1987 SILVA, Marcio Antonio da

Transcrição

1987 SILVA, Marcio Antonio da
MÁRCIO
ANTONIO DA SILVA
BIBLIOTEC/*
A EFICÁCIA DA AÇAO PRIMÁRIA NO PROGRAMA
ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL EM UM CENTRO DE SAÚDE ESPECIAL
ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
CAMPO GRANDE-MS
MARÇO/1987.
DE
DO
SRH-BI8L10TECA
€lass.
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Reg.
Datã
Sol
Proc.
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MÁRCIO ANTONIO DA SILVA
A EFICÁCIA DA AÇÃO PRIMÁRIA NO PROGRAMA DE AS
SISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL EM UM CENTRO DE SAÚDE ESPECIAL DO ESTA
DO DE MATO GROSSO DO SUL;
Trabalho de Conclusão apresentado
no III2 Curso Descentralizado
de
Saúde Publica em Mato Grosso
do
Sul para obtenção do grau de Espe
cialista em Saúde Publica (Sanitã
rista).
SECRETARIA DE SAÚDE/MS, ESCOLA NACIONAL DE SAÚ
DE PÚBLICA/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MS E
DELEGACIA FEDERAL DE SAÚDE/MS.
Campo Grande-MS - março/1987.
iBKaalMãAiAãsE
DEDICATÓRIA
Dedico aos profissionais do programa de assistência à
Saúde Mental do Centro de Saúde Especial de Corumbá-MS o médi
co psiquiatra Kleber Panoff Philbois, às psicólogas
Elirena
Rodrigues Mauro e Hilda Anache Jefery pelo clima afetivo e
de
colaboração durante a fase de coleta dos dados.
os
E a todos
pacientes que, dentro de suas caracteristicas individuais, con
seguiram manter uma relação humana positiva e facilitadora.
AGRADECIMENTO
Agradeço à orientadora de conteúdo, psicóloga
Vera
Lúcia Kodjaoglanian e a orientadora de metodologia, professora
Eurize Caldas Pessanha que muito contribuiram na elaboração do
presente trabalho, através de incentivos, orientações, paciên
cia e motivação constantes.
/•. ooordfjnoçõo c or» ti
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r-íi V. ;
do 1119 Curso Descentralizado de Saúde Publica do MS,
oportunidade oferecida aos profissionais de saúde na busca
pela
de
melhorar o nível de recursos humanos deste estado.
Aos professores muito obrigado, pelo crescimento pes
soal e aos colegas, felicidades na vida profissional.
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO
7
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADO
17
4. DISCUSSÃO DO RESULTADO
28
5. CONCLUSÃO
39
6. ANEXOS
42
V
6.1 - Anexo 01 - Entrevista semi-estruturada: Pré-teste.... 43
6.2 - Anexo 02 - Formulário: Comunidade
44
6.3 - Anexo 03 - Tabela 1
45
6.4 - Anexo 04 - Tabela 2
46
6.5 - Anexo 05 - Formulário: Profissionais de saáde mental. 47
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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LISTA DE TABELAS
1. Tabela 1 - Distribuição mensal das atividades de assis
tência ã saúde mental nas Unidades de Saúde do MS
4S
2. Tabela 2 - Distribuição mensal das causas mais freqüen
tes da morbidade na Rede de Serviços Básicos de
Saúde
do MS
3. Tabela 3 - Distribuição quantitativa e mensal de
4e
saúde
mental no Centro de Saúde Especial de Corumbá-MS no pe
ríodo de janeiro a dezembro de 85
14
4. Tabela 4 - Distribuição dos entrevistados por sexo
idade, atendidos pelo programa de assistência ã
e
saúde
mental
20
5. Tabela 5 - Distribuição da amostra de pacientes, por se^
xo em assistência no programa de saúde mental
20
6. Tabela 6 - Distribuição por Região do Município de Co rumbá-MS em relação ao atendimento na assistência à saú
de mental
21
7. Tabela 7 - Distribuição quanto a ser previdenciário
INAMPS, PREVISUL, FUSEX da amostra, do programa de
sistência à saúde mental
do
as
... o .,. 25
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa o estudo e análise da eficá
cia da ação primária na Saúde Mental em um Centro de Saúde Es-
cial do Estado, particularmente serão considerados a qualidade
e o tipo de atendimento, o programa a nível central e local, a
expectativa de atuação preventiva como equipe multiprofissio nal, a percepção da comunidade, etc.
Mas, qual o valor de se conhecer a ação primária
saúde mental? Em primeiro lugar, pela dificuldade de
na
mensurar
as ações do ponto de vista quantitativo e qualitativo, ocasio
nado entre outros aspectos pela subjetividade dos dados, ausên
cia de critérios de conceituação, planejamento e avaliação.
em segundo lugar, a açã
E
primária é baseada em métodos, tecno
logias práticas, com participação ativa de todos os indivíduos,
através da valorização dos aspectos culturais, sociais, econô
micos e, conforme o caso, realizar a prevenção, cura e reabili
tação. A prioridade é pela formação de equipe multiprofissional e abrange todos os setores da sociedade como agricultura ,
pecuária, indústria, habitação, etc. vários países, preocupa
dos com o processo da ação primária na saúde como um
"todo",
0
reuniu-se em 12.09.78 em Alma Ata para se discutir sobre a pre
venção primária e foi elaborado um documento denominado "Declq
:^M
8
ração de Alma Ata"(5).
E, para o autor Caplan, (4) a prevenção primária em saúde men
tal é um conceito comunitário.
Porque trata de reduzir a taxa
de novos casos de distúrbio mental na população, neutralizando
situações que causam a doença.
doentes o número é reduzido.
Embora alguns possam
ficar
Muitas perturbações mentais re -
sultam da inadaptação e desajustamento e que pela alteração do
equilíbrio de forças, é possível conseguir adaptação e ajusta
mento.
O programa segundo o autor, deve ter duas abordagens :
a ação social e a ação interpessoal; a primeira leva á mudança
na comunidade e a segunda a determinados indivíduos.
A saúde mental é uma questão que deve ter em vista Oo
grupos sociais, principalmente a familia e a própria
cultura
em que o indivíduo se encontra envolvido na questão de determ^
nar o que seja ou nao normal trabalha—se nao so com
padrões
científicos de normalidade, mas com a cultura dos grupos da so
ciedade.
Por isto, o autor Brito (2) apresenta 03 razões, pa
ra ampliar as perspectivas da prevenção em saúde mental; 1)
O
normal é admitido em diferentes áreas da mesma cultura; 2)
É
obrigado a prever o que é considerado normal no que as medidas
atuais estiverem dando resultado; 3) Noções não médicas ou não
psiquiátricas em avaliações de aspectos culturais.
Daí se con
cluir a saúde mental não ser exclusividade da atenção médica ,
mas sim de uma equipe multiprofissional porque "significa li dar com o medieval, com o moderno e com o avançado dentro
de
nós mesmos e dos nossos próprios grupos".
as
É uma área onde
medidas paliativas tendem apenas a eliminar a sintomatologia e
a consolidar na medida em que elimina a atenção e
cuidado.
Ex.: Incentivar a criação de hospícios e manutenções de airbula
tórios o
Para a implantação do programa de assistência ã
de mental na Rede de Saúde PÚblica, defronta-se com
saú
diversas
dificuldades, entre elas, a natureza das doenças mentais,
a
utilização das varias areas de conhecimento como
psicologia,
sociologia, antropologia na integração do tratamento,
ção e cura.
preven
Com isto iremos enumerar os problemas e implica -
ções da Psiquiatria Social e Psicologia Clínica.
Nesta última
sua origem, definição, enquanto ciência, profissão, além do a^
pecto da elitização dos atendimentos do psicólogo clínico.
os autores Júnior sá e Martins (8) situam as dificuldades
E
da
psiquiatria social em relação aos programas preventivos, citan
do: 12) A própria definição da psiquiatria social; 22) o obje
to de estudo: A tendência a confundir adaptação com normalida
de,
o desconhecimento da natureza das doenças mentais,
conceitos em relação à doença mental; 32) Caráter
pre
divergente
entre o modelo médico X modelo social; 42) o isolamento da Psi^
quiatria face aos programas gerais de saúde; 52) A
influencia
dos modelos importados; 62) Dificuldades decorrentes da
falta
de conhecimento da realidade, da falta de avaliação e controle.
Quanto à Psicologia Clínica no Brasil, a autora Velloso
(15)
acentua que o modelo médico não foi uma opção da
psicologia,
mas uma herança, um processo de identificação.
Freud, Claparede; Ulysses Pernambuco, etc.
Médicos
foram
Por esta origem,en
frentou várias lutas, pelas técnicas psicoterápicas que
exclusividades dos médicos.
eram
Os consultórios de psicólogos du
rante a sessão eiam in-<'adidos por indivíduos estranhos á pro fissão, sob a forma de "fiscalização".
Com a Lei n2 4119
de
1962 é uma vitória de segurança e redenção aos profissionais .
Em dezembro de 1971, foi instalado o conselho Federal e depois
os Regionais. A discriminação da Psicologia Clínica ocorre pe
Ia competição, a própria fantasia de poder mágico, de penetra
ção, de pensamento e desejos dos outros e comportamento alheio.
O seu desenvolvimento inicial foi no campo institucional,
não teve o reconhecimento e resultados que merece
carente de recursos e atendimento).
Portanto, a
mas
(população
psiquiatria
social enfrenta inúmeras dificuldades na atuação em saúde
pú-
j.
