Clipping Fenep 04-11 Clipping 04/11

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Clipping Fenep 04-11 Clipping 04/11
Clipping Nacional
de
Educação
Terça-feira, 04 de Novembro de 2014
Capitare Assessoria de Imprensa
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Valor Econômico
04/11/14
OPINIÃO
A indústria tem futuro (?)
Por Luiz Gonzaga Belluzzo
Nos anos 80, a economia
brasileira foi submetida à
regressão industrial e econômica
deflagrada pela crise da dívida
externa e suas consequências
fiscais
e
monetárias
(estrangulamento externo, enormes
déficits fiscais e alta inflação com
indexação generalizada).
A chamada "década perdida"
foi marcada por duras restrições
de balanço de pagamentos. Isso
suscitou a queda pronunciada da
relação importações/ PIB, que
chegou à incrível cifra de 3%, um
fechamento forçado da economia.
Nesse ambiente de caos
econômico, o Brasil deixou de
incorporar os novos setores e,
portanto, as novas tecnologias da
chamada Terceira Revolução
Industrial.
A estabilização do nível geral
de preços levada a cabo em
meados dos anos 90 livrou a
economia
brasileira
da
hiperinflação, mas não teve forças
para eliminar a herança dos
malfadados anos 80. As condições
em que foi realizada a
estabilização custou ao Brasil uma
combinação perversa entre câmbio
valorizado e juros estratosféricos,
com graves prejuízos para o
crescimento
e
para
a
diversificação da indústria.
Medidas defensivas adotadas
foram importantes para impedir a
deterioração da indústria
O
"afastamento"
das
transformações manufatureiras
globais nos legou insuficiências
em
vários
setores:
telecomunicações móveis, PCs,
computadores portáteis, TVs
plasma e LCD, câmeras digitais,
componentes eletrônicos, para não
falar da robótica, dos novos
materiais e da nanotecnologia. No
plano dito "microeconômico", a
organização empresarial brasileira
distanciou-se das novas formações
empresariais que surgem no âmbito
da formação das cadeias
produtivas globais.
A reconfiguração do espaço
global foi acolhida com eficientes
respostas estratégicas nas
economias asiáticas, sob a égide
de agressivas políticas industriais
e de exportação de manufaturados.
Em meio às rápidas e profundas
transformações da economia
industrial e dos padrões de
concorrência
no
âmbito
internacional, a indústria brasileira
seguiu com a estrutura dos anos 70
com avanços microeconômicos
aqui e acolá. Este é o caso, por
exemplo, da indústria extrativa
mineral, da indústria de petróleo
e derivados e da indústria
aeronáutica.
A escalada industrial da China
tornou nossa situação industrial
ainda mais desvantajosa. A
estratégia chinesa apoiou-se numa
agressiva
exportação
de
manufaturados que atinge seu ápice
na segunda metade dos anos 2000.
Isso, combinado com a
mudança favorável nos termos de
troca, acentuou as tendências que
afligiram a economia industrial
brasileira nos últimos 30 anos.
Depois dos efeitos nefastos da
"crise da dívida", a economia
conviveu com a continuada
valorização cambial, razão maior
dos bloqueios à diversificação da
estrutura industrial e da
permanência de uma organização
empresarial defensiva e frágil.
As medidas defensivas
adotadas depois da crise de 2008,
tais como a desoneração, o crédito
favorecido, a exigência de
conteúdo nacional e medidas de
defesa comercial - malgrado as
críticas que sofreram e ainda
sofrem - foram importantes para
impedir uma deterioração ainda
mais profunda da indústria de
transformação.
A literatura relevante sobre
processos de industrialização ou
de (re) industrialização assinala a
importância da ação do Estado na
promoção das formas de
financiamento, na educação, na
criação de sistemas de inovação e
nas políticas comerciais, leia-se,
na abertura de oportunidades a
serem capturadas pelas iniciativas
04/11/14
do setor privado. Não é preciso
lembrar ao leitor que essa foi a
experiência de Alemanha, Japão,
Coreia, China e, "last but not least",
dos Estados Unidos.
A política industrial não pode
reproduzir as orientações do
período
dito
nacional
desenvolvimentista e muito menos
promover uma abertura comercial
sem estratégia, ou seja,
desamparada de uma política
industrial e financeira ajustada aos
tempos de hoje. A premissa maior
de uma nova política é a adoção
de um câmbio competitivo, o que
significa, nas condições atuais,
buscar a elevação das importações
como ingrediente do crescimento
das exportações.
A manutenção do câmbio real
competitivo é condição necessária,
porém não suficiente, para a
constituição da nova política, mas
deve ser complementada por um
conjunto de ações governamentais
executadas simultaneamente.
A escolha das cadeias
prioritárias é de suma importância.
