LITERATURA DE SALVIA

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LITERATURA DE SALVIA
LITERATURA DE SALVIA
Nome Científico: Salvia officinalis L.
Nomes Populares: Chá-da-frança, chá-da-grécia, erva-sagrada, sabiá, sal-dasboticas, salva, salva-comum, salva-de-remédio, salva-das-boticas, salva-dosjardins, salva-ordinária, sálvia, sálvia-comum.
Família Botânica: Lamiaceae
Parte Utilizada: Folhas
Descrição:
Herbácea perene, fortemente aromática, ereta ou decumbente, ramificada na base
formando aspecto de touceira, de 30-60 cm de altura, nativa da região
Mediterrânea da Europa. Folhas simples, denso-pubescentes, de 3-6 cm de
comprimento. Flores pouco frequentes em nossas condições, de cor violácea,
reunidas em espigas terminais longas. As folhas de sálvia são colhidas no verão.
Constituintes Químicos Principais: Óleos essenciais ricos em terpenos, tuiona,
cineol, cânfora, borneol, ácido ursólico, taninos, glicosídeos diterpênicos,
flavonoides, luteolina, ácido cafeico, ácido rosmarínico, substância estrogênica,
saponinas, hidrocarbonetos monoterpênicos alfa- e 1,8-cineol, tujona, compostos
fenólicos carnosol, rosmadial, ácido carnosínico, rosmanol, espirosmanol e
substância amarga.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
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Indicação e Usos:
Suas folhas são amplamente empregadas como condimento na culinária de vários
países dede tempos medievais, sendo também cultivada no hemisfério norte como
planta ornamental. Seu uso mais comum, contudo, é na medicina tradicional, cuja
origem data também na Idade Média. Suas folhas e inflorescência são empregadas
internamente para indigestão, problemas de menopausa. É usada também como
auxiliar no tratamento da gota, contra dispepsia, astenia, diabetes, bronquite
crônica e intestino preso. Contra sudorese excessiva das mãos e axilas e problemas
de indigestão, é indicado o chá por infusão de suas folhas e flores, preparado
adicionando-se água fervente a uma xícara (chá) contendo 1 colher (sobremesa)
deste material picado, na dose de 1 xícara (chá) duas vezes ao dia. Para problemas
de menopausa e menstruais recomenda-se o extrato de folhas e inflorescência
maceradas em vinho-branco durante 8 dias, na dose de 1 cálice 3 vezes ao dia. É
empregado também em uso externo contra mordida de insetos, infecções de pele,
gengiva, garganta e boca (aftas e mau hálito).
As evidências modernas apoiam os seus efeitos como anidrótico, antibiótico,
antifúngico, adstringente, anti-espasmódico, estrogénico, hipoglicémico e tónico.
Num ensaio duplo-cego, ao acaso controlado com placebo, concluiu-se que a salva
era eficaz no controlo de alguns estados de doença de Alzheimer. Baricevic et al.
(2001) ressaltam a ampla atividade da sálvia como antimicrobiano.
A sálvia é utilizada tradicionalmente para reduzir os fogachos e a hiperidrose
associados à menopausa. Apresenta propriedades antissépticas e espasmolíticas, e
a infusão é utilizada como gargarejo para dores de garganta. Seus extratos
também são antioxidantes. A sálvia tem, recentemente, gerado interesse como um
aprimorador da cognição devido a suas propriedades anticolinesterásicas. O óleo
pode ser aplicado topicamente como antisséptico e rubefaciente, mas não deve ser
ingerido, e também aplicado externamente em grandes quantidades ou utilizado
por gestantes. A sálvia é amplamente utilizado como flavorizante em alimentos.
Farmacocinética:
Observou-se em um estudo
in vitro que a sálvia não tem efeito indutivo
clinicamente significativo sobre as isoenzimas CYP1A2, CYP2D6 e CYP3A4 do
citocromo P450. Outros estudos in vitro descreveram que a salvia não inibe a
CYP2D6, a CYP3A4 hepática ou a glicoproteína-P em extensão clinicamente
relevante, embora possa apresentar efeitos potencialmente relevantes sobre a
CYP3A4 intestinal. Em contraste, em estudos in vitro posteriores, foi observado que
a salvia apresentou efeitos inibitórios sobre CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4,
mas esses resultados devem ser interpretados com cuidado, pois o estudo também
observou que o hipérico se comportou como um inibidor da CYP3A4, enquanto,
clinicamente, ele é um indutor da CYP3A4. Portanto, a salvia parece apresentar um
potencial menor de causar interações por esse mecanismo, embora apresente um
potencial para afetar de forma clinicamente relevante a CYP3A4 intestinal,
necessitando de estudos posteriores.
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Contraindicações: Deve-se evitar o consumo desta planta em excesso ou durante
longos períodos seguidos, bem como sua administração à mulheres grávidas e
epiléticos.
Revisão de Interação: Não foram encontradas interações com a sálvia.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
3. Salvia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvia_officinalis
4. SÁLVIA.
Disponível
em:
http://www.criasaude.com.br/N2608/fitoterapia/salvia.html
5. MARIUTTI, Lilian Regina Barros e BRAGAGNOLO, Neura. A oxidação
lipídica em carne de frango e o impacto da adição de sálvia (Salvia
officinalis, L.) e de alho (Allium sativum, L.) como antioxidantes
naturais. Rev. Inst. Adolfo Lutz 2009, vol.68, n.1.
6. BARICEVIC, D., SOSA, S., DELLA LOGGIA, R. ET al. Topical antiinflammatory activity of Salvia officinalis L. leave: the relevance of
acid ursolic. Journal of Ethnopharmacology, v.75, n.2-3, 2001.
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