10
blica e a psicologia clinica por sua origem no modelo
médico,
enfrenta situações difíceis pela sua falta de identidade
pro
fissional e sua conseqüente aceitação como profissão e ciência.
Além do preconceito errôneo de considerar a psicoterapia indi
vidual ou de grupo ser de exclusividade da classe dominante.
Em relaçao à prevenção dos distúrbios mentais e neuro^
lógicos Sartorius (12) concorda que há oportunidade de
evitar
os problemas psicossociais (auto-agressões) causados por
com
portamentos no abuso de álcool, drogas e tentativas de
suicí
dio.
muitas
A própria ocorrência, evolução e conseqüência de
doenças físicas podem ser influenciadas por mudanças de compor^
tamento das pessoas.
E os esforços devem ser harmônicos
na
prevenção e na cura.
E o autor Baasher (1) coloca que desde o
inicio da humanidade o homem enfrenta o problema de instabili
dade emocional e aflições mentais.
Para aliviar os sofrimen -
tos tem recorrido aos meios naturais e sobrenaturais.
Com is
to, a religião tem desempenhado um papel importante no bem-es
tar e alívio das doenças mentais.
Porque o clima psico-reli —
gioso reinantes nos templos, pela fé que o povo deposita
nos
poderes sobrenaturais das divindades, o homem procura
uma
orientação e nela espera encontrar a verdade: estruturas
comportamento, a formação de personalidade e
moral.
de
desenvolvimento
Nos períodos"de grande tensões mentais, as crenças,cos
tumes, as tradições e instituições religiosas constituem recur
sos básicos de ajuda e socorro.
No presente estudo, procurou-se valorizar estas dife
rentes crenças religiosas, as percepções, atitudes, comporta mentos das pessoas, identificando-se às atuações dos profissio
nais: os planos, as ações, as dificuldades,
E com isto, apli
car os conhecimenttos adquiridos no decorrer do Ilis Curso Des
centralizado de Saúde Pública de MS,
Mas, a grande meta final
é identificar os fatores que causam os problemas de atuação
a
ni^vel local, ocasionados pela ausência de recursos humanos, ma°
8
0/0UôrECA
11
teriais, financeiros e pelo pouco apoio governamental.
Estes
objetivos do traba ho serão atingidos à medida que se procurar
coletar, analisar, refletir em relação ao tipo de ação
ria que se vem realizando no setor.
primá
Porque em saúde mental
a
ação primária é um processo pelo qual visa aos grupos de maior
risco: gestantes, mães, adolescentes, geriátricos, materno-in-
fantil, no intuito de reduzir na população o surgimento das al^
terações mentais e a promoção dos niveis mais satisfatórios.
E, de acordo com as Diretrizes da Secretaria de
do de
Esta
Sáude de Mato Grosso do Sul/Departamento de Saúde da co
munidade (14) o programa tem como prioridade detectar o
mais
precocemente as enfermidades mentais, reduzir a hospitalização,
incentivar a continuidade do tratamento e a prevenção que
são
o ponto alto das ações, reduzindo assim a incidência e a preva
lência das doenças.
As prioridades a serem desenvolvidas
sao
baseadas em expansões a nivel primário, secundário e terciário.
Os recursos humanos previstos ao programa e constituido
por
Equipes Muitiprofissionais: Generalista ou Psiquiatra, Psicólo^
go, Assistente Social, atendente.
O acompanhamento atual
é
realizado pelos^seguintes critérios: 1^) consulta, retorno,tra
tamento farmacológico, orientação psicológica, clientes orien
tados (palestras no Centro de Saúde), orientações na comunida
de, egresso de hospitais e encaminhamento para hospitais.
Tu
do em termos quantitativos (n^ de atendimentos) e não qualita
tivos.
1
/
i
12
MATERIAL E MÉTODOS
Os pacientes c''\ amostra são adolescentes,
jovens,
adultos, idosos do sexo masculino e feminino, presumivelmente'
pertencentes ao estrato socio—economicos baixo,
provenientes
do centro e bairros periféricos da cidade e freqüentam o pro -
grama de assistência à saúde mental no Centro de Saúde
Espe
cial de Corumbá-MS.
órgão
Este estabelecimento público é um
vinculado à Secretaria de Estado de Saúde de MS que nesta
re
gião; Corumbá, Ladário e Pantanal, funciona semelhante a
uma
Agência Regional.
Para a coleta de dados foram utilizados os
seguintes
materiais: is) folhas de registro (papel sulfite em branco)
22) pré-teste manuscritos; 32) formulários.
;
Para a sua elabo
ração utilizou-se o seguinte: máquina de escrever,
sulfite,
grampeador, lápis, caneta, borracha, carbono, máquina de xerox
(fotocópia). Para ajcoleta de dados o pesquisador deslocou- se
de Campo Grande a Corumbá em MS pela R.F.F.S.A. (Rede Ferroviá
ria Federal Sociedade Anônima) ou pela Viação Andorinha. Este
trajeto foi em número de 06 vezes, ocupando-se a bolsa de aju
da financeira da Secretaria de Estado de Saúde.
O local
de
aplicação do formulário na comunidade foi em uma sala ao
lado
da saúde mental.
Um ambiente tranqüilo, ventilado, com
mesa.
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13
I'" BIBLIOTECA
cadeira para o paciente e pesquisador.
Na obtenção e aquisição desses dados foram empregados
os seguintes métodos:
OBSERVAÇÕES: Em relação ao número de profissionais que
traba
lham no setor, o tipo de atendimento realizado, o horário,
o
tempo de espera, a demanda e freqüência dos pacientes, caracte
rística pessoal dos mesmos, relação paciente X
profissionais,
condições de trabalho, materiais existentes, ambiente físico ,
etc.
Reunião com a equipe multiprofissional: Teve como
finalidade
uma maior participação dos profissionais na pesquisa.
tou-se o projeto, os objetivos a serem atingidos,
Apresen
finalidade,
expectativa e interesse profissional do pesquisador, etc.
En
contravam—se presentes 02 médicos (Psiquiatra e Neurologista),
duas psicólogas do programa e o pesquisador.
Formulários: Foi elaborado a partir da aplicação inicial de um
pré-tesbe (anexo: 01) com o objetivo de conhecer a realidade ,
adaptação de termos acessíveis ã população para posteriormente
elaborar o formulário definitivo.
E de acordo com os objeti -
vos da pesquisa foi dividido o formulário em 4 partes: 1. iden
tificação, 2. Profissionais X meio familiar, 3. Comunidade
ação primária em sa ide mental (prevenção), 4. Centro de
X
saúde
X comunidade (anexo: 02).
Dentre os materiais utilizados para a elaboração
definitiva
dos formulários foram consultados os dados da Equipe
Técnica
de Bio-estatística e Informática/Secretaria de Estado de Saúde
Departamento de Saúde da Comunidade, tendo como base o ano
de
85 (janeiro a dezembro) com a finalidade de se conhecer a dis
tribuição quantitativa das atividades em saúde mental em
(Como se demonstra na tabela: 01 em anexo: 03).
MS.
E para se co
nhecer a freqüência de Transtornos Mentais informado pela Rede
de Serviços Básicos de MS, utilizou-se a distribuição quantita
14
tiva.(Vide na tabela; 02 em anexc; 04)-.
O critério estabelecido para aplicação é que seria
qualquer
pessoa que estivesse na sala de espera para consultar no setor
de saúde mental, englobando aleatoriamente, pacientes, famili^
res, adultos, velhos, jovens, etc.
Para se conhecer e
anali
sar a demanda especifica de atendimento do Centro de Saúde Es
pecial de Corumbá-MS, calculou—se a média mensal de
durante o ano de 85.
pacientes
Esta distribuição quantitativa serviu de
base, para aplicar o formulário na comunidade.
Ex.: Da 1^ c-n
sulta para se conseguir a media mensal se fez a soma dos meses
e dividiu-se pelo número total = 467
7.
Esta
distribuição
quantitativa e mensal das atividades em Corumbá-MS encontra-se
na seguinte
tabela.
Tabela 03: Distribuição quantitativa e mensal das
atividades
de saúde mental no Centro de Saúde Especial de
Co
rumbá-MS no período de janeiro a dezembro de 85.
MESES
ATIVIDADES
J
13 consulta
71 ^ 68
Retorno
F
121
M
A
M
J
J
73
79
54
76
46
A
-
95 115 118 136 159
125 -
192 163 188 197 190 235
171 -
167 150 161 194 182 243
171 -
S
0
N
D
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
TOTAL
467
869
Tratamento
Farmocoló-
-
1336
gico.
Orientação
Psicológi
-
-
-
-
1268
ca
Clientes
Orientados
(Palestra
-
-
1
-
9
-
3 -
-
-
-
-
13
na Unidade
de Saúde)
Egresso de
Hospitais.
5
3
6
7
4
8
7
4
4
5
3
6
34
Encaminha mento para
hospitais.
6 -
-
-
-
-
35
15
OBS.: Os dados quantitativos de agosto a dezembro/85 do Centro
de Saúde Especial de Corumbá-MS nao se encontra à dispo
sição para a coleta na Secretaria de Estado de Saúde.
FONTES: ETBIN - Equipe Técnica de bio-estatística e Informáti-
I
ca. Secretaria de Estado de Saúde de MS/Depar
tamento de Saúde da Comunidade (janeiro/dezembro/85).
Aos profissionais foi elaborado um formulário
com
questões abertas para se avaliar o nível de atuação na
ação
primária, dificuldades, expectativas, opiniões, experiências ,
I
etc. (Como demonstra o anexo: 05).
