comissão de acompanhamento da bacia do ribeirão pipiripau

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comissão de acompanhamento da bacia do ribeirão pipiripau
COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA BACIA
DO RIBEIRÃO PIPIRIPAU
BOLETIM DE MONITORAMENTO DA
BACIA DO RIBEIRÃO PIPIRIPAU
JUNHO DE 2011
Governo do Distrito Federal
Agnelo Queiroz
Governador
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH
Eduardo Brandão
Secretário
Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - ADASA
Diretoria Colegiada
Vinícius Fuzeira de Sá e Benevides – Diretor Presidente
Paulo César Montenegro de Ávila e Silva
João Carlos Teixeira
Antônio Magno Figueira Netto
Diretor Ouvidor
Odilon Monteiro Frazão
Superintendência de Recursos Hídricos – SRH/ADASA
Diógenes Mortari
BOLETIM DE MONITORAMENTO DA BACIA
RIBEIRÃO PIPIRIPAU
Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – junho de 2011
Comissão de Editoração
Membros:
Eduardo Costa Carvalho
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – junho de 2011
SUMÁRIO:
1 – Bacia do Ribeirão Pipiripau
06
2 – Estações de Monitoramento
07
2.1 – Estação Taquara-jusante
08
2.2 – Estação Pipiripau BR-020
09
2.3 – Estação Pipiripau Montante Canal
10
2.4 – Estação Pipiripau Captação
11
2.5 – Estação Frinocap DF-130
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3 – Curva de permanência da Estação Frinocap DF-130
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4 – Análise dos dados e conclusões
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – junho de 2011
1- Bacia do Ribeirão Pipiripau
Bacia
A bacia do Ribeirão Pipiripau localiza-se no Distrito Federal e no Estado de Goiás, compreendendo
uma área de drenagem de aproximadamente 235 km². A maior parte da área da bacia está inserida no
Distrito Federal (90,3%), sendo que em Goiás encontram-se as nascentes mais a montante da bacia.
Monitoramento
Para o monitoramento hidrológico da bacia foram definidas cinco estações fluviométricas, as quais
delimitam os trechos de controle. Nessas estações, a CAESB (Companhia de Saneamento Ambiental do
Distrito Federal), que é a responsável e a operadora das cinco estações, repassa os dados de cota e vazão
ocorridos. Isso permite que seja realizado o monitoramento contínuo das vazões escoadas para verificação
do atendimento às vazões mínimas remanescentes, conforme apresentado na Figura 1, a saber:

Trecho 1 - Córrego Taquara, da sua nascente até a estação fluviométrica Taquara Jusante,
localizada no ponto de coordenadas: 47º31’57”W; 15º37’21”S;

Trecho 2 - Ribeirão Pipiripau, da sua nascente até a ponte da BR-020, no ponto de coordenadas:
47º30’34”W; 15º34’21”S;

Trecho 3 - Ribeirão Pipiripau, da BR-020 até a estação fluviométrica Pipiripau Montante Canal,
localizada no ponto de coordenadas: 47º34’26”W; 15º38’21”S;

Trecho 4 - Ribeirão Pipiripau, da estação fluviométrica Pipiripau Montante Canal até a estação
fluviométrica Pipiripau Montante Captação, localizada no ponto de coordenadas:
47º35’46”W;15º39’20”S; e