Malgrado os tropeços, é
reconhecido o potencial de
inovação e da disposição para
suportar riscos de alguns
segmentos da vida empresarial
brasileira.
Falamos
do
agronegócio e das sinergias que
podem nascer das parcerias
público-privadas nas áreas de
infraestrutura e de petróleo e gás.
Essas
políticas
possuem
características que permitem a
concertação de ações voltadas
para a qualificação das cadeias
industriais e sua integração na
manufatura global.
O
sucesso
desses
empreendimentos
depende
crucialmente de uma reforma
radical dos métodos e das
instituições. Primeiro, a criação
junto ao gabinete da presidência
dos Grupos Executivos, à
semelhança do governo Juscelino
Kubitschek: pouca gente, muito
qualificada, administrando um
sistema de coordenação públicoprivada. Segundo, os programas de
financiamento e de incentivos ao
investimento devem, sim,
contemplar cláusulas de conteúdo
nacional, com metas e
contrapartidas rigorosamente
cobradas dos beneficiários
privados. Terceiro, a eliminação
do imbróglio administrativo, não
apenas com a redução do número
de Ministérios e Secretarias, mas
também com a supressão, à moda
chinesa, de procedimentos e
interdições.
PS: Falar vaga e abstratamente
de elevação da Produtividade Total
dos Fatores pertence à sabedoria
do Conselheiro Acácio: contra a
doença e a favor da saúde. Até
mesmo meu cachorrinho Maynard
sabe que os ganhos de
produtividade
dependem
crucialmente da elevação da taxa
de investimento, sobretudo com o
avanço do gasto em capital fixo,
com incorporação das "novas
gerações" de métodos e
equipamentos produtivos.
Luiz Gonzaga Belluzzo, exsecretário de Política Econômica
do Ministério da Fazenda, é
professor titular do Instituto de
Economia da Unicamp e escreve
mensalmente às terças-feiras. Em
2001, foi incluído entre os 100
maiores economistas heterodoxos
do século XX no Biographical
Dictionary of Dissenting
Economists.
Valor Econômico
04/11/14
BRASIL
Nec temere nec timide
Por Antonio Delfim Netto
Há fatos, alguns resultados de
pura
lógica
e
outros
empiricamente verificáveis, que
devem ser respeitados na
formulação do programa crível de
recuperação da economia
brasileira que todos esperamos.
Esse precisa ser feito "sem
precipitação e sem timidez" como
diziam os latinos.
Esquecendo algumas filigranas
técnicas que não alteram as
conclusões, num momento
determinado, a soma: consumo
privado mais consumo do governo
(C) + investimento privado mais
investimento público (I) +
exportações
(X)
é,
necessariamente, igual a tudo que
foi produzido internamente, o PIB
(Y) + o que foi importado (M).
Esse é um resultado físico,
medido pelo cálculo do valor
adicionado de cada componente de
acordo com convenções bem
estabelecidas. Ele não é
consequência de "definições"
arbitrárias como sugerem alguns
sacerdotes de igrejas que
promovem secretos convescotes
lítero-musicais em nome de uma
"esquerda" abstrata.
Programa deve ser feito sem
'precipitação e sem timidez'
Para entendê-lo escrevamos: Y
= C + I + G + (X-M). Ela mostra
que a igualdade se dá em qualquer
nível da produção interna (Y). Não
necessariamente, no nível de
disponibilidade do fator mais
escasso de produção (a mão de
obra, o capital ou a importação,
que determina o famoso "produto
potencial".
O ponto importante a entender
é que enquanto existem fatores de
produção
disponíveis
na
proporção adequada, o PIB
realizado (Y) depende da
demanda interna (C + I + G) e da
externa (X-M), manipuláveis pela
política econômica. Como o sinal
de M é negativo, às vezes se pensa
que reduzir as importações aumenta
o PIB, o que é o equívoco de
algumas "políticas industriais".
Quando, e somente quando,
existem fatores de produção
disponíveis, e não se cria um
déficit em conta corrente não
financiável, é que o aumento da
demanda induz um aumento físico
do PIB. Quando não, ela acumula
desequilíbrios que mais dia menos
dia o poder incumbente terá que
corrigir.
Em qualquer sociedade
"civilizada", o objetivo da política
econômica é criar as condições
para que o maior número possível
da sua força de trabalho (os
maiores de 15 anos que querem,
podem e estão capacitados para
trabalhar) seja empregado. Tratase, portanto, de minimizar a taxa
de desemprego (no que temos tido
relativo sucesso).
O que é, afinal, o
desenvolvimento econômico? É
apenas o crescimento da
produtividade do trabalhador
empregado! E como fazê-lo agora
que
nossa
"revolução
demográfica"
reduziu
o
crescimento da população em
idade de trabalhar? Propiciando a
todos os trabalhadores e
empresários um ambiente amigável
e acolhedor e um maior volume de
capital físico mais sofisticado
(investimento público e privado),
juntamente com a capacidade
(educação pública e privada) para
operá-lo.
