Promotora de Justiça, Dra. Soraya Taveira Gaya, manifestou-se favoravelmente a pretensão trazida nestes autos, juntando ela própria documentação (inclusive fotogramas) sobre a anomalia de que padece o feto, na hipótese tratada nos autos. A Procuradoria de Justiça (fls. 39-v e 40), formulou pedido de diligencias. E O RELATORIO. DECISAO - A hipótese trazida nestes autos não e de fácil solução, eis que, trata-se de uma vida que esta em curso, mas, registre-se, fadada, inexoravelmente, ao óbito logo apos o parto. A noticia da vinda de um filho e motivo de imensa alegria. Incontáveis projetos começam a ser traçados, imaginando-se um futuro repleto de alegria e realizações para a família que começa a se formar. Mas, sobrevindo a noticia de que o feto padece de patologia irreversível e incontornável, fácil imaginar-se o desespero, a tristeza que toma conta dos pais. Saber que se traz no ventre um ser tão amado, mas fadado a morte tão logo nasça. Louve-se a iniciativa do casal que, ao invés de recorrer a ilegalidade, buscou junto ao Judiciário obter a interrupção da gravidez. Não se pode ficar insensível ao sofrimento desta mãe. Mais do que qualquer outra pessoa, a apelante busca um fim ao seu sofrimento, positivado cabalmente nos autos as fls. 12 pelo atestado medico que refere-se a "estado emocional abalado, necessitando de cuidados especiais". A anencefalia do feto e atestada pelo documento juntado as fls. 13, que "apresentando feto com malformação grave do sistema nervoso central (cabeça fetal com ausência de calota craniana e cérebro rudimentar", concluindo que "é incompatível com a vida pós-natal". A vida e bem a ser preservado a qualquer custo. Mas e quando a vida se torna inviável, pois e certo que o bebe em gestação não sobrevivera apos o parto. E justo condenar-se a mãe a meses de sofrimento, de angustia, de desespero, quando, desde logo, já se sabe que o feto esta condenado de forma irremediável ao óbito, logo apos o parto. Não se trata de doença fetal, mas de um embrião sem cérebro. Desesperados, os pais vem as portas do Judiciário buscar uma solução legal para o sofrimento que sobre eles se abateu. Buscam a legalidade, o que demonstra nobreza de sentimentos e obediência a ordem jurídica vigente. Nada de agir as margens da lei, porque nada tem a esconder: tornam publico o drama que sobre eles se abateu e clamam por uma solução que ponha fim ao sofrimento e a angustia. Louve-se a sensibilidade da Promotora Dra. Soraya Taveira Gaya que, com lucidez e desassombro, manifestou-se favoravelmente ao pedido formulado pelo casal, ilustrando sua manifestação com fotos e texto informativos sobre o doloroso tema da anencefalia. São de Promotores assim, dotados deste espírito publico, de que a sociedade necessita. Atuam sem alarde, mas lucidamente opinam como lhes parece correto, sem preocupação com as eventuais criticas que possam advir pelo desassombro. Promovem verdadeiramente a Justiça. Não se pode impor a gestante o insuportável fardo de, ao longo de meses, prosseguir na gravidez já fadada ao insucesso. A morte do feto, logo apos o parto, e inquestionável. Logo, infelizmente nada se pode fazer para salvar o ser em formação. Assim, nossa preocupação deve ser para com o casal, em especial com a mãe, que padece de sérios problemas de ordem emocional ante o difícil momento por que passa. Ante o exposto, ao entendimento de que e perfeitamente viável o pedido trazido pela combativa DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, liminarmente (conforme requerido no recurso de apelação - fls. 27 e referendado. pelo MP - fls. 32), AUTORIZO A Sra. GABRIELA OLIVEIRA CORDEIRO (qualificada as fls. 02 DESTES AUTOS) A SUBMETER-SE AO ABORTO, CONFORME PLEITEADO, INTERROMPENDO-SE A GRAVIDEZ EM CURSO. Embora se trate de uma liminar satisfativa, enviem-se os autos, apos as providencias cartorarias pertinentes ao imediato cumprimento desta decisão, a PGJ, para ciência e manifestação. (Grifei). Desta forma, cristalino o entendimento doutrinário e jurisprudencial sobre o assunto, pelo que, indubitável o direito das gestantes em ter seu direito garantido quanto a prática do aborto eugênico. 6. CONCLUSÃO Não. Diante de toda a doutrina e jurisprudência compiladas se torna claro que não existe uma lei específica para punir o aborto de feto anencéfalo, mesmo porque tanto o direito quanto a medicina consideram que há vida enquanto há atividade cerebral, dessa forma sendo anencéfalo o feto, não há vida e logo não há aborto. Devido a isso são possíveis os transplantes de órgãos após a morte cerebral das pessoas, já que não há mais possibilidade de vida. Seguindo essa linha, não há que se falar em criminalização da expulsão do fato anencéfalo, da mesma forma no direito civil, vez que o artigo 2º do Código Civil protege os direitos no nascituro preservando a sua vida intrauterina, entretanto o feto anencefálico nunca será um nascituro, vez que em cem por cento dos casos os fetos morrem no máximo em poucos minutos após o parto, entendendo-se que se trata por derradeiro de um natimorto. Aliado a este entendimento, boa parte dos médicos que se manifestam sobre esse assunto, dizem que o feto só não é expulso naturalmente durante o parto porque está sendo alimentado pelo cordão umbilical da genitora. De outro lado, já que a nosso ver, restou indubitável a atipicidade do fato, também há grave risco de vida e de infecções à gestante, que inclusive poderá tornar-se infértil, sem falar no transtorno psicológico imposto à genitora que trará em seu ventre um feto que não sobreviverá após o parto. 7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O método de pesquisa utilizado para a elaboração desse trabalho será o dedutivo, utilizando-se para tanto de pesquisa bibliográfica e documental, expondo, ao final, de forma lógica e mensurável todo o conteúdo pesquisado. 8. CRONOGRAMA DE TRABALHO A pesquisa sobre o tema foi desenvolvida em várias etapas subdivididas durante o segundo semestre do ano de 2010, de modo a compilar todo o referencial teórico juntado em um único trabalho final que será apresentado no final do mês de outubro do presente ano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BELL, Willian. Doenças de recém nascido. 4ª ed. 1979; DINIZ, Débora. Aborto Seletivo no Brasil e os Alvarás Judiciais; GAIOTTI, Thais Tech; SHINZATO, Simone. Visão Jurídica a Respeito do Aborto de Fetos Portadores de Anencefalia. Direito Net. São Paulo, 21 de outubro de 2004; HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. Forense. Vol. V. 1958; MACHADO, Angelo. Neuroanatomia funcional. Atheneu. 1979; NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. Revista dos Tribunais. 6ª ed. 2006. ANÁLISE DOS IMPACTOS PROVOCADOS PELA AÇÃO ANTRÓPICA EM TRILHAS TURÍSTICAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA ILHA DO MEL PARANAGUÁ – PR Carolina Domingues Soares1 Marciel Lohman2 Palavra chave: Ilha do Mel, Trilhas Turísticas e Impactos Ambientais Resumo A rotina dos grandes centros urbanos, aliada a diversos outros problemas, contribui para que uma parcela da população deixe as concentrações das cidades em busca de descanso e tranqüilidade em zonas rurais.A Ilha do Mel é conhecida pela atratividade de suas paisagens naturais e biodiversidade. No contexto regional, a importância da Ilha do Mel está representada basicamente pela relevância de sua área natural protegida e pela movimentação turística que acarreta, principalmente nos meses de dezembro e março considerados estação de alta temporada, onde o fluxo de pessoas é mais elevado (IAP, 2009). Assim, o presente artigo tem como objetivo analisar os impactos provocados pela ação antrópica, em trilhas turísticas na Estação Ecológica e no Parque Estadual da Ilha do Mel. A metodologia empregada consistiu em elaborar uma ampla revisão bibliográfica sobre os temas abordados no trabalho bem como mapear as trilhas turísticas com auxílio do GPS para confrontar as mesmas com as trilhas turísticas oficiais. Ainda, via registro fotográfico antigo, identificar as modificações na paisagem ocorridas em função da abertura de novas trilhas para verificar os principais impactos ambientais provocados em função de tal dinâmica. Como resultados preliminares, constata-se que as problemáticas existentes no contexto socioambiental na Ilha do Mel, estão basicamente atreladas aos setores de ocupação humana. O processo de ocupação das vilas ocorreu sem acompanhamento de ordenamento territorial, o que caracterizou a configuração do parcelamento do solo dotado de irregularidades como as trilhas utilizadas para o acesso de pessoas. Observa-se que na ilha, o principal determinante na atual configuração do uso do solo nos setores de ocupação foi o fenômeno turístico juntamente com o desordenação das comunidades locais. 1. Introdução A Ilha do Mel é um bem da União, nos termos do inciso IV do artigo 20 da Constituição Federal, está vinculada aos poderes de gerenciamento do governo do Estado do Paraná, por meio de Contrato de Cessão, sob regime de aforamento, nos termos da Portaria do Ministério da Fazenda nº 160, de 15 de abril de 1982, constitui região de especial interesse ambiental e turístico do Estado do Paraná (IAP, 2009). 1 2 Acadêmica do curso de Licenciatura em Geografia no ISULPAR Professor do curso de Licenciatura em Geografia no ISULPAR Com relação à gestão pública, a Ilha do Mel é de pertence administrativo ao município de Paranaguá. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Estado do Paraná em 16 de maio de 1975 processo nº 56/75 IPHAN - Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IAP, 2009). É um local representado por riquezas naturais e culturais. Gerações de visitantes vêm conhecendo-a, freqüentando-a e acompanhando suas mudanças. Possui extensa área da qual a grande parte é preservada e alguns setores (menos de 5% de toda a ilha), os quais são destinados a ocupação humana, tradicionalmente ocupados por pescadores e antigos habitantes e mais recentemente também por pessoas de fora (IAP, 2009). O zoneamento da Ilha do Mel consiste basicamente em áreas de unidades de conservação e setores de ocupação humana. São duas áreas de unidades de conservação sendo: de uso de Proteção Integral: a Estação Ecológica (EE) localizada na parte Norte da Ilha e o Parque Estadual (PE) localizado na parte sul. Essa realidade marcou uma serie de problemas atualmente verificados, conseqüente da ocupação e exploração no local, principalmente durante os meses de alta temporada. O que permite associar este fator ao fluxo turístico. O reconhecimento e oficialização destas áreas, por parte do poder público, ocorreram em épocas distintas, e o uso é configurado pelo processo de ocupação, que através da história foi sendo marcado por questões sociais, políticas e econômicas nos contextos de cada época. Sendo o fenômeno turístico o principal determinante na atual configuração do uso do solo nos setores de ocupação. 2. Revisão de literatura A Ilha do Mel (Figura 1) está situada no Litoral Norte do Estado do Paraná, subdividindo a barra da Baía de Paranaguá em dois setores representados pelos canais Norte e da Galheta. Com superfície aproximada de 2710 hectares, localizada na desembocadura da baía de Paranaguá, na latitude de 25°30’S e na longitude de 48°20’W (IAP, 2009). . FIGURA 1 - Localização da Ilha do Mel FONTE: IAP - 2009 O principal órgão público responsável pela gestão pública da ilha é o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), desde 15 de abril de 1982, dado os poderes de gerenciamento por meio de Contrato de Cessão, sob regime de aforamento, com o objetivo de fiscalizar todas e quaisquer ações que venham a causar dano ambiental no local tais como: construções, controle dos limites das áreas de reserva, extração de recursos naturais, serviços públicos de saneamento, dentre outras, assim como desenvolver e executar a Educação Ambiental voltada à comunidade local e aos turistas (IAP, 2009). Com a promulgação da Lei do SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (lei nº. 9.985 de 18 de julho de 2000) as unidades de conservação ficaram organizadas em dois grupos: de proteção integral e de uso sustentável. Na primeira categoria o objetivo é a proteção da natureza, admitindo-se o uso restrito dos recursos naturais (visitação, pesquisa científica e educação ambiental). Nas unidades de conservação de uso sustentável objetiva-se compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais (extrativismo, coleta e manejo ambiental). A Ilha do Mel classifica-se no grupo das Unidades de Proteção Integral, onde foi realizado zoneamento ambiental , sendo composto por nove zonas a seguir descritas de acordo com o IAP (2009): AEE - Área da Estação Ecológica: abrange toda a planície Norte da Ilha até o limite das Vilas de Nova Brasília e da Fortaleza e parte da área denominada Ponta Oeste; APE - Área do Parque Estadual: abrange a porção Sul da Ilha entre os limites das Vilas de Encantadas e Farol; AC - Área de Costa: compreende uma faixa que contorna a Ilha desde a linha de maré até 300m da costa, a área denominada Saco do Limoeiro e a área do istmo; AOPT - Área de Ocupação de População Tradicional; ACA - Área de Controle Ambiental: abrange as áreas que fazem divisa com unidades de conservação nas vilas de Fortaleza, Nova Brasília e Farol, as faixas de 4m ao longo das margens dos córregos presentes nas áreas de vilas, a área assoreada na Vila do Farol e o morro do Farol das Conchas; AVL - Área de Vila: compreende as áreas urbanizadas de Fortaleza, Nova Brasília, Farol e Encantadas; AV - Área Verde: são áreas ambientalmente protegidas por leis específicas; AP - Área de Praia: são as faixas de areia de todas as praias da Ilha do Mel. Visto que o desenvolvimento do turismo teve grande influência nas alterações ocorridas na forma de ocupação das vilas e localidades da Ilha, cada qual possui uma configuração característica sob o ponto de vista ambiental, que resulta de todo o processo histórico de ocupação destes locais. Observa-se que na ilha, o principal determinante na atual configuração do uso do solo nos setores de ocupação foi o fenômeno turístico juntamente com o desordenação das comunidades locais. Neste sentido Takahashi (1998) cita que a maior dificuldade dos administradores das áreas naturais tem sido de estabelecer linhas de manejo adequadas, atendendo simultaneamente as necessidades dos usuários e a garantia de conservação destes ambientes. De acordo com Guerra (2005) a pressão exercida pela ocupação em determinadas áreas, principalmente por atividades de ação antrópica, aliada a uma despreocupação quanto à adoção de praticas conservacionistas, tem dado atenção a uma perda dificilmente recuperável do potencial produtivo das terras, a qual tem como causa principal a erosão acelerada. Não existem causas para a degradação do solo por erosão, e sim um conjunto de causas que devem ser estudadas e distintos níveis para que se possam executar políticas adequadas de uso, manejo e conservação. 3. Justificativa A Ilha do Mel principalmente ao longo das ultimas três décadas, sofreu fortes impactos de atividades turísticas, com destaque maior as ocupações humanas desordenadas e a degradação do uso do solo em trilhas utilizadas para acesso de pessoas (IAP, 2009). A degradação do solo em trilhas afeta tanto as terras com vegetação natural quanto as terras de solos sem vegetação causada pela ação antrópica, quanto ao uso de forma inadequada, esse é dos maiores e importantes problemas ambientais em nossos dias, o que da uma importância ao estudo de analise aos impactos provocados pelo uso inadequado do homem nas trilhas turísticas. Nesse contexto, a preservação da natureza e o incentivo à pesquisa cientifica nas unidades de conservação: Parque Estadual e Estação Ecológica, fazem-se necessários devido à inexistência de sinalização e orientação por meio de placas e folhetos explicativos a comunidade local, veranistas e turistas de acesso a caminhos em trilhas. 4. Objetivo O objetivo deste trabalho é analisar os impactos provocados pela ação antrópica, em trilhas turísticas na Estação Ecológica e no Parque Estadual da Ilha do Mel. 5. Problemas de Pesquisa O uso inadequado do homem, causando impactos ambientais em trilhas turísticas na Ilha do Mel. 6. Metodologia Os procedimentos metodológicos realizados terão como base na consulta de materiais referente à Ilha do Mel, as fontes de informação utilizadas para a caracterização da área de estudo e análise e discussão dos resultados serão pesquisadas em fontes oficiais, relatórios e legislação junto ao Poder Público, além de resultados de estudos como monografias, dissertações, teses e artigos existentes, visando incorporar os principais elementos envolvidos na pesquisa. Outras também foram retiradas de periódicos, de publicações acerca do objeto de estudo, de relatórios oficiais de programas governamentais, alguns não publicados como estatutos e regimentos internos. Este trabalho será elaborado em três etapas descritas abaixo: 1ª etapa - será constituída pela parte prática,ou seja, o mapeamento de toda a área de estudo sendo Vila do Farol, Nova Brasília e Fortaleza. Tal procedimento será elaborado por meio de caminhada com o auxilio de um sistema de posicionamento global (GPS), o qual possibilitará o delineamento das trilhas turísticas e coleta das respectivas coordenadas para comparativos às trilhas existentes, e compará-las com as trilhas demarcadas em consultas aos mapas de Zoneamento, Ocupação do Solo e orientações turísticas da Ilha, objetivando certificar-se de que as informações apresentadas nos mapas iniciais estão coerentes com as condições visualizadas em campo. 2ª etapa - será de comparação via fotografias, procurando identificar as modificações das áreas próximas as trilhas entre os anos de 2005 a 2010 e, analisando os principais impactos ambientais provenientes da transformação do uso do solo. 3ª etapa - será apresentada uma proposta de portaria ao Instituto Ambiental do Paraná para preservação do uso nas trilhas turísticas e, elaboração de placas, folhetos informativos e informações no site do governo do Estado do Paraná, sobre orientação do uso correto das mesmas. 7. Resultados Preliminares Como resultados preliminares, constata-se que as problemáticas existentes no contexto socioambiental na Ilha do Mel, estão basicamente atreladas aos setores de ocupação humana. O processo de ocupação das vilas ocorreu sem acompanhamento de ordenamento territorial, o que caracterizou a configuração do parcelamento do solo dotado de irregularidades como as trilhas utilizadas para o acesso de pessoas. Observa-se que na ilha, o principal determinante na atual configuração do uso do solo nos setores de ocupação foi o fenômeno turístico juntamente com o desordenação das comunidades locais. Salienta-se que o presente trabalho encontra-se ainda em fase de desenvolvimento com prazo previsto para o término até o mês de dezembro de 2010. 8. Referências Bibliográficas ANDRADE, Waldir Joél. Manejo de trilhas. FEMESP: www.femesp.org. Disponível em: www.infotrilhas.com/int05_bibliot-man.htm. Acesso em 26 abril 2010. BERTONI, José; LOMBARDI NETO, Francisco. Conservação do Solo. São Paulo: Ícone, 1990. DREW, David. Processos Interativos Homem-Meio Ambiente. Trad. João Alves dos Santos. Rev. Suely Bastos. Coord. Editorial: Antonio Christofoletti. 3 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. EMBRATUR, Instituto Brasileiro de Turismo. Manual de ecoturismo. Brasília, maio 1994. GUALTIERI-PINTO, L.; OLIVEIRA, F. F.; ALMEIDA-ANDRADE, M.; PEDROSA, H. F.; SANTANA, W. A.; FIGUEIREDO, M. do A. Atividade Erosiva em Trilhas de Unidades de Conservação: Estudo de Caso no Parque Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil, pg. 1-16. 2008. GUERRA, Antonio José Teixeira, SILVA, Antonio Soares, BOTELHO, Rosangela Garrido Machado. Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações – 2ª ed. Rio de Janeiro: Bestrand Brasil, 2005. 340 p. GUILLAUMON, J. R. et. Al. 1977. Análise das trilhas de interpretação. São Paulo, Instituto Florestal. 57 pg. IAP – Instituto Ambiental do Paraná. Coletânea e Organização Institucional Legal da Ilha do Mel, Secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Ambiental do Paraná, Curitiba, 2009. IGNARRA, L.R. Fundamentos do turismo. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Pioneira. JORGE, José Antônio. Física e Manejo dos Solos Tropicais – Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1985. KINKER, S. Ecoturismo e conservação da natureza em parques nacionais. Campinas, SP: Papirus, 2002. MAGANHOTTO, R. F. Fragilidade, impactos e prevenções das trilhas em áreas naturais protegidas. Dissertação de especialização no programa de pós Graduação em Geografia, Setor de Ciências da Terra, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. PARANÁ (Estado).Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Instituto Ambiental do Paraná. Plano de Manejo – Estação Ecológica da Ilha do Mel - PR. Curitiba,1996. RUSCHMANN, D. V. Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente. Campinas – SP: Papirus, 1997. SCHELHAS, J. Construção e manutenção de trilhas. In: curso de treinamento e capacitação em gerenciamento de parques e outras áreas protegidas, São Paulo, 22 novembro a 14 de dezembro, 1986. São Paulo Instituto Florestal. (não paginado). SCHENINI, P. C.; COSTA, A. M. & CASARIN, V. W. Unidades de conservação: aspectos históricos e sua evolução. Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário, COBRAC. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 2004. TAKAHASHI, L. Y. Caracterização dos Visitantes, Suas Preferências e Percepções e Avaliação dos Impactos da Visitação Pública em Duas Unidades de Conservação do Estado do Paraná. Curitiba, 1998. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) – Universidade Federal do Paraná, 120 pg. ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO Rafael Henrique Da Silva Justificativa A divulgação dos sintomas, das conseqüências e das mais variadas formas empreendidas no uso desse mecanismo de danos à saúde humana, deve ser divulgado para orientação da população em identificar o quanto antes em si mesma ou numa pessoa da família, colega de trabalho ou amigo próximo. Os sintomas identificados precocemente, pode contribuir com o sucesso de um tratamento adequado para evitar graves cicatrizes. Problema Os transtornos psicológicos adquiridos através do assédio moral dentro do ambiente de trabalho, um problema invisível, porém concreto nas relações de trabalho e na saúde do trabalhador que causam a queda de produção e por sua vez a demissão do funcionário gerando uma perda para a empresa e para psique do individuo. Hipótese Dentro do ambiente de trabalho, funcionários que ocupam postos superiores ou que estão a algum tempo na equipe, aproveitam-se da situação para tirar vantagens, satisfazer seus próprios egos e acreditar que por meio de atitudes que venham diminuir moralmente o outro é possível obter controle da sua autoridade ou influência. Objetivo geral Identificar os perfis mais comuns do agressor e agredido, compreender as suas motivações e impulsos que levam o ser humano a tratar o outro com tamanha indiferença. Objetivo específico Detectar variáveis que influenciam na construção de pessoas que se sentem no direito de impor sua superioridade a qualquer custo. Entender o que eles levam em conta para acreditarem que tem o direito de agir de tal maneira com seus pares dentro do ambiente de trabalho. Criar um perfil de ambiente de trabalho que possa contribuir para o desaparecimento de casos e verificar a importância de programas integrados ao dia-a-dia do trabalhador em seu ambiente. Fundamentação teórica O trabalho É sabido que o trabalho é de suma importância para o ser humano, contribui para o seu sustento e de sua família, perante a sociedade é uma forma de manter sua dignidade. É uma área extremamente ampla com diversas possibilidades e oportunidade para crescimento como pessoa e como profissional. Com base na importância do trabalho e seu ambiente, tem sido feitos muitos estudos que mostram a degradação moral e física das pessoas que sofrem atentados ao seu templo maior. A partir dessa reflexão, podemos dizer que Carlos Alberto Carvalho afirma que: “Podemos dizer que o ambiente de trabalho é o canteiro onde irão germinar as sementes da boa convivência, onde proliferarão boas idéias e o crescimento mútuo acontecerá naturalmente.” O histórico e medidas jurídicas Conforme diz a citação, é de extrema importância manter um bom acompanhamento nas relações de trabalhando em que os funcionários estão inseridos. O assédio moral desequilibra o ambiente, porém é um fato que vem sendo tratado como novo aqui no Brasil, mas que vem ganhando publicidade com inúmeros trabalhos realizados como o da Dra. Margarida Barreto. Como o assunto vem sendo constatado em vários meios da sociedade, movimentos sindicais e legislativos começam a buscar soluções para evitar ou prevenir este tipo de prática. Projetos de lei tramitam na Assembléia Legislativa buscando a punição para quem praticar tal ato, toda ação praticada que venha causar danos à integridade psíquica ou física e à auto-estima do trabalhador, prejudicando o desempenho de suas funções e da sua própria vida é condenável e prevê punição aos responsáveis. Identificando as formas de assédio As formas mais encontradas de assédio moral podem ser muitas vezes confundidas com brincadeiras que trazem no sentido oculto alguma ofensa ou degradação moral para a vítima. Um chefe pode sofrer uma exposição negativa da sua pessoa e de suas habilidades durante uma reunião ou ser lembrando sempre nas “rodinhas” de conversas de seus subordinados. O funcionário pode sentir-se injustiçado moralmente por brincadeiras comuns e repetitivas por parte de um ou grupo de funcionários da mesma classe. Ou até mesmo alguém que ocupe cargo que traga alguma posição de vantagem na empresa, possa utilizar de tal posição para aos poucos e com pitadas de crueldade empenhar tratamento negativo forçando o subordinado a abandonar o emprego sem expressa causa em primeiro plano, visto a fuga da responsabilidade dos encargos a serem quitados por direito do trabalhador. As conseqüências As conseqüências nas vidas do assediado levam até desequilíbrios emocionais até mesmo a tentativa de retirar sua própria vida por conseqüência de patologias adquiridas. Podemos afirmar que o sofrimento maior é o da vítima, mas se analisarmos ao longo prazo, não só as organizações, mas toda a sociedade acaba perdendo com tal prática. Estaremos apenas mascarando a época da escravidão, onde os direitos não eram respeitados e o trabalhador negro era tratado como um mero objeto de produção de riqueza e status. A importância de um acompanhamento especializado- As organizações são divididas em vários setores, podemos citar o RH como setor fundamental no acompanhamento de funcionários que passam por problemas deste tipo dentro da empresa. cada vez mais encontramos programas, workshops e atividades que visam promover a maior integração entres os colaboradores da empresa, estimulando o espírito competitivo, mas preservando os valores e missões que a empresa busca como pessoa jurídica. Além de manter a integridade entre o grupo, em curto prazo os frutos são refletidos em números para a organização. Toda empresa ao admitir ou demitir cumpre com o protocolo de exames físicos, para constatar se houve alguma depreciação do trabalhador em função do trabalho despendido, o mesmo já está sendo discutido na possibilidade de avaliação psíquica e comportamental do empregado após longas jornadas de relações complexas dentro da organização junto aos seus pares. Metodologia- A elaboração deste projeto baseou-se em outras pesquisas pioneiras sobre o assunto e artigos disponibilizados por sites especializados no assunto. O método empenhado foi qualitativo, consultamos relatos e ocorrências registradas juridicamente como fonte para embasamento dos conceitos expostos. A iniciativa do projeto se ateve em identificar não só as conseqüências mais comuns, mas também as formas existentes de assédio moral. Cronologia Etapas Levantamento bibliográfico Fechamento de textos Coleta de fontes Análise de fontes Organização / Aplicação de questionário Tabulação de dados Organização de roteiro Redação de trabalho Apresentação Revisão/Redação final/ entrega Abr 2010 X Mai 2010 Jun 2010 Jul 2010 Ago 2010 Set 2010 X X X X X x x X x Referências FERNANDES, Sergio. (2008) Projeto de lei que pune casos de assédio moral. Disponível em http://www.al.mt.gov.br/V2008/ViewConteudo.asp?no_codigo=10025 PORTAL ASSÉDIO MORAL. O que é assédio moral. Disponível em http://www.assediomoral.org/spip.php?article1 PORTAL JURÍDICO, Jurisprudência nos casos de assédio moral dentro do setor público. Disponível em http://www.portaljuridico.com.br/cgi=?article201venâncio COMPUTAÇÃO NAS NUVENS (Cloud Computing) Equipe Executora Diego Lopes,Renato Ramos da Trindade,Thiago Sartor de Araújo Responsável Renato Ramos da Trindade Palavras Chaves Cloud, Tecnologia, TI, Computing. Resumo Computação na nuvem traz um conceito inovador,sendo que os usuários necessitam apenas de um computador compatível com os recursos disponíveis na internet para acessar de qualquer lugar do mundo os arquivos e/ou dados que quiser.O mais interessante é que além de trazer agilidade, performance esse conceito ainda reduz custos(pagando apenas o que vai usar), agilidade(sem necessidade de instalação de software), preservação da natureza(reduzindo no consumo de energia de datacenter). Introdução Cloud computing ou Computação em nuvens chegou como algo surreal em 2008,porém várias das grandes empresas de TI aderiram a idéia e atualmente nós usuários podemos até usar