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Neto, J. G.
et al.
NA
267DEPOSIÇÃO DE CALDA PROMOVIDA POR PULVERIZADORES EMPREGADOS
CAFEICULTURA DE MONTANHA
Jefferson Gitirana Neto1, João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha2,
Rodrigo Santos Marques3, Olinto Lasmar4, Erik Bueno Borges5
(Recebido: 16 de outubro de 2015 ; aceito: 07 de dezembro de 2015)
RESUMO: A cultura do café representa importante atividade agrícola no Brasil, mas sua produção demanda grandes
desafios quanto ao manejo de agrotóxicos, sobretudo em regiões de difícil mecanização.Objetivou-se, neste trabalho, avaliar
a deposição de calda promovida por pulverizadores empregados na cafeicultura de montanha. Utilizou-se o delineamento
de blocos ao acaso, com 11 tratamentos e quatro repetições. Foram avaliados diferentes equipamentos nas aplicações de
agrotóxicos na cafeicultura de montanha (pulverizador costal motorizado, triciclo adaptado para pulverização, pulverizador
costal motorizado adaptado e pulverizador costal manual), associados ou não à tecnologia eletrostática e adjuvante siliconado,
em diferentes taxas de aplicação. Inicialmente, foi conduzido um estudo para caracterização do espectro de gotas produzidas,
empregando-se o uso de papel hidrossensível. Foram avaliadas a deposição e a penetração da calda nas partes inferior, média e
superior das plantas, assim como o escorrimento para o solo. Para isso, aplicou-se o traçador Azul Brilhante para quantificação
por espectrofotometria. A associação da tecnologia eletrostática, com taxa de aplicação de 200 L ha-1, e o uso do adjuvante
copolímero poliéster-polimetil siloxano mostrou-se melhor em relação aos demais equipamentos quanto à deposição de calda
em cafeeiros adultos, revelando também a viabilidade técnica da utilização de menor volume de água na preparação das caldas.
Termos para indexação: Coffea arabica, aplicação eletrostática, pulverização, defensivos agrícolas.
SPRAY DEPOSITION PROMOTED BY DIFFERENT SPRAYERS ON THE MOUNTAIN
COFFEE CROP
ABSTRACT: Coffee crop is an important agricultural activity in Brazil, but with major technological challenges in disease and
pest control. This study aimed to evaluate the spray deposition promoted by different sprayers on the mountain coffee crop. The
trial was carried out in a randomized blocks design, with 11 treatments and 4 replicates. Different equipments were used in the
pesticide applications: motorized knapsack sprayer, adapted sprayer tricycle, adapted motorized knapsack sprayer and manual
knapsack sprayer, combined with electrostatic technology and silicone adjuvant in different application rates. Initially, a study
was conducted to characterize the droplet spectrum with the use of water sensitive papers. The deposition and penetration in
the lower, middle and upper parts of the plants and the runoff were also evaluated by the addition of a tracer (Brilliant Blue)
to be quantified by spectrophotometry. The combination of electrostatic technology, with application rate of 200 L ha-1, and the
use of adjuvant polyester polymethyl siloxane copolymer proved to be better than the other devices on the spray deposition in
coffee plants, also showing the technical feasibility of using lower application rates.
Index terms: Coffea arabica, eletrostatic application, spray, pesticide.
1 INTRODUÇÃO
O Brasil é o maior produtor e exportador
mundial de café. Devido à sua grande extensão
territorial e clima diversificado, apresenta extensa
faixa apta à produção de café, o qual é plantado
desde próximo à latitude de 0o, no extremo norte
do Pará, até a latitude de 25o, no Paraná. Com
isso, torna-se necessária a adoção de manejos
diferenciados nas distintas regiões, o que
possibilita a produção de cafés com características
próprias, específicas de cada localidade. O café
arábica, normalmente, permeia regiões de altitudes
elevadas, sendo cultivado em chapadas, encostas e
montanhas.