Por mais que seja politicamente
incorreto, é preciso aceitar uma
verdade incontornável: é
fisicamente impossível distribuir o
que ainda não foi produzido a não
ser que: a) se ganhe um "presente"
do exterior (uma melhoria nas
relações de troca como aconteceu
entre 2003 e 2010) que é sempre
intermitente (terminou em 2011);
ou b) se tome emprestado no
exterior (por largueza ou
necessidade). Isso exige uma
cuidadosa harmonização entre a
política distributiva e o aumento
da produtividade que a sustenta e
que é produzido pelo aumento do
investimento.
Não podemos e não precisamos
retroceder nas políticas de inclusão
04/11/14
social, mas elas não serão
sustentáveis se em 2015-2018
repetirmos a performance de 20112014: queda do PIB per capita de
quase 1% ao ano (fator importante
na deterioração da política fiscal),
com acumulação de US$ 270
bilhões de déficit externo, por
conta do desastre industrial do
país.
Tudo isso sugere um problema
delicado, porque sem a volta ao
crescimento econômico robusto
(3% ou 4% pelo menos a partir de
2016) nossas dificuldades se
agravarão. Se o "andar de baixo"
tiver que descer a escada que o
levou à generosa miragem de que
é "classe média", forçado pela
solução simplista de corrigir a
situação com um "tremendo"
choque fiscal e uma "dura" política
monetária, ele provavelmente será
submetido a um desemprego
politicamente inaceitável, porque
a famosa "restrição fiscal
expansiva" é ela mesma uma
miragem...
É claro que será preciso maior
coordenação e maior cuidado com
a política econômica (fiscal,
salarial, monetária e cambial), mas
isso é apenas a condição
necessária para criar a
"expectativa" de volta ao
crescimento. A condição suficiente
está escondida na microeconomia,
na capacidade do governo de
cooptar o setor privado
devolvendo aos empresários as
condições que lhe acendem o
"espírito animal", e aos
consumidores a confiança de que
não lhes faltará o emprego.
Precisamos de um programa
com começo, meio e fim,
absolutamente transparente, que
seja executado nos próximos anos
e que seja crível pelo conjunto de
medidas propostas como, por
exemplo, a aprovação imediata da
reforma do ICMS (que está pronta)
e a proposta da CUT de
flexibilização das negociações
salariais com respeito a todos os
direitos dos trabalhadores, sob o
controle dos sindicatos.
Sem a volta ao crescimento
nossos problemas apenas se
agravarão. E sem a expansão do
setor industrial o crescimento não
voltará. É simples assim...
Antonio Delfim Netto é
professor emérito da FEA-USP,
ex-ministro
da
Fazenda,
Agricultura e Planejamento.
Escreve às terças-feiras
E
m
a
i
l
[email protected]
:
Valor Econômico
04/11/14
EMPRESAS
Ideal Invest oferece crédito
para ensino a distância
Por Beth Koike | De São Paulo
A Ideal Invest, gestora de
crédito estudantil, criou um
financiamento para cursos de
ensino a distância - modalidade
que cresce fortemente no país e
ainda não é contemplada pelo
Fies, programa do governo
federal.
Segundo dados do Ministério
da Educação, o ensino a distância
contava com 52 mil alunos em
2003, entre cursos de instituições
públicas e particulares. Em 2013,
atingiu 1,2 milhão de estudantes.
Na nova linha de crédito, o
aluno paga 60% do valor da
mensalidade durante o dobro do
período do curso. Ou seja, para um
curso de quatro anos, o pagamento
pode ser feito em oito anos, com
juro mensal de cerca de 1%.
O repasse da Ideal Invest às
faculdades é mensal. Já nos cursos
presenciais, a instituição recebe o
acumulado das mensalidades do
semestre antecipadamente.
Além da nova modalidade de
crédito, a Ideal Invest - que tem
como sócios o Itaú, o fundo DLJ
America e o IFC, braço do Banco
Mundial - fez ajustes no
financiamento às graduações
presenciais. Os juros para o aluno
foram reduzidos de cerca de 2%
ao mês para 1,35% e a instituição
de ensino vai arcar com uma taxa
de 0,65%. Neste caso, o estudante
desembolsa 65% da mensalidade
durante dez anos, incluindo os
quatro anos do curso. "Pelo modelo
anterior, a dívida ficava muito alta
e gerava inadimplência", diz
Carlos Furlan, diretor-executivo da
Ideal Invest.
Há possibilidade de a
instituição arcar com 100% dos
juros. Neste caso, os estudantes
pagam 50% da mensalidade, sem
juro, durante a vigência do
empréstimo. A Universidade
Feevale, em Novo Hamburgo
(RS), já subsidiou integralmente a
taxa de juros para 5 mil alunos.