alguns dos aplicativos disponíveis e nem sabermos.Alguns desses exemplo são: Picasa Web, Google Docs, Live Mesh, Hotmail, Windows Azure. Cloud computing é uma tecnologia que usa a internet e central de servidores remotos para manter dados e aplicativos. A computação em nuvem permite que consumidores e empresas a utilizar as aplicações sem instalação e acessar seus arquivos pessoais em qualquer computador com acesso à internet. Esta tecnologia permite a computação muito mais eficiente através da centralização de armazenamento, processamento, memória e largura de banda. As frases do futuro são: Agilidade, Flexibilidade e performance. Justificativa Além de ser uma tendência nos próximos anos, a computação nas nuvens diminuíra significativamente o custo dos computadores no futuro, os computadores não precisarão de HD, e terão uma baixa memória, tudo será armazanado e manipulado pela internet, “Eu diria que o computador do futuro é a internet. Hoje, se você tem um problema no computador, está tudo perdido, é terrível. Mas, com a computação nas nuvens, não importa se você usa o celular, o computador ou qualquer outro aparelho, tudo estará guardado na internet”, diz Eric Schmidt, presidente do Google na Califórnia. Todas as grandes empresas de tecnologia está apostando nessa grande invenção, em breve todos terão acesso a essa ferramenta do futuro. Objetivo O objetivo da Cloud Computing é unir agilidade, flexibilidade e performance em uma só palavra, o resultado disso é baratear o custo dos computadores, propiciando acesso para todos. Cloud é a tecnologia do futuro, grandes empresas como a google e microsoft já sairam na frente e começaram a desenvolver aplicativos relacionados a cloud. Problema de Pesquisa Computação nas nuvens é um termo pouco conhecido por pessoas que não são ligadas a tecnologia e muitos dos que são ligados TI ou áreas afins não conseguem definir realmente o que é Computação em nuvens.Com esse Fórum podemos apresentar informações relevantes e esclarecer as duvidas Metodologia Nossas ferramentas para apresentação do tema serão slides com informações pertinentes, exemplos práticos com acesso à internet, apresentação das funcionalidades dos softwares, demonstrações das ferramentas ligadas a cloud. Relatório das atividades desenvolvidas Pesquisamos sobre Cloud Computing em vários sites. Fizemos download e testamos as ferramentas relacionadas. Estamos criando um sistema que usa o Cloud Computing. Conclusão Com esse tema um tanto quanto desconhecido e inovador, apresentaremos as mais diversas ferramentas e softwares já lançados no mercado e as que estão por vir ainda, esclareceremos as dúvidas que ainda estão no ar, relacionadas a Cloud Computing. Cloud Computing está no mercado desde 2008, poucas pessoas conhecem o assunto ou dominam o mesmo, é uma tecnologia que ainda está “no forno”, mostraremos os prós e o que ainda falta aperfeiçoar na Cloud. Referências http://www.wikinvest.com/concept/Cloud_Computing http://www.infowester.com/cloudcomputing.php http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/10/21/guia-traz-dicas-de-seguranca-para-cloudcomputing/ http://msdn.microsoft.com/pt-br/windowsazure/dd637844.aspx http://www.brasilseo.com.br/google/computacao-nas-nuves-o-futuro-dainternet CONTROLE ADMINISTRATIVO DE DADOS Operação Administrativa Empresarial Bruno Funaki de Carvalho Gustavo Corrêa Capete Júlio Cezar Alves Galdino da Costa. Professor João Fernando Galvão Resumo ADMIN (administration) é um administrador de dados, que usa o sistema DB Manager Professional 2.1, criado em função de ajudar o “Materiais de Construção Carvalho Ltda”, ajustar, organizar, facilitar e agilizar a tramitação de documentos. Esse programa organiza dados pessoais de clientes, além de dados de produtos que circulam no mercado. Organiza a compra, por exemplo, gastos do cliente e a forma de pagamento, na nota que é emitida pelo próprio programa. Informa também as quantidades de vendas, de estoque, preços, descontos, parcelamentos e clientes inadimplentes. Introdução O “Materiais de Construção Carvalho Ltda”, na qual trabalhamos, usa um software denominado ADMIN (do inglês administration), criado por Robaskievicz (1995), programador de sistemas. Este programa auxilia no armazenamento de dados, de produtos, de clientes, notas e estoque, facilitando a tramitação de documentos. Desta forma, explicaremos o seu funcionamento. Justificativa Por operarmos com esse software no nosso dia-a-dia e querer aprender mais a respeito dele, desenvolvemos este trabalho para aprimorar nossos conhecimentos e ofertar essa ferramenta para a melhoria dos processos de controladoria administrativa. Objetivo Mostrar as pessoas à importância de um programa em uma rede de comércio que opera diretamente com seus clientes. Problema de Pesquisa Como apresentar um programa de controle de dados que contribua para a melhoria das empresas do comércio em geral? Material e Métodos Notebook, acessórios e apresentação de slides. Relatório das Atividades Análise de dados a respeito do software ADMIN e organização da apresentação. Entendimento do programa e apresentação do mesmo. Conclusão Um programa como o ADMIN contribui com o melhor processamento de dados de vendas e dados dos clientes, uma vez que auxilia no controle de vendas e estoque, melhorando o atendimento ao cliente, rapidez e segurança no armazenamento de dados. EMPREENDEDORISMO Anne Caroline Balthazar Fernanda Isabela Freitas Kamilla Mello Marcelino Raul de Oliveira Machado Neto Palavas-Chaves: Empreendedor, Intra-empreendedorismo, Desenvolvimento e Crescimento. Revisão de Literatura Introdução A palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Mais tarde, em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Gifford Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora mas dentro de uma organização Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de empreendedorismo, Robert Hirsch, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. Empreendedor, Intra-empreendedor e Administrador Gerber (2004), apresenta algumas diferenças dos três personagens que correspondem a papéis organizacionais, quais sejam: a) o Empreendedor, que transforma a situação mais trivial em uma oportunidade excepcional, é visionário, sonhador; o fogo que alimenta o futuro; vive no futuro, nunca no passado e raramente no presente; nos negócios é o inovador, o grande estrategista, o criador de novos métodos para penetrar nos novos mercados; b) o Administrador, que é pragmático, vive no passado, almeja ordem, cria esquemas extremamente organizados para tudo; c) o Técnico, que é o executor, adora consertar coisas, vive no presente, fica satisfeito no controle do fluxo de trabalho e é um individualista determinado. A partir de Pinchot III, vários outros pesquisadores contribuíram com suas próprias visões e definições do intra-empreendedor. Para fins dessa análise teórica, temos a seguinte: O intra-empreendedor é um colaborador da empresa que inova, identifica e cria oportunidades de negócios, monta e coordena novas combinações ou arranjos de recursos para agregar valor. Age para atender necessidades latentes e busca fazer de forma mais eficaz o que já existe. O objetivo do empreendedorismo organizacional é manter e aumentar o valor corporativo no longo prazo, otimizando os benefícios. O empreendedor que desempenha o papel de um intrapreneur fora de uma organização, ou seja, um empreendedor (PINCHOT III, 1989). Aqueles que assumem a responsabilidade pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de uma organização, o mesmo que intra-empreendedores. O intrapreneur pode ser o criador ou o inventor, mas é sempre o sonhador que concebe como transformar uma idéia em uma realidade lucrativa (PINCHOT III, 1989). Segundo Leite (2000), nas qualidades pessoais de um empreendedor, entre muitas, destacam-se: • a) iniciativa; • b) visão; • c) coragem; • d) firmeza; • e) decisão; • f) atitude de respeito humano; • g) capacidade de organização e direção. Trend Following O trend following iniciou em Wall Street, como uma ferramenta utilizada para conquistar melhores rendimentos no mercado de capitais, que é o objetivo de todo investidor desse ramo. “Trend following significa, na prática, antes de tudo, compreender a realidade do mercado, e é isso o que fazemos. O objetivo é sempre investir para obter grandes retornos. Se você quer ganhar muito dinheiro, o mercado de ações é onde você precisa estar.” – Michael Covel Essa ferramenta analisa o histórico e potencialidades das ações em que se deseja investir, como o volume movimentado pela empresa diariamente na bolsa, quantidade de venda e compra, e o valor do ativo. Isso falando de mercado financeiro. Essa ferramenta de “seguir a tendência” pode ser aplicado como um fator de análise para o empreendedorismo, por exemplo, quando surgir uma oportunidade de negócio, pode ser analisado o mercado como um todo: a concorrência (quantidade de clientes, cliente fidelizados, clientes insatisfeitos, inovação, investimento, market share), público-alvo (poder de compra, expectativa, necessidade, clientes em potenciais), economia (mercado aquecido ou em regressão, juros, apoio no desenvolvimento), Governo (taxas e impostos, subsídio na área, leis) e tudo mais que convier analisar para um determinado segmento, com base nisso irá surgir uma oportunidade, onde você pode aproveitar essa oportunidade abrindo um negócio em um ramo/área que já existe, ou criar algo novo para suprir a necessidade que foi constatada. Apoio Todo empreendedor, para que aumente suas chances de sucesso, necessita de apoio para iniciação, construção e manutenção do seu negócio. E atualmente há muitas empresas que dão suporte nas atividades empreendedoras, como o Sebrae e empresas de consultoria, ou para o intra-empreendedor há planos de desenvolvimento e coaching que o auxiliam em suas atividades. Conclusão Para se tronar um empreendedor de sucesso é necessário ter objetivos claros (quem sou eu, o que eu quero, o que eu gosto), precisa saber qual é o seu perfil para que execute algo que seja do seu interesse e que goste, não pode pensar apenas em retorno financeiro, mas principalmente gostar do que faz, em seguida ele deve visualizar e aproveitar as oportunidades que aparecerem, verificando as perspectivas de crescimento que essa oportunidade ofereça, onde, através de suas habilidades e competências, vai fazer com que esse negócio cresça. Bibliografia Coleção Harvard de Administração – Robert L. Katz; “As Habilidades de um Administrador Eficiente”; 1986 – Nova Cultura. Revista Valor Financeiro - Private Equity e Venture Capital – Setembro 2009; Ano 8; Número 10; www.valoronline.com.br Sertek, Paulo. Empreendedorismo. 4º Edição. Curitiba: IBPEX, 2007. Pinchot III, Gifford. Intrapreneuring. Harbra, 1989. FIDES: FOMENTO INTELECTUAL E DESENVOLVIMENTO SOLIDÁRIO Giovane Matheus Camargo Luigi Ferruci Paiva Rangel Angelotti Andréa Maximo PALAVRAS CHAVE: Economia Solidária, Capital Social, Bancos Comunitários, Pedagogia Libertadora, Ecodesenvolvimento e Cultura Neoliberal. RESUMO O presente trabalho buscou analisar antropologicamente, através de um resgate histórico, a atual configuração do paradigma neoliberal. Utilizando uma abordagem interdisciplinar, buscou-se convergir conhecimentos diversos (história, política, filosofia, educação, economia, sociologia e outros) à Economia Política – e esta, contrariamente ao viés neoliberal, foi abordada sob a característica transversal da Solidariedade. Pôde-se perceber, enfim, o desgaste cultural de tal ideologia, explícito em crises econômicas, ambientais e sociais. Tais crises demonstram o colapso de tal ideologia – o que prefigura uma mudança cultural global. As abordagens da Economia Solidária (vide Projeto de Lei número 93 da deputada Luiza Erundina e da Rede Nacional de Bancos Comunitários) e do Ecodesenvolvimento (Sachs, 1965) mostram-se ideais e conhecimentos fundantes desta nova abordagem. De tal maneira, o trabalho busca demonstrar a possibilidade de reestruturar tal cultura através das Culturas Emocional e elaborada, ou seja: através da adaptação do modelo Sócio-Econômico e produtivo já existente em 54 bancos Comunitários do Brasil, levando-se como padrão o Banco Palmas, em Fortaleza – CE. INTRODUÇÃO O estudo da Economia Política define como culturalmente uma sociedade organizar-se-á interna e externamente para dividir e produzir os bens necessários à sua existência. Marx afirma que para uma sociedade possa existir, ela deve, necessariamente, possuir os recursos técnicos e materiais para poder se produzir. Assim, a práxis dialética (ou seja: os ideais humanos executados imperfeitamente no mundo real) da Economia Política foi abordada por uma perspectiva interdisciplinar, onde diferentes ciências convergiram na discussão da hipótese de produzir uma humanidade. No período pré-revolução Industrial, a humanidade penou pela Pobreza pela Escassez de recursos e conhecimentos, sendo inviável sua produção. A introdução do modelo capitalista de produção iniciou a humanidade em um novo período histórico, denominado de Pobreza na Abundância: hoje a produção da humanidade é viável, porém culturalmente impossível, devido aos paradigmas do neoliberalismo. Novos paradigmas surgem com novas perspectivas culturais, independente do modelo de produção – o que amplia a discussão para além da Economia Política. Afinal, a discussão não pode ser encarada tão-somente do ponto de vista da produção, visto que esta inexiste sem o consumo; e este, por sua vez, é fruto das interrelações culturais que existem em cada sociedade humana. Assim, o estudo focou as relações humanas nas práticas das diferentes economias políticas que influenciaram nossa cultura, encarando os seres humanos como prossumidores (todas as pessoas, que são ao mesmo tempo produtores e consumidores). JUSTIFICATIVA DA PESQUISA As ciências econômicas então sempre em transformação, numa incessante busca em teorizar e aperfeiçoar os sistemas econômicos reais. Em compensação, estes estão sempre em transformação, e suas causas e conseqüência, são de grande importância, pois influenciam na maioria das vezes de forma determinante, o modo de agir, de pensar e produzir de toda a humanidade. Compreender a dinâmica econômica da sociedade global é compreender a maneira como ela se relaciona de maneira ampla e interdisciplinar, pois compete salientar e relacionar uma série de fatores físicos, culturais e sociais. OBJETIVO Embasar e explicitar teoricamente a abordagem da Economia Solidária (PL nº 93 de 2007) pelo viés interdisciplinar, a fim de demonstrar suas potencialidades em relação a outros modelos de política econômica. PROBLEMA DA PESQUISA A falta de estudos interdisciplinares da Economia Solidária, bem como sua definição legal e metodológica. MATERIAL E MÉTODOS Revisão bibliográfica foi utilizada para contextualizar teoricamente a Economia Solidária, pelos embasamentos legal e interdisciplinar. A abordagem interdisciplinar fez-se essencial para a identificação dos paradigmas culturais da ideologia neoliberal, implantados na Economia Política global. Encontrados, comparou-se esta atual Economia Política à política econômica existente hoje no Conjunto Palmeiras, no Ceará. O modelo é conhecido no mundo todo, intitulado de Bancos Comunitários. Estas entidades operam tal qual se denominam, e foram conhecidos de perto através de uma incursão de campo de 25 dias no Conjunto Palmeiras, onde foram constados e levantados mais informações, através de entrevistas qualitativas (mais de 6 horas), conversas e experiências individuais, que culminaram com um projeto de aprendizagem de conclusão de curso de Gestão Ambiental, pela Universidade Federal do Paraná – Litoral. CONCLUSÃO O capital social é o fundamento de toda sociedade. Sua existência depende estritamente do grau de organização dessas. Quanto mais organizada, mais é autônoma, política e economicamente. As Organizações Sociais legais são uma importante ferramenta para aumentar o capital social; quando esta lógica é aplicada aos bairros economicamente frágeis, a qualidade de vida aumenta. A Economia Solidária pelo viés aqui abordado, existe independente do modelo de produção capitalista neoliberal: é uma economia mista, embasada na Democracia Econômica. A autonomia econômica e política através da organização social é viável pela ótica aqui abordada: incentivá-la é, portanto, uma importante ferramenta contra os reflexos da questão social existente no modelo capitalista neoliberal. FIDES significa confiança, em latim; e é a sigla para a Organização Social que pretende difundir a economia solidária através da abordagem interdisciplinar em cursos, palestras, mini-cursos, eventos e afins, promovendo a cultura solidária. Assim, ter-se-á um Fomento Intelectual das capacidades humanas, enviesadas ao Desenvolvimento Solidário. REFERÊNCIAS FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1973 CHINOY, Ely. Sociedade: uma introdução a Sociologia. São Paulo: Cultrix, 1980. GALEANO, Eduardo H. As veias abertas da America Latina. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. 307p. MARX, Karl. O capital: crítica da economia política, livro primeiro: o processo de produção do capital. 23. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. SACHS, Ignacy. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de janeiro: Garamond, 2004. APP Sindicato. Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional Lei 9394/96. In: Fórum Paranaense em defesa da escola publica gratuita e universal. Curitiba: Secretaria de Assuntos Educacionais, 1997. CARVALHO JR, Antônio Ferreira de. Ecologia Profunda ou Ambientalismo Superficial? O conceito de ecologia e a questão ambiental junto aos estudantes. São Paulo: Arte e Ciência Editora, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura). ISBN 8521902433 LIMA, Lúcio Flávio V. A Agonia de um Povo: Nacionalismo x Globalização. Brasília, 1999. FLEXIBILIDADE NO HORÁRIO DE TRABALHO Ana Carolina Lugarezi Camila da Silva Nascimento Dunia Martins dos Santos Fernanda Paula dos Santos Kamilla Delfino Kelly Zanetti Profª. Roberta Carnelos INTRODUÇÃO Analisando a realidade profissional vivida atualmente no Brasil, percebemos diariamente colaboradores cansados, muitas vezes com um semblante fechado, é visível a insatisfação. Todos esses fatores acarretam em uma má disposição e assim baixa produtividade. Visando satisfazer colaboradores e empresas, com qualidade de vida e lucratividade, fomos em busca de algo que pudesse mudar essa realidade e atender necessidades básicas para melhoria na vida desses colaboradores. Em um mundo competitivo e globalizado, baixa produtividade é sinônimo de diminuição no faturamento, ou seja, nos lucros. Nenhum empreendedor deseja isso para sua corporação. Naturalmente, para conseguir manter-se no mercado, a obtenção de lucro é imprescindível, e a parceria entre as partes se faz necessária para ganhar e garantir sucesso. Para continuar na competição contra a concorrência e permanecer ativa, a empresa precisa ter algum diferencial que motive seus colaboradores a produzirem mais e melhor. Que alternativas buscar para melhorar o desempenho da equipe e contribuir para o desenvolvimento de suas habilidades, trazendo assim resultados positivos para a organização e consequentemente para seus colaboradores? A flexibilidade no horário de trabalho é uma das respostas para esta questão, ela possibilita que os coloboradores tenham mais domínio sobre o seu tempo, podendo dividi-lo da maneira que lhe for necessária, porém tudo acordado com o empregador e dentro das leis, esperamos que aos poucos essa prática seja adotada por empresas de vários segmentos, quando um colaborador está mais realizado, aumenta sua produtividade e conseqüentemente gera mais lucro. Cabe a empresa perceber as necessidades de sua equipe e oferecer subsídios para que a mesma una satisfação ao trabalhar em determinada empresa. Com isso a produtividade irá aumentar e os lucros obtidos também. PROBLEMA DE PESQUISA A flexibilidade do horário de trabalho aliada com a qualidade de vida, que hoje se faz necessária para o bem estar das pessoas, poderia gerar satisfação e contribuir positivamente no desempenho e aumento da produtividade do colaborador e consequentemente gerar mais lucro para o empregador? HIPÓTESE Como cada pessoa tem seus necessidades e as mesmas devem ser conciliadas entre vida pessoal e profissional, seria muito interessante que as empresas procurassem atender a essas necessidades tratando cada colaborador de maneira única e respeitando as dificuldades exporádicas que podem acontecer na vida de cada um. Os colaborados se sentem mais realizados e valorizados conseguirão participar ativamente do dia-a-dia de sua família e além disso desempenhar satisfatóriamente funções profissionais onde atende as necessidades da empresa onde trabalha. Podendo conciliar o cotidiano pessoal com a vida profissional, tornam-se mais motivados, produtivos e rentáveis para a organização, deixam de ser simplismente números para se tornarem peças chaves na solidez e garantia de sucesso da empresa dentro de seu segmento. OBJETIVO GERAL Analisar de que maneira a flexibilidade no horário de trabalho pode gerar benefícios para colaborador e empregador, melhorando qualidade de vida e aumentando o rendimento dos funcionários, possibilitando que a empresa ofereça a seus colaboradores diferenciais motivacionais que os fazem querer permanecer na empresa. OBJETIVO ESPECÍFICO - Verificar as teorias já praticadas sobre flexibilidade no horário de trabalho; - Determinar quais os benefícios essa prática poderá trazer para a empresa; - Buscar compreender como a motivação aumentará a produtividade. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em um mundo globalizado e ainda vivendo o pós crise financeira mundial, as empresas passaram a aumentar as cobranças por atingir metas propostas, trazer resultados financeiros positivos para a empresa, ser um profissional cada vez mais eficiente e eficaz, com isso, os colaboradores tornam-se cada vez mais sobrecarregados, estressados e conseqüentemente menos realizados profissionalmente. Em um estudo realizado pela Fundação Instituto de Administração, TOZZI (2010 p.02), pode-se observar que: Pesquisadores da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, descobriram, em entrevistas com 55 gestores, que 60% deles gostariam de trabalhar numa companhia na qual pudessem ter horários mais flexíveis e menos sobrecarga. Esses profissionais estão, inclusive, dispostos a renunciar a até 15% de suas remunerações para dispor, em troca, de mais nove horas livres na semana. As pessoas têm pensado em conciliar a qualidade de vida com o desenvolvimento profissional, querem participar mais da infância dos filhos, praticarem um exercício físico, poder estar em casa quando um filho eventualmente estiver doente. O horário flexível visa contribuir para que o colaborador consiga resolver assuntos de nível pessoal sem prejudicar seu desempenho profissional. Como não é algo garantido por lei, cabe as empresas perceberem e analisarem as necessidades de seu cotidiano e como o horário flexível pode trazer benefícios para a própria empresa. Alem disso contribui para a saúde do colaborador, percebe-se que o estresse atua como uma é a válvula de escape para diversas doenças, como a depressão, enxaqueca e a gastrite, que surgem cada vez mais cedo. Funcionários que desempenham suas atividades sem motivação a ainda com agravantes de saúde, são menos produtivos alem de se tornarem um problema para as empresas. Existem empresas que trabalham com o desenvolvimento de programas para estimular o bem estar. Os funcionários são beneficiados com a flexibilidade de horário, saem mais cedo às sextas feiras, tem liberdade para trabalhar de casa pelo menos duas vezes por mês. Horário flexível requer disciplina, responsabilidade, um bom planejamento de tarefas e saber diferenciar vida profissional de vida pessoal afinal, deve-se cumprir objetivos propostos e um determinado número de horas trabalhadas mensalmente. O colaborador deve analisar sua realidade e organizar sua agenda de acordo com o que tem mais prioridade, estabelecer um modelo diário a ser seguido afim de que mantenha seu nível de qualidade profissional. Vale ressaltar que essa flexibilidade não é viável para todos os setores, não se enquadra, por exemplo, nas áreas de produção, podendo assim prejudicar todo o programa do projeto. Já existe um movimento que busca a flexibilização “existe uma luta pela manutenção e ampliação de direitos e normas trabalhistas no país e, por conseguinte, contra a desregulamentação”. Esse movimento gera em torno de um sistema democrático de relações de trabalho. Deve ser redefinido o “como trabalhar” nesse sentido existem ações sindicais que visam influenciar e construir o processo de flexibilização, implementando novas regulamentações e instituindo novos direitos. Algumas empresas já adotam programas de motivação buscando o compromisso dos trabalhadores sem necessidade de presença sindical talvez seja essa a oportunidade para a inclusão de flexibilidade na jornada de trabalho. No Brasil poucas empresas utilizam o sistema de flexibilidade, acaba percebendo-se que os colaborados são pouco organizados para praticar o programa, a cultura nacional ainda é pouco desenvolvida nessa questão. Mas, os casos existentes demonstram que com um pouco de disciplina e possível manter uma relação de harmonia entre trabalho e vida pessoal. Com a inserção da geração Y no mercado de trabalho acredita-se que essa possibilidade pode se tornar mais real nas empresas brasileiras, afinal esses profissionais tem bem claro em seu planejamento de vida a harmonia entre trabalho e lazer. Em uma pesquisa sobre quais as empresas no Brasil que utilizam o horário flexível podemos destacar o trabalho da IBM, GALETOL; (2007, p.1) a mesma: tem um programa de flexibilização no Brasil desde o ano 2000. Segundo Fabiana Galetol, gerente de diversidade e clima organizacional da empresa, todos os profissionais são elegíveis por ter liberdade de horário. As principais mudanças percebidas com a implantação do programa foram o aumento da produtividade, da satisfação de trabalhar, da qualidade de vida, da autonomia e da concentração dos colaboradores. As possibilidades de flexibilização que a IBM oferece são a Semana de Trabalho Comprimida (o funcionário deixa de trabalhar algum dia da semana e insere essas horas pendentes em outros dias), a Jornada de Trabalho Individualizada (o funcionário pode escolher, dentro dos horários estabelecidos, o horário de entrada, almoço e saída do trabalho) e o FlexiPlace (o funcionário trabalha três dias na IBM e dois em casa). As empresas brasileiras deveriam estar de olhos atentos aos projetos que já são desenvolvidos por outras empresas e verificar a possibilidade de se beneficiar com mesmos. Afinal, na realidade corporativa destacam-se aqueles que apresentam um diferencial, que deixam o comum para trás e buscam inovação. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Método de abordagem: os dados utilizados para compor o trabalho de pesquisa foram obtidos através de estudo e leitura em sites e revistas que apresentavam conteúdo e reportagens direcionadas ao tema escolhido, sendo assim método indutivo. Método de procedimentos: através de um histórico comparativo entre empresas que já utilizam a flexibilidade na carga horária de trabalho, obtivemos certificações de que os benefícios alcançados por estas empresas e colaboradores foram consideráveis para a satisfação de ambos. Técnicas: documentação indireta, que permite tabular e qualificar as vantagens oferecidas. CRONOGRAMA Período Abr Maio Jun Jul Ago Set X X X X X X X X X X X Atividades Escolha do Assunto Delimitação do tema Levantamento Bibliográfico Elaboração do Projeto Orientação Coletiva Orientação Individual Entrega e Apresentação do Projeto X X X X X X X REFERÊNCIAS BRESCIANI, Luís. Flexibilidade e reestruturação. São Paulo. 1997. Disponível em: https://www.seade.gov.br/produtos/spp/v11n01/v11n01_10.pdf , acesso em 19 de junho de 2010. BRITO, André; CACCIAMALI, Maria. A flexibilização restrita e descentralizada das relações do trabalho no Brasil. N. 02, 2002. Disponível em: http://raceadmv3.nuca.ie.ufrj.br/buscarace/Docs/mccacciamali13.pdf, acesso em 22 de julho de 2010. TOSSI, Elisa. Por que trabalhamos tanto. Você S/A. São Paulo; edição 142, abril. 