A cafeicultura de montanha, no Brasil,
representa área de grande potencial produtivo,
ocupando cerca de 600 mil ha, a segunda em
tamanho, e abrange as áreas da zona serrana do
Espírito Santo, Zona da Mata de Minas e do estado
do Rio de Janeiro, e quase todo o Sul de Minas e
áreas serranas em São Paulo, na divisa com Minas
Gerais (SOUZA, 2012).
Esse modelo de cafeicultura é uma
importante atividade social, visto que subsidia
grande número de pessoas, sendo representado por
pequenas propriedades administradas de forma
familiar. Nota-se que 83,3% das propriedades não
apresentam mais que 20 ha, representando 51,8%
da área plantada com café, no estado de Minas
Gerais. Para instalação, manutenção e colheita de
1 ha de café são necessários 80 a 90 dias/homem/
ano (SOUZA, 2012).
Universidade Federal de Uberlândia/UFU - Instituto de Ciências Agrárias/ICIAG - Cx. P. 593 - 38.408-100 - Uberlândia -MG
[email protected], [email protected], [email protected], [email protected]
5
Cooxupé - Rodovia MG-190 Km 3 s/n - 38.500-000 -Monte Carmelo - MG - [email protected]
1,2,3,4
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Deposição de calda promovida por ...
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Neste contexto, um dos grandes problemas
enfrentados pelos cafeicultores é a suscetibilidade
da planta de café a várias pragas e doenças
(CARVALHO;
CUNHA;
SILVA,
2012).
Atualmente, a cafeicultura de montanha sofre com
a escassez de mão de obra, o que reduz a capacidade
operacional para realizar os tratos culturais, tendo
como consequência surtos elevados de pragas e
doenças. O relevo acidentado também é um fator
que dificulta muito a aplicação de agrotóxicos,
visto que não é possível entrar com pulverizadores
hidropneumáticos tradicionais. Diante da falta
de equipamentos apropriados, muitas vezes, os
agricultores empregam equipamentos adaptados,
que carecem de estudo mais profundo de
desempenho.
O controle químico é o método mais
utilizado para conter as infestações das pragas
e a incidência das doenças, pela inexistência de
alternativas mais eficazes. Contudo, o produtor
rural é cada vez mais exigido sobre a utilização
correta e criteriosa dos agrotóxicos. Entretanto,
o que se vê no campo é a falta de informação
em torno da tecnologia de aplicação (CUNHA;
GITIRANA NETO; BUENO, 2011).
A correta deposição e distribuição do
ingrediente ativo na parte aérea da planta depende
de diversos fatores, tais como o tamanho e forma
da planta, densidade de plantio, tamanho de gota
produzida pela ponta de pulverização, taxa de
aplicação, velocidade de trabalho do pulverizador,
velocidade do vento, tipo de equipamento utilizado
e vazão de ar do ventilador.
O enfolhamento das plantas também é de
fundamental importância no sucesso das aplicações.
Os talhões de café apresentam grandes variações
no enfolhamento, exigindo medidas específicas
para adequação da necessidade e distribuição de
calda, como a necessidade e o porte da planta.
Neste sentido, o cafeeiro apresenta grandes
desafios para a tecnologia de aplicação. As plantas
apresentam desenvolvimento vegetativo com
grande fechamento e área foliar, fazendo com que
as aplicações para o controle de pragas e doenças
necessitem de capacidade de penetração na massa
de folhas para obter boa cobertura, mesmo na
aplicação de produtos com características de ação
sistêmica. Em lavouras desfolhadas, a facilidade
no recobrimento das plantas é maior, porém, os
desperdícios podem acontecer, principalmente
onde a regulagem e calibração dos pulverizadores
é realizada com base nos cafés mais enfolhados.
Algumas tecnologias têm sido pesquisadas
e incorporadas à pulverização, visando auxiliar
na aplicação correta. Dentre elas, tem-se
ressaltado o uso de adjuvantes agrícolas. Eles são
compostos adicionados às formulações ou à calda
de pulverização, que podem trazer benefícios
como aumento no molhamento, na aderência, na
facilidade de mistura e no espalhamento (CUNHA;
PERES, 2010; YU et al., 2009).
