Pronomes Pessoais
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Pronomes Pessoais
Língua Portuguesa Pronomes Pessoais 1ª parte – Caso Reto Sandro Gomes* Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas que podem estar presentes num discurso, que são as seguintes: A pessoa que fala / A pessoa com quem se fala / A pessoa de quem se fala Os dois casos de pronomes pessoais são o Reto e o Oblíquo. Vamos a cada um deles. Os pronomes pessoais do caso Reto são aqueles que desempenham a função sintática de sujeito da oração. Acompanhe os exemplos no singular e no plural. A pessoa que fala: Eu faria tudo novamente sem dúvida. / Nós aguardaremos com ansiedade. A pessoa com quem se fala: Tu responderás com educação. / Vós sabeis a resposta. A pessoa de quem se fala: Ele é o mais rápido da equipe. / Eles saberão escolher o melhor. Omissão dos Pronomes Retos Frequentemente os pronomes pessoais podem ser omitidos nas orações, mas os praticantes da língua o percebem facilmente pela flexão do verbo que acompanha o sujeito. Inclusive, pela norma culta da língua, é recomendável que, sempre que possível, se pratique a omissão do pronome pessoal reto. Observe: (Tu) Encontrarás a pessoa certa quando for o tempo. / (Eu) Irei de qualquer modo. / (Nós) Sempre desejamos as coisas alheias. / (Ele/ela) Irá assim que ordenarem. Eu faria tudo novamente sem dúvida. Ilustração: Luiz Cláudio de Oliveira Para onde vão os pronomes retos? No uso da língua portuguesa falada no Brasil parece que os pronomes retos estão sendo submetidos a um processo de deriva, que pode levá-los ao completo desuso. O pronome você, uma criação do português praticado em nosso país, tem se sobreposto ao uso de tu e de vós. Veja: Tu deves (você deve) tentar com insistência. / Vós sabeis (vocês sabem) o que fazer. Repare que o uso de você/vocês também é acompanhado da mudança de conjugação, que passa a ser a da 3ª pessoa, quando os pronomes originalmente usados pediam a 2ª pessoa. A mesma coisa ocorre com o a gente,, que substitui o pronome reto nós. Da mesma forma que no caso anterior, há mudança na conjugação. Nós pede a conjugação na 3ª pessoa do plural enquanto que, ao usarmos o a gente, passamos a conjugar na 3ª pessoa do singular. Acompanhe o exemplo. Nós deveríamos passar o caso para o diretor. / A gente deveria passar o caso para o diretor. Não seria importante refletirmos sobre o modo como usamos o imenso patrimônio de nossa língua? Fica a questão para se pensar. Na próxima edição vamos continuar abordando os Pronomes Pessoais, agora os do caso oblíquo. A coluna espera você para mais essa viagem pelos caminhos da Língua Portuguesa. Até a próxima, pessoal! *Sandro Gomes é Graduado em Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa, além de Revisor da Revista Appai Educar. Amigo leitor, dúvidas, sugestões e comentários podem ser enviados para a redação da Revista Appai Educar, através do e-mail:: [email protected]. Revista Appai Educar 41