2010. Disponível em:http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua- carreira/materia/trabalhamos-tanto, acesso em 08 de agosto de 2010. FARIA, Maria; ALENCAR, Eunice. Estímulos e barreiras à criatividade no ambiente de trabalho, Revista de Administração, São Paulo v.31, n.2, junho1996. Disponível em: http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=164, acesso em 26 de agosto de 2010. BORGES, Juliana. Se elas conseguem você também consegue. São Paulo; edição 9125. Julho 2010. Disponível em http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua- carreira/materia/se-elas-conseguem-voce-tambem-consegue-580109.shtml, acesso em 4 de setembro de 2010. Jornal bom dia.Trabalhador ganha com horário flexível. São Paulo; fevereiro de 2007.Disponívelem:http://www.administradores.com.br/informese/informativo/trabalh ador-ganha-com-horario-flexivel/9508/ , acesso em 06 de setembro de 2010. ANEXOS GEOPROCESSAMENTO CUSTOMIZANDO O ARCGIS Heverson Silva Tiago Siscoutto Professor João Fernando Galvão Resumo Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são ferramentas que permitem trabalhar com informação espacial (geográfica), integrando e sobrepondo vários tipos de informação. A sobreposição permite cruzar informação respeitante a uma determinada localização geográfica. Por exemplo: num mapa de uma cidade podemos sobrepor informação sobre as ruas, os edifícios, a localização das casas dos alunos e até uma imagem retirada do Google Earth. Deste modo, podemos facilmente obter um mapa onde aparece toda a informação, que é útil para analisar diversos fenômenos. Esse cruzamento da informação possibilita vários estudos de análise espacial com base nos vários parâmetros. Devido às suas potencialidades, os SIG são atualmente utilizados em qualquer atividade profissional, seja em planejamento, em investigação científica, em estudos de impacto ambiental ou outros. Com base no exposto acima, surge o seguinte questionamento: “É possível realizar customizações em Sistemas de Geoprocessamento a partir do Visual Basic, de modo que atendam as necessidades do usuário?” INTRODUÇÃO Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são ferramentas que permitem trabalhar com informação espacial (geográfica), integrando e sobrepondo vários tipos de informação. Justificativa Demonstrar que é possível complementar funcionalidades de um sistema geográfico através da utilização do VBA. Objetivo Mostrar as pessoas à importância de um programa de Geoprocessamento e suas funcionalidades. Problema de Pesquisa Adquirir conhecimento sobre o Geoprocessamento e posteriormente customizar o Arcgis Material e Métodos Notebook, acessórios e apresentação de slides. Relatório das Atividades Análise de dados a respeito do software Arcgis, organização das informações. Entendimento do programa e apresentação do mesmo. Conclusão Um programa como o Arcgis contribui com o melhor processamento de dados de Geográficos, uma vez que auxiliam na tomada de decisões no controle e prevenção voltada para o ambiente Geográfico. IDENTIFICAÇÃO BIOMÉTRICA Letícia Oliveira de Sousa Daniel Oliveira Pinto Professor João Fernando Galvão Resumo A identificação biométrica esta cada vez mais sendo usado por todo o mundo em diversos segmentos, como por exemplo, segurança. Como cada ser humano possui características únicas, a biometria é vista como a resposta para combater roubos e fraudes, por isso ela é muito utilizada na área de segurança pública e privada. O interessante desta tecnologia é que um dado biométrico não pode ser roubado ou recriado com facilidade e é um excelente método para controlar o acesso a determinadas informações. Para esta tecnologia funcionar, por trás é necessário estar programas de informática. Introdução Um sistema de computador ao qual não se pode enganar: identificação biométrica. Sendo cada vez utilizado pelo mundo, hoje através da digital, íris dos olhos e voz, por exemplo, um computador pode identificar uma pessoal com total precisão. É desta forma que a tecnologia novamente inova e trás ao ser humano mais segurança e benefícios já sendo utilizada, por exemplo, em auto-escolas, assinatura de ponto em empresas e até em fechaduras residenciais. Uma tecnologia que cada vez se tornara mais popular. * Justificativa: A utilização da tecnologia em diversos segmentos vem crescendo ainda mais, porém estas estão se modificando, melhorando e cada vez se tornando mais seguras ao ser humano. * Objetivo: Conhecimento mais aprofundado sobre tecnologias que estão crescendo e dominando segmentos. * Material e métodos: Slides em power point e vídeo. * Relatório das atividades: Explanação de informação explicando o que é, como surgiu, principais utilidades e seu funcionamento. Conclusão: O ser humano é soberano a todas as máquinas, isto é fato, porem devemos utilizálas da melhor forma possível. Com a identificação biométrica é a prova disso. Conseguir um nível mais alto e confiável de segurança era algo que se tornou necessário diante de tantas formas de fraudes e roubos. Foi assim que a biometria cada vez se introduziu mais em diversas áreas e é questão de tempo para estar dentro inclusive de nossas casas. Referencias: http://www.infowester.com/biometria.php http://www.malima.com.br/biometria/blog_commento.asp?blog_id=14 http://pt.wikipedia.org/wiki/Biometria http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=9823 http://www.lasallecaxias.com.br/biometria/biometria.htm http://www.netponto.com/ IPV6 PROTOCOLO IP Ágda Santana Maia Edriel Bergamim Patrick Lima de Paula Resumo Em 1990, o IETF (Internet Engineering Task Force), iniciou um trabalho para desenvolver uma nova versão deste protocolo, hoje chamado IPv6, que foi inicialmente conhecido como IPng (IP Next Generation). Antes disto, foram criadas soluções paliativas para amenizar a falta de endereçamentos de IP. A criação do DHCP e das redes NAT foi umas das causas que desacelerou a utilização IP validos na internet, proporcionando mais tempo para a criação e aperfeiçoamento do novo protocolo. O IPv6 possui varias vantagens em comparação ao IPv4 e uma delas é o espaço de endereçamento, que passa de 32 bits para 128 bits, isto fez com que o problema de endereçamento de IP se torne um assunto acabado. Introdução Nos últimos anos, a Internet demonstrou uma altíssima taxa de crescimento, que superou as mais otimistas expectativas de uma década atrás. Isto eventualmente trouxe problemas, que não estavam previstos. Com o grande número de hosts conectados, os endereços IP começaram a se tornar escassos, principalmente pela maneira ineficiente como foram divididos em classes, o que gerou desperdício. Estes dois fatos contribuíram para gerar um crescimento das tabelas utilizadas para roteamento, o que tornou esta atividade lenta e ineficiente. Claramente, o protocolo de rede utilizado, o IPv4 (Internet Protocol version 4) necessita ser substituído. Assim, em 1990, o Internet Engineering Task Force (IETF), começou a trabalhar no desenvolvimento da nova versão deste protocolo. Finalmente em 1995 o IPv6 estava pronto. Justificativa O atual protocolo de IP, versão 4 tem se tornado escasso e foi necessário o desenvolvimento de um novo protocolo com maior capacidade e eficiência. Objetivo Disponibilizar informações que permitam se adaptar ao novo protocolo de IP, a necessidade da implantação do novo protocolo de IP nas redes de computadores. Problema de Pesquisa Mostrar que o protocolo IPv4 esta acabando e a necessidade de desenvolver o IPv6. Material e Métodos Notebook e apresentação em slides. Relatório das Atividades Explicação sobre o IPv6, mostrando como desenvolveram e sua utilização. Conclusão O IPv6 apresenta algumas vantagens importantes sobre o IPv4. O protocolo foi feito para evitar que dados desnecessários fossem colocados no cabeçalho, tornando alguns campos opcionais. A questão de segurança com suporte nativo faz o protocolo ser mais robusto, e a nova forma de endereçamento resolverá os problemas atuais. A transição entre os protocolos IPv4 e IPv6 será bem gradual. No início, pequenos grupos de roteadores usarão o IPv6, sendo isolados uns dos outros. Com o passar do tempo, mais e mais grupos irão usar o protocolo, e eles irão crescendo. Quando dois ou mais grupos usando IPv6 ficarem justapostos, então eles se tornarão um mesmo grupo, maior. E assim sucessivamente até que um dia o protocolo IPv6 será mais usado que o IPv4. Referências http://www.ceptro.br/CEPTRO/ElearningIPv6 http://pt.wikipedia.org/wiki/IPv4 http://pt.wikipedia.org/wiki/IPv6 http://www.ipv6.br http://www.infowester.com/ipv6.php LETRAMENTO – PROPOSTA BASEADA NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA ALUNOS SURDOS ELAINE CRISTINA MACHADO Objetivo Geral: Tratar do letramento como metodologia de ensino utilizada por professores que atuma na educação de surdos visando o Ensino de Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como aquisição de segunda língua. Pequeno esboço da Pesquisa: A presente pesquisa que trata do Letramento, tem como objetivo analisar as práticas pedagógicas aplicadas aos alunos surdos e avaliar os benefícios do letramento bilingüe para os mesmos, assim como a adoção de métodos visuais de ensino. Considerando que a LIBRAS está abrindo caminhos para que as escolas mudem suas metodologias baseadas no oralismo e que passem a aderir o bilinguismo, ou seja, utilizar a língua de sinais como linguagem materna para o aprendizado do português escrito, configurando-se como segunda língua. O bilingüismo é um assunto que vem sendo bastante discutido pelos pensadores da Educação de Surdos e traz como proposta o ensino da língua portuguesa, em sua modalidade escrita e a língua de sinais (língua mãe dos surdos) como primeira língua. A proposta do Letramento é um trabalho que deve ser realizado junto às escolas que prestam atendimento especializado aos alunos surdos e que devem estar preparados para esta idéia que visa, além de dar acesso ao surdo à Língua Portuguesa, respeitar sua língua mãe, sua cultura e sua diversidade cultural. Considerando a língua portuguesa uma língua de grande riqueza linguística, e isso a torna muito difícil também, percebemos que os surdos, mesmo letrados, vão sempre apresentarem uma dificuldade em relação a sua segunda língua (L2). Ser letrado, em relação ao surdo, não é ser alfabetizado. Este letramento parte da utilização de textos de circulação social para que este sujeito (surdo) tenha aproximação com sua língua pátria. Embora o letramento seja o resultado do ensino da leitura e da escrita, para o surdo trata-se mais da apropriação desta escrita a partir daquilo que ele vê, não exatamente fazendo a leitura linear de um determinado texto por exemplo. Vários fatores influenciam no processo de letramento para surdos e um deles é o fato de não basear-se na alfabetização, uma vez que a alfabetização é um processo de morfemas e fonemas (fala). O surdo brasileiro enquanto ser bilíngue tem sua língua mãe, sua primeira língua, a Libras (L1) e sua segunda língua, sua língua pátria, a Língua Portuguesa (L2), entretanto a apropriação desta é na modalidade escrita. Hoje muitos fatores contribuem para o interesse do surdo em letrar-se. Não podemos dizer que isto é algo prazeroso, pois suas experiências e o desenvolvimento de seus conceitos se dá pela língua gestual visual que ocorre no espaço e a língua escrita se dá linearmente, todavia a necessidade de comunicar-se por ela traz ao surdo o interesse de aprender a escrever. Um exemplo simples e comum é o MSN (Messenger), embora haja webcam e muitos surdos comunicam-se entre e si por meio dela, a comunicação com um ouvinte ocorrerá sempre a partir da modalidade escrita, para tanto o surdo necessita apropria-se de sua L2 para que compreenda o que o outro quer lhe dizer. Quanto ao professor ouvinte que atua no ensino da L2 para surdos existem muitos pontos relevantes, entre eles posso colocar que o professor que atua na área de Educação de Surdos deve: Ter domínio da Língua de Sinais para conseguir dar mediar o conhecimento para a sua clientela; Conhecer as peculiaridades da comunidade surda e seus aspectos culturais; Considerar os surdos como um ser bilíngue onde há uma única diferença, a Língua; Saber, com competência, as regras e a estrutura de linguagem da língua sinalizada. E ainda, posso dizer, com propriedade que, um professor só saberá passar uma informação com clareza a um surdos quando, além de dominar os princípios acima colocados, ainda deve conhecer como se processa o pensamento de um surdo. Algumas referências pesquisadas BRASIL, Secretaria de Educação Especial. Língua Brasileira de Sinais Organizado por Lucinda F. Brito Et Al. Brasília: SEESP, 1997. DIAS, Silvania Maia Silva. STROBEL, Karin Lilian. Surdez: Abordagem Geral. Editora Apta. Curitiba, 1995. INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS. Anais do Seminário surdez, cidadania e educação: refletindo sobre os processos de Exclusão e Inclusão. 19 a 22 de outubro de 1998. KARNOPP. Lodenir Becker. Língua de Sinais Brasileira. Estudos Lingüísticos. Editora Artmed, 1994. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À EDUCAÇÃO DOS SURDOS. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos. Caminhos para a Prática Pedagógica. Volume 1. Brasília, 2004. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À EDUCAÇÃO DOS SURDOS. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos. Caminhos para a Prática Pedagógica. Volume 2. Brasília, 2004. SKLIAR, Carlos. A Surdez. Um olhar sobre as diferenças. Editora Mediação. Porto Alegre, 1998. SKLIAR, Carlos. Atualidade da Educação Bilíngüe para Surdos. Editora Mediação. Porto Alegre, 1999. STRANDOVA, Vera. Como é ser surdo. Editora Babel. Rio de Janeiro, 2000. STROBEL, Karin Lilian; DIAS, Silvania Maria Silva. Surdez: Abordagem Geral. Curitiba: APTA-gráfica e editora, 1995. LIBERDADE ALINE CAROLINE PEREIRA VASCONCELOS Antes de ingressar diretamente no assunto, faz-se necessário o estudo do Liberalismo, é um sistema político-econômico baseado na defesa da liberdade individual, nos campos econômico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do poder estatal. Em Filosofia Política, o liberalismo parte do princípio de que o homem nasce livre, tem a propriedade dos bens que extrai da natureza ou adquire por via de seu mérito ou diligência e, quando plenamente maduro e consciente, pode fazer sua liberdade prevalecer sobre as reações primárias do próprio instinto e orientar sua vontade para a virtude. Uma pessoa madura e livre está à altura de perseguir sua felicidade a seu modo, porém respeitada uma escala de valores discutida e aprovada por todos, ou seja, ela deve reconhecer sua responsabilidade em relação ao seu próprio destino e ao objetivo da felicidade coletiva em sua comunidade ou nação. Será contraditório que alguém ou algum grupo tenha naturalmente poderes para cercear essa liberdade sem que parta do próprio indivíduo uma concordância para tal. Sir Robert Filmer. Escreveu um livro em defesa do direito divino dos reis e a função patriarcal do monarca. Segundo ele, Deus havia dado a autoridade política diretamente ao rei e seus sucessores legítimos, e o rei governava de Direito com autoridade absoluta e discricionária, do mesmo modo que um pai era considerado então o chefe absoluto da família. O Rei responde perante Deus, mas não deve, na Terra, contas a ninguém. O filósofo John Locke (1632-1704) entrou em polêmica com Filmer, argumentando que um governo é legítimo apenas se tem o consentimento e aprovação dos governados. Locke é o primeiro a afirmar que o indivíduo possui o direito à liberdade e à propriedade. Estes direitos precederiam a criação de um governo, pois este último resultaria de uma convenção pela qual os indivíduos decidissem livremente a se associarem para melhor proteger seus direitos. Hutcheson supunha, contrariamente a Hobbes, uma união fraterna entre os homens primitivos. Acreditava em uma “faculdade de sentimento moral” que ligaria toda a humanidade com benevolência e solidariedade. Somente com a fraternidade haveria liberdade. Os homens primitivamente estavam sujeitos apenas a Deus e às leis da natureza. Na visão de Rousseau, o desenvolvimento humano passa por vários estágios a começar do mais primitivo, em que os homens se associam apenas para caçar, seguido pela fase de agregação permanente porém com pouca divisão do trabalho e propriedade, e finalmente o terceiro estágio, com acentuada divisão do trabalho e propriedade, o que permite surgir a agricultura e a metalurgia. A partir desse último estágio cresce a desigualdade de propriedade e outras formas de desigualdade social. O pensamento de Jean-Jacques Rousseau, que já se assemelhava ao de Hutcheson quanto à bondade natural do homem primitivo, também se apossa da idéia de “vontade geral” latente em Platão. Aquele que conhece os caminhos racionais para o bem estar e o progresso social – finalidade da união dos homens e por isso objeto da "vontade geral" –, deve conduzir a sociedade a esse caminho, ainda que contrariando os sentimentos e a vontade da maioria, e por meio da força. A condenação à Igreja já não se faz por motivo de sua interferência política mas porque a religiosidade deve ter por objeto a “Deusa Razão”. Apesar de diversas culturas e épocas apresentarem indícios das idéias liberais, o liberalismo definitivamente ganhou expressão moderna com os escritos de John Locke (1632 - 1704) e Adam Smith (1723-1790). Seus principais conceitos incluem individualismo metodológico e jurídico, liberdade de pensamento, liberdade religiosa, direitos fundamentais, estado de direito, governo limitado, ordem espontânea, propriedade privada, e livre mercado. Liberalismo pode ser resumido como o postulado do livre uso, por cada indivíduo ou membro de uma sociedade, de sua propriedade. O fato de uns terem apenas uma propriedade: sua força de trabalho, enquanto outros detêm os meios de produção não é desmentido, apenas omitido no ideário liberal. Nesse sentido, todos as homens são iguais, fato consagrado no princípio fundamental da constituição burguesa: todos são iguais perante a lei, base concreta da igualdade formal entre os membros de uma sociedade. Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Cabe considerar aquela que constitui a liberdade-matriz, que é a liberdade de ação em geral, que decorre do art. 5º, II, segundo o qual ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Liberdade de locomoção (ir/ vir) É a possibilidade jurídica que se reconhece a todas as pessoas de serem senhoras de sua própria vontade e de locomoverem-se desembaraçadamente dentro do território nacional; para nós as formas de expressão dessa liberdade se revelam apenas na liberdade de locomoção e na liberdade de circulação. (CF, art. 5º, XV). Garantia é o habeas corpus art. 5º inciso LXVIII na Constituição Federal. A liberdade de locomoção consiste no direito de ir e vir. O art. 5º, XV, declara livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Um poder que todos têm de coordenar e dirigir suas atividades e de dispor de seu tempo como bem lhes parecer. Envolve o direito de migrar (emigrar e imigrar). Desde o século XVII deu-se a essa liberdade uma garantia específica: o habeas corpus. Liberdade de pensamento É o direito de exprimir, por qualquer forma, o que se pense em ciência, religião, arte, ou o que for; trata-se de liberdade de conteúdo intelectual e supõe contato com seus semelhantes; inclui as liberdades de opinião, de comunicação, de informação, religiosa, de expressão intelectual, artística e científica e direitos conexos, de expressão cultural e de transmissão e recepção do conhecimento. Liberdade de consciência e de crença “É inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício de cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as sus liturgias”(CF, art. 5º, VI). E a chamada escusa de consciência que nossa constituição diz que “Ninguém será privado dos direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei” (CF, art. 5º, VIII). A liberdade religiosa compreende a liberdade de crença, inviolável (art. 5º, VI), a liberdade de culto, com a prática dos ritos, no culto, com suas cerimônias, manifestações e reuniões, e a liberdade de organização religiosa, com suas relações com o Estado. Liberdade de expressão ou manifestação do pensamento “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem” (CF, art. 5º, IV e V). Como podemos perceber o constituinte declarou este direito com alguns ônus: vedação ao anonimato (a pessoa que desejar manifestar seu pensamento tem que se declarar), direito de resposta (proporcional ao agravo), e a indenização por dano material ou moral ou à imagem (caso abale moralmente o individuo). Aqui também se manifesta o direito de segredo, isto é, direito da não manifestação do pensamento (CF, art. 5º, LXIII). A liberdade de manifestação do pensamento é um aspecto externo da liberdade de opinião, vedado o anonimato (art. 5º, IV), assegurando o direito de resposta, proporcional ao agravo (art. 5º, V). Brizola, Fernando Henrique, Chico Buarque, Caetano Veloso e tantos outros políticos e intelectuais amargaram o exílio, durante o regime dos Atos Institucionais do Comando Militar Revolucionário de 1964. A liberdade de opinião é a liberdade primária de pensar e de dizer o que se crê verdadeiro. A Constituição prevê a liberdade de consciência e de crença, que declara inviolável (art. 5º, VI), como a de crença religiosa e de convicção filosófica ou política (art. 5º, VIII). Por isso, você pode ser ateu, criar sua própria religião, seguir uma corrente filosófica, científica ou política ou ser simplesmente cético. Liberdade de informação em geral “A liberdade de informação compreende a procura, o acesso, o recebimento e a difusão de informação ou idéias por qualquer meio, sem dependência de censura, respondendo cada qual pelos abusos que cometer”. Existem alguns aspectos quanto a esta liberdade: a) sigilo da fonte, caso a informação não seja verídica, e o jornalista não queira divulgar a sua fonte, ele ou o meio de comunicação respondem pelos danos causados ao ofendido (CF, art. 5º, XIV); b) liberdade de informação jornalística, a constituição define direitos de ampla liberdade aos meios de comunicação, salvos as restrições definidas nela mesma (CF, art. 200-224); c) direito de certidão dos órgãos públicos (CF, art. 5º, XXXIII e IV). A liberdade de informação jornalística (art. 220, § 1º) é a lei de informar e de ser informado. É a imprensa livre, o "olhar onipotente do povo", no dizer de Karl Marx (A Liberdade de Imprensa, p. 42). Liberdade de ensino A Constituição destacou, em relação ao exercício do magistério, quando põe como um dos princípios do ensino a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, dentro de uma visão pluralista de idéias, de concepções pedagógicas e de instituições públicas e privadas do ensino (CF, art. 206, II e III). A liberdade de ensinar abrange a liberdade de aprender, e a liberdade de pesquisar (modo de aquisição do conhecimento). A liberdade do professor de ensinar fica condicionada aos currículos escolares e aos programas oficiais de ensino (CF, art. 209). Ele também o dever de esforçar-se para que seu ensino seja bom, eficiente e eficaz, pois o aluno tem o direito de reclamar um trabalho sério de seus mestres. A liberdade de transmissão e recepção do conhecimento (art. 206, II e III) é a da classe dos professores, a liberdade de ensinar, a liberdade de cátedra, a de ser o único juiz da verdade sobre o que ensina. Toda pessoa tem direito à educação, e esta gratuita; o Estado deve suprir seus cidadãos quanto à esta educação, mas não interferir nos métodos, matérias e assuntos lecionados. A educação deve prover a formação de uma personalidade voltada ao respeito aos direitos humanos, à promoção da paz entre as nações, independentemente de preceitos religiosos e étnicos. Liberdade de reunião Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao publico, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (CF, art. 5º, XVI). Reunião é qualquer agrupamento formado em certo momento com o objetivo comum de trocar idéias ou de receber manifestação de pensamento político, filosófico, religioso, cientifico ou artístico. É uma formação grupal passageira. Incluem-se no conceito de reunião as passeatas e manifestações nos logradouros públicos para exprimir uma vontade coletiva ou sentimentos comuns. A única restrição a esta liberdade é que estas reuniões sejam sem armas, porque só admitem reuniões com fins pacíficos, vedando a reunião de bandos com fins belicosas. A Constituição define as reuniões em locais públicos, mas não quer dizer que não possa ser realizados em locais privados, estas são amplamente livres, e são amparadas pelo direito de inviolabilidade de domicilio. A escolha do local da reunião aberto ao publico é livre, salvo se já tiver outra reunião marcada, comprovadamente, para o mesmo local. O direito de associação assemelha-se diretamente à liberdade de reunião, onde as sociedades que aceitam livremente os ajuntamentos em grupos com motivações semelhantes, cabendo aos membros de cada facção zelar pelo bom uso deste direito, para que não venha a tornar-se oposto ao interesse comum, não infringir as leis ou ainda impedir o livre acesso ou desligamento de seus membros. A liberdade de reunião é valida onde todos respeitam os pontos de vista , pois através dessa liberdade surgirão idéias e teses que serão usadas em prol de um todo. Liberdade de associação Este direito é garantido pelos incisos XVII a XXI do art. 5º que diz que “é plena a liberdade de associação para fins pacíficos, vedada a de caráter paramilitar”, que “a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independente de autorização, vedada a interferência estatal em seu funcionamento”, que “as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado”, que “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”, e que “as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem legitimidade para representar seus filiados em juízo ou fora dele”. Associação é toda coligação voluntária de algumas ou de muitas pessoas físicas, por tempo longo, com o intuito de alcançar algum fim (licito). Seus elementos são: permanência, fim licito, e base contratual. A liberdade de associação inclui também as sociedades, pois o texto constitucional não restringe a sociedade sem fins lucrativos. A liberdade de associação contém quatro direitos individuais: o de criar, de aderir, de desligar-se, e de dissolver qualquer associação. E existem duas garantias coletivas que vedam a interferência estatal no seu funcionamento, ficando sujeitas só para fiscalização do poder público, e as associações só poderão ser dissolvidas por via judicial. Há apenas duas restrições à liberdade de associar-se, veda-se que não seja para fins lícitos ou de caráter paramilitar. No mais têm as associações o direito de existir, permanecer, desenvolver-se e expandir-se livremente. Liberdade de trabalho É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (CF, art. 5º, XIII). É a liberdade de escolha e exercício de qualquer trabalho lícito. É um direito individual, e não social, pois não garante o trabalho, nem a possibilidade, nem o emprego. Há profissões que devem observar certas qualificações para o seu pleno exercício e quem irá definir estas qualificações é lei, pois “compete à união legislar sobre condições para o exercício de profissões” (CF, art. 22, XVI). Estes direito são de eficácia contida, tem aplicação imediata, mas a lei restringe a sua aplicação. As normas constitucionais que definem as liberdades são, via de regra, de eficácia plena e aplicabilidade direta e imediata; vale dizer, não dependem de legislação nem de providência do Poder Público para serem aplicadas; algumas normas podem caracterizar-se como de eficácia contida (quando a lei restringe a plenitude desta, regulando os direitos subjetivos que delas decorrem); o exercício das liberdades não depende de normas reguladoras, porque, como foi dito, as normas constitucionais que as reconhecem são de aplicabilidade direta e imediata, sejam de eficácia plena ou eficácia contida. A característica de normas de eficácia contida tem extrema importância, porque é daí que vêm os sistemas de restrições das liberdades públicas; algumas normas conferidoras de liberdade e garantias individuais, mencionam uma lei limitadora (art. 5º, VI, VII, XIII, XV, XVIII); outras limitações podem provir da incidência de normas constitucionais (art. 5º, XVI e XVII); tudo isso constitui modos de restrições de liberdade sem que, no entanto, esbarram no princípio de que é liberdade, o direito, que deve prevalecer, não podendo ser extirpado por via da atuação do Poder Legislativo nem do poder de polícia. Crimes contra a liberdade individual O Capítulo intitulado Crimes contra a liberdade individual do Código Penal brasileiro abrange os artigos 146 a 149 e engloba aqueles crimes que ferem a liberdade legalmente garantida das pessoas em território brasileiro. O atentado à liberdade individual é caracterizado pela perda, ocasionada pela ação de terceiro, do direito de autodeterminação, consubstanciado na máxima "ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de Lei". Sendo este o objeto jurídico, o sujeito passivo deve ter livre arbítrio, e a conduta impedida deve ser permitida ou não proibida em Lei. Neste capítulo estão descritos o constrangimento ilegal, a ameaça, o seqüestro e cárcere privado e a redução a condição análoga à de escravo. Liberdade política De acordo com Isaiah Berlin, existem dois tipos de liberdade política: a positiva, que consiste na participação direta, pessoal e contínua dos cidadãos na vida política, e a negativa, em que os cidadãos dedicam-se aos seus assuntos particulares, delegando a responsabilidade pelos assuntos políticos aos seus representantes. Liberdade condicional Liberdade ou livramento condicional é o sistema em que um condenado, ao invés de cumprir toda a pena encarcerado, é posto em liberdade se houver preenchido determinadas condições impostas legalmente. Neste sentido não se confunde com o sursis, que é a suspensão condicional da pena. Enquanto no livramento condicional um preso é liberto, no sursis a pena deixa de ser aplicada. Liberdade de expressão Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, idéias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral. Liberdade econômica Liberdade econômica é a situação em que as pessoas de uma sociedade desempenhando um papel de agente econômico - podem escolher como usar o recurso de que dispõem - seja natural ou físico ou intangível como sua força de trabalho ou sua força de empreendedorismo, de sua propriedade- sem ter de se sujeitar à qualquer compulsão ou coerção de outro agente, seja privado ou do estado, não baseada em lei criada de maneira legal e socialmente reconhecida como tal. Liberdade econômica implica que o agente econômico tem o poder de comprar e vender seus produtos ou seus insumos ou suas propriedades - sejam eles ou elas mercadorias ou bens de produção ou capital,- para