"Para a instituição, o Fies é mais
barato. Mas o Pravaler é
interessante porque há uma
antecipação de mensalidades e não
temos despesas com cobrança de
inadimplentes porque esse
trabalho é feito pela Ideal Invest",
diz Alexandre Zeni, pró-reitor da
Feevale. Hoje, a Feevale subsidia
os juros para 2,5 mil alunos e tem
outros 2,5 mil estudando com Fies.
No financiamento do governo, a
instituição reverte 6,5% da
mensalidade para um fundo
garantidor.
Os alunos que optam por um
financiamento
privado
normalmente não se enquadram nas
exigências do modelo público. O
Fies pode ser contratado por
estudantes com renda familiar bruta
de até 20 salários mínimos. Mas
para conseguir financiar 100% da
mensalidade é preciso ter renda
familiar inferior a 10 salários e a
despesa com ensino tem de
representar no mínimo 60%. Nos
demais casos, o subsídio vai de
50% a 75%.
Furlan acredita que a tendência
é o governo desacelerar a
concessão de crédito estudantil ou
limitar o benefício para alguns
cursos ou regiões nos próximos
anos, abrindo oportunidade à
iniciativa privada. Hoje, a Ideal
Invest é a única gestora de crédito
estudantil privado no país e sua
meta é atingir 100 mil alunos, com
repasse de R$ 1 bilhão, até 2017.
"O nosso propósito não é disputar
com o Fies até porque é impossível
concorrer com juros de 3,4%. Ao
contrário, a partir de 2015 vamos
dar consultoria aos alunos e
mostrar as melhores opções. Tem
aluno que pede financiamento para
licenciatura, mas o governo dá
bolsa para esse tipo de curso", diz
Furlan. A Ideal Invest receberá uma
remuneração da instituição para
cada matrícula fechada.
JORNAL DO SENADO
04/11/14
POLÍTICA
Comissão de Orçamento avalia
MP com recursos ao Fies
Presidente da CMO, o deputado
Devanir Ribeiro quer votar
créditos adicionais Foto: Marcos
Oliveira
Por
determinação
do
presidente, deputado Devanir
Ribeiro (PT-SP), a reunião da
Comissão de Orçamento (CMO)
que ocorreria hoje foi reagendada
para amanhã, às 14h30. O primeiro
item da pauta é a MP 655/2014,
que destina ao Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies)
créditos extraordinários no valor
de R$ 5,4 bilhões.
O Fies é um programa do
Ministério da Educação que
financia a graduação em
faculdades particulares. Para ter
acesso ao financiamento, o aluno
precisa preencher alguns
requisitos exigidos pelo Ministério
da Educação. Podem ter acesso
alunos com renda familiar bruta de
até 20 salários mínimos.
Os estudantes que acessam o
Fies só começam a pagar a dívida
18 meses após o encerramento do
curso. Só neste ano já foram
destinados créditos no valor de R$
7,4 bilhões para o programa, por
meio de duas outras MPs.
Na mesma reunião, a CMO
tentará aprovar o parecer
preliminar ao projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO)
para 2015 (PLN 3/2014). A
aprovação do relatório abre prazo
para apresentação de emendas
parlamentares ao projeto.
A expectativa de Devanir
Ribeiro é que também sejam
apreciados alguns dos projetos de
lei do Congresso (PLNs) que
tramitam na comissão, os quais
preveem a abertura de créditos
adicionais a diversos órgãos. Entre
eles, o PLN 9/2014, que abre
crédito suplementar de R$ 41,4
milhões em favor do Judiciário e
do Ministério Público da União
(MPU).
Os recursos serão para diversas
obras, como a ampliação da sede
da Justiça Federal em Uberlândia
(MG); construção das sedes da
Justiça Federal em Diamantino,
Cáceres e Juína (MT) e em
Aparecida de Goiânia e Jataí
(GO); e -construção das sedes da
Procuradoria da República em
Uberlândia (MG), Serra Talhada
(PE), Belém e Teresina, entre
outras.
FOLHA DE SÃO PAULO
04/11/14
TENDÊNCIAS & DEBATES
Para além do Bolsa Família
TEREZA CAMPELLO
Perdem a oportunidade de
entender a reeleição da presidenta
Dilma os que se limitam a analisar
os votos de beneficiários do Bolsa
Família
Perdem a oportunidade de
entender a reeleição da presidenta
Dilma Rousseff os que se limitam
a analisar os votos de
beneficiários do programa Bolsa
Família, cujas famílias recebem
R$ 170 por mês, em média.
Os resultados das políticas
sociais no Brasil vão muito além
do Bolsa Família, que completou
11 anos no mês passado e retirou
36 milhões de pessoas da miséria
em todo o país, inclusive em São
Paulo, o segundo Estado brasileiro
com o maior número de
beneficiários.