I/,
A finalidade da coleta dos dados entre a comunidade e grupo de
profissionais foi detectar a opinião, percepção e complementar
as idéias, tornando—se a pesquisa mais participativa.
A amostra da comunidade foi constituída de 48% da po
pulação que freqüenta regularmente os serviços de assistência*
à saúde mental, alguns do P.S.A., puérperas e gestantes.
Para
interpretação desses dados, encontrou—se muita dificuldade nas
perguntas abertãs, utilizando-se os seguintes critérios:
is)
Ler cada pergunta e resposta de todos os entrevistados; 22)Ano
tar estas respostas por categorias (com pontos comuns); 32) Ob
servar o que mais repete e agrupar em um só tipo de
resposta;
42) O número de respostas deve sempre coincidir com o
número
de entrevistados (total); 52) Dar para cada resposta o
bruto e o percentual, sempre em relação -o total de
dado
amostra;
62) Colocar os dados quantitativos mais significativos em tabe
Ias; 72) As respostas foram agrupadas segundo a seqüência
do
formulário.
Logicamente, as questões fechadas foram mais rápidas para
se
tabular e conseguir os percentuais, já as abertas
dificulta
ram mais, porque cada paciente emitiu sua opinião,
interesse,
16
de forma diversificada.
Os fatos que mais sobressairam na fa
se de aplicação do formulário foram os seguintes: Quando entr£
gue o material a cada profissional para responder, nenhum en -
tregou as respostas no tempo previsto.
Necessitando por suge^
tão dos mesmos, realizar uma mesa redonda sobre o assunto.
Fo^
ram justificadas várias situações como "falta de tempo" - tra
balha não só na saúde pública, "falar demais" e comprometer
emprego do Estado.
prometeria.
o
E com as respostas em grupo ninguém se com
Durante a aplicação do questionário na comunidade,
cada paciente variava o seu periodo de tempo, de
permanência
na entrevista, isto acontecia conforme o tipo de patologia, mo
tivação interna, interesse dos mesmos, necessidade e
ças individuais, etc.
diferen
O horário principal foi antes ou depois
do atendimento do médico psiquiatra, pela facilidade de encon
trar um maior número de pessoas.
17
RESULTADOS
Sao os seguintes os resultados obtidos: O atendimento
à comunidade é realizado por 04 profissionais de saúde
mental
01 psiquiatra, 01 neurologista e 02 psicólogas.
Uma das ativ^
dades realizadas na saúde mental é o tratamento
farmacológico
e atualmente neste Centro de Saúde é o ponto culminante de to
do o processo da relação e intervenção aos doentes mentais gra
ves.
Os profissionais não identificam qualquer ação
realizada.
Para a consulta de rotina
alguns pacientes compa
recem com membròs de sua família, outros sozinhos
menos
grave).
taçôes quanto à
tiva,
primária
(patologia
Pelo nível cultural e econômico baixo as orien
ingestão de medicamentos, torna-se significa
visto que podem suspender por conta própria
ou
mesmo
jogar fora, dar para alguém da família ingerir. Atualmente os
pacientes sao atendidos, através de controle fixo e mensal de
medicamentos em caso de doentes mentais graves
atendimento e orientação psicológica,
(psicóticos);
P.S.A. (Pro
grama de Suplementação Alimentar) - puérperas e gestantes. Nes
te período ocorreram mudanças em outro setor do Centro de Saúde Especial e a saúde mental sofreu suas conseqüências.
Isto
é o Programa de Suplementação Alimentar (P.S.A.) sofreu altera
ções, já que a Nutricionista entrou de licença gestacional, du
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rante 05 meses, então as duas psicólogas, integraram ao progra
ma através do controle e distribuição diárias de alimento à co
munidade.
No programa não existe atualmente a atendente 'para
a pré-consulta, além da assistente social que falta na
multiprofissional.
equipe
No l^ caso as profissionais dizem que
no
início ficaram"chateadas", mas procuraram tirar proveito
para
o trabalho, porque possibilita observar situações como contro
le de medicamentos, relações familiares do doente, etc.
No 2^
caso funcionam, também como assistente social por não ter este
serviço no Centro de Saúde.
E declararam que os responsáveis pelo prograjna de
tuberculose
sempre estão realizando visitas as familias dos doentes e
mesmas vão juntas.
Algo muito importante que se observou
as
é
que a equipe trabalha sem conhecimento, informação dos objeti
vos, metas da Secretaria de Estado e de Saúde/Departamento
Saúde da Comunidade.
de
Isto é, da Diretriz do trabalho na saúde
mental.
Os atendimentos são realizados em uma sala média, onde se en contra 01 mesa e 02 armários com materiais e medicamentos e
o
mais grave - o banheiro dos funcionários do Centro de
Saúde,
que funciona nesta própria sala (aos fundos). Qualquer inter
venção que haja a nível . sicolégico ou médico, é interrompido
por funcionários que desejam entrar em seu banheiro. Não exi^
te qualquer local disponível para a psicoterapia individual ou
de grupo e para ludoterapia infantil.
Em relação aos atendi -
mentes dos profissionais observa-se certo vínculo afetivo
os pacientes, com o objetivo principal de retorno.
Aliás, es
te e um meio de controle e preocupação de todos no sentido
continuidade do tratamento.
com
da
No setor psicológico, existe aten
dimento psicoterápico, mas necessita-se de melhor planejamento.
Por exemplo de janeiro a março de 86 ar
psicólogas acompanha
ram as gestantes, realizaram palestras, orientações e
depois
1
19
íl
/I
a
jí|
pararam, nao fizeram mais com as outras,porque tinham algo
de
imediato para fazer, como o problema do P.S.A. citado.
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No 12 contato em que se reuniu com todos os profissio
íi
,í|
.
nais do setor surgiu algo interessante
por parte do neurologia
jh
ta que tem um curso de saúde pública em são Paulo e que contr^
bui muito, indicando os grupos de maior risco para se
lhar em saúde mental.
traba
Foi lembrado em termos sociais, que
Campo Grande-MS, existe um grupo de pais que atuam no
em
sentido
de orientar os filhos, quanto ao vício de drogas — "clube
pais do Brasil".
de
O que é um trabalho preventivo muito bom. To
dos lembram que pela remuneração, salário que se ganha na saú
de pública, dificilmente se realiza um trabalho como é
para
ser realizado, por terem que ter outro emprego para se
ganhar
mais para a manutenção e sobrevivência.
E dizem que aqui
di
ficilmente se realiza um trabalho de açao primária. É mais se_
cundária. E comentam que na saúde pública existe muita polít^
ca, por exemplo, porque 03 meses antes das eleições de 15
novembro, iniciou-se a entrega de alimentação.
de
E além disso ,
a açao primaria em saúde mental nao da voto, e um serviço
que
não aparece, é a longo prazo, por isto ocorre muito desinteres
se governamental pelo setor.
Quanto aos formulários aplicados na população
deu—se
o seguinte: Foi entrevistado um total de 32 pessoas, sendo
do sexo masculino (22%) e 25 do sexo feminino (78%)
atendidos
pelo programa de saúde mental, algumas do P.S.A. (Programa
Suplementação Alimentar), pré-natal e puérpera.
07
de
A maioria en
trevistada foi do sexo feminino e resultou de quem se encontra
va na fila de espera, era o paciente em si ou algum membro
sua família, como: cunhada, esposa, irmã, mãe, enteada,
de
pelos
seguintes motivos: 12) o paciente se encontrava trabalhando
e
necessitava apenas de medicamento de controle mensal e veio al
guém da família com a re eita; 22) a mae, esposa procurou
o
serviço de saúde mental, poi" estar passando sérios
problemas
m
• • -V;!»
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1
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'aM
m
M
• !; •''.
■
fíS
j ;,!.í l!i'^
20
de ordem afetiva e emocional com os (as) filhos(as) ou marido;
32) Alguns pacientes nao tinham condições de verbalizar, então
o (a) acompanhante é que veio junto na consulta e respondia às
questões; A-) Por ser na familia o responsável pelo tratamento
médico do(a) paciente; 52) Enfim, cada mulher ou esposo(a)
ou
mae tinham seus motivos particulares para estar na fila de es
pera.
Esta distribuição por faixa etária e sexo dos entrevis
tados encontra-se na seguinte tabela.
Tabela 04: Distribuição dos entrevistados por sexo e
idade,
atendidos pelo programa de assistência à saúde men
tal.
SEXO
FAIXA El
'ARIA
ANOS
10
21
31
41
51
61
-
-
-
-
-
20
FEMININO
N2
N2
%
13
13
12
38
16
51
1
3
5
16
6
19
2
6
2
6
4
12
-
-
1
3
1
3
-
-
1
3
1
3
25
79
32
100
4
40
50
7
A L
%
4
30
-
N2
13
-
60
%
TOTAL
4
-
ou
T 0 T
MASCULINO
22
Em relaçao ao total de pacientes por sexo em assistin
cia na saúde mental, observa-se na tabela abaixo que a maioria
e do sexo masculino (58%), mesmo não sendo a maioria dos entre
vistados.
Tabela 05: Distribuição da amostra de pacientes, por sexo
assistência no programa de saúde mental.
SEXO
N2
%
Masculino
15
58
Feminino
11
42
TOTAL
26
100
em
21
OBS.: Neste total não se encontram incluídos as 6
paciente?
que sao do f-r©g-r3.riia de* P.S.A., puérpera e gestantes.