quem ele quiser desde que ambas as partes - os compradores e os vendedores - concordem sem estarem sendo coagidos ou obrigados por força autoritária. Significa estar livre para negociar com quem quiser, desde que o outro concorde. Significa ter liberdade para contratar ou demitir pessoas vendedores de sua força de trabalho - trabalhadores, desde que a ação do agente não viole a legislação sobre contrato de trabalho. Significa também ter liberdade para se demitir do posto de trabalho criado por empreendedor comprador de força de trabalho, também desde que a ação não viole a legislação sobre o contrato de trabalho.Significa também respeitar as leis civis e de comércio, seja o agente econômico um agente privado ou um agente governamental. BIBLIOGRAFIA Escola da Ponte – LIBERDADE EDUCACIONAL http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_da_Ponte TIPOS DE LIBERDADE http://www.orbiuris.com/doutrina/art.php?a=87.000 LIBERDADE DE IMPRENSA E DIREITO DE IMAGEM http://www.editoras.com/renovar/0234.htm LIBERDADE ASSISTIDA http://www.neves.mg.gov.br/ribeiraodasneves/templates/interna_noticia?id_sessao= 10&id_noticia=49 LIBERDADE DE EXPRESSÃO http://www.embaixadaamericana.org.br/democracia/speech.htm LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ASSEMBLY João Fernando Dal Bem Galvão Resumo A busca incessante por melhoria de computacional está diretamente associada às linguagem Assembly possibilita ao profissional entendimentos internos dos processadores, programas mais eficientes. desempenho em um sistema linguagens de programação. A de computação, abordagens e possibilitando a criação de Introdução A presença e a importância das tecnologias em nossas vidas cada vez mais estão associadas ao uso de computadores e seus circuitos eletrônicos, os quais buscam proporcionar a realização de tarefas de maneira mais cômoda, rápida e eficiente. Ao projetar ou desenvolver um sistema computacional, entender o correto funcionamento de um computador possibilita ao profissional da área de computação, um maior ganho de desempenho. Nesse sentido, as linguagens de programação podem oferecer diversos recursos e abordagens. O conhecimento e domínio da linguagem Assembly permite ao desenvolvedor de sistemas, um total conhecimento interno das estruturas que possibilitam a criação de programas mais rápidos e mais consistentes. Justificativa Com a evolução das linguagens de programação, a grande maioria dos profissionais de computação não mais explora o que de melhor um computador pode oferecer: otimização e eficiência. O intuito do trabalho é apresentar a linguagem Assembly como um alerta para o comodismo de muitos desenvolvedores. Objetivo Demonstrar a importância e o funcionamento da linguagem de programação Assembly.Indiretamente, apresentar o funcionamento interno de um computador e caminhos para um desenvolvimento de programas computacionais que possam oferecer maior eficiência. Problema de Pesquisa Como abordar e comparar Assembly às principais linguagens de programação atuais e ainda assim promover ganhos de desempenho? Material e Métodos Notebook, acessórios e apresentação de slides. Conclusão A linguagem de programação Assembly deixa como legado ao profissional de computação, a importância da total compreensão do funcionamento interno de um computador. Isso permite um desenvolvimento de programas melhores e mais rápidos, além de mostrar caminhos alternativos para a solução de problemas inviáveis em uma linguagem de programação de alto-nível. MAPEAMENTO DA SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS E MOVIMENTO DE MASSA E COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA POR MEIO DE SIG NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BRUMADO – MORRETES/PR Kaline Ribeiro de Freitas Tamirys do Nascimento Padovani Professores: Marciel Lohmann Camila Cunico Palavras Chaves: Zoneamento Ambiental, SIG e Bacia Hidrográfica RESUMO A bacia hidrográfica do rio Brumado está localizada na porção oeste do litoral do estado do Paraná, no município costeiro de Morretes. Esta bacia está representa por duas cartas topográficas na escala de 1:25.000, onde foram obtidas através da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA. A partir destas , extraíram-se os dados necessários para a elaboração de cartas temáticas onde poderemos analisar as regiões que são suscetíveis a movimentação de massas e processos erosivos, e caracterização do relevo, para que seja produzidas e analisadas, de forma que, na conclusão deste trabalho, tenhamos uma carta de zoneamento geomorfológico onde possamos observar e entender de maneira mais claro a situação da região pesquisada. 1. INTRODUÇÃO Observa-se que nos dias atuais os problemas ambientais ocorridos acontecem a partir do momento em que o homem tem por objetivo explorar os recursos naturais a seu favor ou em benefício da sociedade, pode-se também levar em consideração os fatores da natureza que atuam como agentes transformadores. Cunico (2007), ressalta a preocupação com a problemática ambiental que apresenta-se como uma constante não só na ciência geográfica como também nos demais campos do conhecimento. Ocorre, em razão da conscientização atual, na qual o ambientalismo e a crise ecológica assumem definitivamente papel de destaque no cenário mundial, uma vez que centralizam questões éticas, políticas, econômicas, sociais e culturais. Nesse sentido o planejamento ambiental de áreas que necessitam serem preservadas torna-se uma ferramenta para analisar tais aspectos. David et al (2000) afirma que o planejamento ambiental é fundamental para o desenvolvimento sustentável de cidades. As matas ciliares são ecossistemas intensamente utilizados e degradados pelo homem, por localizarem, na maioria das vezes, em locais planos férteis e úmidos – ideais para a agricultura, por fornecerem madeira e condições propícias para construção de estradas, urbanização e lazer. Sendo assim, o SIG (Sistema de Informações Geográficas) e o geoprocessamento são instrumentos que colaboram nas análises e identificações das áreas de suscetibilidade a deflagração de processos erosivos e de movimento de massas com o mapeamento das áreas de vulnerabilidade geomorfológica e, posteriormente, com a identificação das áreas de morfodinâmica natural, estabelecendo pela legislação ambiental as áreas que serão delimitadas para preservação permanente (APP) e dando suporte a outras medidas que necessitem ser tomadas a partir dos estudos aplicados no local, ou seja, as áreas prioritárias a recuperação ambiental. Levando em consideração tais ideias, o objetivo principal deste trabalho, consiste em elaborar o mapeamento da suscetibilidade a processos erosivos e movimento de massa e o zoneamento ambiental por meio de SIG na bacia hidrográfica do rio Brumado – Morretes/PR. 2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO A área do presente estudo corresponde a bacia hidrográfica do rio Brumado, situada na porção oeste do município costeiro de Morretes (Figura 1), geograficamente entre as coordenadas de latitude Sul 25,48º e 25,5º e longitude Oeste 48,95º e 48,87º. A área total da bacia corresponde a 21,34 km2. O rio Brumado tem suas nascentes na Serra do Marumbi e deságua no rio Marumbi, que posteriormente deságua no Nhundiaquara, cuja foz é a baía de Antonina. É importante salientar ainda que a área de estudo está inserida na porção oriental do Estado do Paraná (bacia hidrográfica Atlântica ou Leste), na qual concentra-se uma significativa reserva de cobertura florestal em estágio avançado, assumindo, no contexto brasileiro, o maior e mais representativo complexo de remanescente da Floresta Ombrófila Densa, popularmente conhecida como Floresta Atlântica. Além disso, localiza-se na região em que se iniciou o processo de colonização do Paraná, mostrando uma estreita relação com os ciclos econômicos do estado (CUNICO, 2007). Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Brumado Equador Guaraqueçaba Antonina Brasil Morrestes Paranaguá Trópico de Capricórnio Pontal do Paraná Paraná Guaratuba 708000 710000 712000 7182000 706000 Matinhos 7180000 Ri o Br um a do Estrada Secundária 7178000 Legenda Hidrografia Bacia Hidrográfica N 1 0 1 Km 7176000 Fonte: DSG, 2002 Elab.: Cunico, C. & Lohmann, M., 2010. Figura 1 – Localização da bacia hidrográfica do rio Brumado Geomorfologicamente, o litoral é caracterizado e constituído por uma estreita faixa montanhosa afundada por falhamentos que originam a Serra do Mar. É um litoral de imersão, onde antigos vales e enseadas foram preenchidos por sedimentação marinha e terrestre. O relevo é muito suave, com pequenas ondulações e altitudes que somam alguns metros acima do nível do mar. São comuns os morros isolados e espigões que se destacam na topografia ou formando pequenos maciços na planície sedimentar. (PARANÁ, 2003, p. 10). Segundo Cordani e Girandi (1967) et al Cunico (2007), a Serra do Mar é uma serra marginal de borda de planalto, com um desnível acentuadamente maior para o lado do oceano do que para o lado continental, mas possuindo taludes e vertentes abruptas nos dois flancos. O relevo no domínio dessa unidade é bastante acidentado, com vales profundos, estreitos e vertentes rochosas muito íngremes. Os cursos d’água principais estão encaixados em linhas de falha e de fraturas, conferindo à drenagem subseqüente um padrão retangular, às vezes, angular. Os blocos graníticos formam espigões alongados, salientes à topografia, orientados principalmente na direção NE-SW, exibindo um fraturamento característico. As partes mais baixas da Serra do Mar são ocupadas por rochas gnáissicas-migmatíticas na forma de morros subarrendondados, muito recortados e com uma drenagem pouco subordinada às linhas tectônicas. Para Oka-Fiori e Canali (1987), a zona da serra que acompanha a escarpa de falha do Complexo Cristalino é repartida por falhas transversais em blocos elevados e rebaixados. Em certos pontos, forma serras isoladas que têm denominações locais, as quais se elevam consideravelmente sobre o nível geral do interior. Oka-Fiori et al (2002) alegam que a Serra do Mar exerce um importante papel na geomorfologia paranaense, uma vez que constitui o divisor de águas que separa a região litorânea dos planaltos, cujas elevações se aproximam de 2000 metros de altura. 3. JUSTIFICATIVA Na porção oriental do estado do Paraná está concentrada uma significativa reserva de cobertura florestal em estágio avançado, conhecida popularmente como Floresta Atlântica. Sendo assim, é necessário que qualquer ação com objetivo de intervir no uso de tal bacia tenha como preocupação primordial o conhecimento detalhado dos elementos do meio físico que compõem a área, já que se trata de uma área frágil do ponto de vista ambiental, pois está inserida em uma região com declividades acentuadas e com altos índices pluviométricos, o que por si só já traduzem sua vulnerabilidade. Portanto, é imprescindível que se conheça os elementos do meio físico e social, com intenção de identificar as potencialidades e limitações do meio diante dos processos de intervenção antrópica. Assim, é possível desenvolver ações tendo como princípio o desenvolvimento sustentável. 4. OBJETIVO Confeccionar mapeamento de áreas suscetíveis a processos erosivos e movimento de massa bem como elaborar a compartimentação geomorfológico da bacia hidrográfica em questão. 5. PROBLEMA DE PESQUISA A bacia hidrográfica do rio Brumado bem como as demais bacias que compõem as áreas de drenagem do litoral paranaense são caracterizadas por diversos problemas de gestão, de desenvolvimento humano e de conservação, ocasionando situações conflitantes entre as atividades econômicas, práticas humanas e proteção ambiental. 6. CONCEPÇÃO METODOLÓGICA LEFF (2001) afirma em sua análise sobre a questão ambiental, que se deve ter uma visão sistêmica e pensamento holístico para a reconstituição de uma realidade “total”, propondo um projeto para pensar as condições teóricas e estabelecer métodos que orientem as práticas interdisciplinares. Sob essa orientação e visando a obtenção de resultados satisfatórios quanto ao objetivo proposto, tomou-se por base uma estruturação na qual o método de pesquisa está atrelado à abordagem ambiental, a fim de promover uma análise integrada da natureza. Todos os elementos (clima, geologia, geomorfologia, solos, uso e cobertura da terra) utilizados, serão representados por meio de cartas temáticas e avaliados observando-se a bacia hidrográfica de estudo integralmente, portanto, de maneira sistêmica, considerando para tal, as relações existentes entre os elementos físicos, bióticos e humanos. Para cada elemento supracitado serão aplicados valores de vulnerabilidade definidos em função dos processos de morfogênese e pedogênese, ou seja, quando predomina a morfogênese prevalecem os processos erosivos, modificadores das formas de relevo, e quando predomina a pedogênese prevalecem os processos formadores de solos. Tendo por base o estudo de caso da bacia hidrográfica do Rio Brumado, essa metodologia tem por finalidade fazer uma primeira análise da área estudando o meio abiótico como a pedologia, declividade, formas de vertentes, geologia, movimentos de massas, erosão, entre outros. A partir dessas informações geocartográficas será possível elaborar a Carta de Suscetibilidade à Erosão e Movimentos de massas. Tais procedimentos serão realizado com auxílio de sistema de informação geográfica, com o auxílio do software de geoprocessamento ArcGis 9.3. De acordo com Medeiros (1999), a utilização de técnicas computacionais permite realizar análises complexas, ao integrar dados obtidos de diversas fontes em diferentes formatos, criando banco de dados georreferenciados. De acordo com Paula e Santos (2009) a segunda etapa tem início a partir do produto resultante da primeira etapa, o qual se refere à seleção das áreas de elevada suscetibilidade à erosão e movimento de massa. Sobre tais áreas são definidas as porções da bacia com prioridade à recuperação ambiental levando em consideração a legislação vigente definida pelo Código Florestal Brasileiro nº 4.771 em 15/09/1965 do artigo 2º em que assegura a cobertura vegetal nativa em Áreas de Preservação Permanente, ou seja, ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água. Finalizando os procedimentos metodológicos será elaborada uma carta de compartimentação geomorfológica, a qual consiste em uma síntese de todo diagnóstico das variáveis físicas-naturais. 7. RESULTADOS PRELIMINARES A bacia hidrográfica do rio Brumado apresenta áreas com elevado grau de suscetibilidade a processos erosivos e de movimentos de massa, condicionadas principalmente pela forte declividade, solos rasos e altos índices pluviométricos. A vegetação, ainda bem preservada constitui-se como fator de expressiva importância, já que protege as encostas contra os processos morfogenéticos. Salienta-se que o presente estudo ainda encontra-se em fase de desenvolvimento. Portanto os resultados finais deverão ser apresentados em dezembro de 2010, já que fazem parte do trabalho de conclusão de curso. 8. BIBLIOGRAFIA BOLDRINI, E.B.; PAULA, E.V. (2008) O Programa CAD e a recuperação de bacias hidrográficas para mitigar o processo de assoreamento. In: BOLDRINI, E.B.; SORAES, C.R.; PAULA, E.V. (Orgs.). Dragagens Portuárias no Brasil: Engenharia, Tecnologia e Meio Ambiente. Antonina: ADEMADAN; UNIBEM e MCT. CAMILA CUNICO CHISATO OKA-FIORI - Zoneamento Ambiental Da Bacia Hidrográfica do Rio Marumbi – Pr: Perspectivas para a Análise e Avaliação das condições sócio-ambientais. CUNICO, C. Zoneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Marumbi - PR: Perspectivas para a Análise e Avaliação das Condições Sócio-Ambientais.Dissertação de Mestrado (Mestrado em Geografia). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. LEFF, E. (2001) Epistemologia ambiental. Tradução de: Sandra Valenzuela. São Paulo: Cortez Editor. MEDEIROS, J.S. (1999) Banco de dados geográficos e redes neurais artificiais: tecnologias de apoio à gestão do território. São Paulo. 221 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de São Paulo. OKA-FIORI, C.; CANALI, N. E. Mapeamento Geomorfológico. In: LIMA, R. E.; NEGRELLE, R. R. B. Meio Ambiente e Desenvolvimento do Litoral Paraná:Diagnóstico. Curitiba: NIMAD/UFPR, 1998. do OKA-FIORI, C.; CANALI, N. E.; KOZCIAK, S. Mapeamento Geomorfológico e Hidrográfico do Litoral Sul do Estado do Paraná. In: NEGRELLE, R. R. B.; LIMA, R. E. Meio Ambiente e Desenvolvimento do Litoral do Paraná: Subsídios à Ação. Curitiba: NIMAD/UFPR, 2002. PAULA, E.V.; SANTOS, L.J.C. (2007) Elaboração da carta de pedologia potencial das bacias de drenagem da Baía de Antonina (Etapa 2). Antonina: ADEMADAN, 2007. 38 p. Relatório Técnico Terminais Portuários Ponta do Felix. MEDEIROS, J.S. (1999) Banco de dados geográficos e redes neurais artificiais: tecnologias de apoio à gestão do território. São Paulo. 221 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de São Paulo. METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOLOGIA – A ESCALA GEOLÓGICA Jéssica dos Santos Borges João Ricardo Cardoso Godzikowski Luciano Viana Ricardo Augusto Fernandes Luiz Ricardo Augusto Fernandes Luiz Professor Orientador: Prof. Msc. Marciel Lohmann Palavras-Chave: Ensino, Geologia, Escala Geológica do Tempo, Tecnologias Educacionais Resumo: Esse trabalho visa demonstrar a professores e futuros professores novas formas de se ensinar Geologia, bem como outras matérias de Geografia, utilizando-se de recursos de alta tecnologia, já disponíveis em várias escolas brasileiras, tanto na rede pública, como na rede privada. Justificativa: Se vê necessário atualizar professores nas técnicas de ensino, aproximando o educador da tecnologia. Objetivo: Instruir acadêmicos e professores a realizar aulas mais dinâmicas e próximas dos alunos contemporâneos através da exibição exemplificativa. Problema de Pesquisa: Dificuldade de os educandos aprenderem um assunto dividido em três disciplinas que o apresentam de formas diferentes e incompletas, de certa forma, bem como a dificuldade dos professores atuais em se adaptar às novas tecnologias de ensino, impedindo a evolução de tais técnicas. Metodologia e Relatório das Atividades Desenvolvidas O ensino de Geografia mudou nos últimos anos, seu foco mudou. A educação também mudou, sua estrutura mudou. Os alunos mudaram, suas ambições e suas condições também mudaram. Vivemos hoje num mundo muito diferente do que presenciávamos há 15 anos, as tecnologias transformaram pessoas, empresas e escolas. Hoje, possuímos escolas com recursos de ensino bastante modernos, inclusive em escolas públicas e particulares de baixo orçamento, mas ainda possuímos profissionais pouco preparados para lidar com essas tecnologias. Porém, os alunos se modernizam e se desinteressam por aulas onde essas novas tecnologias não são utilizadas. Outra questão importante é que entre os assuntos trabalhados na disciplina de Geografia nas escolas é a Escala Geológica do Tempo, utilizada pelas disciplinas de Geografia, História e Biologia, porém, em Biologia apenas se estuda a evolução biológica, nada se explica sobre as alterações no ambiente do planeta, tão importante para se compreender o processo evolutivo da Terra, bem como o de todos os seres que nela habitam. Em História, o assunto, quando abordado, é tratado com pouca importância e baseado na presença humana na Terra, o que torna o ensino pouco abrangente e, ainda, exige que o aluno entenda um episódio isolado sem que ele aprenda todo o processo que lhe originou. Dessa forma, torna-se essencial que o professor de Geografia, até mesmo por ser o mais qualificado, mais bem preparado para isso, trabalhe esse conteúdo com o aluno da melhor forma possível, para que ele utilize o conteúdo aprendido, com autonomia, em quaisquer das três disciplinas supra-citadas. A melhor forma para se atingir esse objetivo é a utilização, por parte do professor, de toda essa evolução tecnológica existente na educação contemporânea, lançando mão de equipamentos modernos e materiais didáticos atraentes para estimular a atenção do educando e facilitar a compreensão. Além das tecnologias, podemos, como professores, utilizarmo-nos de técnicas de ensino diferenciadas para atrair a concentração de crianças e adolescentes. Nesse projeto, utilizaremos a Escala Geológica do Tempo para apresentar essas formas alternativas e tecnologicamente atualizadas para exemplificar como aproveitá-las no ensino contemporâneo de Geografia. Para a apresentação, utilizaremos uma linguagem própria a educadores e acadêmicos de uma instituição de ensino superior para que o evento não se torne desgastante para os expectadores, porém, as técnicas apresentadas podem ser utilizadas tanto para o superior como para o ensino fundamental e médio. Dessa forma, utilizaremos durante a apresentação tecnologias visuais, como banner e vídeos de reconstituição em modelagem 3D e efeitos especiais de ficção científica direcionados à visualização de períodos remotos já não presentes no cotidiano terrestre há até bilhões de anos. Também nos utilizaremos de modelos 3D (réplicas em borracha e resina) de espécimes já extintos, bem como de fósseis, além de fósseis verídicos. A utilização de câmera para a demonstração pública dessas réplicas em tela de projeção será outro recurso visual utilizado, permitindo um maior alcance da demonstração e maior segurança para as peças apresentadas. A interatividade virtual não fica de fora do projeto, sendo utilizada através de animações em tecnologia “Flash” para a demonstração de processos geológicos com total interação com o usuário. Outras técnicas serão também tratadas, como o uso de músicas e o registro de conteúdo em sites para posterior utilização por parte dos alunos. Também será abordado o uso da Internet para comunicação e avaliação entre educador e educandos, bem como o contato entre pais e mestre. A escolha do assunto a ser tratado se deu a partir de duas frentes, tendo sido a primeira já explicada anteriormente neste mesmo texto. O segundo motivo a influenciar a escolha do tema foi o fato de o termos apresentado à turma de Geografia II desta instituição quando do Seminário de Geologia aplicado pelo professor Msc. Marciel Lohmann, tendo sido o tema sorteado à equipe executora. Após a apresentação do mesmo, o próprio professor solicitou-nos a repetição do trabalho no V Fórum Acadêmico Isulpar Aberto à Comunidade. Introduzida a intenção didática, prestamo-nos agora a apresentar os dados técnicos abordados na apresentação do trabalho: A Escala Geológica do Tempo é uma periodização da História do planeta, baseada em informações coletadas em campo e em pesquisas laboratoriais embasadas nos achados de interesse geológico. É a Geologia a ciência responsável por esses dois processos, reunindo todo o conhecimento adquirido em uma tabela classificada por Éons, Super Eras, Eras, Períodos e Subperíodos. Para tal levantamento, utilizam-se rochas, fósseis e análises físicas, químicas e comparativas, como por exemplo, a comparação dos formatos dos litorais da África e da América do Sul, a anatomia comparada dos mamíferos, estudando a evolução biológica dos seres vivos, cultural dos seres humanos e os processos de Deriva Continental e processos incluídos no Ciclo das Rochas. Alterações provocadas por abalos sísmicos, ação dos ventos e da água, ação antrópica (humana) são determinantes no processo de formação geológica. Trataremos, portanto, nesse trabalho, o processo de formação do sistema solar, dos planetas, priorizando a Terra, obviamente, o processo de resfriamento do planeta, o ciclo das rochas, o processo de formação de fósseis, o processo de surgimento da vida, a evolução da vida animal no planeta, a evolução do sistema climatológico e a compreensão dos dados utilizados na reconstituição do processo descrito. Todo esse processo será explicado com a utilização de tecnologias didáticas atualizadas. Nosso objetivo, com este projeto, é o de instruir os futuros professores, hoje estudantes desta instituição, e mesmo professores já formados que, possivelmente, venham a frequentar nossa palestra. Para tal, lançaremos mão de recursos físicos, tais como: • Canhão de Projeção Multimídia (Datashow) • Computador • Apresentador Multimídia • Dispositivo de Interface Humana à Distância • Câmera Digital com Dispositivo de Iluminação para Exposição em Tempo Real • Possivelmente Microfone (Dependendo da Necessidade do Local e Quantidade de expectadores) • Banner Expositivo • Réplicas de Espécimes Extintos • Réplicas de Fósseis • Fósseis Legítimos Bem como os recursos lógicos: • Filmes de Reconstituição Científica • Apresentação de Slides Utilizando Tecnologia Microsoft© PowerPoint® • Apresentação de Animação Interativa Utilizando Tecnologia Adobe© Flash® A pesquisa foi realizada em sites, livros e documentários visuais ao longo de, até, quinze anos, em um dos casos. O processo didático foi elaborado a partir de experiências em sala de aula ao longo de dez anos. A necessidade se faz a partir do explicitado no princípio do texto, a ausência de um especialista em geologia trabalhando em sala de aula o conteúdo nas disciplinas de Biologia e História. Da experiência de um dos integrantes da equipe com o ensino de História na rede particular de ensino na cidade surgiu a idéia do projeto. Bem como do pedido do professor Marciel para que apresentássemos o resultado da pesquisa neste fórum. Conclusão: Esse projeto já foi apresentado em sala de aula, para a turma do II semestre de Geografia, provando que a metodologia utilizada é eficiente e atinge seu objetivo. Os elogios e comentários dos acadêmicos que presenciaram a apresentação demonstrou o resultado positivo alcançado. Tanto foi possível esclarecer de forma eficiente o assunto, como foi possível apresentar de modo prático os recursos. Pretendemos, agora, expandir esse processo de troca de conhecimento com mais educadores para difundirmos o avanço tecnológico educacional, já acompanhado pelos educandos. Referências: Sítio da Internet: http://www.dnpm-pe.gov.br/Geologia/Escala_de_Tempo.htm - acessado em 21/10/2010 http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Tem po%20Geologico.htm – acessado em 21/10/2010 http://www.drm.