A opção nas urnas pela
continuidade do projeto de
desenvolvimento com inclusão
também pode ser identificada nas
regiões com maior concentração
de brasileiros que tiveram
melhoria de renda pelo aumento do
salário mínimo ou do emprego. A
"coincidência" também é
identificável no mapa do
programa Luz para Todos, que
levou energia elétrica a 15 milhões
de brasileiros, metade deles no
Nordeste, entre outros programas.
O objetivo das políticas sociais
não se resumiu a transferir renda
por meio do Bolsa Família. O
grande desafio era fazer com que
os mais pobres tivessem também
educação, saúde, saneamento,
eletricidade e moradia. A partir de
2011, o acesso à renda e a serviços
e a inclusão produtiva no campo e
nas cidades se intensificaram com
o Plano Brasil Sem Miséria.
Hoje, já é possível medir o
impacto do conjunto de ações com
base no indicador de pobreza
multidimensional
crônica
elaborado pelo Banco Mundial. A
pobreza crônica caiu de 8,2% da
população, em 2002, para 1,1%,
em 2013.
O Banco Mundial considera
pobres crônicos as pessoas que,
além da baixa renda, sofrem
privações em pelo menos três de
sete dimensões da pobreza,
considerando o perfil educacional
dos responsáveis da família, a
frequência escolar de crianças e
jovens, o acesso a serviços, como
água e luz, e a posse de bens, como
geladeira, fogão e telefone.
Os números nos permitem
afirmar que a pobreza crônica no
Brasil segue o mesmo caminho da
fome, considerada um fenômeno
praticamente superado.
De forma a confirmar que a
estratégia de combate à pobreza
alcançou o seu núcleo mais duro,
os dados mostram que a redução
da pobreza crônica foi maior nas
famílias com pelo menos um filho
menor de seis anos de idade: o
percentual de pobres crônicos
nesse grupo passou de 13,8% para
2,1%, entre 2002 e 2013. Entre
negros e pardos, o índice caiu de
12,6% para 1,7%, no mesmo
período.
O Nordeste não registra apenas
o maior número de beneficiários
do Bolsa Família, mas também a
queda mais acentuada da pobreza,
quando o fenômeno é considerado
em suas várias dimensões. A queda
foi de 17,9% para 1,9%.
Esses resultados mostram que
a ação do Estado brasileiro
alcançou os mais pobres e não se
limitou a transferir renda, ela foi
além. É importante dizer que parte
04/11/14
das ações em curso nem é
considerada pelo indicador de
pobreza multidimensional, como o
aumento do número de alunos que
frequentam escolas em tempo
integral e creches.
O indicador tampouco registra
o aumento do número de famílias
pobres que contam com
qualificação profissional como
Pronatec e crédito para a produção.
Mas é um sinal de que estamos no
caminho certo. O Bolsa Família é,
como pretendemos, a grande porta
de acesso a políticas públicas.
Uma população menos pobre,
mais educada, mais saudável e
com acesso a bens e serviços é prérequisito para um país mais
desenvolvido, mais sustentável e
menos desigual. Com a inclusão
social e produtiva dos mais pobres,
ganha o conjunto da sociedade
brasileira.
TEREZA CAMPELLO, 52,
economista, é ministra do
Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
O ESTADO DE S. PAULO 04/11/14
NOTAS & INFORMAÇÕES
Radicais atacam de novo
A presidente Dilma Rousseff, coerente com seu
passado de militância nos movimentos de esquerda
radical que combateram a ditadura militar e
posteriormente nas fileiras brizolistas, tem uma visão
claramente intervencionista do Estado. Nessa questão,
alinha-se com a esquerda do PT. Justiça lhe seja feita,
no entanto: tem resistido bravamente, desde seus
primeiros dias como presidente, aos radicais de seu
partido que pregam a censura dos meios de
comunicação por meio do que eufemisticamente
chamam de "controle social" da mídia.
Periodicamente, porém, os inimigos da liberdade de
imprensa voltam à carga.
O dirigente nacional do PT Valter Pomar, um dos
líderes da corrente minoritária Articulação de
Esquerda, divulgou documento propondo que, na
reunião que o Diretório Nacional do partido realizará
na capital federal nos dias 28 e 29 de dezembro para
dar início à discussão das prioridades do segundo
mandato de Dilma Rousseff, seja relançada "a
campanha pela reforma política e pela mídia
democrática", temas das "batalhas" que esse grupo
promete travar no Congresso Nacional no próximo
ano.
