24 de abril

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24 de abril
CLIPPING
24/04/2013
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Folha SP
Seção:
Página:
Data: 23/04/2013
Nova York quer proibir menores de 21 anos de comprar cigarro
DO "NEW YORK TIMES"
A prefeitura de Nova York pretende aumentar de 18 para 21 anos a idade mínima para comprar
cigarros. A medida tornaria Nova York a cidade americana mais restritiva em relação à venda
tabaco.
A proposta valeria para a compra de cigarros e outros produtos derivados do tabaco, mas não
proibiria a posse ou mesmo o uso desses produtos.
Essa é mais uma medida da persistente campanha do prefeito Michael Bloomberg contra o
cigarro. Ele já baniu o fumo em restaurantes e bares e, mais recentemente, em parques,
praias, praças e outros lugares públicos.
A atual proposta foi apresentada por Thomas Farley e Christine Quinn, membros do gabinete
do prefeito, que a defenderam dizendo que as pessoas geralmente passam pela transição de
fumantes ocasionais para fumantes regulares por volta dos 20 anos.
"Com essa legislação, iremos focar um grupo etário na qual a esmagadora maioria dos
fumantes começa", disse Quinn.
A proposta precisa ser aprovada pelo conselho da cidade e assinada pelo prefeito, mas a sua
promulgação é provável, uma vez que está sendo promovida e apoiada por Bloomberg.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: BBC Brasil
Seção:
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Data: 24/04/2013
O café que você toma é saudável?
Anna-Louise Taylor
Da BBC Food
Pesquisas recentes salientam benefícios do café para o coração
Uma pesquisa recente ressaltou os benefícios do café grego para o coração, alentando
os fãs da bebida em todo o mundo. Mas será que todos os tipos de café são bons para o
bom funcionamento do órgão mais vital do corpo humano?
Todos os dias milhões de nós consumimos café saboreando seus componentes viciantes, e a
verdade é que, a cada gole na xícara, nem todos pensam nos benefícios para a saúde.
"Nunca achei que tivesse problema tomar cinco xícaras de café por dia", diz Will Corby,
especialista em café e instrutor da London School of Coffee.
A cafeína é um estimulante tão poderoso que é comum ouvir histórias de pessoas que
tomaram "overdose" de café espresso. Tomar muito da bebida é algo geralmente associado a
malefícios para a saúde, como insônia, dores de cabeça e diurese.
Will Corby defende que qualidade é chave na hora de escolher um café. Ele diz que pode
tomar 20 xícaras de café em um dia de degustação sem qualquer efeito colateral, mas o que
acontece se ele beber três cafés ruins?
Sem insônia
"Eu tomo muito café, mas é um café bom, bem macerado. Não tenho problemas para dormir.
Mas se você tomar um café mal feito, isso pode ter um efeito negativo", diz Corby.
De fato, pesquisas ao longo dos anos têm ressaltado os benefícios de tomar café, mais
especificamente o café grego.
O consumo de café entre idosos na ilha grega de Ikaria foi relacionado à redução do riso de
doenças cardiovasculares, segundo uma pesquisa divulgada na publicação Vascular Medicine
Journal.
Mas por que o café grego é especial?
O café grego não é coado. Dentro de uma pequena cafeteira de bronze conhecida como briki,
a água é misturada ao pó, que desce até o fundo, quando pode, então, ser servido. Tem mais
concentração de cafeína do que o café filtrado e o percolado.
Café grego é preparado em pequena cafeteira de cobre chamada briki
A bebida é muito forte, tem uma espuma espessa e pode ser preparado com açúcar ou puro. É
servido com um copinho de água. Ao mesmo tempo, o café grego é conhecido por suas
propriedades anti-inflamatórias.
Efeitos positivos e negativos
Diversos estudos já mostraram efeitos positivos e negativos do café sobre a saúde. Essas
divergências, dizem especialistas, se explicam em parte pela falta de consistência do que
bebemos.
Diferentes formas de torrar e diferentes espécies e variedades de grãos podem ter distintos
graus de cafeína e outros compostos. Há, também, o efeito de diferentes ingredientes
adicionais na bebida, como açúcar e leite.