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=98:pedagogicote mpo&catid=44:pedagogico&Itemid=91 – acessado em 21/10/2010 http://www.abc.net.au/beasts/ - acessado em 21/10/2010 Livros e Atlas: FONT-ALTABA, M. - ATLAS DE MINERALOGIA – 3ª Ed. Em Português – Ediciones Jover – 1969 FONT-ALTABA, M. & ARRIBAS, A.S.M. – ATLAS DE GEOLOGIA - 1ª Ed. Em Português – Ediciones Jover – 1964 KAERCHER, N. A. – DESAFIOS E UTOPIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA – 3ª Edição - 2ª Reimpressão – Ed. Edunisc – 2003 Documentários Visuais: Série Walking With Dinosaurs – BBC – Londres, Inglaterra – 1999 Série Walking With Beasts – BBC – Londres, Inglaterra – 2001 Série Walking With Caveman – BBC – Londres, Inglaterra – 2003 Série Walking With Monsters – BBC – Londres, Inglaterra – 2005 Série The Universe – The History Channel – Nova York, Estados Unidos – 2007/2010 Série The Shape of Life – National Geographic Society – Washington, D.C, Estados Unidos – 2002/2003 The Real Eve: Modern Man's Journey Out of Africa – The Discovery Channel – Miami, Estados Unidos - 2001 O USO DE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS PARA A PREDIÇÃO DE ESTATURA EM ADOLESCENTES Josenéia Rocha Silvana Freitas Helen Domingues Auzeli Lopes César Barbosa Rafaella Antunes Kelly Bianca R. da Silva Michele Morais da Silva Alves Karine Santos Ligiane Souza Responsável: Professor Ms Diogo Cristiano Netto. PROBLEMA DE PESQUISA Utilizando variáveis antropométricas, quais são as estimativas de estatura e idade dos pico de velocidade da estatura dos alunos do Colégio Isulpar? INTRODUÇÃO Crescimento em estatura é conhecido por ter um ponto final distinta e mensurável, no entanto, as crianças diferem muito entre si a taxa na qual elas passam por diferentes fases de crescimento. Algumas crianças têm um ritmo acelerado de crescimento e atingem a estatura adulta em uma idade relativamente precoce, enquanto outros têm um ritmo lento e um crescimento relativamente tardio. O crescimento promove mudanças no indivíduo desde sua concepção até a vida adulta, e é geralmente representado pelas medidas de estatura, peso corporal e proporções corporais. A idade cronológica é de utilidade limitada na avaliação do crescimento e maturação (WELK, 1970). A necessidade de avaliar a maturação, o ritmo e o timing do progresso em direção à maturidade. Estado, é imprescindível no estudo do crescimento infantil. Embora métodos existentes forneçam o mecanismo necessário para avaliar a maturação, há limitações à disposição metodologias (TANNER, 1989). Avaliação da idade Esquelética, a única e melhor índice de maturação, é caro, exige equipamento especializado e interpretação e incorre em questões de segurança de radiação. Embora a metodologia abranja todo o período de crescimento do nascimento à maturidade, não se presta ao trabalho de campo. Idade dental e idade morfológica são técnicas de medição mais amplas e com aplicabilidade limitada. As avaliações das características sexuais secundárias também existem limitações ao período de adolescência e em uma situação de não-invasivos é considerado pessoalmente intrusiva por crianças adolescentes e seus pais. Além de um período de aplicação limitada, características sexuais secundárias não refletem o momento de crescimento. A idade do Pico de Velocidade da Altura é a mais comumente usada em estudos longitudinais em adolescentes (Bielicki e Welon, 1976). Ele fornece uma precisa avaliação do crescimento máximo durante adolescência e fornece um marco comum para refletir a ocorrência de velocidades de outras dimensões corporais entre os indivíduos. METODOLOGIA Os participantes da pesquisa foram 54 alunos regularmente matriculados no Colégio Isulpar, com idade entre 15 à 18 anos. Do total, 21 eram do sexo masculino e 33 do sexo feminino. Os materiais utilizados para as avaliações foram: uma balança analógica e uma fita métrica para a medida da estatura em pé e sentado. Para a avaliação da estatura em pé, o avaliado deveria estar descalço, com o mínimo de roupa, parado em posição anatômica, caracterizada pela postura ereta, cabeça e olhos voltados para frente, braços ao lado do corpo com a palma das mãos em supino, pés unidos e voltados para frente. Além disso, para situar a cabeça adequadamente na posição anatômica, devendo também utilizar como referência o plano de Frankfurt, caracterizado por uma linha imaginária que passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órbita direita e pelo ponto mais alto do bordo superior do meato auditivo externo correspondente (Pitanga, 2005). Estatura sentado: o avaliado deveria estar sentado, com um encosto atrás do mesmo, devendo utilizar como referência o plano de Frankfurt para a mensuração. Comprimento da perna: para esta medida foi utilizada um fita métrica com escalas em centímetros e milímetros. Os pontos de referência foi o trocânter da tíbia até o maléolo lateral do tornozelo esquerdo. Peso corporal: para esta medida o avaliado deveria ficar em pé em cima da balança, sem calçado e com o mínimo de roupa possível. O resultado foi anotado através de quilogramas. A tabela para a referência dos valores obtidos para os resultados foi utilizado do artigo PREDICTION OF ADULT HEIGHT USING MATURITY-BASED CUMULATIVE HEIGHT VELOCITY CURVES, validado por Lauren e colaboradores em 2005. RESULTADOS E DISCUSSÃO O crescimento em estatura e peso volta a se acentuar muito no início da puberdade, quando se atinge um ganho máximo de estatura que é conhecido como pico de velocidade de altura (PHV-peak height velocity). Esse pico ocorre aproximadamente 2 anos antes para o sexo feminino (MAFFULLI, et al. 2002; WILMORE e COSTIL, 1999). A estatura foi verificada para os cálculos posteriores e foi obtido como maior medida 185 cm, a menor 70,60 cm, com uma média de 81,04 cm e o desvio padrão de 5,6 cm. A medida da estatura sentada teve como maior valor 95,6 cm, o menor resultado foi de 75,6 cm e uma média de 86,5 cm e o desvio padrão de 4,6 cm. Os resultados referentes à predição de estatura foram: a maior estimada foi de 191,31 cm, a menor 156,94 cm e uma média de 171,87 cm. O Desvio Padrão foi de 8,57 cm para mais ou para menos. Para o cálculo do Pico de Velocidade de Altura, o aluno que iniciou este processo mais tardiamente foi aos 16,8 anos. Dos 54 alunos, quatro não iniciaram o processo do estirão de crescimento ainda. A média para esta equação foi aos 14,4 anos e um desvio padrão de 2,1 anos para mais ou para menos. Em relação ao peso também chamado de massa corporal total, o aluno com o maior valor obtido foi de 128 kg, o menor com 43 kg, uma média de 64,2 kg e um desvio padrão de 15,28 kg. Do total, quatro alunos encontravam-se no status de avançado, vinte e dois alunos no status normal e vinte e oito no status atrasado. CONCLUSÃO O crescimento sofre influência tanto relacionada à genética, quanto aos fatores extrínsecos do ambiente como: sexo (masculino e feminino), nível de atividade física, composição corporal, nutrição, nível socioeconômico, influência cultural, doenças e, além disso, podemos citar as diferenças étnicas, clima, estações do ano e localização geográfica. Uma dieta inadequada ou deficiência em algum componente da dieta pode afetar de forma significativa o desenvolvimento normal da criança e do adolescente. Serão necessários mais estudos para verificar as principais causas dos resultados, se foi por motivos genéticos ou modificados pelo ambiente em que os mesmo convivem, obtendo um acompanhamento médico detalhado, feito por especialistas. REFERÊNCIAS Bielicki T, Welon Z. Parent-child height correlations at ages 8 to 12 years in children from Wroclaw, Poland. Hum Biol 1976;38:167-74. Lauren B. Sherar, Msc, Robert L. Mirwald, Adam D.G. Baxter-Jones e Martine Thomis. Prediction Of Adult Height Using Maturity-Based Cumulative Height Velocity Curves. The Journal of Pediatrics. October 2005. Maffulli, N., et al. Growth and maturation in elite young female athletes. Sports medicine and arthoscopy review. V. 10, n.1, p. 42-49, 2002. Pitanga, FJG. Testes, medidas e avaliação em educação física e esportes. 4.ed – São Paulo: Phorte, 2005. Robert L. Mirwald, Adam D. G. Baxter-Jones, Donald A. Bailey e Gaston P. Beunen. An assessment of maturity from anthropometric measurements. Medicine and Science in Sports and Exercise 34 no4 Ap 2002. Tanner JM. Foetus into man: Physical growth from conception to maturity. 2nd edition. London: Castlemead Publications; 1989. Welch QB. Fitting growth and research data. Growth 1970;34:293-312. Wilmore, J. H.; Costill, D. L. Physiology of sports and exercise. 2.ed. Champaign: Human Kinetis, 1999. Relatório das ações desenvolvidas: 1. Conhecimento sobre a importância do tema. 2. Leitura dos artigos “An assessment of maturity from anthropometric measurements” e “Prediction of adult height using maturity-based cumulative height velocity curves”. 3. Aprendizado dos procedimentos para os cálculos para a predição de estatura, pico de velocidade de estatura, idade do pico e o status dos mesmos. 4. Técnicas específicas de mensuração. 5. Aplicabilidade: Avaliação dos alunos. 6. Tabulação dos resultados. 7. Escrever o artigo. 8. Submeter o artigo. PLANEJAMENTO DE MARKETING TURÍSTICO: UM ESTUDO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE GUARATUBA Luciane Scheuer3 Igor Schott4 RESUMO O tema deste trabalho é o marketing turístico, sendo delimitado a partir do estudo das ações marketing do município de Guaratuba – PR. Seu objetivo principal foi levantar dados sobre o marketing turístico de uma forma geral e analisar como é feito o de Marketing Turístico no município de Guaratuba – PR. O estudo foi baseado em autores, relacionando com as ações que são desenvolvidas pela Diretoria Municipal de Turismo de Guaratuba e obras publicadas. A construção deste trabalho se deu por meio de uma revisão de literatura que aborda de forma sistemática a atividade turística, o mercado de produtos turísticos e o marketing turístico, chegando por fim na análise do Marketing Turístico de Guaratuba através das palavras de seu diretor de Turismo. Palavras-chave: Marketing Turístico, Mercado Turístico, Guaratuba, Turismo. INTRODUÇÃO A sazonalidade do turismo deve ser encarada como um fator de difícil de ser lidado, pois ela existe e afeta diretamente a cadeia produtiva do turismo no município de Guaratuba e todas as atividades relacionadas a ela. Estes intervalos na exploração do turismo podem trazer grandes impactos econômicos, sociais, administrativos, ambientais, etc. Dessa forma o marketing turístico aparece como uma ferramenta para incrementar a atividade, segundo Vaz (1999, p. 18), “marketing turístico é um conjunto de atividades que facilitam a realização de trocas entre os diversos agentes que atuam, direta ou indiretamente, no mercado de produtos turísticos.” 3 4 Professora Mestre do Curso de Turismo do Isulpar – [email protected] Bacharel em Administração – Isepe – [email protected] O presente trabalho teve como objetivo levantar dados sobre o marketing turístico de uma forma geral e analisar como é feito o Marketing Turístico no município de Guaratuba – PR. O estudo foi baseado em autores, relacionando com as ações que são desenvolvidas pela Diretoria Municipal de Turismo de Guaratuba e obras publicadas. A construção deste trabalho se deu por meio de uma revisão de literatura que aborda de forma sistemática a atividade turística, o mercado de produtos turísticos e o marketing turístico, chegando por fim na análise do Marketing de Guaratuba, através de pesquisa (entrevista) realizada junto ao Diretor de Turismo do Município. REVISÃO DE LITERATURA Conceitos de Marketing A estratégia de posicionamento é, hoje, uma das principais preocupações do homem de marketing. Com a sociedade saturada de comunicação, conquistar “um lugar ao sol”, é, sem dúvida, um bom desafio. Um bom produto, ou serviço, mal posicionado ou segmentado, pode transformar-se em mais um caso de fracasso. Mas para compreender melhor o significado de marketing, o ideal é começar com a definição clássica da literatura mercadológica. Segundo Las Casas (2006), em 1960 a Associação Americana de Marketing “definiu-o como o desempenho das atividades comerciais que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário”. (1997, p.14) O marketing, atualmente, está em qualquer organização, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, seja em menor ou maior escala, as atividades desse setor são consideradas cada vez mais necessárias para a maioria dos empresários dos diferentes ramos de atividade. A administração de marketing existe para não apenas colocar ou propagar um produto no mercado existe, principalmente para sentir o mercado e adaptar produtos e serviços. Conforme Cobra: Quando o mercado deixa de absorver quantidades adicionais de produtos gerados pela economia de escala de produção e quando o esforço de vendas por si só não é capaz de colocar esses mesmos produtos no mercado, surge a preocupação com o consumidor e conseqüentemente com o marketing. (COBRA, 1992, p. 33) É preciso descobrir o que o consumidor quer, ou necessita, e a partir daí orientar uma produção mais racionalizada. Esse é o enfoque centrado no marketing para identificar as necessidades dos consumidores. Kotler define marketing como “um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.” (2000, p.29) Essa definição de marketing baseia-se nos seguintes conceitos centrais: “necessidades, desejos e demandas; produtos (bens, serviços e idéias); valor, custo e satisfação; troca e transações; relacionamento e redes; mercados; e empresas e consumidores potenciais”. (KOTLER, 1998, p.27) O marketing hoje é objeto de atenção e interesse de diversos tipos de organizações lucrativas e não lucrativas. De empresas privadas a empresas públicas, de empresas de grande porte a empresas de micro-porte, de políticos até as nações, o marketing permeia a atividade mercantil e não mercantil. Por que isso ocorre? Fruto do modismo ou decorrente da necessidade de crescimento? Cobra diz que: Quaisquer que sejam as hipóteses, o marketing ganha ares de importância à medida que as organizações sofrem pressões existenciais. Hospitais, cemitérios, museus, colégios, correio, empresas de telecomunicação, empresas de eletricidade, seminários, as Forças Armadas, entre outras instituições, se voltam hoje para o marketing. (COBRA, 1992, p.36). Os problemas de mercado, associados à ação da concorrência, têm mostrado as vantagens do caminho do marketing. Enfrentar os processos de troca exige considerável quantidade de trabalho e experiência. A administração de marketing ocorre quando pelo menos uma parte de uma troca potencial reflete sobre os meios de atingir as respostas desejadas de outras partes. Com tudo que foi explicitado anteriormente, pode-se dizer que o marketing tem sido praticado desde a Idade Média, por exemplo: um artesão levava seu produto (sapatos, por exemplo) até uma praça (distribuição), oferecia-os aos consumidores por determinado valor (preço) e realizava a venda pessoal, ou mesmo anunciava em voz alta os artigos que estavam à venda (promoção). Portanto, a compreensão das ferramentas de marketing pode ajudar a neutralizar as forças ambientais, canalizando recursos e obtendo resultados financeiros e de posicionamento de mercado compensadores. O Marketing no Mercado Turístico O marketing é um elemento fundamental para o sistema turístico. Através dele, as organizações que fazem parte do setor têm a oportunidade de conhecer seus públicos (principalmente os turistas), atender às necessidades desses, melhorar seus produtos ou serviços e, conseqüentemente, ampliar sua fatia no mercado. De forma mais detalhada, pode-se dizer que o marketing se tornou uma importante ferramenta no mundo globalizado para todas as organizações. É através dele que são detectadas e supridas as necessidades que o mercado consumidor apresenta estipulando-se relações entre clientes, fornecedores e prestadores de serviços ou fabricantes de mercadorias. Pode-se dizer, então, que o mercado turístico envolve um conjunto de atividades econômicas em torno de produtos turísticos, através dos quais os diversos agentes buscam satisfazer suas necessidades e obter benefícios, transacionando tais produtos. Para Vaz, A essência do mercado turístico apresenta um consumidor (turista) que procura um produto (localidade para visitar, com serviços de apoio), resultando daí a demanda turística. Para satisfazer a demanda, a oferta, além de atrair esse consumidor deve oferecer produtos e serviços que vão ao encontro de suas necessidades e anseios. Dentro dessa perspectiva o Marketing Turístico. (VAZ, 1999, p. 17) Kotler e Armstrong (2000) descrevem o conceito chamado de “Mix de Marketing”, que consiste em um conjunto de variáveis utilizado para se produzir uma determinada resposta desejada em seu respectivo mercado-alvo, acarretando um incremento de demanda. Assim, as variáveis consideradas como citadas anteriormente, e que também são utilizadas pelo turismo serão: Produto ou serviço: bens criados, produzidos e desenvolvidos por uma empresa e oferecidos ao seu público-alvo; Preço: soma de dinheiro atribuída a um produto ou serviço, a qual o cliente é submetido antes da aquisição desse, devendo-se considerar o custo-benefício em relação à oferta da concorrência; Praça ou ponto de venda: estrutura relacionada aos canais de distribuição e de logística que resulta em um veículo destinado à disposição do produto ao público-alvo o mais próximo do seu local de origem; Promoção: esforços promovidos pela empresa que originam uma série de atividades destinadas a realizar a comunicação da existência de seus produtos e/ou serviços aos mercados consumidores potenciais, projetandoos nos meios de disseminação de informação de massa (televisão, jornais, anúncios etc.). (KOTLER e ARMSTRONG, 2000, p. 80) Sabe-se que, desde que seja mantida sua base conceitual, o marketing pode ser aplicado a diferentes realidades. Por isso, existem muitos tipos de marketing. Dentre eles, destaca-se o marketing turístico, que, se bem implementado, pode proporcionar a divulgação de qualquer destinação turística com o intuito de despertar o interesse dos consumidores nacionais e internacionais. Chega-se agora a um ponto muito importante: a formação da imagem a partir do marketing. É ela que pode estimular o potencial consumidor a escolher determinado produto ou serviço em detrimento de outros. Essa imagem – seja de empresa, de produto, de marca – é desenhada na mente do consumidor com base em atributos desejáveis ou rejeitáveis. O atendimento, o não-atendimento, ou o atendimento parcial a esses requisitos constituirão principais informações para que – ponderados os graus de valor entre eles – a imagem possa ser considerada, em todas suas nuances, favorável ou desfavorável, positiva, negativa ou neutra, como decorrência desse julgamento, influenciando na maior ou menor preferência do público. Vale ressaltar, novamente, que todos esses conceitos podem e devem ser aplicados ao mercado turístico. Qualquer local que queira atrair a atenção no mercado nacional e internacional de viagens deve se preocupar de maneira crescente com sua imagem. É o caso de Guaratuba - PR. O poder público precisa descobrir como os turistas desenham a rota em seu universo de significação. Várias questões são importantes: a imagem da destinação está alinhada com a moral vigente? Quais os pontos positivos e negativos dessa imagem? Como os turistas imaginam a destinação? O que falta nessa imagem estabelecida? Aqueles que visitaram gostaram ou se decepcionaram? Como corrigir possíveis falhas na imagem? Como atrair mais visitantes? A quem dirigir uma campanha de marketing? Como as destinações turísticas concorrentes são vistas? Pode-se incluir algo na imagem da cidade que sirva de vantagem competitiva? Para colocar os princípios de marketing em ação, é necessário elaborar um plano de marketing. Entretanto, não se deve esquecer a importância de estabelecer uma distinção entre as ações de marketing voltadas a bens materiais e aquelas voltadas ao setor de serviços, do qual faz parte o turismo. Os serviços apresentam uma natureza muito própria que os diferencia claramente da venda de bens tangíveis. O mercado turístico não pode deixar de considerar o meio ambiente em que está inserido, pois suas operações interagem dentro de um contexto maior. Segundo Vaz, “o mercado turístico, assim como os demais, operam dentro de um contexto mercadológico mais amplo, ao qual tecnicamente se dá o nome de ambiente de marketing”. (1999, p.18). O marketing é usado para entender quais as necessidades dos consumidores através do processo de pesquisa, analisando o comportamento dos consumidores, do mercado, facilitando analisar quais segmentos de consumidores podem ser satisfeitos, quais serão alvo de atuação dessa ou daquela empresa, que tipo de diferenciação pode ser oferecida, como gerar e adaptar produtos ou serviços, etc. Ou seja, o marketing turístico pode ser uma peça fundamental no sistema mercadológico de uma destinação turística. Segundo Petrocchi, “o marketing leva em conta que os turistas são diferentes em seus desejos, curiosidades, motivações, localizações geográficas, atitudes, hábitos de viajar, identificando os segmentos amplos que formam o mercado.“ (1996, p. 56) Por fim, o marketing turístico, a partir do entendimento do perfil do turista e das suas necessidades, busca alternativas para atraí-lo e oferecer condições de ampliar sua visita, retornar e indicar o núcleo receptor para outras condições. Quando um turista voltar ou influenciar alguém para que faça uma viagem até o núcleo receptor, pode-se dizer que o marketing turístico terá atingido seu objetivo principal. Portanto, conceitos não atraem turistas, segundo Kotler et. al., “é preciso intensificar a experiência turística por meio de valor agregado e torná-la mais significativa e gratificante. Esses apelos podem ser expressos em termos de cultura, tradição, pessoas, hospitalidade.” (2006, p.245) JUSTIFICATIVA Este estudo torna-se importante para seus autores, pois se pode constatar como funciona o marketing turístico, podendo comparar autores com o que acontece na prática no município de Guaratuba. Para a instituição de ensino, este estudo torna-se relevante por ser um trabalho de caráter público e ficar disponível às pessoas interessadas em pesquisar sobre o assunto. Em relação à Guaratuba, este trabalho poderá auxiliar profissionais que trabalham na área a desenvolver idéias que possam melhorar o marketing turístico do município. OBJETIVO O objetivo principal deste estudo foi levantar dados sobre o marketing turístico de uma forma geral e analisar como é feito o Marketing Turístico no município de Guaratuba – PR. O estudo foi baseado em autores, relacionando com as ações que são desenvolvidas pela Diretoria Municipal de Turismo de Guaratuba e obras publicadas. A construção deste trabalho se deu por meio de uma revisão de literatura que aborda de forma sistemática a atividade turística, o mercado de produtos turísticos e o marketing turístico, chegando por fim na análise do Marketing de Guaratuba. Como objetivos específicos têm-se: levantar dados para fundamentar teoricamente o tema abordado; pesquisar, na Diretoria de Turismo de Guaratuba, dados que forneçam as ações desenvolvidas pelo município; e analisar os dados coletados. PROBLEMA DE PESQUISA O objeto de estudo deste trabalho é constituído pelos trabalhos já publicados na área de marketing e marketing turístico, que foram analisados para posterior comparação com as ações realizadas no município de Guaratuba. A partir do objeto surge a seguinte problemática: Será que um estudo como este conseguirá levantar dados relevantes publicados por autores para posterior análise do marketing turístico do município em questão? METODOLOGIA Quanto à metodologia esta pesquisa pode ser considerada de natureza original, pois segundo Barros e Lehfeld (2000), se trata de um tema que ainda não foi abordado e contribuirá para expandir o conhecimento de seu pesquisador. Em relação aos objetivos, a pesquisa foi exploratória e descritiva, considerada uma pesquisa exploratória, pois visa fazer com que o pesquisador tenha um conhecimento sobre o tema, sendo útil para proporcionar um maior aprofundamento e esclarecimento sobre o assunto. Para Gil (2008): Pesquisa exploratória exige bastante traquejo no manuseio de publicações cientificas. Para isto é necessário que o pesquisador seja capaz de identificar imediatamente a organização interna das obras consultadas. Caso contrário, a leitura exploratória se confundiria com outro tipo de pesquisa, o que a tornara rigorosamente inútil. (GIL, 2008, p. 68) Percebe-se que este tipo de pesquisa exige do investigador muita atenção na hora da leitura do material, capacidade de síntese e identificação das idéias chaves, pois segundo Gil, “facilita na delimitação de um tema, em definir os objetivos e formular hipóteses.” (2008, p.68) A pesquisa descritiva por sua vez, segundo Barros e Lehfeld, “é um levantamento das características conhecidas, componentes de fato, fenômeno problema.” (2000, p.26). Que também se torna útil pra esclarecimentos sobre a investigação. Para Lakatos e Marconi “a pesquisa exploratória descritiva, consiste em estudos exploratórios que tem por objetivo descrever completamente determinado fenômeno, como por exemplo, o estudo de um caso para qual são realizadas análises empíricas e teóricas.” (2008, p.188). Quanto ao objeto esta pesquisa pode ser caracterizada como bibliográfica e de campo. Bibliográfica, pois segundo Lakatos e Marconi “é desenvolvida por meio de materiais já elaborados e publicados por outros pesquisadores.” (2008, p.158). Com base na bibliografia analisada os acadêmicos puderam fazer as devidas comparações com o que viu em campo, ou seja, utilizando a pesquisa de campo, que “é uma pesquisa que se realiza no ambiente natural da ocorrência dos fenômenos, ou seja, classifica-se como pesquisa de campo porque a coleta de dados é feita no ambiente em que os fatos ou fenômenos ocorrem.” (GIL, 2008, p. 85), ou seja, a coleta dos dados foram foi realizada na Diretoria de Turismo, com o Diretor de Turismo do município. Também se caracteriza como um estudo de caso, ou seja, seleciona-se um objeto de pesquisa com o objetivo de aprofundar-se nos aspectos característicos. Para Barros e Lehfeld: “o estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação, além de parcimônia a generalização de resultados.” (2000, p.28) As técnicas de pesquisa utilizadas foram às técnicas de Observação Direta Extensiva e Documentação Indireta, que segundo Gil: A técnica de Documentação Indireta é utilizada nas pesquisas bibliográficas e cujo suporte é a bibliografia existente sobre o tema, e a de Observação Direta Extensiva, sendo aquelas empregadas na coleta de dados do estudo de caso, como os roteiros de perguntas, por exemplo. (GIL, 2008, p.49) Essas técnicas possibilitam o acesso aos mais diversos aspectos do tema em questão, permitindo a obtenção de dados em profundidade acerca o mesmo. Nesta pesquisa afirma Gil: O observador assume um papel de membro do grupo, podendo ser natural (ele é um membro mesmo do grupo) ou artificial. Facilitando, assim a coleta de dados em situações habituais, possibilita captar as palavras de esclarecimento que acompanham o comportamento dos observados. (GIL, 2008, p.85) Para a realização deste estudo foram utilizados os seguintes recursos: computador, material de escritório e o humano. RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Pesquisa Descritiva de Campo e análise dos dados coletados Para poder analisar como é elaborado e executado o marketing turístico do município de Guaratuba – PR, fez-se necessária uma entrevista com o Diretor de Turismo do Município. O Diretor respondeu 11 questões elaboradas pelos autores e a análise de tais dados segue abaixo. Como já foi visto, sabe-se que, no Brasil, por falta de união e cooperação dentro do setor turístico, as estratégias para desenvolvimento do setor ainda continuam, de forma geral, nas mãos do poder público (principalmente, das secretarias municipais de turismo). Dessa forma, torna-se necessário descobrir que esforços esses órgãos realizam para promover as destinações e, com isso, incrementar o número de visitantes, potencializando a economia. No caso deste trabalho, Guaratuba, umas das principais destinações turísticas do Paraná, foi escolhida como foco das atenções. Com esta pesquisa, a partir do levantamento bibliográfico e das respostas cedidas pelo Diretor de turismo municipal, descobriu-se que o planejamento turístico e mercadológico do município é ainda amador e que precisa urgentemente de profissionais tecnicamente qualificados para diagnosticar e planejar a área. De acordo com o Diretor Municipal de Turismo, o município investe a maior parte dos recursos em divulgação, esquecendo-se que marketing não é apenas divulgar o produto, e sim oferecer condições de bom atendimento, pesquisas constantes, etc. Mas torna-se importante salientar, que pelo menos o município está participando dos principais eventos mercadológicos da área, e, portanto, deveriam estar melhor preparados. Além disso, descobriu-se que todas as estratégias promocionais adotadas pela Diretoria Municipal de Turismo são pouco planejadas estrategicamente com antecedência e com pouca base teórica e comercial. Estudos como este, são importantes porque revelam a forma como os órgãos gerenciais do turismo alocam seus recursos, mostrando que atividades eles consideram mais importantes para incrementar o setor turístico em suas destinações. CONCLUSÃO Percebe-se ao concluir este trabalho a importância do marketing para o planejamento do turismo e como ele não é usado de forma satisfatório pelo município em questão. Este estudo conclui-se de forma satisfatória, pois seu objetivo principal de levantar dados sobre o marketing turístico de uma forma geral e analisar como é feito o de Marketing Turístico no município de Guaratuba – PR foi realizado adequadamente. Trabalhos como estes ajudam os acadêmicos e profissionais a relacionar a teoria com a prática e constatar como funciona o turismo e o seu mercado, podendo comparar autores com o que acontece na prática no município de Guaratuba. Assim, o trabalho se justifica na medida em que, além de possibilitar os autores o desenvolvimento prático do conhecimento obtido teoricamente, poderá auxiliar os gestores do turismo do município no desenvolvimento de uma política consistente para a exploração do turismo local. REFERÊNCIAS BARROS, A. J. da S.; LEHFELD N. A. de S. Fundamentos de Metodologia Científica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000. COBRA, M. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1992. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2008. KOTLER, _____. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Introdução ao Marketing. 4.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. KOTLER, P. et. al. Marketing de lugares: como conquistar crescimento de longo prazo na América Latina e no Caribe. São Paulo: Makron Books, 2006. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Técnicas de Pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008. LAS CASAS, A. L. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 2006. PETROCCHI, M. Turismo: Planejamento e Gestão. 2. ed. São Paulo: Futura, 1998. VAZ, Nuno Gil. Marketing Turístico. São Paulo: Pioneira, 1999. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA O DEFICENTE INTELECTUAL. Tatiane Oliveira Barbosa Silvana Aparecida Fernandes 1- OBJETIVO GERAL Mostrar que as pessoas com deficiência mental ,quando adaptadas ao ambiente , são capazes de realizar trabalhos produtivos e criativos e possuem o mesmo direito de qualquer trabalhador . 2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Analisar a possibilidade das pessoas com deficiência mental ingressarem no mercado de trabalho contribuindo com atividades uteis, importantes e de qualidade; - Superar paradigmas e preconceitos acerca do desenvolvimento e da produtividade; - Refletir sobre as oportunidades oferecidas a esses profissionais no mercado de trabalho; 3- METODOLOGIA Essa pesquisa terá como base estudos bibliográficos e pesquisa de campo. 5- PROBLEMATIZAÇÃO As políticas empregatícias, programas educacionais, os serviços sociais e a própria sociedade como um todo, não permitem ao Deficiente mental o acesso igualitário ao mercado de trabalho. 6- HIPÓTESE Na busca por um emprego, por estar desempregado e ser aceito no mercado de trabalho sendo “Deficiente Intelectual” , na maioria das vezes requer o rompimento de mitos, como proteção familiar e escolar, que o vê como um dependente e da visão empresarial, que o considera uma pessoa limitada. 