Cunha, Bueno e Ferreira (2010)
concluíram que a formação das gotas pode ser
significativamente alterada, visto que adjuvantes
alteram as propriedades físicas das caldas, como a
tensão superficial e a viscosidade. Cunha e Alves
(2009) avaliaram diferentes soluções aquosas e
verificaram que houve redução do pH e aumento
da condutividade elétrica da solução, dependendo
do tipo de produto. Com relação ao espectro de
gotas, Mota e Antuniassi (2013) verificaram que o
uso de adjuvantes elevou o diâmetro da mediana
volumétrica (DMV), durante a pulverização.
Entretanto, Cunha, Alves e Reis (2010), avaliando
o tamanho de gotas com a adição de adjuvantes
à calda, constataram redução no tamanho das
gotas pulverizadas, o que demonstra que o efeito
dos produtos não pode ser generalizado, visto que
depende de cada formulação.
A pulverização eletrostática é um sistema que
carrega eletricamente as gotas, sendo alternativa
para melhorar a qualidade das aplicações. A
diferença de potencial elétrico entre a gota e o alvo
faz com que as mesmas sejam atraídas pela planta.
Alguns trabalhos têm demonstrado a vantagem do
uso do sistema eletrostático, como o realizado por
Sasaki et al. (2013), na cultura do café, os quais
verificaram que o sistema eletrostático aumentou
a deposição de líquido em 37%. Zhou et al. (2012)
também relataram que o sistema eletrostático
pode aumentar a deposição de calda e reduzir as
perdas, quando comparado à outras técnicas de
pulverização.
Entretanto, segundo Hislop (1988), alguns
equipamentos eletrostáticos não proporcionam
resultados consistentes de controle, porque os
projetos desenvolvidos não geram gotas com nível
de carga suficiente para melhorar a deposição, ou o
tamanho de gotas produzidas não é adequado para
uso com carga eletrostática. A tensão superficial e
a viscosidade da calda também podem interferir na
pulverização eletrostática (ZHENG; ZHOU; XU,
2002). Maski e Durairaj (2010) afirmam que a
condutividade elétrica e a constante dielétrica são
as duas principais propriedades que afetam a carga
adquirida pelas gotas pulverizadas, fazendo com
que a adição de adjuvantes à calda possa aumentar
ou reduzir a eficiência do sistema eletrostático, na
medida em que altera as propriedades da calda.
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Objetivou-se, no presente trabalho, avaliar a
deposição de calda promovida por pulverizadores
empregados na cafeicultura de montanha.
2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Sítio Usina,
localizado no município de Nova Resende/MG.
A localização geográfica é latitude 21º05’16” S
e longitude 46º29’45”O e altitude de 1.123 m.
Utilizou-se cafeeiro cultivar Catuaí 144, plantada
em 2004, com espaçamento de 2,5 x 1,0 m. A área
tem declividade média de 24% (Classe de Relevo
Ondulado), encontrava-se em fase de pós-colheita
e apresentava altura de, aproximadamente, 2,20 m,
intenso vigor vegetativo e bom enfolhamento. O
índice de área foliar das plantas, medido seguindo
metodologia proposta por Favarin et al. (2002), foi
de 6,16 m2 m-2.
O trabalho foi realizado em 2014, de acordo
com o delineamento de blocos casualizados,
compostos de três linhas de café, com 11
tratamentos (Tabela 01) e quatro repetições. As
parcelas experimentais foram constituídas por
52,5 m², sendo três linhas de café, com sete metros
de comprimento. A parcela útil foi constituída
por área de 10 m², sendo considerada apenas
a linha central, desprezando-se 1,5 m em cada
extremidade, como área de bordadura.
Foram utilizados quatro tipos de
equipamentos para pulverizações na cafeicultura
de montanha: pulverizador costal motorizado
(Atomizador), com e sem tecnologia eletrostática,
triciclo adaptado para pulverização, pulverizador
costal motorizado adaptado SHP 800 Echo e
pulverizador costal manual.