Quanto ao estado civil: 44% dos entrevistados é sol teiro(a); 28% casado legalmente; 16% separado(a); 9% amigado(a)
3% viúva.
Os números de filhos estão assim distribuídos:
tem de 01 a 03 filhos; 31% não tem filhos; 12% de 07 a 08
lhos; 9% tem 04 filhos.
48%
fi
Observa-se que nesta amostra o número
de filhos tem uma boa distribuição quantitativa nas famílias.
Como a maioria dos entrevistados são mulheres o número de pro
fissões se distribui da seguinte maneira: 31% dona
de
casa;
15% empregada doméstica; 9% estudante - trabalha em casa;
9%
servente e pedreiro; 6% aposentado(a) por doença mental e
os
restantes estão assim distribuídos: 3% cozinheira; 3% lavadei-
ra; 3% costureira; 3% ajudante de cozinha; 3% vendedor ambulan
te; 3% lavrador; 3% motorista; 3% policial militar; 3%
guarda
de obras; 3% sem profissão por doença mental.
O grau de instrução dos entrevistados é baixo: 58% po^
sui de 13 a 63 série do Jfi grau; 20% não sabe ler, nem escre ver; 13% possui o 22 grau; 3% o 22 grau incompleto; 6% o
12
grau.
Na religião a grande maioria disse ser Católica 82% não disse
ram ser praticantes; 12% Assembléia de Deus, Protestante, Evan
gélica e Cristo para o Brasil; 6% não respondeu.
A distribuição dos bairros da cidade de Corumbá - MS.
por região em relação à freqüência ao programa de assistência
à saúde mental neste Centro de Saúde, está demonstrado na tabe
Ia seguinte.
Observa-se que comparecem pacientes de todos os bairros perifé
ricos e do Município de Ladário-MS.
Tabela 06: Distribuição por Região do Município de Corumbá- MS
em relação ao atendimento na assistência à
saúde
mental.
REGIÕES
N2
/O
12
4
13
22
6
18
32
6
18
42
7
22
52
5
15
02
1
5
72
3
9
TOTAL
32
100
Estas regiões foram estabelecidas utilizando-se o crite rio de aproximação fisioa dos baxrros e estão assim dis -
tribuídos: 1- Região - Centro; 2^ Região - D. Bosco, Cer
vejaria, Hawai, Arthur Marinho; 32 Região - Boroski,
17s
BC, são Benedito; 42 Região - N.S. de Fátima, Cristo Re -
dentor, COHAB; 52 Região - Itaú, Universitário, Maria Leã^
te; 62 Região - Projeto Urucum - INCRA; 72 -Região - Muni
cípio de Ladário-MS.
No aspecto da relação entre profissionais X meio fami
liar, 44% afirma que a doença mental na família cria situações
difíceis tanto ao doente como a seus familiares; 25% é o pro blema financeiro; 19% problema familiar em geral ( convivência
familiar dificil, falta de conversa, dialogo, receio de drogas,
problema psicológico do marido); 12% é problema de relaciona -
mento com o patrão ou "não tem família, não tem problemas"-per
cebe—se que sao pessoas com acentuado problema emocional.
A existência de viciados em drogas, álcool na família 28% con
firmam a existência do pai, irmão, marido, filho mais velho,
alem de 01 caso da própria paciente ter sido viciada com medi
camentos, 72% disse não em relação às drogas tipo maconha, co
■
Ill
M
23
íft
M
i
caina, nao citaram qualquer contato ou vicio com as mesmas.
No relacionamento familiar é a seguinte a estrutura
familiar
4
dos entrevistados: 31% tem um bom relacionamento, vive em har
1
monia, a convivência é boa com todos os membros; 69% tem pro —
1
y|
blema de ordem afetiva e emocional - relação afetiva emocional
difícil com algum membro da família ou com todos ao mesmo tem
po; outros percebem na relação família X doente, aspectos posi
tivos e negativos na estruturação e estabilização familiar;
a
relação familiar é instável, insegura, sempre prestes "a demo
lir'
'acabar"; às vezes e boa,outras ruins; o clima, o ambien
te criado — são relações afetivas dificeis; nao tem
família -
- "vive bem", "vivem sozinhos", "nao dependem de ninguém"- são
pessoas com acentuado desajuste ou transferem o problema famj liar para o serviço.
Quanto à procura de religião, antes de se integrar ao programa
de saúde mental a comunidade deu a seguinte resposta: 69% con
firmou procurar religião (Assembléia de Deus, Católica, Espír^
ta) BenzeçSes e Candomblés na busca, procura, de cura da doen
ça mental, isto é: recorrem ou já recorreram ao Centro de Saú
de e religião "^ao mesmo tempo; outros não deixam claro ao dizer
se freqüentam ou não a religião; outro diz que freqüenta
por
freqüentar a religião e não por causa da doença ou até admite
melhorar da saúde ao recorrer à religião; 28% nunca
procurou
religião, só o Centro de Saúde; 3% piocura exclusivamente
o
Centro de Saúde por motivos de dano à saúde evidentes.
A questão da Comunidade X ação primária em saúde men
tal (prevenção) resultou o seguinte: 66% concorda que a psico
logia pode ajudá-los (as) no relacionamento e convivência diá
ria; 34% nao souberam responder.
Quanto à pergunta se "conver
sou" com algum Psicólogo, Psiquiatra a respeito de algum pro blema deu o seguinte: 53% disse não - nunca procurou conversar
Por ser a 1^ vez que irá conversar com 01 profissional do
se-
Vo
:•}
e/St/OTECA
A'
"tor, nao conversou, nem sobre o problema do pai que é alcoóla
tra.
47% disse sim com o Psiquiatra do Centro de Saúde;
Campo Grande, Sao Paulo já conversou com Psicólogos, aqui
em
em
Corumbá, ainda nao conhece nenhum; quando internada na Psiquia
tria do hospital e durante a consulta médica mensal
de medicamentos).
(controle
Dos 53% que responderam negativamente,
já
tiveram contato com os profissionais, através de consultas, Svj
que parece que a comunidade não está familiarizada com o termo
técnico "psiquiatra" empregado no formulário e sim
"médico".
Ex.: "Eu vou ao médico" e não "Eu vou ao psiquiatra".
Quanto
à participação na atividade, trabalho em saúde mental, 47% nun
ca participou de nada (dentro ou fora do Centro de Saúde); 22%
apenas participou do Centro de Saúde, INAM , através de técni
cos — Psicólogos, Nutricionistas; 9% recebe orientação através
da Igreja - Assembléia de Deus, Centro Espírita; 15%
recebeu
informações nos Alcoólicos Anônimos, Escolas dos filhos, duran
te a formação profissional: através de cursos de relações huma
nas e orientações psicológicas - Polícia Militar e SENAC;
7%
em hospital geral/internada no setor de Psiquiatria ou fora de
Corumbá-MS, teve contatos com Psicólogos mas não
por falta de recursos financeiros.
tratamento
Muito relacionada a
esta
questão, encontra-se a atuaçao (ação, trabalho) de um Psicólo
go, Psiquiatra no Centro de Saúde o que resultou que 62%
não
tem idéia alguma, não sabe, não viu nada do que fazem; 16% ob
servam o trabalho junto dos 02 profissionais no Centro de Saú
de no sentido de ambos ajudarem as pessoas a se encontrarem, a
resolverem seus problemas, aconselham os indivíduos, só
uma
pessoa reclamou das "duas donas" que ficam sentadas perto
do
médico - porque a inibe; 13% identificam mais a figura do méd^
CO psiquiatra, por lUe "trata o doente", "interna", "fala sobre
os remédios" são os termos utilizados pela comunidade.
9% ape^
nas tem alguma percepção em relação ao psicólogo: pessoa amiga,
que pode auxiliar, orienta as pessoas desorientadas, o procu —
25
ram para um desabafo.
são os termos empregados.
A questão do Centro de Saúde X comunidade percebe- se
claramente como funciona o sistema previdenciário na cidade de
Corumbá-MS, isto é porque optou pelo tratamento neste
de Saúde: 47% disse que foi a doença mental e outros
Centro
motive •
particulares tais como: por não ser previdenciário e na
Saúde
pública tem bons médio s principalmente o Psiquiatra, por rec^
ber ajuda na alimentação, por ser perto de sua casa, pela esp^
cialidade
médica, etc; 16% por ser bem atendido ou encaminha
mento de outros médicos, enfermagem ou por não ter esta espe cialidade - Psiquiatria no INAMPS, PREVISUL, etc.; 13% por ser
o atendimento médico deste Centro de Saúde, melhor do que
o
Posto de Saúde do bairro, além de ser mais rápido que o INAMPS;
6% porque foi mal atendido no INAMPS e Unidade Mista de Ladá -
rio-MS; 3% não soube responder; 9% Nos "postinhos dos bairros"
os médicos não comparecem são os da Prefeitura Municipal e
no
INAMPS necessitam esperar 04 dias com uma ficha; 6% por ques -
tão de hábito, costume é previdenciário, mas consulta no Espe
cial.
Quanto ao período de tempo que freqüenta o Centro de Saúde é o
seguinte: 69% 2 ou mais anos; 28% menos de 1 ano; 3% 1 ano.
Em relação ao paciente pertencer a algum órgão previ
denciário do sistema de saúde, encontra-se distribuído na tabe
Ia abaixo.
Muitos sao previdenciários, mas procuram o
Centro
de Saúde Especial por não existir esta especialidade no INAMPS
ou PREVISUL ou pela facilidade de atendimento.