7- JUSTIFICATIVA Esta pesquisa tem a finalidade de demonstrar o direito de cidadão, que os DEFICIENTES INTELECUTUAIS possuem, com relação ao mercado de trabalho. Estes são capazes de realizar trabalhos produtivos e devem ter o direito ao emprego como qualquer trabalhador, porque são eles próprios que solicitam seu lugar no mundo do trabalho hoje tão competitivo. Se fossem acrescentados mais programas e currículos especiais nas escolas, bem como uma preparação mais ampla no campo da “educação profissional”, estes estariam mais aptos a concorrer a uma colocação. O trabalho é de fundamental importância para o individuo, pois proporciona crescimento, aprendizagem, aprimoramento e remuneração, logo indivíduos com deficiências Intelectuais precisam ser considerados e valorizados pelas suas qualidades pessoais e vontade de trabalhar. O significado e a organização do trabalho se definem a partir do contexto da sociedade em questão, e os indivíduos atuam em funções especificas, conforme suas possibilidades. É o trabalho que faz do ser humano, um membro útil da sociedade. A profissionalização embora tenha lugar definido no conjunto de objetivos educacionais, não pode ser a única alternativa para a promoção da humanização do homem. Deve-se ofertar-lhes ocupações ou atividades meramente práticas. Este pode também exercer alguma outra atividade. Se a pessoa com “Deficiência Mental” for estimulada e educada para exercer determinada atividade, terá condições de escolher uma tarefa e realiza – lá com consciência e participação ativa. Existirá sempre um trabalho que o deficiente Intelectual poderá realizar com competência e que lhe possibilite uma realização profissional. Eles podem ser tão produtivos como seus companheiros, se o seu potencial for analisado corretamente. 8- FUDAMENTAÇÃO TEÓRICA Ao longo da história, sempre houve empresas que apresentaram experiências positivas nas contratações de trabalhadores “Portadores de Deficiências”, neste patamar em mínima escala aparece o “DEFICIÊNTE INTELECTUAL ”. Atualmente o número de empresas que abrem suas portas para esta mão de obra com necessidade especial diversificada, é mínima e consequentemente insuficiente. A inclusão vem sendo praticada em pequeníssima escala e com o estímulo de alguns empregadores que sentiram a necessidade do cumprimento da LEI nº 8.213/91 de 24/07/91 – artigo 93 – que obriga as empresas a contratar pessoas PPD (Pessoas Portadoras de Deficiência) e de reabilitados, que estabelece uma cota nos seguintes termos: - de 100 até 200 empregados – 2% - de 201 até 500 empregados – 3% - de 501 até 1000 empregados – 4% - mais de 1000 empregados -- 5% Segundo SASSAKI, “ UMA EMPRESA INCLUSIVA É, ENTÃO, AQUELA QUE ACREDITA NO VALOR DA DIVERSIDADE HUMANA, CONTEMPLA AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS, E EFETUA MUDANÇAS FUNDAMENTAIS NAS PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS, IMPLEMENTA ADAPTAÇÕES NO AMBIENTE FÍSICO, ADAPTA PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE TRABALHO, TREINA TODOS OS RECURSOS HUMANOS NA QUESTÃO DA INCLUSÃO, UMA EMPRESA PODE TORNAR-SE INCLUSIVA POR INICIATIVAS E POR EMPENHO DOS PRÓPRIOS EMPREGADORES QUE PARA TANTO BUSCAM INFORMAÇÕES PERTINENTES AO ASSUNTO DA INCLUSÃO. (SASSAKI, 1997,PG.65) Falar do Deficiente Mental, é uma abordagem importante, porque permite refletir sobre questões que estão além das patologias ou deficiências específicas . Segundo Sadao Omote, “ É FUNDAMENTAL COMPREENDER A CONTRIBUIÇÃO DO CONTEXTO HISTÓRICO, SOCIOCULTURAL E PSICOSSOCIAL NO QUAL AS DEFIENCIAS SE MANISFESTAM PARA QUE SEUS EFEITOS POSSAM SER DEVIDAMENTE EQUACIONADOS EM QUALQUER INTERVENÇÃO A SER DIRECIONADA A PORTADORES DESSAS DEFICIÊNCIAS”. (SADAO OMOTE ”LIVRE DOCENTE EM EDUCAÇÃO ESPECIAL –UNESP, APOSTILA, CAMPUS DE MARILIA) É preciso resgatar como foram apreendidos e educados os indivíduos que não se encaixam nos padrões considerados desejáveis e aceitáveis nos diferentes momentos constitutivos dos períodos grego-romano, medieval, moderno, contemporâneo e atual. É no processo de produção da existência dos diversos povos e nos diferentes lugares e momentos da história, que se encontra a chave para compreender a aceitação e a integração de uns, bem como a estigmatização exclusão de outros. Em diferentes momentos e lugares a discriminação foi adquirindo mudanças próprias, garantindo, no entanto, sua permanência. No final do século XX, vê-se que em absoluto tenha havido uma substancial melhora na forma de conceber e tratar os indivíduos que não se encaixam nos chamados padrões de normalidade. Ainda é possível visualizar-se a dramaticidade da situação desses indivíduos. A conquista da diversidade ante as políticas neoliberais, procura-se compreender as dimensões educativas e políticas que estão sendo gestadas nas formas de reestruturação dos processos produtivos e sobretudo, procura-se discutir as funções dos educadores de enfrentar as diferentes formas de exclusão que têm caracterizado a história do sistema escolar. É preciso transformar essa realidade. O que impõe uma articulação da educação com os demais processos de desenvolvimento enfrentadas no desenvolvimento individual e a crescente desobrigação do Estado na implementação de políticas sociais. O “Direito ao Trabalho”, é que mais humaniza de todo os direitos, vai além do “Direito ao Acesso” o da sua conquista, produz transformações na realidade e transformações no próprio homem. A “Revolução de outubro de 1930”, teve como interventor “Getulio Vargas” desencadeou do Estado nas atividades econômicas da época, mediante leis e regulamentos nas relações de trabalho. O pais passou por diversas transformações políticas e sociais. Varias convenções internacionais da O.I.T “Organização Internacional do Trabalho”, foram ratificadas. a Assembléia Constituinte”, se instalou em 1933. E em julho de 1934, foi “promulgada”, cm disposições trabalhistas e a criação da “Justiça do Trabalho”. Em 1943, entra em vigor a “Consolidação das Leis do Trabalho cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores. Seus principais assuntos são: • • • • • • • • • • • Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho, Jornada de Trabalho, Período de descanso, Férias Medicina do Trabalho Categorias Especiais de Trabalhadores Proteção do Trabalho da Mulher Contratos Individuais de Trabalho Organização Sindical Convenções Coletivas Fiscalização Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm, acessado dia 08/09/2010, 23:12. Promulgada em 05 de Outubro de 1988, a constituição Federal, refere-se ao direito ao trabalhador nos artigos: 9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS. Depois de um estudo mais aprofundado sobre as experiências vivenciadas pelas pessoas com deficiência, no mercado de trabalho, chega-se a conclusão que, estes são cidadãos produtivos como os indivíduos chamados “Normais” basta que para isto lhe sejam dadas condições e orientações adequadas desde a infância até a adolescência. Através das experiências vivenciadas infere-se que o deficiente intelectual pode participar do mercado de trabalho exercendo seu papel como cidadão ativo na sociedade, porém precisa-se acreditar no potencial dessas consequentemente possibilitar-lhes a oportunidades dos mesmos provarem que sua deficiência não os impossibilitam de trabalhar. Assim isto deverá começar na Educação Infantil preparando os jovens “especiais”, que serão futuros adolescentes, como afirma o inciso I do art. 60 cap V do “Estatuto da Criança e do Adolescente”. A APLICAÇÃO PRÁTICA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NAS INFRAÇÕES PENAIS DE NATUREZA AMBIENTAL Thedeney Barreto De Alencar INTRODUÇÃO No presente trabalho analisar-se-á o principio da insignificância ou bagatela, especialmente sua aplicabilidade nas infrações de natureza ambiental. Cabe salientar que o mencionado princípio não possui previsão expressa em nosso ordenamento jurídico, porém, vem sendo reiteradamente analisado pela doutrina e jurisprudência, as quais estão delimitando a aplicação do referido princípio ao caso concreto. Far-se-á uma análise do princípio em apreço sobre uma ótica histórica, legal, doutrinária e jurisprudência, com o fito de se investigar a viabilidade de sua aplicação às infrações penais de natureza ambiental, fato este que gera grande embate em nosso direito hodierno, face à peculiaridade do bem jurídico tutelado. De outra banda, analisar-se-á o Direito Ambiental, ramo relativamente recente no Direito, uma vez que foi elevado à condição de ciência jurídica somente na década de 80, com a promulgação da lei de Política Nacional do Meio Ambiente e principalmente o advento da Constituição da República em 1988, esta que o levou à condição de direito fundamental. Realizadas as abordagens supracitadas, concernente ao princípio da insignificância lato senso e do Direito Ambiental, partir-se-á para a junção destes, a interação entre o que foi abordado, enfocando especialmente a aplicação prática do princípio e seus respectivos efeitos jurídicos ao caso concreto. 2 JUSTIFICATIVAS Tal estudo vem de encontro à complementação ao estudo acadêmico nas cadeiras de Direito Penal, Processual Penal, Ambiental e correlatas, com vistas a contribuir, após a conclusão do estudo, com a formação de uma fonte de pesquisa futura, com escopo ao esclarecimento sobre a aplicação prática do principio da insignificância ou bagatela às infrações de natureza ambiental. 3. OBJETIVO GERAL Analisar o princípio da insignificância, as infrações penais ambientais e discutir a aplicabilidade daquele aos casos concretos. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3.2.1. Analisar as características do principio da insignificância, especialmente seus requisitos para aplicação aos casos concretos. 3.2.2. Demonstrar se há critérios para estabelecer requisitos para aplicação do principio da insignificância nas infrações penais ambientais. 4. PROBLEMA É possível ser realizada a aplicação do principio da insignificância ou bagatela em infrações penais de natureza ambiental? 5. REFERÊNCIAL TEÓRICO De acordo com os doutrinadores alemães, os delitos de bagatela (Bagatelledelikte), surgiram na Europa, a partir do século XX, decorrente das crises sociais que se sucederam às duas grandes guerras mundiais. O desemprego e a escassez de alimentos, dentre outros fatores sociais, políticos e econômicos, fizeram surgir pequenos furtos, subtrações de mínima relevância, que receberam a denominação de criminalidade de bagatela. A origem fática, deste princípio, apresenta caráter patrimonial em seu destino, ou seja, a ocorrência de um dano patrimonial de mínima monta, não caracterizando um prejuízo vultoso a outrem, sendo, considerada uma bagatela, e, como tal, não carecendo os rigores do direito penal.5 Com o decorrer do tempo e o aperfeiçoamento do mencionado princípio este passou a ser aplicado em outros institutos jurídico penais. Ensina Francisco de Assis Toledo: “Segundo o princípio da insignificância, que se revela por inteiro pela sua própria denominação, o direito penal, por sua natureza fragmentária, só vai aonde seja necessário para a proteção do bem jurídico. Não deve ocupar-se de bagatelas.”6. Segundo orienta a moderna doutrina do Direito Penal, não basta considerar a tipicidade sob seu aspecto formal para se aperfeiçoar um crime ou, melhor explicando, não se afigura suficiente apurar se a conduta se adapta aos preceitos meramente descritivos do tipo. Urge, sim, indagar se o bem jurídico tutelado pela lei foi realmente atingido, sob pena de se desvirtuar a natureza precípua do Direito Penal de subsidiariedade (sua incidência deve ser a mais restrita possível, de intervenção mínima). Neste sentido, leciona Cezar Roberto Bittencourt:: “A tipicidade penal exige uma ofensa de alguma gravidade aos bens jurídicos protegidos, pois nem sempre qualquer ofensa a esses bens ou interesses é suficiente para configurar o injusto típico. Segundo esse princípio, que Klaus Tiedemann chamou de princípio de bagatela, é imperativa uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a drasticidade da intervenção estatal. Amiúde, condutas que se amoldam a determinado tipo penal, sob o ponto de vista formal, não apresentam nenhuma relevância material. Nessas circunstâncias, pode-se afastar liminarmente 5 Willemann, Zeli Jorge. O principio da insignificância e o Direito Ambiental. Visualizado em: www. http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6753, em: 08.04.2010. 6 Toledo, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal, p. 133 a tipicidade penal porque em verdade o bem jurídico não chegou a ser lesado.” Face o que foi acima descrito pelos doutrinadores, visualiza-se o escopo do citado princípio face aos casos concretos, onde por vezes ocorre a prática de condutas tipificadas como criminosas em nosso ordenamento jurídico, porém, o sujeito ativo da referida conduta é uma pessoa que praticou aquele ato para sustento próprio ou de sua família, que vive em estado de subsistência, não mensurando a sua atitude à norma vigente, há necessidade de realizar-se uma abordagem mais ampla dos efeitos da conduta do agente e de sua condição sócioeconômica, para que a aplicação da norma seja válida e atenda os objetivos precípuos da pena, não somente o efeito mediato, mas, sim a todos que a lei prevê. A sociedade clama por essa aplicação e o legislador, doutrinadores e operadores do Direito lato sensu estão evoluindo neste sentido, para que o Direito acompanhe a sociedade e sane suas necessidades, visando à pacificação social. 6 CONCLUSÃO Sim, o principio da insignificância pode ser aplicado às infrações penais ambientais, uma vez que já é aceito pela doutrina e pela jurisprudência, de maneira clara, mas a mencionada aplicabilidade é restrita, tanto nas infrações em geral quanto nos casos de infrações penais ambientais. Para tanto, primeiramente, deve-se analisar se a infração cometida é suficiente para a tipificação, em seguida, se afeta o bem jurídico de maneira insignificante, irrisória, atendendo aos dois requisitos anteriores, existe aí um delito de bagatela, podendo-se aplicar o princípio da insignificância. A priori, em todas as condutas típicas deveria ser possível a aplicação do mencionado princípio, ficando a depender da afetação do bem jurídico, sua mensuração ao caso “in concreto”. O principio em comento visa uma forma de atenuar as graves conseqüências de se apenar pessoas que são trabalhadoras, na maioria dos casos, cometendo infrações ambientais na sua atividade laboral ou na busca da subsistência, ainda que se possa exigir administrativamente ou civilmente a reparação do dano. 7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O método empregado para elaboração dessa pesquisa será o dedutivo, utilizando-se pesquisa bibliográfica e documental, expondo de forma lógica e mensurável todo o conteúdo pesquisado. 8. CRONOGRAMA DE TRABALHO A pesquisa foi desenvolvida em etapas, no período compreendido, conforme discriminado a seguir: ETAPAS JUN JUL AGO SET OUT NOV 1 - Elaboração do projeto Xxx Xxx Xxx Xxx 2 - Entrega do projeto junto à comissão Xxx examinadora 3 - Pesquisa bibliográfica e documental Xxx Xxx Xxx Xxx 4 – Coleta de dados 5 - Redação da fundamentação teórica Xxx 6 – Data prevista para apresentação no Xxx Fórum Acadêmico REFERÊNCIAS WILLEMANN, Zeli Jorge. O principio da insignificância e o Direito Ambiental. Visualizado em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6753, em: 08.04.2010. . Toledo, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal, p. 133. ABREU, Alexandre Herculano. Lei dos crimes ambientais – aspectos destacados. destacados Atuação júridica, júridica Florianópolis, ano 4, n.6, ago. 2001. ACKEL FILHO, Diomar. O Princípio da insignificância no Direito Penal. Revista jurisprudencial do tribunal de alçada criminal de São Paulo, São Paulo, p. 73, abr./jun. 1988. REFLEXÕES DE EMILIA FERREIRO – ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Tânia Joceli Valesko dos Santos Professor Orientador – Ms. Cilmar Tadeu Silva Resumo Este texto procura abordar algumas concepções a respeito do trabalho realizado por Emília Ferreiro sendo como se processa a construção da escrita segundo o pensamento infantil, desmitificando o processo de alfabetização e tornando esse aprendizado muito mais significativo e democrático. Palavras-chave: Psicogênese da língua escrita, letramento e alfabetização. Introdução Historicamente, desde a década de 80, conhecimentos envolvendo a psicogênese da língua escrita levaram educadores ao entendimento de que a alfabetização, sem ser codificada está envolvida em um complexo processo de elaboração de hipóteses sobre a representação da língua ou linguagem. Os anos foram passando e rapidamente estudos sobre o letramento, foram acelerando a compreensão da língua escrita e de seu aprendizado. Harmoniosamente, passaram a perceber que não é mais relativo o procedimento que o sujeito que aprende e o professor que ensina. Retiraram também que a sala de aula é o único espaço de aprendizagem. O mestres, Vygotsky e Piaget, falavam muito a respeito da interação entre o sujeito e a meio em que vive. Os processos cognitivos fornecem informações específicas ao aprendiz e motivam dando sentido e condições para aplicar suas principais vivencias cotidianas. A valorização do homem é sem duvida alguma, um conceito que precisa ser trabalhado perfeitamente para que a aprendizagem seja significativa. Justificativa Em nossa educação, é necessário entendermos o quanto que Emília Ferreiro contribuiu para que o processo educacional fosse estruturado. Entretanto, pouco ainda se conhece a respeito desse trabalho em sua profundidade e comumente podemos constatar interpretações errôneas acerca da mesma. Por isso é interessante aprendermos como devemos proceder para avançar intelectualmente com nossos alunos no contexto educacional. Objetivos Geral O objetivo maior do trabalho foi apresentar a interpretação do processo de aquisição da escrita do diante de quem aprende, embasada nas pesquisas realizadas por Emilia Ferreiro. Específicos Apresentar o trabalho de Emilia Ferreiro diante do processo de alfabetização; Conhecer a concepção de letramento que contribuiu e contribuí para redimensionar o conhecimento dos alunos; Analisar as dimensões do aprender a ler e a escrever; Reafirmar o desafio que é ensinar a ler e a escrever; Conhecer o significado do aprender a ler e a escrever; Problematização Diante da concepções analisadas e estudadas por Emilia Ferreiro, quais são os melhores meios para ajudar os alunos no processo de alfabetização e letramento? Materiais e métodos Explanação contextualizada nos livros e estudos de Emilia ferreiro, mostrando os principais aspectos levantados por ela visualmente no data show. Relatório Vários profissionais que estão trabalhando nas escolas, podem perceber que a maioria das crianças entram já conhecendo algo sobre a escrita e, que o processo de alfabetização é longo e trabalhoso, independente da classe social ou meio que a criança esta contida. Entretanto, ensinar a ler e a escrever é uma das atividades que tem desfavorecido o pensar da criança. Geralmente, não se leva em conta suas construções individuais. E por isso, um número significativo de crianças fracassa em seu processo de alfabetização. É necessário repensar em uma série de fatores: biológicos, psicológicos ou sociais, bem como, a importância da formação dos educadores que atuam no processo de alfabetização das crianças, sendo que devemos repensar em uma mudança na forma de pensar, praticar, e conceber a alfabetização e ou letramento. Ferreiro fala que é preciso conhecer as propostas de ensino e as concepções infantis. Infelizmente existe uma distância marcando o que a escola ensina e o que a criança aprende. Geralmente, a escola quer ensinar conteúdos que não coincidem com o que a criança quer e precisa aprender. O professor tem que estar atento a metodologia que considera simples ao complexo, fragmentando todo o processo de aquisição da língua escrita. O meio que a escola vem "ensinando" a ler e a escrever, não favorece o processo de construção do aluno, que na verdade, para adquirir o chamado código alfabético, reinventam a escrita, a seu modo. Isso porque a escrita é um processo de construção pessoal, e não simplesmente uma cópia de um modelo. Ainda para Emilia Ferreiro, em seu trabalho, foi possível conhecer que todas as crianças passam no processo de formulação da escrita, pelas mesmas etapas que o homem passou quando "descobriu" a escrita. Geralmente, reconstroem o mesmo trajeto que a humanidade fez no surgimento da escrita, ou seja, passam pela fase correspondente à escrita pictográfica (forma mais antiga de escrita, usada pelo homem para representar só os objetos que podiam ser desenhados), à escrita Ideográfica (consistia no uso de um sinal ou marca para representar uma palavra ou conceito) e à escrita logográfica (constituída de desenhos, referente ao nome dos objetos -som - e não ao objeto em si). Emilia retrata que a psicogênese( que estuda a origem e o desenvolvimento dos processos mentais, das funções psíquicas, das causas psíquicas que podem causar uma alteração no comportamento) realiza um processo de recontar a escrita, pois fala de não favorecer a concepção de que o adulto tem sobre a escrita, uma vez que as hipóteses parecem ser óbvias e naturais para um adulto alfabetizado por um método apresentado das partes para o todo, assim não são para as crianças. Portanto, essa é a única forma para que o adulto e mais especificamente, o professor, possam compreender como ocorre o processo de construção da escrita pela criança e, conseqüentemente, mude as posturas tradicionais de ensino, gerando práticas de alfabetização democráticas. É de suma importância a mudança nessa concepção sobre a escrita para que se entenda que a alfabetização acontece em um trabalho conceitual. A escrita foi transformada pela escola de objeto social em objeto escolar, pois se considera proprietária desse objeto de grande importância social. Com isso, a escrita foi reduzida a um instrumento para evoluir na escola, para passar de ano. Essa posição precisa ser repensada, pois a escrita só é importante na escola por ser fora dela. Emilia Ferreiro juntamente com Ana Teberoski, destacaram-se dentre todas as hipóteses de construção externadas pelas crianças, quatro hipóteses fundamentais para compreensão de como as crianças adquirem a linguagem escrita. São elas: · Pré-silábica - caracterizada pela fase icônica, onde a crianças acredita que escrever é desenhar o objeto. Aparecem tentativas da criança de correspondência entre a escrita e o objeto referido (realismo nominal), associando, por exemplo, o nome de uma pessoa a idade que ela tem, portanto os números de letras deverão está de acordo com esses critérios. Outras características principais dessa fase são: os diferentes estilos de escrita das crianças na fase inicial da escrita; as problemáticas quanto à orientação espacial da escrita; ora a escrita é representada por letras, ora por desenhos, ou com ambos, há grande dificuldade em estabelecer diferença entre as atividades de escrever e desenhar; a quantidade mínima de caracteres exigidos e a variedade desses caracteres. · Silábica - É o início da fonetização da escrita, ou seja, a criança escreve relacionando as unidades da escrita às unidades da fala. Ela descobre que a escrita representa os sons da fala e passa a escrever uma letra para cada sílaba, controlando a quantidade necessária de sílabas para cada palavras. Algumas crianças podem apresentar uma escrita silábica sem valor sonoro, pois observam a quantidade, mas não a qualidade das letras. Por exemplo, pode escrever RAFI, para borboleta, que apresenta quatro sílabas ou PTA para camelo, que tem três sílabas. Quando aprendem o valor convencional das letras do alfabeto, as crianças utilizam para cada sílaba, uma letra (vogal ou consoante) com valor convencional, ou seja, descobre que o importante não é apenas a quantidade, mas também a qualidade das letras. · Silábico-alfabética - essa fase é de transição entre a hipótese silábica e a hipótese alfabética, a criança abandona a primeira hipótese e descobre que necessita analisar outras possibilidades de escrita, uma vez que ela vai além da sílaba pelo conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras, além do conflito entre as formas gráficas que o meio lhe impõe e a leitura dessas formas com base na hipótese silábica. · Alfabética - é a etapa final da evolução, pois a criança ao chegar nessa hipótese compreendeu que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba e realiza sistematicamente, uma análise sonora dos fonemas das palavras que necessita escrever. As dificuldades a partir dessa hipótese não serão mais conceituais e sim ortográficas, pois a criança ficará exposta às dificuldades próprias do sistema ortográfico da língua materna. A psicogênese da língua escrita possibilita não só um novo pensar sobre o ato de alfabetizar, como também sobre todo o processo de construção do conhecimento do indivíduo, enquanto ser pensante e criativo, dotado de capacidades inatas e adquiridas. Na história da alfabetização, pensava-se que esse ensinamento estava resumido em “B + A = BA”, isto é, codificado entre fonemas e grafemas. Sabendo que existem muitas pessoas que não contem os domínios de leitura e escrita, como também existem sujeitos que conseguem associar sons e letras para produzir/interpretar palavras (ou frases curtas) parecia ser suficiente para diferenciar o alfabetizado do analfabeto. No o final do século XX, países desenvolvidos fizeram com que todos os povos tivessem da língua escrita não mais como meta de conhecimento desejável, mas como verdadeira condição para a sobrevivência e a conquista da cidadania. Contextualizando transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que o termo “letramento” surgiu, valorizando o sentido da leitura e da escrita do que tradicionalmente era conhecido por alfabetização. Atualmente, é importantíssimo conhecer práticas sociais letradas. Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de uma sociedade. Letramento seria: “... um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos. As práticas específicas da escola, que forneciam o parâmetro de prática social segundo a qual o letramento era definido, e segundo a qual os sujeitos eram classificados ao longo da dicotomia alfabetizado ou nãoalfabetizado, passam a ser, em função dessa definição, apenas um tipo de prática – de fato, dominante – que desenvolve alguns tipos de habilidades mas não outros, e que determina uma forma de utilizar o conhecimento sobre a escrita”. Já a alfabetização: “... é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se Letramento que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos” . Quando permitimos que o individuo, divirta-se, seduza, sistematize, confronte, induza, documente, informe, oriente-se, reivindique, e garanta a sua memória, o efetivo uso da escrita garante-lhe uma condição diferenciada na sua relação com o mundo, um estado não necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o código. Aprender a ler e a escrever não trata apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las (ou de associá-las), mas a possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação, possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas em um determinado contexto cultural e social. Progressivamente a “alfabetização” (nascida em oposição às práticas tradicionais, a partir dos estudos psicogenéticos dos anos 80), o processo de alfabetização fortalece uma experiência do letramento e este não passa de uma redundância educacional. Questionada formalmente sobre a “novidade conceitual” da palavra “letramento”, Emilia Ferreiro explicita assim a sua rejeição ao uso do termo: “Há algum tempo, descobriram no Brasil que se poderia usar a expressão letramento. E o que aconteceu com a alfabetização? Virou sinônimo de decodificação. Letramento passou a ser o estar em contato com distintos tipos de texto, o compreender o que se lê. Isso é um retrocesso. Eu me nego a aceitar um período de decodificação prévio àquele em que se passa a perceber a função social do texto. Acreditar nisso é dar razão à velha consciência fonológica”. Emilia Ferreiro nos faz um posicionamento diante do perigo da dissociação entre o aprender a escrever e o usar a escrita (“retrocesso” porque representa a volta da tradicional compreensão instrumental da escrita). Sendo ela uma defensora de práticas pedagógicas contextualizadas e signifcativas para o sujeito, o trabalho de Emília Ferreiro, tal como o dos estudiosos do letramento, afirma o resgate das práticas sociais da língua escrita o que faz da oposição entre eles um mero embate conceitual. Isso tudo porque alfabetização e letramento são conceitos freqüentemente confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo que é importante também aproximá-los: a distinção é necessária porque a introdução, no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização. Entretanto, por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e reconfigura-se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele. Assim como Emilia Ferreiro, é necessário reconhecer os valores teóricos e conceituais de ambos os termos. A compreensão que hoje temos do fenômeno do letramento presta-se tanto para retirar definitivamente as práticas mecânicas de ensino instrumental, como para se repensar na especificidade da alfabetização. Devemos lançar um desafio aos educadores da língua escrita: o alfabetizar letrando. Nas palavras de Emilia Ferreiro, “A escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não o contrário”. Paulo Freire, por sua vez , em muitos de seus estudos sobre o letramento diz que não necessariamente se coloca a serviço da libertação humana. Muito pelo contrário, a história do ensino no Brasil tem deixado rastros de um índice sempre inaceitável de analfabetismo agravado pelo quadro nacional de baixo letramento. Nesse sentido, analises sobre o letramento fundamentam-se em hipóteses não excludentes para explicar o fracasso no ensino da língua escrita. Na mesma linha de argumentação dos educadores que evidenciaram os efeitos do “currículo oculto” nos resultados escolares de diferentes segmentos sociais, é preciso considerar, como ponto de partida, que as práticas letradas de diferentes comunidades (e portanto, as experiências de diferentes alunos) são muitas vezes distantes do enfoque que a escola costuma dar à escrita (o letramento tipicamente escolar). Lidar com essa diferença (as formas diversas de conceber e valorar a escrita, os diferentes usos, as várias linguagens, os possíveis posicionamentos do interlocutor, os graus diferenciados de familiaridade temática, as alternativas de instrumentos, portadores de textos e de práticas de produção e interpretação...) significa muitas vezes percorrer uma longa trajetória, cuja duração não está prevista nos padrões inflexíveis da programação curricular. Emilia Ferreiro comenta que: “... a aprendizagem da língua escrita envolve um processo de aculturação – através, e na direção das práticas discursivas de grupos letrados - , não sendo, portanto, apenas um processo marcado pelo conflito, como todo processo de aprendizagem, mas também um processo de perda e de luta social”. Há uma dimensão de poder envolvida no processo de aculturação efetivado na escola: aprender – ou não – a ler e escrever não equivale a aprender uma técnica ou um conjunto de conhecimentos. O que está envolvido para o aluno adulto é a aceitação ou o desafio e a rejeição dos pressupostos, concepções e práticas de um grupo dominante – a saber, as práticas de letramento desses grupos entre as quais se incluem a leitura e a produção de textos em diversas instituições, bem como as formas legitimadas de se falar desses textos -, e o conseqüente abandono (e rejeição) das práticas culturais primárias de seu grupo subalterno que, até esse momento, eram as que lhe permitiam compreender o mundo. Na prática, a desconsideração dos significados implícitos do processo de alfabetização - o longo e difícil caminho que o sujeito pouco letrado tem a percorrer, a reação dele em face da artificialidade das práticas pedagógica e a negação do mundo letrado – acaba por expulsar o aluno da escola, um destino cruel, mas evitável se o professor souber instituir em classe uma interação capaz de mediar as tensões, negociar significados e construir novos contextos de inserção social. Embora o termo “letramento” remeta a uma dimensão complexa e plural das práticas sociais de uso da escrita, a apreensão de uma dada realidade, seja ela de um determinado grupo social ou de um campo específico de conhecimento (ou prática profissional) motivou a emergência de inúmeros estudos a respeito de suas especificidades. É por isso que, nos meios educacionais e acadêmicos, vemos surgir a referência no plural “letramentos”. Emilia ferreiro ressalta que a mais básica de todas as aprendizagens continua sendo a alfabetização. Se por meio das grandes pesquisas quantitativas, podemos conhecer onde e quando intervir em nível global, os estudos acadêmicos qualitativos, geralmente de tipo etnográfico, permitem conhecer as perspectivas específicas dos usuários e os contextos de uso e apropriação da escrita, permitindo, portanto, avaliar o impacto das intervenções e até, de forma semelhante à das macro análises, procurar tendências gerais capazes de subsidiar as políticas de implementação de programas. Emilia Ferreiro mostra que o sucesso de ler e escrever requer superação da visão de mundo. Sem a pretensão de esgotar o tema, a breve análise do impacto e contribuição dos estudos sobre letramento aqui desenvolvida aponta para a necessidade de aproximar, no campo da educação, teoria e prática. Na sutura entre concepções, implicações pedagógicas, de metas e quadros de referência, hipóteses explicativas e perspectivas de investigação, talvez possamos encontrar subsídios e alternativas para a transformação da sociedade leitora no Brasil, uma realidade politicamente inaceitável e, pedagogicamente, aquém de nossos ideais. Conclusão Com este trabalho, os professores começam a entender a alfabetização como um processo, falam menos e escutam mais. E escutar é infinitamente mais importante do que falar. É necessário redefinir o papel do professor. Ele não é mais o único que sabe ler e escrever na sala de aula, todos podem fazer isso cada um no seu nível. E com certeza, aprende-se muito mais inventando formas e combinações do que copiando. É necessário valorizar a cultura do aluno e sua criatividade. Concluindo, o conhecimento é de natureza assimiladora e não apenas registradora. Piaget nos apresentou em seus estudos, que o desenvolvimento cognitivo faz parte de um processo interativo e construtivo, uma vez em que todo conhecimento implica em elementos fornecidos pelo objeto – com suas propriedades físicas, sociais, e culturais, elementos acrescentados pelo sujeito – com a organização do esquema de assimilação. Portanto, nas palavras de Emilia Ferreiro temos que nos concientizar e valorizar o processo de leitura e escrita como um aquisição natural e construtiva que precisa ser enaltecida pela escola, democratizando o processo de ensino e favorecendo o aprendizado do aluno. Referências bibliográficas FERREIRO, Emilia; PALACIO, Margarita Gomes. Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. Traduzido por: Luiza Maria Silveira. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Traduzido por: Diana Myriam Lichtenstein; Liana Di Marco; Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. (Edição comemorativa de 20 anos de publicação) FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. Traduzido por: Horácio Gonzáles. 24 ed. São Paulo: Cortez, 2001. (Questões da Nossa Terra, v. 14) SOFTWARE PARA O ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO FÍSICO DE JOVENS ESCOLARES Professores Ms Diogo Cristiano Netto Esp. Fernando Marques PROBLEMA DE PESQUISA É de extrema importância o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento físico de jovens escolares, porém, é necessário na maioria das vezes equipamentos de alto custo, com isso, apresenta-se uma proposta para o desenvolvimento de um software em JAVA. INTRODUÇÃO A escola, como campo de pesquisa, tem possibilitado ampliar as descobertas sobre as conseqüências provocadas pela mudança do estilo de vida nas gerações a cada década. Sugerir um modelo de acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento físico para escolas através de um software que responda a questionamentos como: o que medir, para que medir e o que fazer com os resultados é de fundamental importância na construção de metodologias adequadas a este contexto, contribuindo para a efetivação de uma proposta educativa institucional coerente com as tendências atuais. Observa-se também, que a utilização de valores adquiridos de avaliações, testes e medidas em escolares, colabora para a compreensão das mudanças ocorridas no crescimento e no desenvolvimento humano, bem como possibilita a detecção de possíveis anormalidades e/ou enfermidades (FRANÇA, 1993). Fica evidenciado de maneira incontestável que a nova dinâmica mundial demonstra a necessidade da implantação de sistema de controles gerenciais, acompanhamento da tecnologia do momento, de recursos de informática em que esses devem ser encarados como ferramentas estratégicas e de grande importância. Tudo isso inserido no âmbito escolar de maneira fácil e com a relação custo/benefício aceitável para a aquisição do software. Estes controles serão realizados por meio de informações antecipadas que podem tentar prever problemas ou desvios do padrão estabelecido antes que ocorram. Nesta perspectiva apresentamos o presente projeto como proposta para o desenvolvimento de um software, para o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento físico de escolares. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Proporcionar aos acadêmicos de Sistemas de Informação do ISULPAR a prática no desenvolvimento de um software em Java para o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento físico de escolares. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Elaborar uma bateria de avaliações, testes e medidas para o acompanhamento do crescimento e o desenvolvimento físico de crianças e adolescentes. Ensinar os acadêmicos a trabalhar com o programa Java no desenvolvimento de softwares. Desenvolver um software que gere relatórios individuais e coletivos dos resultados das avaliações, testes e medidas. Integrar os conhecimentos de avaliações, testes e medidas num sistema estrutural e organizado, mais perto da ciência e tecnologia. METODOLOGIA Valendo-se do conhecimento adquirido ao longo de diversos semestres pelos alunos de Sistema de Informação na plataforma de desenvolvimento Java e, devido a grande capacidade tanto de mobilidade quanto de aplicações técnicas que essa tecnologia oferece, opta-se pela sua utilização no processo de informatização do software. Implementando-se em uma plataforma independente de sistemas operacionais, baseada em um sistema de banco de dados open source (domínio público), asseguramos assim uma larga possibilidade de distribuição e utilização nos mais diferentes ambientes computacionais. O sistema de banco de dados relacional MySQL também é objeto de estudos na graduação de Sistemas de Informação, abrindo dessa forma uma grande janela de integração entre a vida acadêmica e o mundo profissional. Para o desenvolvimento das etapas de projeto de software, será utilizada a ferramenta Argo UML, também de domínio público, fazendo com que os custos com o projeto sejam irrisórios. Vale lembrar, que este aplicativo também é abordado na graduação. Através do Argo UML, serão modelados os diagramas de classes, de caso de uso e de sequência. Serão escolhidos de 3 à 10 acadêmicos do ISULPAR que tenham interesse em aprender a desenvolver softwares utilizando a plataforma JAVA. Será elaborada uma bateria de avaliações, testes e medidas, respeitando critérios científicos, não-invasivos e de fácil operacionalização. Os conteúdos do software serão: CADASTRO 3) NOME DO PAI 4) NOME DA MÃE 1) FOTO DO ALUNO 5) TELEFONE RESIDENCIAL 2) NOME DO ALUNO 6) TELEFONE COMERCIAL 7) TELEFONE CELULAR DO PAI E DA MÃE 8) DATA DE NASCIMENTO 35) ANAMNESE (HISTÓRICO FÍSICO DO ALUNO) 9) DATA DA AVALIAÇÃO 36) ESTATURA 10) IDADE 37) PERCENTIS DE CRESCIMENTO 11) RUA SEGUNDO O CDC: 12) NÚMERO - PESO X ESTATURA, 13) BAIRRO - ESTATURA X IDADE 14) ESTADO - IDADE X PESO 15) PAÍS 38) ESTIMATIVA DE 16) CEP 17) ESCOLA QUE ESTUDA 18) ENDEREÇO 19) TELEFONE 20) EMAIL 21) NOME DO DIRETOR 22) NOME DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA CRESCIMENTO 39) PICO DE VELOCIDADE DE ALTURA 40) IDADE DO PICO DE VELOCIDADE DE ALTURA 41) STATUS – NORMALATRASADO-ADIANTADO 23) SÉRIE 42) PESO 24) TURMA 43) MASSA MAGRA 25) RG 44) MASSA GORDA 26) CERTIDÃO DE NASCIMENTO 45) ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) 27) CPF 28) TELEFONE RESIDENCIAL 46) PERCENTIS DE CRESCIMENTO 29) TELEFONE COMERCIAL 47) ALTURA SENTADO 30) TELEFONE CELULAR 48) COMPRIMENTO DA PERNA 31) EMAIL 49) TAMANHO DO TRONCO 32) NÚMERO QUE CALÇA 33) MÃO DE DOMÍNIO 34) PÉ DOMINANTE 50) MEDIDAS DE CIRCUNFERÊNCIA 51) BRAÇO DIRETO RELAXADO E CONTRAÍDO APTIDÕES FÍSICAS 52) BRAÇO ESQUERDO RELAXADO E CONTRAÍDO 53) ANTEBRAÇO DIREITO E ESQUERDO - SEXUAL e - FACIAL. 54) TÓRAX 55) CINTURA 56) ABDÔMEN 64) SOMATOTIPO: 57) QUADRIL - ENDOMORFO, 58) COXA DIREITA E ESQUERDA - ECTOMORFO e 59) PANTURRILHA - MESOMORFO. 60) RELAÇÃO CINTURA E QUADRIL 61) FLEXIBILIDADE 65) FREQUENCIA CARDÍACA: - REPOUSO, - RESERVA e 62) ANÁLISE POSTURAL *COLUNA: - MÁXIMA. 66) APTIDÃO - HIPERCIFOSE, CARDIORRESPIRATÓRIA: - HIPERLORDOSE E *LUC LEGER – 20 METROS - ESCOLIOSE. - Ml/kg/m² - L/kg/m², * JOELHOS: - mets e - GENOVARO, - GASTO CALÓRICO. - GENOVALGO, - GENORECURVADO e - GENOFLEXO. * PÉS: - ADUTO, - ABDUTO, - EQUINO, - VALGO e - VARO. 63) MATURAÇÃO NÚMERO DE PARTICIPANTES Participarão do desenvolvimento do software no mínimo 3 alunos e no máximo 10 que estejam regularmente matriculados no curso de Sistemas da Informação do ISULPAR e que tenham disponibilidade e interessem em aprender a manusear a plafatorma JAVA. CONCLUSÕES E APLICABILIDADE O acadêmico que participar, receberá um certificado equivalente ao número de horas necessárias para a realização do software, que poderá ser apresentado à coordenação do curso para equivalência de horas de atividades extracurriculares. TERMINAL MARÍTIMO EM PARANAGUÁ ALAURI Guilherme de Souza do Rosario Amanda Regina Eurich Matioli Angela Cristina Moreira da Rocha Bruna Andre Olleros Danielle Regina Dias Gesseca Aldebrando dos Santos Viviane Marque Costa Profª: Roberta Resende Carnelos Introdução Este projeto tem por finalidade implantar em Paranaguá/PR um terminal turístico marítimo de passageiros nas proximidades da área sudeste do terminal TCP, em direção a Ilha da Cotinga. Sendo que o porto de Paranaguá é um dos principais portos do Brasil, em transporte de cargas e grãos, e porque não de passageiros? Ressalta-se a importância que isto trará para o município e cidades litorâneas vizinhas, possibilitando alavancar de forma significativa o crescimento da chamada indústria verde, não poluente, que é a indústria do turismo e do crescimento sustentável. Objetiva-se analisar o que é pertinente a terminais marítimos, tangenciando conceitos e características daqueles que são considerados integrantes da prática do turismo. Portanto, para a realização desta pesquisa, foi feito um diagnóstico da implantação do terminal, no qual foram evidenciadas o aumento da economia da cidade e possíveis soluções para o crescimento no segmento da prestação de serviços e da organização funcional do objeto de estudo. Justificativa Devido ao turismo na cidade de Paranaguá ser pouco explorado, apostamos no investimento de um terminal turístico, para que possa melhorar e crescimento econômico da cidade. Por isso visamos a possibilidade desta implantação, claro que com isso surgem algumas questões e quais as maiores dificuldades da cidade para a implantação do terminal e juntamente as suas respostas, para o seu surgimento. Esta pesquisa pode contribuir para a efetiva implantação do terminal turístico e, com isso modificar hábitos e lugares, sendo assim, vários setores podem ser afetados indiretamente com a necessidade de sua exploração. Pautamos este assunto porque observamos que Paranaguá esta deixando de receber turistas, até mesmo por falta de atrativos, pois o interessante de uma cidade histórica não pode ser apenas prédios antigos/históricos. Sabemos que a cidade não possui um aeroporto de grande porte ou até mesmo não tem uma estrutura adequada para que seja implantado. A maioria dos turistas que percorrem as estradas ate chegarem a nossa cidade passam por outros municípios vizinhos, menores e que diferente de nossa cidade exploram o turismo. Nossa cidade deveria ser o ponto de partida para os turistas, pois é a mais velha do estado, por esse motivo estamos desenvolvendo este projeto. Nossa principal meta é explorar o potencial turístico na cidade com através do Porto de Paranaguá, que é um dos principais portos do Brasil e Paranaguá por sua vez já possui o titulo de cidade turística porém não muito explorada. Devemos montar uma estrutura organizada e ampla para podermos recepcioná-los, tanto no terminal turístico, pelos aeroportos mais próximos como de Curitiba e Joinvile e por terminais rodoviários como o de Paranaguá, Garuva e Curitiba, proporcionando que os mesmos façam um “city-tour“, com isso eles poderão iniciar seus passeios pelo terminal ou terminar seu passeio na área portuária. Problema Tendo em vista o grande fluxo de navios de carga no porto de Paranaguá, será que seria adequada a implantação de um terminal marítimo de passageiros para a melhoria na economia da cidade? Hipótese O Porto é a principal fonte de economia em Paranaguá, sendo a cidade mais antiga do Paraná e uma cidade portuária ainda não possui uma estrutura para receber navios turísticos e nem uma valorização sobre seus pontos turísticos, tendo uma grande perca na área econômica e atrapalhando o seu desenvolvimento. Podemos afirmar que através do turismo, o beneficio será tanto da cidade quando do próprio porto. Essa é nossa principal hipótese. Objetivos Objetivo Geral: Verificar as formas que viabilizariam a implantação de um terminal turístico em Paranaguá. Objetivos específicos: 1) Analisar a estrutura geral atual do porto de Paranaguá, e o que pode ser modificado. 2) Verificar a estrutura de outras cidades que já implantaram. 3) Estudar o impacto Ambiental antes e após a implantação do terminal. Fundamentação teórica Segundo David Gillbert e Rbeca Sheperd,(1998) “o turismo como um elemento importante da economia de serviços tem sido, por algum tempo, elogiado pelo seu crescimento continuo. Entretanto nem seus mais ardentes apoiadores poderiam prever o quanto tem sido capaz de suportar as pressões da recessão econômica mundial, mesmo recessões que têm prejudicado seriamente muitas das principais industrias do mundo. O mundo tem cambaleado de recessão em recessão durante a ultima década e mesmo gigantes poderosos da industria (como a IBM) foram forçados a racionalizar suas atividades. Apesar disso, a atividade turística, não apenas foi capaz de manter sua presença, mais em muitas áreas ela continua a crescer.” No Brasil há vários prestadores de serviços no setor de turismo que atendem diferentes destinos, sendo que as principais viagens são internas. A rede de transporte turístico deve ser adequada para que se concretize como elemento de destaque para o deslocamento de pessoas melhorando a economia do país. Há milhares de anos a sociedade utiliza-se de canais navegáveis para o transporte de cargas e passageiros e com sua extensa costa marítima, infindáveis milhas de canais navegáveis. Não foi diferente nos últimos anos e revelou-se um ponto de atividade internacional, extremamente comercial. Apesar de sua imensa vocação para transportes de turistas pela biodiversidade e ecossistemas regionais que começou em outubro/2008 e terminou em abril/2009, atingiu um numero impressionante de mais de 700 escalas de cruzeiros marítimos, 25 portos visitados pelas linhas ofertadas, apesar de o país contar com apenas 10 terminais de passageiros e mais de 400.000 turistas em apenas 7 meses de temporada. A cidade de Búzios/RJ que citamos como exemplo e que é um dos destaques e referencia para o turismos, calcula que cada turista chega a deixar o equivalente a R$600,00, principalmente em lembranças, souvenirs e alimentação. Segundo Beni Mario (1998), No turismo pode-se imaginar a priori, que tanto a área estatal como a empresarial têm como objetivo real o lucro. O estado espera da atividade turística o superávit no balanço de pagamentos na conta especifica, em razão do ingresso de divisas, e as empresas que atuam no setor igualmente dimensionam a prestação de seus serviços em razão da lucratividade dos investimentos necessários. Entretanto, quando se analisam suas partes do sistema, verifica-se que a medida de seu rendimento global está na razão direta da capacidade de controle de seus componentes e atividades, e nem sempre esse rendimento está vinculado ao lucro. Ao Estado compete o investimento não só na infraestrutura de apoio a atividade, mas também na implantação de programas de turismo socializado, com o objetivo de facilitar o acesso ao turismo das classes menos favorecidas economicamente. Desta forma não podemos pensar que o terminal marítimo ficara apenas dentro da iniciativa privada, pois para que os turistas possam passear com tranqüilidade e conforto pelo município precisamos de órgãos superiores ao da iniciativa privada e responsáveis pelo município, ou seja, dependeria da colaboração de órgãos públicos que são os maiores responsáveis pelo município. Procedimentos Metodológicos Para o desenvolvimento deste projeto, foram feitas entrevistas não formais com o objetivo de verificar a necessidade da implantação deste terminal, na perspectiva de melhorar os processos ofertados no ambiente, buscando identificar conhecimentos e percepções. Segundo Bertaglia (2003) a demanda deve ser identificada para conhecer quais ações necessárias para um desenvolvimento produtivo do turismo fazendo com que ele não falhe ou pereça de determinados materiais para a satisfação deste serviço no município. Cronograma do Trabalho Ano 2010 Atividades /mês Pesquisa Bibliográfica Pesquisa Empírica Elaboração do projeto Revisão / Orientação Apresentação e entrega Março Abril x x Maio Junho x Julho Agosto Setembro x x x x x x x x Conclusão Com o termino deste projeto de pesquisa e durante a sua realização, constatou-se que o município não precisa depender apenas de um ou outro órgão seja ele municipal, estadual ou privado. Em alguns municípios a economia depende unicamente do turismo, podemos citar Búzios como exemplo. Então se a implantação deste terminal marítimo fosse efetivado no município o seu desenvolvimento socioeconômico seria de grande valia, gerando empregos, a rotatividade dos lucros e tendo mais alternativas dentro da economia, tirando a visão que o município tem apenas uma fonte econômica que seria o porto. Referências Bibliográficas BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo: SENAC, 1998. BERTAGLIA, P.R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. Plano nacional de turismo 2007/2010: uma viagem de inclusão. Brasília, 2007. 83p. GILLBERT, David. Turismo Princípios e Praticas: O impacto econômico do turismo.São Paulo, 1998 KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Prentice Hall, 2002. LEMOS, Leandro de. Turismo: que negócio é esse? Uma análise da economia do turismo. Campinas: Papirus, 2001. LOPES, Jorge. O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2006. PALHARES, Guilherme Lohmann. Transportes Turísticos. São Paulo: Aleph, 2002. PAOLILLO, André Milton. REJOWSKI, Mirian. Transportes. São Paulo: Aleph, 2006. REJOWSKI, Mirian. Turismo e pesquisa científica: pensamento internacional x situação brasileira. Campinas: Papirus, 1996. Anexos Entrevista com Fabiano Vicente Elias, um dos interessados pela implantação do terminal marítimo em Paranaguá. Nesta entrevista irá conter alguns pontos importantes para esta implantação 1. Qual a importância de um terminal turístico na cidade? Possibilitará o surgimento de um novo foco de crescimento econômico baseado em uma alternativa sustentável, diversas atividades da área portuária comercial, possibilitando o surgimento de novas interfaces econômicas gerada pela demanda turística, completamente diversa da existente hoje. 2. Existe projeto de implantação de um terminal turístico no nível de Governo Federal? O Governo Federal nunca promoveu quaisquer esforços para isso, muito menos o de mandar fazer um projeto de terminal marítimo de passageiros em Paranaguá. Não há projeto algum para isso em Brasília. Tudo o que existe são estudos preliminares. Um projeto deste porte custa milhares de dólares e ate o momento seu custo não foi admitido pelo Governo Federal. Uma alternativa é que o porto de Paranaguá, que tem dinheiro em caixa, promova este estudo, mas o mesmo ainda não o fez. 3. O porto de Paranaguá estaria adequado para receber uma ampliação voltada um terminal marítimo de passageiros? Sem duvida. A construção do terminal marítimo pode ocorrer em área contigua á existente ou em área nova. 4. Com a implantação do terminal, em sua opinião, qual seria a mudança econômica para o município? Isso possibilitaria ao município desvencilhar-se da incômoda posição de depender unicamente da riqueza proveniente de exploração portuária comercial que, quando tem algum problema como a falta de investimento na infraestrutura portuária por exemplo, acaba gerando efeitos desastrosos sobre toda a região. 5. Paranaguá, hoje estaria preparada para atender direta e indiretamente a demanda no segmento de turismo? Não. São necessárias medidas para capacitar o segmento de serviços e promover uma serie de eventos, ações comunitárias e investimentos privados para efetivamente consolidarmos a cidade como tal. Entrevista com Mario Lobo Superintendente da APPA – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. 1) Qual a importância de um terminal turístico para a cidade? O turismo é um grande gerador de emprego e renda, e é especialmente importante para Paranaguá, cuja economia carece de diversificação. O terminal turístico poderá propiciar não só a realização de escalas de cruzeiros, mas também que elas sejam ponto de partida ou de chegada desses cruzeiros, gerando tráfego de grande número de turistas. 2) Existe projeto de implantação de um terminal turístico no nível de governo federal? Sim, tanto o Ministério do Turismo quanto a Secretaria Especial de Portos tem incentivado a instalação de um terminal turístico em Paranaguá. 3) O Porto de Paranaguá estaria adequado para receber uma ampliação voltado a um terminal turístico? Muitas adequações terão de ser feitas, mas há espaço para mais essa atividade no Porto de Paranaguá, hoje já bastante diversificado. 4) Com a implantação do terminal, na sua opinião, qual seria a mudança econômica para a cidade? Os estabelecimentos ligados ao turismo deverão ter significativo incremento em suas receitas, assim como o varejo. Todavia, não acredito que forneça solução para todos os problemas econômicos da cidade como apregoam alguns. 5) Paranaguá, hoje estaria preparada para atender direta e indiretamente a demanda no segmento turismo? Teria de haver treinamento e preparação em alguns segmentos para aumentar a infraestrutura. Mas os parnanguaras são simpáticos e pro ativos, e acho que dariam conta do recado. Fotos Foto Aérea de Paranaguá Porto de Paranaguá Porto de Paranaguá 02 Navio de turistas em Pranaguá (Veedan que visitou Paranaguá em ) Navio de Turistas Veedan Prospecto Terminal Turístico UMA REFLEXÃO SOBRE AS IMPLICAÇÕES, A IMPORTÂNCIA E O DIREITO DA PRÁTICA DA EUTANÁSIA NO BRASIL Juliana da Silva Ramos Ozires dos Passos Soares Ruciana Gilvani Marcolino Costa da Silva Simone Luz de Oliveira 1 INTRODUÇÃO Este projeto tem como objeto de estudo uma proposta de reflexão sobre o tema da prática da Eutanásia, contemplando sua história ao longo do tempo e do espaço na civilização conforme conhecemos. Esta importante reflexão, entretanto, tem sido evitada bem como seus estudos e deliberações legislativas, possivelmente em função da vulnerabilidade emocional, influência de instituições religiosas e ausência de engajamento social para construção de legislações que tal proposta acarretaria. A acepção do termo eutanásia deriva do grego eu (bom) e thanatos (morte). Segundo o dicionário Larousse, eutanásia é a ciência de adoçar a morte, atenuando o sofrimento que a antecedem. A discussão sobre eutanásia tem suscitado opiniões declaradas, diversificadas, assim como abstinências em relação não somente a opinar, mas também a pensar sobre o tema. Toda essa polêmica se reflete na legislação, de forma que vemos por todo o mundo uma dificuldade em se criar leis e regras para a legalização ou não da eutanásia, bem como para os critérios para a sua efetivação, nos países em que ela está legalizada. Apesar da importância de se manter um Estado laico, que possibilita a todos exercer suas próprias crenças, ou mesmo não tê-las, sem interferência estatal, a religião possui grande influência na legislação. Nos países democráticos é o povo quem elege quem vai criar, manter e executar suas leis. Em conseqüência disso, grande parte dos legisladores, busca orientação da Igreja, já que seus eleitores também se orientam por esses ditames. No caso do Brasil, onde a maioria da população é católica, a influência da Igreja no legislativo sempre se fez notar. A legalização do aborto, o reconhecimento da união entre homossexuais, a recente discussão sobre a possibilidade de aborto entre anencéfalos é um claro exemplo disso. 2 JUSTIFICATIVA: A discussão sobre eutanásia tem suscitado opiniões declaradas, diversificadas, assim como abstinências em relação não somente a opinar, mas também a pensar sobre o tema. Toda essa polêmica se reflete na legislação, de forma que vemos por todo o mundo uma dificuldade em se criar leis e regras para a legalização ou não da eutanásia, bem como para os critérios para a sua efetivação, nos países em que ela está legalizada. A discussão se faz necessária para que diante de todas as possibilidades, possa a sociedade determinar o que quer para si, tanto no âmbito do direito quanto no âmbito da ciência 3 PROBLEMA: 1) Qual a evolução do legislativo e o posicionamento da igreja católica em relação a Eutanásia? 4 HIPÓTESE: Na América Latina, encontram-se divergências em relação à abordagem do tema. Brasil e Argentina, de forma mais rigorosa, enquadram a prática como homicídio. Colômbia, Bolívia, Costa Rica, Cuba e Uruguai a caracterizam como homicídio privilegiado, acarretando inclusive em perdão judicial, chegando o Peru a tratar do caso como ausência de delito. A legislação brasileira não recepciona os casos de eutanásia, tampouco de suicídio assistido, porém em sua Constituição encontram-se princípios que poderiam ser ampliados visando descriminalizar as condutas, ou ao menos repensar sua relevância junto a sociedade. Apesar de haver um projeto de lei visando sua legalização, o referido projeto encontra muita resistência por parte da maioria dos doutrinadores, do Conselho de Ética Médica, da igreja assim como de grande parte do legislativo. No caso do Brasil, onde a maioria da população é católica, a influência da Igreja no legislativo sempre se fez notar. A legalização do aborto, o reconhecimento da união entre homossexuais, a recente discussão sobre a possibilidade de aborto entre anencéfalos é um claro exemplo disso. 5 OBJETIVO 5.1 Objetivos Gerais Estudar a evolução da Eutanásia e o posicionamento da Igreja católica. 