O pulverizador costal motorizado era
da marca Stihl, modelo SR 420, com e sem a
tecnologia eletrostática. Este equipamento utilizase do princípio pneumático para a formação e o
fracionamento de gotas. Seu motor tem potência
de 2,6 kW e cilindrada de 56,5 cm3, depósito de
13 litros e vazão de ar de 750 m3 h-1, segundo
informações do fabricante. Para as aplicações
eletrostáticas, foi instalado um sistema de
energização de gotas, da marca SPE (Figura 1).
Essa tecnologia utiliza o método de indução de
cargas indireto para a eletrificação das gotas e é
composta por um conjunto de componentes que
podem ser instalados em diferentes marcas de
pulverizadores costais motorizados.
Em campo, ajustou-se a vazão do
equipamento por meio de orifícios calibrados, para
1,5 L min-1 e realizou-se a calibração para se aplicar
uma taxa de aplicação de 100, 200 e 400 L ha-1. Em
todas as pulverizações, o motor do pulverizador
foi regulado na aceleração máxima e esperou-se o
tempo de 15 segundos até a entrada em regime de
trabalho constante. Uma vez atingida a rotação de
regime, realizou-se a pulverização, considerando
dois métodos: o sistema eletrostático ligado e o
sistema eletrostático desligado.
No tratamento nove, foi utilizado um triciclo
adaptado em uma motocicleta (Modelo Honda
Fan 125), com o câmbio de um veículo automotor
(Modelo Fiat Palio). Este equipamento dispunha
de uma bomba Yamaho, modelo HS 30, com vazão
de 27 L min-1, regulador de pressão, manômetro,
filtros de linha, tanque de 200 litros com retorno
via mangueira e duas hastes laterais verticais de
oito saídas, equipadas com pontas do tipo jato
cônico vazio, modelo MAG 03, de cor laranja,
confeccionadas em cerâmica com ângulo de 80°,
da marca Magno (Figura 2). Nesta operação,
utilizou-se a 3ª marcha na moto e 2ª marcha no
câmbio, com aceleração padrão determinada por
uma marca, na manopla de aceleração. Tratase de uma adaptação, realizada em pequenas
oficinas, muito utilizada na região do ensaio para
tratamentos fitossanitários em cafeeiros, contudo
sem nenhum respaldo científico.
No tratamento 10, utilizou-se um
pulverizador costal motorizado, modelo SHP 800,
da marca Echo, com capacidade de 25 litros de
calda, movido à gasolina, motor com cilindrada de
22,8 cm3, adaptado com duas hastes laterais e três
saídas de cada lado, compondo, ao total, seis bicos
equipados com pontas de jato plano, modelo BD
110-03, confeccionada em cerâmica com ângulo
de 110°, marca Magno (Figura 3).
No tratamento 11, foi utilizado um
pulverizador costal manual, modelo Jacto
PJH, com capacidade de 20 litros e ponta de
pulverização do tipo jato plano, modelo BD 11003, da marca Magno.
Na aplicação, foi utilizado um único
operador para a condução dos tratamentos com
utilização de equipamentos costais. Antecedendo
às aplicações, foram realizados testes com água,
também conhecidos como teste em branco, para
aferição de sua velocidade de trabalho e aplicação
do volume proposto.
Nos tratamentos quatro, seis e oito, foi
adicionado à calda de pulverização o adjuvante
siliconado copolímero poliéster-polimetil siloxano
(Break Thru®) na concentração de 0,025% (v/v).
Trata-se de um espalhante adesivo não iônico,
penetrante, do grupo químico dos silicones.
Segundo o fabricante, isso aumenta a absorção e
as características de molhamento e reduz a tensão
superficial.
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TABELA 1 - Descrição dos tratamentos para avaliar diferentes formas de aplicação de agrotóxicos em cafeicultura
de montanha.
Concentração adjuvante
Taxa de aplicação
% (v/v)
(L ha-1)
1 – Pulverizador costal motorizado eletrostático
---
100
2 – Pulverizador costal motorizado eletrostático
---
200
3 – Pulverizador costal motorizado eletrostático
0,025
200
4 – Pulverizador costal motorizado eletrostático
---
400
5 – Pulverizador costal motorizado
---
200
6 – Pulverizador costal motorizado
0,025
200
7 – Pulverizador costal motorizado
---
400
8 – Pulverizador costal motorizado
0,025
400
9 – Triciclo pulverizador
---
400
10 – Pulverizador costal motorizado adaptado
---
400
11 – Pulverizador costal manual
---
400
Tratamentos
FIGURA 1 - Pulverizador costal motorizado, com sistema eletrostático de pulverização.