Tabela 07: Distribuição quanto a ser previdenciário do INAMPS,
PREVISUL, FUSEX da amostra, do programa de assistên
cia ã saúde mental.
MUOUCACtlnMMSAÚDS
Dr.Sérgio ^ouca
1
J
Via
26
:íá
ijií
I
ORGAO
DA PREVIDÊNCIA
N2
%
Não
é previdenciário
12
38
Tem
INAMPS
17
53
Tem
PRFVISUL
02
06
Tem
FUSEX
01
03
T 0 TAL
32
100
Quanto a mesa redonda realizada com os profissionais'
de saúde mental surgiram as seguintes idéias: Com a
maioria
presente, as respostas eram anotadas imediatamente e foi segu_i
do o esquema de perguntas do formulário elaborado e
disseram
que a ação primária em saúde mental na rede de Saúde Pública ,
requer exclusividade e tempo, isto é, salário compatível e tem
po adequado para o serviço.
Neste Centro de Saúde é
realizá-la desde que siga esta proposta.
possível
No tratamento de vi
ciados em drogas, por exemplo, que constitui um círculo vicio
so, deve-se acompanhar o paciente na família, trabalho, escola,
necessitando um tempo significativo do profissional.
Em ter -
mos financeiros não é compensatório trabalhar na Saúde Pública,
porque atualmente se trabalha por amor à arte.
Neste
confirmaram existir algum programa com as gestantes
local
e
(programa de alimentação), os recursos humanos existentes
INAM
são
suficientes e o tr .balho como um todo é de qualidade razoável,
porque os pacientes sao conhecidos pelo nome, existe uma
boa
ligação afetiva, o que diferencia de muitos trabalhos psiquiá
tricos em que os pacientes são enumerados. A principal difl culdade para a realizaçao de um bom trabalho e a
remuneração
insuficiente e o grupo concorda que a saúde mental não é
uma
das prioridades do sistema de saúde, porque não se tem uma res
posta imediata em termos de produtividade do indivíduo.
Quanto aos cursos, reciclagens, treinamentos a nível de Sec re-
.?7
taria de Estado de Saúde, os cursos não são suficientes
e
quando aparecem se tornam insignificantes para os profissio -
nais mais experientes.
Porque na maioria das vezes são orga
nizados por profissionais mais jovens (inexperientes) e difi
cilmente podem realizar algo de bom e produtivo.
Não
exis-i-e
uma esti^utura solida, a nivel central, a cada governo muda
pessoal, não tem continuidade os programas.
Os próprios Se —
cretários de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul já
várias vezes.
trocou
Outro aspecto é que nao existe um sistema
informação de cursos, congressos, semanas, reciclagens
área.
o
de
na
A experiênci.- profissional anterior é sempre importan
te como nos demais setores de trabalho.
Quanto à clientela é
sempre crescente, com aumento estabilizado e dinâmico.
Para o grupo, o principal campo para a prevenção primária
em
saúde mental á a ESCOLA, isto deve ser solicitado à Secreta -
ria de Estado de Educação porque os alunos e pais são engloba
dos em todos os aspectos.
As considerações finais mais impor
tantes são: a estabilização da direção da Saúde Pública a ní
vel local, regional e central; a desvinculação dos
serviços
de saúde do sistema político vigente; remuneração
adequada
aos profissionais.
r
28
DISCUSSÃO D0SRESULTAD05
Em analise dos resultados, percebe—se que a
da açao primária em saúde mental neste Centro de Saúde
eficácia
Espe
cial do Estado de MS, encontra-se comprometido por vários fato
res, entre eles, o artigo sobre a "Proposta de trabalho para
equipes multiprofissionais em unidades básicas e em ambulató -
rios de saúde mental" do Estado de são Paulo (13) citam as com
plexidades naturais da prevenção, ressaltando que ..."No campo
da saúde mental a definição de ações preventivas ou de promo ção torna-se bem mais complexo do que na saúde física, dada a
interação de múltiplos f itores (biológicos, psicológicos e so
ciais) na etiologia das assim chamadas doenças mentais. Desta
ca-se a importância dos condicionantes sociais que atuam sobre
cada indivíduo para a fixação do aspecto situacional nos diag
nósticos e a sua consideração na definição de ação do plano em
cada caso..." É de importância fundamental levar em considera
ção tais fatores, visto que a "doença mental" em si não é o re
sultado apenas de um contexto, mas de um conjunto de fatores
situacionais, por isto a Psiquiatria necessita de outras áreas
como a Psicologia, Sociologia, Antropo''ogia para explicar as
origens da doença mental, o seu tratamento, a sua assistência
ao paciente e familiares. o que vem de encontx-o com as idéias
29
centrais dos autores Busnello e Machado (3) que comentam:
"... Os problemas com que se defronta a Psiquiatria é que
se
lhe atribui uma tarefa imensa, complexa e que requer múltiplas
abordagens, que exigem atuação de profissionais
de
outras
áreas e de outras ciências, principalmente da Sociologia e
da
Antropologia.
os
A tarefa da prevenção primária de todos
transtornos mentais nao pode ser cometido apenas à Psiquiatria'
Por isto, a equipe muitiprofissional (Generalista, Psiquiatra,
Psicólogo, Assistente Social) em saúde mental tem uma importãxi
cia significativa, visto que podem ajudar a comunidade através
de atendimento ao paciente, como assistência ás respectivas fa
mílias.
E neste Centro de Saúde, apesar de estar previsto
a
nível central (Diretriz do trabalho) na realidade não se encon
tra formada essa equipe.
Apesar de complexas as ações preventivas, estes autores emitem
opiniões favoráveis na realização porque demonstram algumas a^
ternativas a serem seguidas semelhantes à prevenção das doen -
ças físicas: "A avaliação das medidas preventivas primárias em
psiquiatria é bastante difícil.
É mais fácil no caso das doen
ças orgânicas e de alguns tipos de retardo mental.
Enquanto
nosso entendimento sobre a etiologia, predisposição, desenca deamento e desenvolvimento de muitas das doenças e
retardos
mentais permanecer obscuros, a efetividade de medidas prevonti
vas adotadas poderá sofrer duras críticas.
...Mas, assim como ocorreu com a adoção de medidas preventivas
para com as doenças físicas, é necessário que se inicie
aqueles pontos que parecem indicar onde estão os
por
"reservató
rios de vírus" e os "portadores" ou contatos, das doenças men
tais, e pelo controle das "populações de risco", através de me
didas que na avaliação mostrarão suas possibilidades como méto
do de prevenção/e ou ajudarão a indicar a causa de muitos pro
blemas de saúde mental, ."
Estas idéias destes autores são fundamentadas na expe'^
30
■
w
m
riência diaria da equipe multiprofissional do setor, onde
se
posicionam dizendo, que para se realizar a ação primária
em
saúde mental, necessita-se de exclusividade e tempo
)Í
disponí
vel, os médicos nao dedicam mais tempo ao serviço público
por
necessitar de outras fontes de renda para a manutenção pessoal.
Com os salários e remunerações inadequadas, "trabalha-se
amor ã arte", gera baixo estímulo, baixa motivação.
por
Onde
os
próprios recursos humanos e materiais são escassos, dificultan
do muito a rotina dos serviços diários.
Como por exemplo: não
existir para atendimento de crianças, uma sala de
ludoterapia
infantil, porque é significativo o número de crianças que
po
dem ser beneficiadas por esta intervenção, não existe um local
para atendimento em psicoterapia individual ou de grupo
adolescentes e adultos).
(para
Entretanto, o que se vê, é o próprio
banheiro dos funcionários na sala de atendimento, prejudicando
a assistência médica e psicológica do programa.
Se analisar -
mos o baixo nível salarial dos profissionais de saúde de
isto é, um dos fatores que mais prejudicam os programas de
modo geral, além da falta de condições de trabalho,
MS,
um
recursos
materiais do setor que facilitariam muito o trabalho dos psicó
logos.
E não se afastariam tão acentuadamente de suas funções
profissionais.
O que se observa atualmente na saúde mental é uma al
ta ação medicamentosa, isto é, a distribuição, manutenção
e
orientação dos medicamentos é o ponto culminante de todo o pro
cesso de intervenção aos doentes mentais graves qiAe sao
maioria provenientes das camadas inferic es da sociedade.
na
O
que os autores da "Proposta de trabalho para equipes multiprofissionais em unidades básicas e em ambulatórios de saúde men
tal" (13) ressalta que: "Através do aproveitamento máximo
cada componente da equipe em ações gerais e da ampliação
de
e
aprofundamento de suas funções específicas, a unidade de Saúde
Mental deverá superar o uso tão freqüente de fármacos enquanto
'I
m
';
ifc
''■Ml
■■y:\0S
'M
/wnm
/'■Í',iíí'í4
1*.
*
:L]:S
'13
('■■l;';'iiÍ!Í!;;
.mm
31
recurso terapêutico único e instituir a psicoterapia como moda
lidade de atendimento, associada ou nao a outros procedimentos,
e resgatar a efic; cia terapêutica das ações de apoio e orienta
ç ao • • •"
A intervenção
psicoterápica que existe é por esforço
dos profissionais que tem compromisso social com a
carente com isto a açao primária em saúde mental
pessoal
população
(prevenção)
é prejudicada, onde 66% das pessoas entrevistadas,
concordam
que a psicologia pode ajudá-los na convivência diária e
não souberam responder.
34%
De 53% a maioria, disse nunca ter con
versado com algum Psicólogo, Psiquiatra, e 47% afirmarajB posi
tivamente.