5.2 Objetivos Específicos Analisar o conceito de eutanásia e sua evolução histórica; Demonstrar o posicionamento da igreja católica em relação a Eutanásia no Brasil; Discutir os argumentos contrários e a favor referentes a criação de uma legislação específica no país. 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O tema apresentado é um convite à reflexão! Não objetiva mais que isso. A morte é uma companheira presente na vida de qualquer ser que respira. Apesar disso, evita-se ao máximo refletir sobre ela, e sobre o modo como ela pode se fazer anunciar para cada um de nós. Vivemos hoje, numa época em que a tecnologia onde a ciência pode quase tudo, porém, independente e apesar disso ela, a morte, nossa companheira inseparável, nem sempre foi doce, nem sempre foi indolor, como demonstrado no presente trabalho. Em alguns casos, ela chega de modo lento e degradante. Refletir sobre os caminhos inerentes a ciência, a principalmente aos caminhos do Direito se faz necessário. Até onde podem as leis interferir na vida privada das pessoas? Quem tem o direito de dizer a quem pertence a vida e a morte? Essas questões, apesar de difíceis, devem ser pensadas e repensadas, pois tanto as leis como a ciência devem ter como escopo servir ao homem, propiciando a este condições de bem viver e porque não de bem morrer. O Estado, criado para servir o homem, deve garantir a todos indistintamente o direito de crescimento e de autodeterminação. Não se pode esperar nem pedir dele nada a mais que isso. Ser isento, permitindo a cada um, dentro de suas crenças e costumes, desde que não interfiram no direito do outrem, viver do modo que bem lhe aprouver, exercendo seu discernimento para determinar de que modo quer viver. O crescimento individual e social depende disso. Não se pode querer uma sociedade madura, evoluída, se não se da a esta direito ao crescimento. A acepção do termo eutanásia deriva do grego eu (bom) e thanatos (morte). Segundo o dicionário Larousse, eutanásia é a ciência de adoçar a morte, atenuando o sofrimento que a antecedem. Rodrigues acerca do tema: [...] o termo é utilizado para designar o ato de provocar a morte por compaixão no que tange a um doente incurável exposto a sofrimentos, ou em relação a um recém -nascido gravemente mal formado cuja qualidade de vida seria bastante comprometida7. Reflete Diniz também sobre o tema, tecendo comentários aos novos caminhos da bioética e buscando o estabelecimento de limites acerca dos novos caminhos da ciência: os bioeticistas devem ter como paradigma o respeito à dignidade da pessoa humana que é o fundamento do Estado Democrático de Direito e o cerne de todo o ordenamento jurídico. Deveras, a pessoa humana e sua dignidade 7 VIERA, Tereza Rodrigues, 2003,p 86 constituem fundamento e fim da sociedade e do Estado, sendo o valor que prevalecerá sobre qualquer tipo de avanço científico e tecnológico8. Noronha traz para os que defendem a eutanásia os seguintes argumentos: [...] a vida é um bem indisponível. Não colhe dizer-se que a maioria das legislações não pune o suicídio. Se o fazem, é por ser inútil ou risível a punição do cadáver, ou inócua a pena como meio preventivo, contra quem não teme a própria morte. Registre-se também o estado de anormalidade mental de quem vence o instinto de conservação. Finalmente, punir o suicídio frustrado é aumentar no indivíduo o desgosto pela vida e impeli-lo novamente a tentar contra a vida.9 Pessini10 afirma, que quanto à eutanásia dois documentos são de fundamental importância para a se demonstrar a opinião da Igreja Católica: Trata-se da Conferência Episcopal da Alemanha(20.11.1978) e o documento da Santa Sé sobre a Eutanásia datado de 5.5.198011. A declaração da Conferência Episcopal Alemã afirma: todo homem tem direito a uma morte humana, sendo dever de quem o assiste, proporcionar-lhe alivio em seus sofrimentos, com uso de todos os meios possíveis, afirma também o referido documento que a este não deve faltar o reconhecimento e a consideração com a sua existência humana, e que para isso se faz mister a criação de uma atmosfera de confiança e de calor humano. O Documento da Santa Sé, por sua vez trata de reafirmar que nada nem ninguém podem autorizar, nem consentir inocente, seja feto, embrião, criança na morte de um ser humano ou adulto, independente das circunstâncias, e nem solicitar o ato para outrem que se encontre impossibilitado de fazê-lo. A vida, para a igreja é dádiva divina, e a sua retirada constitui uma violação a essa dádiva, entendendo o documento que o ato é 8 DINIZ, Maria Helena. p19. NORONHA. E. Magalhães. p.28 10 PESSINI, Leo. BARCHIFONTAINE, Christian de Paul..p. 293 11 VATICANO. Documento da Santa Sé de 05.05.1980 http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19800505_eutha nasia_po.html 9 também uma ofensa à dignidade humana, e um atentado contra a humanidade, porém ante a iminência de morte inevitável, a igreja considera lícito ao doente e aos seus familiares à renúncia de alguns tratamentos que prolongariam precária e penosamente a existência. O Papa Pio XII emitiu o seguinte parecer sobre o tema com o objetivo de estabelecer as condutas médicas e legislativas apoiadas pela Igreja Católica: Se a administração dos narcóticos causa, por si mesma, dois efeitos distintos, a saber, de um lado, o alívio das dores; do outro, a abreviação da vida, então ela é lícita. Pelo exposto aqui, fica claro que até mesmo a rigidez da maior parte das religiões, admite que o paciente possa, em caso extremo, recusar alguns procedimentos médicos, mesmo que isso cause como conseqüência sua morte. 7 METODOLOGIA E PROCEDIMENTO Quanto ma metodologia será empregada a do método dedutivo, em que se levanta a hipótese da Eutanásia ser uma prática liberada. Os procedimentos se deram pelo levantamento bibliográfico e de documento religioso, uma vez que a igreja tem forte influência na legalização da Eutanásia no Brasil. 8 CRONOGRAMA DE PESQUISA mês/2010 Jan Fev Mar Abr X X X Maio Jun Jul Fases Levantamento bibliográfico e artigos X de juristas Análise e revisão do material Leituras e fichamentos X X X X Ago Set Out Nov Dez Redação inicial X Redação final X X Revisão X X Apresentação e defesa pública X Entrega da redação final X REFERÊNCIAS DINIZ, Maria Helena. O estatuto atual do biodireito. Saraiva, 2006. DWORKIN, Ronald. Domínio da vida. Livraria Martins Fontes: Editora Ltda, 2002 NORONHA. E. Magalhães. Direito Penal. Volume 2. 19 ed. Saraiva: São Paulo, 2008 PESSINI, Léo. BARCHIFONTAINE, Christian de Paul. Problemas Atuais de Bioética. 6. ed. ESTADO: Juruá, 2007 RODRIGUES, Paulo Daher. Eutanásia. Belo Horizonte: Del Rei,1993 VATICANO: documento da Santa Sé de 05.05.1980. Disponível em: <http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cf aith_doc_19800505_euthanasia_po.html> Acesso em: 20 nov. 2009. VIERA, Tereza Rodrigues. Bioética e Biodireito. 2.ed., São Paulo: Jurídica do Brasil, 2003 O USO DA INTERNET WIRELESS DENTRO DA SALA DE AULA Professor:Elton Dal Bem Galvão. Introdução O uso da Internet wireless dentro das Instituições de Ensino, especificamente em IES vem trazer além da mobilidade, a facilidade de acesso para serviços pedagógicos e administrativos. O uso racional e inteligente desta ferramenta deveria ser idealizado por um Projeto Pedagógico que direcione a uma inclusão digital acadêmica, evitando proscratização e melhorando a burocracia. A infraestrutura de uma IES deve estar compatível para o fornecimento desta ferramenta pois são vários acessos simultâneos a várias páginas e serviços, fato que pode ocasionar lentidão nos Sistemas acessados e tráfego lento no acesso à Internet, o que vai na contramão da agilidade e comodidade. Resumo O uso da Internet wireless disponível dentro da sala de aula para alunos e professores pode trazer facilidade na hora das pesquisas e trabalhos acadêmicos. Pode trazer também, uma distração maior por parte dos alunos e uma “muleta” pedagógica para o professor, aumentando a proscratização dentro da sala de aula. Outro ponto importante do seu uso é o “em torno” da sala. As demais dependências que por falta de controle da abrangência do sinal wireless, pode se estender para corredores, biblioteca, área de lazer e descanço e até mesmo exceder os limites físicos de um IES possibilitando o acesso indevido por pessoas estranhas ao mundo acadêmico. Através de pesquisas na Internet, percebe-se que são poucas as IES do Brasil que se preocupam com a inserção do sinal wireless dentro de um Projeto Pedagógico que visa a utilizar esta ferramenta como mais um recurso pedagógico. Fazendo uma breve reflexão, tendo como experiência a docência e a gerência de Informática, elaborei alguns itens para serem debatidos com alunos, professores e administradores em relação ao uso da Internet wireless dentro da sala de aula. Estes itens não se esgotam aqui, mas são um ponto de partida para que tenhamos o uso inteligente e racional, que venha a agregar serviço de qualidade na melhoria do ensino. • Quem deve acessar o sinal? Todos os alunos? Somente os matriculados? • Qual conteúdo poderá ser liberado? • Qual conteúdo será bloqueado? • Qual o limite de acesso simultâneo? • Qual a infraestrutura necessária para se fazer tal acesso e controle? • Dá pra diferenciar conteúdos para serem acessados em lugares específicos dentro da IES? • Como tratar o uso do sinal que extrapola os limites físicos da IES? • É importante tratar o sinal wireless como ferramenta pedagógica dentro do Projeto Pedagógico de uma IES? • O uso do sinal wireless é para acesso simplesmente à Internet ou poderia agregar serviços como aulas gravadas, chats on-line, acompanhar notas e frequência, solicitar documentos, acompanhar conteúdos programáticos, etc...? • Dentro de uma proposta Pedagógica, o uso wireless pode aproximar professores dos alunos? Melhorando o aprendizado? Justificativa Devido às suas características e vantagens em relação às redes convencionais, a cada dia que passa as redes sem fio ganham mais força e cada vez mais, faz parte da vida acadêmica, podendo melhorar o acesso ao conhecimento e organizando as informações entre alunos e professores. Objetivo Iniciar um debate sobre os prós e contras do uso do sinal wireless para acesso à Internet dentro da sala de aula. Problema de Pesquisa A simples liberação da Internet via wireless para alunos e professores pode se adequar aos interesses acadêmicos e pedagógicos ou simplesmente ser uma “fuga” ou divertimento durante a aula? Material e Métodos Notebook, acessórios e apresentação de slides. Conclusão O simples uso da Internet wireless para alunos e professores pode ser inserido em um Projeto Pedagógico que organize e dê diretrizes para o acesso racional e inteligente. A infraestrutura de uma IES deve comportar tais acessos e ser planejada para um crescimento inevitável. Deve-se pensar também em regras de uso e acesso, tanto por parte dos usuários mas também de equipamentos tecnológicos. Enfim, o sinal wireless deve ser encarado como ferramenta pedagógica e adminstrativa, visando eliminar barreiras entre alunos e professores. Seu uso por sí só para simplesmente acessar Orkut, MSN e afins parece estar fora do ambiente acadêmico. VIABILIZANDO E DESENVOLVENDO PROJETOS OPEN SOURCE Juarez de Carvalho Junior Kelson Santos Martins Kelson Santos Martins. Palavras Chaves:Networking, Open Source, TI. Resumo Os Projetos de Software Open Source (código aberto) são projetos nos quais qualquer pessoa com conhecimento em programação poderia incrementá-lo, inserindo novas idéias e funcionalidades. Dito este conceito, nota-se que este tipo de software tende a evoluir muito mais rápido do que os softwares proprietários (código fechado), cujo desenvolvimento depende não apenas de recursos financeiros, mas também de diversas decisões comerciais e estratégicas de uma determinada organização. Introdução Projetos Open Source surgiram em uma reunião em 1998, onde as personalidades que acabaram se tornando referencias no assunto Open Source, como Todd Anderson, Chris Peterson, John Hall, e Larry Augustin debateram o assunto e definiram as regras do que viria a ser um projeto aberto, sendo a principal delas a seguinte regra: “O programa deve incluir seu código fonte e deve permitir a sua distribuição também na forma compilada. Se o programa não for distribuído com seu código fonte, deve haver algum meio de se obter o mesmo seja via rede ou com custo apenas de reprodução. O código deve ser legível e inteligível por qualquer programador.” A partir disso ouve uma revolução no quesito desenvolvimento de software onde de certa forma iniciou-se uma batalha entre empresas que defendiam os softwares de código proprietário, empresas e grupos que defendiam softwares de código aberto. Dentre os diversos softwares Open Source, alguns famosos são o Mozilla Firefox, Emule, Notepad ++, Open Office. Justificativa Além de ser uma abordagem de desenvolvimento que cresce a cada dia no mercado mundial de desenvolvimento de software, os projetos open source são também uma das melhores maneiras de um acadêmico ou um recém formado adquirir experiência real de desenvolvimento, pois nos dias atuais, está cada vez mais difícil entrar com sucesso no mercado de trabalho na área de desenvolvimento de software sem uma devida bagagem. Dito isso, Projetos Open Source não apenas permitem que qualquer pessoa crie ou participe de projetos ativos, como permitem também que facilmente encontre-se pessoas do mundo todo a participarem de projetos construindo assim um fantástico networking com pessoas dos diversos cantos do mundo, trocando experiências, idéias e conseqüentemente adquirindo cada vez mais conhecimentos não apenas técnicos mas também de mercado. Objetivo O Projeto tem como finalidade instruir e mostrar ao acadêmico, recém graduado, ou qualquer interessado, a grande capacitação e experiência que criar, gerir ou participar de um projeto de software open source traz ao participante. Pois o mesmo permite ao interessado participar de grupos internacionais de desenvolvimento das mais diversas linguagens de programação a participar do desenvolvimento ativo de softwares dos mais diversos tipos e ramos, projetos este que contam quase em sua totalidade com pessoas altamente capacitadas tecnicamente e também com visão de projeto e desenvolvimento. Além disso, o projeto tem como por objetivo mostrar os meios de criação de um projeto open source, métodos para recrutar desenvolvedores do mundo todo para um projeto, meios de participar em projetos já existentes e também mostrar os meios de viabilização de fundos financeiros caso o projeto necessite de fundos para a viabilização do mesmo. Problema de Pesquisa Nos dias atuais, o mercado de desenvolvimento de software está abrindo as portas apenas para pessoas preparadas tecnicamente e com certa experiência em desenvolvimento de software em equipe. Fato este que é um grande problema para os estudantes, acadêmicos ou recém graduados que ainda não tiveram experiência prática em empresas reais, e conseqüentemente não passaram pelos problemas reais de um desenvolvimento de qualquer tipo de software, portanto com tal projeto mostraremos as idéias e caminhos que já foram utilizados com sucesso para tal público de como adquirir uma grande bagagem de conhecimento e experiência, para poderem se integrarem no mercado empresarial extremamente preparados para resolverem quaisquer tipos de problemas que venham a ocorrer. Metodologia A apresentação se dará com slides contendo informações divididas por diversos tópicos pertinentes ao assunto, exemplos com acesso à internet para explanação sobre como proceder para criar ou participar projetos e também como recrutar participantes e levantar fundos ao projeto na prática. Apresentação e demonstração de ferramentas práticas para interagir com usuários de uma equipe e também para gerir projetos com todos os participantes, e principalmente apresentação de uma metodologia para criar um networking pessoal de relacionamento e troca de experiências com desenvolvedores do mundo todo. Relatório das Atividades Desenvolvidas Foram feitas diversas pesquisas em sites especializados sobre o assunto, feita e mantida atualmente também a participação ativa em projetos de software open source, com equipes compostas de desenvolvedores de diversos países. Ferramentas foram testadas e utilizadas na prática de um caso de desenvolvimento real de software Conclusão O tema software livre ou open source vem ganhando a cada dia mais força no mercado de software, e além de tudo isso, participar em projetos como este, gera benefícios intangíveis para qualquer participante, caso este vivenciado pela equipe executora desta pesquisa. Portanto com as experiências adquiridas, pode-se afirmar que realmente para o público acadêmico, a participação num projeto deste irá mudar a forma de como se pensa sobre desenvolvimento de software, além de todos os frutos e oportunidades que o networking gerado irá resultar em um futuro não distante. VOCÊ S/A: A SUA PRIMEIRA EMPRESA. SERÁ QUE VOCÊ ESTA INDO PARA O CAMINHO CERTO? Raul de Oliveira Machado Neto Justificativa O tema foi escolhido para detalhar e analisar melhor como as ferramentas administrativas podem auxiliar no nosso desenvolvimento profissional. Objetivo Estruturar de forma clara e objetiva como as ferramentas administrativas auxiliam o nosso desenvolvimento profissional. Palavras-Chaves Desenvolvimento, aperfeiçoamento, planejamento, capitalismo, marketing. Resumo Com o advento do capitalismo, as pessoas buscam meios para arrecadar, atrair mais capital através de empresas, onde por meio de seus negócios é possível atrair e arrecadar mais que uma simples pessoa. Porém, se o ser humano começar a vê-lo como fonte de recursos financeiros, ele pode se desenvolver para se tornar a principal de arrecadação e até mesmo a se comparar com uma empresa. Há conceitos de Administração que otimizam os resultados das empresas e se bem analisados e implementados podem servir de apoio para que as pessoas melhorem seus rendimentos, sendo os principais: a definição de metas e objetivos, missão, visão e valores, matriz SWOT, ciclo PDCA, estratégia dos 4 Ps e Marketing, porém qualquer ferramenta administrativa utilizadas nas empresas podem ser aplicadas em nossas vidas quando bem analisadas e implementadas. Quando essas ferramentas administrativas estão bem estruturadas conciliadas a ferramentas de desenvolvimento profissional e pessoal, habilidades, competências e conhecimento é possível se tornar uma grande fonte de recursos financeiros, podendo até obter lucros maiores que muitas empresas. Introdução O capitalismo surgiu na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. E com ele surgiu uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais. Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista: lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios. Enfim, com o surgimento do capitalismo as pessoas buscavam abrir negócios, atividades comerciais, para assim conseguirem captar o maior montante de capital possível. Desde aquela época até os dias de hoje, as pessoas acreditam que só por meio de uma atividade comercial própria conseguem captar mais recursos e esquecem que nós como pessoa somos a principal fonte de renda, pois as pessoas e empresas que obtiveram sucesso foram por meio do potencial, idéias, inovações, inteligência e conhecimento de um ser humano. Dessa forma podemos investir em nós mesmos para termos melhores rendimentos, quanto mais nos desenvolvemos, se tornamos mais capazes de obtermos um melhor retorno, mesmo como funcionário. Para Marx, o capitalismo faz com que “o proletário ganhe apenas o suficiente para a sua sobrevivência”, eu completaria essa frase com “de acordo com a sua capacidade”, pois tem pessoas que sobrevivem com um salário mínimo e outras que sobrevivem com dez salários mínimos, tanto em um como no outro, se reduzir dez por cento do seu salário vai fazer um enorme rombo no orçamento, fazendo com que cada um passe por dificuldade por um tempo, é claro que a qualidade de vida entre os dois é incomparável, mas a capacidade também é incomparável, ou seja, sendo proletário nós temos capacidades de crescer e aumentar nossos rendimentos, mas os nossos custos também crescerão proporcionalmente, quando mal administrados, fazendo com que sempre fiquemos no limite da sobrevivência, da mesma forma que o burguês vai ter um rendimento e que quando esse rendimento diminuir ele pode ficar abaixo do limite de sobrevivência. Sendo assim, podemos melhorar nossos rendimentos como funcionários, sendo intra-empreendedores, e não apenas abrindo nosso próprio negócio, isso porque podemos ser comparados como uma empresa, sendo assim nós podemos aplicar o empreendedorismo, ferramentas de gestão e desenvolvimento na nossa vida. Todas as técnicas de administração que são aplicáveis nas organizações podem ser aplicadas a nossa vida, tanto profissional quanto pessoal, otimizando e maximizando todos nossos recursos e rendimentos. Quando se trata da vida profissional, o ser que conseguir aplicar todos os conceitos de administração em sua vida, pode se tornar uma pessoa bem sucedida, tanto financeiramente quanto emocionalmente. Você S/A. A sua Primeira Empresa Primeiramente ao pensarmos em abrir uma empresa temos que planejar todos os detalhes para que a organização consiga nascer e se fixar no mercado de trabalho. E quando se trata de um jovem que queira entrar na vida profissional e ser bem sucedido, ele precisa planejar seus passos para entrar no mercado de trabalho, onde há algumas técnicas que podem nos auxiliar a entrar no mercado e ainda construir uma carreira bem sucedida. Inicialmente temos que ter definido nosso OBJETIVO e METAS. O OBJETIVO define o que desejamos, onde queremos estar no futuro, em nosso caso o que almejamos na nossa vida profissional, por exemplo, eu quero estar no cargo de gerente de Recursos Humanos de uma empresa Multinacional daqui a 10 anos. Já as METAS definem o que faremos para conquistar o objetivo, ou seja, cria etapas com objetivos mais específicos, como por exemplo, fazer cursos ligado ao Recursos Humanos, fazer faculdade, entrar em uma empresa Multinacional, seguir carreira na empresa almejando a área de RH até conquistar o seu objetivo. O objetivo pode ser alterado de acordo com as mudanças de mercado. Em seguida podemos aplicar a técnica de marketing dos 4 Ps que servirá como complemento de nossos objetivos e metas, onde busca definir o PRODUTO, o PREÇO, a PRAÇA e a PROMOÇÃO, levando em consideração o futuro, desconsiderando o nosso estado atual. • PRODUTO – o que nós gostamos de fazer, com base nisso podemos traçar que ramo gostaríamos de seguir; • PRAÇA – podemos considerar neste item qual serviço, ou qual emprego, nós desejamos trabalhar, um trabalho que se identifique conosco, bem como empresas do ramo que possuem ideais ou cultura com a qual identificamos. Muitas vezes não conseguimos a vaga que queremos no início de carreira, então podemos utilizar outras vagas/empregos como “trampolim”, que darão parte do conhecimento/experiência necessário para a candidatura de uma futura vaga na empresa de nossos sonhos, ou até mesmo para abrir o próprio negócio, dependendo do nosso objetivo ou meta; • PREÇO – quanto nós merecemos receber em troca do nosso trabalho ou, se para começar a trabalhar no serviço que nós desejamos qualquer salário é válido. Deve ser analisado em curto e longo prazo, pois muitas vezes nós não podemos receber nada ou abaixo do suficiente para nós, mas o conhecimento que adquirimos pode ser muito mais recompensador, analisando que este aprendizado pode nos oferecer a capacidade de concorrer a vaga que queremos futuramente, ou então ganhar o suficiente para fazermos um curso, faculdade, para adquirir o conhecimento que queremos para aquisição do emprego que queremos; • PROMOÇÃO – como faremos para entrar nesse mercado ou nas empresas que gostaríamos de trabalhar, ou seja, o que faremos para despertar o interesse do mercado, um grande influência nesta etapa é o nosso marketing pessoal, como será que estão me vendo ou como querem que me vejam. Com esses passos bem traçados e alinhados, podemos aplicar a Matriz SWOT, que verificará nosso estado atual, para que em seguida possamos traçar um planejamento correto e eficiente. Com a Matriz SWOT podemos verificar os nossos pontos fortes e fracos (capacidades, conhecimentos, habilidades e atitude) e as oportunidades e ameaças que o mercado nos proporciona (aquecimento na economia de modo geral = abertura de novos empregos, redução na economia ou em um determinado ramo = corte de funcionários). Essa matriz serve para nós verificarmos nossas potencialidades, o que fazemos bem feito, e nossas fraquezas, o que nós não somos tão bons e que temos que melhorar, alinhando isso as oportunidades e ameaças, verificando se com o que temos de bom conseguimos aproveitar as oportunidades ou evitar as ameaças, bem como se as nossas fraquezas podem nos prejudicar perante as ameaças ou fazer com que não aproveitemos as oportunidades. Esse estado atual nosso e do mercado servirá de alicerce para a definição do nosso planejamento. Outros conceitos que podem nos auxiliar são a MISSÃO, VISÃO e VALORES. A Missão define o que queremos fazer, isso permite que nossos clientes (que nesse caso é a empresa contratante) saibam realmente qual é o nosso propósito dentro dela e como podemos agregar mais valor para ela. A Visão define onde queremos estar no futuro dentro da organização, dessa forma a empresa visualiza que nós estamos comprometidos e queremos contribuir para o crescimento dela. E os Valores quais os adjetivos que nos movem, agiremos com integridade, ética... Servem para orientar o nosso serviço, permitindo que nosso serviço sempre seja feito da melhor forma possível. A partir daí podemos aplicar o Ciclo PDCA – Planejamento, Execução, Controle e Revisão – que visa garantir o cumprimento das atividades da melhor forma possível. Começando com o Planejamento: Com todos os conceitos bem definidos podemos traçar nosso planejamento estratégico, ou planejamento de carreira, ou seja, um plano de ação para conquistar nosso objetivo, baseado na nossa missão, visão, valores, metas, matriz SWOT e os 4 Ps de Marketing, a partir daí fazemos um passo a passo criando uma estratégia para conseguir alcançar o objetivo, levando em consideração todos os conceitos que foram definidos. Na Execução nós colocamos em prática o planejamento estabelecido, ou seja, “por a mão na massa” e ir à busca do nosso objetivo. O Controle serve para verificarmos se o nosso planejamento e execução estão apresentando o resultado que gostaríamos, fazendo as correções necessárias para que a execução e os planos de ação continuem focados no objetivo principal, sendo esta a tarefa da etapa da Revisão. Ainda há outros fatores importantes que precisam ser lembrados, como: A Concorrência, nós precisamos estar nos aperfeiçoando e inovando constantemente, pois os concorrentes estão sempre querendo tomar a nossa posição e para que isso não ocorra temos que buscar sempre ser o melhor no que fazemos. O marketing pessoal, temos que causar uma boa impressão para nossos clientes (empresas), onde a primeira impressão é a que fica, sendo que nós temos uma única oportunidade de causar uma primeira boa impressão, portanto devemos estar sempre preparados em causar um bom impacto para os outros. Também devemos refletir sobre como achamos que somos visto e como queremos ser visto, pois muitas vezes achamos que estamos fazendo o correto e na verdade não estamos. Outro fator importante é o Networking, rede de influência, a quantidade de pessoas que conhecemos e que nos conhecem e reconhecem. O Networking alavanca o sucesso de uma carreira profissional, bons contatos podem garantir um convite para uma nova oportunidade de trabalho, por isso alimentar boas amizades é essencial. A Inteligência Emocional veio a tona recentemente e que tem tido grande importância na contratação de pessoas para altos cargos, pois um profissional que consegue controlar suas emoções ou saber utilizá-las faz com que sua administração seja mais produtiva, pois o indivíduo condiciona suas emoções para uma determinada atividade, como se fosse uma válvula de escape, fazendo com que o indivíduo haja mais com a razão do que a emoção. Ligado a Inteligência Emocional está a Resiliência, cada vez mais o mundo dos negócios esta mais exigente, fazendo com que os profissionais atuem sob pressão, uma pessoa resiliente consegue suportar toda essa pressão, e ainda tomar as melhores ações possíveis para uma determinada situação. Conclusão Concluo que só talento não basta. É necessário talento e tudo isso que vimos para a construção de uma vida Professional de sucesso, mais esses conceitos que vimos do que o próprio talento. O talento serve como um diferencial quando bem usado, mas para que seja útil, deve-se seguir e estar acompanhado de todas essas ferramentas administrativas, que, por sua vez, serve para otimizar os resultados das empresas e pessoas que as utilizem. Referências TARAPANOFF, K. (org). Inteligência Organizacional e Competitiva. Brasília: Editora UNB, 2001 Muller, Claudio Jose. Modelo de gestão integrando planejamento estratégico, sistemas de avaliação de desempenho e gerenciamento de processos (MEIO - Modelo de Estratégia, Indicadores e Operações). 2003. Tese (Doutorado em Engenharia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul - http://hdl.handle.net/10183/3463 Faria, Carlos Alberto. MISSÃO, VISÃO E VALORES:Por Que, O Que E Como? http://www.merkatus.com.br/10_boletim/77.htm Placoná, João. Erro! A referência de hiperlink não é válida.. 2008 http://www.webartigos.com/articles/9097/1/Metas-EObjetivos/pagina1.html#ixzz12sOVpJXo