No lado positivo, o café é conhecido por conter muitos antioxidantes, que impedem que nossas
moléculas oxidam e produzam radicais livres.
Mulheres que bebem duas ou mais xícaras por dia têm menos chance de ficarem deprimidas,
diz outro estudo.
E, entre as muitas razões para amar o café, o fato de ele dar energia talvez seja a mais simples
delas.
No entanto, estudos também ligam a ingestão de cafeína ao aumento do colesterol e da
pressão sanguínea.
O que concluir, então? Recentemente, mudou de rumo o debate quanto a se o café faz bem ou
mal. Uma pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard sugere que não há elos entre o
café e riscos à saúde.
Nem mesmo beber seis xícaras por dia "não está associado com aumento de riscos de morte
por qualquer causa, seja câncer ou males cardiovasculares", diz Rob van Dam, professorassistente na universidade.
Mas atenção: especialistas advertem contra excessos. A pesquisa de Harvard, como a maioria
dos estudos, levou em consideração copos de 225 ml, cada um com 100 mg de cafeína, "não
os copos de 450 ml de um café grande na Starbucks, que tem cerca de 330 mg de cafeína", diz
Van Dam.
Conectar as pessoas
Ao mesmo tempo, seja social ou psicologicamente, o café tem efeitos na nossa saúde mental.
"As pessoas ficam ligadas ao tomar café, enquanto o álcool as torna letárgicas", diz Will Corby.
"Por isso as pessoas amam o café, ele ajuda na interação social."
O diretor da Associação de Cafés Especiais dos EUA (SCAA), Peter Giuliano, cita outra
pesquisa, da Universidade da Califórnia, sugerindo que o café é útil para conectar tanto
pessoas quanto diferentes partes de nosso cérebro.
Muitos pesquisadores ressaltam, porém, que muito ainda falta ser descoberto sobre os efeitos
da bebida. Dito isso, é hora de fazer uma pausa para o café.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Folha SP
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Data: 24/04/2013
Leigos
RIO DE JANEIRO - Todo mundo no Brasil dá palpite sobre drogas: deputados, advogados,
juízes, burocratas, ministros, "técnicos", leigos em geral e até um ex-presidente sem pauta. À
menor solicitação empregam palavras que acabaram de aprender e não sabem direito o que
significam, como dependência química ou síndrome de abstinência. Problemas como combate
ao tráfico, internação, tratamento das vítimas do crack e outros são discutidos por seus
aspectos legais, como se estes fossem os únicos que importassem.
Ao mesmo tempo, há duas categorias quase ausentes nessa discussão: os médicos (já que a
dependência é uma doença, não um crime) e os dependentes que deixaram de usar drogas e
adquiriram enorme tarimba a respeito (e nem por isso admitem ser chamados de exdependentes; são apenas dependentes que deixaram de usar drogas). Em algumas clínicas,
os próprios médicos são esses dependentes, e quem pode saber mais do que eles?
Outro dia, sete ex-ministros da Justiça vieram a público pregar a descriminalização da
maconha. Ótimo, é a visão jurídica. Mas, e a visão médica? Fiquei esperando pela opinião de
sete ex-ministros da Saúde. Em vão. Talvez porque sejam igualmente leigos e, quando
ministros, não se interessaram em se instruir sobre o assunto. Tivessem feito isto, a situação
da droga no país estaria longe do atual descalabro.
Também há dias, alguém propôs que o período máximo para a "desintoxicação" em caso de
internação involuntária fosse de 60 a 90 dias. Até pelo uso da palavra, vê-se o amadorismo da
proposta. A "desintoxicação" é só a base da internação --depois é que o tratamento começa.
Um homem quase terminal como Michael Jackson, se chegasse a ser internado, poderia ter se
"desintoxicado" em até menos tempo. Mas, se tratado a sério, não passaria menos de dois
anos numa instituição.
Ruy Castro, escritor e jornalista, já trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do
Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson
Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Escreve às segundas, quartas, sextas e sábados na
Página A2 da versão impressa.