Entretanto, destes 53% que responderam negativajnen
te já consultaram nos serviços de assistência à saúde
mental,
mas pelos nomes técnicos das profissões, não souberam discrim^
nar por não ser comum dizer: "Vou ao Psiquiatra", mas "vou
ao
Medico". Talvez se no formulário ao invés de se colocar a pa
lavra Psiquiatra, colocasse Médico, a identificação seria mais
evidente.
O Profissional Psicologo fica mais distanciado da comunidade ,
porque apenas 19% da amostra participou de alguma
trabalho no Centro de Saúde. : como: palestras,
grupos.
atividade,
orientações,
Sendo citado com interesse, participações em Igrejas,
Alcoólicos Anônimos, Escolas.
E para ficar mais evidente
baixo volume de atuaçao no setor e que 66% dos
o
entrevistados
não têm idéia alguma, não sabe, nunca viu nada, do que faz um
Psicólogo, Psiquiatra no Centro de Saúde.
Dos componentes
da
equipe multiprofissional, o psicólogo é o que tem menos defini
do o seu papel profissional. Porque em termos de psicologia,
não existe um trabalho estruturado na Saúde Pública, isto é :
onde? como? quando atuar? A profilaxia de saúde mental é inédi
ta e o processo de ação primária fica prejudicado.
Dificilmen
te ocorre que uma pessoa procure o Centro de Saúde para cônsul
tar com o Psicólogo, ocorre mais o trabalho de equipe.
Não
32
existe uma programação, planejamento, pela qual possam
mais respeitados, exigidos.
tivo a ser atingido.
ser
Não existe um parâmetro, um obje
Não se tem uma rotina diária de
lho, onde possa dar continuidade freqüente e diária.
traba
Uma
das
justificativas para tal situação é o que ocorre em termos
so
ciais mais amplos, onde a sua identidade encontra-se em forma
ção e transição: É profissional paramédico?
É profissional 1^
beral? É profissional da saúde? É profissional de atuação mais
preventiva que curativa? Não se encontra definido. Segundo uma
das profissionais do programa "só se trabalha, correndo o ris
co de trabalhar com o restinho dos outros.
Se o Ginecologistp
demora muito no atendimento, as mulheres se cansam e dificil -
mente podem reali_:ar um trabalho mais longo (Ex.: palestras) ,
visto se marcarem retorno em outro horário, não
comparecem".
Tudo isto, é explicado pelo curto período (24 anos) da legali
zação da profissão no Brasil. A Lei ns 4119, de 27 de agosto
de 1962, dispõe sobre a profissão de Psicólogo. E lannine (7),
diz o seguinte: "É digno observar que no Brasil o psicólogo é
um profissional coberto por uma Legislação rara, não existente
em outros países.
Todavia, infelizmente, pouquíssimos estudan
tes e psicólogos tomam ciência desse benefício que lhes assegu
ra seu campo profissional".
E no Decreto n^ 53.464, de 21.OI.1964 no TÍtulo I, do Exerci -
cio Profissional, Art. 42 enumera entre outros aspectos,
as
funções do psicólogo: 1)..'iutilizar métodos e técnicas psicológi
cas com o objetivo de: a) diagnóstico psicológico; b) orienta
ção e seleção profissional; c) orientação psicopedagógica;
d)
solução de problemas de ajustamento.
2) Dirigir serviços de psicologia em órgãos e estabelecimentos
públicos, autárquicos, paraestatais, de economia mista e parti
calares... 3) Assessorar, tecnicamente, órgãos e estabelecimen
tos públicos, autárquicos, paraestatais de economia mista
particulares
Em sua obra o autor Glasser (6) comenta
e
o
se
B
33
guinte em relaçao as atividades do Psicologo Clinico: "Existem
ainda muitos problemas a serem resolvidos antes que os psicólo^
gos clínicos alcancem uma posição segura no campo de tratamen
to da doença mental; apesar disto, muitos dos melhores clíni —
COS nos Estados Unidos são psicólogos, que prestam uma
ajuda
necessária ao tratamento dos pacientes".
Como se observa na Saúde Publica, o trabalho deve ser respeita
do, valorizado e aproveitado, porque está amparada em Lei, to
da a sua atuação profissional e o seu funcionamento é legal no
Brasil.
A programação a nível de prevenção primária dentro do
Centro de Saúde Especial o que existe de concreto é apenas com
gestantes e INAM (Distribuição de alimentos); embora o traba lho a nível de atendimento médico/psicológico ocorre
respeito
pelo paciente, desde o momento em que chegam ao atendimento
existe muita ligação afetiva, são chamados pelo próprio
,
nome,
o tempo de permanência na consulta
depende da patologia, por
tanto a relaçao humana igualitária
é freqüente nos atendimen
tos.
Mas o setor necessita urgentemente ser
reestruturado
através do início de pequenos trabalhos na prevenção, profila-
xia, porque existe no Centro de Saúde "setores" que podem setrabalhadós e que até agora não se iniciou nada. Ex.: No materno-infantil, mães, 'dolescentes, geriátricos ou mesmo
no
pré-escolar (comunidade).
Para os profissionais a saúde mental não é uma priori
dade do sistema de saúde, por ser um setor em que os pacientes
não dão uma resposta imediata em termos de produtividade e bem-
-estar, as doenças não são transmissíveis, não causam
epide
mias avassaladoras e que ameacem a classe dominante, e não
pode realizar campanhas politico-eleitorais, porque o
se
retorno
é a longo prazo; por isto não é uma das prioridades do sistema
de saúde. E os autores Oliveira e Teixeira (11)
identificam
estas correntes de pensamento em relaçao a política de
saúde
34
adotada pelo governo destacando-se o seguinte; ..."a
função
prioritária do setor saúde seria manter os recursos humanos em
condições de produzir bens e serviços, contribuindo para a ri
queza Nacional e colocando mao-de—obra disponível para o empre
sariado.
A segunda corrente chama a atenção para a crescente subordina
ção da prática médica sua organização, suas características
com interesses da indústria farmacêutica e dos fabricantes
,
oo
equipamentos...
A terceira corrente procura explicar as prioridades dos progra
mas e recuperação da saúde como decorrência da ordem política,
privilegia, pura e simplesmente as ameaças da população de me
lhor nível de renda".
Estas correntes de pensamento justifi -
cam-se claramente o pouco estímulo aos programas de saúde men
tal, porque dentre outros aspectos não '^onduzem a
deficiência
física que irá afetar na produtividade da nação, as multinacio
nais de medicamentos nao sao a favor de programas que utilizam
nas suas intervenções a psicoterapia, orientação porque de cer
ta maneira estão em concorrência direta com as mesmas, tudo is
to dentro de um meio totalmente capitalista.
Para os profissionais os cursos, reciclagens, treina
mentos a nível de Secretária de Estado de Saúde são insuficien
tes e quando realizados são por profissionais inexperientes.
Ocasionado pela própria mudança governamental; havendo
pouco
proveito dos cursos realizados. E na "Proposta de trabalho pa
ra equipes multiprofissionais em unidades básicas e em ambula
tórios de saúde mental" (13) recomendam o seguinte quanto
à
formação de recursos humanos: "As ações terapêuticas serão dis
tribuídas entre os componentes da equipe segundo a formação (
capacitação profissional de cada um. Isso transcedendo à for
mação profissional específica e remete a questão da necessida
de de fornecer ao profissional de saúde mental alguns dos res-
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41.
35
paldos de que necessita para a realizaçao do seu trabalho:
treinamento, a reciclagem e a supervisão". Entretanto, o
o
que
se verifica a nível local, central e regional é que os progra
mas não se encontram em continuidade, nao existindo uma estru
tura, superando as mudanças de governo.
Os cursos,
recicla—
gens, treinamentos para a atualizaçao de conhecimento e traba
lho dificilmente alcançam os objetivos propostos, porque
poucos o aperfeiçoamento de recursos humanos.
são
Neste Centro de
Saúde não se tem informação, acesso de notícias sobre
saúde
mental, como Congresso, Simpósio, Cursos, Encontros pela pró
pria posição geográfica da cidade de Corumbá-MS. E isto,
è
uma falha do nível central, porque a própria Diretriz (objeti
vos, metas) do setor, os profissionais não conhecem, não sabem
que existem os objetivos a serem atingidos pelo trabalho (au sencia de supervisão periódica).
Em relação à prevenção a equipe muitiprofissional
se
posiciona dizendo que a ESCOLA é o principal campo de atuação,
onde se englobam os alunos, pais, professores, diretores.
E
que fica como sugestão para se trabalhar com a Secretaria
de
Estado de Educação. Para Novaes (10) a escola dentro do con -
texto da comunidade tem uma ação preventiva por manter um pe ríodo longo de tempo, com indivíduos em desenvolvimento e tem
a finalidade de assegurar a consistência e o equilíbrio pes
soai.
E conclui que: ..."Ao identificar e diagnosticar difi -
culdades de adaptação ou de aprendizagem dos alunos (a maioria
das vezes relacionadas a situações e condicionamentos de
ou
tros ambientes), ao orientar esses casos e encaminhá-los para
tratamentos e assistência adequadas, a escola estará prevenin
do problemas mais graves". Este é um dos campos para atuação
na prevenção dos problemas de ordem mental, afetivo-emocional,
porque na pre-escola, as crianças em desenvolvimento
consti
tuem a população que mais necessita de apoio e orientação.
