Lesson 20 - Ardalambion

Transcrição

Lesson 20 - Ardalambion
q2$5% 4$jR¸5$
Pedin Edhellen
um curso de sindarin
Thorsten Renk
Tradução
Gabriel Oliva Brum
Versão 2.0 (5 de outubro de 2004)
Lição 20
VOZ PASSIVA, FORMAÇÃO DO SINGULAR
20.1 TEXTO
`B 7E5# e7R5
7Ex#7Y5 xjhR55{#5$ 5`C jt# `V2{x#6Y=-= jiE1`C 4$j% 97R55{$5%= 25# ~Mx~V5 5hE2=-=
r%x#j^ ~B5 7Y3`Bj$ q2#`C 55# t~N6=-= 55# 53R 3`B`C j~B5=-= q~Nj z5$`B ej$`C rj$x$=-=
z1[E x{#j5{#`C= z1[E 8hU 2lE5 7Ej$ 7~B rj¸#5$=-= 7Ex#7Y5 7x^`C `C x~B6=-= tx#j^ 2~B5 21[E
55# 2j#r#=-= w7x#j^ 4$j$ 2~Nj `V t~N6=-= `V 55%`BiE=-= `V x{#j5{$`C `B 7E5# e7R5 9E
7Y3`Bj$ eThE6 ~B5 q~V2 q3T `V2~M6=-= `B 7E5# e7R5 9~C2 4~M3E 25# 55%`BiE=-= 7Ex#7Y5 5#~B7`C
1x^2$ 2j&`M= 25# 8hU 5hU35{#5$=-= 55%`BiE 5j¸#`C 7Ex#7Y5= 27x$`NÁ r#`N cE5$`NÁ 57Y`NÁ
97R`B`C tlE32# `C x~Bj 3`B`C 31[R=-= 7Ex#7Y5 47x$`C `C jiE1`C c~Mj 7Y3w$ 2#j$ 5%=-= e'E2#j^
2~B5=-=
I aran fern
Aragorn gleinannen na ’lam e-ndagor. Lasta edhil hernennin, dan ú-gên naid. I vagol în
orthiel pada nan môr. Nan meth thia ’lîn. Pôl ceni fela veleg. Cant anglenna; cant sui daen
’arel rî vallen. Aragorn ’roga a gîr. Magol dîn dant nan dalaf. Bragol edhel dôl e mõr. E
Ninias. E anglenna i aran fern ah orthiel i fair în pêd pith e-dûr. I aran fern hâd dhûath dan
Ninias. Aragorn aníra toged dulu, dan sui nuithannen. Ninias nalla: ’Aragorn, drego! Avo
acheno! Noro!’ Heria maethad a gîl thia thent. Aragorn dhrega a lasta chûl ’ortheb adel in.
Aphadol dîn.
O rei morto
Aragorn está cercado por sons de batalha. Ele ouve que elfos estão feridos, mas nada vê.
Tendo erguido sua espada, ele está indo para a escuridão. Ao final, um raio de luz aparece.
Ele consegue ver uma grande caverna. Uma forma está se aproximando, uma forma como a
de um cadáver com uma coroa dourada. Aragorn sente terror e estremece. Sua espada está
caindo no chão. Repentinamente, um elfo está saindo da escuridão. É Ninias. Ele aproximase do rei morto tendo erguido sua mão direita e pronuncia palavras de poder. O rei morto
lança escuridão contra Ninias. Aragorn quer ajudar, mas é como se ele estivesse paralisado.
Ninias grita: “Aragorn, fuja! Não olhe para trás! Corra!” Ele começa a atacar e uma luz
brilhante aparece brevemente. Aragorn foge e escuta um grito horrível atrás de si, seguido
pelo silêncio.
20.2 GRAMÁTICA
20.2.1
A Voz Passiva
Em sindarin (como em português, mas diferente, por exemplo, do latim) não há uma forma
verbal completa para expressar a voz passiva. Ao invés disso, é necessário usar uma
construção auxiliar. O sindarin possui duas possibilidades diferentes para tal construção: ou
a forma plural impessoal é usada para se referir a “algumas pessoas não especificadas” que
praticam uma ação, isto é, ao invés de “eu sou visto” alguém realmente expressar “algumas
pessoas me vêem”, ou usar, como no português, o particípio passivo perfeito (PPP) para
formar tais expressões.
20.2.2
Voz passiva por construções impessoais
Em uma construção impessoal, a expressão deve ser inserida de tal forma que um grupo
“não especificado” pratique a ação verbal. Em sindarin, esta não é uma forma passiva
verdadeira, mas é melhor traduzida como passiva em português:
Nin estar Legolas. (lit. “Eles me chamam de Legolas.”) “Sou chamado de
Legolas.”
Annathar dulu mi Imladris. “Você será ajudado em Valfenda.”
Nin cennir. “Tenho sido visto.”
Ae ú-chorthannen aen, nin cennir. “Se eu não tivesse me apressado, eu poderia
sido visto.”
Uma vez que a forma plural impessoal em sindarin (ao contrário do quenya) parece ser
idêntica à forma da 3ª pessoa do plural, todas essas frases também podem ser traduzidas
usando-se a voz ativa.
20.2.3
Voz passiva usando o PPP
Como em português, a voz passiva em sindarin também pode ser formada usando-se o
particípio passivo perfeito. Porém, visto que não há o verbo “ser” em sindarin para se
construir a forma auxiliar, o pronome pessoal tem que ser usado como um indicador de