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FIGURA 2 - Triciclo adaptado para pulverização na cafeicultura de montanha
FIGURA 3 - Pulverizador costal motorizado SHP 800 Echo, adaptado com duas hastes laterais.
Inicialmente, foi conduzido um estudo para
caracterização do espectro de gotas pulverizadas,
por meio da avaliação das gotas depositadas
em papéis sensíveis à água (76 x 26 mm).
Antes da pulverização, foi colocado um papel
hidrossensível em cada parcela, grampeando-os
às folhas, e mantendo-os voltados para cima, na
região mediana da planta, a aproximadamente 1,3
m do solo. Posteriormente, foi feita a quantificação
e a caracterização dos impactos em cada papel.
Para isso, os papéis foram digitalizados por meio
de um scanner (resolução espacial de 600 dpi não
interpolados, com cores em 24 bits) e analisados
utilizando-se o programa computacional CIR
1.5 (Conteo y Tipificación de Impactos de
Pulverización), específico para essa finalidade.
Determinaram-se o diâmetro da mediana
volumétrica (DMV), a amplitude relativa (AR) e
a porcentagem do volume de gotas com diâmetro
inferior a 100 μm (%<100).
Para avaliar a deposição nas plantas, foi
adicionado à calda o traçador Azul Brilhante
(catalogado internacionalmente pela Food, Drug
& Cosmetic como FD&C Blue n.1), na dose
de 300 g ha-1, em todos os tratamentos, para ser
detectado por absorbância em espectrofotometria.
Mediu-se a deposição em folhas dos terços
superior, médio e inferior do dossel e o escorrimento
de calda para o solo. Foram retiradas 10 folhas de
ramos plagiotrópicos que se encontravam mais
internas e próximas ao tronco do cafeeiro, numa
altura aproximada de 0,20, 1,30 e 2,0 m do solo,
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sendo acondicionadas em sacos plásticos dentro
de caixas térmicas. Para a avaliação das perdas de
calda para o solo, foi colocada uma placa de petri,
com 153,94 cm2, sob a copa das plantas de café,
dentro da área de projeção da copa, a 0,2 m do
caule.
Em laboratório, adicionou-se 100 mL de
água destilada às amostras, para os sacos contendo
as folhas, e 40 mL para as placas de petri, e efetuouse, após a retirada do líquido resultante da lavagem,
a leitura de absorbância das soluções contendo o
traçador em um espectrofotômetro (Biospectro
SP-22), regulado para um comprimento de onda
de 630 nm. As áreas das folhas foram medidas
através do programa de análise de imagens
“Image Tool” (University of Texas, Texas, USA),
após serem digitalizadas. Os dados de absorbância
foram transformados em concentração (mg L-1)
através de curva de calibração, procedendo-se,
posteriormente, à divisão da massa de traçador
pela área foliar de cada repetição ou área da
lâmina de vidro, para se obter o valor da deposição
em µg cm-2.
Durante as aplicações, foram monitoradas
as condições ambientais de temperatura, umidade
relativa do ar e velocidade do vento. A temperatura
variou de 22,1 a 26,3° C, a umidade relativa de
39,5 a 58,2% e a velocidade do vento máxima foi
de 3,6 km h-1. Embora a umidade estivesse abaixo
do recomendado, estas são as condições nas
quais geralmente se realiza o controle das pragas,
principalmente do bicho-mineiro, após a colheita
do café, entre os meses de agosto e outubro.
Para as análises estatísticas, inicialmente
foram testadas as pressuposições dos dados.
