A segunda Lei das... Ervilhas?

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A segunda Lei das... Ervilhas?
A segunda Lei das... Ervilhas?
Experimento cadastrado por Luara augusta batista em
01/08/2011
Classificação
•••••
(baseado em 1 avaliações)
Total de exibições: 2029 (até 07/08/2012)
Palavras-chave: mendel, ervilhas, segunda lei de mendel,
cruzamentos, meiose, cromossomos, DNA
Onde encontrar o material?
em casa
Quanto custa o material?
até 10 reais
Tempo de apresentação
até 1 hora
Dificuldade
fácil
Segurança
seguro
Introdução
A Segunda Lei de Mendel! Um nome desses até assusta! Mas esse nome difícil nada mais é do que uma simples observação
do cruzamento de uma espécie de ervilha. A mesma observação que iremos fazer aqui nesta prática! Sim, iremos brincar de
Mendel!
Mendel foi particularmente sortudo, pois escolheu uma planta com características herdáveis fáceis de observar, que eram a
superfície e a cor das ervilhas. Elas podiam ser lisas ou rugosas e verdes ou amarelas! Como seria um pouco trabalhoso criar
ervilhas para, então, cruzá-las. Iremos substituí-las por MOEDAS!
Materiais necessários
4 moedas de 10 centavos
4 moedas de 5 centavos
Caneta
Caderno para anotações
4 copos opacos, de preferência que não seja descartável
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A segunda Lei das... Ervilhas?
Passo 1
Correspondendo as ervilhas às moedas
As características observadas por Mendel foram duas: a Superfície que podia ser lisa ou rugosa e a Cor que podia ser verde
ou amarela.
Então, vamos representar cada variação dessas 2 características, ou seja, cada alelo, com uma moeda:
Característica cor: moeda marcada com A (azão); moeda marcada a (asinho)
Característica superfície: moeda marcada com B (bezão); moeda marcada com b (bezinho)
Cada exemplar da planta estudada por Mendel, contudo, compartilhava as duas características. Ou seja, a ervilha podia ser
lisa e verde ou lisa e amarela; rugosa e verde ou rugosa e amarela. Como aprendemos a partir da Primeira Lei de Mendel
que as variações de cada uma das características, ou seja, os alelos, podem ser recessivos ou dominantes, podemos
representar uma ervilha verde e rugosa juntando duas moedas aa com duas moedas bb.
Relembrando: a cor amarela é dominante, a verde recessiva e a superfície lisa dominante, e a rugosa, recessiva.
Como deu para perceber, cada característica (superfície e cor) é representada por moedas diferentes. Guardemos essa
observação para o futuro.
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A segunda Lei das... Ervilhas?
Passo 2
Prática
Agora é a hora da prática.
Os alunos devem ser divididos em grupos. Cada grupo receberá quatro copos reutilizáveis, cada um contendo algumas
moedas idênticas. Cada moeda representará, como já vimos, alguma característica da ervilha. Um copo conterá moedas
marcadas com A ou a (superfície), e o outro copo conterá moedas marcadas com B ou b (cor).
Um conjunto de dois copos contendo as duas formas de cada característica (lisa ou rugosa; verde ou amarela) representa o
aparelho reprodutor feminino e outro conjunto desses, um aparelho reprodutor masculino. Assim, se um aluno retira uma
moeda A de um copo e uma moeda B de outro copo, então, temos um gameta!
Um aluno será responsável pela produção dos gametas femininos e outro aluno será responsável pela produção dos gametas
masculinos.
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Aparelho reprodutor feminino;
produtor de gametas.
Aparelho reprodutor masculino;
produtor de gametas.
Passo 3
Fazendo os cruzamentos
Um terceiro aluno será responsável por anotar os genótipos formados pelo cruzamento dos gametas. Essa operação será
repetida 128 vezes. Não se assuste, o resultado vale a pena e ajuda a esclarecer o que quer dizer a famosa proporção da
segunda lei de Mendel. Finalmente, os alunos deverão fazer um quadro dos resultados obtidos por cada grupo, colocando as
frequências genotípicas e as frequências fenotípicas encontradas.
Resultado do cruzamento. Anotar o genótipo e o
fenótipo correspondente.
Cruzamento do gameta feminino (sorteio das
moedas por um aluno) com um gameta masculino
(sorteio das moedas por outro aluno)
Passo 4
Explicação do que acontece
Mas, o que esses números, ou seja, essas proporções significam? Bom, Mendel, quando trabalhou com as ervilhas tinha
acesso às características das plantas-mães e das plantas-filhas. Com experiências anteriores, ele percebeu que as
características podiam ser dominantes ou recessivas. Mendel primeiramente cruzou sementes amarelas e lisas com sementes
verdes e rugosas e, como esperado, as plantas-filhas apresentaram sementes amarelas e lisas. Quando ele cruzou essas
mesmas sementes com elas mesmos (autofertilização), ele obteve um resultado diferente: apareceram 4 fenótipos nas
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seguintes quantidades: 315 amarelas lisas, 108 verdes lisas, 101 amarelas rugosas, 32 verdes rugosas, uma proporção que se
aproxima dos valores 9:3:3:1.
Mendel já tinha observada que as variações de cada uma das 2 características podiam ser dominantes ou recessivas. Mas ele
não sabia se a característica relacionada à superfície era dependente ou não da característica da cor. Com esses resultados,
ele pode perceber que uma coisa não depende da outra, isso significa dizer que essas características são transmitidas
independentemente umas das outras, às plantas-filhas.
O fato de uma planta ser lisa ou rugosa, não implica que ela terá uma cor ou outra. Ou o fato de uma planta ser verde, não
significa que ela será rugosa ou lisa.
Mendel propôs, a partir dessa observação, então, que durante a formação dos gametas, essas características (superfície e cor)
se distribuiriam nas células-filhas independentemente umas das outras. Hoje, sabemos que as características de um organismo
estão relacionadas a um gene. O gene é uma parte da molécula do DNA responsável por codificar uma informação que pode
ser expressa em alguma característica da planta, como a cor ou a superfície. Essa parte do DNA que constitui um gene foi
chamada de LOCUS (latim para região, local). As moléculas de DNA que temos no núcleo de nossas células concentram-se
nos cromossomos, sendo que cada cromossomo é constituído por uma molécula de DNA. No caso das características que se
segregam independentemente, como vimos com a prática, podemos concluir que elas surgem a partir de genes diferentes que
se situam em cromossomos diferentes. Portanto, em loci (plural para locus), obviamente, diferentes.
É importante ressaltar que essa lei só vale quando as características estão em cromossomos diferentes (lembra que utilizamos
moedas diferentes?!). Mais tarde, os cientistas descobriram, também através da observação de cruzamentos, que nem todas
as características diferentes que observamos estão em cromossomos diferentes. O DNA é uma molécula bem grandinha e,
nela, encontram-se distribuídos diversos genes para várias características.
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