Portanto, em MS há possibilidade de existir uma integração da
secretaria de Saáda X Seoretaria de Educação, visando ao bem-
eetar social. Englobando o bio-psiçuioo-social da população
escolar e familiares.
AO ser analisado este programa de assistSnoia à saáde
mental no Centro de Saáde de Corumbá-MS, observa-se a sua im
portancia para a comunidade por não ter a especialidade médica
no sistema previdenoiário do município. e neste atendimento
comparecem pessoas de todos os bairros da cidade, inclusive os
beneficiários do INAMPS e PREVISUL, os quais procuram, além da
saúde mental, outros setores tais como. Odontologia, Clínica
geral. Pediatria, etc. Porque segundo eles, são bem atendidos
e com mais urgSncia, não necessitam esperar de 03 a 04 dias
com fichas como no INAMPS. E não vão ao "Postinho da Prefeitu
ra" do bairro, porque são mal atendidos; os médicos não oompal
recem; com isto as pessoas ficam frustradas com a assistência'
a saúde do Município e INAMPS. Diante destas evidentes difi
culdades, a população, levada pelo aspecto místico e cultural
antes de levar o paciente ao Centro de Saúde buscam outras al
ternativas de cura, como a religião. Onde 44% respondeu que a
doença mental na família, cria situaçães difíceis ao doente e
seus familiares e 25% o problema financeiro. Neste ponto
se
conclui que a "doença mental" dentro de um contexto familiar
todos os seus membros são afetados diretamen-i-P»
i^cunciii.e,
necessitando
de um trabalho de apoio, orientação aos familiares. E
desde
que fosse oferecidas condiçães adequadas de trabalho, as famílias dos pacientes deste Centro de saáde, seriam assistidas me
lhor. Por isto, Weil (16) diz o seguinte quanto as
relaçSel
humanas satisfatórias na família*
=1. ... Pessoas que mantém
lar equilibrado
através de ^cxaçoes
relacop^c, humanas harmoniosas
M
com
seu cônjuge, possuem verdadeiro -cesouro
tesouro que
o,,o convém cercar
de
um
todo o carinho, a fim de conservá-lo, não somente pela fellci
dade que traz consigo, mas ainda porque a vida familiar
tem.
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4)
37
influencia muito grande sobre a educação dos filhos, e
também
sobre a vida profissional, pais desunidos terão muitas
vezes
filhos instáveis, angustiados e infelizes..."
Quanto à religião
deu-se o seguinte: 82% disse
ser
católico, não responderam se são praticantes. E 72% confirmou
procurar religião aa busca de cura da doença mental. já
28%
confirmou não procurar religião, só o Centro de Saúde.
Baasher (l)
e
descreve o seguinte: "Reuniões religiosas e encon
tros periódicos em igrejas, mesquitas e templos tem valor in -
trínseco como meios de promoção da saúde mental e proporcionam
a oportunidade de uma interação social coletiva. Em
certos
países, essas reuniões tem sido aproveitadas para fins de edu
cação sanitaria ou para a
participação da comunidade em
pro
blemas específicos de saúde mental".
Portanto, o programa de assistência à saúde
mental
neste Centro de Saúde, encontra-se prejudicado, com dificulda
des, problemas e muita situação necessita ser estudada no as -
pecto preventivo, visto que a ênfase maior da intervenção é cu
rativa.
Mas, a autora Velloso (15) levanta o seguinte
quanto
ao início da prevenção no Brasil: "A intervenção preventiva do
psicólogo clínico junto a pais e crianças é algo novo,
ainda
por fazer no Brasil, mas os locais mais indicados são os cen -
tros comunitários, maternidades, creches, clínicas de orienta
ção da infância, etc", já os autores Júnior sá e Martins (8)
quanto ao início da prevenção dizem: "só recentemente se gene
raliza no Brasil a consciência de práticas preventivas em Psi
quiatria, muito embora, já nas décadas de 20 e 30,
terem-se
avultado tentativas impulsionadas pelo gênio de Ulisses Pei^nam
buco e Juliano Moreira. Na década de 40, outras tentativas,co
mo a do jovem Psiquiatra Luis Cerqueira em Sergipe, também não
atingiram os objetivos propostos. Este insucesso
deveu-se,
além de outros fatores, ás condições políticas vigentes e ao
estágio de desenvolvimento econômico em que se encontrava
ô
g
?3
pais".
Finalmente o autor Lucena em seu artigo (9) cita o lo^
cal no Brasil, onde ocorre a experiência mais significativa da
saúde mental em Saúde PÚblica.
Isto é, diz que o esforço mais
bem sucedido da integração da saúde mental é no Rio Grande
do
Sul iniciado como Centro de Saúde Mental de São José do Murial
do, sob a direção de Ellis Busnello, seguindo do Centro Comun^
tário Melanie Klein e de setorização do hospital psiquiátrico'
são Pedro.
Procuram realizar a ação primária, secundária
e
terciária, não afastando o atendimento psiquiátrico ao atendi
mento geral de saúde, de maneira contínua visando ao
processo
e não ao episódio "donde a continuidade dos tratamentos, o en
volvimento da família e da comunidade no atendimento, a busca
de recursos humanos adi'^ionais em áreas profissionais diversas
e na comunidade". A utilização de elementos dos prontuários ,
orientados para a solução de problemas e entregues a pacientes,
m
a visitação domiciliar permite que a continuidade de
cuidados
não seja perturbada e facilitem a integração dos cuidados
Saúde
pública e prevenção primária.
de
1
39
CONCLUSÃO
Nssts trabalho se chegou a seguinte conclusão quanto
à eficácia da ação primária em saúde mental no Centro de Saú
de Especial de Corumbá-MS: O programa encontra-se falho, pre
judicado, com problemas, deficiências, ocosionado pelos
se
guintes fatores de ordem política, econômica, ética, social e
induz quanto ao;
- PROGRAMA - uma acentuada desvalorização do setor,
porque
não é uma das prioridades do sistema de saúde. Falta de in
formação dos Congressos, Simpósios, Encontros, Jornadas no Es
tado e no Brasil, ausenc .a de informação aos
profissionais
quanto às AIS (AçÕes Integradas de Saúde), Reforma Sanitária
do país e a própria realização da 8^ Conferência Nacional de
Saúde no ano de 86. Falta de estruturação: ausência de plane
jamento do setor psicológico na saúde mental e no Centro
de
Saúde em geral. Total incentivo à utilização exclusiva de te
rapia medicamentosa como único recurso disponível. Falta de
informação quanto aos objetivos, metas a serem atingidas
com
o programa (Diretriz a nível central). Deficiência no trata
mento pela falta de acompanhamento da família e integração do
paciente na comunidade. Ausência de recursos materiais para
o setor (salas, materiais permanentes ),
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40
- RECURSOS HUMANOS - Remuneração e salários inadequados, ne cessitando de outros empregos para a sobrevivência e manuten
ção, ausência de dedicação exclusiva e tempo disponível
parte dos profissionais.
por
A equipe muitiprofissional não está
completa, necessitando de muitos profissionais importantes pa
ra o setor.
Total falta de reciclagem, treinamento, supervi
são por parte do órgão central.
- FALTA DE INTEGRAÇÃO DA SAÚDE MENTAL COM AS ESCOLAS, ENTID\-
DE SOCIAIS, ASSISTENCIAIS DA COMUNIDADE - Ausência de integra
ção entre a Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação a n^
vel estadual, ausência de trabalho junto a creches, institui
ções de menores, asilos, presídios, etc.
Tendo como meta
a
prevenção da saúde mental.
- ASPECTO POLÍTICO - É a total falta de estabilização da dir^
ção na Saúde PÚblica a nível Local, Regional e Central o
que
prejudica muito a continuidade do programa - total dependência
ao . sistema
político vigente.
- IDENTIDADE PROFISSIONAL -
O Psicólogo é o que tem menos re^
conhecido o seu papel social como profissional.
E isto, deve
ser melhor, avàliado, discutido entre os profissionais
da
área, com a associação, sindicato, no sentido de buscar alter
nativas como reconhecimento e valor.
- DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DOS PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL NA
REDE DE SAÚDE PÚBLICA - A discussão da origem das doenças men
tais, envolvendo as diversas áreas do conhecimento: Psicolo -r
gia, Sociologia, Antropologia.
E o próprio objeto, definição
da Psiquiatria Social, isolamento da Psiquiatria face aos de
mais setores da Medicina e a própria elitização da Psicologia
Clínica (Psicoterapia individual e de grupo) ser
rèalizada
apenas com a camada mais favorecida da população.
Portanto, a açáo primária em saúde mental no Centro'
de Saúde Especial de Corumbá-MS, encontra-se prejudicado por «
mU&n€AaÊ!WSAttâD£
'Dr,$ér$is}
41
todos os fatores enumerados acima e que atuam conjuntamente•
estas dificuldades podem ser generalizadas a todos os Centros
de Saúde Especial do Estado de Mato Grosso do Sul. e princi
palmente neste período de transição democrática
que atra -
vessa o Brasil, esta na hora de os nossos representantes
na
Assembléia Nacional Constituinte, lutarem pelo setor da Saúde
Mental juntamente com a Reforma Sanitária da Saúde como
um
todo para uma mudança significativa da política de saúde nes
te país; visando um bem-estar físico, mental e social de todo
o povo brasileiro.