Para verificar a homogeneidade das variâncias e
a normalidade dos resíduos, foram aplicados os
testes de Levene e Shapiro Wilk, respetivamente,
utilizando-se o programa estatístico SPSS
(versão 17.0). Para que as pressuposições fossem
atendidas a 0,01 de significância, apenas os dados
de escorrimento e amplitude relativa do tamanho
de gotas necessitaram ser transformados por
raiz de X + 0,5. Posteriormente, os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias
foram comparadas entre si, pelo teste de Scott
Knott, a 0,05 de significância.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As taxas de aplicação de 400 L ha-1
apresentaram diferenças com relação ao DMV
e a %<100 (Tabela 2). A amplitude relativa do
espectro de gotas não variou entre os tratamentos,
demonstrando que não houve influência na
uniformidade de tamanho das gotas. Os tratamentos
com menores taxas de aplicação proporcionaram
os menores valores de DMV e os maiores de
%<100. O tratamento 1, com taxa de 100 L ha-1,
e os tratamentos 2, 3, 5 e 6, com taxa de 200 L
ha-1, produziram gotas menores que variaram de
77,8 até 95,2 μm. Os tratamentos com volumes de
400 L ha-1, além de proporcionarem maior DMV,
também registraram menor % de gotas inferiores
a 100 μm.
Miranda et al. (2013) observaram maior
DMV nas pulverizações do cafeeiro, em taxas
maiores. Nas aplicações com taxas de 600 L
ha-1 foram obtidos maiores valores de DMV,
quando comparados à taxa de 150 e 300 L ha-1,
concordando com o presente trabalho. Para um
mesmo sistema de geração de gotas, maiores taxas
de aplicação são obtidas com maiores orifícios
restritores, que também geram maiores gotas.
Ainda em relação à Tabela 2, observamse, nos tratamentos 4, 7, 8 e 9, gotas com DMV
medindo entre 102 e 124 μm, enquanto nos
tratamentos 10 e 11, com mesma taxa de aplicação
ocorreram números maiores, próximos a 200 μm.
Este fato se justifica pelo uso de pontas hidráulicas
de jato plano, 110-03, nos tratamentos 10 e 11.
Nos tratamentos 4, 7 e 8, o uso de atomizadores
promove maior fracionamento das gotas, uma vez
que são submetidas à uma intensa corrente de ar.
No tratamento 9, foram utilizadas pontas de jato
cônico vazio, MAG 02, com espectro de gotas finas.
Em geral, os tratamentos produziram percentual
muito alto (acima de 45,7%) de gotas com
diâmetro inferior a 100 μm, sendo consideradas
como de alto risco de deriva. As exceções foram
os tratamentos 10 e 11, com pontas de jato plano,
que produziram volumes menores com 13,6 e
3,5%, respectivamente, de gotas inferiores a 100
μm. Cunha et al. (2003) relataram que resultados
abaixo de 15% de volume de gotas com diâmetro
inferior a 100 μm, em geral, sugerem aplicações
mais seguras em relação à deriva.
Com relação ao uso do adjuvante
siliconado (Tabela 2), não se observam influências
no espectro de gotas. Oliveira et al. (2013),
avaliando as características funcionais de diversos
adjuvantes, também não encontraram diferença
entre o DMV produzido com uma solução aquosa
e outra com copolímero poliéster-polimetil
siloxano. Resultados semelhantes também foram
encontrados por Vallet e Tinet (2011), empregando
pontas de pulverização de jato cônico vazio.
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TABELA 2 - Diâmetro médio volumétrico (DMV), amplitude relativa do tamanho de gota (AR) e porcentagem
do volume de gotas com diâmetro inferior a 100 μm (%<100), em função das diferentes tecnologias de aplicação
empregadas.