O documento da Articulação de Esquerda insiste
no habitual repertório de temas políticos caros aos
esquerdistas radicais e propõe que o PT lance um
"jornal diário de massas e uma agência de notícias"
destinados a dar apoio à atuação do "campo
democrático". É uma ideia típica do voluntarismo
inconsequente e do sectarismo de esquerda, do
discurso daqueles para quem a população é
deliberadamente mal informada por uma mídia
"burguesa" comprometida apenas com interesses da
"elite". Mas esse é um problema que se resolve
facilmente, como demonstra acreditar a facção petista,
com o lançamento de um jornal para as "massas",
capaz de colocar a elite perversa no devido lugar.
Esse raciocínio implica, é claro, a suposição de
que as "massas" estejam ávidas pela maravilhosa
perspectiva de que se lhes ofereça um jornal
preocupado em divulgar apenas boas notícias: as
façanhas, promessas e diretrizes dos salvadores da
pátria. Uma perspectiva que, mesmo capaz de superar,
mediante o investimento de enorme volume de
recursos financeiros, as dificuldades de produção
industrial e distribuição de um diário de tiragem
compatível com a demanda da "massa", certamente
terá dificuldades para transformar a leitura diária de
um jornal em objeto de desejo dessa "massa".
Parecem se esquecer de que o Brasil ainda é um
dos países com pior desempenho na área da Educação,
o que resulta na existência do enorme flagelo do
analfabetismo funcional. Valter Pomar e
companheiros estariam mais bem sintonizados com a
vida real se ficassem satisfeitos em produzir um
jornal para a militância da Articulação de Esquerda.
Felizmente, seus arreganhos totalitários não
obtiveram, até agora, acolhida por parte da presidente
reeleita.
De qualquer modo, não deixa de ser preocupante
o fato de que, mais recentemente, talvez devido à
tendência à radicalização da campanha eleitoral,
Dilma Rousseff tenha passado a admitir a regulação
econômica das atividades midiáticas, de modo a
coibir os abusos provocados pela concentração da
posse de um grande número de veículos de
comunicação nas mãos de grupos econômicos. É óbvio
que o monopólio e o oligopólio são indesejáveis em
sociedades democráticas, especialmente numa área
particularmente estratégica como a da comunicação.
Não é por outra razão que em países com instituições
democráticas sólidas, como os Estados Unidos, não
existe, por exemplo, a propriedade cruzada de meios
de comunicação.
Essa, no entanto, é uma questão a ser amplamente
debatida em todos os foros adequados, de modo a
sintonizar a legislação brasileira com os avanços
tecnológicos das últimas décadas e sua inevitável
repercussão no negócio da comunicação.
O que não se pode admitir é a tentativa de
manipulação desse debate, como foi tentado por
setores radicais do PT que, ao apagar das luzes do
governo Lula, promoveram um encontro nacional para
definir um projeto de "controle social da mídia" que,
apresentado a Dilma Rousseff nos primeiros dias de
seu governo, foi prudentemente engavetado. Em
benefício da liberdade de imprensa, é bom que esse
projeto permaneça onde a presidente o colocou.
O ESTADO DE S. PAULO 04/11/14
ECONOMIA
CORREIO BRAZILIENSE
04/11/14
CIDADES
EDUCAÇÃO »
Dupla fundamental no Enem
Contéudos de português e de
matemática são recorrentes em
meio aos 180 itens do Exame
Nacional do Ensino Médio. As
duas disciplinas, muitas vezes,
estão presentes em uma mesma
questão. Por isso, é essencial ler
com atenção os enunciados da
prova
MANOELAALCÂNTARA
O Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) é dividido em
quatro provas objetivas e uma
redação para avaliar o
conhecimento dos estudantes que
desejam
ingressar
na
universidade. Embora o teste
englobe grande parte do conteúdo
aprendido na última fase do ensino
básico, os conhecimentos em
matemática e português serão
decisivos para a aprovação. Cada
um dos 180 itens, a serem
resolvidos em 8 e 9 de novembro,
é
contextualizado
e
interdisciplinar. A interpretação
de texto, por exemplo, pode ser
determinante na prova de
matemática e o raciocínio lógico,
na área de português.
A capacidade do aluno deve ir
além do conteúdo. Para isso, nesta
reta final, estar antenado aos
assuntos mais polêmicos e de
repercussão — ler jornais, revistas
e notícias em sites especializados
— pode ajudar os concorrentes a
obter sucesso nas áreas
relacionadas à língua portuguesa.
De acordo com o professor da
matéria no Galois Rafael Riemma,
um percentual muito elevado do
Enem exige interpretação. “Cerca
de 60% do bloco de linguagens,
códigos e suas tecnologias estão
relacionados com a interpretação.
As questões de gramática
representaram 1% nas provas de
2009 até os dias atuais”, afirmou.
Uma das dicas para conseguir
acertar a maior parte do certame é
ler o comando da questão. “É
possível recorrer às informações
dos textos. Apesar do tempo
apertado, em uma leitura tranquila
e atenta, o candidato pode achar a
resposta que precisa”, disse
Riemma. Para ele, a diferença
entre as normas culta e popular é
um dos conteúdos a ser cobrado.