Trecho 5 - Ribeirão Pipiripau, da estação fluviométrica Pipiripau Montante Captação até a estação
fluviométrica Frinocap, localizada no ponto de coordenadas: 47º37’26”W; 15º39’26”S.
Gestão Compartilhada
A bacia hidrográfica do Ribeirão Pipiripau é constituída por um curso d’água principal, de domínio
da União (o próprio Ribeirão Pipiripau) e por cursos d'água de domínio do Distrito Federal (seus
afluentes), sendo fonte imprescindível de água para diversas finalidades de uso. Dentre os principais
usuários da bacia estão os irrigantes e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
(CAESB). Esta possui uma importante captação para o abastecimento público das Regiões
Administrativas de Planaltina e Sobradinho.
Nos períodos de baixo índice pluviométrico (abril a outubro), as vazões dos cursos d’água da bacia
reduzem-se significativamente, tornando-se, muitas vezes, necessária a realocação e a redução dos usos,
de forma a atender à manutenção da vazão ecológica, aos usos prioritários e aos usos múltiplos.
O gerenciamento dos recursos hídricos da bacia é realizado de forma negociada, tendo como atores
deste processo os órgãos gestores de recursos hídricos (ADASA e ANA) e os usuários da bacia. Este
gerenciamento é realizado baseado no Marco Regulatório estatuído pela Resolução ANA nº 127/2006 e
pela Resolução ADASA nº 293/2006. Desde março de 2010, por meio da Resolução ANA nº 77/2010 foi
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – junho de 2011
delegado à ADASA a competência para conceder outorgas em corpos hídricos de domínio federal no
âmbito do Distrito Federal, incluindo assim, a calha principal do ribeirão Pipiripau.
Por meio do monitoramento fluviométrico diário nas cinco estações existentes na bacia e
considerando as demandas de água previstas, é possível realizar simulações para prever o comportamento
dos corpos hídricos nos meses de estiagem. A partir destas simulações, pode-se inferir os respectivos
balanços hídricos dos cinco trechos de monitoramento instituídos pelo Marco Regulatório da Bacia, o
qual definiu vazões mínimas remanescentes que visam garantir as vazões ecológicas e os usos a jusante
de cada trecho, conforme Tabela 1. Levando-se em consideração a análise destas previsões, e havendo a
necessidade, são elaboradas propostas para realocação e redução dos usos a serem implementados, nos
meses críticos, pelos usuários da bacia.
2 - Estações de Monitoramento
Figura 1 - Localização das estações fluviométricas utilizadas para monitorar o comportamento
hidrológico da bacia do Ribeirão Pipiripau.
Ponto de
Controle
Nome da Estação
Vazão Mínima
Cota Mínima
(Código)
Remanescente (m³/s) Remanescente (cm)
Taquara-Jusante
0,156
46
1
(60472200)
Pipiripau BR -020
0,430
103
2
(60472230)
Pipiripau Mont.
0,940
7
3
Canal (60472240)
Pipiripau Mont.
Captação
0,600
49
4
(60472300)
Frinocap
0,375
53
5
(60473000)
Tabela 1 – Vazões e Cotas mínimas remanescentes estabelecidas para cada Ponto de Controle.
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2.1 – Estação Taquara-jusante (60472200) – Trecho 1
Em maio de 2011, a cota média no Córrego Taquara observada nesta estação foi de 69 cm, o que
equivale a uma vazão média de 0,505 m³/s. Verifica-se que com relação às vazões previstas para os meses
subseqüentes, nesta estação, a vazão crítica se dará em setembro e será superior à mínima remanescente
estipulada. A previsão baseia-se nos dados da série histórica da estação Frinocap.
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Junho de 2011
2.2 – Estação Pipiripau BR-020 (60472230) – Trecho 2
Em maio de 2011, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 121 cm, o que
equivale a uma vazão média de 0,905 m³/s. Verifica-se que com relação às vazões previstas para os meses
subseqüentes, nesta estação, a vazão crítica se dará em setembro e será superior à mínima remanescente
estipulada. A previsão baseia-se nos dados da série histórica da estação Frinocap.
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Junho de 2011
2.3 – Estação Pipiripau Montante Canal (60472240) – Trecho 3
Em maio de 2011, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 32 cm, o que
equivale a uma vazão média de 2,32 m³/s. Verifica-se que com relação às vazões previstas para os meses
subseqüentes, nesta estação, a vazão crítica se dará em setembro e será superior à mínima remanescente
estipulada. A previsão baseia-se nos dados da série histórica da estação Frinocap.
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2.4 – Estação Pipiripau Montante Captação CAESB (60472300) – Trecho 4