Tratamento
DMV
AR
%<100
1 – Costal motorizado eletrostático (100 L ha )
80,4 c
0,90 a
77,9 a
2 – Costal motorizado eletrostático (200 L ha )
84,8 c
0,78 a
71,0 a
3 – Costal motorizado eletrostático (200 L ha ) + Adjuvante
77,8 c
1,75 a
76,3 a
4 – Costal motorizado eletrostático (400 L ha )
102,4 b
0,85 a
53,0 b
-1
-1
-1
-1
5 – Costal motorizado (200 L ha )
83,2 c
1,02 a
71,0 a
6 – Costal motorizado (200 L ha-1) + Adjuvante
95,2 c
0,89 a
68,9 a
7 – Costal motorizado (400 L ha )
110,2 b
0,87 a
45,7 b
8 – Costal motorizado (400 L ha ) + Adjuvante
123,3 b
0,63 a
48,1 b
9 – Triciclo pulverizador (400 L ha )
124,0 b
0,81 a
53,5 b
10 – Costal motorizado adaptado (400 L ha )
196,9 a
0,59 a
13,6 c
11 – Costal manual (400 L ha )
194,2 a
0,65 a
3,5 c
-1
-1
-1
-1
-1
-1
CV (%)
18,4
19,7
33,4
Fcalculado
16,01**
1,04ns
7,83**
Médias seguidas por letras iguais, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Scott Knott, a 0,05 de significância.
CV: coeficiente de variação. ** Significativo a 1%. ns Não significativo.
A deposição no terço superior e o
escorrimento de calda para o solo não apresentaram
diferenças (Tabela 3). As maiores distinções foram
observadas nas regiões mediana e inferior, onde
alguns tratamentos demonstraram benefícios em
relação à propriedade de depositar mais produto
sobre as folhas do cafeeiro.
No dossel superior do cafeeiro, a igualdade
entre os tratamentos apresentada pelo teste de
média revelou que a utilização de maiores taxas de
aplicação não agregou em deposição de calda no
ponteiro. O sistema eletrostático também não foi
capaz de incrementar a deposição, possivelmente
tendo em vista a distância entre o bocal do
pulverizador e o alvo.
Em relação às aplicações eletrostáticas, no
ponteiro do cafeeiro, observa-se a possibilidade
de utilização de apenas 100 L ha-1, visto que o
tratamento 1 proporcionou a mesma deposição
comparada às demais. A semelhança deste
tratamento com os de número 2, 3 e 4 enfatizou
a viabilidade da tecnologia eletrostática para
baixas taxas de aplicação. O aumento de calda não
refletiu em aumento de deposição. Este resultado
permite inferir sobre as oportunidades de ganhos
operacionais com a economia de água.
Nos tratamentos 2, 4, 5 e 7, nota-se que
o pulverizador costal motorizado também pode
promover redução de volume sem diminuir a
deposição na região superior de cafeeiros adultos.
Verifica-se que o aumento de 200 para 400 L ha-1
não promoveu ganho de deposição na região do
ponteiro. Os tratamentos 2 e 5, com 200 L ha-1,
foram iguais aos tratamentos 4 e 7, com 400 L ha-1.
Na região mediana do cafeeiro (Tabela
3), o tratamento 3 destacou-se entre os demais,
produzindo deposição superior a todos os outros
tratamentos. Observa-se que a associação do
adjuvante siliconado com a tecnologia eletrostática
promoveu maior concentração de produto sobre as
folhas. Sasaki et al. (2015) observaram que o uso
de alguns adjuvantes em pulverização eletrostática
melhorou a energização das gotas e reduziu o
DMV.
A associação do adjuvante com aplicação
eletrostática demonstrou a viabilidade de uso
de menores volumes de água para aplicação de
fitossanitários em cafeeiros adultos de montanha,
podendo agregar em eficácia biológica no controle,
e aumentar a capacidade de trabalho do aplicador,
fator muito importante dada a escassez de mão de
obra para este tipo de trabalho.
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Deposição de calda promovida por ...
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TABELA 3 - Deposição de traçador no solo e em folhas das posições superior, mediana e inferior do cafeeiro de
montanha, promovida por diferentes tecnologias de aplicação.