“É o contexto que determina a
norma. É importante reforçar a
leitura nesses últimos dias.
Complementar com o estudo da
semântica, de figuras de
linguagem, da variação linguística
é uma boa tática”, afirmou.
Os 8,7 milhões de candidatos
que farão o Enem em todo o país,
no próximo fim de semana, ainda
terão que desafiar a matemática.
Mesmo com um bloco de 45
questões destinado à matéria, ela
estará presente em outras questões.
Virá em forma de gráficos, tabelas
e fórmulas. O coordenador da área
no Leonardo da Vinci, Genildo
Marinho, explica que o conteúdo
cobrado será acerca das
aplicações matemáticas do dia a
dia.
“Quem
tiver
bom
conhecimento nas duas conseguirá
transitar facilmente pelos outros
blocos.” Para ele, fórmulas
simples, como a regra de três,
ensinada no ensino fundamental,
podem ser determinantes na
resolução do teste. “Mas é preciso
ficar atento aos pegas. Tudo
precisa de interpretação. Ver o que
a questão está pedindo”, alerta
(veja Arte).
Técnica
Para conseguir a aprovação nos
cursos de direito e de medicina,
os irmãos Felipe, 18 anos, e
Matheus Soares Santos Araujo, 17,
apostam no estudo em conjunto.
Felipe passou para engenharia na
Universidade de Brasília no último
Enem, mas manteve o foco e tenta,
nesta edição, ser aprovado para
direito. O irmão é iniciante no
exame e quer medicina. Juntos,
conseguiram elaborar uma técnica
04/11/14
que os deixa seguros para fazer as
provas. “Estudamos juntos. Um
ajuda o outro. Como a prova tem
essa
questão
da
interdisciplinaridade, cada um dá
uma opinião sobre um tema. Temos
um irmão mais velho que já está
na UnB. Ele também ajuda e
aprendemos muito mais assim”,
revelou Felipe.
Ele já concluiu o ensino médio,
mas Matheus ainda está na escola.
“É muito positivo porque, se temos
alguma dúvida e não conseguimos
resolver, levo para a sala de aula
e retorno com a resposta”,
completa o mais novo do trio. Na
casa dos Soares Santos, a rotina
de estudos é sagrada. Eles se
reúnem, leem livros, debatem os
temas. E tudo começou com o
apoio da mãe. “Hoje, não temos
qualquer dificuldade com
interpretação. Ela sempre nos
incentivou a ler. Esse será mais um
ponto forte no Enem”, disse Felipe,
aprovado no Enem e em outros
dois vestibulares.
CORREIO BRAZILIENSE
04/11/14
Acostume-se ao tempo de resolução
Praticar a resolução de exercícios nesta
última semana é essencial. O aluno precisa ter
o tempo das questões afinado com o prazo para
concluir o exame. “Em média, serão três
minutos para resolver cada um dos 180 itens
que constituem o Exame. Ele precisa treinar bem
isso. Responder as fáceis, com certeza, e deixar
as difíceis para fazer com calma. O sistema de
cálculo do Enem considera tudo isso”, lembrou
o coordenador de matemática do Leonardo da
Vinci, Genildo Alves.
O sistema utilizado para a correção das
provas é o da Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Ele leva em conta um padrão de acertos. Se o
candidato erra um item fácil, por exemplo, e
acerta um difícil, a nota dele pode ser menor.
“Saber matemática e português colocará o
candidato em vantagem, mas é preciso ter
estratégia. Isso só vem com o treino. Por isso,
a importância dos exercícios”, completou
Alves.
No primeiro dia de aplicação do Enem, em
8 de novembro, serão realizadas as provas de
ciências humanas e suas tecnologias e de
ciências da natureza e suas tecnologias, com
duração de 4 horas e 30 minutos. No segundo,
serão aplicados testes de linguagens, códigos e
suas tecnologias, redação e matemática e suas
tecnologias, com duração de 5 horas e 30
minutos, contadas a partir da autorização do
fiscal para o início dos testes.
CIDADES
CORREIO BRAZILIENSE
04/11/14
CIDADES
EDUCAÇÃO »
Bolsa Universitária sem rumo
Questionado pelo Tribunal de
Contas, o programa não está na
lista de prioridades do novo
governador, mas o coordenador da
equipe de transição do GDF
garante que os atuais beneficiários
receberão o auxílio até a
conclusão da graduação
» THAÍS PARANHOS
O TCDF concluiu que os
objetivos do Bolsa Universitária
não foram alcançados entre 2008
e 2011
A continuidade do Programa
Bolsa Universitária dependerá de
análise do governo eleito para
assumir o Palácio do Buriti a
partir de 1º de janeiro de 2015. O
projeto, alvo de auditoria do
Tribunal de Contas do Distrito
Federal (TCDF), não faz parte da
lista de prioridades da gestão de
Rodrigo Rollemberg (PSB). A
equipe responsável pela transição
garante, no entanto, que os
beneficiários — cerca de 240 —
não serão prejudicados e
receberão o auxílio até a
conclusão do curso de graduação.