■■■1
42
ANEXOS
43
ANEXO: 01 - ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA: PRÉ-TESTE
iiSntrevista aomi-eotrutiarada - irré-toeste
• Idertificr.çãos
Tít)o de atendimentos ••••«••••••»« Idade «•••••«
'sustado
Civilc ô••» o •»•» A-rofiaoão •••••••• i''- de filho- .o®®» ••«•c • « Grau ®
do inotruç~o .......... r.clieiõo
i-rovidÔnoin
Endereços
2^ AoijGotos Contro õe SaiSde a Comsssiidaâes
> lli quanto tempo ooRpareoe ao Centro de õaude? ns ..........
Gosta de vir aqui? i-orque? lis
. v.uantao vSzeo por moe ooir.pareoe? Costura faltar? lis
. ;uando iniciou o seu tratamento? ds
. Vooe vem sozinho (o) o» al.<!uátn te acompanha?
3. Aspectos Comunidade -- profiesionaios
. o que acha do atendimento?
'***^*7
. Vooe encontra apoio, respeito das pessoas que trabalhar aqui? Alguém
já to maltratou? -í2
Costuma sôguir as oriontaçSea, aconselhamentoa com relaçao aoo meax-
'camentoo? Hs
V.
*
VOCG gosta de ouvir palestras, orientações sobre sua sauae, de seus
familiares pelo pessoal do centro de saúde? Já ouviu alguira?
li!
rue outro trabalho comunitário participa ou participou?
H!
4. Aspectos Profissionais
meio familiar:
Vooo já recebeu algufm do centro do oaúáe cd sua casa? Se afirmati-®
vo, quem? iís
Vooe gosta do ser procurado (a) na sua casa pelo pessoal do centro •
de saúde?
^ual outro menbro de sua família, faz tratamento? De que?
Vooe tem apoio familiar para vir aqui?
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44
ANEXO: 02 - FORMULÁRIO: COMUNIDADE
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ma CURSa 32SSCEN4DRALIZADO DE. SAÚDE. PÚBLICA DE. MS ff
8IBU0TECA ®1
Questionários Comunidade
^
Identlflcapão-;
» Tipov de atendimento^:
Idade-
Se-xo
• Sstadov Civil: ••••••••■•■» Na âíe füho^s •>••••«•*• Profissão-'
.. Gi»au *de instrução o...
de Pre-vidência o.«.»
» »o.• • o o.
Religiãoi
o* o* ^ c
^
, Institutc» *■
♦ Endeireçoi •••.. c.
..o-, o »
2^ Profissionais X Meio> familiar
<► Qual a maior- di-ficuldade» problemas> que passa a sua família?
R; ..o •• o. «.o
«.o-«.•.«•«.■••«•o-»»»».»****
.
, Existe- alguém que é -viciadO' em drogas, alcoa-IL em: sua casatQuem?
R;: ••
o-
•■•••o» •■•••••••»••*»••. o ««s
» Comoi é o- seu relacionamento) familiar, isto é- vive em paz, harmo
nia com todos?
«o# oo oa-^oo
• Existe alguém em sua casa, com algum problema e que já recorre-is.
a algum tipo de "Cura** seja na religião ou Centro de Saúde??
Rr
3. Comunidade X ação primária em Saúde Mental (Pre-yenção)
, Você concorda que a psicologia pode ajUdáHo» (aí' no seu. relacio)
namencto^ conr as pessoas na convivêrroia diária de -vida.
( )' Sim
( )' Não
( ) Não sabe
, É po®sí.vel para voce, pre-venir -as neuroses,, as psicoses, psico)—
patias enfim as doenças mentââs dos indivíduo.®.
( )i Siim ( )' NãoC ) Não sabe
Võd® ja "conversou?* com algum psicólogo, psiquiatra a respeito-"
de algum '*problemal*
( )• Sim (
Não)
Qual?
. ®ue atividade, trabalho-na are a de Saúde Mental, participou?
Rt
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O- que faz um psicólogo, psiquiatra no Gtentro de Saúde? Le sua opi
nião
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4'» Qfentro- de Saúde X Comunidade:
HÚ quanto tempo- freqüenta o.» Centro de Saúde*.
Menos de^ 011. ano ( )
01.( );
02 anos ou mais ( í'
Paque optou: pelo> tratamento^ deste Cfentro) de Saúde (seja odontológi
cov medico.', psicólogico, etc)
É:
*
*
o.*.*...*...*.0 0****.
Se tem' INAMPS, parque comparece neste Centro de Saúde?
o
o
*
4 A Saúde e um' direito; de todos os individuos, concorda?
( )• Sim
( )' Não*.
4 Outras considerações traportantes;
É:
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* o•o * o o
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45
ANEXO: 03 - Tabela 1 - DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS ATIVIDADES
DE
ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL NAS UNIDADES
DE SAÚDE DO MS.
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9
12
1
6
19
7
8
1
90
39
3
279
757
611
230
704
674
48 6
10
4
404
312
58 6
625
402
11
9
S
5 61
394
546
531
248
J
12
———
3
638
336
415
599
263
J
6
p
2A
2 67
267
378
^87
276
A
5
5
456
699
345
553
347
S
Secretaria de Estado de Saúde/Departamento de Saúde da Comunidade.
HTUIà* - Equipe Técnica de Bio-cstatictica e Informática.
18
d
E'"re3so de hosnitaZ
Enca^^irlianer.co para hcspi
2
'
Crientaçoes na corunidade
Saúde)
lestras na Unidade de
p ■>
10
C?ientes orientados (Pa
^ >
192
204
Orientação psicológica
611
546
614
401 ,.• 425
^
Tratanento farnacologico
307
^
54A
T''eses
Retorno
12 Consulta
Atividades
Unidades de Saúde de !'3.
o
p
3
387
678
479
715
215
O
D
pi
1
n
155 162
431 317
400 28 5
335 297
393 315
N
A
5
3
3
4
3
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6
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2
7
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1
5
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TOT^iL
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1
c
2
5
p
o:: Dl3tril)'jio5o rer.oal das atividades de saúde rental no período de janeiro a deze-cro/Sõ nas
46
ANEXO: 04 - Tabela 02 - DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS CAUSAS
MAIS
FREQÜENTES DA MORBIDADE NA REDE DE SER
VIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE DO MS.
i.
• '.ffi
ivrli
íabela 2 % Distribuição mensal das causas mais freqüentes da ^morbidade no
perxodo de janeiro a dezembro/85 informada pela Rede de Servi
ços Básicos de Saúde do Mato Grosso do Sul.
_
.
Sentais
Me se s
JF
M
A
M
J
J
A
S
O
Ní
Epilepsia
147 086 173 ISI 216 097 295 118 202 175 209
Neuroses
145 104 145 144 179 113 119 257 240; 254 149
Sindromes e sintomas especi 055 035 060 077 148 088 105 084 107 177 039
ais n especif, em outra par
te (gagueira, anorexia ner
vosas tiques# etc)
Esquizofrenias
049 051
101 104 029
034 067 033 034
Demencia Senil e Pré-senil 031 006 007 009 040- 042 083 007 013 013 001
Alcoolismo
023 021 022 019 043 010 023 034 036 021 026
Reação de ajustamento, (rea- 019 012 013 013 037 003 017 020 010 021 004
ção depressiva breve ou pro
longadas» etc)
Reação aguda ao »»stress'®
014 033 033 020 034 014 027 047 043 041 031
Psicoses afetivas (Melanço- 011 004 008 013 043 025 006 021 015 034 024
lia involutiva) P.M.D.
Quadros Psicóticos Organi-® 010 010: 010
eos fspansitórlos
Fsicosas por drogas
032 019 002 026 022 008 002
^
Oligrofcíiias
007 005 009 00?/ 018 033 001 001 001 012 005
007 010 016 018 024 004 022 005 010 004 004 -
•Pranstôrnos mentais não psi 006 006 001 009 031 005 008 012 004 017 004
cóticcs consecutivos e le-®
são orgânica cerebral
Outras psicoses (relativas) 006 018 018 021 031 004 016 012 013 012 001 .
aão orgânicas
Abusos d® drogas sem depen-- 003
004 002 003 008 005 006 010 012 002
de ncia
jistaaos papaaóidas
003 005 006 020 024 002 001 003 010 001 003.
teicoa® alooolica
002 001 013 012 030 023 012 008 006 013 002 -
transtornes da personalida- 005 005 004 001 003 —
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Psicoses específicas da in- 003 —
003 —- 002 —— 003 002 002 —
fância
Bependência de drogas
003
011
001
001
Jfesvio sexual
-— 002
Uotal
546 417 610 668 1043 530 776 697 812 872 542
-
002 001 —001
O^BSs NaO' se encontrava disi onxvel os dados quantitativos do. mes de dezem—
^ro/85 na Secretária de Estado de Saúde do> Mato Grosso do Sul
Pontes: Mapas N^Csologicos
ETBIN - EquÜp® ^Icniica de Bio>-estat£stica e Informáticao'
Secretária de Estado- de Saúde do Mato Grosso do Sul/ BspartamenJtc^
de Saúde da Gbmupitdade (Janeiro)~dezemPro/85>
47
ANEXO: 05 - FORMULÁRIO
I
N
PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL
XXI^ CDilSO
riSBT.ICá ^ MS
-uoatioaári®. AjB.^ff|ÍSf}??gíJ.«?.S?í??.?f?ÍSJ*
1. laantl^ioeioàat
• rrofitBslôsmli •oo»*#»*»»***»* 2âaâe ••••••••
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profiss^e m ©QMa© satMiô© «•
2»
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. or^sursea fcaaMioa, E0SePlsia sSo sufiei®»«es sara a rt®S4an?Se fio
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