Deposição (µg cm-2)
Tratamento
Superior
Mediana
Inferior
Solo
1 – Costal motorizado eletrostático (100 L ha )
0,62 a
0,69 b
0,52 b
0,20 a
2 – Costal motorizado eletrostático (200 L ha )
0,53 a
0,76 b
0,61 b
0,31 a
3 – Costal motorizado eletrostático (200 L ha ) + Adjuvante
0,85 a
1,13 a
0,96 a
0,19 a
4 – Costal motorizado eletrostático (400 L ha )
0,73 a
0,79 b
0,76 a
0,36 a
5 – Costal motorizado (200 L ha )
0,63 a
0,68 b
0,69 a
0,21 a
6 – Costal motorizado (200 L ha-1) + Adjuvante
0,68 a
0,73 b
0,77 a
0,23 a
7 – Costal motorizado (400 L ha )
0,82 a
0,79 b
0,73 a
0,43 a
8 – Costal motorizado (400 L ha ) + Adjuvante
0,72 a
0,82 b
0,78 a
0,25 a
9 – Triciclo pulverizador (400 L ha )
0,69 a
0,79 b
0,81 a
0,28 a
10 – Costal motorizado adaptado (400 L ha )
0,83 a
0,80 b
0,56 b
0,29 a
11 – Costal manual (400 L ha )
0,79 a
0,65 b
0,77 a
0,26 a
-1
-1
-1
-1
-1
-1
-1
-1
-1
-1
CV (%)
22,7
20,0
20,3
21,7
Fcalculado
1,53ns
2,68*
2,79*
1,39ns
Médias seguidas por letras iguais, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, a 0,05 de significância.
CV: coeficiente de variação. * Significativo a 5%. ns Não significativo.
O desempenho do tratamento 6 comprova
que o adjuvante sozinho, sem a tecnologia
eletrostática, não conferiu o mesmo ganho,
evidenciando o benefício de utilização conjunta do
adjuvante com a tecnologia eletrostática, conforme
verificado no tratamento 3. Maski e Durairaj
(2010) afirmam que a adição de adjuvantes à
calda, ao se alterarem as propriedades do líquido,
pode aumentar ou reduzir a eficiência do sistema
eletrostático. Este resultado também pode ser
explicado pela capacidade do adjuvante de alterar
o comportamento da gota na interface com o
alvo. O copolímero poliéster-polimetil siloxano
é um produto com grande capacidade de redução
de tensão superficial e aumento do molhamento.
Estudo realizado por Montório et al. (2005)
concluiu que os adjuvantes organosiliconados
Silwet L-77 e Break Thru, entre 15 produtos,
foram os que atingiram os menores valores de
tensão superficial, chegando a 20 mN m-1 em
soluções aquosas.
Na região inferior da planta (Tabela 3),
nota-se que os tratamentos 1, 2 e 10 promoveram
deposições inferiores aos demais tratamentos. No
tratamento 10, acredita-se que o posicionamento
dos bicos em relação às folhas internas não é
adequado para promover boa distribuição. Esse
resultado poderia ser melhorado variando a
altura entre as pontas de pulverização, de forma
a adequar melhor o equipamento aos diferentes
formatos de plantas. Os tratamentos 1 e 2 também
tiveram desempenho inferior. Esse resultado pode
estar relacionado a um possível aterramento das
folhas em contato com a lança, ou a uma possível
incapacidade de molhamento, proveniente de
aplicações com menores taxas, sem a adição do
adjuvante.
Novamente, o tratamento em que houve
associação de adjuvante e sistema eletrostático
produziu melhor deposição, estando entre aqueles
que promoveram maior deposição de calda na
parte inferior. Ressalta-se que essa é uma região
muito importante quando se pensa em sanidade
vegetal, visto que muitos fungos e pragas têm
seu desenvolvimento favorecido pelo microclima
dessa parte da planta.
4 CONCLUSÕES
A utilização de pulverizadores costais
motorizados, com menores taxas de aplicação gera
gotas de menor tamanho, com elevado potencial
de deriva.
A tecnologia eletrostática, associada ao uso
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Neto, J. G. et al.
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de adjuvante siliconado, é melhor que as demais,
visto que promove melhoria na deposição de calda
em cafeeiros de montanha adultos, principalmente
em relação a equipamentos adaptados.
Há viabilidade técnica na redução da taxa
de aplicação de 400 L ha-1, para 200 L ha-1, desde
que empregada tecnologia de aplicação adequada.
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