Conforme publicado na edição de
ontem do Correio, o TCDF
apontou diversas falhas no
programa entre 2008 e 2011.
O relatório final dos auditores
do TCDF concluiu que os
objetivos do Bolsa Universitária
não foram alcançados durante o
período analisado. A equipe
também verificou a falta de
planejamento e de critérios para a
seleção dos beneficiários, além da
não realização de audiências
públicas para discussão da
eficiência e possíveis melhorias do
programa. Nos primeiros quatro
anos, apenas 27 alunos tinham
concluído o curso de graduação
pela
Secretaria
de
Desenvolvimento Social e
Transferência de Renda (Sedest).
Depois da publicação da
reportagem, o órgão informou que,
até o momento, 623 bolsistas se
formaram.
A desistência, entretanto, foi
considerada alta pelos auditores.
Dos 3,4 mil estudantes cadastrados
no início do programa, cerca de
40% não seguiram adiante. A
Fundação de Apoio à Pesquisa do
DF (FAP-DF) não informou o
número de alunos formados. Em
2011, 1.278 bolsistas estavam
cadastrados. No segundo semestre
do mesmo ano, eram 902. Juntas,
a FAP e a Sedest investiram cerca
de R$ 21 milhões entre 2008 e
2011 e mais de R$ 48 milhões até
agora.
Diante desse quadro, o
coordenador-geral da equipe de
transição do GDF, Hélio Doyle,
disse que o grupo já tinha
conhecimento dos problemas da
iniciativa e, por isso, o Bolsa
Universitária não fez parte do
programa do novo governo.
“Sabíamos dessa situação, mas
precisamos conhecer a fundo para
decidir o que será feito depois.
Essa não é uma prioridade nossa”,
garantiu. Hélio reforçou, no
entanto, que os beneficiários do
projeto receberão o auxílio até o
fim do curso. Assim como pretende
fazer a nova gestão, o governo de
Agnelo Queiroz apenas manteve os
estudantes que já recebiam o
benefício. Nenhum novo aluno
ingressou no programa desde
2011.
Para participar do Bolsa
Universitária, os interessados
deveriam ser aprovados no
vestibular ou estar regularmente
matriculados em uma instituição de
ensino superior, comprovar renda
familiar de, no máximo, três
salários mínimos e morar no DF
há cinco anos. Mas a auditoria do
TCDF mostrou que os documentos
para comprovar o tempo de
residência eram de “baixa
confiabilidade” e a seleção dos
bolsistas “não valorizou o mérito
estudantil”. O relatório final
também demonstrou que a
04/11/14
contrapartida do bolsista em
estagiar nas escolas da rede
pública também não foi cumprida.
Além desses problemas, a Sedest
informou que o governo tem uma
dívida de mais de R$ 6 milhões
com as instituições de ensino
conveniadas.
Benefício
Apesar das falhas do programa,
quem recebeu o benefício durante
a graduação não se queixa. “Por
meio dele, consegui terminar a
faculdade. O curso é muito caro e,
da mensalidade de R$ 1,1 mil, eu
pagava R$ 360. Tive estabilidade
para me formar”, contou Kelly
Silva de Deus, 23 anos, moradora
de Planaltina. Ela se formou no ano
passado em jornalismo e hoje
estuda para concurso público. Mas
Kelly reconhece que o estágio
feito na Sedest não complementava
o que aprendia em sala de aula.
“Eu trabalhava no fim de semana
na Sedest cadastrando as famílias
que recebiam ajuda do governo”,
contou. E confirma a alta
desistência entre os colegas.
“Eram quase 30 no início, mas, no
semestre seguinte, caiu para menos
de 20.”
Elsânia Estácio, 25 anos,
moradora de São Sebastião,
formou-se no mesmo curso de
Kelly. “À época, tinha muita gente
concorrendo e, quando entrei,
fiquei um pouco sem saber como
funcionaria, mas não tive nenhum
problema. Ganhava uma bolsa no
valor de 70% da mensalidade e
trabalhava uma vez por semana na
Sedest. Era fora da minha área,
mas, de alguma forma, agregou
valores ver a realidade das
pessoas que moram no DF”,
contou.
Remanescentes
Vejas as instituições com
convênios ativos com a Sedest:
» Espam
» Facitec
» Faceb/Guatag
» Iesb
» LS
» Projeção
» UCB
» UniCeub
» UDF
» Unicesp/Funorte
» Uniplac/Faciplac
JORNAL DE BRASÍLIA
04/11/14
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