pessoa. Isso significa que o tempo verbal não pode ser especificado em tais construções e
deve ser deixado claro ou pelo contexto, ou usando-se um advérbio como si “agora”. Além
disso, se o pronome for plural, o PPP também terá que estar no plural. É possível construir:
im cennen “eu sou visto” ce cennen “você é visto”
e cennen “ele é visto” mín cennin “nós somos vistos”
ce cennin “vocês são vistos” sai cennin “eles são vistos”
Em uma expressão mais longa, o tempo verbal faltante geralmente não representa um
grande problema:
Ae im cennen aen, noren. “Se eu tivesse sido visto, eu teria corrido.”
Ir telithach, ce suilennin. “Quando você vier, você será saudado.”
I laer linniel, im egleriannen. “Tendo cantado a melodia, fui louvado.”
20.2.4
Singulares a partir de plurais
Algumas vezes acontece de se querer nomear algo dentro um grupo de muitos, mas a
palavra para este grupo de muitos não é o plural daquela palavra; por exemplo, o par “floco
de neve” e “neve”: sem dúvida a neve consiste de muitos flocos de neve, mas não se pode
dizer que “neve” seja plural de “floco de neve”.
Para expressar essas idéias em sindarin, há várias desinências que indicam objetos no
singular. São elas: -og, -ig e -od. Aqui, -ig parece indicar um de um par, enquanto as outras
duas desinências indicam um de muitos. Não está claro se há uma diferença adicional entre
-od e -og.
Por exemplo, a partir de lind “melodia, canção” é possível formar linnod “um verso”. Essa
palavra por sua vez pode formar o plural linnyd “vários versos”, que obviamente não é
idêntico a “canção”. Informações desse tipo incluem
lhaw “duas orelhas” → lhewig “uma orelha”
gwanûn “gêmeos” → gwanunig “um gêmeo”
filig “vários pássaros pequenos” → filigod “um pássaro pequeno”
Podemos tentar formas as seguintes palavras:
loss “neve” → *lossod “floco de neve”
ross “chuva” → *rossod “gota de chuva”
glam “hoste orc” → glamog “um soldado orc”
finnel “cabelo” → *finnelod “um fio de cabelo”
20.3 VOCABULÁRIO
fileg “pássaro pequeno”
gîl “luz brilhante”
glam “hoste orc”
gleina- “confinar, cercar, limitar”
glîn “raio de luz”
gwanûn “gêmeos”
hûl “grito”
lhaw “um par de orelhas”
mallen “dourado”
nuitha- “tolher, impedir de continuar”
rî “coroa”
talaf “chão, solo”
20.4 TRADUÇÕES PARA O SINDARIN — “QUE”
A palavra portuguesa “que” pode aparecer com duas funções diferentes: ela pode ser o
pronome relativo, como em “a coisa que vi”. É possível reconhecê-la como tal através de
um teste de substituição: se ela puder ser substituída por “a/o qual”, ela então é o pronome
relativo; uma vez que “a coisa a qual eu vi” não apresenta problemas, ela passa na teste.
“Que” como pronome relativo pode ser traduzido para o sindarin como i, de modo que a
frase se torna i nad i gennen.
Por outro lado, “que” pode ser uma conjunção usada para iniciar uma oração subordinada;
por exemplo, em “Vejo que você veio”. Pode-se ver que essa frase é diferente ao se tentar
transformá-la em “Vejo o qual você veio”, que não faz muito sentido. Pelo que sabemos,
Tolkien pretendia fazer uma distinção entre essas duas funções nos idiomas élficos; por
exemplo, a Gramática do Qenya Primitivo tem:
O pronome relativo indeclinável é ya, que ou é compreendido em qualquer relação, ou,
muito freqüentemente, é definido por palavras demonstrativas, pronominais ou adverbiais
dentro da oração relativa.
A conjunção “que” é ne e não deve ser confundida. (de Parma Eldalamberon 14: 54).
Não temos nenhuma razão em particular para supor que isso seria diferente em sindarin.
Portanto, a conjunção “que” provavelmente não pode ser traduzida por i. Na maioria das
frases, pode ser melhor simplesmente omiti-la em sindarin (como o é freqüentemente em
inglês); assim
Cenin tolech. “Vejo [que] você veio.”
Aníron i vinn tiriel. “Quero [que] os homens [estejam] alertas.”

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