Em maio de 2011, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 62 cm, o que
equivale a uma vazão média de 1,786 m³/s. Verifica-se que com relação às vazões previstas para os meses
subseqüentes, nesta estação, a vazão crítica se dará em setembro e será superior à mínima remanescente
estipulada. A previsão baseia-se nos dados da série histórica da estação Frinocap.
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2.5 – Estação Frinocap DF-130 (60473000) – Trecho 5
Em maio de 2011, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 85 cm, o que
equivale a uma vazão média de 2,264 m³/s. Verifica-se que com relação às vazões previstas para os meses
subseqüentes, nesta estação, a vazão crítica se dará em setembro e será superior à mínima remanescente
estipulada. A previsão baseia-se nos dados da série histórica da estação Frinocap.
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Junho de 2011
3 - Curva de permanência da Estação Frinocap DF-130
Código - 60473000
Durante o mês de maio de 2011 os valores
de vazão, registrados no Ribeirão Pipiripau, na
estação Frinocap, oscilaram entre a curva de
permanência de 50% e a curva de permanência de
90% com os valores mantendo-se mais próximos
daquela.
No dia 31 de maio de 2011, a vazão
observada no Ribeirão Pipiripau na estação
Frinocap foi de 1,951 m³/s.
Observa-se que a curva das vazões medidas
em maio de 2011, na estação Frinocap, ainda que
esteja mais próxima à curva de permanência de
50% de sua série histórica, tende a aproximar-se,
nos próximos meses, da curva de 90%. Caso esta
tendência venha a confirmar-se e as vazões
situem-se abaixo da curva de 90% de
permanência, será necessário a realocação e a
redução negociada dos usos. Nos meses de agosto
e setembro, as previsões indicam uma
aproximação das vazões mínimas remanescentes
estabelecidas pelo Marco Regulatório.
Estação Frinocap (60473000) e demais pontos de controle
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Junho de 2011
4 – Análise dos dados e conclusões
• A vazão média observada para o mês maio de 2011 na estação Frinocap (60473000), usada no
monitoramento hidrológico da bacia do Ribeirão Pipiripau, situou-se acima da vazão mínima remanescente
estabelecida pelo Marco Regulatório. Esta vazão mínima visa garantir as condições ecológicas do ambiente
aquático e os usos a jusante do ponto de monitoramento.
• Em maio, as vazões diárias observadas nas cinco estações de monitoramento apresentaram-se, em
todos os casos, superiores às respectivas vazões mínimas remanescentes estabelecidas pelo Marco
Regulatório para cada estação.
• Observou-se que as vazões médias previstas para os meses de agosto e setembro (meses considerados
críticos) aproximam-se das vazões mínimas remanescentes estabelecidas para os pontos de controle, mas
sempre permaneceram superiores às mínimas remanescentes. Considerando-se que o modelo de previsão
pode apresentar diferenças entre as vazões observadas e as vazões previstas, recomenda-se a todos os
usuários praticar e difundir o uso racional de água.
• Os valores de cota médios, efetivamente observados no mês de maio, ora foram superiores (estação
frinocap), ora idênticos (estação montante canal), ora inferiores (as três demais estações) aos valores de cota
médios previstos para esse mês. Assim sendo, pode-se afirmar que o sistema possui imperfeições que
tendem a superestimar as vazões. De qualquer forma, convém reafirmar a necessidade de se monitorar os
dados de demandas em cada trecho e de se manter as atividades de fiscalização dos usos irregulares na
região da bacia.
• Ainda que as vazões observadas no mês de maio/2011 sejam superiores às do mesmo período do ano
anterior, convém manter sob observação a continuidade dessa tendência. De qualquer forma, recomenda-se à
Comissão de Acompanhamento do Ribeirão Pipiripau e aos usuários de recursos hídricos da região uma
atenção especial para os meses mais críticos (agosto e setembro). Recomenda-se ainda que seja marcada uma
próxima reunião da citada Comissão para análise dos atuais cenários e perspectivas futuras visando uma
melhoria na gestão dos recursos hídricos da bacia em benefício de todos.
Obs: Este boletim é uma publicação de tiragem mensal e encontra-se disponível para consulta na
página da ADASA (http://www.adasa.df.gov.br) seguindo as abas: usuário de água - sistema de informação
de recursos hídricos do DF - situação dos recursos hídricos - projetos.
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